Professional Documents
Culture Documents
Jaçanã/Tremembé Penha
38 escolas 38 escolas
13
DIRETORIAS São Miguel
REGIONAIS 52 escolas
DE ENSINO
555
ESCOLAS Pirituba/Jaraguá
(1º ao 9º ano) 60 escolas
Guaianases
SÃO PAULO
36 escolas
Freguesia/Brasilândia
Anos Iniciais 37 escolas
(1º ao 5º ano) Itaquera
30 escolas
230.950
ALUNOS Ipiranga São Mateus
Butantã 36 escolas 53 escolas
33 escolas
12.737
PROFESSORES
Campo Limpo
Santo Amaro
71 escolas
Anos Finais 35 escolas
(6º ao 9º ano)
197.395
ALUNOS Capela do Socorro
36 escolas
18.873
PROFESSORES
ASPAR NA ASCOM AJ
Assessoria Parlamentar Núcleo Administrativo Asessoria de Comunicação Social Assessoria Jurídica
COORDENADORIAS
COPED COCEU COGED CODAE CIEDU COAD COGEP COPLAN COTIC COTAC DREs
(Pedagógica) (Centros Educacio- (Gestão e (Alimentação (Informações (Administração, (Gestão de (Planejamento (Tecnologia da (Transparência (Regionais
nais Unificados e da Organização Escolar) Educacionais) Finanças e Infra- Pessoas) e Orçamento) Informação e Ativa e Contro- de Educação)
Educação Integral) Educacional) estrutura) Comunicação) le Interno)
UNIDADES EDUCACIONAIS
1
2
3
4
5
1 ELABORAÇÃO
Da composição da equipe de trabalho ao
lançamento do currículo, as principais ações
realizadas para atualizar o documento.
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
Os materiais de apoio direcionados a educadores e alunos –
coleções “Orientações Didáticas” e “Caderno da Cidade: saberes e
aprendizagens” – começaram a ser elaborados em setembro de 2017,
antes mesmo do lançamento do novo currículo, e finalizados em janeiro
do ano seguinte. Fazem parte das ações de implementação curricular.
1
1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE
2
Janeiro-Março Abril 1 a 21 de julho Outubro 3
Composição de equipe Núcleo de Educomunicação da SME Finalização da 1ª versão do currículo: Diagramação do currículo. 4
e planejamento inicial. e alunos do programa Imprensa assessores e SME-SP consolidam 5
Jovem preparam pesquisa para ouvir os textos elaborados nos GTs. Novembro
Fevereiro-Março estudantes da rede. Impressão do currículo.
Seleção de representantes de 24 de julho
todas as Diretorias Regionais de 18 de abril Apresentação da 1ª versão do currículo, 15 de dezembro
Educação, incluindo professores, SME e DREs se reúnem para estruturar concomitante em todas as DREs, Lançamento do novo
para os Grupos de Trabalho (GTs), pesquisa online com professores para preparar a consulta à rede. documento curricular da rede.
responsáveis por elaborar os e gestores escolares.
objetivos de aprendizagem do 24 de julho a 24 de agosto
currículo de cada componente. 26 de abril a 5 de junho Análise da 1ª versão do currículo pelo
Pesquisa online com estudantes: Conselho Municipal de Educação.
3 de março “Que escola te faz aprender melhor?”
Evento inaugural da Cerca de 43.600 participantes. 31 de julho
atualização curricular. 1ª versão é disponibilizada no Sistema de
2 de maio a 2 de junho Gestão Pedagógica da rede (online) para
6 de março a 10 de junho Pesquisa com professores e gestores consulta a professores, gestores escolares,
Reunião quinzenal dos GTs escolares: “O que o currículo precisa profissionais das DREs e SME-SP.
dos nove componentes. ter para ajudar no planejamento das
aulas?”. Cerca de 16.000 participantes. 1 a 31 de agosto
Consulta à rede e leitura crítica de
Junho especialistas sobre a 1ª versão do currículo.
Compartilhamento com os GTs dos
resultados das pesquisas realizadas 4 de agosto a 15 de setembro
com alunos e professores. Catalogação, análise e assimilação de
contribuições da rede e dos leitores críticos.
1 a 29 de setembro
Ajustes finais na redação do currículo.
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
1 PASSO
Composição
2 PASSO
Grupos de Trabalho
3 PASSO
Pesquisa
4 PASSO
Pesquisa com
5 PASSO
Consulta à rede,
de equipe e para a produção com estudantes educadores leitura crítica e
planejamento do currículo finalização do
inicial documento
1
2
3
4
5
Quem fez O que fez
Núcleo Técnico O processo de revisão do currículo começou com a composição
de Currículo das equipes do NTC e da DIEFEM, na nova gestão municipal.
(NTC/SME-SP) O núcleo especialista em currículo da SME-SP, apoiado por
assessoras, definiu:
ivisão de Ensino
D
Fundamental e
c oncepções do documento (ex: não-linearidade, pluralidade);
Médio (DIEFEM/
nomes de assessores para a atualização do currículo de
SME-SP)
cada componente – foram, no total, 21 especialistas;
o modelo do processo de elaboração (colaborativo,
envolvendo a participação de professores em grupos de
trabalho para a elaboração dos objetivos de aprendizagem
de cada componente, por exemplo).
EN
N
IT O A M
R versão do texto ficou pronta em cinco meses; a versão
final, dois meses depois);
p
rever desafios importantes e traçar estratégias
para superá-los;
organizar o orçamento para cumprir todo o planejado.
1
2
3
4
5
Como fez
A
s equipes do NTC e da DIEFEM foram brasileiros (ex: Sobral e Pernambuco) e exigido dos estudantes (ex: trabalho
compostas, essencialmente, por internacionais (ex: Portugal, Chile, Austrália coletivo com a turma, em duplas ou
professores e gestores que já atuavam e Hong Kong). Esse estudo foi realizado individualmente). Nessa lógica, o currículo
na rede e a conheciam bem, o que ajudou pelo NTC com ajuda de três assessoras prevê, por exemplo, que, já no 1º ano, o
a mapear demandas e a antecipar chances pedagógicas gerais. estudante inicie o estudo da álgebra (antes
de adesão a propostas pensadas na previsto apenas a partir do 6º ano), sendo
Com base nesse estudo, optou-se, por
Secretaria. O próprio Secretário Municipal levado a organizar e ordenar objetos por
de Educação, Alexandre Schneider, já havia exemplo, por organizar o currículo de cada meio da cor, do formato e da medida para
ocupado o cargo anteriormente. Foi um componente em volume único, e não aprender a identificar padrões ou regras de
ponto estratégico, numa revisão curricular dividido em dois volumes – anos iniciais e formação de uma sequência.
realizada de forma colaborativa e com anos finais do Ensino Fundamental –, como
prazo de apenas sete meses para conclusão. fazia o currículo anterior do município
(2007). O intuito da mudança é estimular
contratação de assessores externos
A os professores a pensarem na progressão
foi feita com base em sua expertise na dos conhecimentos para além dos anos
escrita de documentos curriculares em que lecionam.
(ex: PCN, currículos municipais e estaduais)
Definiu-se, também neste momento, a ideia
e na condução de processos formativos
com professores. Além disso, foi de construir um currículo em espiral, que,
observado o alinhamento às concepções em vez de fatiar os conteúdos em blocos
educacionais da rede. e distribuí-los em períodos isolados da
escolaridade, prevê que os conhecimentos
concepções do novo currículo foram
As sejam revisitados, aprofundados e
definidas pela SME-SP com base no estudo ampliados ano a ano, numa progressão que
do histórico curricular da própria rede, das leva em conta, além da complexidade dos /// As assessoras pedagógicas Edda Curi (de verde) e Célia Carolino
discussões da BNCC e de outros currículos conteúdos, também o grau de autonomia (ao lado, in memoriam) ajudaram a planejar a revisão curricular.
///// 1 COMPOSIÇÃO DE EQUIPE
E PLANEJAMENTO INICIAL
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
Motivos de orgulho
O novo currículo foi publicado
dentro do prazo planejado, no final
de 2017, com alterações pontuais no
cronograma para atender demandas
da rede (ex: o período de consulta
sobre a 1ª versão foi estendido
ME
EJA NT
de 15 dias para um mês). “Nosso N
O
PLA
grande mérito foi o planejamento.
TO
MO
EN
N
A gente sabia exatamente onde IT O A M
R
/// Para construir o novo currículo em apenas sete meses, num processo coletivo que envolveu especialistas em currículo, professores e
alunos, foi fundamental traçar um plano detalhado das etapas e ter uma equipe que atuasse como guardiã do cronograma.
///// 1 COMPOSIÇÃO DE EQUIPE
E PLANEJAMENTO INICIAL
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
ATENÇÃO 4
5
Desafios LINKS ÚTEIS
O município tinha acabado de realizar Direitos de Aprendizagem OS MAIORES CUSTOS do processo de
uma revisão de seu currículo, em (documento curricular atualização curricular, em São Paulo, foram
2016. A equipe da SME-SP antecipou do município, 2016) com a contratação de assessores externos
resistências à nova mudança e traçou http://bit.ly/currículo2016 (21 especialistas, no total) e a gráfica. Para
a elaboração do documento, não houve
uma estratégia clara para viabilizá-la. No Orientações Curriculares
(documento curricular aumento no orçamento médio anual
evento que inaugurou o novo processo de
do município, 2007) – o processo foi feito com o orçamento
atualização curricular, em março de 2017,
http://bit.ly/currículo2007 calculado na gestão anterior, que não previa
onde estavam presentes professores, uma nova atualização curricular. Para o ano de
coordenadores pedagógicos e diretores BNCC (para download editável) 2018, o orçamento foi calculado segundo as
escolares, além de representantes das http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
demandas da implementação. No total, foram
Diretorias Regionais de Educação (DREs), Currículo de Sobral investidos cerca de R$ 22 milhões, incluindo
num total de 800 pessoas, o Secretário de http://bit.ly/curriculosobral a produção, impressão e implementação de
Educação, Alexandre Schneider, firmou Currículo de Pernambuco todo o material curricular (20 documentos
o compromisso de respeitar o histórico http://bit.ly/curriculope curriculares e 57 cadernos com sequências
de construção curricular do município, de atividades), segundo dado fornecido pela
Currículo da Austrália
considerando inclusive o documento http://bit.ly/curriculoau SME-SP em agosto de 2018.
que fora produzido no ano anterior. Nos Currículo do Chile
GTs para a elaboração do currículo, as http://bit.ly/curriculocl
referências curriculares mais recentes
Currículo de Portugal
da rede (2016 e 2007) foram levadas https://bit.ly/2fndZBC
em conta, junto com a BNCC e outros
Currículo de Hong Kong
documentos. “A gente respeitou o que
http://bit.ly/curriculohkareas
as várias gestões anteriores construíram.
Isso ajuda o educador a entender que
não está sendo objeto de uma nova
experiência”, diz Schneider.
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
/// Evento no dia 3 de março de 2017 que, oficialmente, abriu o debate sobre a atualização do currículo do Ensino Fundamental na rede municipal de educação de São Paulo, à luz das discussões da BNCC. O Secretário
de Educação, Alexandre Schneider, firmou com as cerca de 800 pessoas presentes – professores, coordenadores pedagógicos e diretores escolares, além de representantes das Diretorias Regionais de Educação (DREs)
– o compromisso de respeitar o histórico de construção curricular do município, considerando inclusive o documento com direitos de aprendizagem que fora produzido no ano anterior.
///// 2
PASSO GRUPOS DE TRABALHO
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
Quem fez O que fez
Equipe pedagógica Cada GT ficou responsável por elaborar os objetivos de
da SME-SP aprendizagem e desenvolvimento de um componente
curricular, especificados ano a ano, para o 1º ao 9º ano
Diretorias Regionais
do Ensino Fundamental. Foram 12 a 15 encontros
de Educação (DREs)
quinzenais para cada grupo, com seis horas de duração,
Professores da rede de março a julho. Os encontros ocorreram durante
Assessores externos a semana e os professores participantes receberam
dispensa de ponto.
1 2 1
2
3
4
5
3 4
6
/// 1. Professores reunidos para atualizar o currículo de Arte. 2, 3 e 4. O diretor do Núcleo Técnico de
Currículo da SME-SP, Wagner Palanch, e a assessora de Língua Portuguesa, Telma Weisz, conversam com
professores que participaram da elaboração do currículo. 5. Chuva de ideias no GT de Tecnologias para
a Aprendizagem. 6. Professores trabalhando juntos no GT de Matemática. 7. GT reunido em junho de
2017, perto de concluir a primeira versão curricular.
///// 2 GRUPOS DE TRABALHO
LINHA DO
TEMPO
1
2
UNICAÇ
M
3
ÃO
CO
4
O
NT
N
E
GA E
JA M
5
Como fez
E
stabeleceu-se que cada GT seria juntos na lógica da progressão curricular, a currículo. Ou seja, a atualização curricular
composto por, pelo menos, 13 professores Secretaria convidou alguns educadores para exigiu dos GTs um caráter formativo e não
com atuação em sala de aula – um fazer um intercâmbio, participando das apenas de execução. Cabia aos assessores
representante de cada DRE, selecionado discussões dos dois grupos. No caso do GT externos conduzir essas discussões, com o
pelas próprias diretorias regionais. Também de Matemática, adotou-se outra estratégia: auxílio de textos teóricos, vídeos com boas
foi aberta a possibilidade de participação os objetivos de aprendizagem formulados práticas de sala de aula e dos documentos
a coordenadores pedagógicos das para o 1º ao 9º ano foram apresentados nos curriculares tomados como referência
escolas, supervisores escolares e equipes dois grupos, nos dois últimos encontros do (currículos do município de 2016 e 2007
pedagógicas das DREs. O número de GT, para avaliar a coerência da progressão e a BNCC, entre outros).
participantes de cada GT variou de 19 a 55 ano a ano. Assessores de um mesmo
pessoas. O nome de cada integrante dos componente também trabalharam em O
s técnicos da SME-SP, junto com os
GTs consta na ficha técnica dos currículos conjunto para garantir essa articulação. assessores, contribuíram para as discussões
de cada componente. No caso dos demais componentes, que e a escrita dos documentos, zelando por
são ministrados por um único especialista sua adequação ao contexto da rede. Além
o caso dos componentes curriculares
N desde o 1o ano, foi formado um único GT. disso, cuidaram de toda a logística dos
Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, encontros – ex: compartilhar materiais de
Geografia e História, foram formados Para elaborar os objetivos de aprendizagem leitura e textos produzidos no próprio GT,
dois grupos – um para os anos iniciais do com os professores, foi necessário discutir através de uma pasta no Google Drive, M
UNICAÇ
ÃO
CO
Ensino Fundamental (1º ao 5º) e outro para conceitos e concepções específicos de cada ou enviar informações sobre horários e
O
NT
os anos finais do Ensino Fundamental (6º componente curricular, de modo que todos outras questões práticas, além de manter N G A J A M E
E
ao 9º). Para que os professores dos anos estivessem a par inclusive das discussões o engajamento dos professores, por meio
iniciais e dos anos finais pudessem pensar mais inovadoras que seriam abordadas no de grupos de WhatsApp e e-mail.
///// 2 GRUPOS DE TRABALHO
LINHA DO
TEMPO
1
2
CADA GT ESTABELECEU SUA PRÓPRIA » Os professores iam ditando o texto » Por fim, propunham ajustes, quando 3
METODOLOGIA DE TRABALHO. e um participante do GT anotava a julgavam necessário. 4
redação (ex: um professor ou um 5
• O grupo de Matemática, por exemplo,
optou pela escrita colaborativa, seguindo técnico da SME-SP). Assim, pôde-se investir mais tempo
uma dinâmica básica: na formação dos professores sobre tópicos
» Nesse processo colaborativo,
inovadores abordados e inclusive sobre o que
» A cada encontro, um eixo do currículo professores mais experientes, que já
é um currículo e como se organiza.
era trabalhado – ex: álgebra, números tinham participado de outros processos
ou geometria (conheça os eixos que de elaboração curricular, ajudavam os
organizam o currículo da Matemática e educadores menos experientes. UNICAÇ
M
ÃO
CO
também dos demais componentes, aqui.) » Entre um encontro e outro, os
O
educadores eram estimulados a mostrar
NT
N
E
GA E
» Os professores liam, antes do encontro, JA M
1
2
3
4
5
Motivos de orgulho
A construção dos currículos se deu,
de fato, de maneira colaborativa
com os professores, segundo relatos
de docentes, assessores externos
e técnicos das DREs entrevistados
– o que inclusive ajudou a diluir
eventuais resistências às mudanças.
“Ver nossas contribuições ali no texto
foi muito gratificante”, comentou
a professora Jucilene da Silva, que
participou do GT de Matemática e
depois se tornou professora-referência
nas formações de professores
polivalentes, na DRE Itaquera.
/// Cada GT estabeleceu sua dinâmica própria para discutir os tópicos que seriam abordados no currículo e escrever os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
///// 2 GRUPOS DE TRABALHO
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
ATENÇÃO
Desafios
No GT de Língua Portuguesa, Para Kátia Bräkling, assessora do GT
a terceira versão da BNCC foi deste componente, foi uma perda. A DEPENDER DO PERFIL das pessoas
abordada sob uma perspectiva crítica, “Isso importa muito para o professor. envolvidas e da quantidade de questões
pois, segundo as assessoras deste Pode ser a diferença entre ele entender que precisam ser discutidas para
componente, a Base estava defasada, ou não o objetivo”, analisa. subsidiar a redação do currículo, é
em relação às mais modernas concepções preciso avaliar a dinâmica de trabalho
mais produtiva: escrever coletivamente
sobre a linguagem e seu ensino. A versão A SME-SP considerou mais adequado
os textos do currículo ou fazer a
final da BNCC teve avanços em relação trazer os exemplos no material de
análise conjunta de textos
a críticas feitas à época. apoio aos professores (Orientações
redigidos previamente.
Didáticas). Além disso, foi desenvolvida
Também no caso do currículo uma plataforma digital sobre o
de Português, muitos exemplos currículo que propõe articulações
foram cortados do texto dos entre teoria e prática.
objetivos de aprendizagem.
LINKS ÚTEIS
Eixos do currículo de cada conhecê-los, acesse o currículo
componente curricular de cada componente)
https://bit.ly/2RkiUB6 http://bit.ly/currículo2017
Objetivos de aprendizagem Orientações Didáticas
formulados nos GTs (para http://bit.ly/orientacoes2018
///// 3
PASSO PESQUISA COM ESTUDANTES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
Quem fez O que fez
Núcleo de Uma pesquisa com os estudantes da rede para incluir
Educomunicação da no novo currículo o olhar das crianças e adolescentes.
SME-SP Formulada com participação dos alunos do Imprensa
Jovem, a pesquisa buscou responder os seguintes
Alunos integrantes
questionamentos:
do Imprensa Jovem,
programa voltado à
• O que os estudantes esperam da escola?
produção de notícias
• E o que consideram que a escola precisa ter para
proporcionar mais aprendizado?
Nenhum de nós, na Secretaria, sabe melhor que os próprios estudantes /// Os alunos do Imprensa
quais perguntas precisam ser feitas aos alunos da rede” . Jovem exercitam a busca e
o tratamento da informação.
CARLOS LIMA, COORDENADOR DO NÚCLEO DE EDUCOMUNICAÇÃO DA SME-SP
///// 3 PESQUISA COM ESTUDANTES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
Como fez
• Presente em aproximadamente 75% das
escolas de Ensino Fundamental da rede,
o Imprensa Jovem envolve cerca de 4.000
crianças e adolescentes do 1º ao 9º ano,
distribuídos em 280 equipes de 15 alunos,
que produzem e publicam seus conteúdos
em diferentes mídias, como blog e rádio. /// Roda de conversa com alunos do programa Imprensa Jovem, que ajudaram a elaborar uma pesquisa com 43.655 estudantes da rede.
entre todas as questões levantadas, o Imprensa Jovem desde 2017, para troca outros abordaram os colegas no recreio.
O
Núcleo de Educomunicação filtrou oito de informações nas coberturas Os alunos tiveram pouco mais de um mês
NT
N
E
GA E
JA M
perguntas para compor o questionário jornalísticas, e foi construído com para participar da pesquisa, entre o final de
da pesquisa, com múltiplas alternativas ajuda de um site chamado Fábrica de abril e o começo de junho.
ou espaço para resposta livre (clique aqui Aplicativos, que, oferece, gratuitamente,
• Os alunos do Imprensa Jovem realizaram
para acessá-la). Posteriormente, as rodas modelos pré-prontos de apps, sem que
ainda uma coletiva de imprensa com
de conversa foram feitas em outras 28 sejam necessários conhecimentos de
o coordenador do Núcleo Técnico de
escolas, ajudando a validar as questões programação.
Currículo (NTC), Wagner Palanch, durante
formuladas.
a elaboração do documento.
///// 3 PESQUISA COM ESTUDANTES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
Motivos de orgulho
A pesquisa teve a resposta de 43.655
estudantes – cerca de 10% de todos
os alunos do Ensino Fundamental da PERFIL DOS ALUNOS QUE RESPONDERAM À PESQUISA
*Alunos da EJA e de oito escolas de Ensino Fundamental e Médio que também responderam à pesquisa. Fonte: SME-SP
///// 3
1 CPESQUISA
OMPOSIÇÃO DE EQUIPE
COM ESTUDANTES
E PLANEJAMENTO INICIAL
LINHA DO
TEMPO
1 2 1
2
3
4
5
3 5
/// 1. O coordenador do Núcleo de Educomunicação da SME-SP, Carlos Lima (primeiro à esquerda da foto),
mediou as rodas de conversa com alunos do Imprensa Jovem. 2. As conversas foram gravadas e serviram
de base à elaboração de uma pesquisa com os demais estudantes da rede. 3. A SME-SP queria saber: “O
que os estudantes esperam da escola?”. 4. Cerca de 43.655 alunos responderam à pesquisa via aplicativo.
5 e 6. Crianças e jovens foram estimulados a falar sobre as aulas e o ambiente escolar e suas falas foram
transformadas em um questionário com oito perguntas.
///// 3 PESQUISA COM ESTUDANTES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
Desafios
As rodas de conversa renderam um
volume enorme de material gravado
e foi preciso transformá-lo em número
pequeno de questões. “Se o questionário
fosse muito longo, os dados ficariam
fragmentados demais e seria difícil utilizá-
los”, explica o coordenador do Núcleo
de Educomunicação, Carlos Lima. Lima
tem a intenção de criar um portal para
reunir o rico material que ficou de fora.
“Levando em conta que o currículo ainda
está em processo de implementação e que
o estudante de São Paulo tem interesses
muito próximos aos de estudantes do
Amazonas, do Mato Grosso, ou da Paraíba
– sei porque fui a esses lugares –, essas
informações podem contribuir para colocar
o estudante no protagonismo das políticas
públicas de educação”, avalia.
/// O programa Imprensa Jovem foi uma das boas experiências da rede aproveitadas durante a
atualização curricular. Presente em 75% das escolas de Ensino Fundamental do município, envolve
cerca de 4.000 crianças e adolescentes do 1º ao 9º ano hábeis em fazer perguntas.
///// 3 PESQUISA COM ESTUDANTES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
ATENÇÃO 4
5
LINKS ÚTEIS
Aplicativo Imprensa Jovem PARA FAZER UMA AMPLA CONSULTA aos
app.vc/imprensajovem alunos, é importante não começar do zero
– e, sim, aproveitar as boas experiências
Questionário utilizado na pesquisa da rede. No caso de São Paulo, os alunos do
https://bit.ly/2rbLxFb Imprensa Jovem tinham muito a contribuir
Resultados da pesquisa porque possuem a prática de fazer perguntas
http://bit.ly/pesquisalunos capazes de suscitar respostas interessantes,
(págs. 33-34) conhecem os interesses dos estudantes
Site Fábrica de Aplicativos da rede e compõem um grupo numeroso,
http://bit.ly/fabricaplicativos capaz de ajudar a articular os demais alunos.
Mas outros grupos de estudantes podem
colaborar – grêmios estudantis, associações
esportivas ou bandas musicais, por exemplo.
///// 4
PASSO PESQUISA COM EDUCADORES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
UNICAÇ
4
M
ÃO
5
CO
O
Quem fez O que fez
NT
N
E
GA E
JA M
SME-SP • Uma pesquisa online com
D
iretorias Regionais professores e gestores
de Ensino (DREs) escolares, em que se buscou
subsídios para compor a
estrutura do currículo.
1
2
3
UNICAÇ
M 4
ÃO
CO
5
O
NT
N
Como fez
E
GA E
JA M
1
2
3
ATENÇÃO 4
5
Motivos de orgulho Desafios
A pesquisa foi respondida por Não identificados, neste caso. • AS RESPOSTAS NÃO PRECISAVAM
ter a identificação dos professores, somente
cerca de 16.000 educadores
da escola. Assim, os educadores ficavam mais
– metade dos professores do
à vontade para dar suas contribuições.
Ensino Fundamental da rede.
ME
Com a identificação da unidade escolar,
EJA NT
N
a SME-SP tinha subsídios suficientes para
O
PLA
monitorar o nível de participação em
TO
MO
EN
N
IT O A M
R cada região do município e solicitar às
DREs que entrassem em contato com
as escolas, pedindo maior engajamento,
quando necessário.
LINKS ÚTEIS
Formulário da pesquisa
e respostas dos educadores
https://bit.ly/2zxYuxM
///// 5
PASSO
CONSULTA À REDE, LEITURA CRÍTICA
E FINALIZAÇÃO DO DOCUMENTO LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
Quem fez O que fez
SME-SP A SME-SP disponibilizou a primeira versão do currículo,
elaborada a partir dos GTs, para consulta a todos
Assessores externos
os educadores da rede, em agosto. Em paralelo,
Educadores da rede solicitou que oito consultores externos fizessem
Especialistas a leitura crítica dos documentos produzidos.
contratados Avaliada a pertinência das contribuições, foram feitos
os ajustes necessários e o texto do documento foi
finalizado, em setembro, seguindo para revisão,
diagramação, impressão e lançamento, em dezembro.
ME
EJA NT
N
O
PLA
TO
MO
EN
N
IT O A M
R
1
2
3
4
5
Como fez
• Finalizada a redação dos objetivos • A primeira versão do currículo foi O sistema de consulta foi desenvolvido
de aprendizagem, nos GTs, equipe publicada no Sistema de Gestão pelo NTC e pelo setor de Tecnologia da
técnica da SME e assessores passaram Pedagógica (SGP) da rede, um ambiente Informação da Secretaria.
duas a três semanas consolidando os online já acessado regularmente
• Ao longo do processo de consulta,
textos dos objetivos, além da parte pelos educadores para informar
os técnicos da SME já iam analisando
introdutória de cada componente seu planejamento de aula, dados de
as contribuições. Os relatórios eram
curricular, que apresenta concepções e frequência dos alunos, entre outros.
exportados para o Excel, onde a equipe
conceitos específicos do componente, O texto do currículo de cada componente
acrescentou uma aba para inserir
sua organização em eixos e abordagens foi disponibilizado na íntegra e, em cada
comentários que sinalizariam aos
metodológicas, entre outras informações. objetivo de aprendizagem ou tópico da
assessores externos a visão da SME sobre
parte conceitual, havia três botões:
• A equipe da SME-SP, então, fez uma força- cada contribuição (ex: “Contemplado
tarefa para preparar a consulta à rede. - exclusão: para sugerir a retirada de um nas Orientações Didáticas”, “Analisar”
Treze profissionais do NTC e do DIEFEM objetivo/tópico conceitual; ou “Tópico para formação”). Em seguida,
visitaram, no mesmo dia, as 13 DREs - sugestão: para sugerir alterações os relatórios brutos e as tabelas
para explicar como seria feita a consulta no texto ou o reposicionamento do comentadas foram compartilhadas com
e apresentar a versão preliminar do objetivo em outro ano escolar; os assessores de cada GT para que eles
documento nos diferentes componentes - inclusão: para sugerir um novo pudessem alterar o que fosse necessário.
(principalmente, as novidades teóricas objetivo/tópico conceitual. Segundo a SME-SP, foram feitas reuniões
levadas em consideração na escrita). • O próprio SGP gerava relatórios das com os assessores para alinhar o aceite das
Para esta reunião, foram convocados contribuições, em tabelas categorizadas contribuições. Uma sugestão recorrente,
os coordenadores pedagógicos das por componente curricular, ano escolar, por exemplo, foi simplificar a linguagem,
UNICAÇ
escolas de cada região. M
tipo de interferência (inclusão, exclusão para tornar os objetivos mais claros.
ÃO
CO
N
E
GA
JA ME
///// 5 CONSULTA À REDE, LEITURA CRÍTICA
E FINALIZAÇÃO DO DOCUMENTO
LINHA DO
TEMPO
1
2
• Aos leitores críticos, foram solicitados 3
pareceres técnicos que analisassem 4
principalmente: 5
- a estrutura do currículo;
- o diálogo entre a parte introdutória
geral do documento e os objetivos de
aprendizagem de cada componente;
- questões conceituais;
- abordagens metodológicas.
• Os pareceres também foram enviados
aos assessores para que o aceite das
contribuições fosse avaliado.
1 2 1
2
3
4
5
6
3 4
7
8
/// 1, 2 e 4. No lançamento do currículo, professores
que integraram os GTs receberam das mãos da equipe
da Secretaria o material que ajudaram a construir.
3 e 7. Integrantes da equipe da SME-SP que
coordenaram a atualização curricular. 5. Alunos
da escola Professor Mario Schönberg fizeram uma
apresentação cultural, interpretando o cantor Tim
Maia. 6. O estudante Kauã Cardoso também recebeu o
documento, representando os alunos. 8. Integrantes do
Imprensa Jovem fizeram a cobertura do evento.
///// 5 CONSULTA À REDE, LEITURA CRÍTICA
E FINALIZAÇÃO DO DOCUMENTO
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
ATENÇÃO 4
5
Motivos de orgulho Desafios
A primeira versão do documento Houve uma dificuldade técnica para PARA O ACEITE OU NÃO-ACEITE das
foi lida por aproximadamente 9.000 contribuições dos educadores, a equipe
disponibilizar a primeira versão do
de SME-SP e os assessores levaram em
educadores (quase 30% do total dos currículo, na consulta. O sistema
conta a recorrência das sugestões, além da
professores de Ensino Fundamental ficou sobrecarregado e o documento coerência com o que foi discutido nos GTs.
da rede), que fizeram cerca de precisou de uma semana para ser E o encaminhamento não se resumia a acatar
2.550 contribuições. disponibilizado na íntegra. ou rejeitar as sugestões. Por exemplo: se os
professores entendiam que não era possível
desenvolver um objetivo em determinado ano
e as assessoras tinham convicção de que isso
era possível – com base em sua própria prática
docente, em estudos sólidos da área e conforme
demonstrado em vídeos com boas práticas
de professores, gravados em sala de aula e
utilizados nas formações dos GTs –, elas tratavam
de reescrever os objetivos de forma mais
clara e com exemplos para que os professores
pudessem compreender melhor como atingir
aquele objetivo, naquela etapa escolar.
LINKS ÚTEIS
Consulta do SGP
https://bit.ly/2Q2yUv1
///// 3 PESQUISA COM ESTUDANTES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
Balanço da Elaboração
Criar ou atualizar um currículo envolve decisões em várias
frentes, incluindo a estrutura do documento e o modelo de sua
elaboração, tendo em conta variáveis como tempo e orçamento.
Cercar-se de uma equipe com bom conhecimento da rede e que
se comunique bem com seus educadores pode ajudar a resolver
esta equação e a alcançar o resultado desejado.
///// BALANÇO DA
ELABORAÇÃO
LINHA DO
TEMPO
1
Premissas 2
• É importante não partir do zero, no • Incluir professores, alunos, gestores subsidiar o processo de escrita. Em alguns 3
processo de atualização curricular. escolares e demais profissionais da casos, funciona bem pedir que o grupo faça, 4
Isso significa levar em conta as antigas rede na elaboração do currículo dá maior em conjunto, a escrita de cada objetivo; 5
orientações curriculares da própria rede, legitimidade ao processo e senso de em outros, pode ser melhor pedir que os
além de referências externas. Até os identidade com o documento, resultando participantes do GT analisem propostas
aspectos criticados podem proporcionar num currículo com maior chance de adesão. de escrita previamente elaboradas e
boas ideias – o município de São Paulo, proponham os ajustes necessários.
por exemplo, deixou para trás a divisão do
documento em anos iniciais e anos finais, Formação de equipe • É fundamental ter um trabalho de formação
que constava em seu currículo de 2007, e • P
ara obter maior legitimidade junto aos para subsidiar a escrita coletiva do currículo.
adotou um volume único, do 1º ao 9º ano, professores da rede, é importante convidar Essas formações têm o objetivo de atualizar
para cada componente curricular, com o assessores que, além de excelência acadêmica todos os envolvidos sobre a teoria e a prática
intuito de proporcionar maior clareza na e expertise na elaboração de currículos, dos conteúdos que serão abordados.
progressão dos conhecimentos, ao longo de tenham experiência de sala de aula.
todo o Ensino Fundamental. É importante • É também importante que os professores
aproveitar as boas experiências da rede, não tenham a oportunidade de estudar o que
só em termos documentais, mas também Trabalho colaborativo é um currículo e como se organiza. Esses
em relação às pessoas – como no caso dos • Nos casos em que a escrita do currículo conhecimentos são importantes não só
estudantes do programa Imprensa Jovem, é feita em grupos de trabalho (GTs), é para quem tem a missão de escrever um
que, com sua expertise na formulação de preciso avaliar qual o processo de escrita documento curricular, mas também para
perguntas, colaboraram para a elaboração mais adequado. É importante considerar o aqueles que precisarão ler o documento,
de uma pesquisa com os alunos da rede a perfil do grupo, o tempo que se tem para compreendê-lo e colocá-lo em prática.
respeito da escola que gostariam de ver produzir o documento e a quantidade de Os encontros dos GTs são uma boa ocasião
refletida no currículo. questões que precisam ser estudadas para para fazer esse estudo.
Tem duas formas completamente diferentes de se fazer um currículo. Ou você divide os conteúdos em pequenas porções; faz, cumulativamente,
o professor dar aquelas aulas; e reza para, lá no final, o aluno ter aprendido; ou você tem alguns conteúdos que vão sendo reelaborados,
aprofundados e complexificados, ano a ano, e, lá no fim, o que o aluno tem que saber é: ler bem, escrever bem... Esta é a nossa linha”.
TELMA WEISZ, ASSESSORA DO GT DE LÍNGUA PORTUGUESA
///// BALANÇO DA
ELABORAÇÃO
LINHA DO
TEMPO
1
Logística 2
• Uma boa maneira de estruturar as atividades E o Formulário Google permite elaborar de outro, ele precisa oferecer instrumentos 3
dos GTs é organizar os encontros por eixo questionários de pesquisa que podem suficientes para que o professor consiga 4
do currículo, em cada componente curricular. ajudar a incluir um número maior de colocá-lo em prática. Incluindo nessa 5
alunos, professores e gestores escolares na equação os custos com a impressão do
• A frequência quinzenal dos GTs proporciona elaboração do currículo. material, a questão torna-se ainda mais
tempo para que os participantes leiam complexa. Mas é fundamental não perder
textos que serão usados para embasar as de vista que um bom currículo precisa estar
discussões em grupo, mostrem os textos O currículo escrito muito claro para o professor.
produzidos no grupo para outros colegas e • O uso de exemplos e indicações
captem impressões para propor ajustes, se metodológicas, na escrita dos objetivos
necessário. Ao mesmo tempo, não é uma de aprendizagem do currículo, ajuda os
Currículo sob consulta
periodicidade muito dilatada, contribuindo professores a compreenderem o que • Ao disponibilizar uma versão preliminar
para manter o grupo engajado. está sendo proposto. Por exemplo: um do currículo para consulta, é interessante
professor pode considerar inviável um começar a compilar, categorizar e analisar
• O uso de tecnologias simples e acessíveis objetivo que proponha a escrita de textos a pertinência das contribuições, antes
tem muito a contribuir para a organização por alunos que ainda não sabem ler. Mas, mesmo que a consulta se encerre. Assim,
do trabalho de elaboração curricular. A se o objetivo especifica que essa produção ganha-se um tempo precioso para as
ferramenta do Google Drive, por exemplo, textual será feita através de ditado do etapas finais – últimos ajustes no texto,
gratuita, permite compartilhar textos de texto pelo aluno para o professor, a diagramação, impressão, lançamento
consulta e de construção coletiva, de forma compreensão torna-se mais clara. e distribuição, além de liberar parte da
mais organizada e ágil que o e-mail. Os grupos equipe para a produção dos materiais de
de WhatsApp permitem uma comunicação • É difícil definir a extensão ideal do apoio ou para se dedicar a outras ações da
mais rápida para acertar questões práticas e currículo. De um lado, é interessante que implementação.
para manter o engajamento dos envolvidos. ele seja objetivo, enxuto, fácil de consultar;
Para discutir com os professores alguns conteúdos que iam entrar no currículo,
a gente tinha que primeiro fazer uma formação sobre aquele conteúdo”.
KÁTIA BRÄKLING, ASSESSORA DO GT DE LÍNGUA PORTUGUESA
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
2
4
5
6
7
8
IMPLEMENTAÇÃO ESCOLAS
VISITADAS
1
2
3
4
5
6
7
8
OS PROFESSORES SÃO
PROTAGONISTAS DO PROCESSO
DE IMPLEMENTAÇÃO – SÃO ELES
QUE VÃO FAZER O CURRÍCULO ESCOLAS
VISITADAS
1
2
3
EM SETEMBRO DE 2017, AO MESMO TEMPO QUE O A equipe da SME-SP também orientou que, durante todo o 4
CURRÍCULO ERA FINALIZADO, iniciou-se a elaboração de mês de março, as escolas dedicassem seus horários de trabalho 5
materiais de apoio à sua implementação – “Orientações pedagógico coletivo, com seis horas semanais, ao estudo 6
Didáticas”, voltadas a professores e coordenadores da parte introdutória do currículo, comum a todas as áreas. 7
pedagógicos, e a coleção “Caderno da Cidade: saberes e E sugeriu que, em 2018, o Projeto Especial de Ação (PEA) 8
aprendizagens”, com atividades para os alunos. A produção das escolas – voltado à formação em serviço dos professores,
desses materiais foi finalizada no início do ano seguinte. nas unidades escolares, focando um tema principal durante
Enquanto exemplares dos currículos eram entregues às todo o ano – fosse dedicado ao estudo do currículo. ESCOLAS
apoio eram impressos para chegar os professores e alunos O primeiro ciclo de formações presenciais sobre o novo currículo,
até o fim do primeiro bimestre. promovido pela Secretaria, iniciou-se no final de fevereiro
e foi realizado com o apoio das 13 Diretorias Regionais de
A Secretaria orientou que os coordenadores pedagógicos Ensino (DREs) que compõem a rede, numa cadeia formativa:
das escolas conduzissem o estudo inicial do currículo, já
nos dois primeiros dias de planejamento geral do ano letivo, • Primeiramente, a Secretaria ofereceu formações por
previstos no calendário da rede. Para isso, a SME-SP organizou, componente curricular a representantes das 13 DREs.
em conjunto com suas diretorias regionais, uma pauta • Em seguida, esses representantes replicaram as formações
orientando o que olhar com mais atenção, no currículo de cada para professores selecionados das escolas de sua região,
componente curricular, nesse primeiro momento. Além disso, num total de quase 5.000 educadores – cerca de 15% dos
produziu vídeos de 15 a 20 minutos, nos quais os especialistas professores do Ensino Fundamental da rede.
que assessoraram a elaboração dos documentos explicam a • Por fim, estes professores receberam a incumbência de atuar
estrutura dos currículos, suas principais concepções e inovações como multiplicadores, em suas escolas, compartilhando com
(acesse os vídeos de Língua Portuguesa e Matemática). seus colegas os conhecimentos adquiridos.
Para descrever as ações da implementação curricular foram
realizadas entrevistas com a equipe da SME-SP, das DREs e
das escolas, e também com consultores externos contratados LINHA DO
TEMPO
Fevereiro-Abril Maio-Julho
Distribuição dos cadernos dos alunos (vol 1). Diagramação dos cadernos dos alunos
(vol. 2 e vol. 1 - edição do professor).
Fevereiro-Maio
Formações de formadores das DREs. Maio-Agosto
Compartilhamento das formações pelos
Fevereiro-Maio professores multiplicadores, nas escolas.
Produção da versão do professor para
o caderno de atividades dos alunos (vol 1). Junho
Publicação online da edição do professor
Março para o caderno dos alunos (vol. 1).
Estudo da parte introdutória geral
do currículo, nas escolas, nos horários
de trabalho pedagógico coletivo.
LINHA DO
TEMPO
1 2 3 4
5
6
PASSO PASSO PASSO PASSO 7
8
5 PASSO
Formação de
6 PASSO
Plataforma
professores nas currículo de Tecnologias e competências comuns do Currículo
escolas para Aprendizagem às áreas (Matriz de da Cidade
Saberes e ODS)
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Quem fez O que fez 4
Divisão de Ensino Elaboração de materiais alinhados ao novo documento 5
Fundamental e curricular: Orientações Didáticas para os professores 6
Médio (DIEFEM/ (um para cada componente curricular, à exceção da 7
SME-SP) Matemática, com dois volumes) e coordenadores 8
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Como fez 4
Os materiais de apoio para professores, 5
coordenadores pedagógicos e alunos 6
começaram a ser produzidos em setembro 7
de 2017, enquanto o currículo era concluído. 8
SME-SP e assessores fizeram a escrita dos
materiais de forma colaborativa. Cerca de
10 pessoas da SME-SP fizeram adequações
à realidade da rede – verificando, por ESCOLAS
VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
6
7
COLEÇÃO COMPLETA DE ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
8
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
Matemática vol. 2
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
ENSINO FUNDAMENTAL
Volume 2
Matemática
ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO FUNDAMENTAL
COLEÇÃO CADERNO DA CIDADE: SABERES E COLEÇÃO CADERNO DA CIDADE: SABERES E COLEÇÃO CADERNO DA CIDADE: SABERES E
APRENDIZAGENS | CIÊNCIAS NATURAIS, 1º AO 9º ANO APRENDIZAGENS | MATEMÁTICA, 1º AO 9º ANO APRENDIZAGENS | LÍNGUA PORTUGUESA, 1º AO 9º ANO
///// 1 PRODUÇÃO DOS
MATERIAIS DE APOIO
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Motivos de orgulho Desafios ATENÇÃO 4
No caso dos cadernos dos alunos, Os cadernos dos alunos, no geral, tiveram 5
optou-se por dividir o material em sua qualidade elogiada por estudantes, 6
AS ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 7
dois volumes – um para o primeiro professores, coordenadores pedagógicos e
elaboradas para os professores tiveram 8
semestre do ano letivo e outro para o formadores entrevistados. Eles ressaltaram
seu uso pouco mencionado pelos
segundo semestre. Assim, a Secretaria a ênfase em pesquisa, atividades práticas educadores ouvidos neste trabalho. As
viabilizou a chegada do material no e trabalho coletivo, além da sugestão entrevistas realizadas indicam que, no
final do primeiro bimestre de 2018 e de temas modernos e um material primeiro semestre da implementação
ganhou tempo para finalizar o restante esteticamente atraente. Algumas críticas curricular, privilegiou-se o uso dos ESCOLAS
VISITADAS
das atividades. Há a previsão de unificar foram feitas, sendo a falta de certas obras cadernos dos alunos, como
os cadernos num só volume, em 2019. sugeridas, no acervo das salas de leitura material de apoio.
das escolas, a mais recorrentemente
percebida durante a apuração deste
ME
N
EJA NT
trabalho. Segundo a SME-SP, a situação
O
PLA
EN
N
IT O A M
R
LINKS ÚTEIS
Orientações Didáticas
http://bit.ly/orientacoes2018
///// 2
PASSO DISTRIBUIÇÃO DO CURRÍCULO
E DOS MATERIAIS DE APOIO
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Quem fez O que fez 4
• Empresa Os currículos foram entregues às escolas entre 5
contratada os meses de janeiro e fevereiro de 2018. Já as 6
pela SME-SP Orientações Didáticas para professores e coordenadores 7
pedagógicos, além dos cadernos com atividades para 8
os alunos (vol1) chegaram às escolas entre os meses
de fevereiro e abril. A versão do professor para o
material de apoio dos alunos (vol 1) foi disponibilizada
apenas em versão online, no Sistema de Gestão ESCOLAS
VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Como fez Motivos de orgulho 4
a primeira tiragem, quase 40.000
N professor – especialista ou polivalente A entrega dos currículos e materiais 5
exemplares do currículo foram impressos e – terá exemplares do currículo de uso de apoio foi feita a partir da gráfica. 6
distribuídos para as escolas, DREs e SME-SP. individual. O documento também Assim, a SME-SP ganhou agilidade 7
Foram entregues, no início do ano letivo, foi disponibilizado no portal da SME-SP na distribuição. Foi feito um controle 8
sete kits do currículo por escola – sendo para download. estrito da entrega, via recolhimento de
cada kit composto por nove volumes, um recibos pela empresa responsável, o que
o caso das Orientações Didáticas, foram
N
para cada componente curricular. Para que permitiu à Secretaria sanar possíveis
impressos 46.188 exemplares e, depois,
houvesse exemplares de uso individual para falhas de comunicação. ESCOLAS
também foi providenciada uma nova VISITADAS
O
PLA
uanto aos cadernos dos alunos, a
Q
TO
imprimir este volume total, num primeiro
MO
EN
N
IT O A M
momento – o orçamento recebido, no início quantidade de impressões foi calculada R
da gestão, em 2017, não previa o processo com base no número de matrículas do ano
de atualização e impressão do currículo anterior, com uma cota de reserva. Ainda
–, a orientação da SME foi de que os assim, a SME-SP planeja imprimir uma nova
documentos deveriam ser compartilhados tiragem para atender um número maior
pelos docentes para estudo, sobretudo de alunos que entrou na rede ao longo do
nos horários previstos para formação nas ano letivo. No total, serão 1,4 milhão de
escolas (seis horas semanais). A Secretaria exemplares para atender aproximadamente
providenciou novas levas de impressão, 430.000 estudantes.
de modo que, até fevereiro de 2019, cada
///// 2 DISTRIBUIÇÃO DO CURRÍCULO
E DOS MATERIAIS DE APOIO
1
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
3 5
6
7
8
ESCOLAS
VISITADAS
4
5
/// 1. Os cadernos dos alunos possuem atividades
alinhadas ao novo currículo. 2. A frequência do uso
dos materiais de apoio fica a critério do professor.
3. Os cadernos de atividades são consumíveis, portanto,
novas impressões deverão ser feitas a cada ano.
4. Alunos do 4º ano da escola Edgard Carone utilizam
o material elaborado pela SME-SP na aula de
Matemática. 5. As Orientações Didáticas dão aos
professores sugestões para organizar o cotidiano
das aulas e exemplos de práticas avaliativas.
///// 2 DISTRIBUIÇÃO DO CURRÍCULO
E DOS MATERIAIS DE APOIO
LINHA DO
TEMPO
1
ATENÇÃO 2
Desafios LINKS ÚTEIS 3
O fato de a Secretaria ter optado 4
O currículo e o material
por um currículo em volume único de apoio para educadores SEGUNDO RELATOS colhidos em entrevistas 5
por componente para estimular um (por componente curricular) com educadores e gestores da rede, há uma 6
http://bit.ly/currículo2017 demanda geral dos professores pelo currículo 7
pensamento a respeito da progressão
impresso. Ainda que os documentos tenham 8
dos conhecimentos, ao longo dos nove
sido disponibilizados para download no site da
anos do Ensino Fundamental – e não um SME-SP, alguns professores apontam que a falta
volume separado para os anos iniciais de um exemplar em papel para cada docente
e outro para os anos finais –, criou uma dificultou o estudo e a consulta do documento
demanda maior de impressão, já que em sala de aula, no início da implementação.
ESCOLAS
VISITADAS
cada professor polivalente (1º ao 5º Por outro lado, houve professores que
ano) precisaria receber cinco volumes valorizaram o estudo do documento online,
do currículo, nos componentes Língua por questões de sustentabilidade.
Portuguesa, Matemática, Ciências
Naturais, Geografia e História. Como
não foi possível realizar um volume tão
grande de impressões de uma só vez
– além da questão orçamentária, havia
a necessidade de imprimir também os
materiais de apoio para os alunos e
professores –, a SME-SP sugeriu que
os currículos distribuídos, no começo
do ano, fossem considerados da escola
e compartilhados pelos professores
para estudo. Posteriormente, mais
exemplares do currículo foram
impressos e distribuídos.
///// 3
PASSO FORMAÇÃO
DE FORMADORES
1
2
3
Quem fez O que fez 4
• Equipe técnica O primeiro ciclo de formações sobre o novo currículo foi 5
da SME-SP iniciado em fevereiro de 2018, numa progressão em cadeia. 6
7
• Assessores 8
• A SME-SP, com apoio dos mesmos assessores que
externos
conduziram os GTs de elaboração do currículo no
ano anterior, ministrou cursos para formadores das
13 regionais (DREs) que compõem a rede, em todos
os componentes do currículo. ESCOLAS
VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Como fez 4
ORGANIZAÇÃO GERAL História –, eles deveriam atuar em dupla das pautas e textos de apoio, envio de 5
com os formadores especialistas de suas materiais via Google Drive, projeção de 6
• Entre fevereiro e maio, foram realizados 7
DREs, que participaram das formações slides e vídeos, etc.
quatro a cinco encontros dedicados 8
de seu componente específico.
aos formadores para cada componente • P
ara acomodar mais de uma formação
do currículo. Cada DRE tinha, ao menos, • Os professores-referência também ao mesmo tempo, a SME-SP solicitou a
um representante de cada componente foram orientados a atuar em duplas com cessão de salas de aula e auditórios em
nessas formações – seja um formador formadores das DREs, que deveriam instituições de ensino particulares. A
ESCOLAS
de professores da própria DRE ou um ajudá-los com a adequação das pautas, a maior parte dos encontros foi realizada em VISITADAS
professor-referência, selecionado de uma preparação de materiais e outras questões uma faculdade localizada a três quadras da
escola da região para suprir a eventual que fossem necessárias, em razão da Secretaria. Os pedidos de uso dos espaços,
ausência de formador (alguns desses eventual falta de experiência desses sem custos, foi feita via ofício.
professores haviam participado dos GTs professores em mediar formações.
para elaboração no currículo, no anterior). • A
organização das formações da SME-SP
Os professores-referência receberam se deu em um modelo semelhante ao dos
dispensa de ponto para frequentar as GTs do ano anterior: um ou dois assessores
formações. Os encontros ocorreram conduziam as discussões, em parceria com
durante a semana, das 9h às 16h. um técnico da Secretaria. Além de zelar por
• Os formadores do 1º ao 5º ano foram situar as conversas no contexto da rede,
orientados pela Secretaria a participar, a equipe da SME-SP ficava responsável
prioritariamente, das formações de também pelas providências práticas –
Língua Portuguesa. Na hora de replicar articulação das datas dos encontros;
as formações dos outros componentes comunicação com o grupo via e-mail UNICAÇ
M
– Matemática, Ciências, Geografia e ou WhatsApp, impressão e distribuição
ÃO
CO
O
NT
N
E
GA E
JA M
///// 3 FORMAÇÃO
DE FORMADORES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Como fez 4
PAUTA E METODOLOGIA frequência foi a “tematização da prática”: dos resultados, de forma que cada 5
a partir de vídeos gravados em situações participante pudesse levar sínteses e 6
• As pautas dos cursos foram elaboradas 7
reais de sala de aula, as assessoras, análises prontas para suas formações na
em conjunto pela equipe da SME e pelos 8
em conjunto com os especialistas de LP DRE – ou seja, aproveitou-se o momento
assessores externos. O foco era facilitar a
da SME, iam pontuando e discutindo da formação para multiplicar os esforços
compreensão de novas nomenclaturas
as boas estratégias utilizadas pelos de trabalho dos formadores. A maioria
(ex: “objetos de conhecimento”, no
educadores para alcançar os objetivos fez seus registros em papel, fotografou as
lugar de “conteúdos”), concepções (ex:
desejados. Além de proporcionar anotações e passou o arquivo da foto para ESCOLAS
o currículo em espiral), estrutura dos VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
3 5
4 6
7
8
ESCOLAS
VISITADAS
8
///// 3 FORMAÇÃO
DE FORMADORES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Motivos de orgulho Desafios 4
A equipe de SME-SP esmiuçou as pautas MUNICAÇ Na SME-SP, as formações foram realizadas 5
6
ÃO
A CADEIA FORMATIVA DA REDE
CO
utilizadas em suas formações e as com formadores de 1º ao 9º ano juntos,
7
O
disponibilizou às equipes das DREs, via N G A J A M E com quatro a cinco encontros para
NT
E
FORMAÇÕES NA SME-SP
Google Drive, para ajudá-las a estruturar cada componente. Já nas Diretorias 8
as formações voltadas aos professores Regionais, as formações foram organizadas 4 5
a encontros 1º ao 9º ano
multiplicadores. Os materiais de apoio separadamente para professores por componente
utilizados, como slides, vídeos e textos, especialistas (6º ao 9º ano), com cinco
Formadores
também foram compartilhados. Além encontros por componente, e para os ESCOLAS
VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
ATENÇÃO 2
3
4
É um desafio garantir a unidade e a qualidade • esclarecimento sobre o papel dos assessores 5
das formações, quando elas são feitas nessa externos e da equipe da SME, nas formações. 6
lógica em cadeia, frequentemente utilizada 7
em grandes redes de ensino, como São Paulo, > ORIENTAÇÃO QUANTO AO PERFIL DE 8
que possui cerca de 31.600 professores do PROFESSORES SELECIONADOS PELAS DRES PARA
Ensino Fundamental. Na busca de que as PARTICIPAR DAS FORMAÇÕES NAS REGIONAIS:
aprendizagens fundamentais chegassem • participação no horário de trabalho
até a ponta – ou seja, a todos os professores pedagógico coletivo (chamado na rede de ESCOLAS
em sala de aula –, a SME-SP preparou um “horário de JEIF” – Jornada Especial Integral VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Quem fez O que fez 4
• Diretorias Formadores e professores-referência das 13 DREs passaram 5
Regionais de adiante o conteúdo do primeiro ciclo de formações sobre o 6
Ensino (DREs) novo currículo realizado pela Secretaria, em cada componente 7
da rede curricular. Os participantes das formações nas DREs foram: 8
Os gestores escolares sabem que o professor vir para a formação não é perda /// Formação sobre
de tempo; é um ganho, apesar de onerar a escola momentaneamente” o currículo de Língua
Portuguesa na DRE
IRACEMA VASTAG, FORMADORA DE LÍNGUA PORTUGUESA DA DRE PIRITUBA-JARAGUÁ
Pirituba-Jaraguá
///// 4 FORMAÇÃO DE PROFESSORES
MULTIPLICADORES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Como fez 4
ORGANIZAÇÃO GERAL • Seguindo orientações da SME-SP, as PAUTA E METODOLOGIA 5
regionais ofertaram a mesma formação 6
• As formações promovidas pelas DREs • As DREs estruturaram suas formações
em dois horários – de manhã e à tarde – 7
foram realizadas nas instalações das com base nas pautas elaboradas pela
para possibilitar a presença de professores 8
próprias regionais, entre o final do mês de SME. Segundo formadores entrevistados,
que dão aulas em períodos diversos. as metodologias mais valorizadas pelos
abril e o início de agosto (com pausa para
Isso significa que cada DRE organizou professores envolviam a realização ou
o recesso escolar, em julho).
92 encontros de formação inicial sobre criação coletiva de atividades práticas
• Para os professores do 6º ao 9 ano, o currículo, em cerca de três meses. ESCOLAS
que pudessem ser desenvolvidas VISITADAS
cada DRE organizou cinco encontros
• Cada encontro teve duração de depois com seus alunos.
para cada um dos oito componentes
4 horas. Os professores participantes • Por exemplo: em uma formação de
curriculares – Língua Portuguesa,
receberam dispensa de ponto, Ciências para professores do 1º ao 5º
Matemática, Ciências, Geografia,
no período da formação. ano, na DRE Itaquera (zona leste de São
História, Inglês, Arte e Educação Física.
As formações de Tecnologia foram • A SME-SP orientou as DREs a organizar o Paulo), os professores, divididos em grupos,
centralizadas pela Secretaria. calendário de formações de modo a não receberam caixas envoltas em papel de
tirar mais de um professor da escola por presente e a seguinte comanda: “Vocês são
• Para os professores do 1º ao 5º ano, cada
dia. Havia a preocupação de não conturbar cientistas. Sem abrir as caixas, descubram
DRE organizou seis encontros no total,
a rotina das aulas. o que há dentro delas”. Analisando o
sendo dois deles para Língua Portuguesa
peso, o barulho e o tipo de movimento do
e um encontro para cada um dos demais
conteúdo das caixas, cada grupo fez suas
componentes curriculares – Matemática,
análises, levantou hipóteses, anotou-as e
Ciências, Geografia e História. O mesmo
compartilhou com todos, depois. A proposta
professor polivalente indicado por cada
da atividade era introduzir um princípio-
escola participou dos seis encontros. ME
EJA NT
N
chave do currículo de Ciências – o estímulo
O
PLA
TO
MO
EN
N
IT O A M
R
///// 4 FORMAÇÃO DE PROFESSORES
MULTIPLICADORES
LINHA DO
TEMPO
ao pensamento científico – e demonstrar de avaliação apresentadas anteriormente • A participação nas formações da SME-SP foi 1
que é possível desenvolvê-lo com no encontro. Os grupos desenvolveram associada a uma pontuação que contribui 2
recursos simples, desde que as atividades propostas como esta, que, se esmiuçadas, para a progressão na carreira. A pontuação 3
sejam pensadas de forma a estimular a podem ser colocadas em prática nas suas ficou condicionada à presença em 100% dos 4
curiosidade, tenham a comanda certa escolas. encontros e à resposta de algumas questões 5
e uma dinâmica de sistematização sobre o conteúdo estudado no Pátio Digital,
• Além da metodologia mão-na-massa, a 6
própria das ciências. um portal da SME-SP que disponibiliza
troca de experiências foi um elemento 7
dados sobre a rede. Essas tarefas também
• Numa formação de professores das formações muito valorizado pelos 8
tinham como propósito verificar se os
especialistas em História, na DRE Butantã, professores participantes, que relatam ter
conteúdos da formação foram socializados
os participantes foram apresentados a um poucos pares do mesmo componente
na escola, já que algumas delas deveriam ser
mapa-múndi coberto por uma folha de curricular para dialogar, em suas escolas,
realizadas com o grupo de professores.
acetato transparente e solicitados a marcar e poucos momentos oportunos para o ESCOLAS
VISITADAS
com um pincel a trajetória geográfica estudo e trabalho coletivo com eles. • A Secretaria previu visitas às DREs para
de suas famílias até os dias de hoje. acompanhar as formações e, assim, poder
A atividade poderia ser transposta para orientar os próximos passos. Foram feitas
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
a sala de aula para introduzir o conceito algumas visitas, embora não tenha havido
de migração com os alunos. • A cada encontro, as DREs visitadas pernas para acompanhar todas as DREs.
solicitaram aos professores que
• Outro exemplo: em um encontro de • Na DRE Itaquera, dois supervisores
realizassem avaliações das formações,
formação de Matemática com professores escolares – profissionais das DREs que
de forma a colher subsídios para reorientar
do 6º ao 9º ano, na DRE Pirituba-Jaraguá atuam visitando as escolas regularmente
os encontros seguintes e levantar
(zona oeste de São Paulo), os participantes – também participaram das formações
demandas de aprofundamento para
foram solicitados a elaborar, em grupo, para ter maior embasamento na hora
cursos no segundo semestre. As avaliações
um projeto para desenvolver com seus de acompanhar os desdobramentos
eram curtas, com apenas três a quatro
alunos, envolvendo um ou mais eixos do do trabalho realizado nas escolas.
perguntas a respeito das contribuições
currículo de Matemática. Os participantes
do encontro e sobre o que poderia ser
deveriam prever conexões com outras
melhorado (em anexo, um exemplo
áreas, o trabalho com temas inspiradores
de avaliação).
do currículo (ODS) e a aplicação de rubricas
ME
EJA NT
N
O
PLA
TO
MO
EN
N
IT O A M
R
///// 4 FORMAÇÃO DE PROFESSORES
MULTIPLICADORES
1 3
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5 5
2 6
7
8
ESCOLAS
VISITADAS
6
7
/// 1, 6 e 7. Vinte e oito professores de Língua
Portuguesa do Ensino Fundamental realizam leituras e
discussões em grupo, em encontro de formação sobre
o novo currículo, na DRE Pirituba. 2 e 3. O quarto de
cinco encontros foi dedicado a novas abordagens de
ensino da análise linguística. 4. A formadora Iracema
Vastag enfatiza que a análise linguística é uma etapa da
produção textual dos alunos, e não um conteúdo a ser
trabalhado de forma descontextualizada. 5. Calendário
de formações na DRE Pirituba.
///// 4 FORMAÇÃO DE PROFESSORES
MULTIPLICADORES
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Motivos de orgulho Desafios 4
1. Diretores pedagógicos de três DREs A clareza em relação ao perfil do que, além de ter uma prática exitosa 5
e gestores de quatro escolas visitadas professor-referência e ao seu papel no e um diálogo entre teoria e prática, se 6
disseram que, na grande maioria dos processo de implementação curricular foi sentissem à vontade para se posicionar 7
casos, foi possível seguir a orientação fundamental para que o envolvimento frente a seus pares”, explicou a diretora 8
da Secretaria de não tirar mais de um desses profissionais nas formações fosse da Divisão Pedagógica de uma dessas
professor da escola por dia, apesar ou não bem-sucedido. A ideia é que, tanto regionais. Em outra unidade, uma das
do grande volume de encontros quanto possível, esses professores tivessem formadoras ressaltou que a parceria com
formativos promovidos num curto participado dos GTs de elaboração do os professores-referência foi enriquecedora. ESCOLAS
VISITADAS
período de tempo. Cerca de currículo, no ano anterior, por já ter mais “Eu tenho certeza que planejar e realizar a
90% das escolas conseguiram intimidade com o documento. Além disso, formação junto com uma professora que
enviar representantes aos N
ME
EJA NT deveriam participar dos horários de estudo está todos os dias em sala de aula melhora
O
PLA
encontros, estima a SME-SP. coletivo na escola (JEIF) para compartilhar o meu trabalho”, disse.
TO
EN
N
IT O A M
R
2. Nas DREs Itaquera e Freguesia- professores do Ensino Fundamental da rede Já em outra diretoria regional, a maior
Brasilândia, profissionais da área não participam da JEIF). parte dos professores que participaram
da Educação Inclusiva participaram dos GTs não se sentiram aptos a atuar
das formações, levando um olhar Em duas DREs visitadas, a parceria com como formadores depois ou tiveram
de diversidade para os cursos. os professores-referência funcionou bem. alguma eventualidade que os impediu de
“Nós já sabíamos, no ano passado, que dar seguimento ao processo. A solução
o professor do GT seria um multiplicador encontrada foi convidar formadores da DRE
sobre o currículo – ainda que não que atuam na área da Educação Inclusiva
soubéssemos exatamente qual seria o para assumir a formação dos componentes
modelo da ação dele. Então, na época, curriculares que ficaram descobertos.
mandamos e-mails para os gestores das
escolas pedindo indicação de professores
///// 4 FORMAÇÃO DE PROFESSORES
MULTIPLICADORES
LINHA DO
TEMPO
ATENÇÃO 1
2
3
O COORDENADOR PEDAGÓGICO (CP) é uma especialmente para os coordenadores 4
figura-chave na implementação do currículo, nas pedagógicos foi visto com bons olhos por 5
escolas. É ele o responsável por organizar o estudo educadores entrevistados. A coordenadora 6
coletivo dos professores sobre o documento. pedagógica Cláudia Perez, da escola José de 7
Pensando nisso, SME e DREs realizaram ações Alcântara Machado Filho (zona sul), que havia 8
especialmente voltadas a esses profissionais. assumido a coordenação da escola dois anos
antes, apenas, conta que adaptou uma ficha
Na DRE Itaquera, por exemplo, os CPs foram apresentada nas “Orientações Didáticas” para
demandados a se organizar em grupos para sistematizar as anotações feitas em observações /// Ficha de acompanhamento pedagógico adaptada
ESCOLAS
das Orientações Didáticas pela coordenadora pedagógica
estudar o currículo de um componente de aulas, por ela e pelos demais gestores da VISITADAS
Cláudia Perez.
específico e, depois, apresentar um seminário escola. A diretora da Divisão Pedagógica da DRE
para os demais. O objetivo era subsidiá-los com Freguesia-Brasilândia, Daniele Memoli, avalia:
conhecimentos dos currículos de todas as áreas “É um material simples, mas ajuda a organizar o
para que eles se sentissem seguros na hora de trabalho. E é um sinal de que ações estão sendo
orientar o estudo dos professores. pensadas para o coordenador pedagógico”.
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Quem fez O que fez 4
• Professores Completaram o primeiro ciclo de formações 5
multiplicadores sobre o novo currículo, compartilhando com 6
os demais professores de suas escolas aquilo 7
• Coordenadores 8
que aprenderam nas formações ministradas
pedagógicos
pelas DREs.
das escolas
ESCOLAS
VISITADAS
///// 5 FORMAÇÃO DE PROFESSORES
NAS ESCOLAS
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Como fez 4
• O compartilhamento das formações, nas • As DREs recomendaram aos professores relatos colhidos nas escolas, se, por um 5
escolas, ocorreu nos horários de estudo multiplicadores e equipes gestoras lado, essa forma de organização possibilita 6
coletivo dos professores, com carga-horária das escolas que realizassem o aos educadores ter uma visão global do 7
de seis horas semanais. Esses encontros compartilhamento das formações, currículo, por outro, pode não favorecer o 8
são chamados na rede de “horário de na JEIF, concomitantemente aos aprofundamento das questões específicas
JEIF”, em referência à Jornada Especial encontros de formação nas regionais, de cada componente curricular.
Integral de Formação. entre maio e agosto. Assim, além de
• As DREs também compartilharam com
fazer as informações chegarem mais ESCOLAS
• Em geral, há dois horários de JEIF nas os professores multiplicadores os slides, VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Motivos de orgulho Desafios aos professores que não possuem jornada 4
estendida (JEIF). “A leitura da ata faz parte 5
As diretorias regionais desenvolveram Uma fala recorrente, entre professores-
da hora-atividade. O professor lê e assina 6
mecanismos próprios para acompanhar multiplicadores entrevistados, é a dificuldade
ciência. Deixa as dúvidas por escrito ou tira 7
a qualidade das formações nas escolas. de compartilhar com seus colegas
com o coordenador pedagógico”, explica 8
A DRE Itaquera, por exemplo: do mesmo componente curricular os
Ana Paula Sadakane, uma das CPs da escola.
aprendizados que tiveram nas formações
A cada encontro de formação, um professor
• solicitou aos professores – seja porque alguns destes colegas não
fica responsável por fazer o registro.
multiplicadores que elaborassem conseguem participar dos estudos coletivos,
um relatório reflexivo, ao fim N
ME
EJA NT seja porque o fazem em horários diferentes. ESCOLAS
A coordenação da Zilka Salaberry também VISITADAS
O
PLA
EN
N
em suas escolas; IT O A M
R
professores do 1º ao 5º ano e também os
para oferecer suporte aos professores
• organizou um calendário de visitas às professores de Português do 6º ao 9º ano
que não possuem jornada estendida (JEIF)
30 escolas de Ensino Fundamental consigam fazer um encontro por semana
para participar dos estudos coletivos.
da região, de junho até o fim do ano em conjunto com seus pares diretos. Assim,
Coordenadores pedagógicos relatam que
letivo. Cada dupla de formadores eles têm a oportunidade de estudar, juntos,
têm oferecido orientações nas reuniões
ficou responsável por visitar sete a as questões específicas dos currículos
pedagógicas bimestrais e na chamada
oito escolas, seguindo uma pauta que de seus componentes.
Hora-Atividade (HA) – janela na grade de
inclui conversas com o coordenador
aulas, no total de três horas por semana,
pedagógico e os professores. Na escola José de Alcântara Machado Filho
que os docentes usam para fazer seu
planejamento individual, corrigir atividades (zona sul), a gestão escolar negociou com os
dos alunos, atender pais de estudantes, professores multiplicadores que não possuem
entre outras responsabilidades. jornada estendida uma remuneração extra
previstana rede (Jornada Especial de
Na escola Zilka Salaberry de Carvalho Hora-Aula Excedente - JEX) para que eles
(zona norte) é feita também uma ata pudessem compartilhar as formações fora
da formação, que depois é repassada de seu horário regular.
///// 5 FORMAÇÃO DE PROFESSORES
NAS ESCOLAS
2
LINHA DO
1 TEMPO
1
2
3
4
3
5
6
7
8
5
6
/// 1 e 5. Escola Edgard Carone:
notas da coordenação pedagógica
sobre o novo currículo e caderno ESCOLAS
de registros do estudo coletivo VISITADAS
4 docente; 2, 3 e 4. O professor de
História, David Pereira, da escola
Guimarães Rosa, compartilha com
colegas o conteúdo das formações
de que participou e apresenta
sugestões de atividades alinhadas
ao novo currículo. 6. Questionário
criado pela coordenação
pedagógica da Guimarães Rosa
para colher dos professores
avaliações semestrais sobre
as formações.
///// 5 FORMAÇÃO DE PROFESSORES
NAS ESCOLAS
LINHA DO
TEMPO
1
ATENÇÃO 2
3
4
ALGUNS PROFESSORES entrevistados opinaram 5
que, para a maior efetividade do processo de 6
implementação curricular, seria necessário 7
o acesso de todos os professores da rede às 8
formações ministradas pelas DREs, de modo
que todos tivessem as mesmas condições de
formação e também a oportunidade de trocar
experiências com outros professores de seu
ESCOLAS
componente. Houve sugestão de que o ciclo de VISITADAS
1
2
3
Quem fez O que fez 4
• Núcleo de Promoveu cinco encontros de formação sobre o novo 5
Tecnologias para currículo de Tecnologias para Aprendizagem, dirigidos a 6
Aprendizagem todos os professores das salas de informática das escolas 7
da SME-SP. de Ensino Fundamental da rede – os chamados POIEs 8
(Professores Orientadores de Informática Educativa)*,
em maio e junho de 2018. Dos 900 POIEs do município,
cerca de 800 participaram.
ESCOLAS
VISITADAS
(*) POIEs são professores com formação em áreas diversas – sejam polivalentes
ou especialistas – que assumem esta função com vocação interdisciplinar,
a partir da escolha dos conselhos das escolas.
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Como fez 4
Cada um dos cinco encontros foi • Fala dos especialistas: Profissionais A mesma formação foi ofertada de manhã 5
dedicado a um tema específico: com expertise nos temas abordados e à tarde para permitir a participação dos 6
1. Os eixos do currículo de Tecnologias expunham estudos e experiências professores que trabalham na rede em 7
para Aprendizagem (programação, relativas a esses tópicos. diferentes turnos. 8
letramento digital e TIC). • Mesa redonda: POIEs e especialistas
2. Internet segura respondiam perguntas feitas pelos Para receber cerca de 400 POIEs por turno,
3. Metodologias ativas professores presentes no auditório. a SME-SP utilizou o auditório de uma
4. Movimento maker e robótica universidade particular, cedido para ESCOLAS
VISITADAS
5. Currículo em ação (as práticas O intuito de organizar as formações nestes o evento, sem custos.
das escolas) moldes foi deixar claro que as propostas do
currículo são possíveis de serem colocadas A Secretaria planeja publicar um e-book
As formações seguiram uma dinâmica em prática – e, inclusive, já estão presentes com o conteúdo da formação de Tecnologia,
em três tempos: em muitas escolas da rede. A participação incluindo a documentação das boas práticas
de escolas com perfis diversos – com mais apresentadas pelos POIEs. A previsão é que
• Relato de boas práticas dos POIEs: A cada ou menos infraestrutura – ajudou a mostrar o material fique pronto no final de 2018.
encontro, dois POIEs, em média, expuseram como o uso da Tecnologia pode ser adaptado
projetos que realizaram em suas escolas, aos diferentes contextos.
relacionados ao tema abordado naquele dia
de formação. Nesses relatos, apresentavam a Para fazer o levantamento de boas práticas
motivação para o desenvolvimento da ação, a dos POIEs, a SME-SP contou com o apoio
metodologia utilizada, a relação da atividade das diretorias regionais. Cada DRE solicitou
com o currículo, as produções dos estudantes às suas escolas que enviassem projetos que
e os desdobramentos do projeto. No total, envolvessem o uso de Tecnologias para
cerca de 20 professores apresentaram seus Aprendizagem e estivessem relacionados /// A formação sobre o novo currículo de Tecnologias teve
como base o relato de projetos desenvolvidos por professores
projetos, nos cinco encontros. às orientações do currículo. de informática da rede e o debate com estudiosos do assunto.
///// 6 FORMAÇÃO SOBRE O NOVO CURRÍCULO
DE TECNOLOGIAS PARA APRENDIZAGEM
LINHA DO
TEMPO
1
ATENÇÃO 2
3
Motivos de orgulho LINKS ÚTEIS 4
Diferentemente das outras áreas, Currículo de Tecnologias É FUNDAMENTAL olhar para as próprias 5
o primeiro ciclo de formação sobre para Aprendizagem experiências na hora de formular um currículo 6
http://bit.ly/curriculo-tec. como este, avalia Tânia Tadeu, assistente 7
o currículo de Tecnologias para
técnica educacional do Núcleo de Tecnologias 8
Aprendizagem foi oferecido pela Site da POIE Debora Garofalo,
para Aprendizagem da SME-SP. “É preciso
SME-SP a todos os professores da rede, que apresentou seu projeto
sobre segurança na internet cuidado para não trazer algo de fora, sem
de uma só vez. O fato de ser um currículo avaliar se faz sentido no seu contexto, e acabar
inteiramente novo fez com que a Secretaria http://bit.ly/debora-garofalo.
criando uma distância muito grande entre a
decidisse centralizar essa ação. E o fato Materiais utilizados pela proposta e a realidade da rede”, pondera.
ESCOLAS
VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Quem fez O que fez 4
• SME-SP O novo currículo da rede municipal de São Paulo possui uma 5
parte introdutória comum a todas as áreas, que inclui uma 6
• Unesco (no caso 7
Matriz de Saberes (na linha das competências gerais da BNCC) e
dos ODS – Objetivos 8
temas inspiradores trazidos dos Objetivos de Desenvolvimento
de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), pactuados por países-membros das Nações
Sustentável)
Unidas. ODS e Matriz de Saberes preveem o desenvolvimento
de competências-chave semelhantes – empatia, colaboração,
abertura à diversidade, pensamento científico e repertório ESCOLAS
VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
P
internacionais); Desenvolvimento
• visitas a escolas para levantamento de
iniciativas relacionadas aos ODS, além
da disseminação de informações sobre
P
PARCERIAS
Sustentável
PROSPERIDADE
P
Implementar a agenda
as quatro dimensões propostas para a por meio de uma
parceria global sólida
implementação dos ODS no Currículo da PAZ
Cidade: espaço físico, relações humanas,
metodologias inovadoras e temas na
educação para a cidadania global. Promover
sociedades
pacíficas, justas
e inclusivas
FONTE: : http://jornada2030.com.br/2016/08/10/os-5-ps/
/// O município de São Paulo é uma das primeiras redes de educação do mundo a incorporar no currículo os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), da Unesco. A idea é incluir os ODS nas aulas como tema e como modo de fazer, que inclui colaboração e visão sistêmica.
///// 7 FORMAÇÃO SOBRE TEMAS E COMPETÊNCIAS
COMUNS ÀS ÁREAS (ODS E MATRIZ DE SABERES)
LINHA DO
TEMPO
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
6
7
8
3 6
2
///// 7 FORMAÇÃO SOBRE TEMAS E COMPETÊNCIAS
COMUNS ÀS ÁREAS (ODS E MATRIZ DE SABERES)
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Como fez 4
• O seminário, realizado pela SME-SP em abril, já é feito – inclusive com mecanismos de oralmente suas propostas e a mediadora 5
deu início às ações de implementação com avaliação para identificar onde os alunos fez comentários e sugestões de 6
foco nesses conhecimentos comuns a todas estão avançando – e investimento naquilo abordagens metodológicas, através 7
as áreas. Em suas falas, as especialistas Anna que ainda não é trabalhado. de exemplos, numa dinâmica dialogada. 8
Penido e Barbara Oliveira (consultora da • Já as formações para equipes das DREs • No caso da formação sobre os ODS, com
Unesco) dedicaram-se a apresentar os temas e professores foram realizadas em maio, consultoria da Unesco, participaram cerca
de maneira introdutória – esmiuçando na Secretaria, em dois encontros – um para de 90 pessoas. A metodologia utilizada na
cada um dos nove saberes da Matriz ESCOLAS
a Matriz de Saberes e um para os ODS. formação envolveu atividades práticas e VISITADAS
e os 17 ODS com linguagem simples O objetivo foi avançar na discussão para coletivas que levaram os participantes a
e exemplos do cotidiano. As duas falas além do entendimento conceitual e discutir “exercitar o músculo dos ODS” – ou seja,
tiveram mensagens comuns: abordagens práticas na escola. praticar o planejamento de atividades
» A Matriz de Saberes e os ODS não • No caso da formação sobre a Matriz de
que prevejam o trabalho com os ODS, de
são conteúdos a mais para se ensinar, Saberes, com participação da especialista
forma articulada aos objetivos previstos
em aulas sobre “empatia”, “criatividade” ou nos vários componentes do currículo e
Anna Penido, participaram cerca de
“erradicação da pobreza”, e sim habilidades às competências propostas na Matriz
60 pessoas. Cada uma delas foi solicitada
e temas que devem ser desenvolvidos de de Saberes. Em grupos, os participantes
a anotar, em um post-it, qual das nove
forma integrada ao trabalho de todos os elaboraram projetos em que deveriam
habilidades mais sentiu falta de ter
componentes do currículo; especificar:
desenvolvido na escola, quando era
» Muito do que está sendo proposto estudante. Em seguida, elas deveriam - o ano escolar a que o projeto se destina;
já é prática na rede. A palestra sobre se reunir com os participantes que - componentes do currículo envolvidos;
os ODS trouxe, inclusive, exemplos apontaram a mesma habilidade e, - objetivos de aprendizagem integrados;
de projetos realizados nas escolas do em grupo, discutir propostas para - ODS focados;
município. Mas é preciso um trabalho de desenvolvê-la com os seus alunos. Na - habilidades da Matriz de Saberes
maior sistematização em relação ao que sequência, cada um dos grupos relatou priorizados;
///// 7 FORMAÇÃO SOBRE TEMAS E COMPETÊNCIAS
COMUNS ÀS ÁREAS (ODS E MATRIZ DE SABERES)
LINHA DO
TEMPO
- portas de entrada e resistências para nas paredes do auditório e ajudaram a construíram em sua realidade escolar, 1
o trabalho com os ODS na escola; compor um clima colaborativo de trabalho. tendo a oportunidade de fazer reflexões 2
- parceiros para a realização do projeto; e correlações entre as práticas já
• Os participantes receberam o roteiro da 3
- metodologia de desenvolvimento; existentes e o novo conteúdo relativo
formação e os slides de apoio, incluindo 4
- metodologia de avaliação. aos ODS exposto na formação.
orientações sobre parâmetros de 5
• Os grupos fizeram o registro de monitoramento do trabalho com os ODS • Ao propor que os participantes 6
suas propostas usando um template nas escolas e instrumentos de coleta identificassem, nos projetos que elaboraram, 7
pré-definido fornecido pela formadora de dados para avaliação. as portas de entrada para o trabalho com 8
e depois socializaram suas produções os ODS em suas escolas e as possíveis
com todos. resistências, buscou-se levá-los a encontrar
METODOLOGIA vias diretas de aplicação do conhecimento
• A formadora da Unesco recolheu os
construído durante a formação. ESCOLAS
registros do que foi produzido pelos grupos, • A metodologia desta formação sobre VISITADAS
com o objetivo de incorporar contribuições os ODS foi pensada a partir do ciclo de • A consultora da Unesco, Barbara Oliveira,
a uma publicação intitulada “Diretrizes de aprendizagem adulta de Kolb, que inclui: visitou 13 escolas da rede – uma de cada
Aprendizagem em ODS no Currículo da Diretoria Regional de Educação (DRE) –
- o caminho da experiência concreta (agir);
Cidade” (em fase final de desenvolvimento), para conhecer boas práticas escolares
- a observação reflexiva (refletir);
que apresenta mais de uma centena de em consonância com os ODS, além
- a conceitualização abstrata
atividades que podem apoiar os professores de fazer uma apresentação sobre o tema
(conceitualizar);
na integração dos ODS aos objetivos a diretores, coordenadores pedagógicos
- a experimentação ativa (aplicar).
específicos da sua área de ensino. e professores. Cada visita teve duração
de duas horas e meia.
• No geral, a formação teve uma abordagem Ou seja, na elaboração dos projetos
visual, com registro das contribuições feitas propostos, os professores se colocaram
pelo grupo em cartazes, que foram fixados em ação a partir das experiências que
É importante olhar para os ODS não só como tema, mas como uma forma de fazer, que é focada
em pensar junto, ter uma visão sistêmica, incluir a diferença e fazer as perguntas que interessam.
O trabalho com os ODS nas escolas tem potencial de deslanchar grandes mudanças sociais”.
BARBARA OLIVEIRA, CONSULTORA DA UNESCO JUNTO À SME-SP
///// 7 FORMAÇÃO SOBRE TEMAS E COMPETÊNCIAS
COMUNS ÀS ÁREAS (ODS E MATRIZ DE SABERES)
LINHA DO
TEMPO
1
ATENÇÃO 2
3
Motivos de orgulho Desafios 4
O fato de a rede municipal de São Paulo É importante uma maior integração A SME-SP E AS DREs ressaltaram, 5
ter sido uma das primeiras do mundo entre as formações sobre os ODS sistematicamente, em seus encontros de 6
e os diversos componentes formação, que muito do que é proposto na 7
a incorporar os ODS em seu currículo
curriculares, de forma a dar aos Matriz de Saberes e nos ODS já é realizado 8
despertou o interesse de outras redes
nas escolas, com o intuito de tranquilizar os
de ensino e entidades ligadas à professores maiores subsídios para
professores e afastar uma possível sensação
educação, no Brasil e no exterior. incorporar os ODS às suas aulas,
de sobrecarga de inovações do currículo. Em
O Secretário de Educação, Alexandre não só como tema, mas também
alguns momentos, no entanto, houve o cuidado
Schneider, apresentou o trabalho com como um modo de fazer que inclui de pontuar que, de todo modo, um trabalho
ESCOLAS
VISITADAS
os ODS no currículo na II Reunião Regional colaboração e visão sistêmica, por mais intencional e sistematizado em relação
de Ministros da Educação da América exemplo. Segundo a consultora da a esses tópicos precisa ser feito nas escolas.
Latina e Caribe, em julho de 2018. No Unesco, Barbara Oliveira, iniciar o “Se não, a gente cai no outro extremo – acha
Brasil, a Unesco já relatou a experiência trabalho de sensibilização para os que tudo já é feito – e não apresenta nada
à Secretaria Municipal de Educação ODS ainda na fase de elaboração de inovador”, pontuou o diretor do Núcleo
de Curitiba e à Secretaria Estadual do currículo pode ajudar a promover Técnico de Currículo, Wagner Palanch, durante
de Educação de Santa Catarina. essa integração com maior facilidade. formação sobre a Matriz de Saberes.
UNICAÇ
M
ÃO
CO
O
NT
N
E
GA E
JA M
1
2
3
Quem fez O que fez 4
• DIEFEM e Pátio Digital, Desenvolveu uma plataforma na internet com as sequências 5
iniciativa da SME-SP, de atividades dos Cadernos da Cidade, articulando os 6
em parceria com a objetivos de aprendizagem previstos em cada componente 7
Unesco, voltada à curricular às competências da Matriz de Saberes e aos 8
inovação na educação. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. As atividades
foram retiradas dos cadernos de apoio dos alunos. Isto é,
uma plataforma digital que integra os conteúdos
do currículo e dos materiais de apoio em um só lugar. ESCOLAS
VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
um roteiro básico que o professor 4
pode usar, da maneira que quiser – e se 5
quiser – para organizar o ano de trabalho 6
dele”, explica o Secretário de Educação, 7
Alexandre Schneider. 8
/// A Plataforma do Currículo da Cidade apresenta sequências de atividades que articulam objetivos de aprendizagem previstos
em cada componente curricular às competências da Matriz de Saberes e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
///// 8 PLATAFORMA DO
CURRÍCULO DA CIDADE
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
Como fez 4
• A plataforma foi desenvolvida em dez • Em maio, as equipes do Pátio Digital e protótipo. A equipe do Pátio observou o 5
meses, entre janeiro e outubro de 2018, da COPED desenharam um protótipo da uso da plataforma feito espontaneamente 6
pela equipe do Pátio Digital, iniciativa da plataforma, em um sprint de três dias. por 12 pessoas e ouviu suas considerações 7
SME-SP, em parceria com a Unesco, voltada Novamente, professores foram convidados para refinar o produto. 8
a uma política de dados abertos e ao a participar – desta vez para testar o
• Em seguida, a equipe concluiu o
incentivo à inovação na educação. desenvolvimento, submeteu a versão final
• O modelo foi pensando colaborativamente a mais um teste e colocou a plataforma
ESCOLAS
por aproximadamente 50 pessoas – no ar, em outubro. O resultado foi o que VISITADAS
LINHA DO
TEMPO
1
ATENÇÃO 2
3
Motivos de orgulho LINKS ÚTEIS 4
A participação de pessoas que ocupam Plataforma do Currículo da Cidade É IMPORTANTE que a metodologia de 5
diferentes posições na rede de educação http://curriculo.sme.prefeitura.sp.gov.br trabalho dê condições de concretizar a 6
proposta de construção colaborativa e, ao 7
– incluindo professores e equipe da Site do Pátio Digital mesmo tempo, garanta a realização dos 8
Secretaria –, colaborando para o mesmo http://patiodigital.prefeitura.sp.gov.br/ resultados almejados. O engajamento das
objetivo, sem hierarquia e com liberdade
equipes envolvidas é fundamental para a
para dizer o que consideram mais sustentação das metodologias ágeis utilizadas
adequado. “Eu, quando vou a um encontro no projeto, que permitam lançar uma
do Pátio Digital, não sou o Secretário ferramenta como esta, em poucos meses.
ESCOLAS
VISITADAS
Desafios
Não identificados, neste caso.
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
6
7
8
Escolas visitadas
Para acompanhar a chegada do currículo às salas de aula, ESCOLAS
VISITADAS
visitamos quatro escolas da rede municipal de educação
de São Paulo, em diferentes regiões da cidade. A seguir,
pontuamos algumas estratégias utilizadas por elas para
fazer o currículo chegar a quem importa: os estudantes.
1
2
3
4
5
6
7
8
Região: Norte
DRE: Freguesia-Brasilândia
ESCOLAS
VISITADAS
Ideb (2015)*
1º ao 5º ano: 5.6
(média nacional 5.3)
0 5 10
6º ao 9º ano: 4.7
(média nacional 4.1)
0 5 10
1
LINHA DO
TEMPO
ANA PAULA SADAKANE, uma das para se dirigir a seu grupo diverso de colegas. 1
coordenadoras pedagógicas da Zilka Salaberry, Utilizou uma linguagem informal e recheada 2
fala com orgulho sobre a estrutura que a escola de exemplos pessoais – inclusive quando 3
oferece aos professores para sua formação citou autores da área, como Bakhtin e Geraldi, 4
em serviço. A sala da coordenação, espaçosa, para explicar conceitos e concepções do 5
é utilizada por todo o corpo docente para suas novo currículo. Além disso, abordou de forma 6
atividades de planejamento e estudo. “A sala empática dificuldades da docência: “Usar 7
da coordenação é a alma da escola. Onde a produção textual como punição – ‘se vocês 8
gente prepara nossos caminhos”, diz. não ficarem quietos, vou dar redação’. Quem
nunca? Isso vai criando um ranço da redação
É nessa sala que foi feito o compartilhamento escolar”, ponderou.
das formações sobre o novo currículo pelos ESCOLAS
VISITADAS
/// 1. A coordenadora pedagógica, Ana Paula Camila estruturou sua apresentação com base
Sadakane, busca casar os horários de planejamento nos slides que a Diretoria Regional de Educação
de professores do mesmo componente.
2. A professora Camila Petrasso alterou seu horário
forneceu aos professores multiplicadores, mas
para compartilhar informações sobre o currículo. fez as adaptações que considerou adequadas
///// Escola Edgard Carone
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
6
7
8
Região: Oeste
DRE: Pirituba-Jaraguá
ESCOLAS
VISITADAS
Ideb (2015)*
1º ao 5º ano: 5.9
(média nacional 5.3)
0 5 10
6º ao 9º ano: 4.8
(média nacional 4.1)
0 5 10
LINHA DO
TEMPO
1
2
s 3
4
5
6
7
8
Região: Leste
DRE: Itaquera
ESCOLAS
VISITADAS
Ideb (2015)*
1º ao 5º ano: 5.8
(média nacional 5.3)
0 5 10
6º ao 9º ano: 3.6
(média nacional 4.1)
0 5 10
1
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
6
7
8
Região: Sul
DRE: Butantã
ESCOLAS
VISITADAS
Ideb (2015)*
1º ao 5º ano: 4.6
(média nacional 5.3)
0 5 10
6º ao 9º ano: 1.3
(média nacional 4.1)
0 5 10
LINHA DO
TEMPO
1
2
3
4
5
6
7
Balanço da Implementação
8
Formação: questões partir situações concretas. Além disso, visual, sonora e digital), por exemplo – é LINHA DO
permite mostrar como certas propostas ainda um desafio para a maioria das redes
TEMPO
metodológicas 1
curriculares consideradas, a princípio, “fora educacionais. Em São Paulo, os primeiros
s abordagens práticas e a troca de
A da realidade” são perfeitamente viáveis. encontros de formação do novo currículo 2
experiências estão entre os aspectos voltados a esse tipo de conhecimento vêm 3
mais valorizados pelos professores Apresentar projetos já realizados por se dedicando a estimular um raciocínio 4
nos cursos de formação. professores da rede, que sejam alinhados de conexão entre os componentes 5
às propostas do novo currículo, também curriculares e os diversos tipos de 6
P
ropor aos professores que se coloquem pode ser uma boa estratégia para mostrar saberes. Além disso, vêm lançando mão 7
na posição de alunos e realizem atividades aos professores como é possível colocar de metodologias ativas, envolvendo 8
alinhadas ao novo currículo é o tipo em prática propostas inovadoras do os participantes em atividades de
de estratégia que, além de produzir documento, com as condições já existentes. autorreflexão, discussão em grupo
engajamento, oferece recursos imediatos A estratégia foi utilizada nas formações e elaboração de propostas coletivas,
para a implementação curricular – afinal, os de Tecnologias para Aprendizagem e num com exposição verbal e visual. ESCOLAS
VISITADAS
educadores, tendo já “testado” a qualidade seminário sobre os ODS, durante o primeiro
das propostas, podem desenvolvê-las com ciclo de formações sobre o novo currículo,
seus estudantes, fazendo as adequações em São Paulo.
que julgarem necessárias. Convidar os Formação: modelo
professores a criar, em grupos, seus descentralizado
Realizar formações que, de fato, subsidiem
próprios projetos em diálogo com o os professores a trabalhar temas e arantir unidade e qualidade é um desafio
G
currículo, também pode render ideias competências comuns às várias áreas do para qualquer rede, quando se opta por
para colocar em prática com os alunos. conhecimento – capacidades de dialogar um modelo descentralizado de formações
e colaborar; recorrer à investigação, – ou seja, alguns profissionais participam
chamada “tematização da prática” –
A reflexão, análise crítica, imaginação e de cursos oferecidos pela Secretaria e,
reflexão teórica sobre a prática docente criatividade; ou se expressar por meio de depois, passam adiante os conhecimentos
– proporciona discussões complexas a diferentes linguagens (verbal, corporal, adquiridos, em suas regiões. Compartilhar
Um programa de formação subentende que você tem que se colocar diante do professor e oferecer
informação a ele; daí, ele tem que ir para a sala de aula, fazer coisas construídas por ele – ou por
imitação do que viu – trazer de volta e analisar. É um vai e vem permanente”.
TELMA WEISZ, ASSESSORA EM LÍNGUA PORTUGUESA
///// BALANÇO DA
IMPLEMENTAÇÃO
pautas detalhadas e materiais de apoio Formação: recursos humanos Formação: questões LINHA DO
de formações de modo que não sejam a cultura de consultar conteúdos em professores de um mesmo componente
TEMPO
retirados de sala de aula mais professores formato digital, é importante imprimir um curricular. Professores entrevistados na 1
do que as escolas são capazes de substituir. número suficiente de currículos e materiais rede municipal de São Paulo apontam a 2
Em São Paulo, as diretorias regionais foram de apoio para não dificultar o estudo necessidade de ter mais oportunidades de 3
orientadas a convocar para as formações e a implementação do novo documento. estudo conjunto e trocas de experiências 4
apenas um professor por dia, em cada com seus pares diretos, como forma de 5
escola, para não conturbar a rotina de A julgar pelo número sensivelmente maior ganhar mais repertório para aprimorar 6
estudos dos alunos. de menções dos professores entrevistados sua prática docente – sobretudo em 7
ao uso dos cadernos de atividades dos momentos de grandes mudanças, como o 8
alunos, em detrimento das Orientações da implementação de um novo currículo.
Recursos didáticos Didáticas produzidas para os educadores,
pode ser interessante fazer um trabalho interessante aproveitar horários de
É
e a rede opta por produzir materiais
S
mais focado no uso deste material de apoio. trabalho pedagógico coletivo já previstos ESCOLAS
VISITADAS
de apoio à implementação curricular,
na grade horária dos professores para
voltados a alunos e professores, o ideal
Desenvolver uma plataforma digital que aprofundar os estudos sobre o novo
é produzi-los em paralelo à finalização
contenha atividades práticas, articulando currículo e estimular o compartilhamento
do currículo. Assim, já no início do ano
as propostas do currículo, pode ajudar de experiências.
seguinte, professores e gestores escolares
os professores a compreender melhor o
terão subsídios para começar a colocar
documento e facilitar sua implementação. importante informar os pais dos
É
o currículo em prática.
estudantes sobre o processo de atualização
curricular, sobretudo em relação ao que
E
studantes de pós-graduação que
estejam habituados à linha de trabalho
Currículo nas escolas impacta a rotina de estudos dos filhos.
“Alguns pais já conhecem mais ou menos
dos assessores de redação do currículo Pode ser interessante avaliar que condições
a ordem dos conteúdos estudados em
podem somar esforços para a elaboração estruturais precisam ser oferecidas
alguns anos, porque têm outros filhos na
de atividades dos materiais de apoio. às escolas para que elas consigam
escola, e podem ficar sem entender alguma
mudança”, pondera Ana Paula Sadakane, Demandar relatórios reflexivos – e não primeiras ações formativas não darão conta LINHA DO
coordenadora pedagógica da escola Zilka meramente descritivos – dos professores de contemplar todas as novidades de uma
TEMPO
Salaberry de Carvalho. responsáveis por multiplicar as formações só vez e que, num primeiro momento, a 1
nas escolas pode ser uma maneira de prioridade é ajudar o professor a entender 2
detectar o que, de fato, está chegando os pontos-chave do currículo e a criar 3
4
Monitoramento e Avaliação aos demais professores da rede, em termos intimidade com o documento para conseguir
de informação sobre o novo currículo. estudá-lo e usá-lo com autonomia. 5
P
edir que os professores respondam 6
avaliações sobre cada encontro de 7
É
preciso ser transparente também em
formação, por meio de questionários 8
Outras questões estratégicas relação ao tema das avaliações, nessa
simples, com apenas três a quatro perguntas
fase de transição – a avaliação externa
a respeito das principais contribuições coordenador pedagógico (CP) é
O
do município de São Paulo seguirá sem
e sobre o que precisa ser melhorado uma figura-chave na implementação
mudanças, em 2018, e terá a matriz
(em termos de conteúdo, metodologia, do currículo, nas escolas. Por isso, é
adaptada para o novo currículo a partir de ESCOLAS
VISITADAS
logística, etc), é importante para reorientar importante subsidiá-lo com informações
2019. “Em sistemas muito grandes, o que
os encontros seguintes. Em São Paulo, suficientes para orientar os professores, por
as pessoas precisam é de previsibilidade.
alguns formadores das diretorias regionais meio de formações e materiais de apoio. O
Se a gente muda agora a avaliação, pode
buscaram enfatizar a abordagem prática fato de a SME-SP ter elaborado um volume
parecer que está exigindo do sistema algo
e dar um ritmo mais dinâmico a seus cursos, das “Orientações Didáticas” especialmente
que ele ainda não pode dar – à medida
a partir do feedback dos professores. para os coordenadores pedagógicos foi visto
que o documento foi entregue às escolas
com bons olhos nas escolas e DREs visitadas.
no início do ano e as primeiras formações
D
estacar profissionais da Secretaria para
ainda estão acontecendo. O importante
acompanhar pessoalmente encontros É natural que o primeiro ano de
da avaliação é ajudar a melhorar a nossa
de multiplicação das formações, em implementação curricular gere muitas
prática; a avaliação não tem objetivo de
unidades regionais, ajuda a identificar expectativas e algumas angústias frente
ranquear, penalizar – já ficou provado que
demandas de aprofundamento formativo às mudanças. Por isso, é importante que a
isso não funciona.”, esclarece o Secretário
e de melhoria nas metodologias utilizadas. Secretaria de Educação tenha o cuidado de
de Educação, Alexandre Schneider.
aplacar ansiedades, deixando claro que as
É importante o professor estar amparado pelo currículo – até para não ter medo
de abordar alguns assuntos que, às vezes, geram questionamentos”.
DAVID PEREIRA, PROFESSOR DE HISTÓRIA DA ESCOLA GUIMARÃES ROSA
LINHA DO
1
é garantir a coerência – coerência com a história do local onde está 2
se desenvolvendo o currículo; coerência entre aquilo que você propõe 3
e aquilo que você faz – não adianta dizer que o processo é colaborativo, 4
5
se você não proporcionar que ele o seja; e coerência do ponto de visa 6
pedagógico – garantir que as formações, os materiais de apoio e a 7
avaliação estejam alinhados ao currículo que você construiu. 8
1
2
3
4
5
6
7
8
de atualizar seu currículo, à luz das discussões trazidas pela escolares presentes na rede que sejam alinhados às propostas 1
Base Nacional Comum Curricular (BNCC). As ações aqui do novo currículo, nos cursos de formação. 2
apresentadas, obviamente, não são replicáveis em todo 3
2
e qualquer contexto. Afinal, a realidade de cada sistema O uso de tecnologias simples e acessíveis tem muito 4
educacional é única. Mas, certamente, há algo de comum a contribuir para o trabalho de atualização 5
6
no processo de traduzir a BNCC em um currículo local, e implementação curricular.
7
e, depois, colocá-lo em prática, que torna relevante este
3
8
compartilhamento de aprendizados. Na redação do currículo, o uso de exemplos e indicações
metodológicas ajuda os professores a compreenderem
Para encerrar este relato, compilamos 10 pontos que o que está sendo proposto. Por exemplo: um professor
pareceram centrais, nesta experiência, acompanhada ao longo pode considerar inviável um objetivo que proponha a escrita de ESCOLAS
VISITADAS
de seis meses. São pontos que resumem as estratégias bem- textos por alunos que ainda não sabem ler. Mas, se o objetivo
sucedidas colocadas em prática pelo município de São Paulo e especifica que essa produção textual será feita através de
também os desafios que a rede ainda está buscando superar. ditado do texto pelo aluno para o professor, a compreensão
torna-se mais clara.
1
Valorizar as experiências da própria rede ajuda a conferir
4
maior legitimidade ao processo de atualização curricular, Quando a rede opta por fornecer materiais de apoio
aumentando as chances de adesão ao novo documento. à implementação do currículo, é importante iniciar a
Isso significa, por exemplo, incluir professores, alunos, gestores produção desses materiais paralelamente à finalização
escolares e demais profissionais da rede na elaboração do do documento curricular. Assim, já no início do ano seguinte,
novo currículo; considerar currículos locais anteriores, no professores e gestores escolares terão subsídios para começar
processo de escrita; formar parcerias com grupos de alunos e a colocar as novas propostas em prática.
5 9
Todo processo de atualização curricular traz consigo O coordenador pedagógico é uma figura-chave na
uma demanda de formação de professores. É preciso implementação do currículo, nas escolas. Por isso, é LINHA DO
TEMPO
se planejar para atendê-la. Essa necessidade pode surgir, importante subsidiá-lo com informações suficientes para 1
inclusive, durante o processo de revisão do documento – orientar os professores, por meio de formações e materiais de 2
se a ideia é incluir os educadores na escrita do novo currículo, apoio especificamente pensados para sua função. 3
é necessário garantir que todos estejam atualizados sobre 4
10
a teoria e a prática dos conteúdos que serão abordados. É interessante que os pais e/ou responsáveis pelos 5
6
estudantes também sejam envolvidos no processo
6
7
As abordagens práticas e a troca de experiências de atualização curricular, tendo a chance de dizer que 8
estão entre os aspectos mais valorizados pelos escola desejam para suas crianças. Além disso, é importante
professores nos cursos de formação. Estruturar que sejam informados a respeito de mudanças significativas no
formações que também promovam conexões entre currículo e sobre questões que impactem a rotina das aulas (por
as áreas e os saberes é importante. exemplo, a substituição de professores nos dias em que estiverem ESCOLAS
VISITADAS
7
É importante oferecer condições estruturais para que todos currículo ou de formações sobre o novo documento).
os professores tenham a oportunidade de se encontrar,
regularmente, com seus colegas do mesmo componente
curricular e com professores de outras áreas para estudar O processo de implementação do Currículo da Cidade segue,
coletivamente o novo currículo e trocar experiências nos próximos meses e anos, com a chegada dos materiais
sobre sua implementação. curriculares para todos os professores; a ampliação dos
acervos de leitura, com aquisição dos livros recomendados
8
Monitorar a qualidade das formações – por meio nos cadernos de apoio; e as formações de aprofundamento,
de questionários de avaliação, relatórios reflexivos entre outras ações. Tudo isso será fundamental para que
dos professores ou observação direta dos encontros, a implementação do documento seja consolidada nas
por exemplo – é importante para orientar correções salas de aula das 555 escolas de Ensino Fundamental
de rota e definir os próximos passos. da rede municipal de educação de São Paulo.
REALIZAÇÃO PARCERIA
Centro de Excelência e Inovação Secretaria
em Políticas Educacionais Municipal de Educação
(CEIPE) - FGV EBAPE de São Paulo (SME-SP)
PESQUISA
Supervisão APOIO
Talita Nascimento Fundação Lemann
Eduardo de Sá
Fotos
Nathalie Artaxo e SME-SP
Revisão
Raquel de Oliveira
REALIZAÇÃO PARCERIA APOIO