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Sumario Capitulo 1 — Vetores... 1.1. Origem da Geometria Analitica . 4.2, Definigdes e Propriedades de Vetores no R? eR 1.3, Produto Escalar. 1.4, Produto Vetorial, 1.5, Problemas de Geometria. 1.8, Produto Misto 1.7. Exercicios de Fixagao Capitulo 2 - Estudo da Geometria no Plano ¢ no Espaco.. 2.1. Equagao da Reta no Plano. 2.2. Equagao da Circunfergncia 2.3. Equagao da Reta no Esparo., 24, Equagao do Plano 2.5. Equacdo da Esfer 2.6. Exetcicios de Fixagao. 3-4, Hipérbofes . 3.5. Andlise Geométrica das Hipérboles .. 3.6. Pardbolas .. 3.7. Andlise Geométrica das Parabolas 3.8. Exercivios de Fixaga Capitulo 4 — Cénicas: Tépicos Especiais. 44, Mudanga de Coordenadas.. . 4.2. Retas Tangent: 4.3, Diametros de Conicas. 4.4. Exercleios de Fixacéo .. Apéndice .. vse AA. Trigonometria, A.2. Coneeitos Basicos de Geometria Plana ~ Tridngulos, A.3, Tabela de Derivadas ¢ Integrais Basicas... Bibliografia... Projeto Rumo ao ITA... € Viver 6 como andar de bicicleta: E preciso estar em constante movimento para manter 0 equilibro. «Albert Einstein Dedicatoria Esse livro & dedicado as pessoas mais importantes ne minha vida: Daniele, Ciro, Lucia, Marcos. Amo voods! Agradecimentos A recepg’o positiva & minha primeira fentativa como autor de fivros didéticos me inspirou a seguir com a colegdo em mais um tema importantissimo para os alunos do ensino médio. Em 2010, este mesmo livro jé estava praticamente pronts para vera fuz do dia, quando, em meio a fase de revisdes, um acidente fez com que eu Perdeste o material escrito em quase sua totalidade. Ndo houve reza que fizesse ‘com que conseguissemos recuperar 0 contetido perdido. Mashaveria, sim, trabalho Que 0 conseguisse. Quase trés anos ee passaram e vivo um momento diferente em minha vida. Agora formado, a vida profissionat acabou deixando menos tempo do que eu gostaria pata eu me dedicar a uma das maiores paixées da minha vida, que & 0 ensino, No entanto; 0 apeio dos meus leitores, amigos e familia me deram forea para, continuar trabalhando e poder, hoje, realizar o sonho de langar meu segundo lira, Neste contexto, ou gostaria de drecionar meus agradecimentos aos meus leitores. Obrigado pelaforca. Espero que esta obra consiga satisfazer ds suas expectativas ©, quem sabe, ainda trazer boas surpresas. Agradegs também.2os principais cotaboradores desta recuperacdo do meu material: Ferrando Machado (ITA T-16) que dedicou boa parte de suas férias para me ajudar com a revise do livro, Alex Souza e sua equipe, que me ajudaram com a Tecuperagéo digital do contaddo escrito, e, € claro, o professor Renato Brito, que ‘sempre deu 0 apoio necessério para que eu pudesse voltar a realizar este sonho. Como Estudar o Livro? Olivro é muito voliado a resolugdes de questées do nivel IME/ITA. Portanto, a teoria apresentada é direcionada a resultados que serdo bastante uteis na resolugao das questées do género. O material nao é destinado aquales que nunca estudaram o assunto antes - embora abranja todo contetido, para a melhor compreensao do material, € aconselhavel que o aluno/professor |d tenha tide contato com o assunto previamente. As questées do IME e do ITA, em geral, envolvem mais de um assunto em um mesmo enunciado, portanto comumente nas questées que aqui s40 propostas, serd requerido que 0 aluno/professor saiba o basico de outros ramos da matemdtica {progressces aritméticas e geométricas, geometria analitica, etc.). Quando isso for Tequisitado, mencionaremos o assurtto que deve ser pesquisado “por fora” para a total compreenséo do segmento. Recomendamos que o aluno/professor leia toda a parte tedrica (mais de uma vez, se necessario) para a fixagao das idéias destacadas (lembre-se que todo 0 conteudo aqui apresentado sera importante, nao sendo aconselhavel que parte alguma seja descartada). Dé uma atengao especial aos exemplos resolvidos, que servirdo de base para a resolugdo dos 'Exercicios de Fixagao’. Feito isso, o alunofprofessor deve passar entdo para a parte dos “Exercicios de Fixago”. Nessa segdio vocé nao encontraré exercicios faceis (todos tém o estilo de questées IME/ITA), porém encontrara alguns exercicios mais dificeis que os outros. Para methor orientag&o criamos 0 seguinte cédigo: A + Nivel Dificit & - Nivel Insano Por fim, ressaltamos que muitas das questées acompanham o nome de onde foram tiradas. im alguns cazos é comum ver a palavra ‘adaptada’ junto 3 referencia. Isso acontece nos casos em que a questo é a mesma que caiti no vestibular citado, porém com alguma alteragao, tornando-a mais interessante para a nossa discussao. Para que futuras tiragens do livro estejam cada vez mais completas, pedimos 05 leitores que enviem eventuais “erros” identificados ao corraio eletrénico do autor: matematicanivelimeita@gmail,com. A Editora Vestseller disponibiliza a versio atualizada do arquivo de erratas dos livros Matematica Em Nivel IME/ ITA (Volumes 1 ¢ II) no enderego: http:/rww.vestseller.com.br/Caioguimaraes Prefacio. Quando comecei a-escrever © primeiro volume da colegdo ‘Matematica em Nivel IMB/ITA, meu objetivo era claro: aumentar 0 acesso a material didético de alto nivel'aos alunos brasileiros que desejam ingressar em duas das instituicdes de mais dificil acesso do Brasil, o IME ¢ 0 ITA, Cinco anos apés o langamento do pprimeiro volume, que ja teve cépias vendidas para todos os 27 estados do Brasil, eu considero que 0 objetivo foi atingido, Como barn ITEANO, tento visitar 0 querido HB (alojamento dos alunos do ITA em Sao José dos Campos) anualmente para saudar 0s novos "bixos". E com uma sensagao de orgulho e dever cumpride que recebo 0S cumprimentos destes alunos citando o livro “Matematica em Nivel IME ITA" como tendo sido parte de suas jornadas de preparagdo para a prova que os levou a estudarem em um das instituig6es de maior renoe so mundo, Neste segundo volume, 0 objetive segue o mesmo. Além de fornecer uma base aos alunos que desejam encarar as dificeis provas de vestibular do IME da ITA, 0 livro visa aumentar a barra de dificuldade das matérias de matematica lecionadas no ensino médio, a fim de atingir o nivel exigide nessas provas. A loitura desse material também é, portanto, indicada a professores de cursos preparatérios para pré-vestibular, principalmente aqueles com énfase nos vestibulares militares. Compilamos neste livro um material que contém tanto a carga tedrica que 0 aluno pode precisar para consulta, quanto séries de exercicios (@ muitos!), com Tesolugdes, que dardo a ele a confianga necessdria para encarar o vestibutar mitar. O topico da vez é Algebra Vetorial e Geometria Analitica, topicos que se mostram cada vez mais presentes nas provas militares, exigindo um nivel de conhecimento tedrico cada vez mais relevante. O nosso objetivo, neste volume, é de, junto A teorie basiva desses assuntos, também mostrar diferentes aplicagdes dos mesmos, bem como diversas ‘situagSes problemas’ que podem ser pedidas no “grande dia” da prova e os ‘grandes truques’ de come se comportar frente a ela. Espero que aproveitem 0 livro, e que nos reencontremos em futuras apresentagdes de calouros no ITA. Caio dos Santos Guimaraes. Sao Paulo, SP - 2013 Guomng 4 —Verones, 4 METORES: 1.1. A Origem da Geometria Analitica A ideia parece simples — boba, até. Representar figuras geométricas através de coorderradas no plano ou espaco para os estudantes hoje tac intuitivo que nos custa acreditar que tal sugestdo tenha aparecido tao tarde na evolugao da geomettia na histéria. Amaior parte da literatura no assunto atribui ao matematico e filésofo francés René Descartes (1896-1660) a proposta de descrever curvas, linhas, e outras figuras, geométricas usando equagées algébricas. Assim como acredita-se que Isaac newton tenha formulado a Lei da Gravidade ao observar uma maga caindo de uma arvore, acredita-se que Descartes tenha pensado no sistema de coordenadas ao obseryar, deitado em sua cama, uma mosca voando no teto, Ele percebeu que a posicdo da mosca poderia ser descrita como a distancia dela as paredes de seu quarto. Esse momento foi a inspitagao para a criagdo do chaitiado sistema de coordenadas cartesianas, que possui esse nome justamente em Homenagem ao seu criadot. 5 4 3 2 0 42 34 5 Descartes publicou suas descobertas no ensaio La Geometric, parte integrante do apéndice da obra Discours de La Méthods (1637). Inicialmente, sua obra em francés nao foi muito bem reconhecida, principalmente devido & lingua de escrita @ as suas complicadas equagées. Fol apenas depois da tradugio para o latim e dos comentarios do matematico holandés Van Sttooten (1615-1660), doze anos mais tarde, que a obra de arte de Descartes passou a ser compreensivel para a comunidade matematica e se espalhou para o mundo com seu devide reconhecimento, Frans Van Shgoten passou ainda o resto de sua vida contribuinds para o desenvolvimento da obra de Descartes, tendo sido uum dos pioneiros a sugerir que 108 concaltos de coardenadas lossem extendldos cara cespave de és dimensbes. Mareurcasu Nive. IMEAVA~ Vowume I A criagao da geometria analitica criou a figago que faltava entre o estudo da geometria e Algebra, em que figuras @ curvas geométricas passavam a ser Tepresentadas por equagdes e tratadas com muito mais rigor do que anteriormente. A-consequancia desta criagio teve cfeito domind: os estudos ravoluctonarios do Caleulo Diferencial e integral de Newton ¢ Leibnitz, por exemplo, ou o extenso estudo da mecanica por matemiaticos/fisicos como Kepler, Newton e Galileu, todes tiveram alguma base na andlise com coordenadas cartesianas para a geometia. Por ironia, a simples descoberta de Descartes, observando uma simples mosca em seu teto, pode ter sido um dos maiores aceleradores do desenvolvimento da matematica em sua historia! Nas préximas paginas deste livro, vamos mergulhar neste interessantissimo assunto, que sempre foi, e sem diivida continuaré sendo tépico recorrente nas provas do IME e do ITA, 4.2. Definigées e Propriedades de Vetores no R* e R? Dizemos que uma grandeza fisica ¢ um vetor quando convém diferencié-ta com felagdo a sua intensidade (méduto), diregao e sentido, Quando’a grandeza fisica se diferencia apenas por sua intensidade (médulo), a chamamos de escalar, Exemplos de Grandezas Vetoriais: Fora Velocidade Imputso Exemplos de Grandozas Escalares: Energia Tempo Massa Vetores podem ser representados por pares ordenados (quando tratados no plano, ou R?) ou por ternas ordenadas (quando tratades no espago, ou R°). Vamos nos limitar, neste livo, @ problemas envolvendo vetores em esragos de dimensao maxima 3, \Vetores de tais tipos podem ser tratados geometricamente, Y rx Figura 1.2.4 ~ Ropresentacao geométrica de um vetor no R* Gaetrro 1 — Verones ge ae © vetor que une os pontos A e B no plano da figura 1.2.1 ¢ representado algebricamente da seguinte forma: B= AB = B-A = (55, Yu) ~ (qs Ya) = (Ho~Xas Yo “Yad Note gue a representapao matemitica do vetor ii depende apenas dos tamanhos geométricos das projegées do vator sobre os eixos. Isso significa que um vetor idéntico @ @, apenas transladado no plano possuira sua mesma representagio maternatica. Figuta 1.2.2 — Representacdo geométtica cle um vetor RE PQ =~ P = (Ka ¥ar%q) ~ (pr ¥pr de) = (Wa Xm YoYo 2 -2p) As representagdes geométrica e algébrica deixam clare também que um vetor no. R? pode se reduzit a um caso particular de um vetor no R® (todos os pontas do ‘segmento orientado pelo vetor possuem o mesmo valor de cota z). Multipicagao por am reat A multiplicagdo dé um vetor por um reat deverd alterar sua intensidade (seu comprimento geométrico). {i = Ou Yor zu) eR => KDealkxy, ky, kz) ‘auitiea ea Niwa Ihe WouuweH Detinigae 1.2.2 Soma de Vetores Asoma de dois vetores é definida pela soma algébrica das suas ternas (ou pares) ordenadas. De T= Oh Yar Zu) + Bn Yr 2) = OG HR Wt 2 eB) No plano, em termos geométricos, a soma se da da seguinte forma SERS x fa) Figura 1.2.4~ Representacio geométrica da soma de dois vetores — (a) Regra do Poligono; (b) Regra do Paralelogramo “Gana Veron Rega. do Poligono Na figura 1.2.4 (a), verios que, se coincidirmos a extremidade inicial de um vetor a ser somado com a extremidade final do primeiro, a soma vetorial pode ser obtida unindo © inicio e 0 final do conjunto geometrica. A Regra do Poligono da margem soma de miltiplos vetores de forma simplificada, O40 W+2 Fig. 1.2.5- Regra do Poligono Demonstragdo: Demonstra-se a regra do poligono para n vetores de maneira geral: Boca + BraBact +o + AvAa = An ~ Ana + Ant ~ Ana to Ay Ap Ape Ay AY = AA, Regra do Paralelogramo Na figura 1.2.4 (b) vemos que se tragarmos um paralelogramo com lads iguais aos vetores a serem somados, e extremidades iniciais coincidentes, o vetor soma sera representado pela diagonal que passa pelo mesmo ponto das extremidades coincidentes. O vetor soma tera também sua extremidade inicial no ponto coincidente das extremidades iniciais dos vetores a serem somados. Figura 1.2.6- Regra do Paralelogramo Méduto do Vetor Pana ie ska eu Na NEAT Vou I Figura 1.2.7- Médulo dg um vetor Uillzando o teorema de Pitigoras ros tridngulos retangulos hachurados na figura acima, temos um importante resultado: jal = Pa? + oP? = pa? + (0B? + 0c?) = fi + ig yi Resultado 1.2. Médulo da um Vetor Muttiplicado por um Nuimero Real Multiplicando um vetor por um real k, alleramos 0 seu melo por um fator multiplicativo jk Ka] = foxy, keyg, Kezy)h = fhe + it aE = Weide e a = ii 9% Vetor Nulo © vetor nulo & um vetor de médulo igual a zero. A rigor, ¢ 0 resultado da soma de dos vetores de mesmo médklo.edireg, pom com sentiescontris, Carina 1 = Verones. ‘Aseta em cima do vetor nulo é realmente necessaria? Ja que 0 vetor nulo nao possui sentido € diregao definidos, no poderiamos representi-lo simplesmente por 0? Figura 1.2.0 Méduto do um vetor = |= 4 [ol = 29] = 22 Solugao: Vamos dividir a soma em partes. A primeira delas (fig.!} é determinada com uma simples regra do paralelogramo, Figura! sanen ca Neve UMM - Vou Como w+ e D tém.amesma diregao, a soma se da de maneira simples: Figura Para somar ¥ faremos uso da Lei dos Cossenos no triéngulo hachurado (veja a figura Il! abaixo), Figura [is Gv Wo RP > (VBP 4 (EF - 2(2).(¥2)-008(108%) = 4 - 4e08(105°) Lembrando, da trigonometria que: cos(i05°) = cosi60” + 45°) = cos(60°)-cos(45°} ~ sen(0°)-sen(45%) = 4 BB 22 ~ 2 4 Temes, finalmente: +04 Ww+3)= V4a+V6-V2 1. Dependéncia Linear Grete 4 - Verores Exemplo 1.2.b Mostre que dois vetores sao linearmente dependentes entre si se @ somente se eles so paratelos. Solugao: Ida: “se dois vetores so L.D, entre si, ent&o s&o paralelos” Considere a igualdade: 05-0 + a ¥ = 0 Se, por hipétese, os vetores sao linearmente dependentes, um dos fatores escalares €ndo nulo, Sem perda de generalidade, seja tO G+ BH ed : oy Logo, & e 7 se diferencia apenas pela multiplicagao por um real, e com isso so paralelos. Volta: “se dois vetores $40 paralelos, entdo so L.D. entre si” Se, por, hipétese, os vetores so paralélos, entao existe k real nao nulo tal que: EE ge d= ke Oy +t og FG = ak + ay V0 3 (Ok + oy) 7=0 © que, ndo necessariamente implica em a, = a, = 0. (contraexemplo: a, = 1, «= -k) No nosso caso, nos interessarao tomar como conjunto E 9s espagos do R? e do R®. Que tipos de conjuntos de vetores formariam uma base vetorial desses espagos? e = Mareusrica su NNGSIME/ _Vouiie I ae E facil ver que os vetores unitarios paralelos aos eixos ordenados formam uma base vetorial. No caso geral do R®, considere: 4 % = (1.0, 0) = ax V2 = (0, 40) = by ig = (0,0, ) = de E também facil ver que os mesmos sdo linearmente Independentes, pois: Oy Ty + dy Vy + Oy-¥y =F = a4(4 0, 0) + o2(0, 1, 0) + 04(0, 0, 1) = (0,00) = (cy 0,0) + (0, ta, 0) + (0, 0, as) = (0, 0, 0} => (04, ly, Oy) = (0, 0, 0) = a, =O = = 0 ‘Além disso, qualquer vetor (x, y, z) pode ser escrito como uma combinagio linear desses vetores: (x y. 2) = (1,00) + y(40) + 2(0,.0,1) = x-¥, + yt + 2% Exemplo 1.2.c Mostre que os vetores i e 9 a seguir formam uma base vetorial do R2 (3, 3) (2, 0) ‘Solugdo: Primeiro devemos mostrar que os vetores sao linearmente independentes. Gy D+ Oy V =O = a4-(8, 3) + ag-(2, 0) = (0, 0) => (3et4, 303) + (Zorg, 0) = (0,0) => (Bay + 2ery, Say) =(0, 0) 30, + 2a =O an = fT swede eo © segundo passo consiste em mostrar que qualquer vetor (x,y) do R® pode ser-. representado como uma combinagéo linear de i e 7. 3 = (xy) =04(3, 3) + 09(2, 0) {fe ‘ ” |30, Ou seja, qualquer vetor (x,y) pode ser escrito da seguinte forma: akg + HKG Goya gh + 5 Conclui-se que te % formam uma base vetorial do R*. Carmo 1 = Verones, Citaremos agora 2 teoremas cujas demonstragbes néo so complicadas. No entanto, esses teoremas nao so nosso foco principal, pois apenas os utlizaremos como ferramentas para compreender futuros resultados. A demonstragao, portanto, fica como exercicio para aqueles que se interessarem mais pelo assunto. Eu achei esse assunto de “Dependéncia Linear" meio ‘complicado. Tenho muitas dificuldades em demonstrar resultados abstrattos ‘como esse. Isso pode cair na prova? MarewAnca eu Nive IMENTA~ Vous 1.3. Produto Escalar Assim como a soma de vetores, 0 produto de vetores é definido de forma diferente da multipticagao algébrica de nimeros. Estudaremos 3 tipos de produtos de vetores: produto escalar, produto vetorial e produto misto. O produto escalar (também chamado de Produto interno) é denotado pela seguinte simbologia: roduto escalar entre de ¥ Propriedades importantes: 41, Produto Escalar de um vetor por ele mesmo fea = pF Resultado 13.1 Demonstragdo: 0-0 = (%y. Yys Zu): Oy Yu 2u) = + 98 + zB 2. Comutatividade Resultado 1.3.2 ur Yur BuO Yor Zo) Mae ky of YuYy + ZurZy (yr Yur 2) Our Yo Zu) = VG 9 3. Propriedade Distributiva + Ow Ww = Resultado 1.3.3 Demonstragio: BG HY = Cy, Yar Zu) (Ohys Yor 2) + Meee Your 200) Kur Yur Zu) Oy + Xun Yu + Yor 2y *Zw) Skyy + Xu) t Yay + Vw) + Zu(2y + Zw) MuXy + Ya Yy + ZycZv) + (ky %w F Yue Yw # Zu Zw) Pav +iwo Equacdo Geométrica do Produto Escalar Como na soma de vetores, o produto escatar também possui uma interpretagao geométrica. Vejamos a seguir. a as ie = Resultado 4.3.4 — Equagio Geométrica do Produto Escalar, Demonstragao: ‘Tomemos dois vetores com uri angulo 0 entre eles. Figura 1.3.4 Da Lei dos Cossenos, vale: |i- Utilizando o Resultado 1.3.1: Gi Com o Resultado 1.3.3: Wa 0-0 - FO PE = + FV - 2Iil-|0-cose Da propriddade comutativa (Resultado 1.3.2) 21-0 = -2li}-[i-cos@ => 0.9 = [Oj |i]-cose Devemos mostrar que a expressdo também vate para (igual a 0° e 180° (casos em que nao ha triangulo): 00? 3 0-7 = U-kG = KllP1 = }(K-lG)-cose = jal fij-cose 0 = 180? > GV = kd = ~k-[di? (4) = fi)-(k]-[il)-cose = ft {i|-cose ‘Como vale para todos os Angulos possiveis, fica provado o resultado, as ‘ateaatica em Nive. IMEATA— Voruwe I Perpendicularismo entre 2 Vetores Resultado 1.3.5 Damonstrags As demonstragées tanto da “ida quanto da “volta” da relagao de “se e somente se” acima, saem direto da Relagao Geométrica do produto escalar, [i]-cos0=0 «© cos8=0 @ T1¥ 0 Exemplo 1.3.a (EN) Dados dois vetores unitarios ii e ¥ tals que: [+ 2-0) = [a-a Determine o angulo entre i e v. Solugao: Considere a igualdade: Do resultado 1.3.4 = (© + 20)-(a + 29) shit 0 + 40V-V = 00 - He = [OP + aie + ale? = [OP - 20-0 + = 3h? = 60-7 = 3-1 = ~6[d).\0]-cose = 3=-6-1-1¢088 = cosds 5 Logo, 0 angulo 0 entre os dois vetores é: 20° ad Castro 1 — Verones a _ Exemplo 1.3.6 (EN - 2003) Sabendo que 7 € paralslo a 6 e W é perpendicular a Be dado que: ae aia} 3 p=3i ii = 0+. Determine 0 valor de: : K-# Solugdo: Como 6 V paralelo a p, ew é perpendiculara p, temos que: Portanto: |v. Além disso: (+ iif? = (0+ W)-(74 W) = oP atta = 2 a Iv — w = V4) ‘Viséo Geométrica do Produto Escalar: Projogao Logo: Demonstragéo: proj, Figura 1.3.2 (© médulo do vetor projegdo & dado por: = [l-cosd = 20 Mascuarica et Nivet. IMEATA— Vout Note que 0 caso em que 0 angulo 6 é obluso esté incluso na demonstragao, Neste caso 0 produto escalar, que acaba dando o sentide do vetor projecdo, sera negativo, €, portanto, a projegae tera sentido contrario ao de % projgd Figura 1.3.3 Exemplo 1.3.¢ Considere o triangulo dado pelos vértices A = (1, 1, 1), B= (1,2, 4) eC = (0, -2, 3). Calcule as coordenadas do “pé" H da altura relativa ao lado BC. Solugao: Considere a figura abaixo. A= (1,1,1) Z\ fh Be (1,24) He? C= (0,-2,3) Figural Sabe-se que: an - (2-4-3) Ht ~ 4-1) Be SH GPs a ec Finalmente aR=- Ze = 18(H-B) = 7(C-B) => ae ete GA a (u 4 £) 8 18 18° 9' 18 Carino 1 = Verones Exemplo 1.3.0 Seja E um panto sobre o profongamento por B do lado AB do quadrado ABCD. Seja F a intersegao de DE ¢ BC € G, a intersegdo de AF e CE. Prove que BG ¢ perpendicular a DE. D c Figura 1.3.4 ‘Solugdo: Considere o sistema de eixos adotado tais que o lado do quadrado ABCD seja unitario, Desta forma, répresentamos as cootdenadas de F e E por: E = (2,0) eF= (if. ° Ds@t) C= (1.1) Gom isso: OF =F D=(1f-4 GE = € - D = (e, -1) Como os vetores DE e DF sao paralelos, existe um fator reat k, tal que: DE = k-BF e-1 = fo8 (e-) =k-(if-1} = k . (Lembrando que os passos acima so validos uma vez que {#1,¢ #0) Podemos escrever agora? RReE-A= (s Sendo = (xy) a intersegao das relas CE @ AF, temas: ae = CG=mCE mek AG AF = AG=nAF, neR 2 Marra em Ne IMENTA Vous |G - C= mE-C) = G=C + m(e-1, -1) = (1 + m(e-1), 1-m), meR lg - A= n(F-A) aon Aaolt ot) = (nO) ne Com isso (« He) = (14 met), t-m) @ De onde segue (dado que e # 1) n= 14m(e-4) a(t - m). = 14 m(e- 1) 5 e-1 Resolvendo: e-1+m(e- =e -e-m =" m ert Acoordenada de G neste sistema sera: ~1 G=|1++* w1-———| = (+, ] ( ‘Temos portanto: [ie-c-8 [Be -(e.-9 Finalmente, calculamos o produto escalar para testar a perpendicularidade: Do resultado 1.3.5, temos que DE e 8G sao perpendiculares, 0 1.4, Produto Vetorial Vimos que 0 resultado do produto interno entre 2 vetores & um numero escalar. O desenvolvimento da fisica exigiu da matematica o estudo das propriedades de um outro tipo de produto entre 2 vetores, A notagao do produto vetorial, também conhecido como Produto Externo, pode ser encontrada na literatura nas formas a seguir: Gx’ 10 @ = produto vetorial de G por 7 Gating 1 -Verores, Hs Definigao 1.4.4 Regra da Mao Direita Aregra da mao direita & um método mneménico, criado pelo fisico e eletrénico John A. Fleming, para lembrar o sentido definido para o resultado de um produto vetorial entre dois vetores. axe Definiggo 1.4.2 1. Produto Vetoriai de um vetor por outro paralelo a ele lax (k-a) = 0] Resultado 1.4.1 Demonstragao: |G x (k-0)] = {|-[k-d]-sen0” = 0 => ux(k-a}=6 a fixe = xa] Resultado 1.4.2 2. Anti-Comutatividade Domonstragéo: Seque dirato da definigao do sentido do produto vetorial (Regra da Mio direita) 3. Propriedade Distributiva Gx(y + Ww) = xv + axe Resultado 1.4.3, Demonstrago: Ademonstragao requer uma analise geométrica ¢ sera pedida como um dos Exercicios de Fixagao deste capitulo. 4, Multiplicag¢éo de um dos fatores por um fator real K x (k-¥) = K(x) = (Ka) xv Resultado 1.4.4 38; Cavtnino 1 Verones. Demonstraggio: A regta da mao direita dé o mesmo sentido resultante para as 3 parcelas acima (para k negativo e positive). Além disso, os médulos também so iguais: {ax(k-¥)] = {G]-1k-H-sene = |k]-f6)-|9]-seno = Wl[Gx4] 2-0) x9] = k-Gxa 0 Equagao Matricial do Produto Vetorial Resultado 1.4.5 ~ Equagsio Matriclal do Produto Votorlal Demonstragao: Escrevamos 0s vetores como combinagao linear dos vetores da base canénica do R®. B= ty) th Paul tw + vk Fazendo o produto vetorial: GxG= (ql + ye] + ark)x(ayt + yd + zy RMSE x x lpa (eed x wil bed x ef) (vd x x + (wd x wiht ed x ek) +k x xf) eek x wil} ferk x ay) BRIA cay fixl) + xy XI) + m2 (Pe8) + vane (ied) ue ECan Masewaticn eu Nive IMEATA Vowune th Re-arrumando: Bd = (uty — Arye)! + Berm — 2) + Ov - Yorks ijk a Si - fe 3 +P WG hy yy ate Py Ba by wh fe Na Ultima passagem foi usado o teorema de Laplace para determinantes, citado no Apéndice deste livro. Visio Geométrica do Produto Vetorial: Area Assim como o produto escalar estava ligado 2 projecaio de um vetor em outro, podemos dizer que o produto vetorial também possui uma interpretacdo geométrica. Demonstragao: Considere a figura { abaixo. ae v Figura 1.4.2 Da geometria plana, a drea é dada por: Agaraielogramo = (base)-(altura) A Area do triangulo ser, portanto; 4 As = ZAouatetgramo = o Cammuto f= Verones Exemplo 1.4.a Demonstre que, dadas as coordenadas dos vertices de um triangulo no plano (Re), A= (a,a,); 8 = (b,,b,); C (6,.0,) , a Area do triangulo é dada por: a, a 1 b, by 1 ye 1 Solugdo: Do resultado 1.4.6, ternos que (OBS: como os dois vetores estdo no plano, suas ‘componentes na diregdo k séo nulas, e portanto a 3* coluna do determinante abaixo é nula): a i i j FP) Pinas be-ee CyB C28 1 sae] oom Desenvolvendo: S = F|((o,-2Mee—aa) ~ (be -2sHe1-a)) | =F 1((1-29)(e2= a2) ~ (b2~a4)(6,~2)| | bicg = brag = arty + Bay — bye, + Dyay + aye, ~ ay] a a 1 nl oc 1 “2 2 Colinearidade entre 3 pontos Resuitado 1.4.7 Demonstragao: A demonstragao é direta, a partir do resultado do exemplo 1.4.2. Fica, portanto, como exereicio ao leitor! Eee Marea fie Nive IMEATA.~ Vowune It Exemplo 1.4.b a) Verifique se os pontos A= (1,2), B= b) Determine o valor de t para que B= (-2,-2) ¢) Verifique se os pontos A= (1,3,3), B=(2,1,0), no espaga R. 2) eC = (2. s4o colineares no plano R?. (t, 21) seja-colingar com A = (1,2) @ (4,-3.6) do R® so colineares Solucao: a) Como se trata‘de pontos no R?, podemos usar 0 resultado 1.4.7 para verificar se os pontos A, Be C so colineares, 124 32-2 1)=-244-844-444=-220 2471 A,B, C nao sao colineares. b) Para que os pontos A, B e C sejam colineares basta que o determinante do resultado 1.4.7 seja nulo, 124 2-214 t at > -242-4t+ %-2t+4=0 @ ff (Para que C, da forma proposta, seja colinera com Ae B, precisara coincidir com A) ©) Nao podemos mais usar o resultado 1.4.7, pois estamos agora analisando pontos no espago, Para que A, B, C sejam colineares basta que os vetores AB e AC sejam paralelos, No R®, se os vetores dois vetores so paralelos, entdo seu produto vetorial sera nulo (resultado 4.4.1). Varios verificar! i jk ABxAC =| 1 -2 -3|=0 (linhas de 2 e 3 sdo.proporcionais) 3-6 -9 A,B, C so cotineares. Exemplo 1.4.c Calcule a area do triangulo formado pelos pontos médios de duas arestas de vértice comum de um cubo e pelo ponto médio da aresta ortogonal (& reversa) aquelas arestas. Dé o resultado em fungao da aresta a do cubo. Solugdo: ‘Tomemos as arestas concorrentes em um dos vertices como eixos coordenades. AS figuras | ¢ Il abaixo mostram como determinamos as coordenadas, neste sistema de eixos, dos pontos que constituem o tridngulo a ser analisado. G = (aaa) E= (0,0,a) (a,0,a) (e20) AS (0.0.0) Be ‘ai 0, oy Figura | Figura tt ‘A area do triangulo serd dada por (Resultado 1.4.6): ij ok ijk RP x RO} alla al_ija , a . = A180 a-o a-2}=s}2 a & As 9 2 a0 aa a]2 7 2 a aa a-0 3-0 a3 a5G Exemplo 1.4.d Demonstre que dados 3 vetores quaisquer, a equagao chamada de Identidade de Lagrange sempre sera satisfeita: ax(bxa) Solugao: Sejam: 2 = (24) ag,ay), B = (by b2,bg). = (Cy. C2, ¢g), terse, desenvolvendo o lado esquerdo da identidade: Bx = (by.05 - bya byt — Dy-Cq, Bye ~ by'o4) E, portanto: 4 (bye, ~ Bats) ~ ag(byo - byes) ag {bye ~ bycg) ~ a,(b(ez ~ b70) 2, (bse — bie) ~ ae (bots ~ byC2), ax(és Verifiquemos que 0 lado direito equivale a expresso acima; © B.(@-4) - é-(a-6) = O a (aicy + age, + aycy)by)" — ((aib, + agb, + a3hs)e, =| (aie + 202 + 203 )Pe | “+ j (aid + @gb, + 83b5)e, | = (ayer + 2702 + ayCy)bg} — ((ayb, + aghy + agda)Cy aes 'p(byeg —bye,) — ag(bae byes) =| 8g (bees = Baty) - ay(biez - Brey) } (Dat ~ byes) — 22 (bata ~ bye) Com isso, provamos a identidade. « 1.5, Problemas de Geometria A representagdo geométrica dos vetares, tanto no R? quanto no R?,jé sugere grandes aplicagées dos vetores no ramo da Geometria, Veremos 0 quante isto é verdade nesta segdo, Para que a compreensdo desta seco fiua melhor, é pedido que o leitor a tenha tido contato com Geometria, Para ajudar neste requesito, o apéndice deste tivro contém as definigses de termds como “ceviana’, “bissetriz’, *mediana’, “mediatriz’, “altura”, .., entre outros, que sera0 bastante usados daqui para frente, Ponto Médio de um Segmento Groot > VeTones eo Demonsbacao: ‘Sendo M o ponto medio do segmento AB: AxB AM = M62 M-A = 8-M = M= Exemplo 1.5.4 Determine 0 ponto D que resulta da raflexdo deA = (4,1) em relago feta que une os pontos B= (2,3) @ C = (6,4). SolugHo: Temos que os vetores: BE = c~B = (5.4)-(23) = (1) BH = D-A = (x y)-(1 4) = (x-ty-4) C= (5,4) Poe) \, we” BF (2,3) % “AS (11) Figura Come esses velores 840 perpendiculares, temos: BEAD = (3,1)-(x-4.y-1) = 0 = 3x~34y-1 = 0 = Ox + y-4=0 (eqi) Alem disso, os vetores MMB @ BC sdo paralelos, onde M ¢ 0 ponto médio do. segmento AD. WG 1 BE = (2,9) - > (2-49-44) oan xat 2-7 a3 773k -ut, 9 - Eek Das equag6es 1e Il, temos: { +y-420 bye xetg 7 eh ye4 s Be Wal i 42 Mateuamica gu Niven IME/ITA— Vouuwe Il $n Ni IMT Vou .5.0 Mostre que as 3 medianas de um triangulo qualquer se interceptam ponte (0 baricentro) e que este ponto divide cada uma das medianas. em 2 segmentos na razdo 1:2 Solugao: fato de que 2 medianas se cruzam em um ponte ¢ trivial. Seja G esse ponto. ‘Mostremos que a 3#mediana passa também por G, Sejam M,N, 0.08 pontos médios dos lados BC, AC e AB, respectivamente, Figura! Para mostrar que a 38 mediana passa por G, basta mostrar que os vetores CG e GO ‘sao paraielos, Escrevamos esses dois vetores em termo dos vetores linearmente independentes We @ escolhidos: NA = CN =a = BN = BC + CN = 0-20 MB = CM = 0 AM = AC + OM = -20+¢ Além disso; EG» m-GN eee ss fee = SM = AG + GM = AM Da regra do poligono no tiangulo AGN: AG + GN = AN 2. 1. -ogy 2 nei net Crrtmuo 1 ~ Vesones De onde segue: Temos ainda que: (aGMC): C6 = ¥- GM = % (aAGo): GO = -OA - AG ‘Logo: y C= Sa + or) BO = 20 + eo Este ultimo resultado mostra que os vetores CG e GO sao paralelos e dividem 0 ‘segmento em duas partes na razao 1 ; 2. Como a escolha da mediana a ser tomada como 3 mediana foi arbitréria, a razio em que G divide cada uma das 3 medianas éamesma, © Exemplo 1.5.c (baseada em questo do IME - 2004) Considere o triangulo ABC. da figura. Marca-se © ponto P sobre o lado AC e Q sobre 0 lado BC tais que: PAIPC =q QB/QC =r As cevianas AQ e BP encontram-se em T, conforme ilustrado na figura, Determine as relagdes BT/ TP e TQ/AT em fungao de qe r: A 8 a c Figura 1.5.4 Solugdo: \Vamos tentar atacar 0 problema utiizando uma metodolagia semelhante a usada no exemple anterior. Escolhemos dois vetores inearmente independentes interessantes para iniciar o problema. 44 fe sRAANICA Bu NIVEL IME = Vous tf B Figura! Escrevamos os demais vetores interessantes a questéio em fungao dos escolhidos dev. PAF PH 9. Reqi ec Hea” hi Bearw PA = kpii GB = ky-¥ Utilizando a Regra do Poligono nos triangulos BCP e AQC, respectivamente BP = CP + BC Sabe-se que: fr +P rat mei Nos interessa determinar m e n, Re-arrumando o sistema: 1 lat y mei net 1 mar 1 G41) = (7 + Yo Gree 1 = Verones De onde segue: -Ta._t AT (r+ taj In Calculando m: to gtt yg, at met ed t et Fe (a+ (r+ tr - (r+ Hq (a) ae * CE) a a 3 Ja me falaram de alguns teoremas geomatrices envolvende cevianas de um triangulo. Nao seria methor, neste caso; utilizar estes teoremas? Dofinigdo 1.5.1 sot ag Mareaaricn xt ives IMEATA~ Vous rain nt Nive META Vou No caso do pollgono regular, 0 baricentro coincide com 6 c@ntro da circunteréncia cireunserita 20 poligono, Geralmente, no caso do paligono regular, a baricentro denominade apenas como centro do poligono. ws A Ay Ay AN As As Figura 1.5.2 Vale a pena destacar o seguinte resultado: Ay + Ag tun t Ap a = 0=(A;-G)+ (Ay ~G) +. + (A, ~ 6) Ga SG BAAR HA + Ay Rosultado 1.6.3, Demonsiragéo: A concorréncia das 3 medianas de um triéngulo em um nico ponto fol demonstrada no exemplo 1.5.b Seja G este ponto de concorréncia, ‘Sendo O é panto médio de AB, tems do resultado do mesmo exemplo: CG =265 = G-C=2(0-G) = 36=20+¢ A+B A¥BeC 2 2 26-2 Jee = oe Pela definigao 1.5.1, G é 0 proprio baricentro do triangulo. Caro 1 ~ Verones 2 8 Re Figura 1.83, Exemplo 1.5.d (IME — 2000) Sejam r, s ¢ t trés relas paralelas nao coplanares no espago, S40 marcados sobre r dois pontos Ae A’, sobre s os pontos B eB’ e sobre tos pontos C e C' de modo que AK’ = 2, BB’ = b e CC’ = c tenhama mesmo, sentido. 'a) Mostre que se G @ G' $80 os baricentros dos triangulos ABC @ AB’ respectivamente, entéo o Segmento GG' é paralelo as 3 retas. b) Determine o comprimento do segmento GG' em fungdo de a, b, ¢. Solugao: ee Sendo ii 0 vetor unitario que dé a diregao das 3 retas, podemos escrever: WReai= A=A+ad (eq!) ae bd > B=B+bu (eal) Ciacci = C=C+e0 (eqill) ‘Somando as 3 equagées, e dividindo por 3 nos dois lados da equagao resultant, teremos: A+B+0 A+B4C 3 3 arbeey 3 ‘Ou ainda, usando 0 resultado 1,5.3 aa Marcaarica eu Nive IMIE/ITA— Vou i GaGesthity = BS ase bees Ou seja, 0 segmento que une G e G' tem a mesma diregao € sentido das 3 retas, @ 0 comprimento do segmento &: Resultado 1.6.4 Demonstragao: A concoréncia das 3 bissetrizes de um triangulo em um Unico ponto, chamado. Incentro, é demonstrada no Apéndice deste livro. Para a demonstracao do resultado acima, usaremos também o Teorema da Bissetriz interna. Este teorema esta também devidamente demonstrado na segdo do Apéndice deste livro.. Considere o triangulo abaixo, sem perda de generatizacdo, e os segmentos: BK =m, KC=a-m Sabemos que: Capinuye 1 —Verones pens Do Teorema das Bissetrizes intemas, temos: Loge: &, também: BA ¢ ==F=r A’'-B=\-|(C- A’ a a (B} ) C+bB bre Arrumando, chega-se a: A’ (eq.1) Onde A’ é 2 intersegdo da bissetriz relativa ao vértice A com o lado oposto b. Note que I é a intersecdo da bissetriz relativa ao vértice B com o lado AA do trianguto AAAB. Logo, podemas escrever o mesmo resultado para este triangulo: mA + CA’ l= ———— (eq. II wre (ea. il) Substituindo @ equag Il na equagao Il, lembrando que m pode ser escrito em fungdo de a, b, ¢ (equagdo I), tem-se: mA + of ZO*EB aca, (ecrh bec ) bre _eA+DB HOS | m+e ~ ac “arbee Exincentro ou Excentro aoe Resultado 1.6.5 Demonstrag&o: Ademonstragdo do resultado acima é pedida como exercicio de fixagao (exercicio de fixagao) no final do Capitulo, 80 {Marauamicn eas Nive IMEATA = Vou Marin tiv IEMA = Vou Ortocentro Resultado Demonstragéo: Consideremos 0 triangulo nao retangulo abaixo sem perda de generalizago. Verificaremos que a afirmagéio acima continuara valendo para triangulos obtusos. Figura 1.8.6 Da trigonometria nos seguintes triangulos retangulos contidos na figura acima: Loge: BG'= (S) oA ‘9B Com isso, temos: C' ~ 8 = (A - oye) 2 Che Alga + Btgp tgB. tga + top wp. Attga + C-tgy B-tgB + C-tgy Analegamente = ee A Ee Sendo m en constantes reais, podemos escrever: AC = m-AB AB = 1 AC eS Gaomno 1 ~ Verones Arrumando a primeira equacao: : Axtga + Betgh = tga + tof - B18 ema A A PoP Tgeriag) AWA * MTech CAs m8 = mA -A =mB-mA | m-—8__ fm-_t98_ =a{n wt) an wa) = 8 (Igo tg) Analogamente: ne ws Sendo p e q constantes reais, podemos escrever: CH = p. BA = 4.88 Da regra do poligono no triangulo BCH: BH - GH = 86 » Logo: = (an+p-1)-d+(1-mp-q)i=6 Como os vetores sdo linearmente independentes (vemos que eles sao nao paralelos), deveremos ter: ans p-1=0 1-mp-q=0 52 Mareirica en Nive. IMEATA~ Vouune I Resolvendo o sistema acima para q ¢ p: 1-|— fe H a) = —!9a_+ tot =n 1-(5 aoe) ga + tgp + tor tga + top) (toa + toy) (a) - tga + top, . toa + toy 4 {198 rf toy ] tga + taB + toy tga + toh} (tga + tgy Com isso, temos: tga + top . -Cs .(or = x (& Figp + al (c-¢) Substitulndo o valor de ¢' = A-tae + BtoB tga + top neo age). (aoe) tga + toh + toy) [tga + tof + toy 2 Artga + BtoB + tga + toB + toy . demonstramos o que nos pedido: Artga + BtoB (tas tgB) Olha sl Até que essas formulas das coordenadas| Carmine 1 = Veroats hss 4.8. Produto Mist Vistos 08 produtos escalar e vetorial, ainda existe um 38 tipo de produto envolvendo- vetores que convém se estudar: 0 produto misto {também conhecido como produto triplo). an Mareuda ca Nive, IMENTA~ Vou I Equagiio Matricial do Produto Misto Resultado 1.6.1 ~ Equagto Matricial do Produto Migto _ Domonsiragao: Escrevamos os vetores como combinagdio linear dos vetores da base candnica do R®. wale yd + ek Pe yd + yy] + eRe Kd # yd # ay Caleulando idk ag Dewi = ixy Yy By) = (Yuzu — By Yor 2y Kw — Ky Byn XY — Yow) Ke Yu 2 Logo: G-(WW) = (Xue Yur Bu) Yea — Zw Yrs Zu Xw ~ Xe Zwer Xv" Yw — Yor) = Xu Vr = Xu Zy Yr + Yu ZX — Yu Xe Zw + Zy yw om Zu Yew Hy Yu 2 =i Xy VW 2] o kw Yw Zw Propriedades Importantes: 4. Permutar a ordem de 2 vetores no produte altera o sinal do resultado {ee of =, WWI = fe a9] Resultado 1.6.2 Basta lembrar a propriedade de determinantes (trocando 2 finhas-na matriz, altera o sinal do determinante). 2, Produlo Misto com 2 dos vetores sendo paralelos Basta lembrar a propriedade de determinantes (se uma linha for miltipla da outra, o determinant nulo). Ceemn 1 = Varcnes Visio Geométrica do Produto Misto: Volume Figura 1.6.1 Demonstragéio: {[0. 9 wf = [t-(Ww)] = fil [(7«w}-cosa} = (x) -jol-coso| = Area da base x altura = Volume a Um outra resultado interessante segue como consequéncia direta do resultado anterior. Geometricamente é facil perceber (figura 1.6.2) que o paralelepipedo formado pelos 3 vetores contém 6 tetraedros iguais com arestas laterals dadas pelos mesmos 3 vetores. Resultado 1.6.5 Hes Maceusticn pe Nivel big ITA = Vous I Figura 1.6.2 ‘Alem de tornar incrivelmente siniples 0 calculo do volume dessas figuras geométri- cas no espaco, conhecendo apenas seus vertices, os resultados anteriores geram também outras conclusdes intrigantes. Demonstragao: Do Resultado 1.6.4, 0 médulo produto misto entre os 3 vetores nos da o volume do paralelepipedo formado por eles, Se 0 produto misto 6 nulo, no ha volume (2 vetotes so patalctos e, portanto, os 3 vatores s80 coplanares; ou 0s 3 so nao- paralelos mas coplanates). A volta é valida pela razéo reciproca (se os 3 vetoes so coplanares, entao 0 volume formado pelos 3 ¢ zero). 4.7. Exercicios de Fixagio vee Exercicio 1.4 Considere os vetores 4, 6, de médulos unitarios, Se,a soma vetorial estes mesmos vetores é nula, caloule a soma:4-3 + 4-b ¥°b-6, Exercicio 1.2 (EN-1985) Os vetores a eb sdoperpendicularese & forma & 6 com Angulos iguais a 1/3 radianos. Se 4 @ & so unitérios, |5]=2 e, 6 = 94 - b + 3 calcule 9 médulo do vetor i. * Exorcicio 1.3 Demonstre que as diagonais de um paralelogramo se cruzam em ‘seus pontos médios. “Chstru t = Verones tie, Exercicio 1.4 Mostre que se Me N so os pontos médios dos lados AG e AB de um triangulo ABC, entao MN é paralelo a BC, e MN=BC/2. Exercicio 4.5 Considere que o quadrado ABCD. Sobre 0 lado CD vonstrdi-se o triangulo equilatero CDE, com E localizado dentro do quadrado. Constrdi-se ainda ¢ tridnguio equilétero BCF, cam F localizado fora do quadrado. Mostre que A, E 6 F so colineares. Exercicio 1.6 Mostre que as 3 alturas de um tringulo qualquer se encontram em ‘um Unico ponto (9 ortocentro). Exercicio 1.7 7 Considere um triangulo ABC com A = (1,1), B = (3,6) © C= (6,2). Os pontos M e N pertencem, respectivamente aos lados AB e BC. Se P Q pertencem a AC, determine 6 ponto Q sabendo que MINPQ 6 um quadrado, Exarcicio 4.8 (EN) Se [i|=3 1 caloule o valor maximo de [i+ ¥]. Exercicio 1.9 (IME ~ 1987) Sobre os catetos AB e AC de um triangulo retangulo ABC constroem-se dois quadrados ABDE e ACFG. Mostre que os segmentos CD, BF ea altura AH sao concorrentes em um ponto. Exorcicio 1.10 (ITA 4995) Trés pontos de coordenadas, respectivamente, (0, 0), (b, 2b) e (5b, 0}, comb > 0, sho vertices de um retangulo. Dé as coordenadas do quarto vértice em fungao de b. Exercicio 1.14 Mostre se a-X + b-Y + c-Z = 0 para valores, b, ctais que nfo sejam todos nulos ao mesmo tempo, € a +b + ¢= 0, entdo X, Y, Z sao colineares. Exercicio 1.12 Mostre que 2 vetores nao-paralelos no R? sempre formam uma base vetotial do R®. - Exercicio 1.13 Mostre que 3 vetores no coplanares no R? sempre formam uma base vetoriat do R®. Exercicio 1.14 7 Utilizando a ldentidade de Lagrange (Exemplo 1.4.0), demonstre a Identidade de Jacobi Ax(Bx6) + Bx(xa) + &x(Axb) = 6 58. Msreudrics et Niet IMEATA~ Voruet Exercicio 1.15 £ Considere a decomposi¢so de um vetor u nas diregdes paralela © perpendicular a um outro vetor v, de mado que: G = projyi + Gy danota a componente perpendicular, a) Mostre que: Gx 7 =i,» ¥ b) Mostre que: vx Way =(¥ + W),, ©) Mostio que: (+ W) x i= (Vy x Wy) xo d) Mostre, geometricamente, que: (¥,,, « Wyy) x & Utilize 9s resultados acima para concluir que, pata o produto vetorial, vale a propriedade distributiva (Resultado 1.4.3) ay XH + Wy xo Exercicio 1.16 Os pontos A’, B’, C’ dividem os lados BC, CA e AB em um triangulo, na raz&o m:n diferente de 1. Mostre que AA’ + BB’ + CC’ = 0. Exercicio 1.17 (IME ~2003} Sobre uma reta r so marcados os pontos A, B, Ce D, S40 construfdes os triangulos eqiéleres ABE, BCF e CDG, de forma que 05 pontos E e G se encontram do mesmo lado da reta r, enquante que o ponto F se ‘encontra do lado oposto, conforme mostra a figura. Calcule a area do tlangulo formado pelos baricentros de ABE, BCF e CDG em fungo dos comprimentos dos segmentos AB, BC e CD. Exercicio 1.18 Considere o trlangulo A, B, C nao retangulo. Sejam P, @, R os pontos médios de A, Be C, respectivamente. a) Verifique que 0 circuncentro do triangulo ABC coincide com o ortocentro do tidngulo PAR. b) Use o item (a), bern como os resultados 1,5.3'e 1.5.6 para mostrar que, sendo H, Ge Na ortocentro, baricentro e circuncentro do triangulo ABC, respesotiva- mente, entéo: HG = 2-GN, ¢) Conclua do item (b} que H, G ¢ N sdo colineares. Areta H, G ¢ N demonstrada neste exerciclo é conhecida como Reta de Euler. Exercicio 1.18 # Mostre que as coordenadas do circuncentro C de um triangulo A, Be C (ndo-retangulo) podern ser escritas como: c= A-san(2) + B-sen(2B) + C-sen{2y) © 3en(2a) + sen(2p) + sen(2y) Sugestéo: Use 0 resultado da questo anterior. Cromuo 4 Verona Exercicio 1.20 » Considere um triangulo de lados a, b, ¢, ¢ vértices opostos com ngulos internos correspondentes a A. B, C, respectivamente, Sendo: 8, se 2, tote é CosA cosB cosC Demonsire que as coordenadas do artocentro H deste triangulo & dada por: rA+s-Bttc r+stt Hs Exercicio 1.24°# (Teorema de Pappus) Uma reta que passa pelos pontos A,, A, @°A, intersecta outra reta que passa por B,, B, eB, em um ponto O. Considere que A,B, 2 A,B, tém intersegao em P,; A.B, ¢ A,B, tém intersegao em P, e A,B, e A,B, 18m intersegao entP,. Mostre que P,, P, e P, S40 colineares, Exercicio 1.22 7 Demonstre a expresséic das coordenadas do Exincentro enunciada no Resultado 1.5.5 g, tA db BHC * masbec Exerciclo 1.23 & E dado 0 tridngulo ABC e séja P um ponto sobre o lado BC. Mostre, usando vetores, a relagée canheckia como Relagao de Stewart para Cevianas. i, AC BP.BC " CP-CB PB-PC Exercicio 1.24 Sejam os vetores 0, ¥ © W ndo-nulos. Mostre que: 12%, fH) =0 <= G, % Ww sao linearmente dependentes Exercicio 1.25 & (Balkan Math Olympiad) Seja © 0 centro do circulo que passa pelos pontos A, B e C. Seja D 0 ponta médio de AB € E 0 barlcentro do tridngulo ACD. Prove que CD é perpendicular a OE se, @ somente se, AB = AC. Exercicio 1.26 & (Teorema de Menelaus} Considere um triangulo ABC e uma linha transversal que corta BC, AC e AB nos pontos D, & e F, respectivamente (com D, E, F distintos de A, B e C). Mostre que (ee) 90, ‘Marewaticn'B Niven IMEATA — Vouuwe It Exercicio 1.27 & (Teorema de Ceva} Considere um triangulo ABC @ as cavianas AO, BO e CO, traadas de cada vértice ao ponto comum ©, ne interior do triangulo, ‘de modo a encontrar as lados opostos em D, Ee F, respectivamente. Mostre que: eee Exercicio 1.28 & Verifique que a drea do triangule do Exemplo 1.4.a pode também ser obtida da seguinte forma. 1 S=>-44\ Sm Onde 4 obtido usende o algoritmo: Linhas »_tinnas principals“, —_”secundérias, 4, Escrever as coordenadas em uma matriz do tipo 4 x 2, repetindo © primeira vértice na ultima tina. 2. Multiplicar os elementos em diagonal, como indicado na figura ao lado, ~ contabilizando os produtos das linhas primarias como positives e 08 ua lintia secundaria come negatives A= Ayby + By Cy + GyO, ~ (Ag-by +by°t) + 62%) Em seguida, mostre que 0 algaritmo pode ser estendido para qualquer poligono simples (nao ha cruzamentos entre os lados) de n lados no plana (R*), montando odeterminante com n + 1 linhas ¢ duas colunas, repetindo sempre na ultima Yitha © primeiro vertice. Sugestio: Utilize 0 processo de Indugdo Finita. ‘Cortruxo 2 ~ Esruo of GroweTni no PLano & no Eseaco 2 EstTupo-DA-GEOMETRIA-NO-PLANO-E-NO-Espago. 2.1, Equagao da Reta no Plano Embora.a palavra reta dispense definicSes para oleitor a esta “altura do campeonato’, vamos defini-la a seguir. Figura 2.1.4 Sendo P um ponto (x, y), ele pertencera a reta suporte do segmento AB (onde A= (xy, ¥q) € B= (X,, y,)) quando: AP = t-(AB),teR Desenvolvertio: 7 P-AatB =A) = (6 y)-(, Ya)* tO Yo) ~ (ar Ya)) | X= Ky = Uke %q) Be (X-Xyr yA Com Y ~ Yo = (yp -Yo) fa) = (Xp —-Xar Yo “Ya) 2 Marausticn en Nive, META ~ Vout I Note que poderiamos ter escothido qualquer ponto da reta como sendoA. Além disso, 08 coeficientes que acompanham o parametro t nas equagées paramétricas sfo as coordenadas de um vetor paralelo a reta, De modo que as equagées paramétricas podem ser, Daotinigdo 2.1.3 ‘Alem da forma paramétrica ja citada, a equagdo da reta pode sir escrita de diversas outras formas. Tais formas representam apenas maneitas diterotes de escraver. algebricamente a mesma equagao da reta. Por exemple, isolando o pardmetro tna equagao paramétrica da feta, chegamos a: X= %a Xp - Xa Arrumando de modo conveniente, a“equacdo da reta’ possui o seguints aspecto: x + (ee = Yo%s } eo J h Deftnig8o 2.1.4 Caomuro 2 — Estuse on Geomctrin No uo £ no Beene Representando a reta geometricamente no plano cartesiano, estas constantes me h possuem interessante importancia: Figura 2.4.2 Fazendo y = 0 na equagdo reduzida da reta temos que h é a distancia do ponte de cruzamento da reta com o eixo Ox até a origem. Se fizermos x = 0 temos a distancia do ponto de intersegdo da reta com 0 eixo Oy até a origem, gp EH, Mm. BED oy - Xp — X xy Xo be) Observe, portanto, que o coaticiente angular m representa a tangente do Angulo que a reta faz com a orientagao positiva do eixo horizontal Ox, Em outras palavras, m a inclinagéo da reta. © coeficiente angular it representa o valor da ordenada y do ponto pertencente 4 reta, quando ela cruza o eixo x = 0, Em outras palavras, h 6 0 ponto de cruzamento da reta com 0 elxo das ordenadas. y y a Jes moo m>o x x Y y hoo neo m A-P=kB- kP => k(ax, + byp +0) - (ax, + by, +c) =0 = ku She t bye te ak +b yy +e se a tbYa+® 9 teremos k > 0, e com Iso, Ae 8 esto no mesmo ax, + by, +e semiptano. Se 2% + P'¥a * © <0, teremos k < 0, @ com i980, Ae B estdo em semiplanos ax, + DYy + ‘opostos, Distancia entre dois Pontos no Plano Resultado 2.1 Crptniee 2 Eetuso ob Geavernin uo Pusmo eno Berio Demonstragao: A distancia entre Ae B ¢ justamente o valor do médulo do vetor AB [FB = B - Al = (xx, vo~yoll = Vixe ~ 0)" + (Ye. ve) 0 Distancia de um Ponto a uma Reta Demonstragao: Fagamos pimetimente 0 caso da reta nao ser paralela ao aixo Oy (isto 6,6 nao énulo) ae y ax + by +056 Figura 24.8 Seja A= (x,,y,) um ponto qualquer da reta r. Temos, portanto: ¢ ax + bYy +020 & Ya =~p%a-$ Adistancia de P aA é dada por (Resultado 2.1.1}: d= Yoe= me) = Wemve) = be Nés buscamos o valor minimo desta funcao, com variavel x,. Porém, sabemos que ‘quando d for minimo, d* também sera minimo (uma vez. qile a fungao yid) = dé estritamente crescente para d > 0). Este fato nos permite simplificar as contas, uma ‘vez que agora buscamos minimizar a seguinte funcdo: = aX © am +fye+ > “%) 2 flea) # =O ~ a) «(yy + 222 « 2

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