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Psicologia e Intervencao Comunitéria: Quadro Atual e Desafios Psicologia e Intervencién Comunitaria: Cuadro Actual y Desafios Maria Fatima Quintal de Freitas Universidade Federal do Espiritu Santo _Apresenamse informagies para eeuperr&hisia de contro das pticas psicolpeas em commnidade, nas tres mas dead, de modo que sa ideifiago tem ecebido as denominakes "Psicologia da Comunidade”. “Psicologia tts Comunidade” “Psicologia Comunitiin, "Prvicas Pscol6gicas em Comunidade”, “Trabalhos Comunitiios” THuatclecemae compargtes quanto as mnodsos/vsbestedrco-filosbficas que orientam a pita, © ulizagto de instrumentals, Daeutemse as possbiidades de modifcagio dessa pritcas,idenifieando-se suas propos tees. huis se a eles com a profiss.enfoeado os diferentes ips de comunidde, objetivando uma rellexso sobre Somposiase e pope sei politico dessesprofissionsis. O aspecto dt insitucinalzagio do taal dos psicslogos Comuniron¢uiseutdo, pretendendose uma anlise soe 9 seu proceso de frmagio teieo-metodo}6gi8 ‘Se plane an dos para reeupetar a historia def constucci de pctcas psicoligies en comanidad ep as res itis ‘dads, as qu fan reid denominaciones come "Psicologia de la Comunidad”, “Psicologia en Is Comunisa “patclogia Comuniti’, "Pctens Pscoigicas en I Comunidad”, “Trabjos commnitaros. Se establecen compara- ‘ones respect aos moleis/isone eco losis qu stn oreotando a prcticay el empleo de lsinstrumetaes, ‘Slisten ae posibildades de cambio de estas retin, dentiicandose us propuesas erie, Se analiza as eae opin 19 oy Fe nesconiaproferin consideando os difere Tipos de comnidad, con el objivo de reflexion respect al compromi> oyna sci polico de los profesional. Se discute el spc dl institcionalizacin det iaajo doles piesogos ‘ounitariog, ealizando un andi espesto a su proceso de frmacidntsrico-metodo ica [Nos sitimos anos no Brasil, (@m sido frequentes os debates, reflexdes e produgbes a respeito das preciias ¢ desumanas condigdes de vida da populagio brasileira, Em quase toda a América Latina, nas d¢- ceadas de T0"e 80, varios foram os projetos-e trabalhos desenvolvides por cientistas sociais e politicos, por assistentes sociais € psieslogos, e por profissionais da dtea da sade e do planejamento urbano e regio nal, que procuraram desde lidar com problemsticas de earéter macro-estrutural até aguelas relativas & formagdo de liderangas naturais, a desenvolvimento de redes de relacionamento mais solidérias e, a0 fortalecimento de valores e de umn e6digo ético di sides & construgao de vidas mais dignas ¢ humanas ‘mais recentemente, 3s condigGes para a construgio ¢ fortalecimento de uma vida ética ecidada (Barreiro, 1985; Jacobi, 1989, 1990, 1993; Pelissari, 1996; Sader, 1987; entre outros) Dentro desta perspectiva, os trabalhos no apenas de intervengio € de desenvolvimento das préticas ‘Maria Fina Quint de Freitas, Professor Dra, do Programa de Pos-Graiuaglo em Psicologia da Universidade Federal do Espirit Sano, Brasil, este aitculo debe ser en viada a ina Quinta de Freitas, Universidade Federal do Espirito Santo, R. Natalia Daher Carneiro, 740, apt 1OI-A = J, Pena, Vitoria, ES, CBP: 29.060- 490, Brasil e-mail: fquintal@zaz.com br ‘comunitétias (Diercks, Takeda, & Cura, 1991;Savvaia, 1990), mas também aqueles que visam a aquisigao de conhecimentos ¢ informagdes sobre a realidade con- ‘ret tm se apresentado como fundamentais, uma ver {que esta aquisigao tem contribufdo para a realizagio de diversas intervengOes voltadas para as problem: ‘cas concretas vividas pela populagio (Bomfim, 1991; Gohin,1990; Lane & Sawaia,1991; Martin-Bar6, 1987: Montero, 1991; Passett, 1994), Entretanto, ao se discorrer sobre as possibitidades da relacio entre Psicologia e Comunidade, acredi- ta-se ser fundamental que as praticas da Psicologia ‘em Comunidade ndo sejum caracterizadas ou iden- tificadas, tao somente, a partir do focal em que so, desenvolvidas, ¢ nem em fungio do tipo de proble- matica ou tenuitica abordada, Os elementos consi derados decisivos para tal caracterizagao situam-se, em nossa visio, nos referenciais tedricos, metodoldgicos e epistemol6gicos que orientam os ‘wabalhos (Freitas, 1994a; Montero, 1994a). Recuperando a historia de construgiio da Psicologia Comunitéria -desde a institucionalizagao da profissao de psicélogo, no Brasil, em agosto de 1962- pdde-se encontrar diferentes relagdes epistemolégicas ¢ fundamentagbes filoséficas, im- plicando.em visdes de homem ede mundo também diversas, presentes nos trabalhos comunitirios rea- lizados no Brasil pelos psicdtogos. 170 (QUINTAL DE FREITAS Nas décadas de 60'e 70, os trabalhos caracterizaram- se pelo que se denominou de Psicologia na Comunidade, tendo © compromisso de colocar a profissdo a servigo da maioria da populago, colabo- rando para sua organizago politica e criando novas. frentes de trabalho junto aos setores mais desfavorecidos (Freitas, 1996a), Eram trabalhos, nor- ‘malmente, voluntérios, nao temunerados e, muitas -vezes, desenvolvidos na clandestinidad, recebendo.um, status cienttico inferior. Apoiavam-seem referenciais. da Sociologia, Antropologia, Histria, Educagiio Po- pulare Psicandlise, Os trabalhos denominados de Psicologia Comunitdria no Brasil, e Psicologia Social Comunitdria na Amica Latina, acontecendo também a partir dos anos 70’, explicitavam a pritca de uma psicologia social critica ¢ comprometida com a realidade nacional, denunciando os mecanismos. naturalizantes e ahistGricos das teorias psicoligicas individualistas e importadas, empregando discusses ce reunides com os grupos, ¢ descrigdes e andlises das condigdes de vida da populacdo (Freitas, 1996, 19960), A partir de meados dos anos 80', quando se titucionaliza no Brasil um espaco de trabalho para 4 psicologia, nos centros ¢ unidades de sate, a denominagio Psicologia da Comunidade past a Ser adjotada referindo-se & pratiea dos profissionais que ‘rabalhavam nos postos de satide, nas secretarias de ‘bem estar social, nos érgis ligados 3 familia crianga, nas instiuigdes asilares e penais, cuja principal preocupagdo era democratizar 0 fornecimento dos servigos psicoldgivos & populagio (Freitas, 19962). Caracteristicas da Prética da Psicologia Comunitéria Com a preocupagio de obteralguns subsidios para uma reflexio sobre a pritica da psicologia em ‘comunidade, alguns aspectos mostraram-se, na sua historia de construgio, como importantes: quem ceram esses profissionais, que tipo de trabalho faziam nas comunidades, com que problemas lidavam ou «nfrentam em seus cotidianos de trabalho, em que espagos atuavam, e quem decidia os eneaminbos ou rumos do trabalho a ser realizado. Os profissionais que atuavam em comunidade caracterizavam-se por diferentes. formagies: provinham, entre as tendéneias dominantes, da Psicandlse, Gestal, Psicologia Social americana ou erico-histéricac Behavierismo (Freitas, 19960, 1994 ). As suas alividades profissionaiseram, geralmente, desenvolvidas dentro da universidade, realizando projetos de pesquisa e/ou extensio e/ou estagio, pasando alguns aenfocarem seus estudos as chamadas problematicas de abito social. Outros trabalhavam, também como professores, porém em escolas particu- Jes, ministrando um grande nimero de aulas em mais «de uma insttuigdo e tendo baixo ou nenhum incentivo, para 0 desenvolvimento de pesquisas. Entre estes, alguns atuavam, também, em seus consultérios panti- cculares. Apesar destas diferengas nas sus condigies de trabalho, todos, de alguma manera, haviam se sen- sibitizado com os problemas da populago em geral, acreditando que deveriam fazeralgo para “aproximar”” apsicologia a esses setores desprivilegiados e sempre cexclutdos dos servigos psicoligicos, Nesta dinamica, foi possivelidentificar a existénciade pelo menos tes _preocupacdes fundamentais nestes profissionas, owen outras palavras, compromissos para com o desenvolvimento do trabalho, ‘Uma, decortente da crenga de que deveriam atuar nna comunidade, seja para contribuir com algum as- pecto na vida das pessoas, seja para aproximar sua profissio & populagio, tornando-a conhecida acessivel. Outra, de que deveriam conhecer e ‘compivender 0s determinantes das condigdesem que vivian a populacdo, assim como os efeitos no seu universo psicol6gico.E, por titimo, uma preacupago dde que deveriam realizar algum tipo de intervengao na comunidade, ao mesmo tempo em que produzissem conhecimentos sobre essa realidad, acreditando poder contribuir para alterar aquelas condigdes adversas e desfavordveis em que viviam as pessoas, Assim, quando se inseriam na comunidade, em cconsonancia a essas preocupayies, os psicélogos ‘acabavam empregando determinados instrumentais para efetivar os seus traballios. Encontraram-se préticas que utilizavam desde alguma forma de te- rapia, com o emprego de testes e tSenicas projetivas, pasando pela adogao de técnicas ¢ din&micas de _Brupo, como grupos operatives, até 0 emprego de ‘éenicas igadas ao desenvolvimento sécio-cognitivo © & psicomotricidade. Outros desenvolviam seus trabalhos através de observagGes ¢ levantamentos a respeito das populagdes ¢ de suas condigdes, empregando registros de comportamento, questionsrios, entrevistas, escalas e/ou inventérios de necessidades ¢ interesses. Havia, ainda, aqueles que promoviam cursos, palestras e faziam visitas domicitiares,e outros que participavam de reunies, ‘encontros e assembléias com os diversos grupos da comunidade. E, finalmente, encontraram-se PSICOLOGIA profissionais que no utilizavam nenhum instrumen- tal especifico da psicologia, construindo e/ou adap- tando estratégias de intervengao em fungio das necessidades apresentadas no cotidiano do trabalho Freitas, 1996b, 1994). As problemdticas com as quais se deparavam, quando da insercio na comunidade © desenvolvimento dos trabathos, também eram di- ‘Os trabalhos que os psicélogos vinham desenvolvendo em comunidade dirigiam-se a pro- blemas efou temas relatives a: relacionamento fa- riliar e interpessoal; formacdo ¢ constituigio de grupos, seja numa perspectiva macro ou tmicrossocial: problemas da esfera emocional afetiva ‘e sexual; aprendizagem ¢ desenvolvimento sécio- cognitivo; isolamento social, individualismo & deserenga em si mesmo € no outro; alcoolismo & drogas; criminalidade, diferentes formas de violencia e prostituigio; educagéo, sate, condigdes de saneamento © avesso aos servigos piblicos; € ‘condigées de moradia, de trabalho e transporte, en- tue 0s principais. Esta grande diversidade de priticas, enfoques ‘metodologias, remete-nos, também, & indagagio sobre 0 fipo de compreensdo que esses profissionais ‘constrem a respeito das problemticas vividas los setores populares. (Os diferentes trabalhos distribufam-se entre con- siderar os problemas e dificuldades vividos pelas pessoas no seu cotidiano como sendo, prineipalmen- te, derivados de aspectos ¢ esferas da vida interna, psicoldgica ¢ subjetiva, até consideré-los como de- terminados por fatores fundamentalmente econdmico-politicos. Em coeréncia a isto, identificaram-se instrumentais que eram espectti~ ‘cos da Psicologia, normalmente dentro de uma pers- pectiva individual e clinica; até praticas que nio ‘adotavam nenhum instrumental especifico, carac~ terizando-se muito mais por ser uma atividade de militancia politica, buscando uma conscigneia ert ica nas pessoas (Freitas, 1994a, 1996a, 1996b; Montero, 1994a, 1995). Entre esses dois polos, ao longo desses anos de cconstrugio da prtica da Psicolo dade, foram existindo alguns trabalhos em que os profissionais envolvidos tentavam, preservar uma certa especificidade 2 profissao, seja adotando instrumentais da drea c/ou construindo-os, seja iden. Lificando teméticas afeitas ao campo psicoldgico. ‘Mesmo aqui, havin aqueles que ainda acreditavam {que os problemas vividos pelas pessoas deviaese a INTERVENGAO COMUNITARIA im algum trago ou caracterfstica interna e particular, ¢ ‘outros que acreditavam que as condi de vida 6 que estavam determinando tais problemas, ‘embora tivessem incidéncias particulares e diferen- tes na vida cotidiana das pessoas, em seus aspectos, objetivos e subjetivos. Novos Acontecimentos ¢ Novo Cendtio: Pos Anos 80° Poder-se-ia dizer, a0 olhar os assuntos ¢ proble- ‘mas sobre os quais os profissionais e pesquisadores de nossa drea se debrucaram ao longo destas ti ‘mas déeadas, que os temas -para a investigagio ef ‘ow intervengaio- deslocaram-se, em certa medida, de ‘uma perspectiva mais ampla e abrangente, para lidar ‘com teméticas relativas a situagGes e contextos mais particulares e pontuais. 'Nos anos 807, passamos a viver uma década sig ficativa para © desenvolvimento dos trabalhos em comunidade, especialmente em nosso continente. Varios acontecimentos seja no plano nacional poli tico, seja no interior das academias, seja nas possibilidades de debate sobre esses trabalhos ‘marcam um periodo em queas priticas da Psicologia ‘em Comunidade ngio permanecem mais no plano da marginalidade e da clandestinidade. Tais temas, assuntos © problemas emergentes do contexto so- cial conereto, passam a entrar nas universidades e instituigbes de formagaio e se tornam objeto de vérias pesquisas, com diferentes vertentes te6rico~ metodol6gicas. A terminologia *comunidade” passa ‘a adjetivar parte significativa das praticas, dos traballios de pesquisa e de discusséo. ‘Nos anos 90',em geral, os traballos desenvolvidos junto as diferentes comunidades referem-se a uma. ‘tuagdo gerada, muito mais, por uma demanda institucional, associada as questes da savide e da sade coletiva. O profissional de psicologia passa a ‘ocupar diferentes espagos de atuacao: unidades de saiide, hospitais dia, varas da infancia e familia, ‘conselhos tutelares, instituig6es asilare, sindieatos © entidades de classe. Parece, ent, estar sendo construida a expectativa de que o psicélogo deve ‘trabalhar junto aos movimentos ligados & salide eas suas diferentes facetas. esta maneira, nesta década, parece que & xi do da psicologia volta-se para situagies e praticas cconcretas do contexto social, produzindo agdes ¢ intervengdes que tenham qualidade e competéncia, para responder as demandas e questionamentos dos diversos setores da sociedade. m QUINTAL DE FREITAS Fazendo um Balango: Quadro Atual ‘Ao se recuperara istriade construco da Psicologia (Social) Comunitétia, em nosso pats especificamente, ‘tins Sto as indmicas de aproximagio e de um certo reconhecimento que foram aconteceram. Aproximagio no sentido dos seus proissionas ocuparem espacos de debates apresentando seus trabalhos e reunindo esforgosinvestisativose de produc deconhecimento. Reconhecimento no sentidodos cendrios desse debate passarem a considerar © até incorporar as possveis contrbuigées da sea, premidos paricularmente pelo aumento das demandas sociais para trabalhos de ago € intervened na realidad coneeta Desta maneira, alguns aspectos nos parecem im portantes de serem destacadios, na perspectiva de se tentar configurar um quadro atual desta rea 1. Passou a ser comum a expressio “Psicologia comunitéria” ou “psicélogo comunitério”, deixando entrever que cada vex. mais aumenta 6 nimero de profissionais que se denomina efou se sente psicdlogo eomunititio. Se nas décadas an- terires esta adjetivagdo era rechacada e conside- rada nao cientfica, agora ela adquire até um certo status de reconhecimento ¢ atualizagio: (a) este fendmeno, em parte, ¢ interessante, pelo menos pra revelar que ndo é mais possvelficar Jonge & A margem das problemiéticas que esto invadindo © cotidiano das pessoas. Amplia-se, assim, uma preocupacio com 0 contexto social conereto, de {al modo que nio & mais possivel & Psicologia ‘manter-se dstante dessa realidade;(b) por sua vez, para os chamados setores populares © contextos comunitérios comega a se vislumbrar um leque maior de possbilidades de trabalhos, servigos e recursos; (c) 0s vérios wabalhos desenvolvides ~ em suas diferentes earacteristieas, objetivos compromissos- estio apontando para distintas psicologias comunitirias, que vém sendo ‘vompreendidas como: fazer algun levantamento e caracterizagao das populagGes desprivilegiadas a fim de serem conbecidas ¢ estudadas; prestar algum de servigo efou assessoria junto aos ‘movimentos populares; fomecer servigos psieo- logicos aos “desvalidos” e exclutdos dessas possibilidades de assisténeia; adquirir coniecimentos ¢ implementar experiéncias rla- cionadas & area da said; (4) embora a grande rmaioria desses trabalhos traza como preocupagio aapostura de aproximar eformecer os servigos psi ‘col6icos & populagio desprivilegiada, verifica- se ainda a prevaléncia dos mesmos modelos tradicionais que a profissdo tem empregado; (e) ‘em parte isto poderia ser explicado pela rapidez ‘de exigéncias e demandas que so feita &prética 4do psicélogo nos contextos comunitatios. Depa- ra-se com problemas reais e coneretas, dante de poucos ou novos recursos langa mio do que possui da sua formagéo , (f) permanccem, assim, as explicagées psicologizantes para os problemas ‘vidos pelas pessoas no seu cotidiano, procuran- dose, quando muito, adaptar as “velhas” teorias 08 novos contextos. Decorrente do item anterior, o grande ntimero de trabalhos voltados e enfocando as problemticas vividas pelas comunidades nao necessariamente significa que eresceram, também, as intervenes psicossociais, dentro de uma perspectiva da Psicologia (Social) Comunitéria, realizadas jun- to a essas populagdes. Mesmo existindo, hoje, ‘mais profissionais trabalhando junto aos setores populares, e mesmo que os trabalhos tenbam se dirigido mais para problemiticas e fendmenos Ppontuais, isto nao implica em uma nova e dife- rente prtica psicossocial em comunidade. A grande diversidae das prticas em comunidade tem apontado para a necessidade de serem estabelecidas algunas diferenciagdes. O sentido € significado dos termos Psicologia Comunitira, ‘ou Psicologia na/da Comunidade, ¢ mesmo comunidade, tém sido diversos e, as vezes dispares,deixando de ser considerada a histéria de construgao dessa sea. 1. Temos nos deparado, nos diversos trabalhos reali- zadosem.comunidade, com paradigmas tadicionais € com a emergéncia de novos paradigmas para @ pritica, Bsses paradigms apresentam diferengas que decorrem de posigdes filoséficas epistemolégicas diferentes, diante do mundo. “La nconfornidad con este paradigma (dominan- te), como hemos dicho, se venta haciendo desde la década del 70°. ¥ no nos referimos a las res- puestas tdricaso metodolégicas, que asumiendo la ertica de teortas existentes 0 le métods en boge, proponen otros nuevos que, no obstante, Continian ajusténdose al paradigma, Aludimos a los vaces criticas dirigidas contra los postulados ‘mismos del pavadigma, contra una forma de ver la ciencia, de hacer eiencia y de interpretar a tos seres humamnos en relacién com su ambiente. El surgimiento de la Psicologia Comunitaria latinoa- Imericana es un buen ejemplo, Esta rama de la Psicologia se inicia en los aios 70'en varios pat ses latinoamericanos, coincidiendo paralelamente PSICOLOGIA E INTERVENCAO COMUNITARIA, 1B ‘en estructurarse sobre unas bases epistemoldgicas muy diferemtes a las existentes, y que surgen a pavtirde cambios paradigmticos provenientes de la Sociologia y de la Educacién Popular” (Montero, 1994a, p. 14). 5, Consequentemente, o lugar e papel atribusdo & cconstruido a/com a comunidade tem sido diver ‘50s, apontando para possibilidades diferentes de realizaciio de trabalhos e de levantamento de al- ternativas concretas de agi. Desenvolvimento dos Trabalhos em ‘Comunidade: Desafios Estamos presenciando, atualmente, no campo das,

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