You are on page 1of 664
MECANICA DOS NAW SISTA KSS Ferdinand P. Beer / E. Russel Johnston, Jr. / John T. DeWolf / David F. Mazurek QUINTA EDIGAO Obra originalmente publicada sob o titulo Mechanics of Materials, Sth edition ISBN 0-07-352938-9 / 978-0-07-352938-7 © 2008, The McGra \-Hill Companies, Ine., New York, NY, 10020 Preparacao do original: Ronaldo Guimaraes Galvao Capa: Rosana Po: obon (arte sobre capa original) Imagem da capa: www: graeme-peacock.com Bditora senior: Arysinha Jacques Affonso Ecitora assistente: Luciana Cruz Producdo editorial: Triall Composigao Editorial Ltda Diagramagao: Triall Composieo Editorial Ltda Reservados todos os direitos de publicagao, em lingua portuguesa, & AMGH Editora Ltda (AMGH EDITORA ¢ uma parceria entre ARTMED Editora $.A. e MCGRAW-HILL EDUCATION) Ay. Jerdnimo de Omelas, 670 ~ Santana 90040-340 Porto Alegre RS Fone (51) 3027-7000 Fax (51) 3027-7070 E proibida a duplicagdo ou reprodugio deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquet meios (elet6 10, mecanico, gravagiio, a, distribuigdo na Web e outros), sem permissio expressa da Editora. Sao Paulo ‘Av, Embaixador Macedo Soares, 10.735 ~ Pavilho 5 ~ Cond. Espace Center Vila Anastacio 05095-035 Sao Paulo SP Fone (11) 3665-1100 Pax (11) 3667-1333 SAC 0800 703-3444 IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL ey 12 13 14 18 16 Ww 18 19 110 wn ae TENSAO E DEFORMAGAO — CARREGAMENTO AXIAL, 2a 22 238 "24 25 26 27 Sumario 1 INTRODUGAO — 0 CONCEITO DE TENSAO 2 Introdugao Um breve exame dos métodos da estatica Tensdes nos elementos de uma estrutura Anélise e projeto Carga axial e tensao normal Tensao de cisalhamento Tensdo de esmagamento em conexées Aplicagao a andlise e projeto de estruturas simples Método de solucao do problema Preciséio numérica ‘Tensao em um plano obliquo sob carregamento axial Tensdo sob condicées gerais de carregamento; componentes de tensao Consideragées de projoto Revisio e resumo do Capitulo 1 2 66 Introdugao Detormacao especitica normal sob carregamento axial Diagrama tensao-deformagao Tens6es e deformagées especiticas verdadelras Lel de Hooke; médulo de elasticidade Comportamento elastico © comportamento plastico de um material Carregamentos repetidos; fadiga 22 22 25 26 27 29 31 32 34 35 43 44 47 58 67 68 70 75 76 7 79 xiv Deformagées de elementos sob carregamento axial Problemas estaticamente indeterminados Problemas que envolvem mudancas de temperatura Coeticiente de Poisson Carregamento multiaxial; lei de Hooke generalizada Dilatagéo; médulo de compressibilidade volumétrica, Deformagao de cisalhamento 2.15 Outras discussées sobre deformagao sob carregamento axial; relacao entre E, ve G °2.16 Relagées de tensao-deformacao para materiais compésitos reforcacios com fibras 2.17 Distribuigao de tensdo e deformagao especifica sob carregamento axial; principio de Saint-Venant 2.18 Concentragées de tensao 2.19 Deformagées plasticas Tensées residuals Revisdo e resumo do Capitulo 2 3 TORCGAO 151 3.1 Introdugao 3.2 Discussao preliminar das tenses em uma barra de seco circular Deformagées em uma barra de seco circular Tens6es no regime eléstico Angulo de toreao no regime elastico Eixos estaticamente indeterminados Projeto de elxos de transmissao Concentragao de tensdes em elxos circulares Deformagées plasticas em eixos circulares Elxos circulares feltos de um material elastoplastico Tensdo residual em elxos circulares Torgao de elementos de seco nao circular Eixos vazados de paredes finas Rovisdo e resumo do Capitulo 3 4 FLEXAO PURA 228 4.1 Introdugao 42. Barra simétrica em flexao pura 43. Deformagées em uma barra de secao simétrica ‘em flexao pura 44 Tensées e deformagées no regime elastic 45 Deformag6es em uma seco transversal 48 Flexo de barras constituidas de varios materiais 47 Concentragées de tensio *4.8 Deformagées plisticas a 104 105 107 109 2 115 124 127 129 133 141 152 154 156 159 170 173 185 187 192 194 197 206 209 218 229 231 233 236 240 250 254 263 “49 *4.10 Barras constituidas de material elastoplastico Deformagées plasticas de barras com um tinico plano de simetria °4.11 Tensées residuais an 413 ana “4.15 61 52 53 64 "5.5 56 et 62 63 64 +65 66 er 68 “88 7A 72 73 74 Carregamento axial excéntrico em um plano de simetria Flexéo assimétrica Caso geral de carregamento axial excéntrico Flexo de barras curvas Revisdo e resumo do Capitulo 4 5 ANALISE E PROJETOS DE VIGAS EM FLEXAO 327 Introdugao Diagramas de forga cortante e momento fletor Relacées entre forca, forca cortante e momento fletor Projeto de vigas prisméticas em flexso Usando fung6es de singularidade para determinar forca cortante e momento fletor em uma viga Vigas nao prismaticas Revisdo e resumo do Capitulo 5 6 TENSOES DE CISALHAMENTO EM VIGAS E BARRAS DE PAREDES FINAS 391 Introdugao Forea cortante na face horizontal de um elemento de viga Determinagao das tensdes de cisalhamento em uma viga Tensées de cisalhamento +, em tipos comuns de vigas Discussées adicionals sobre distribulcao de tensdes em uma viga retangular estreita Cisalhamento longitudinal em um elemento de viga de modo arbitrario ‘Tensées de cisalhamento em barras de paredes finas Deformacées plasticas Carregamento assimétrico em barras de paredes finas; centro de cisalhamento Rovisdo e resumo do Capitulo 6 ez TRANSFORMAGOES DE TENSAO E DEFORMAGAO 442 Introducao Transformacao do estado plano de tensao ‘Tensées principals e tensio de cisalhamento maxima Circulo de Mohr para o estado plano de tensao 266 270 270 280 290 296 305 318 328 331 342 352 363 374 392 394 396 397 400 408 410 a2 422 434 443. 445 aaa, 456 xv xvi “81 "32 “33 "34 ot a2 93 “94 95 “98 a7 98 Estado geral de tensao Aplicaco do circulo de Mohr na anilise tridimensional da tensao Critérios de escoamento para materiais dlicteis ‘em estado plano de tensao Critério de fratura para materiais frageis em estado plano de tenséo Tensées em vasos de pressao de paredes finas ‘Transformagao do estado plano de deformacao Circulo de Mohr para o estado plano de deformagao Analise tridimensional de deformagao Medidias de deformacao especifica e rosetas de deformagao Revisdo e resumo do Capitulo 7 8 TENSOES PRINCIPAIS SOB DETERMINADO CARREGAMENTO 515 Introdugaio Tensées principais em uma viga Projeto de elxos de transmissao Tens6es sob carregamentos combinados Revisdo e resumo do Capitulo 8 9 DEFLEXAO DE VIGAS 549 Introdugao Deformagao de uma viga sob carregamento transversal Equacao da linha eléstica Determinacao direta da linha elastica com base na forca distribuida Vigas estaticamente indeterminadas Utilizando fungées de singularidade para determinar a inclinagao e a deflexéo de uma viga Método da superposicao Aplicacao da superposicao para vigas estaticamente Indeterminadas Teoremas do momento de area Aplicago em vigas em balango e em vigas com carregamentos simétricos Diagramas ce momento fletor por partes Aplicacdo dos teoremas do momento de drea as vigas com carregamentos assimétricos Deflexéio maxima Aplicagao dos teoremas de momento de estaticamente indeterminadas Revisdo e resumo do Capitulo 9 em vigas ar 473 495 506 516 517 520 528 5a 550 552 553 558 560 569 578 580 589 591 593 614 10 COLUNAS 626 10.1 Introdugao. 10.2 Estabilidade de estruturas 10.3 Férmula de Euler para colunas biarticuladas 10.4 Extensao da formula de Euler para colunas com outras condicées de extremidade “10.5 Carregamento excéntrico e férmula da secante 10.6 Projeto de colunas submetidas a uma forca centrada 10.7 Projeto de colunas submetidas a uma forca excéntrica Revisdo e resumo do Capitulo 10 11 METODOS DE ENERGIA 689 11.1 Introdugéo 11.2 Energia de deformacao 11.3 Densidade de energia de deformacao 11.4 Energia de deformacao eléstica para tenses normals 11.5 Energia de deformacao eléstica para tensdes de cisalhamento 11.6 Energia de deformacao para um estado geral de tenséo 41.7 Carregamento por impacto 11.8 Projeto para carregamento por impacto 11.9 Trabalho e energia em razéo de uma tinica carga 11.10 Deformagao provocada por uma tinica carga pelo método do trabalho e da energia °11.11 Trabalho e energia devido a varias cargas “11.12 Teorema de Castigliano “11.13 Deflexées pelo teorema de Castigliano “1.14 Estruturas estaticamente indeterminadas Rovisio © resumo do Capitulo 11 APENDICES 755 A Momentos de dreas B Propriedades tipicas de materiais mais usados na engenharia © Propriediades de pertis de aco laminado D _Deflexdes e inclinacées de vigas crédito de totos Respostas aos problemas indice 627 628 630 634 645 656 672 682 690 690 692 694 697 700 13 15 16 na 729 731 732 736 746 756 766 768 774 775 7 789 xvi Lista de Simbolos Constante: distancia Forgas: reagoes Pontos Area Distancia: targura Constante; distineta; rao Ceniroide Constantes de integragio Coeficiente de estabilidade da cofuna Distancia; didmetro altura Ditimeto Distancia; excentricidade;ditatagie Médlo de elasticidade requencia; Funga0 Fowga CCoericiente de seguranga Médulo de rigidez; médulo de elasticidade transversal Alturas distancia orga Pontos Momentos de inércis Produtos de inéreia ‘Momento polar de inéreia Constante de mola flor de forma; médulo de compressibilidade volumétrica; constante K Coeficiente de concentrago de ensio; constante de mola de tored0 1 Comprimento; vio L-Comprimento; vio Comprimento efetivo mm Massa M_Conjugado, momento Momento fetor ‘Mp. Momento fctor, carga permanente (LRFD) ‘My Momento fletor, carga externa (LRFD) My Momento fletor, limite de carga (LRFD) 1 Nimerv; relagio de médulos de elasticidade: rego normal p Press PForga: carga concentrada Pj) Carga permanente (LRFD) Py, Carga externa (LRFD) Py Limite de carga (LREFD) Forgat de csalhamento por nidade de comprimento fluro de csahamento orca “Momento esttico Rio: aio de girags0 Forga: regio Rai; médulo de ruptura Consprimento Espessura;cstinein; desviotangencial Trgue ‘Temperatura Coordenadas rtangulares Densidade de enerpia de deforma Energia de deformacio; trabalho Velocidad Forgacoriante Volume: cisahamento argu: distin: orga por unidade de comprimento Peso; frga: carga: modulo de resisténcia A fexso Coordenadas retangulares; distin; dslocamentes, detest Coordensls do centre Mésalo de rsistncia&fexto Angulos CCoelicient de expansio térmica: coeticiene de infuene Deformagio deeisalhamento: peso espeetico Coeficiente de carga, carga permanente (LRED) CCoefcicote de carga, carga externa (LRFD) Deiormagio, deslocamento Deformagio espeitica normal Angulo: inctinagdo Cosscno diretor Coeficiente de Poisson Raio de eurvtura: distinc densidad ‘Tensio normal ‘Tensio de cisalhamenta Angulo; angule de toeio ou de voto: coefciente de resistencia Velocidade angular xix Introdug¢ao — O conceito de tens2 Este capitulo 6 dedicado ao estudo das tensdes que ocorrem em muitos dos elementos contides nesta escavadeira, ‘como, por exemplo, elementos de barra, eixos, parafusos e pinos. 22 Introdueio~0 concsito de tonsio 14. Introdugao © principal objetivo do estudo da mecanica dos materiais é proporcionar 40 futuro engenheito os meios para analisar e projetar virias maquinas e ¢s- truturas portadoras de carga. ‘Tanto @ andlise quanto © projeto de uma dada estrutura envolvem a de- terminagdo das tensdes e deformacdes. Este primeiro capitulo conceito de tens. A Segio 1.2 apresenta um rapido exame dos métodos basicos da estatica © sua aplicagdo na determinago das Forgas nos elementos conectados por pinos que formam uma estrutura simples. A Seco 1.3 apresentaré o conce to de fenso em um elemento estrutural e mostrar como essa tensio pode ser determinada a partir da forea nesse elemento. Apds uma breve discussaio da andlise ¢ projeto de engenharia (Se¢ao 1.4), voc’ estudaré sucessivamen- te as tensdes normais em uma barra sob carga axial (Segao 1.5), as tenses de cisalhamento originadas pela aplicagdo de forgas transversais equivalen- {ese opostas (Segio 1.6) e as rensdes de esmagamento criadas por parafusos © pinos em barras por eles conectadas (Secao 1.7). Esses varios conceitos serio aplicados na Seco 1.8 para a determinagfo das tenses nas bacras de ‘estrutura simples considerada anteriormente na Segao 1.2. A primeira parte do capitulo termina com uma descrigao do método que ‘voce deverd utilizar na solugaio de determinado problema (Segio 1.9) ¢ com ‘uma discuss da precisiio numérica apropriada aos célculos de engenharia (Sega 1.10) Na Socio 1.11, examinaremos novamente um elemento de barra sob carga axial, ser observado que as tenses em um plano oblique incluem as componen- te de fensies normal e de cisalhamento, a0 passo que na Segao 1.12 voc® notara ‘que silo necessirios seis componentes para deserever o estado de tenso em um ponto de um corpo, sob as condigies mais generalizadas de earga. inalmente, a Seeao 1.13 sera dedicada a determinaedo do limite de re- sisténcia de um material através de ensaios de corpos de prova e a selegao de coeficiente de seguranca aplicados ao céleulo da carga admissivel de um Componente estrutural feito com esse material, 1.2. Um breve exame dos métodos da estatica Nesta seco voeé examinari os métodos bisicos da estética enquanto de- termina as foreas nos elementos de uma estrutu Jimples. Considere a estrutura mostrada na Fig. 1-1, ptojetada para suportar uma carga de 30 kN. Ela consiste em uma barra 4B com uma seco transversal re- tangular de 30 X 50 mm ¢ uma barra BC com uma secao transversal circular ‘com diimetro de 20 mm, As duas barras esto conectadas por um pino em Be so suportadas por pinos ¢ suportes em A e C, respectivamente, Nosso primeiro passo sera desenhar um diagrama de corpo livre da estrutura, separando-a de seus suportes em Ae Ce mostrando as reagdes que esses suportes exercem na ‘estrutura (Fig. 1.2), Note que 0 croqui da estrutura foi simplificado omitindo-se todos 0s detalhes desnecessarios. Muitos de vooés devem ter reconhiecido neste ponto que AB e BC sio barras simples. Para aqueles que nao perceberam, va~ mos proceder & nossa anslise, ignorando esse fato e assumindo que as diregdes d= 20mm 600'mm Fig. das reagies em A e C sdio desconhecidas. Cada uma dessas reagdes, portanto, ‘sera representada por duas componentes: A,e A,,em 4,e Ce C,, em C. Bes de equilibrio a seguir: Escrovemos as trés equa +B Me = 0: A(0,6 m) ~ (30 NOS m) = 0 A, = +40 KN ap A+ C=0 =A, C= -40kN a2 +P ER = 0: Ay + G,-30kN =0 A, +.C,= +30 EN 3) Encontramos duas das quatro incégnitas, mas nflo podemos determinar as ‘outras duas a partir dessas equagdes e tampouco obter uma equaciio indepen- dente adicional a partir do diagrama de corpo livre da estrurura, Precisamos agora desmembrar a estrutura, Considerando o diagrama de corpo livre da barra AB (Fig. 1.3), temos a seguinte equaco de equilibrio: +E Mg = 0 A,(0,8 m) 0 aa) Substituindo A, de (1.4) em (1.3), obtemos C, = +30 kN. Expressando os resultados obtidos para as reagBes em A e C na forma vetorial, temos A=40KN> C= 40kN©,C, = 30 KNT Notamos que « reagio em A 6 dirigida ao longo do eixo da barra AB e provoca compressiio nessa barra. Observando que as componentes C,e C, da reago em C sdo, respectivamente, proporcionais is componentes horizontal ¢ vertical da distincia de B a C, concluimos que a reago em C6 igual a 50 KN dirigida ao longo do eixo da barra BC, provocando trago nessa barra. 1.2.Un breve ame dos mite de eatition Fig. 1.2 Fig. 1.9 30kN, 23 24. Intoducio~0 conesito cle tonsio Fp Fig. 14 ©) 3OkN a0kN Fro Esses resultados poderiam ter sido previstos reconhecendo que AB e BC so barras simples, ou seja, elementos submetidos apenas a forgas em dois pon- tos, sendo esses dois pontos A e B para a barra AB, Be C para a barra BC. Sem vida, para uma barra simples, as Hinhas de ago das resultantes das Foreas gindo em cada um dos dois pontos so iguais e opostas © passam através de rmbos 0s pontos, Utilizando essa propriedade, poderfamos ter obtido uma solu~ Ji mais simples considerando o diagrams de corpo livre do pino B. As foreas no pino B slo as foreas Fyy.e Kpeexercidas, respectivamente, pelas barras AB © BC e a carga de 30 kN (Fig. 14a). Podemos expressar que 0 pino B esti em eequilibrio © desenhar o triingulo de forcas correspondente (Fig. 14). Como a forga Fycesté dirigida a0 longo da barra BC, sua inctinagio é a mesma de BC, ou seja, 3/4. Entdo temos a proporcaio da qual obtemos. Fag =4OKN Fy = SOKN As forgas F’ ye F”ycexercidas pelo pino B, respectivamente, na barra AB € haste BC sio iguais e opostas a Fyy © Fyc (Fig. 1.5). Fig. 1.6 Conhecendo as forgas nas extremidades de cada um dos elementos, po- ‘demos agora determinar suas forgas internas. Cortando a barra BC em algum, ponto arbitrério D, obtemos duas partes BD © CD (Pig. 1.6), Para restaurar 0 equilibrio das partes BD e CD separadamente, quando ei B aplica-se uma car- gaextema de 30 kN, é necessério que na seco em D exista uma forga interna de 50 KN. Verificamos ainda, pelas diregbes das forgas Fyc © F"ge na Fig. 1.6. que a barra esti sob tracdo. Um procedimento similar nos permitiia determinar que a forga intema na barra AB é 40 kN € que a barra esté sob compressao. 1.3. Tensdes nos elementos de uma estrutura Embora os resultados obtides na seco anterior representem uma primeira ce necesséria otapa na anilise da estrutura apresentada, eles nfo nos dizem se aquela carga pode ser suportada com seguranga. Se a barra BC, por exemplo, ‘ai se quebrar ou no sob essa carga, depende ngio somente do valor encontra- do para a forea interna Fy, mas também da dren da segio transversal da barra do material do qual cla é feita. Sem diivida, a forca interna Fo realmente representa a resultante das forcas elementares distribusdas sobre toda a érea Ada socio transversal (Fig, 1.7), @ intensidade média dessas forgas distri buvdas ¢ igual a forea por unidade de firea, Fnc/A, na segfio. Se a barra vai ou nilo se quebrar sob 0 eteito dessa carga, depende da capacidade do material cm resistir a0 valor correspondente Fyc/A da intensidade das forgas internas, distribuidas. Tudo depende entao da forga Fyc, da drea A da segSo transversal € do materia da barra ‘A forca por unidade de area, ou intensidade das forgas distribuidas sobre ‘uma determinada seo, é chamada de fensdo naqucla segdo ¢ ¢ representada pela letra grega o (sigma). A tenstio na seco transversal de dea A de uma barra submetida a uma carga axial P (Fig. 1.8) € obtida dividindo-se o valor dda carga P pela érca A: as) bie Sera utilizado um sinal positivo para indicar uma tensdo de tragdo (bar- 1a tracionada) um sinal negativo para indicar tenso de compressao (barra ccomprimida), Como nessa discussio so utilizadas as unidades métricas do Sistema In- temacional (SI), com P express. em newtons (N) eA, em metros quadrados (m2), a tensio oF serd expressa em N/m?. Essa unidade € chamada de pascal (Pa). No entanto, considerando-se que © pascal é um valor extremamente pe- queno, na pritica, deverio ser utilizados miltiplos dessa unidade, ou seja, 0 quilopascal (kPa), 0 megapascal (MPa) e 0 gigapascal (GPa). Temos U kPa = 10°Pa = 10° Nim? I MPa = 10°Pa = 10° N/m? LGPa = 10?Pa = 10° Nim? Quando sto utilizadas as unidades inglesas, a forca P geralmente é ex- prossa em libras (Ib) ou quilolibras (kip) ¢ a drea da seco transversal A em polegadas quadradas (in’). A tensio of sera entio expressa em libras por pole~ ‘gada quadrada (psi) ou quilolibras por polegada quadrada (ksi). Fig. 1.7 1.8. Tenetos ne elementos de 26 Introdueio~0 concsito de tonsio 1.4. Analise e projeto Considerando novamente a estrutura da Fig. 1.1, vamos supor que a barra BC seja feita de ago com uma tensio maxima admissivel o,g., = 165 MPa. A barra BC pode suportar com seguranga a carga & qual ela esti submetida O valor da forga Fy na barra jf foi caleulada como $0 kN. Lembrando que © difmetro da haste é 20 mm, utilizamos a Equagao (1.5) para determinar a tonsfio criada na haste pela carga. Temos, P = Fy = +50 KN = +50 X 10°N 20mm? os 6m? (OE) = 9(10 x 10m)? = 314 x 10-%m? +50 10°N AUN = +159 % 10° Pa +159 MPa ‘Como o valor obtido para o € menor que o valor da tensdo admissivel do ago utilizado 0 3,, Concluimos que a barra BC pode suportar com seguranga a car- {ga A qual ela esta submetida, Para completar, nossa andlise daquela estrutura também deverd incluir a determinagao da tensio de compresso na barra AB, ‘bem como uma investigagio das tensdes produzidas nos pinos e seus mancais. Isso seta discutido mais adiante neste capitulo, Deveremos determinar tam- bem se as deformagdes produzidas pela carga sao aceitaveis. O estudo das de- formagies sob cargas axiais sera discutido no Capitulo 2, Uma consideragio adicional necessiria para elementos comprimidos envolve sua estubilidade, ou seja, sua capacidade para suportar uma dada carga sem apresentar mudat a brusca de configuracao. Isso sera discutido no Capitulo 10, O papel do engenheiro nfo se limita @ analise das estruturas e das maqui- nas existentes sujeitas a uma determinada condigdo de carga. Mais importante ainda para 0 engenheiro & 0 projeto de novas estruturas © méquinas, © que implica a selego dos componentes aptos a executar cada Fungo especitica. Como exemplo de projeto, vamos voltar a estrutura da Fig. 1-1 ¢ supor que sera utilizado © aluminio, que tem uma tensto admissivel go, = 100 MPa, ‘Como a forga na barra BC ainda sera P = Fac = 50 KN sob a carga dada, devemos ter entio, da Equagao (1.5), w=? P _ 50x 10°N a A Fin 100 108 Pa 500% 10m’ e,como A = 7 [500 x 10-® m 12,62 x 10 m = 12,62 mm d= 2r= 252mm Coneluimos que uma barra de aluminio com 26 mm ou mais de di sera adequada. metro 1.5, Carga axial e tense normal Conforme indicamos, a barra BC do exemplo considerado na seco ante- ror é uma barra simples e, portanto, as forcas Fye-e Py que atuam em suas extremidades B eC (Fig. 1.5) estio ditigidas ao longo do eixo da barra BC. Dizemos que a barra esté sob carga avial. Um exemplo real de estrutura for- ‘mada por barras sob carga axial 6 a ponte em trelica mostrada na Fig. 1.9. Fig. 1.9 sea ponte om teliga consite em barras eimplee que podem eelar gob trago ‘1 compressa Retornando a barra BC da Fig. 1.5, lembramos que 0 corte que tragamos através da seco D da barra para determinar sua forga interna ¢ a tensio cor- respondente era perpendicular ao eixo da barra; a forga interna era, portanto, normal ao plano da segao (Fig. 1.7) ¢ a tensdo correspondente descrita como ‘Grmula (1.5) nos dé a tensdo normal em um elemento tensdo normal. Assim, a sob carga axial Pp zi as) Devemos notar também que, na Formula (1.5), 6 € obtido dividindo-se 4 intensidade P da resultante das foreas internas distribuidas sobre a socio transversal pela rea A da seeao transversal; ela (a tensio «7 representa, por- tanto, 0 valor médio da tensSo sobre a seco transversal e ndo atensdo em um ponto especifico da sego transversal, Para definirmos a tensdo em um determinado ponto Q da se¢do transver- sal, devemos considerar uma pequena area AA (Fig. 10). Dividindo a inte sidade de AF por AA, obtemos 0 valor médio da tensio sobre AA. Fazenda AA aproximar-se de zero, obtemos a tens no ponto Q: ar o= tm 1.6) Fig. 1.10 15. Carga ail «tensa normal 27 28 noducio-0 conceited tonsio Pp re e e e &) 0) oy @ Fig. ttt Wy Fig. 1.12 Em geral, o valor obtido para a tenstio ¢ em um determinado ponto Q da ‘co é diferente do valor da tensdio média determinada pela Férmula (1.5) e encontra-se que varia através da seco. Em uma barra esbelta submetida a cargas concentradas P e P’ iguais ¢ de sentidos opostos (Fig. 1-114), essa vvariagfio é pequena em uma segiio distante dos pontos de aplicacio das car- gas concentradas (Fig. 1.1 1¢), mas é bastante significativa nas vizinhancas desses pontos (Fig. 1-116 ed). Pela Equacio (1.6), vé-se que a intensidade da resultante das forgas inter- far fa Mas as condigdes de equilibrio de cada uma das partes da barra mostrada Fig. 1-11 exigem que essa intensidade seja igual a intensidade P das cargas ‘concentradas. Temos, portanto, b= fur ous an ‘0 que significa que a resultante sob cada uma das superticies de tensdio na Fig. LLI1 deve ser igual & intensidade P das cargas. Essa, no entanto, é a dnica in- formacio que a estitica nos fornece, relativamente & distribuictio das tenses normais nas varias secbes da barra. A distribuigdo real das tensdes em uma determinada segio é estaticamente indeterminada, Para saber mais sobre essa istribuicdo, é necessério considerar as deformagdes resultantes do modo par- ticular de aplicagio das cargas nas extremidades da barra. Isso serd discutido 10 Capitulo 2, Na pratica, consideraremos que a distribuigao das tensdes normais em uma barra sob carga axial é uniforme, exceto nas vizinhangas imediatas dos pontos de aplicacao das cargas. O valor o da tensio € enl@o igual a Og fe pode ser obtido pela Formula (1.5). No entanto, devemos perceber que, ‘quando assumimos uma distribuigao uniforme das tenses na seeao, ou se), ‘quando assumimos que as forgas intemas estio distribuidas uniformemente através da seeao, segue-se da estitica elementar} que a resultante P das forgas intemas deve ser aplicada no centroide C da seeao (Fig. 1.12). Isso significa ‘que una distribuigao uniforme da tensdo € possivel somente se a linha de ‘acdo das cargas concentradas P e P’ passar através do centroide da segiio considerada (Fig. 1.13). Esse tipo de cartegamento é chamado de carga cen- Jrada © consideraremos que ele ocorre em (od0s os elementos de batra ret0s, ‘encontrados em treligas e estruturas, conectados por pinos, como aquela da Fig. 1.1. No entanto, se um elemento de barra estiver carregado axialmente por uma carga excéntrica como mostra a Fig. 1.14a, percebemos, pelas con- digdes de equilibrio da parte da barra mostiada na Fig. 1.14b, que as foreas intemas em uma determinada segao devem ser equivalentes & uma forea P Ferdinand P; JOHNSTON IR., E. Rassll, Resistencia dos Matriats. 4. Nova York, 1987, ou, também dos mesmos autores, Mecdnica Veoriat para Engenhinas 60d. MeGraw-Hil: So Paul, 2006, Fig. 1.13 aplicada no centroide da seco € um conjugado M, cuja intensidade & dada pelo momento M = Pd. A distribuigio das Forgas, bem como a distribuigio correspondente das tensies, ndo pode ser uniforme. Assim como a distribui- ‘elo de tenses ndo pode ser simétrica como mostra a Fig. 1-11. Esse easo sera discutido detalhadamente no Capitulo 4. 1.8. Tensao de cisalhamento [As forgas intemas ¢ as tens6es correspondentes discutidas nas SecBes 1.2 € 1.3 cram normais d segdo considerada, Um tipo muito diferente de tensfo & obtido quando forcas transversais P e P’ so aplicadas i barra AB (Fig. 1-15) ‘Ao passar um corte na seco transversal C entre 0s pontos de aplicacao das dduas forcas (Fig. 1-164), obtemos o diagrama da parte AC mostrada na Fig, 1,166. Concluimos que devem existir Forgas internas no plano da sego e que a resultante dessas forgas ¢ igual a P. Essas foreas intemnas elementares si0 chamadas de forcas de cisalhamento e a intensidade P de sua resultante & 9 Fig. 1.15 1.8.Tensiode ciashamento 29) Wa o Fig. 1.14 i? ©) A il" 0) Fig. 30 _Intoducio-0 concsito cle tonsio Fig 1.18 {forca cortante na socio. Ao dividir a forga cortante P pela frea A da socio transversal, obtemos a tensdio média de cisalhamento na sego. Indicando a tensdio de cisalhamento pela letra grega 7 (tau), temos P Ta as) Deve-se enfatizar que 0 valor obtido € um valor médio da tensdo de ci- salhamento sobre a se¢ao toda, Ao contririo do que dissemos antes para as tenses normais, a distribuicdo da tensio de cisalhamento por meio da sego 1do pode set considerada uniforme, Conforme veremos no Capitulo 6, 0 valor real 7 da tensdo de cisalhamento varia de zero na superficie da barra até um, valor maximo nue. Que pode ser muito maior que o Valor MEdiO Ths Fig. 1.17 Vista om corte de uma conexdo com um parafuso em eisalhamento. As tenses de cisalhamento so encontradas comumente em parafusos, Pinos e rebites utilizados para conectar varios elementos estruturais e ele ‘mentos de méquinas (Fig. 1.17). Considere as duas placas A e B, conectadas por um parafuso CD (Rig. 1.18). Se as placas estiverem submetidas a forcas de tragio de intensidade F, serio desenvolvidas tenses na segiio EE" do pa- rafuso. Desenhando os diagramas do parafuso e da parte localizada acima do plano EE" (Fig. 1.19), concluimos que a forga cortante P na seco ¢ igual a F. ‘A tensiio de cisalhamento média na seeio € obtida de acordo com a Formula (.8), dividindo-se a forga cortante P = F pela drea A da seco transversal: P mEpAy a9) eo © FE E Ff E —r ¥ D «a w Fig. 1.19 17. Tendo de exmagamento em conexses 3 a o Fig. 1.20 Fig. 1.21 Podemos dizer que © parafuso que acabamos de considerar encontra-se em cisalhamento simples. No entanto, podem ocorrer diferentes situacdes de carga. Por exemplo, se forem utilizadas chapas de ligaeao Ce D para conectar as placas Ae B (Fig. 1.20), 0 cisalhamento ocorrerd no parafuso ‘HJem cada um dos dois planos KK” ¢ LL’ (e similarmente no parafuso EG). Dizemos que os parafusos esto na condiedo de cisathamento duplo, Para determinar a tensto de cisalhamento média em cada plano, desenhamos (8 diagramas de corpo livre do parafuso HJ e da parte do parafuso loca- lizada entre os dois planos (Fig. 1.21). Observando que a forca eortante P em cada uma das secdes € P = F/2, concluimos que a tensio média de cisathamento & P_ED_F fa Sy 4.10) 1.7. Tenso de esmagamento em conexées Parafusos, pinos ¢ rebites criam tensdes ao longo da superficie de esma- _gamento, ou de contato, nos elementos que eles conectam, Por exemplo, con- sidere novamente as duas placas A e B conectadas por um parafuso CD que discutimos na seedo anterior (Fig. 1.18). © parafuso exerce na placa A uma {forga P igual ¢ oposta a forga F exereida pela placa no parafuso (Fig. 1,22). A forga P representa a resultante das forgas elementares distribuidas na super- ficie interna de um meio-cilindro de diametro d e de comprimento t igual & cespessura da placa. Como a distribuigao dessas foreas e as tensdes correspon- dentes so muito complicadas, utiliza-se na pritica um valor nominal médio or- para a tensdo, chamado de fensdo de esmagamento, obtido dividindo-se a carga P pela drea do retangulo que representa a projecao do parafuso sobre a seco da placa (Fig, 1.23). Como essa drea ¢ igual a fd, onde ré a espessura da placa e do didmetro do parafuso, temos ay Fig. 1.23 32 Introdugio 0 conesito de tonsio 1.8. Aplicagao a andlise e projeto de estruturas simples Estamos agora em condigdes de determinar as tenses nos elementos € conexies de varias estruturas simples bidimensionais e, portanto, em condi- ‘des de projetar essas estruturas. Como exemplo, vamos voltar a estrutura da Fig. 1.1 que consideramos 1na Seco 1.2 e vamos especificar os suportes e conexdes em A, Be C. Como mostta a Fig, 1.24, a barra BC com didmetro de 20 mm tem extremidades achatadas com sec2o transversal retangular de 20 x 40 mm, ao passo que a barra AB tem uma segto transversal retangular de 30 x 50 mm e estd presa ‘com uma articulagao na extremidade B, Ambos os elementos so conectados, ‘em B por um pino a partir do qual é suspensa a carga de 30 kN, por meio ‘de um suporte em forma de U, A barra AB é suportada em A por um pino preso em um suporte duplo, enquanto a barra BC esté conectada em C aum suporte simples. Todos os pinos tém 25 mm de didmetro. eee 211mm Se Extemidide cyt VISTA SUPERIOR DA BARKA BC 40 mm, Anita Be d= 20 0m mmm sagta RRONTAL > G ¢ reid ‘sha | ee : i = aie = ane VISTA DA EXTREMIDADE 125mm Ea let + a [| SSTASUPERIOR De wanna af a 25min Fig. 1.24 a. Determinacdo da tensao normal nas barras AB e BC. Conforme determinamos nas Segdes 1.2 e 14, a forga na barra BC € Fyc = 50 KN (tragio) € a dea de sua segaio transversal circular é A = 314 < 10-° ms a ten- 20 normal média correspondente é oj = +159 MPa. No entanto, as partes achatadas da barra também esto Sob tragfio, e na seco mais estreita, na qual cestd localizado um furo, temos (20 mm)(40 mm — 25 mm) = 300 x 10-® m? valor médio correspondente da tensdo é, portanto, " : = SOXION sey yarn A 300 X 10° m? (clone = Note que esse & um valor médio: proximo ao furo, a tensio realmente terd um valor muito maior, como yeremos na Se¢io 2.18, Estd claro que, sob uma carga crescente, a barra falhard préximo de um dos furos © ndo na sua parte cilindrica; seu projeto, portanto, poderia ser methorado aumentando-se a lar- ‘gura ou a espessura das extremidades achatadas da barra, ‘Voltando nossa atenedio agora para a barra AB, recordaremos da Se¢ao 1.2 que a forga na barra é Fy = 40 kN (compressio). Como a érea da sega trans- versal retangular da barra é A = 30 mm x $0 mm = 1,5 x 10-'m*,0 valor ‘médio da tensdo normal na parte principal da barra entre os pinos A ¢ Bé 40 10°N 15% 107 n On -267 * 10°Pa = =26,7 MPa Observe que as segdes de drea minima em A e B ndo estdo sob tenso, pois a barra estd em compressiio e, portanto, empurra os pinos (em vez de puxd-los como faz a barra BC) b. Determinacao da tensdo de cisalhamento em varias conexSes. ara determinarmos a tensio de cisalhamento em uma conexio, por exomplo um parafuso, pino ou rebite, primeiro mostramos elaramente as forgas aplica- das pelas vérias barras que ela conecta. Assim, no caso do pino C em nosso exemplo (Fig. 1.25a), desenhamos a Fig. 1.256, mostrando a forea de 50 kN, aplicada pela barra BC sobre o pino, ¢ a forga igual e oposta aplicada pelo suporte. Desenhando agora o diagrama da parte do pino localizada abaixo do plano DD’ em que ocorrem as tenses de cisalhamento (Fig. 1.25e), concluf- mos que a forea cortante naquele plano & P = 50 KN. Como a dea da seco transversal do pino é er) conelufmos que o valor médio da tenstio de ci A (12,5 X 10°? m)? = 491 x 10m? hamento no pino C6 _P_ 50x 10°N Few 4 401 x 10 me = 102 MPa Considerando agora o pino em A (Fig. 1.26), notamos que ele esta na condigdo de cisalhamento duplo, Desenhando os diagramas de corpo livre do pino e da parte do pino localizada entre 0s planos DD’ ¢ EE" em que ocorrem as tensdes de cisalhamento, coneluimos que P = 20 kN e que _P 20 kN Fmt 4 491 x 10 40,7 MPa. 1.8. Aplleagse ance « projet do ‘etntuas ope 33 0 kN ® s0kN 0 a Fig. 1.25 w @ Fig. 1.28 34 ntrodugo~0 conceited toro Considerando © pino em B (Fig. 1.27), verificamos que ele pode ser dividido em cinco partes que esti sob a ago de Forgas aplicadas pelas Darras e suporte. Considerando sucessivamente as partes DE (Fig. 1.276) & DG (Fig. 1.27c), conclufmos que a forga cortante na seco E & Pe = 15 KN, enquanto a forea cortante na seco G é Pe = 25 kN. Como a carga do pin € siméiriea, conclufmos que o valor méximo da forga cortante no pino B 6 Pe, = 25 KN c que a maior tensdo de cisalhamento ocorre nas segbes Ge Hem que Leg = 20KN Hieye= 201 Pin JQ 15 Po 25kN @) Fou 4 = gn x woe? MP . Determinagao das tensées de esmagamento. Para determinarmos e a tensio de esmagamento nominal em A na barra AB, utilizamos a Formula D (1.11) da Segio 1.7. Da Fig. 1.24, temos = 30 mm ed = 25 mm, Lembrando que P = Fi = 40 KN, temos ie o E 40kN o, =F = SN ____ 53.3 ipa <~ d~ Gomm25mm) °° MP Para obtermos a tensio de esmagamento no suporte em A, utilizamos C 25 mm) 5 mm D $Q-I5kN a? 40kN : oo = td ~ (50; min)(25 mm) ~ 2° MP Fig. 1.27 As tensdes de esmagamento em B na barra AB, em B e Cna barra BC e no suporte em C so encontradas de forma semelhante. 1.9, Método de solucao do problema Vocé deve abordar um problema em resisténcia dos materiais da mes- ‘ma maneira como abordaria uma situagao real de engenharia. Utiizando sua experigncia ¢ intuigdo, voc tera mais facilidade para entender e formular © problema. No entanto, uma ver definido claramente © problema, no ha lugar em sua solugao para divagagies. A solugdo deverd ser com base nos principio fundamentais da estitica e nos prinefpios que voce aprendera neste curso. Cada passo a executar deveri ser justilicado com base no que acabamos de dizer, nao restando lugar para “intuigao”. Depois de obtida a resposta, cla devera ser verificada. Aqui novamente, voc pode utilizar 0 seu bom senso e a experiéncia pessoal. Se no estiver completamente satisfeito com o resultado obtido, verifique culdadosamente a formulagao do problema, a validade dos :métodos utilizados em sua solugdo ¢ a preciso dos seus cilculos. 0 emunciado do problema devers ser claro e preciso. Dever’ conter os da- necesséirias. Deve-se incluir tam dos forneeidos ¢ indicar as informag’ m um desenho simplificado que mosire todas as grandezas essenciais envolvi- da maioria dos problemas que voc encontrard, necessitard que primeiro sejam doterminadas as reacdes nas apoios e as forcas e conjugados internos. Isso vai requerer 0 desenho de um ou virios diagramas de corpo livre, como fizemos na Seg 1.2, a partir dos quais vocé escreverit as equa- (es de equilibrio. Bssas equagbes podem ser resolvidas em Fungo das Forgas desconhecidas, a partir das quais serio calculadas as tens@es e deformagdes correspondentes. Apés obter a resposta, ela deverd ser culdadosamente verificada, Exros de raciocinio frequentemente podem ser detectados a0 rastrear as unidades envolvidas nos caleulos feitos ¢ verificando se as unidades obtidas para a res- posta so compativeis. Por exemplo, no projeto da barra discutida na Seco 1.4, encontramos, apés especificar as unidades nos nossos céleulos, que © didmetro nevessério para a barra estava expresso em milimetros, que & a uni« dade correta para uma medida de comprimento; se tivéssemos encontrado ‘uma outra unidade, saberfamos que algum engano foi cometido. Erros de cdlculo geralmente podem ser detectados substituindo-se nas {equagdes os valores numéricos obtidos que ainda nio foram utilizados, veri ficando se a equacao € satisfatoria, Nunca € demiais destacar a importancia do cleulo correto na engenharia, 1.10, Precisao numérica {A precisio da solugto de um problema depende de dois itens: (1) a preci: Ho dos dados fornecidos e (2) a precisio dos eéleutos executados. {A solugio nfo pode ser mais precisa do que © menos preciso desses dois itens, Por exemplo, se a carga de uma viga for 75000 N com um possive! crro de 100 N para mais ou para menos, o ctro relative que mede 0 grau de procistio dos dados ¢ 100 Feo = 0.001 0.13% Ao caleular a reagio em um dos apoios da viga, nfo teria significado expres sé-la como 14322 N. A preciso da solugdio nao pode ser maior do que 0.13% fio importa quanto precisos sejam os céleulos, e 0 etro possivel na resposta pode serde até (0,13/100)(14322 N) ~ 20N. A resposta adequada devers ser dada como 14320 + 20 N ‘Em problemas de engenharia, raramente 0s dados sfio conhecidos com uma preciso maior do que 0.2%. Portanto, nfo se justfica dar as respostas desses problemas com uma precisio maior que 0.2%, Uma regra pritica € utilizilar quatro algarismos para representar mimeros comecados com um “I” e trés al- ‘garismos em todos os outros casos. A menos que Seja indicado 0 contririo, 0S dados fomecidos em um problema deverio ser considetados conhecidos com ‘um grau comparivel de preciso, Por exemplo, uma forca de 40 N deverd ser Hida como 40,0 N ¢ uma forca de 15 N deverd ser lida como 15,00 N. As caleuladoras de bolso © 0s computadores sao amplamente utiliz ddos pelos engenheiros ¢ estudantes de engenharia, A velocidade © precisio desses dispositivos facilitam 0s cdlculos numéricos nas solugdes de muitos problemas. No entanto, os estudantes no devem utilizar mais algarismos sig- nifieativos do que 0s necessarios meramente porque SA0 facilmente obtidos, Conforme mencionamos, uma preciso maior que 02% raramente € necessé- ou significativa na solugao pratica dos problemas de engenharia. 1.10. Precio més 35 160 mn sau yy ye = 3344 N y= N PF = 1672 95 uum deditmeto 6A mmdeditwerro 4 Pac 1672 N santa lll, > Me, eran Lr Af nmdeatinee 64 nu de dinetro PROBLEMA RESOLVIDO 1.1 No suporte mostrado na figura, a parte superior do elemento ABC tem 9,5 mam de ‘espessura o as partes inferiores t8m 6,4 mm de espessura cada uma, E utilizada re- sina epSxi para unir as partes superior e inferior em B. O pine em A tem 9,5 mm de ‘didmetro € o pino usado em C tem 64 mm de diametro. Determine (a) a tensio de cisalhamento no pino A, (b) a tensdo de cisalhamento no pino C, (c) a maior tenso ‘normal no elemento ABC, (d) a tensio de cisalhamento média nas superficies coladas ‘em B e (e) atensio de esmagamento no elemento em C. soLugAo Corpo tive: todo © suporte. Como o elemento ABC € wma barra simples, a reagdo em A€ vertical a reagao enn D & epresentada por suas componentes D,© D, Asim, temos +EMy (2200 N)(380 mm) ~ Fae(250 mm) = D Fea t3MEN Fy =3344N tate 44 Tensio de cisathamento no pino A. Como este pino tem 9.5rum de diimetro ‘ees sob cisalhartenta simples, ternos Fac 3348 ye ee 7 = 872 MPa A ~ {50,5 mm b. Tensio de cisalhamento no pino C. Como este € um pino de 6,4 mm de ‘didmetroe esta sob cisalhamento duplo, temos Frc 16T2N tom Hae = te = 52,0 MPa om a” ean rc OMPa € € Maior tensdo normal no membro ABC. A maior tensio € encontrada onde ‘area € menor; isso ocorre ma seedo transversal A em que est localizado o furo de 9,5 mm. Temos, Fae 3M4N 3A a (9.5 mm)(30 mm — 9.5mm) ~ 194,75 mm = 112 MPa 4. “Tensio de efsathamento méadta em B. Notamos que existe ligagso em ambos ‘5 lados da parte superior do membro ABC c que a forea de cisalhamento em cada lado € F, = (3344 N)/2 = 1672 N. A tensao de cisalhamento média em cada super- ficie & entio A 1672N 74 ~ Gormm)(45 mm) te= 124MPa 4 ¢. Tensio de esmagamento no membro ABC em C. Para cada parte do vineu- lo, F, = 1672 Ne adrea de contato nominal é (64 mm) (6,4 mm) = 40,96 mun’, or, = 40,8MPa 4 r P= 120k id x ye . t= 200m P= 10s PROBLEMA RESOLVIDO 1.2 ‘A barra de ligagio de ago mostrada na figura deve suportar uma forga de tragio de in- tensidade P= 120 kN quando ¢ rebitada entre suportes duplos em A e B. A bara seré {eta a partir de uma chupa de 20mm de espessura. Para. classe do agoa serutilizado, as fensbes mximias admissiveis slo: o = 175 MPa, r = 100 MPa, #, = 350 MPa. Projete a barra determinando os valores necesssrios de (a) o didmetro d do parafuso, (bya dimensio b om cada extromidade da barra e (c) a dimensio h da barra SOLUGAO 4, Dimetro do parafuso. Como © parafuso esti sob cisalhamento duplo, Fy= [P= Ok, 27,6mm Utilizaremos. d= 28mm Neste ponto verificamos a tens de esmagamento entre a chapa de 20 mm de eespessura e 6 parafuso com 28 mm de difmetro. P 120 kN =P = KN ng apa < 350 MPa td (@p20m)0028m) — °'* MPA S HOMPR OK +b, Dimensio b em cada extremidade da barra. Vamos considerar uma das partes extremas da barra, Lembrando que a espessura da chapa de ago ¢1 = 20 mm e {gue a tens de tragio media nao deve exceder 175 MPa, temos 175 MPa = -SOEN ve oa (0.02 ma cml tom b=d+2a=28mm+2174mm) b= 623mm ‘e. Dimensio ft da barra, Lembrando que @ espessura da chapa de ago & 20 mm, temos 120 kN TISMPa = (9 520 m)k = 343 mm 3 " I Utilizaremos. = 35mm € £30 mn Fig. P13 e Pt PROBLEMAS 4.4 Duas barras eilfndricas de seg teansversal cheia AB e BC sio soldadas ‘uma & outra em B ¢ submetidas a um cartegamento conforme mostra a figura, Deter- ‘mine a intensidade da forga P para a qual a tensio normal de tragao na barra AB é duas veres.a iniensidade da tensio de compressdo da barra BC. 50 mm LON THORN 1.0 si Fig, Pit 1.2 No Problema 1.1, subendo que P = 177.9 KN, determine a tensdo normal ‘média no ponto médio da (a) barra AB € (b) barra BC. 4.3 Duas barras cilindricas de sogio transversal cheia AB e BC sto soldadas uma A outra em Be submetidas a um carregamento conforme mostra a figura, Sabendo ‘que a tense normal média nio pode exceder 175 MPa na barra AB e 130 MPa na barra BC, determine os menores valores admissfvvis de de 1.4 Doas barras cilindricas de segao transversal cheia AB e BC sio soldadas ‘uma 3 outra em B e submetidas « um carregamento conforme mostra a figura, Sabendo ‘que d, = 50mm e ds = 30 mm, calcule a tensio normal média no ponto médio da (2) barra AB e(b) barra BC. 1.5 Um medidor de deformagio localizado em C na superficie do osso AB in- ica que a tensio normal média no asso é 3,80 MPa, quando o osso est4 submetido a ‘das forgas de 1200 N como mostra a figura, Supondo que a sego transversal do 0ss0 ‘em Cseja anular e sabendo que seu didmetro extemo é 25 mm, determine o didmetro Intemno da seglo transversal do osso em C. 1.6 Duas chapas de ago precisam ser unidas por meio de parafusos de ago de alta resistencia de 16 mm de didmetro que se encaixam dentto de espacadores cili Lricos de lato, Sabendo que a tensdo normal média ndo deve exceder 200 MPa nos: ‘parafusos ¢ 130 MPa nos espagadores, determine o diimetro exten dos espagadores ‘que resulte no projeto mais econémico e seguro. Fig. P16 4.7 Cada uma das quatro barras verticals em uma seeo transversal retangu- Problemas 39) Jar uniforme de 8 X 36 mm e cada um dos quatro pinos tem um diimetro de 16 mm. Determine o valor maximo da tensdo normal média nos vinculos que conectam (a) 0s pontos Be D e(b)os pontos Ce £. 5am Fig. PLT ial 1.8 Sabendo que a porgo central da barra BD tem uma area de se¢to trans- versal uniforme de 800 mm?, determine a intensidade da carga P para a qual a tensio normal nayuela parte de BD & 50 MPa 1.9 Sabendo que o elemento DE tem 25,4 mm de largura € 3,2 mm de espes- sura, determine a tens2o normal na parte central daquele vineulo quando (a) 0 (by 0 = 90", 41.10 A barra AC tem seeto transversal retangular uniforme com 1,6 mm de espessura e 6,4 mm de largura. Determine a tensio normal na parte central da barra AC. 1524 mum, Fig. P19 Ton Fig. P1.10 111A barra rigida EPG € suportada pelo sistema de treliga mostrado na figu- ra, Sabendo que a componente CG 6 uma haste circular sslida de 19,0 mm de diime- tro, determine a tensio normal em CG. 1.12 A barra rigida EFG € suportada pelo sistema de teliga mostrado na fi- ssesl< age le ata ‘gura, Determine a érea da segio transversal do componente AE para a qual a tensio normal na componente € 103 MPa. Fig. Pr.tte P12 40 Introdueio~0 concsito de tonsio i Mo Fig. P16 60 mm Fig. P1.13, jugado M de intensidade 1 500 N + m uplieado a manivela de um ‘motor, Para a posigio mastrada, determine (a) forga P necessiria para manter 0 sis- tema do motor em equilibrio ¢ (b) a tensao normal média na biela BC, que tem uma segdo transversal uniforme de 450 mm*. 1.14 A barra do um rohoque aerondutico esté posietonada por um tnivo cilin- ‘dro hidrdulico conectado a um pino de ago de 25 mm de diémetro a duas euias para irego DEF. A massa de todo 0 conjunto é de 200 kg e seu centro de gravidade est Jocalizado no ponto G. Para a posigéo mostrada, determine a tensio normal na barra Fig. Pits 4.15 As componentes de madeiea A e B devem ser unidas por cobrejunias de ‘madeira compensada que serio totalmente coladas as superficies em contato. Como parte do projeto da jungio, e sabendo que a folga entre as extremidades das com- pponentes dove ser 6'mm, determine o comprimento L-minimo permitide para que a {ensio de cisalhamento média na cola no exceda 700 kPa, Fig. Pits 1.16 Quando a forga P aleangou 8 KN, o corpo de prova de madeira mostrado 1a figura falheu sob cisalhamento ao longo da superficie indicada pela linha tracejada. Determine a tensio de cisalhamento média ao longo daquela superficie no instante da falha. 1.47 Duas pranchas de madeira, eada uma com 12 mm de espessura e 225 mm Problema 44 de largura, so unidas pela junta de encaixe mostrada na figura, Subendo que a ‘madcira utilizada rompe por cisalhamento ao longo das fibras quando a tensio de cisalhamento média aleanca 8 MPa, determine a intensidade P da carga axial que romperd.a junta, +) [16 mm A LL —a6 mm . Fs man um] Fig. P1.17 Fig. Pt.t8 1.18 Uma carga P é aplicada a uma basra de ago suportada por uma chapa de lumina na qual foi feito um furo de 12: mm conforme mostra figura, Sabendo que a tensa de cisalhamento nto deve exceder 180 MPa na barra de ago e 70 MPa-na chapa de aluminio, determine a maxima carga P que pode ser aplicada 2 barra. 1.49 A Torga axial na columa que suporta a viga de madeira mostrada na figura P= 7SEN. Determine 0 menor comprimento L admissivel para a chapa de contato para que a tensio de contato na madeira nao exceda 3,0 MPa. 1.20. Acarga Papticada ao pino de go é distibusda para o suporte de madeira poruma arrucla anelar. O didmetro do pino éde 22 mm eo didmetro intemo da arrvela pig. py.19 Ede 25 mm, sendo este ligeiramente maior que 0 didmeto do orificio. Determine © ‘menor didmetro extemo d admiss(vel da arruela, sabendo que a fenso normal axial no pino de ago 6 de 35 MPa e a tensio média de contato entre a arruela © a madeira ido pode exceder 5 MPa, P= 10KN 120 mm: 100 1m Set cota ee ae to média no solo seja de 145 KPa Fig. P1.21 Xm Fig, P1.23 © P1.24 254mm Fig. P1.28 1.22 Uma carga axial P 6 suportada por uma coluna eurta W200 X 59 com sogdo transversal de ‘rea A ~ 7680 mm?e distribuda a uma fundagio de coneroio ppor tma place quadrada como mostra a figura, Sabendo que a tensao normal média 1a coluna ndo pode exceder 200 MPa e que a tensdo de esmagamento na fundagio de ‘concreto nip deve exceder 20 MPa, determine a dimensdo a da chapa que proporeio- ‘arg o projeto mais econdmico e seguro, 1.23. Um pino com didmetro de 6 mm € utilizada na conexio C do pedal ‘mosttado na figura, Sabendo que P = 500 N, determine (a) a tensdo de cisalhamento ‘média no pina, (b) a tensio de esmagamento nominal no pedal em C e (e) a tensio de ‘esmagamento nominal em eada lado do suporte em C. 1.24 Sabendo que uma forga P de intensidade 750 N € aplicada ao pedal mos- trado na figura, determine (a) 0 didmetro do pino C para o qual a tensio de cisatha- ‘mento média no pino ¢ 40 MPa, (b) a tensio de esmagamento correspondente no pedal ‘em Ce (c) & tensio de esinagamento corespondente em ead lado do suporte em C. 4.25 Uma barra de aco AB de 15,88 mm de difimetro esté eneaixada em um furo redondo préximo a extremidade C de uma vigota de madeira CD. Para o carre- gamento mostrado, detetmine (a) a tensio normal média méxima na madeira, (b) a “istlncia b para a qual a tenso de eisalhamento média & 690 kPa nas superficies indi- ‘eadas pelas linhas pontilhadas ¢ (c) a tensiio de esmagamento média na madeirs 1.28 Um sistema constituldo de barras e cilindto hidréulico controla a po- sigdo dos garfos de uma empithadeira. A carga suportada pelo sistema mostrado na figura 5670 N. Sabendo que aespessura do elemento RD é 15,88 mm, determine (a) a tensdo de cisalhamento média no pino de 12,5 mm de diametro em B e (b) a tensio de esmagamento em B no elemento BD. F 05 a 20500 sony f 31 a msm | si Fig. P1.26 1.27 Pari a montagem e earregamento do Problema 1.7, determine (a) a tensio de cisalhamento média no pino B, (b) a tensio média de contato em B sobre ‘elemento BD ¢ (c) a tense de contato média em B sobre o elemento ABC, sabendo ‘que esse membro tem 10 X 50 mm ¢ segao retangular unitorme, 1.28 0 vinculo AB, com largura b = S0:mm c espessuraz = 6mm, éutilizado para suportar a extremidade de uma viga horizontal. Sabendo que a tensio normal ‘média no vinculo é ~ 140 MPa e que a tensio de cisalhamiento média em cada umn dos dois pinos é 80 MPa, determine (a) 0 ditmetro d dos pinos e (b) a tensio de esmaza- ‘mento média no vineulo. 1.11, Tensao em um plano obliquo sob carregamento axial Nas seebes anteriores, vimos que forcas a de barra (Fig. 1.282) provocavam tenses normais na barra (Fig. 1.286), en- {quanto forgas transversais agindo sobre parafusos e pinos (Fig. 1.29a) provo- cavam tenses de cisalhamento nas conexdes (Fig. 1.296). A razaio pela qual se observou uma relaedio entre forgas axiais e tenses normais, por um lado, ¢ forcas transversais e tensbes de cisalhamento, por outro lado, era porque as ten ses estavam senda determinadas apenas em planos perpendiculares ao eixo do elemento ou conexfo. Conforme sera visto nesta seeo, forgas axiais provocam is e tenses de cisalhamento em planos que niio so perpendicu- lares a0 eixo do elemento. Da mesma forma, foreas transversais agindo sobre ‘um parafuso ou um pino provocam tenses normais e tenstes de cisalhamento, ‘em planos que ndo so perpendiculares ao eixo do parafuso ou pino. aplicadas em um elemento tensbes no @ o Fig. 1.29 Considere a barra da Fig. 1.28, que esta submetida as forcas axiais P e P*, Se cortarmos a barra por um plano formando um Angulo @ com um plano normal (Fig, 1.30a) © desenharmos o diagrama de corpo livre da parte do componente localizada a esquerda da seeao (Fig. 1.306), verificaremos, pe- Ins condicdes de equilibrio do corpo livre, que as forgas distribuidas agindo ra seedo serio equivalentes a forca P Decompondo P nas suas componentes F e V, respectivamente normal ¢ tangencial a seco (Fig. 1.30c), temos =Poos8 — V=Psen 12) A forca F representa a resultante das forgas normais distribufdas sobre a seco ea forga V, a resultante das forgas tangenciais (Fig. 1.30d). Os valores médios das tenses normal e de cisalhamento correspondentes so obtidos dividindo-se, respectivamente, F e V pela drea Ayda sega (13) Substituindo F e V de (1.12) em (1.13) © observando da Fig. 1.30 que Ay = Aycos P, ou Ay = Ay/cos 8, em que Ay indica a area de uma secao, perpendicular ao eixo da barra, obtemos 1.11. Tensdo’om um lane oblique ‘ob carfgamnto axial 43 44 Inirodugio~0 conesito de tonsio LK (a) Canga sail () Tensio para = 0 x aya Fig. 1.31 (e) Tensfo par = 45 PA, Pray (@) Tensio para = 45 & so Fig. 1.32 # Pos? ¥ Psend Ajeos 8 ‘Ayoos 6 P sen cos 0 (4) A Notamos na primeira das Equagies (1.14) que a tensio normal ¢ € maxi- ‘ma quando 6 = 0, ou seja, quando 0 plano da seco € perpendicular 20 eixo do clemento, © que ela se aproxima de zero & medida que 6 se aproxima de ‘90°. Verificamos que o valor de o quando ® = 06 Ow (ts) ‘como vimos anteriormente na Seg 13. A segunda das Equagdes (1.14) mostra ‘que a tensiio de cisalhamento 7 & zero para = 0e6 = 90" eque parad = 45° cla aleanga seu valor maximo P P = sens? cosas? =P my a a 2Ay 1 (ui) ‘A primeira das Equacdes (1.14) indica que, quando 0 = 45°, a tensfio normal oF também ¢ igual a P/2A9: PoP at = 4 co as = qi) Os resultados obtidos nas Equagdes (1.15), (1.16) ¢ (1.17) sto mos- ‘trados graficamente na Fig. 1.31. Notamos que a mesma carga pode pro-

You might also like