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marco 1990 SRE Ore teh \ Potter Vc od S| | : a\ ai; oy 7 A Relatério da 149,’ Conferéncia Semi-Anual de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias Sermdes e Procedimentos dos dias 6-7 de outubro de 1979 no Tabernéculo da Praca do Templo, Cidade do Lago Salgado, Utah, EUA. ‘os anos recentes, as conferéncias ge- rais tém sido memordveis, em parte pelos importantes antincios feitos, afetando as escrituras, os ensinamentos ou o governo da Igreja sobre o reino de Deus na terra. A conferéncia geral de outubro de 1979 continuou seguindo este padrao, com vé- rios antincios de destaque feitos pelo Pre- sidente N. Eldon Tanner, na sessio geral de sabado a tarde (v. p. 26) Disse o Presidente Tanner: “Devido ao grande aumento no nimero de patriarcas de estaca, e da disponibilidade dos servi- 0s patriarcais em todo o mundo, desig. namos agora o Elder Eldred G. Smith co- mo Patriarca Emérito, 0 que significa que ele esta honrosamente dispensado de to- dos os deveres e responsabilidades perti- nentes ao offcio de Patriarca da Igreja”. Seguindo-se ao antincio do Patriarca Emérito, 0 Presidente Tanner continuou: “O Presidente Kimball solicitou-me, tam- bém, que anunciasse a desobrigacéo hon- rosa... da presidéncia geral da Escola Dominical — que consiste dos presidentes Russell M. Nelson, William D. Oswald e J. Hugh Baird, e da presidéncia geral dos Rapazes — que consiste dos presidentes Neil D. Schaerer, Graham W. Doxey © Quinn G. McKay. A conferéncia obser- varé, 4 medida que os nomes forem lidos, que serio apresentados membros do Pri- meiro Quorum dos Setenta compondo as novas presidéncias da Escola Dominical ¢ dos Rapazes' Assim, foram apoiados como presidén- cia geral da Escola Dominical: o Elder Hugh W. Pinnock, como presidente e os élderes Ronald E. Poelman e Jack H. Goaslind Jr., como conselheiros. Fo- ram apoiados como a nova presidéncia geral dos Rapazes: o Elder Robert W. Backman, presidente, e os élderes Vaughn J. Featherstone e Rex D. Pinegar, como conselheiros. MARGO DE 1980 PBMAD438 FO O Presidente Spencer W. Kimball pre- sidiu todas as sessOes da conferéncia, mui- to embora cerca de trinta dias antes hou- vesse sofrido uma intervencdo cirtrgica na cabeca, Sua presenca ® conferén elevou o espirito de todos os participan- tes. As sessoes foram dirigidas pelo Pre- sidente N. Eldon Tanner, primeiro_ con- selheiro, ¢ 0 Presidente Marion G. Rom- ney, segundo conselheiro. Todas as au toridades gerais compareceram, com ex- cecho dos élderes Gene R. Cook e F. En- zio Busche, ambos convalescentes. Todas as sessdes da conferéncia ou par- te delas foram transmitidas por televisio para 152 estagdes nos Estados Unidos Canada, e mais 13 outras estagdes de TV via satélite; a 777 estagdes de TV via ca- bo e “video-tape”; a 63 estagdes de ré- dio nos Estados Unidos; a 71 estacdes de rédio na Amé tina (em castelhano e portugués); a 1 estacdo de rédio na Es- panha; e a 65 estacdes de rédio na Aus trélia; a 535 localidades nos Estados Uni dos ¢ Canadé, por circuito fechado de audio somente; a 907 localidades trans- mitiu-se a sesso de bem-estar por circui- to fechado de audio, somente, epara a Europa por “video-tape”; a sesso do sa- cerdécio foi transmitida ‘a 1688 localide- des, por circuito de audio, nos Estados Unidos, Canadé, Porto Rico, Australia, Nova Zeldndia, Filipinas e Coréia. Além disso, cinco sesses foram televisionadas via satélite diretamente para 9 localida- des nos Estados Unidos, utilizando expe- rimentalmente “estagdes terrestres muni- das de cOncavos receptores” instalados para o teste. Além das sessdes gerais, realizou-se um semindrio para representantes regionais, na sexta-feira, dia 5 de outubro, no Edi ficio dos Escritérios da Igreja (v. p. 149) — Os Editores. ‘A PRIMEIRA PRESIDENCIA Spencer W. Kimball ) __N, Eldon Tanner Marion G. Romney CONSELHO DOS DOZE: Ezra Taft Benson Mark E, Petersen LeGrand Richards Howard W. Hunter Gordon B, Hinckley ‘Thomas 8, Monson Boyd K. Packer Marvin J: Ashton Bruce R. McConkie L, Tom Perry David B. Haight James E. Faust comrre DE SUPERVISKO: M. Rusell Ballard Rex D. Pinegar Hugh W. ‘Pinnock EDITOR M., Russell Ballard MAGAZINE»: Larry Hiller, Editor Gerente ‘Verl F, Scott, Gerente de Negécios: ; Carol Larsen, i Editor Associado; ‘Roger Gylling, ‘esenista; i EXECUTIVO DE ‘A LIAHONA: Danilo Talanskas, ; Diretor Responsive Paulo Dias Machado, Editor; ‘Victor Hugo da Costa Pires, Assinaturas; Orlando Albuquerque, Supervisor de Produce Indice por Assunto Os assuntos alistados abaixo so debatidos em discursos que se i clam nas paginas indicadas. Administragdo financeira 118 Adversidade 99 Adverténcia 17 Arrependimento 17 Bem-Estar 118, 123, 127, 131, 135, 140 Bispos 140 Caridade 123 Comunicagéo 38 Criangas 156 Decisoes 47 Desafio 115 Escrituras 93 Espirito Santo 28, 102, 111 Espiritualidade 21 Fé 56 Felicidade 102 Governo da Igreja 61 Hipocrisia_ 17 Idosos 108 Inspiragao 28 Jesus Gristo 56 Joseph Smith 33, 74 Juventude 28, 47 Lideranga do Sacerdécio 52, 61 Livro de Mérmon_ 10 Mandamentos 105 Milagres 44 Mormonism 80 Mudanca 88 Mulhores 72, 123, 152, 158, 160 Obediéneia 5, 13, 105 Obra Misslonéria | 44, 111 Oracao 5, 28, 84 Plano do Evangelho 56 Pornografia 96 Profetas 13 Programa de Colocacéo de Estudantes Indios 131 sob one 1ISI-P 209/73 de acordo com as normas em vigor. Progresso 88 Reabilitacao 131 Restauragao 33, 74, 80 Sofrimento 99 Terra Prometida 115 Treinamento Familiar 41,52 Os oradores desta conferénci esto alistados abaixo em ordem alfabéti Ashton, Marvin J. 88 Bangerter, W. Grant 13 Bradford, William R. 52 Brockbank, Bernard P. 84 Brown, Victor L. 131 Didier, Charles A. 38 Faust, James E, 140 Fyans, J. Thomas 127 Haight, David B. 33 Hinckley, Gordon B. 10 Hunter, Howard W. 93 Kikuchi, Yoshihiko 44 Kimball, Spencer W. 5, 72, 115 Komatsu, Adney Y. 99 MeConkie, Bruce R. 80 Monson, Thomas S. 96 Packer, Boyd K. 28 Porry, L. Tom 47 Petersen, MarkE. 17 Pinnock, Hugh W. 108 Richards, LeGrand 111 , Romney, Marion G. 21,56 Scott, Richard G. 102 Smith, Barbara B. 123 Stone, O. Leslie | 105 Tanner, N. Eldon 61,74, 118 Tuttle, A. Theodore 41 SURA DE DIVERSOES PUBLICAS, do D.P.F., SUBSCRIGOES: Toda a correspondéncia sobre assinaturas deverd ser enderecada ao Departamento de Assina- furas, Caixa Postal 26023, Sao Paulo, SP. Preco da assinatura anval para 0 Brasil ‘Cr§ 50,00; para o exterior, simples: US$. 5,00; aérea: US$. 10,00. ‘Preco do exemplar avulso em nossa agéncia: Cr§ 5,00. As mudancat de endereco devem ser comunicadas ‘indicandese o antigo © 0 novo endereco. A LIAHONA — c 1977 pela Corporacio da Presidéncia de A Tgreja de Jesus Cristo dos Santos dot Oltimos Dias. Todos os direitos reservados. Edicio brasileira do «International: Magazines de A. Tgreia de Jesus Cristo dot Santos dos Uitimor Dias, acha-se'registrada sob o nimero 99 do_L TImpressoras de Jornais e Periddicos, conforme o Decreto n.° 4857 de 911-1980. B 0 1, de Matriculas e Oficinas ‘“dnternational Magazine» é uiblicado, sob outros titulos, também em slemao, chinés, coreano, dinamarqués, espanhol, finlandes,. frances, holandés, inglés, italiano, japonts, noruegués, samoano, sueco ¢ tonganés, Composta pela Linoletra, R, Abolc 201, ‘tel. 35-2603. Impresia pela Editora Grafica Lopes, R, Peribebul A orientacio seguida por esta revista, reserv ‘rerio bem-vindas as internacional do elnternational Magazines. ais, Redacdo © Administracio, Av. Prof. redagio. " Nio. obstante, sujeltas a adaptacbes 331, tel. 276 8222, 8. Paulo, SP. Devido noe 0 diveito de publicar tomente os” artigor solicitados pela colaborades para Colaboragées espontiness © mat apres edo da redagio eda equipe dos correspondentes estarao Morato, 2.430. . Fran A LIAHONA fom Indice 1 10 13 17 2 26 28 33 38 a Relatério da 149+ Conferéncia Geral Semi-anual de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias. Sessao de Sdbado pela Manha “Precisamos de um Ouvido Aten- to”, Presidente Spencer W. Kimball. “Um Anjo La do Céu ao Mundo Regressou, Rompendo o Negro Véu", Elder Gordon B. Hinckley. A Voz do Senhor se Dirige a Todos os [Povos]...”, Elder William Grant Bangerter. © América, América! Elder Mark E. Petersen. Como Conservar a Espiritualida- de, Presidente Marion G. Rom- ney. Sessdo de Sdbado a Tarde Apoio dos Oficiais da Igreja, Presidente N. Eldon Tanner. Oracées e Respostas, Elder Boyd K. Packer. Joseph Smith, o Profeta, Elder David B. Haight. Linguagem: Forma Divina de Comunicacao, Elder Charles A. Didier Fui, Portanto, Instruido. Elder A. Theodore Tuttle. MARGO DE 1980 44 47 52 56 61 72 74 80 84 88 93 96 99 Enviar Missionarios de Todas as Nagées, Elder Yoshihiko Kikuchi Sessdo do Sacerdécio Como Tomar as Decisées Cor- retas, Elder L. Tom Perry. Os Governantes, Elder William R. Bradford. Fé no Senhor Jesus Cristo, Pre- sidente Marion G. Romney. A Administracao da Igreja, Pre- sidente N. Eldon Tanner. Nossas Irmas na Igreja, Presi- dente Spencer W. Kimball. Sessao de Domingo pela Manha As Contribuicdes do Profeta Jo- seph Smith, Presidente N. Eldon Tanner. © Mistério do Mormonismo, £I- der Bruce R. McConkie Orar ao Nosso Pai Celestial, E- der Bernard P. Brockbank. Progresso Através de Mudan- ¢as, Elder Marvin J. Ashton. Ler as Escrituras, Elder Howard W. Hunter. Sessao de Domingo a Tarde Pornografia — Inimigo Mortal, Elder Thomas S. Monson “..Apés Muita Tribulagdo Vem as Béngdos...”, Elder Adney Y. Komatsu. 102 105 108 111 115 118 123 127 131 135 Participacéo Adicional: Felicidade Agora e Eternamente, Elder Richard G. Scott. Mandamentos a Obedecer, Elder O. Leslie Stone. “Havemos de Ir com os Nossos Meninos e com os Nossos Ve- thos”, Elder Hugh W. Pinnock. © Dom do Espirito Santo, Elder LeGrand Richards. “Dame Este Monte”, Presiden- te Spencer W. Kimball. Sesséo do Bem-Estar Constancia em Meio a Mudan- gas, Presidente N. Eldon Tanner. A Fungo da Sociedade de So- corro nos Conselhos do Sacer- décio, Presidente Barbara B. Smith. Administragéo Eclesiastica dos Servicos de Bem-Estar, Elder J Thomas Fyans. Abengoar o Individuo, Bispo Vic- ‘tor L. Brown. Missionarios de Bem-Estar: Im- portante Recurso para o Estabe- 140 145 148 149 151 152 156 158 160 lecimento da Igreja, Elder James E. Faust. A Fungao do Bispo no Programa de Bem-Estar, Presidente Marion G. Romney. Autoridades Gerais de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias Discursos da Conferéncia Cor- relacionados com o Curriculo da Igreja Masica da Conferéncia Geral Noticias da Igreja Destaques do Seminario de Re- presentantes Regionais Discursos do Serao para as Mu- Iheres O Papel das Mulheres Justas, Presidente Spencer W. Kimball. Ensinar Nossas Futuras Mulhe- res, Irma Naomi M. Shumway. Nossa Sublime Missao, Irma Elaine Cannon. Mulheres para os Ultimos Dias, Irma Barbara B. Smith, As oragées foram proferidas na sesséo do bem-es- tar pelos élderes Dean L. Larsen e Royden G. Derrick; na sessao de sébado pela manha, pelos élderes Neal A. Maxwell e M. Russel Ballard; na sesso de sdbado a tarde, pelos élderes Joseph B. Wirthlin e John H. Groberg; na sesséo do sacerdécio, sébado a noite, pelo Bispo H. Burke Peterson e 0 Elder Vaughn J. Featherstone; na sessdo de domingo pela manha, pelos él- deres Rex D. Pinegar e Jacob de Jager; na sesséo de domingo & tarde, pelo Bispo J. Richard Clarke e 0 Elder Carlos E. Asay. Ausentes, por motivo de doenca, os élderes F. Enzio Busche e Gene R. Cook. 4 A LIAHONA Sessfio de Sabado pela manha, 6 de outubro de 1979 «Precisamos de um Ouvido Atentoy Presidente Spencer W. Kimball O Presidente trata da guarda do dia santificado, da oragio fervorosa, da elaboracao de um didrio pessoal, da castidade e da observancia da Palavra de Sabedori cus amados irmfos ¢ irms em to- do o mundo, nesta manha expres- so_nossas saudacdes, aos élderes Gene R. Cook e F. Enzio Busche, adoen- tados nesta ocasifo. Satido-vos, irmaos, nesta manha, com os mais profundos sen- timentos de amor e agradecimento, nesta sessio de abertura da conferéncia mun- dial de A Igreja de Jesus Cristo dos San- tos dos Ultimos Dias. Muitas coisas ocorreram, a mim pessoal- mente, ¢ & Igreja, no intervalo entre nos- sa conferéncia de abril, h4 seis meses atrés, e agora. Fui hospitalizado duas ve- zes e sou sobremaneira grato por estar vivo, bem de satide e em condicdes de me reunir convosco neste dia. Agradeco: -vos as muitas oracdes oferecidas em meu favor, e sou grato a nosso Pai Celestial MARCO DE 1980 que as escutou ¢ respondeu com uma ri- ca abundancia de béneaos sobre mim. Irmios ¢ irmas, mais uma vez chamo- Vos a atencdo para o quarto mandamen- to dado pelo Senhor a Moisés no Monte Sinai: “Lembra-te do dia do sébado, para © santificar.” (Exo. 20:8.) Obseryemo-lo estritamente em nossos lares e no seio de nossas familias, Evitemos todas as tarefas desnecessérias. O domingo nao é um dia para se ir & caga ou pesca, nem para na dar, fazer piqueniques, passear de barco, nem participar de quaisquer outros espor- tes. Os estabelecimentos comerciais nao mais abririam suas portas no domingo, nas areas onde somos mais numerosos, se os santos evitassem fazer compras nesse dia. Lembrai-vos de que 0 Senhor disse: “E, para que te conserves limpo das manchas do mundo, irés & casa de oracdo e oferecerds os teus sacramentos no meu dia santificado; Pois, na verdade, este é um dia desig- nado a ti para descansares de teus traba- Ihos e prestares a tua devoedo ao Alltissi mo”. (D&C 59:9-10.) E, entdo, vem a promessa gloriosa: “E, se fizerdes estas coisas com agdes de gra- Ga, com coragdes e rostos alegres, com nfo muita hilaridade, pois isto € pecado, mas com um coragao alegre e rosto con. tente — Na verdade eu digo que, se assim fi- zerdes, a plenitude da terra é vossa (D&C 59:15-16.) Uma vez mais manifesto minha satisfa- ante os resultados de nossos pedidos para que plantemos érvores frutiferas ¢ cultivemos hortas. Certamente, ao findar- se a época da colheita, haveré alegria, a0 entulharmos, conservarmos e armaze- narmos aquilo com que o Senhor houver abengoado nossos esforgos. Nessa mesma linha de pensamento, ex- pressamos apreco pelo labor de todos os que limparam, consertaram e pintaram suas casas, cercas, celeiros ¢ locais de tra- batho, conforme sugerimos hé algum tem- po. Continuai, por favor, com essa boa obra. Amo nossos hinos que, entre outras coi- sas, lembram-nos de que “a oracio é 0 desejo sincero da alma” (Hino n° 220 do hinério em inglés; nao traduzido para o portugués). Que privilégio € a oragéo — poder falar ao nosso Pai nos céus! Foi uma oragéio, uma prece muito especial, que inaugurou toda esta dispensagao! Es- ta era se iniciou com a primeira oracéo em voz audivel de um rapaz. Espero que nao sejam muitas as nossas oragoes silen- tes, embora, quando nao nos é possivel pronunciar em voz alta nossa prece, seja bom que a facamos em siléncio, em nos- s0 coracdo € nossa mente Nunca hesiteis em reunir vossa familia ao redor de vés para as oracdes, especial- mente nas ocasides em que forem neces- sérias mais preces que as matutinas e ves- pertinas. Necessidades extras requerem oragdes extras. Vossos pequeninos aprenderio a con- versar com o Pai Celestial, escutando-vos orar, Logo eles saberdo qudo fervorosas e honestas so vossas preces. Se vossas ora- Ges forem as carreiras, e somente um ri tual inexpressivo, eles também observa- rho isso. Embora pareca dificil, descobri, ao orar, quando néo em segredo ou em parti- cular, que é melhor preocupar-nos com a comunicagao terna e honesta com Deus, em vez de nos perturbarmos com 0 que possam estar pensando os ouvintes. O “amém” que ecoa no final, da parte da audiéncia, evidencia sua concordancia e aprovacio. E claro que o ambiente para as oragGes precisa ser Ievado em conside- rago. Esta € uma razo por que as or Ges piblicas, e mesmo as familiares, néo podem compor a totalidade de nossas preces. Sobre algumas coisas ora-se melhor em segredo, quando nao ha que se preocupar com o tempo ou a privacidade. Se, nes- ses momentos especiais em que oramos, refreamos nossa comunicagao com o Se- nhor, pode ser que algumas béncaos tam- bém nos sejam retidas. Afinal de contas, oramos como suplicantes, diante de um Pai Celestial onisciente ¢ sébio; entio, por que supor que devemos refrear nossos sentimentos ou idéias a respeito de nossas necessidades e béngaos? Esperamos que nosso povo seja liberal e farto em suas preces. Nao nos faré mal algum, também, se fizermos uma pausa ao final de nossas oragdes, para uma intensa escuta — mes- mo por um momento ou dois — orando sempre, como fez o Salvador, para que *\..nfo se faga a minha vontade, mas a tua”. (Lucas 22:42.) Aprecio sumamente a sabedoria de Ben- jamim Franklin (1706-1790), estadista e fi- Idsofo americano), que declarou: “Traba- Pose de familia para foto de conferéncia. ‘A LIAHONA Tha como se fosses viver cem anos; ora como se fosses morrer amanha.” (John Bartlett, comp., Familiar Quotations, Bos- ton; Little, Brown and Company, 1968; p. 422.) E ao findar-se o dia, assim como quan- do ele comeca, ndo nos esquecamos de orar, pois, como observou George Her- bert (1595-1633, tedlogo e poeta inglés): “Quem se deita e nao ora, cria duas noi- tes para cada dia.” (Familiar Quotations, p. 323.) Sempre tive sentimentos ternos para com as oragdes € 0 poder e béngios de- las provenientes. Em minha vida, j& rece- bi mais béncdos do que posso adequada- mente agradecer. O Senhor tem sido tio bom para comigo! Jé tive tantas experién: cias na doenga e quando estou bem de satide, que nao tenho sombra de diividas em meu coragéo e mente, que existe um Deus nos céus, que ele € nosso Pai, e que ouve e responde nossas oragées. Novamente, permitime expressar, em piblico, a todos vés, meus agradecimen- tos profundos e de coragao, pelas muitas preces oferecidas em meu favor, durante minha recente enfermidade. Elas foram uma fonte maravilhosa de paz, consolo e cura de corpo e espirito, para mim e mi- nha amada Camilla. O Senhor escutou vossas petigdes e, como resultado, tenho © privilégio de estar presente convosco nesta grandiosa conferénc Em varias ocasides, incentivei os san- tos a escreverem didtio pessoal e histé- ria familiar. Renovo essa admoestacao. Podemos achar que hé pouco interesse ou importincia no que pessoalmente dizemos ou fazemos — mas é notdvel 0 ntimero de nossos descendentes que se interessam pe- las palavras e realizagdes. Cada um de nés € importante para os que esto perto © nos so caros — e, & medida que nos- sos pésteros lerem as experiéncias de nos- sa vida, eles também, nos conhecerdo € amarao. E naquele dia glorioso em que nossos familiares estiverem juntos nas MARCO DE 1980 eternidades, nés, verdadeiramente, j4 se- remos conhecidos. Desde épocas imemoriais, o Senhor tem-nos aconselhado a ser um povo que mantém registros. Lemos em Exodo: “E Moisés escreveu todas as palavras do Se- nhor...” (Exodo 24:4.) E mais: “E sucedeu que 0 Senhor falou a Moisés, dizendo: Eis que te revelo no que concerne a este céu ea esta terra; escreve as palavras que falo...” (Moisés 21) Néfi disse a seus irmios, enquanto via- javam pelo deserto, regressando a Jeru- salém a fim de obter as placas de lato: “E eis que € pela sabedoria de Deus que devemos obter esses anais, para que pos- samos conservar para nossos filhos 0 idio- me de nossos pais.” (1 Néfi 3:19.) Quando 0 Salvador visitou este conti- nente, apés sua ressurrei¢fio, ordenou aos nefitas que atualizassem seus registros, di: zendo: “Por conseguinte, prestai atengdo as minhas palavras; registrai as coisas que vos falei E Jesus prosseguiu: Por que razio nfo escrevestes... isso... .(?) E sucedeu que Jesus ordenou que fos- se escrito; por conseguinte, tal coisa foi escrita, segundo sua ordem.” (5 Néfi 23: 4, 11-13.) E em nossos dias, 0 Senhor disse 20 Profeta Joseph Smith: “E novamente, que todos os registros sejam conservados em ordem, para que possam ser postos nos arquivos do meu santo templo...” (D&C 127:8.) Continuemos, portanto, essa importan- te tarefa de registrar as coisas que faze- mos, as coisas que dizemos, as coisas que pensamos, a fim de estarmos de confor- midade com as instrugdes do Senhor. Aqueles dentre vés, que ainda néo inici ram seus livros de recordacdo e seus re- gistros, sugerimos que hoje mesmo come- cem a escrever sua hist6ria de maneira in- tegral e completa, Esperamos que fagais isso, irmios e irmas, pois que o Senhor im 0 ordenou. Ao olharmos a nossa volta, vemos mui- tas forcas empenhadas na destruigio da familia, tanto aqui como nos outros paf- ses. Os lagos familiares estéo sendo des- truidos por uma crescente taxa de divér- cios, pelo aumento de infidelidade de ma- ridos e esposas, pelo abomindvel pecado do aborto, que j4 € um escéindalo nacio- nal, e um pecado serissimo. Outro fator de erosio da familia é 0 injustificado e egoista controle de natalidade. © fortalecimento da familia deve tor- nar-se 0 brado de arregimentagio dos santos dos dltimos dias em todos os luga- res. Assim também 0 retorno & castida de, nossa posse mais valiosa. A castida de ea virtude so 0 “...que € mais caro ¢ precioso sobre todas as coisas...” (Mo- rOni 9:9); so mais valiosas que rubis ou diamantes, que rebanhos e manadas, que ouro e prata, ou que automéveis e terras. Porém, infelizmente, em muitos casos am- bas esto & venda em pocilgas, aos precos mais aviltantes. Essas virtudes néo podem ser adquiri das por dinheiro, mas podem ser desfruta- das por todas as pessoas, mesmo as de berco humilde, e que vivem na pobreza, assim como pelos ricos; pelo aluno de se- gundo grau, e pelos doutores de universi- dade. Todos podem participar dessas grandes béncdos, desde que se esforcem para tal. A falta de castidade, fidelidade e virtu- de — que esté se tornando rapidamente um pecado mundial, do qual é preciso ar- rependerse — causa torrentes de légrimas, desfaz intimeros lares, despoja e frustra multiddes de criancinhas inocentes. A per da da virtude, como sabeis, j4 destruiu muitas civilizagdes ¢ paises. A decadén- cia moral é uma vil, em cuja testa en- contram-se gravadas as palavras desones- tidade, corrupgio, irreveréncia, egoismo, imoralidade, libertinagem € todas as for- mas de aberragio sexual. Cada um de nés é um filho ou filha de Deus, e tem a responsabilidade de atin- gir uma perfeita vida crista de auto-domi- nio, regressando, por fim, a Deus, com sua virtude. Hoje & noite planejo falar aos irmaos do sacerdécio, que estario congregados em centenas de locais, em todo 0 mundo, lembrando-os de que “temos todos sido abengoados com mulheres especiais em nossas vidas, as quais tém-nos servido de profunda e duradoura influéncia, Sua con- tribuigio tem sido e & importante para nés (0s irmfos), e & algo que terd valor eterno para nés.” (V. Sessio do Sacerdé- cio, nesta edigfo, & p. 72). Desejo ressal- tar este pensamento nesta manha. Nao me € possivel expressar, com palavras, 2 elevada posiggo de honra e respeito que nossas esposas, mies, itmas e filhas ocu- pam na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias. “Todavia, nem o vardo é sem a mulher, nem a mulher sem 0 varao, no Senhor.” (1 Cor. 11:11), Irmios, nfo poderemos ser_exaltados sem nossa esposa. Nao poderé haver céu, sem mulheres justas. Nossa geragdo, assim como outras, tor: nou-se um povo de ébrios. A loucura da bebida destréi os padrdes morais, causa pobreza e desgraca e € responsdvel por muita morte e carnificina em nossas es- tradas. Como deter essa mortandade? O evangelho o faré. A mensagem provém do alto, E a vontade de Deus e traz consigo uma promessa. Senhor disse: “E todos os santos que se lembrarem e guardarem e fizerem es- tas coisas, obedecendo aos mandamentos, receberdo satide para o seu umbigo ¢ me- dula para os seus 0ssos; E achardo sabedoria e grandes tesouros de conhecimento, até mesmo tesouros ocultos.” (D&C 89:18-19.) A LIAHONA ‘A revelagdo também declara: “...Eu voz avisei, e de antemao vos aviso, por meio desta palavra de sabedoria, ...por revelagdo.” (D&C 89:4.) © habito de fumar pode ser completa- mente erradicado, apenas vivendo-se a Pa- lavra de Sabedoria € os mandamentos do Senhor. A vida plenamente casta, sem adulté- rio ou fornicagéo, com fidelidade total ao cOnjuge, honrando 0 convénio do casa- mento, livraria 0 mundo da desolagio causada pelas repulsivas, penosas e dis- pendiosas doengas venéreas. Fortaleceria © lar, aboliria os males do divércio e eli- minaria_a_necessidade dos calamitosos abortos injustificados — um dos maiores males de nossos dias. Presidente Tanner, primeiro conselheiro na Primeira Presidéncia. MARCO DE 1980 Proferindo um discurso deste piilpito em 1948, 0 falecido Presidente J. Reuben Clark Jr. falou a respeito de se ter um profeta e um ouvido atento. Ele havia li- do um folheto que declarava: “Precisamos de um profeta”. Em resposta, afirmou: “Nao, temos tido profetas modernos por mais de cem anos, os quais nos transmi tiram a palavra do Senhor.” E prosseguiu: “O problema atual é que o mundo nao deseja um profeta que ensine retidao. De- seja um que aprove 9 que faz, nao impor: ta quo errado seja.” Um profeta falou — © profeta esta falando, Nao precisamos de outro profeta, Precisamos é de um ou- vido atento. (V. Conference Report, ou- tubro de 1948, pp. 79-80.) Oro para que possamos nao somente atentar para as palavras do Presidente Clark, mas também que escutemos e siga- mos 0 conselho que ora é dado, vindo por inspiragio e revelacéo do préprio Se- nhor aos profetas de hoje. Termino esta mensagem, prestando a todos vés, que estais ao alcance de mi- nha yoz, solene testemunho de que o Evangelho de Jesus Cristo é nfo s6 ver- dadeiro como a tinica forca eficaz, de fato, no combate aos males e na solugao dos problemas do mundo. © Evangelho de Jesus Cristo é para to- do o mundo. £ a mensagem de salvagio para toda a humanidade. Partindo desta terra de liberdade — uma nagio com des- tino divino — vai a todos os povos, como a grande pedra, vista por Daniel, cortada sem mios da montanha. (V. Daniel 2:45.) Irmios ¢ irmis, esta € a obra do Se- nhor. E verdadeira. Que o Senhor nos abengoe em nossos lares ¢ familias, ao nos esforarmos para nos aproximar dele © guardar seus mandamentos. Estendemos a mesma oragio e béneo aos outros filhos do Pai, em todos os lugares, ¢ os convida- mos para que se unam a nés no verdadei- ro reino do Senhor, aqui sobre a terra. Esta 6 minha oracio e meu testemunho, em nome de nosso amado Salvador, Jesus Cristo. Amém. «Um Anjo 1a do Céu ao Mundo Regressou, Rompendo o Negro Véuy Elder Gordon B. Hinckley do Conselho dos Doze O apelo do Livro de Mérmon é “tio eterno quanto a verdade, tio universal quanto a espécie humana”. jempre cantamos em nossas congrega- jg6es um hino favorito — cujas pala vras foram escritas hé bem mais de um século atrés por Parley P. Pratt (V. Hinos, n° 162). Elas representam sua de- claragéo do milagroso surgimento de um livro notével. Exatamente hé 150 anos atrés, nesta época de outono (primavera, no hemisfério sul), esse livro foi com- posto ¢ impresso em uma grafica de Pal- myra, Nova Torque. Permitime relatar-vos como Parley Pratt tomou conhecimento do livro, acer- ca do qual escreveu tais palavras. Em agosto de 1850, viajava ele como pregador Ieigo, de Ohio para o leste de Nova Ior- que. Em Newark, as margens do Canal Erie, desembarcou e caminhou cerca de 10 dezesseis quilémetros, até chegar a um local onde conheceu um digcono batista, chamado Hamlin, que the falou “de um livro, um LIVRO ESTRANHO, um LI- VRO MUITO ESTRANHO!... Esse li- vro, dizia ele, declarava haver sido origi- nariamente escrito sobre placas de ouro ou lato, por um ramo das tribos de Is- rael; ¢ sido descoberto © traduzido por um rapaz das cercanias de Palmyra, no Estado de Nova Torque, com a ajuda de visies, ou 0 ministério de anjos. Inquiri dele como ou onde o livro poderia ser obtido. Prometeu-me que eu poderia exa- minélo na casa dele, no dia seguinte.. Na manha seguinte, visitei-o, e em sua casa, meus olhos contemplaram, pela pri meira vez, 0 ‘LIVRO DE MORMON’ — esse livro dos livros... que foi o instru mento principal, nas maos de Deus, para dirigir todo 0 curso de minha vida futu- ra. “Abri-o ansioso ¢ li a pégina-titulo. Li, entdo, o depoimento das varias testemu- nhas sobre a forma como foi encontrado e traduzido. Iniciei a leitura do contet- do desde o principio. Lio dia inteiro; ali- mentar-me era um estorvo. Eu nao queria comida; dormir foi dificil quando chegou a noite, pois preferia ler a dormir. “Enquanto lia, o espirito do Senhor es- tava sobre mim, e pude saber © compreen- der que o livro era verdadeiro, tZo clara € manifestamente quanto um homem compreende e sabe que esté vivo.” (Auto- biography of Parley P. Pratt — (Autobio- grafia de Parley P, Pratt) — 3. ed., Salt Lake City; Deseret Book Co., 1938, pp. 36.37.) Parley Pratt tinha, nessa ocasio, vinte € trés anos. A leitura do Livro de Mé mon afetou-o to profundamente, que lo- g0 foi batizado na Igreja e tornou-se um de seus defensores mais eficazes e pode- rosos. Durante seu ministério, viajou de costa a costa dos Estados Unidos da Amé- rica, foi ao Canadé ¢ & Inglaterra; inau- gurou a obra nas ilhas do Pacifico € foi © primeiro élder mérmon a pisar 0 solo sul ameticano, No ano de 1857, enquan- ‘A LIAHONA to fazia misao no estado de Arkansas, recebeu um tio mortal pelas costas, des ferido por um assaltante. Foi sepultado numa area rural, perto da comunidade de Alma, Arkansas, onde hoje uma grande Jépide polida marca o lugar de sua sepul- tura, Na superficie da pedra, esté grava- da a letra de outro de seus hinos proféti- cos expondo sua visio da obra em que participava: “A alva rompe em Sifio E a verdade faz volver. Depois da longa escuridao, Bendito dia vai nascer. No céu refulge um sinal Eis 0 Milénio do Senhor! Jesus em gléria celestial, Ao mundo desce com fulgor. (Hinos, n° 179.) A experiéncia de Parley Pratt com o Li yro de Mérmon nfo foi nica. Ao circu larem os volumes da primeira edigéo, homens e mulheres valorosos, as centenas, ficaram tao impressionados, que abando- naram tudo 0 que possufam; e nos anos seguintes, muitos até deram sua vida pelo testemunho que levavam em seu cora- do, da veracidade desse livro notével. Hoje, um século e meio apés sua pri- meira publicagao, ele € mais lido que nunca antes em sua histéria, Eram 5000 exemplares na primeira edigao; hoje, as edigdes so encomendadas em lotes de um milhdo, e o livro é, atualmente, im- presso em mais de vinte idiomas Seu apelo € to eterno quanto a ver- dade, tio universal junto a espécie hu- mana. E 0 tinico livro que contém a pro- messa de que, pelo poder divino, 0 leitor pode conhecer, com certeza, a sua vera dade. Sua origem € milagrosa; quando € ot vida pela primeira vez, parece inacredit vel. Mas o livro existe e pode ser sentido, manuseado e lido. Ninguém pode negar 1a presenca. Todos os esforgos feitos p Elder Maxwell e Elder Richards. MARGO DE 1980 ra desmentir sua origem, conforme consta do relato de Joseph Smith, provaram-se infrutiferos. & um registro da antiga América. E uma escritura do Novo Mun- do, tao certo quanto a Biblia € a escritu- ra do Antigo Mundo. Uma fala da outra. Cada uma leva consigo o espirito de ins- piragdo, 0 poder para convencer e conver- ter. Juntas, tornam-se duas testemunhas, lado a lado, de que Jesus é 0 Cristo, 0 Filho ressurrecto e vivente do Deus vivo. Sua narrativa € uma crOnica de nagdes h4 muito desaparecidas. Mas em suas des- crigdes dos problemas da sociedade de hoje, € to atual quanto o jornal matuti- no, € muito mais especifico, inspirado inspirador no que tange & solugéo desses problemas. Nao conheco outro texto que exponha com tanta clareza, as trégicas conseqiién- cias sofridas pelas sociedades que seguem rumos contrérios aos mandamentos de Deus. Suas paginas relatam a histéria de duas civilizagdes distintas, que floresce- ram no Hemisfério Ocidental. Cada qual comegou como uma pequena nagao, te- mendo a Deus. Com a prosperidade, sur- giram os males crescentes. As pessoas su- cumbiram aos estratagemas de lideres ar- dilosos ¢ ambiciosos, que as oprimiam com impostos pesados, acalmando-as com promessas demagégicas, tolerando © mes- mo incentivando a vida fécil e lasciva; I deres que as conduziram a guerras terri veis, que resultaram na morte de milhdes € na total extingo de duas grandiosas ci vilizagdes em duas eras diferentes. Nenhum outro testamento escrito ilus- tra tio claramente o fato de que, quando homens € nagdes temem a Deus e obede- cem a seus mandamentos, prosperam e se desenvolvem; mas, quando lhe dao as costas, ¢ nfo atendem a sua palavra, vem a decadéncia que, a menos que seja sus- tada pela retidio, conduziré & fraqueza e morte. O Livro de Mérmon é uma confir- magao do provérbio do Velho Testamen- to: “A justica exalta as nagdes, mas o pe- cado € 0 oprdbrio dos povos.” (Prov. 14: 34) 2 Nés, neste bom pats americano, ouvi- mos, atualmente, muitos debates concer- nentes ao tratado destinado a reduzir a possibilidade de um ataque nuclear a este continente. Hé muita conversa sobre o equilibrio de poder e 0 equilibrio de ter- ror. No contexto dessa discuss atual, gostaria de ler-vos 0 que disse 0 Deus dos céus, hé muito tempo, com respeito a este pafs, conforme registrado no livro do qual falamos: “E eis que esta é uma terra escolhida e toda nagdo que a possuir seré livre da servidao, do cativeito e todas as outras nages debaixo do céu, se servirem ao Deus da terra, Jesus Cristo...” (Eter 2: 12) Ao falar com poder sobre os assuntos que afetam nossa sociedade moderna, a grandiosa e emocionante idéia central de sua mensagem é 0 testemunho vibrante € verdadeiro de que Jesus € 0 Cristo, o Mes- sias prometido, que andou pelas estradas poeirentas da Palestina curando os doen- tes e ensinando as doutrinas de salvacao; que morreu sobre a cruz do Calvario; que no terceiro dia ressurgiu da tumba, apa- recendo a muitos; ¢ que, antes de sua ascensfo final, visitou 0 povo deste He- misfério Ocidental, acerca do qual jé dis- sera antes: “Ainda tenho outras ovelhas que nfo so deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouviro a mi- nha voz, ¢ haveré um rebanho e um Pas: tor.” (Joao 10:16.) Durante séculos, a Biblia permaneceu como 0 tinico testemunho escrito da di vindade de Jesus de Nazaré. Agora, a seu lado, existe uma segunda testemunha po- derosa, surgida “...para convencer ao judeu e ao gentio de que Jesus & 0 Cris- to, 0 Deus Eterno, (0 Redentor do mun- do)...” (Livro de Mérmon, péginati- tulo.) Como j4 mencionei, nesta estacio do ano, hé exatamente 150 anos atrés, sur gia a primeira edi¢io do Livro de Mér- mon, traduzido pelo “dom e poder de Deus”, composta e impressa em uma pe- quena grdfica de Palmyra, Nova lorque. ‘A LIAHONA (Livro de Mérmon, péginattitulo,) Sua publicagio precedeu, e serviu de precur. sor & organizacio da A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias, even- to esse que teve lugar no dia 6 de abril de 1830. No dia 6 de abril de 1980, daqui a seis meses, observaremos 0 sesquicente- nétio dessa organizacao, com uma gran- diosa comemoragio de jubileu. Antecipando a celebragdo do 150° ani- versério da restauracdo da Igreja, gostaria de fazer um pedido e apresentar um desa- fio aos membros da Igreja em todo o mundo, € aos nossos amigos em todos os lugares: ler 0 Livro de Mérmon, Ha 183 dias entre agora (6 de outubro) © o proximo 6 de abril, para se ler 239 ca- pitulos. Se lerdes um capitulo por dia, ¢ trés aos domingos, lendo os cinco wltimos capitulos no dia seis de abril, termina- reis, naquele dia histérico, lendo as pala vyras notéveis e o desafio final do Profeta Moréni, pronunciados quando completa va seu registro, hé mil e quinhentos anos atrds. Disse ele: “E exorto-vos a que recordeis estas coi- sas; porque se aproxima rapidamente a hora na qual sabereis que nao minto, pois me vereis no tribunal de Deus; © 0 Se- nhor Deus vos diré: Nao vos declarei mi- nhas palavras, que foram escritas por este homem, como quem clamasse dentre os mortos, sim, como quem falasse desde 0 p0?.. “E Deus vos mostrar que tudo quan- to tenho escrito € verdade.” (Moroni 10: 27, 29.) Meus irmios e irmas, sem reserva pro- meto-vos que, se cada um de vés obser- var este programa simples, a despeito de quantas vezes j4 haveis lido o Livro de Mérmon, aver em vossa vida ¢ em vos- sa casa um aumento do Espitito do Se- nhor, uma determinacdo mais fortalecida de obedecer a seus mandamentos ¢ um testemunho mais forte da realidade vi- vente do Filho de Deus, promessa essa que faco, solenemente, em seu santo no- me, mesmo o nome de Jesus Cristo. Amém. MARGO DE 1980 «... A Voz do Senhor se Dirige a Todos os (Povos) Elder W. Grant Bangerter da Presidéncia do Primeiro Quorum dos Setenta » “Deus teve um bocado de trabalho para que tivésseis 0 evangelho — ¢ 0 profeta agora vos diz que é melhor prestardes atengao.” Presidente Kimball jé sugeriu que o que dissermos deve servir de apoio as coisas que ele ja declarou. “Ha- vendo Deus antigamente falado muitas vezes, ¢ de muitas maneiras, aos pais, pe: los profetas, a nds falounos nestes ilti- mos dias pelo Filho. A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” (He- breus 1:1-2.) (N.T. — Na versio do Rei Tiago, em inglés, na parte final do ver- siculo 2, lése: “...por quem fez tam- bém os mundos”; traducio livre, itélicos acrescentados.) Um dos objetivos principais desta con- feréncia geral da Igreja é anunciar nova- mente que Deus suscitou um profeta pe- Io qual declara sua vontade aos povos 13 deste mundo. Isto significa que o profeta nao € enviado aqueles que aceitam suas palavras, tal como os membros da Igreja, mas que ele também fala, em nome de Deus a todos os habitantes da terra. Ele fala, como ja o fez um antigo profeta: “Ouvi, 6 céus, e presta ouvidos, tu 6 ter- ra, porque fala o Senhor...” (Isaias 1 2.) Ele foi enviado especialmente a vés, que nao credes em Deus ou em profetas. Nao gostarieis de saber o que cle diz? Ele diz que, nestes tiltimos dias, Deus res- taurou o antigo evangelho em sua pleni tude, e deseja estabelecer um novo conv nio com todo o povo. Diz que Jesus Cris: to retornard brevemente & terra, a fim de salvar e julgar o mundo, e que nés deve- remos estar preparados. Ora, quer creiais nisto ou no, so noticias abaladoras. Uma coisa interessante acerca dos pro- fetas € que a maioria das pessoas nao lhes presta atengao. Eis por que os profetas parecem estar sempre impacientes ou mes- mo irados. F como o Senhor sente-se a nosso respeito, quando nao o escutamos. E como vos sentis, quando vossos filhos no vos ouvem. Sabemos que alguns de vés dizeis que no acreditais em Deus. Alguns de vés chegais a ser tolos o bastante para afir- mar que no existe Deus. Esse tipo de afirmagao levanta algumas perguntas in: teressantes. Credes que vossa descrenca fard alguma diferenca? Ele no desap: receré simplesmente porque néo_acredi. tais. Existe 0 relato de que, quando Gali- leu (1564-1642), astrOnomo e fisico italia- no) foi forgado a dizer, contrdtio a seu conhecimento, que a terra no girava, ele acrescentou, entéo: “Ainda assim ela gi- ra”. (V. Cassell’s Book of Quotations, Proverbs, and Household Words, ed. W. Gurney Benham, Londres; Cassell and Co., 1914, p. 737.) Talvez estejais cer- tos, se disserdes que Deus néo € como vorlo descreveram, mas como podeis sa- ber que nao hé Deus? Acaso vo-lo foi re- velado? Investigastes todo o universo pa- ra vos certificar? Tudo o que realmente sabeis € que ndo sabeis se hé um Deus, € isso € admitir ignorancia, 4 Dois russos deram a volta ao mundo em uma nave espacial, uma ou duas ve- zes, € declararam que foram ao céu e Deus nao estava 14. Eis um argumento fraqufssimo a favor do atefsmo. Nao tem sequer base cientifica. Faz-me lembrar do comentério blasfemo de um zombeteiro conhecido de mew irmao: “Sonhei que vi Deus, ¢ que ele era um cavalo”. Meu ir- mio respondewlhe: “Certamente, Isso é perfeitamente Iégico para um asno im- becil” Toda a evidéncia esté a nosso favor. Nao podeis provar-nos que nao existe Deus. Para tal, seria necessétio irdes a todos os lugares existentes, e conhecer- des tudo 0 que hé. © profeta declara que Deus vive e que nos fala nestes iiltimos dias. Como teste. munhas, sabemos disso. Deus foi visto, ouvido, palpado. Acompanhando a decla- raco de que o evangelho foi restaurado, existe a promessa de que o Espirito San- to também vos testemunharé o fato, e, en: to, sabereis. Se tal ndo acontecer, apés haverdes escutado honesta e fervorosa- mente, sois livres para descrer. E que tal vés, que credes em Deus, mas nao acreditais em profetas ou revela- Go? Por que nio? Como podeis saber Elder Wirthlin e Elder Larsen ‘A LIAHONA sobre Deus sem revelagio? & mau ter um profeta? Ha alguma regra contra isso? ‘Acaso néo precisamos de um profeta Nao seria consolador, por exemplo, se Presidente da Reptiblica fosse um profe- ta? Nao seria maravilhoso para este pais, se Deus nos dissesse exatamente 0 que deveriamos fazer? De fato, ele estd di- zendo. O tinico problema é que, na maior parte das vezes, nao prestamos atengio. E exatamente 0 mesmo que ocorria nos tempos antigos, quando outros profetas falavam. Preferis cometer adultério, di- vertir-vos no domingo, tomar vosso uis- que, e deixar que alguém mais cuide dos problemas da sociedade e do mundo. Deus tenta corrigir todos esses vicios pe- las palavras do profeta. E somente quan- do tiverdes f€ suficiente, sereis capazes de ouvir a mensagem. ‘Agora, aos mais tolos de todos, que pertenceis & Igreja, e dizeis que nfo estais interessados, Dizeis que nao sois religio- sos e que nfo gostais de freqiientar a Igreja. Algumas pessoas doentes também do gostam de tomar remédio, mas to- mam-no, para que possam curar-se. Lem- brai-vos de quando vossos pais vos obri- gavam a comer verduras? Agora fazeis 0 mesmo com yossos filhos. Permiti-me fa- lar-vos sobre vossas verduras espirituais. Fostes trazidos & luz, Conheceis a respei- to de Deus. Acerca do Salvador. Sabeis que ambos apareceram a Joseph Smith. Sabeis que 0 anjo Moréni entregou o Li- yro de Mérmon a Joseph Smith, Tendes © volume em vossas casas. Credes na Bi- blia. E muita coisa a jogar fora, s6 para irdes pescar. Tenho um amigo que, certa vez, foi passear com a familia no Parque Nacio- nal de Yellowstone. Enquanto foi fiel a seus compromissos como membro e lider na Igreja, alguns de seus parentes zomba- vam de sua natureza religiosa “fanética” Persuadiram-no, certo domingo pela ma- nha, a ir pescar de barco em sua compa- nhia. De repente, levantou-se forte venta- MARGO DE 1980 15 nia, e ante a iminéncia do perigo, todos temeram por suas vidas, O escémnio ¢ 0 ceticismo desapareceram num _ instante. Em lamento unissono, todos olharam pa- ra meu amigo e disseram: “Por favor, po- deria orar por nés?” Evidentemente nao tinham grande f€ em suas préprias ora- ges, ou talvez. sentissem sua indignidade para rogar ajuda divina, A ironia da si- tuagio € que meu amigo, tendo sido tenta- do contra seu melhor julgamento a fazer algo que sentia nao ser aprovado pelo Se- mhor, disse de seu apuro: “Nao tinha ora- Go a proferir. Tudo em que podia pen- sar era um cabegalho de jornal em letras garrafais: ‘Presidente de estaca morre afo- gado durante pescaria no domingo”. Deus teve um bocado de trabalho para que tivésseis 0 evangelho, ¢ o profeta agora vos diz que é melhor prestardes atenco, porque essas coisas sio para vos- sa felicidade, e que os “...rebeldes se- ro tomados de muita tristeza...” (D&C ) Regozijamo-nos, na Igreja, ao cantar, com fervor, 0 grandioso hino “Damos gragas a ti, 6 Deus amado, por... um profeta...” (Hinos, n° 147.) Tenho agora algo a dizer aqueles que se dizem fiéis ¢ devotados ao evangelho. Enquanto somos gratos pelo profeta, certificamo-nos de que realmente ouvimos 0 que ele disse? Sei que vamos para casa inspirados, apés cada conferéncia, tocados pelas_mensa- gens que cle transmitiu, pelos sermdes de todas as Autoridades Gerais. O ver- dadeiro teste, entretanto, € 0 que faze- mos apés chegar em casa. Quatro anos atrds, ao findar-se a con- feréncia geral, o Presidente Kimball dis- se que ficara impressionado com as men- sagens e instrugSes contidas nos diver- sos discursos, e que havia feito uma lista de todas as coisas de que necessitava lem- brar-se, e que, tio logo regressasse & casa, pretendia aperfeicoar-se, de acordo com tudo o que fora dito. (V. A Liahona, fe- yereiro de 1976, p. 99.) Por que nds niio fazemos 0 mesmo? Tendes vossa horta? Estais provendo as necessidades presen- 16 tes e futuras de vossa familia? Estais li vres de dividas? Qual € yosso relaciona- mento com o Salvador? Orais? Ledes as escrituras? Pagais vosso dizimo? Tendes desentendimentos com vossos_vizinhos? ‘ow vossa esposa? ou vossos filhos? Podemos fazer algumas perguntas espe- ciais aos lideres da Igreja. Seria uma des graga criticar-vos, conhecendo vossa de- vocao e sacrificio, mas permiti-me inqui- rir: Estais realmente atentando para o que diz o profeta? Sabemos que alguns de vés realizais mais que outros. Faz agora cinco anos que ele disse que todos os rapazes deveriam fazer missio. (V. A Liahona, setembro de 1974, p. 35.) Por que metade deles ainda esté em casa? Presidentes de quorum e mestres familia- res: Por que ha ainda tantos doentes, ff sica e espiritualmente? Por que néo ligas- tes “...a quebrada, e a desgarrada no tornastes a trazer, e a perdida nfo bus- astes...” (Eze. 34:4)? O Senhor vos cha- mou através de seu profeta, Prestai aten- go ao que ele diz. O modo como aten- tais para o profeta representa a diferen- ga entre Lama e Lemuel ou Néfi. Existem alguns Lamas no sacerdécio da Igreja A todos vés a quem mencionei: des crentes; nio-membros; membros da Igre- ja, tanto figis como os que no so tio de- votados; e todos vés que portais o santo sacerdécio — declaro como alguém que conhece e possui autoridade, que Spen- cer W. Kimball, presidente da A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias, 6 0 profeta de Deus para todos os habi- tantes da terra. Ele € 0 sucessor direto de Isafas, Malaquias, Pedro, Tiago e Joao, de Joseph Smith e dos demais que 0 su- cederam. Ele é 0 apéstolo-chefe de Jesus Cristo sobre a terra, € est4 autorizado a anunciar que 0 evangelho foi restaurado terra, nestes tltimos dias, em prepara. ¢Go para a Segunda Vinda, ¢ que estes so os dias para nos prepararmos. Sua voz de alegria nas boas ¢ glotiosas no- cias que comunica, e uma solene adver- téncia a todos nds. Disso testifico em no- me de Jesus Cristo. Amém A LIAHONA «O América, América! Elder Mark E. Petersen do Conselho dos Doze “Fico a me perguntar se o Senhor nao falaria aos povos modernos da mesma forma — (6) Inglaterra, (6) Alemanha, (6) México, (6) Escandinévia, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos...” pés uma de suas jornadas pela Pa- lestina, Jesus retornou a sua prépria cidade e ensinou na sinagoga no dia santificado. Os que escutaram, ficaram aténitos ante sua doutrina, mas também ofendidos. Ele era conhecido, e 0 povo se ressentiu de sua pretensfo de querer ensiné-los. Dis- seram: “Nao é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmao de Tiago, e de José, e de Judas e de Sim&o? e nao estio aqui co- nosco suas irmas?...” (Marcos 6:3.) Jesus entristeceu-se ao verse rejeitado, ¢ ficou “...admirado da incredulidade deles (Marcos 6:6.) Foi entéo que disse: “...Nao ha profeta sem honra se- ndo na sua patria, entre os seus parentes, na sua casa.” (Marcos 6:4.) Mas ele no foi repelido sé em Nazaré. Ao findarse o seu ministério, era como se todo o pais se houvesse yoltado contra ele. MARGO DE 1980 Ao contemplar sua rejei¢do em Jerusa- Jém, olhou a cidade, e disse: “Jerusalém, Jerusalém... quantas vezes quis eu ajun: tar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, ¢ tu quiseste!” (Mat. 23:37.) E a seguir, predisse o resultado da re- jeigio — a tragica conseqiiéncia que atrai tiam sobre si proprios. Disse ele: “Eis que a vossa vai ficar-vos deserta (Mat. 25:38.) E que desolagao ndo foi! Quando as legides romanas arrasaram a Terra Santa, somente alguns anos depois, e riscaram Jerusalém do mapa, foi tal a catéstrofe, que refletiu perfeitamente a profecia do Salvador, quando afirmou: “Porque have- ré entao grande afligao, como nunca hou- ve desde o principio do mundo até ago- ra, nem tao pouco ha de haver”. (Mat 24:21.) Ao Iermos 0 que Josefo (historiador ju- deu, 37-100 A.D.) escreveu sobre 0 even- to, énos ainda pavoroso contemplar, mes- mo quase dois mil anos depois. Repetidas vezes, geracdo apés geragao, Israel voltara-se aos deuses dos povos vi- zinhos, rejeitando também os profetas. E a desolagio abateu-se sobre 0 povo, da mesma forma que sobre a descendéncia que rejeitou Cristo em sua época. Todas as doze tribos foram levadas em cativeiro, Duas retornaram, mas tornaram-se sujel- tas a Roma. As dez tribos perderam-se no mundo. Os frutos da rebeldia foram, de fato, a desolagao. E qual € a igo em tudo isso? E que nfo ha povo capaz de lutar contra Deus © viver! Toda nagdo que voltar suas cos- tas ao Governante dos Céus, e violar seus preceitos eternos, sentira a mio castiga- dora, Ao estudar estes textos sagrados, penso em nés, que vivemos hoje. Classificamo- nos entre os antigos? Nosso mundo atual aceita ou rejeita o Cristo? Se o rejeitar- mos, preocupa-nos a ameaca de desola- sao? ‘As chamadas nagdes cristas obedecem- sno, de fato? Ou, através de seus crimes 17 e corrupgiio, negam-no em esséncia, en- quanto Ihe prestam louvores da boca pa- ra fora? Jesus Cristo despreza a hipocrisia! Nin- guém objeta mais as palavras vas que 0 Todo-poderoso. Assim sendo, nossos pai- ses cristfos realmente o aceitam e The obedecem? Qual é a evidéncia? © mundo nao mais reverencia o dia santificado. A violacdo é observada em qualquer lugar. O verdadeiro significado da castidade jé se perdeu. Desonestidade 0 modo de vida de milhées. Mesmo nas Igrejas, suas sagradas orde- nangas foram abolidas ou modificadas. Perdeu-se a autoridade divina, Os credos refletem os ensinamentos de homens. A fi- Tiago divina de Cristo € desafiada, as- sim como seu nascimento da virgem. Mui- tos jé no acreditam mais em sua ressur- reicdo. Pode, entdo, o mundo atual dizer, com sinceridade, que aceita Jesus Cristo? Nao deve ele admirar-se da incredulidade de hoje, como se admirou na antiga Nazaré? Nao se espantaria 0 Apéstolo Paulo an- te as muitas divisées do cristianismo atual, em face de sua declaragio de que Cristo nfo esté dividido, ¢ que os cris- aos deveriam todos falar a mesma coisa, e que nao deveria haver dissens6es entre eles? Nao disse ele que os cristiios deve- riam estar perfeitamente unidos em ideais ¢ julgamento, e nfo separados em grupos diversos? (V. 1 Cor. 1) As divis6es da cristandade e as dissen- sGes entre as nagdes cristés nfo eviden- ciam seu afastamento de Cristo? E que tal nés? Refirome a nés, os membros de sua Igreja. Quio devotados somos & causa de Cristo? Existe evidéncia de rejeigao de nossa parte? Se deixarmos de obedecer-lhe, rejeité-lo-emos? Ao aceitar o batismo, fazemos o con- vénio de servir a Deus. Ao participar do sacramento da Ceia do Senhor, novamen- te fazemos convénios de servi-lo, guardar 18 seus mandamentos e nos recordarmos sempre dele. No sacramento, selamos nosso convé- nio, participando dos sagrados emblemas da crucificagio. Literalmente, entao, a0 tomar 0 sacramento, nfo nos empenha- mos em guardar todos os mandamentos? Nao confirmamos esse empenho, comendo do pio partido e bebendo da dgua? © que representa a taga? Seu sangue derramado na cruz, em meio ao sofrimen- to de proporgdes infinitas, sofrimento que fez com que ele, mesmo Deus, 0 maior de todos, tremesse devido & dor, ¢ san- grasse por todos os poros; sofresse tanto corporal como espiritualmente. (V. D&C 19:18.) O Sacrificio Expiatério foi a coisa mais importante que j4 aconteceu, E em virtu- de da expiagao que empenhamos nossa obediéncia ao Pai Celestial. Prometemos ndo somente viver o evangelho de modo geral, mas, especificamente, guardar cada um dos mandamentos. Ao comermos do pio, por exemplo, nao dizemos a Deus que, mediante esse emblema sagrado, concordamos em guar- dar o dia santificado? Ou, no afirmamos diante dos céus que pagaremos, aqui e agora, um dizimo inte- gral, selando nossa promessa tomando o sacramento? Nossos convénios possuem esse signifi- cado especifico? Pergunto-vos, poderiam eles significar algo menos que isso? Estamos sob convénio de viver de ca- da palavra que procede da boca de Deus e de observar suas sagradas ordenangas. Essa obediéncia deve incluir castidade, sobriedade, integridade, honestidade, pu- reza, caridade, temperanga, fidelidade, di- ligéncia no servigo de Deus, bondade fra- ternal, paciéncia ¢ devogio. E deve in- cluir uma total aceitacao de suas ordenan- as prescritas. E através da obediéncia aos manda- mentos que provamos nosso amor a ele. Nao disse ele: “Se me amardes, guarda- ‘A UAHONA reis os meus mandamentos”.? (Joao 14: 15). E deixou bem claro que, se no obe- decermos, ndo 0 amamos. Pergunto-vos agora: Quo diferentes nds, os santos dos tiltimos dias, somos do mundo? E pergunto-vos ainda mais francamen- te: A maioria das pessoas atuais vive em estado de rejei¢o a Cristo, jé que 0 nao serve? Nosso mundo atual esté ameaca: do pelo mesmo tipo de desolagao que sobreveio ao mundo antigo, e pela mes ma razio? Mas ele & misericordioso. Embora te- nha sido desprezado em seus dias, Jesus ainda reservou amor e perdao para todos, até para seus inimigos, caso se arrepen- dam, Foi nesse sentido que thes falou, dizen do: “Jerusalém, Jerusalém... quantas ve- zes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, € tu no quiseste!”. (Mateus 25: 31) Ao estudar suas palavras, fico a me MARGO DE 1980 Membros do Conselho dos Doze apdiam oficiais da Igreja. perguntar se 0 Senhor nao falaria aos po vos modernos da mesma forma compassi- va, € creio que o faria, j& que nao faz acepgao de pessoas. (V. D&C 1: 35.) Supondes que ele poderia agora dizer: (0) América, América, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a ga- junta os seus pintos debaixo das Ou que diria: “(O) Alemanha”, ou E: candinévia, ou qualquer outro povo so- bre a terra, “quantas vezes quis eu ajun- tar os teus filhos”? Se o rejeitarmos nesta época atual, po- deria isso ser menos grave que a apos: tasia da antiga Israel, transformando-se em um povo idélatra? Nao se trata de uma coisa sem impor- tancia a rejeicio do Deus Todo-Podero- so, seja mostrando indiferenca, ou inten- cionalmente, As palavras divinas ainda ecoam em nosso ouvidos: “Nao brinques com coisas sagradas”. (D&C 6: 12.) Seus mandamentos so manifestados claramente, Seus padres de moralidade, 19 © outras virtudes so bem conhecidos. Lamentavelmente, porém, so mais denotados pela rejei¢do que pela aceitagio. Significaria isto que a desol cdo pode vir sobre nés da mesma forma? honestidade, Por que deveriam as legislaturas tole rar a imoralidade, seja 0 homossexualismo ou qualquer outra coisa? Por que a po- licia tolera o vicio e até mesmo o prote: ge? Por que os legisladores — as cortes — se opdem A oracao € ao estudo das es crituras, pretensamente em nome da cons: tituigdo deste pais, onde se afirma, dia- riamente: “Nossa confianga esta em Deus”. (Hino nacional norte-americano; tradugao livre da frase.) Tais pessoas esto a favor de Cristo, ou contra ele, nesta terra crista? Pode ha ver neutralidade no que tange a Deus? Cristo diz que nao! Somos a favor ou contra ele. (V. Mat. 12: 30.) Por que deveriam as legislaturas favo- recer a completa violagéo do dia santifi cado, condenando as leis em prol do ces- samento das atividades nesse dia? Como podem pessoas que se dizem cristas per: mitir que tal aconteca? Quase como criangas, nés ficamos afli- tos ¢ agitados por causa da falta de com bustivel e outras inconveniéncias. Ressen- timo-nos das restrigdes a nossa busca de prazer. Por que nfo admitimos, como homens adultos, que a rejeigao de nossa parte pa- ra com Deus est na taiz de todos os nossos problemas? Por que nos recusa- mos a acordar e enxergar os fatos? Por que nos langar cegamente & catdstrofe? Nao deveriamos dar os passos certos, a fim de sobrepujar nossos conflitos, cri- mes e corrupgdes? $6 ha um caminho: retornar a Deus! E isso deve incluir uma aceitagao sincera do Senhor Jesus Cristo, com total obediéncia aos seus preceitos. © que nao poderia ele fazer pelos E: tados Unidos, se esse pais verdadeiramen- te 0 aceitasse! O que nao faria ele pela Inglaterra, México, Escandinévia, Alema- nha, pelo Oriente, América do Sul, e to dos os povos, se tornassem a ele, arrepen: 20 dendo-se de suas transgressdes © aceitan- do seu divino convite! Diz ele: “Vinde a mim todos os que estais cansados ¢ oprimidos. ¢ eu vos al viarei. Tomai sobre vés 0 meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso € humil- de de coragdo; ¢ encontrareis descanso para as vossas alma “Porque meu jugo é suave © mew far do é leve.” (Mateus 11: 28-30.) Pensai no fardo da guerra e no custo dos armamentos para se preservar a paz. Pensai no fardo do crime e da divida avassaladora, tanto piblica quanto parti- cular. Pensai nos pesados fardos pessoais que carregamos neste mundo, E depois pensai que alivio seria, se de- les nos libertassemos. Isto & possivel, se mos 0 convite de Cristo. Comparado aos nossos, seu fardo é, de fato, leve. Seu jugo € suave, e no calor de sua alma divina, ele acolheré todo ser arrependido. Nao precisamos temé-lo, porque é manso ¢ humilde de coragdo. Escutai! Podeis ouvir seu chamado? Ele diz agora: “(O) América, América, quantas vezes ainda vos ajuntarei — se quiserdes vir?” “(O) Inglaterra, (6) Escandinévia, (6) México, (6) Alemanha, (6) Japao, (6) Co- réia, e todas as outras terras.” Podeis ou: vir? Ele vos chama — agora, hoje. Ele vos ajuntaré agora, vos nutriré e fard prosperar, dando-vos a paz — se vos ache gardes a cle, em humildade e arrependi mento. Neste pais (Estados Unidos da Améri ca), cantamos freqiientemente “Deus sal ve a América”. Que continuemos a fazé. lo, como oracdo. Mas porque também. nao cantar Deus salve a Inglaterra, Deus salve a Escandinévia, Deus salve a Amé- rica do Sul, 0 México, Oriente, e Deus salve a Austrélia, Nova Zelandia, e Deus salve todos os outros paises? Ele os aben oaraé — a cada um — se tornarem a ele, com pleno propésito de coragao. Nao ha outro meio. Ele pode acabar com suas guerras, con: flitos internos, pobreza, desemprego e a A LIAHONA necessidade de constante assisténcia so- cial gratuita, sistema que nao requer es- forgo por parte do povo. Ele pode elimi- nar seus crimes, corrupcao moral € as mo- léstias que os assaltam. Pode darlhe paz — paz genuina — mental, fisica, espiritual, econémica ¢ po- litica. Mas € preciso que paguem o pre- 0, que & a obediéncia sincera ao evan- gelho do Senhor Jesus Cristo. Por que nfo usar 0 bom senso para compreender? Por que nao utilizar a ra- zo, a fim de nos tornarmos a ele, pron- ta e alegremente? E 0 Gnico caminho se- guro. Nao hd retérica indtil no que disse mos hoje. Falamos de fatos reais, das vi- cissitudes da vida Houve uma época na América antiga em que tais béncdos advieram a esta terra, e duraram duzentos anos. Houve paz e prosperidade em todos os lugares. Nao havia guerras, crimes, , pobreza, cortupeao moral e nenhuma das. moléstias produzidas pelo pecado — e isso durante duzentos anos. Nao se trata de conto de fadas. Foi uma grandiosa realidade. Um capitulo vi tal na histéria do mundo, que jé aconte- ceu, mas nfo mais se repetiu. Ainda as. sim, pode repetir-se agora, hoje, nos mes- mos termos. Os bilhdes que despendemos em arma- mentos poderiam ser utilizados para pro- psitos pacificos. Os bilhdes perdidos no crime poderiam ser dirigidos A melhoria da raga humana. Nao haveria conflitos raciais, greves, boicotes, complés patro- nais, exércitos ou marinhas nem satélites espides. Tudo isso esté a0 nosso alcance; € uma grande realidade. O prego é muito menor do que agora pagamos, e as recompensas indizivelmente maiores. © Jerusalém! © América! O Inglaterra, € todes os demais paises! O Senhor diz a todos: “Vinde a mim... e eu vos alivia rei.” (Mateus 11: 28) Em nome do Se- nhor Jesus Cristo. Amém MARGO DE 1980 Como Conservar a Espiritualidade Presidente Marion G. Romney Segundo Conselheiro na Primeira Presidéncia “Estar em sintonia com Deus € ser espiritual. © homem em si € naturalmente espiritual. Seu espirito € um filho de Deus.” eus amados irmios e irmas, busco M: Espirito do Senhor, ao apresen- sentar-vos uma mensagem. Escolhi falar sobre como conservar a espiritual dade. O assunto veiome & mente, en- quanto ponderava a admoestacio de Ja c6, irmao de Néfi: Lembrai-vos de que ter a mente carnal € morte ¢ ter a mente espiritual 6a vida eterna.” (2 Néfi 9: 39) © Presidente McKay definiu a espiri- tualidade como “a consciéncia da vit6ria sobre si mesmo e da comunhao com o in- ito. A espiritualidade, acrescentou, im- pele o ser a sobrepujar as dificuldades, adquirir mais e mais fora. Uma das ma sublimes experiéncias da vida é sentir a faculdades desabrochando ¢ a alma se ex- pandindo.” (David O. McKay, Stepping Stones to an Abundant Life, comp. Lle- welyn R. McKay, Salt Lake City; Dese: ret Book Co., 1971, p. 99.) at Por meio do Profeta Joseph Smith, o Senhor revelou a verdade de que “ todo espirito é matéria, mas € mais fino ou puro, e s6 pode ser discernido por olhos de maior pureza.” (D&C 131: 7.) Abraao disse: “... 0 Senhor havia mos- trado a mim... as inteligéncias que fo- ram organizadas antes de existir 0 mun- do “E Deus viu essas almas, que eram boas... porque estava entre os que eram espiritos...” (Abrado 3: 22-23.) Esses espiritos eram a progénie de Deus, 0 qual, de acordo com Joao, tam- bém € um espirito. Ele — ou seja, Joao — escreveu: “Deus € Espirito, e importa que os que 0 adoram o adorem em espi- rito e em verdade.” (Jodo 4: 24.) Embora o espirito de Deus seja reves- tido de“... um corpo de carne e ossos tio tangivel como o do homem...” (D&C 130: 22), esse corpo nao é nem temporal nem como ele diz, “... todas as coisas me sio espirituais...” (D&C 29: 34). “...Pelo poder do meu espirito.. criei.. todas as coisas, tanto espirituais como temporais — “Primeiro espitituais, segundo as tem- porais, que é 0 principio do meu traba- Iho; e outra vez, primeiro as temporais, e segundo as espirituais, que € 0 fim do meu trabalho — Todas as coisas me sio espi tuais, e em tempo nenhum vos dei uma lei que fosse temporal...” (D&C 29: 31- 32, 34.) Estar em sintonia com Deus € ser es piritual. O homem em si é naturalmen- te espiritual. Seu espfrito € um filho de Deus. Os espiritos dos “... habitantes (de todos os mundos) sio filhos e filhas gerados para Deus”. (D&C 76: 24) E mais ainda: “... 0 espirito dé luz a todo o homem que vem ao mundo; ¢ 0 espirito alumia a todo o homem no mun- do que atende a sua voz, “E todo aquele que atende a voz do espirito vem a Deus, sim o Pai”. (D&C 84: 46-47.) 2 “Todo espirito do homem no principio era inocente; e tendo-o Deus redimido da queda, 0 homem se tornou outra vez, em seu estado de infancia, inocente diante de Deus. E aquele ser iniquo.. vem e tira dos filhos dos homens a luz e a verdade.” (D&C 95: 38-39) A perda de espiritualidade comecou com os filhos de Ado ¢ Eva, ao se re- cusarem a obedecer aos ensinamentos de seus pais. Lembrar-vos-eis de que um anjo ensi- nou o evangelho a Adao (V. Moisés 6-8) e que, depois, "... Adio... foi ar- rebatado pelo Espirito do Senhor...", ba- tizado e recebeu o Espirito Santo. “...E assim nasceu do Espirito...” (V. Moisés 6; 64-65; e também Moisés 5: 10.) “E Adio e Eva abencoaram o nome de Deus e fizeram saber todas as coisas a seus filhos e suas filhas. “E Satanés apareceu entre eles (esses filhos e filhas), dizendo: Eu sou também um filho de Deus, ¢ mandow-os, dizendo: Nao creiam (quer dizer, nao acreditem nos ensinamentos de vossos pais), e eles ndo creram, e amaram Satands mais que a Deus. E, daquele tempo em diante, os homens comecaram a ser carnais, sen- suais e diabdlicos". (Moisés 5: 12-13.) A espiritualidade vem pela {é, arrepen- dimento, batismo e obtengao do Espirito Santos, Quem tem a companhia do Espi- rito Santo encontra-se em harmonia com Deus. E, por conseguinte, espiritual. A espiritualidade é conservada, vivendo-se de modo que se mantenha tal companhia. Um modo seguro de conseguirmos isso € aprender nossos deveres e cumpriclos. Eles incluem a obediéncia ao primeiro e a0 segundo grandes mandamentos: “ Amards o Senhor teu Deus de todo teu coragio, e de toda tua alma, e de todo teu pensamento”. E “ amarés o teu préximo como a ti mesmo”. (Mateus 22: 37, 39.) Incluem a obediéncia aos Dez Mandamentos e ao Sermfo da Monta- ‘8 LIAHONA nha, a aplicagdo das Regras de Fé, ¢ a oragio, Quanto & importancia da oragio para se conservar a espiritualidade, € interes- sante notar que o primeiro mandamento dado por Deus a Adao e Eva, apés sua expulsio do Jardim, e que se encontra registrado, foi“... que adorassem ao Se- nhor seu Deus...” (Moisés 5:5.) © préximo ser vindo dos céus que fa- Jou a Adio, foi o anjo que Ihe explicou que o sacrificio que este oferecia era *.. 4 semelhanga do sacrificio do Unigénito do Pai “Portanto”, acrescentou, “farés tudo 0 que fazes em nome do Filho e te arrepen- ders e invocarés a Deus em nome do Fi. Iho para todo o sempre.” (Moisés 5: 7-8.) Daquele momento em diante, nfo hé mandamento divino mais freqiientemente repetido que o de orar em nome do Se- nhor Jesus Cristo. Uma das ligdes mais notdveis acerca da importancia da oragao foi recebida pe- lo irmao de Jared, quando “... 0 Se nhor... permanecendo numa nuvem, fa- Jou com ele. E durante trés horas falou 0 Senhor com o irmao de Jared, repreen- dendo-o por se ter esquecido de invocar co nome do Senhor. “BE”, prossegue 0 registro, “o irmao de Jared arrependeu-se do mal que havia fei- to ¢ invocou o nome do Senhor por seus irmfos, que se achavam com ele. Eo Senhor Ihe disse: Perdoarei os teus pe- cados ¢ os de teus irmaos; mas néo peca- reis mais, porque vos lembrareis de que meu Espirito no contenderé para sempre com o homem...” (Eter 2: 14-15.) Nao se passou muito tempo para que © irmao de Jared orasse com tal fé, que (© Senhor Jesus Cristo, na época um espi- rito prémortal, Ihe aparecesse, e disses- se: Eis que sou Jesus Cristo Criangas animadas com sua visita ao Taberndculo. MARGO DE 1980 Este corpo que agora vés ¢ 0 corpo do meu espirito; ... € assim como te apareco em espirito, aparecerei a meu po- vo na carne.” (Eter 3: 14, 16.) Outra convincente evidéncia do poder da oragéo auxiliando a manter a espiri- tualidade 6 0 relato de Enos, filho de Ja- 6, que escreveu: “E relatar-vos-ei a luta que tive perante Deus, antes de receber © perdio de meus pecados. “Eis que sai para cagar animais nas florestas; e as palavras que freqiiente- mente havia ouvido de meu pai sobre a vida eterna e a alegria dos santos pene- traram profundamente em meu coragao. “E minha alma ficou faminta; ajoelhan- do-me ante o Criador, dirigithe uma fer- vorosa ora¢éo, suplicandothe por minha propria alma; orei o dia inteiro ¢, até depois de ter anoitecido, continue a ele- var minha voz, para que ela chegasse a0 céu. “E veiome uma voz, dizendo: Enos, teus pecados te so perdoados e tu se- rés abencoado. “E eu, Enos, sabia que Deus néo men- tiria; portanto, minha culpa foi apagada. “E eu disse: Senhor, como isso se fez? “E ele me respondeu: Por tua f¢ em Cristo, a quem nunca ouviste nem viste antes. E muitos anos se passardo antes que ele se manifeste na carne; portanto, vai, tua f6 te salvou, “E tendo eu ouvido estas palavras, co- mecei a desejar o bem-estar de meus ir- mos, os nefitas; portanto, implorei a Deus com toda a minha alma, por eles. “E enquanto estava assim lutando em espirito, eis que a voz do Senhor veio de novo a minha mente, dizendo: Visitar teus irméos, de acordo com a diligéncia que tiverem em guardar meus manda- mentos...” (Enos 1: 2-10.) Examinar as escrituras € outro auxilio valioso para se conservar a espiritualida- de, Alma presta testemunho disso, em seu relato das miraculosas realizagdes missio- nérias dos filhos de Mosiah. Haviam-se fortalecido no conheci- mento da verdade...”, disse ele, “por- 24 que eram homens de haviam examinado diligentemente as es- crituras para conhecer a palavra de Deus. E nfo s6 isso; tinham-se entregado a muitas oragdes e jejuns; por isso tinham © espitito de profecia e de revelacao, ¢ quando ensinavam faziam-no com poder © autoridade de Deus.” (Alma 17: 25.) A oragdo e 0 exame das escrituras ca- minham lado a lado, como auxilios para se obter € conservar a espiritualidade. “Ora sempre”, disse 0 Senhor ao Pro- feta Joseph, “para que possas sair vence- dor; sim, para que possas vencer Sata- nas e escapar das mos dos servos de Sa- tands, que apéiam seu trabalho.” (D&C 10: 5.) No que tange as escrituras, Joao rela- ta que Jesus afirmou: “Examinais as es- crituras, porque vés cuidais ter nelas a vida eterna, € so elas que de mim testi- ficam.” (Jodo 5: 39.) O objetivo do sacramento é promover a manutenco da espiritualidade. Ambas as oracées reveladas para bén¢do do pao & da Agua, contém a frase: “... para que (os que participarem) possam ter... con- sigo o seu espirito...” (V. D&C 20: 77, 79.) Em uma revelagdo registrada na secdo 59, de Doutrina e Convénios, dada atra- vés do Propeta Joseph Smith, em 7 de agosto de 1831, para orientacdo dos san- tos que acabavam de chegar a Jackson County, Missouri, o Senhor citou uma lista de instrugdes, essenciais para que mantivessem a espiritualidade. Disse ele, em parte: “Eis que bem-avehturados, diz © Senhor, sio os que vieram a esta terra com olhos fitos na minha gléria. . “Pois os que viverem herdardo a ter- ra, € os que morrerem descansarao de to- dos os seus trabalhos, e suas obras 0s se- guirdo; e nas mansGes de meu Pai, as quais thes preparei, receberao uma coroa. “Sim, bem-aventurados aqueles cujos pés esto sobre a terra de Sido, e que obe- decerdo ao meu evangelho; pois recebe- réo como recompensa as coisas boas da terra, a qual produziré com sua forca ‘A LIAHONA Bete “E eles serdo também coroados com ben- dos do alto, sim com mandamentos, néo poucos, e com revelacdes no seu proprio tempo — os que sio figis e diligentes diante de mim, “Portanto, dou-lhes um mandamento, dizendo assim: Amarés ao Senhor teu Deus de todo teu coragdo, de todo teu poder, mente € forga; e em nome de Je- sus Cristo 0 servirds. “Amaris ao teu préximo como a ti mesmo. Nao furtards, nem cometerés adul- tério, nem matards, nem farés coisa al- guma semelhante. “Em todas as coi Senhor teu Deus. “Em retidao oferecerés um sacrificio ao Senhor teu Deus, sim, 0 de um corago quebrantado ¢ espirito contrito. “E, para que te conserves limpo das manchas do mundo, irés & casa de ora g8o € oferecerds os teus sactamentos no meu dia santificado “Pois, na verdad um dia desig. nado a ti para descansares de teus tra- balhos e prestares a tua devocdo a0 Altis- simo; “Contudo, teus votos serdo oferecidos em retidfo todos os dias e em todos os tempos; “Mas, lembra-te de que neste, 0 dia do Senhor, oferecerés as tuas oblagdes e teus sacramentos a0 Altfssimo, confessando os teus pecados aos teus itmaos e perante 0 Senhor, E, neste dia, nfo farés nenhuma outra coisa, somente seja 0 teu alimento prepa- rado com singeleza de coragdo para que © teu jejum seja perfeito, ou, em outras para que © teu gozo seja com- sas renderés gragas a0 este & palavras pleto. “Na verdade, isso € jejum e oragdo, ou, em outras palavras, regozijo e oragao. “E, se fizerdes estas coisas com ages de graca, com coragdes e rostos alegres, com nao muita hilaridade, pois isto € pe- ado, mas com um coracdo alegre e rosto contente — “Na verdade eu digo que, se assim fi- zerdes, a plenitude da terra é vossa, as MARGO DE 1980 feras do campo e as aves do céu, € 0 que sobe nas érvores e anda sobre a terra; “Sim, e a erva e as coisas boas que provém da terra, quer sejam para alimen- to quer para vestudrios, para casas, esté- bulos, pomares, hortas ou vinhas. “Sim, todas as coisas que provém da terra na sua estagao, sao feitas para o be- neficio e uso do homem, tanto para agra- dar aos olhos, como para alegtar 0 co: racio; “Sim, para alimento e para vestuétio, para gosto e para cheiro, para fortalecer © corpo e avivar a alma. “E agrada a Deus ter dado ao homem todas estas coisas; pois para este fim fo- ram feitas, para serem usadas com discer- nimento, sem excesso ou extorsio. “E em nada ofende o homem a Deus, ou contra ninguém esté acesa a sua ira, a no ser contra os que nfo confessam a sua mio em todas as coisas, ¢ ndo obede- cem aos seus mandamentos. “Bis que isto est4 de acordo com a lei € os profeta: “...Aprendei que aquele que pratica as obras de justica, receberé sua recom- pensa, sim, paz neste mundo e vida eter- na no mundo vindouro. Eu, © Senhor, 0 disse, € 0 espirito o testifica...” (D&C 59:1-24.) ‘A espiritualidade, irmfos e irmis, ad- viré a todos os que seguirem este pa- drao, pois que 0 proprio Senhor o disse: “.,.Aconteceré que toda a alma que re- nunciar aos seus pecados e vier a mim, e clamar ao meu nome, e obedecer a mi nha voz, e guardar os meus mandamentos, veré a minha face e saberé que eu sou; “E que sou a luz verdadeira que ilumi na todo o homem que vem ao mundo; “E que estou no Pai, e o Pai em mim, e © Pai e eu somos um.” (D&C 95:1-3.) Este € 0 padrao, meus amados irmios e irmas, para se conservar a espiritualidade. Que possamos todos ser bem sucedidos em obté-la, em agradar ao Senhor e em aché-lo, eu oro, humildemente, em nome de Jesus Cristo. Amém, 25 Sessio de sibado a tarde, 6 de outubro de 1979 Apoio dos Oficiais da Igreja Presidente N. Eldon Tanner Primeiro Conselheiro na Primeira Presidéncia Antes de apresentar as autoridades pa- ra 0 voto da conferéncia, o Presidente Kimball solicitou-me que lesse a seguinte declarago: Devido ao grande aumento do ntimero de patriarcas de estaca, e da disponibilidade dos servigos patriarcais em todo 0 mundo, designamos agora o Flder Eldred G. Smith como Patriarca Emérito, 0 que significa que ele seré hon rosamente dispensado de todos os deveres € responsabilidades pertinentes ao offcio de patriarca da Igreja. O Presidente Kim- ball solicitou-me, também, que anunciasse a desobrigagao honrosa com um voto de agradecimento pelo excelente _servico prestado, da presidéncia geral da Es- cola Dominical — que consiste dos pre- sidentes Russell M. Nelson, William D. Oswald e J. Hugh Baird, e da presidén- cia geral dos Rapazes — que consiste dos presidentes Neil D. Schaerrer, Graham W. Doxey ¢ Quinn G. McKay. A conferén- 26 cia observaré que, & medida que os no- mes forem lidos, membros do Primei Quorum dos Setenta serao apresentados compondo as novas presidéncias da Esco- la Dominical e dos Rapazes. Todos os que estiverem a favor, queiram manifes- té-lo; em contrério, pelo mesmo sinal, E proposto que apoiemos o Presidente Spencer W. Kimball como profeta, viden- te, revelador e presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias Todos a favor, queiram manifesté-lo. Se houver alguém contrério, pelo mesmo nal. Nathan Eldon Tanner como primeiro conselheiro na Primeira Presidéncia, © Marion G. Romney como segundo con- selheiro na Primeira Presidéncia. Todos a favor, manifestem-no, por favor. Se hou- ver alguém contrério, pelo mesmo sinal. E proposto que apoiemos como presi- dente do Conselho dos Doze, o Elder Ez- ra Taft Benson. Todos a favor, queiram manifestarse. Se houver alguém contré- tio, pelo mesmo sinal. Como 0 Quorum dos Doze Apéstolos Ezra Taft Benson, Mark E. Petersen, Le- Grand Richards, Howard W. Hunter, Gor- don B. Hinckley, Thomas S. Monson, Boyd K. Packer, Marvin J. Ashton, Bru- ce R. McConkie, L. Tom Perry, David B. Haight © James E. Faust. Todos a favor, queiram manifesté-lo. Se houver alguém contrério, pelo mesmo sinal. Os conselheiros na Primeira Presidén- cia e os Doze Apéstolos como profetas, videntes e reveladores. Todos a favor, queiram manifestar-se. Se houver alguém contrério, pelo mesmo sinal. Spencer W. Kimball como representan- te legal de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias. Todos a favor, manifestem-se. Se houver alguém contré- rio, pelo mesmo sinal Como Patriarca Emérito, Eldred G. Smith. Todos a favor, queiram manifes- télo. Se houver alguém contrério, pelo mesmo sinal. ‘A LIAHONA. Como a presidéncia e membros do Pri- meiro Quorum dos Setenta: Franklin D. Richards, J. Thomas Fyans, A. Theodore ‘Tuttle, Neal A. Maxwell, Marion D. Hanks, Paul H. Dunn, W. Grant Banger- ter. Todos a favor, queiram manifesté-lo Se houver alguém contrétio, pelo mesmo sinal Como demais membros do Primeiro Quorum dos Setenta: Theodore M. Bur- ton, Bernard P. Brockbank, Robert L. Simpson, O. Leslie Stone, Robert D. Ha- les, Adney Y. Komatsu, Joseph B. Wirthlin, Hartman Rector Jr., Loren C. Dunn, Rex D. Pinegar, Gene R. Cook, Charles A. Didier, William R. Bradford, George P. Lee, Carlos E. Asay, M. Rus: sell Ballard, John H. Groberg, Jacob de Jager, Vaughn J. Featherstone, Dean L. Larsen, Royden G. Derrick, Robert E. Wells, G. Homer Durham, James M. Pa: ramore, Richard G. Scott, Hugh W. Pin- nock, F. Enzio Busche, Yoshihiko Kiku- chi, Ronald E. Poelman, Derek A. Cuthbert, Robert L. Backman, Rex C. MARCO DE 1980 Os élderes Pete Reeve Sr., F. Burton Howard, Teddy E. Brewerton ¢ Jack H. Goaslind Jr. Como membros eméritos do Primeiro Quorum dos Setenta: Joseph Anderson, William H. Bennett, James A. Cullimore, Sterling W. Sill, Henry D. Taylor, John H. Van- denberg e S. Dilworth Young. Todos a favor, queiram manifestélo. Se houver alguém contrério, pelo mesmo sinal. Como Bispado Presidente: Victor L. Brown, bispo presidente; H. Burke Peter- son, primeiro conselheiro; e J. Richard Clarke, segundo conselheiro. Todos a fa vor, queiram manifestarse. Se houver al- guém contrério, pelo mesmo sinal. Como representantes regionais: Todos os representantes regionais como presen- temente constitufdos. A Escola Dominical: Elder Hugh W. Pinnock, presidente; Ronald E. Poelman, primeiro conselheiro; Jack H. Goaslind Jr., segundo conselheiro; com os demais membros da junta conforme presentemen- te constituida, sen & MeConkie. a Os Rapazes: Robert L. Backman, pre- sidente; Vaughn J. Featherstone, prime ro conselheiro, Rex D. Pinegar, segundo conselheiro; e todos os membros da junta conforme presentemente constituida, A. Sociedade de Socorro: Barbara Bradshaw Smith, presidente; Marian Ri- chards Boyer, primeira conselheira; ¢ Shir- ley Wilkes Thomas, segunda conselheira: com todos os membros da junta, conforme presentemente constituida. ‘As Mogas: Elaine A. Cannon, presiden- te; Arlene B. Darger, primeira conselhei- ra; € Norma B. Smith, segunda conselhei- ra; com todos os membros da junta, con- forme presentemente constituida. A. Associagéo Priméria: Naomi M. Shumway, presidente; Colleen B. Lem- mon, primeira conselheira; e Dorthea Lou C. Murdock, segunda conselheira; com todos os membros da junta conforme pre- sentemente constituida. Todos a favor, queiram manifestar-se. Os que se opdem, pelo mesmo sinal. A Junta de Educagio da Igreja: Spen: cer W. Kimball, N. Eldon Tanner, Ma rion G. Romney, Ezra Taft Benson, Gor- don B. Hinckley, Thomas S. Monson, Boyd K. Packer, Marvin J. Ashton, Neal ‘A. Maxwell, Marion D. Hanks, Victor L. Brown e Barbara B. Smith. Todos a fa vor, queiram manifestarse. Se houver al- guém contrério, pelo mesmo sinal © Comité de Finangas da Igreja: Wil ford G. Edling, Harold H. Bennett, Wes: ton E. Hamilton, David M. Kennedy e Warren E. Pugh. © Coro do Tabernéculo: Oakley S. Evans, presidente; Jerold D. Ottley, re- gente; Donald H. Ripplinger, regente as- sistente; Robert Cundick, Roy M. Darley e John Longhurst, organistas do Taber- néculo. Todos a favor, queiram manifestar-se Se houver alguém contrério, pelo mesmo sinal Parece, Presidente Kimball, que 0 voto foi unanime em favor desses oficiais e autoridades gerais. 28 Oracoes € Respostas Elder Boyd K. Packer do Conselho dos Doze im a saber que a voz de inspiragio vem mais como um sentimento que como som.” eus irmdos ¢ irmas, oro por inspi- Mosse a0 falar aos jovens sobre a prece e as coisas que se The sucedem. Temos tido amplo éxito, na Igreja, en: sinando nossos membros a orar. Mesmo nossos pequeninos aprendem a cruzar os bracinhos, baixar a cabeca, e, com auxi- lio sussurrado pelos pais e irmaos, logo aprendem a orar. Ha uma parte da oracio — a parte da resposta — que talvez, se comparada, ne- aligenciemos. Hé algumas coisas a respeito de res- postas as orages que podeis aprender desde pequenos, e servirio de resguardo para vés. Ha muitos anos atrés, John Burroughs, um naturalista, andava a pé, certa noite de yerao, por um parque apinhado de gente. Em meio aos sons da cidade, ele escutou o cantar de um péssaro. A LIAHONA, i he 0 i 30 ja er lo te Parou ¢ escutou! Os que estavam em sua companhia nao ouviram. Othou em volta de si. Ninguém mais percebera o som. Perturbou-o 0 fato de que alguém percebesse algo tao belo. Tirou uma moeda do bolso, ¢ atirou-a ao ar. Ao cair no cho, provocou 0 som caracteristico, porém com intensidade se melhante & do canto do passarinho. Todos se voltaram; aquilo eles ouviram! E muito dificil distinguir o trinar de um passaro em meio ao rufdo de uma ci- dade. Mas € possivel ouvi-lo. Podereis es cutar claramente, se treinardes e apurar des vossos ouvidos para tal Um de nossos filhos sempre teve inte: esse por ridios. Quando era ainda pe queno, ganhou, como presente de natal um “kit” elementar para montagem de um aparelho receptor Ao crescer, ganhou um equipamento mais requintado. No decorrer dos anos, e até recente mente, houve muitas oportunidades em que me sentei com ele, enquanto falava com alguém, em algum local distante do mundo. Eu podia ouvir estética, interferéneias e captar uma ou duas palavras, ou, as vezes, varias vozes ao mesmo tempo. Apesar disso, ele conseguia entender perfeitamente, porque se havia treinado para distinguir os sons em meio feréncias as inter E dificil destacar a suave voz de ins: piragao do meio da confusao da vida, A menos que yos sintonizeis com ela, néo ireis escuté-la. Respostas as oragdes vém de modo muito calmo. As escrituras descrevem a vor de inspiracio como mansa e delicada. Se de fato tentardes, aprendereis a aten- tar para essa voz Nos primeiros anos de nosso casamen- to, os filhos vieram a intervalos peque: nos. Como pais de filhos pequenos sabe Fo, é raro terse uma noite de sono sem interrupgGes. MARGO DE 1980 Se tendes um bebé, uma crianga com os dentes nascendo e outra com febre, talvez seja preciso levantar & noite uma centena de vezes. (Isso, € claro, é um exa- gero. Provavelmente, serio s6 umas vin- te ou trinta vezes. ..) Finalmente, dividimos as criangas en- tre “papai” e “mame”, no que tangia 0s cuidados noturnos. Ela atenderia o bebé, e cu cuidaria da crianga com os dentes aparecendo. Um dia viemos a descobrir que cada um de nés ouvia somente o filho para o qual nos haviamos designado, dormindo trangiiilamente, quando se tratava do cho- ro da crianga aos cuidados do cénjuge. Comentamos a respeito disso com 0 passar dos anos, convencidos de que a gente pode treinarse para ouvir 0 que quiser, ver e sentir 0 que desejar, mas preciso um certo condicionamento. Tantos de nés passamos pela vida e ra- ramente, se € que algumas vezes aconte- ce, ouvimos a voz de inspiragio, porque «"..0 homem natural ndo compreende as coisas do Espirito de Deus, porque the parecem loucura; e nfo pode entendé-las, porque elas se discernem espiritualmen: te.” (1 Cor. 2:14.) As escrituras contém muitas ligdes.so- bre esse assunto. Léhi relatou sua visio aos filhos, mas Lama e Lemuel resistiram aos seus ensi namentos: “Pois que, verdadeiramente, Ihes havia dito muitas coisas que eram dificeis de ser compreendidas, a menos que se recorresse ao Senhor; mas, como cram duros de coragdo, nfo procuravam © Senhor como deviam.” (1 Néfi 15:3.) Reclamaram ao irmao mais jovem, Néfi dizendo que nao podiam entender seu ¢ Néfi Ihes fez a pergunta: “...Ha- veis perguntado ao Senhor? “E eles (Ihe) responderam: Nao per- guntamos, porque 0 Senhor nfo nos a conhecer estas coisas.” (1 Néfi 15: Posteriormente tentaram causar dano a i, e este thes disse: “Sois répidos em cometer inigiidades, porém vagarosos em 29 lembrar-vos do Senhor vosso Deus. Ha. veis visto um anjo, que vos falou; sim, haveis ouvido sua voz de quando em quando; e ele vos falou numa voz man- sae delicada, porém havieis perdido a sensibilidade de modo que nao pudestes perceber suas palavras...” (1 Néfi 17:45; itélicos acrescentados.) Vim a saber que a voz de inspiragio vem mais como um sentimento que como um som, Jovens, permanecei em condiges de atentar para a inspiragao, Soube, também, que um dos propési- tos fundamentais da Palavra de Sabedo- ria tem algo a ver com revelagao. Desde que éreis pequenos, temo-vos ensinado a evitar 0 cha, café, dleool, taba- co, nareéticos e qualquer coisa que pre- judique vossa satide. 30 E sabeis que muito nos preocupamos, quando sabemos que um de vés se cor: rompe com tais coisas Se alguém fica meio “alto”, ou “liga. do”, por causa do uso de tais substan- cias, € mal consegue ouvir uma conversa de outra pessoa, como podera atender & inspiracdo, que atinge os sentimentos mais delicados? Valiosa como é, sendo uma lei de sati- de, a Palayra de Sabedoria pode ser-vos muito mais valiosa ainda do ponto de vis- ta espiritual Mesmo que observeis a Palavra de Sa- bedoria, hé algumas coisas que vos po- dem acontecer, fisicamente, mas elas, de modo geral, néo vos irdo prejudicar espi ritualmente. Quando vos tornardes pai ou mie, no vivais de modo que vossos filhos fiquem sem diregao, gracas aos hdbitos que vos houverem deixado sem. inspiraco © Senhor tem um modo de derramar inteligéncia pura em nossa mente para nos inspirar, guiar e ensinar, para nos ad- vertir. Podeis saber instantaneamente as coisas de que necessitais! Aprendei a re- ceber inspiragao. Até mesmo vossas atividades juvenis tém algo a ver com inspiracao, porque incluem servigo ao préximo. A inspiragdo vem mais rapidamente, quando dela ne- cessitamos para ajudar os outros, e mais Ienta quando nos preocupamos so- mente conosco. Ora, eu sei que alguns jovens se res- sentem um pouco, quando comentamos certas coisas como a miisica selvagem que é oferecida na atualidade. Nao podeis ver que no recebereis muita inspirag@o, enquanto vossa mente estiver tomada por estas coisas? © tipo certo de misica, por outro la- do, pode preparar-vos para receber inspi: Deveis saber, também, que além da es- tética e interferéncias que obstruem os circuitos hé sinais falsos. ‘A LIAHONA, Alguns receberam revelacées ¢ ouvi ram Yozes que se manifestaram delibera- damente, provindas de fontes iniquas, des- tinadas a subverter. Podeis aprender a reconhecé-las e eliminé-las, se 0 desejar- des. Como podeis saber a diferenga? Como saber se determinado impulso € uma ins piragdo ou tentacao? Minha resposta deve certamente expor minha grande confianga na juventude. Creio que os jovens, se ensinados corre- tamente, so basicamente sensiveis. Na Igreja, nao estamos isentos de bom enso. Para comecar, podeis saber que no sereis levados a furtar, mentir, trapa- cear ou unir-vos a alguém em algum tipo de transgresso moral, movidos por uma fonte justa Tendes consciéncia, desde que sois me- ninos e meninas. Ela vos orientaré a di tinguir as coisas erradas. Nao a sufoqueis. Mais uma vez, as escrituras nos dizem algo. Lede o Livro de Mérmon — Moré- ni, capitulo 7. Citarei somente um ver- siculo: “Pois, meus irmaos, dado vos foi jul- gar, a fim de que possais distinguir 0 que € bom do que é mau; ¢ a maneira de jul- gar, para que tenhais um conhecimento perfeito, é tao clara como a luz do dia comparada com as trevas da noite.” (Mo- roni 7:15.) Lede todo o capitulo. Ele contém a maneira de se julgar e discernir as coisas. Se, por acaso, estiverdes confusos, sen- tindo-vos mal dirigidos, buscai conselho junto a yossos pais e vossos lideres. Jovens, liderareis esta Igreja amanha, ou depois, ou talvez um pouco mais tar- de, Estamos organizados para incluir-vos (© mais plenamente possfvel nas ativida- des e administragéo da Igreja. Jé aprendestes como orar. Precisais sa- ber como obter respostas. E bom apren- der, enquanto se é jovem, que as coisas espirituais nfo podem ser forgadas MARGO DE 1980 As vezes lutais com um problema e nao recebeis a resposta. O que poderia estar errado? Pode ser que nada esteja errado, Pode ser que nfo estejais fazendo as coi- sas certas o tempo suficiente. Lembrai- -vos de que nao podeis forgar as coisas espirituais. As vezes nos confundimos simples. mente porque néo queremos receber nao como resposta. Em varias ocasides, quando um mem- bro insiste em que algo deve ser feito a seu modo, lembro-me da grande ligio, ex- traida da hist6ria da Igreja, e digo, para mim mesmo: Muito bem, Joseph, entrega o manus- crito a Martin Harris. Faze a coisa de teu jeito, e vé aonde vais parar. Entio, quan do estiveres confuso e abalado, retorna, € te poremos no curso que poderias ter seguido antes, se houvesses sido submis: so € obediente, Alguém escreveu: Com mios impacientes, irresponsaveis Emaranhamos os planos Obrados pelo Senhor. E quando gritamos na dor, ele di ‘Aquieta-te, homem, enquanto desfago 0 né. (Anénimo). Armazenai as perguntas dificeis em vos- sa mente, e continuai a viver. Ponderai e orai silenciosa e persistentemente a res- peito delas. A resposta poderé nao vir como um fa- cho de luz. Talvez venha como uma pe- quena inspiragéo aqui ¢ uma outra ali, “., linha sobre linha, preceito sobre pre- ceito...” (D&C 98:12.) Algumas respostas virao da leitura das escrituras, outras, ouvindo-se os oradores. E, ocasionalmente, quando for importan- te, através de inspiracdo poderosa ¢ dire- ta. O estimulo ser4 claro e inconfundivel. Podeis aprender agora, em vossa ju- ventude, a ser guiados pelo Espirito Santo, 3 Como apéstolo, escuto hoje a mesma inspiragao, vinda da mesma fonte, do mesmo jeito, da forma que escutava quan- do era um rapaz. O sinal transmitido € muito mais nitido agora. E em certas ocasiées, quando é reque- rido pela obra do Senhor, por exemplo, quando estamos chamando membros para ocupar elevadas posig6es nas estacas, po- demos perguntar em oragio e receber uma revelagao imediata, direta, como res- posta. Nenhuma mensagem & repetida mais vezes na escritura que a idéia simples “Pedi e recebereis...” (D&C 4:7.) Sempre pego ao Senhor que me dé orientagao. Toda\ io aceitarei volun- tariamente inspiragdes de qualquer fonte indigna. Recuso-as, nfo as quero, e ma- nifesto isso claramente. Jovens, levai sempre convosco, em vos- 80 coragaio, uma prece. Que 0 sono vos chegue, todas as noites, com vossa mente concentrada na oragao. Observai a Palavra de Sabedoria Lede as escrituras, Escutai vossos pais ¢ os lideres da Igre- Ficai longe de lugares ¢ coisas que o bom-senso vos diz que interferirao em vossa inspiracio. Desenvolvei vossos talentos espirituais, Aprendei a eliminar a estética e as in terferéncias. Evitar os substitutos e as falsificagdes. Aprendei a ser inspirados ¢ dirigidos pelo Espirito Santo. Presidente Benson e 0 Elder Petersen, do Conselho dos Doze. 32 ‘A LIAHONA qu Gu eq Ne est pa me pa do go tat ap m ba mi co tu te pa ac su de ar ve sa m te al aw te fi Jé faz muitos anos, mas néo me es queci de que, como pilotos na Segunda Guerra Mundial, nao disptinhamos do equipamento eletrénico que temos hoje Nossa esperanga na tempestade era seguir o feixe diretor, emitido por rédio. Um sinal constante indicava que vocé estava na rota certa. Se houvesse desvio para um lado do sinal, este se transfor- maria em “curto-longo” 0 cédigo Morse para a letra A. Se houvesse desvio para o outro lado do sinal, o feixe diretor emitiria um “lon- go-curto” 0 cédigo Morse para N. Durante as tormentas, sempre havia es- tética e interferéncias. Mas a vida de muitos pilotos dependeu do seu ouvido apurado distinguindo, acima do ruido dos motores, da estética e das interferéncias, o sinal, as vezes fraco, emitido de alguma base aérea distante. Existe um feixe diretor espiritual, trans mitindo constantemente. Se aprenderdes como orar e como ouvir, escutar espi tualmente, seguireis pela vida, com bom tempo, com tempestades, guerras, com paz e tudo estaré bem. Oragdo pode ser um assunto muito co- nhecido. Sempre vos falamos acerca dele, acerca da ago de pedir. Talvez nfo vos tenhamos ensinado o suficiente sobre 0 ato de receber. Trata- se de algo particular, individual, algo que deveis aprender por vés mesmos. Comecai agora, e, A medida que os anos transcorrerem, vés, que sois bem jo- vens, sereis guiados. Ouvireis sa e delicada e sabereis, como muitos, muitos de nds, sabemos, e como presto testemunho, de que o Senhor vive. Co- nhego sua voz quando ele fala. a voz man- Sei que Jesus € 0 Cristo, que ele diri ge sua Igreja, esté proximo dela, orien- ta seus profetas e lideres, seu povo e seus filhos. Em nome de Jesus Cristo. Amém. MARGO DE 1980 Joseph Smith, o Profeta Elder David B. Haight do Conselho dos Doze “Se esses repérteres e 0 mundo pudessem compreender toda a hist6ria da restauracdo das béncaos eternas que Deus tornou disponivel a todos...” s verdades eternas do evangelho es- Aitio sendo ascites por win ndmero co da vez maior de crentes em todo o mundo. Nossos membros da Igreja, traba- Thando em conjunto com os missionérios de tempo integral, tm proporcionado ré- pida expanséo & Igreja Hé trés semanas atrés, foi meu privi- Iégio ser designado para criar novas es tacas em Lima, Peru. Reunimo-nos num coliseu com mais de 7000 santos ¢ pesqui- sadores. Apés essa gloriosa experiéncia espiritual, fomos abordados por trés re pérteres de jornais, no estacionamento. Perguntaram: “Por que o senhor esta em Lima?” “Quantos membros possui a Igre- ja no Peru?” “Por que sua igreja cresce tio rapidamente?” “Quais so os planos futuros de sua Igreja?” E uma jovem repérter perguntou: “Qual é a diferenga entre sua igreja e as demais?” 33

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