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As especificagées sio para os contatos de forga. Q valor eo tipo da tensio de con- trole nao afetam as especificagées técnicas dos contatos de forca. Neste quadro exem- plo podemos ter circuitos de forca em 440V/220V/380V. Quanto maior a tensio do sistema, maior a poténcia que o contator pode manobrar para uma mesma corrente (P = Vx). Exemplificando, vamos supor um motor de 10cv como forca motora de um clevador de canecas, partida direta em vazio, aproximadamente duas manobras dia para operacéo normal, Para esse motor, instalado em uma rede trifisica 220V, teriamos 0 contator de 32A ou CMW32, categoria AC3, que suporta uma poténcia de 12,5ev em 220V. Se 0 motor for instalado em uma rede de 440V, podemos especificar 0 contator de 18A ou cMWiB8. Como observado, tenses mais altas possibilitam a redugao do tamanho do contator, porém haverd necessidade de abaixar essa tenséo para trabalhar no circuito de controle, afinal é perceptivel a inseguranca em se aplicar uma tenséo de 440V aos elementos instala- dos em uma porta de painel, como sinalizadores e botées. Tratando dos contatos auxiliares que serio utilizados na légica de comando, os con- tatores normalmente possuem um conjunto de quatro contatos, podendo ter as configu- ragées 2NAWINF, 3NA+1NE, cntre outras. Alguns fabricantes trabalham com blocos de contatos que podem ser encaixados no préprio contator, aumentando 0 nimero de conta- tos disponiveis. Quando isso nao é possivel e ha necessidade de mais contatos, utilizamos ‘mais contatores auxiliares. ‘A numeragio dos contatos auxiliares segue um padrao simples: contatos NF tém final (1:2), contatos NA tém final (3:4), 0 ntimero inicial marca a sequéncia do contato no contator. Exemplo: contator com 2NA+2NE Notar que os contatos auxiliares tm um primeiro ntimero sequencial (1,2,3,4) e 0 se- gundo ntimero de acordo com a fungo, se normalmente aberto NA (3:4), se fechado NF (1:2). Como regra geral, um contato no pode estar em dois lugares diferentes em um mes- mo desenho, entio mesmo que por uma falha vocé encontre em um desenho dois conta- tos com a mesma numeracio, eles sio diferentes e isso precisa ser corrigido no desenho. Outro fato que ocorre é a diferenca de numeracéo entre os contatos do desenho € 0s con- tatos do contator adquirido. Dispostinos de Condo e Sialzacio ummm Eeitora Eica - Comandos Elérios: Teoria © Avidades - Geraldo Carvalho do Nascimento - 1" Edigio Q projeto ou desenho pode ter sido baseado em contatores da marca ou modelo A e © contator em mios é da marca ou modelo B. Execute a ligacao baseado na quantidade de contatos ¢ fungao de cada um e para o circuito de forca verifique se os contatos de forca do contator suportardo a carga a ser acionada. Os relés tém fungées auxiliares como os contatores auxiliares, mas sao menores ¢ tém configuragéo de contato diferente do contator, possuindo um ponto comum associado a um contato normalmente aberto e outro fechado. Além disso, os relés tém um tempo de manobra menor que 0s contatores, isto é, sao mais ripidos. Enquanto contatores fecham em aproximadamente 35ms, relés fecham em aproximadamente 6ms. Deve-se observar a corrente méxima dos contatos do relé, assim como de qualquer contato que va manobrar cargas. 4.5 Sensores & Sondas Para detec¢io de posicéo, nivel e presenca em sistemas automiticos sio utilizados sen- sores, Figura 4.10, ¢ algumas vezes sondas. Sensores ¢ sondas séo dispositivos eletrénicos que utilizam um conceito fisico como capacitancia, indutincia ou reflexdo éptica para de- tectar certos materiais. Para objetos metélicos préximos so utilizados sensores indutivos, para objetos nao metilicos, sensores capacitivos, para objetos em geral a uma certa distan- cia pode-se utilizar sensores épticos. Para deteccéo de nivel ou mesmo medicao de nivel podem ser utilizadas sondas capacitivas. Na maioria das aplicagées nao ha necessidade de contato com 0 sensor para que cle atue. Basta a proximidade. No caso das sondas hé ne- cessidade devido & natureza da sua utilizagao. Sensores indutivos funcionam com base na alteragao de campo magnético do seu in- dutor interno. Segundo a teoria, se aproximarmos uma peca ferromagnética de um campo magnético, as linhas de campo concatenario melhor pelo material de ferro, aumentando a indutancia. O sensor sente a alteragéo no campo ¢ atua. Da mesma forma trabalha o sensor capacitivo, sé que através da alteragio das caracteristicas do capacitor/sensor com a aproximagao de um material qualquer. Para instalar um sensor em um comando elétrico, deve-se conhecer muito bem as suas caracteristicas elétricas, se ele pode ser instalado em série com a bobina do contator, como uma chave, ou se necessita de uma fonte para sensor. Em um capitulo mais a frente tere- mos um exemplo utilizando sensores indutivos para melhor compreensio, Séo muitos os fabricantes de sensores. Citamos alguns para que o leitor faga buscas em catélogos nas paginas cletrénicas ¢ se familiarize melhor com a quantidade de variagées ¢ formatos, tipos de sensores ¢ suas conexdes ¢ caracteristicas elétricas. Os fabricantes de sensores sio IFM, Balluff e Sense. BT connidos Elenions- Toni eArviddes Eeitora Eica - Comandos Elérios: Teoria © Avidades - Geraldo Carvalho do Nascimento - 1" Edigio Slap [ep fe ef 3 Simbolos: contato, sensores indutivo, Figura 4.10 capacitivo e éptico respectivamente Nos diagramas de comando os sensores sao representados por simbolos de acordo com a norma utilizada para o desenho, geralmente DIN, IEC, NFPA (americana), as mais co- muns nos softwares para desenho. Novamente é possivel criar ou modificar um simbolo ¢ inclui-lo na legenda do desenho. Os fins de curso, Figura 4.11, sao utilizados principalmente para detec¢io de posicio. Para atuagao de um fim de curso deve haver contato mecinico da pega a ser detectada, 0 que provoca desgastes mecnicos ¢ redugao da vida itil do fim de curso. Aos poucos ha a tendéncia de sua substituicdo por sensores, pois estes néo tém contato mecinico com o equipamento. Isso néo quer dizer que um sensor dure para sempre. Sensores tm tempo de vida atil também, mas nio esto expostos, na maioria das aplicagées, a esforgos me- cAnicos. A escolha por fim de curso mecinico geralmente se deve aos custos iniciais ou a situag6es em que dispositivos eletrénicos nao funcionariam muito bem, portanto o fim de curso mecinico ainda é uma op¢ao de deteccao. 3 “| 82 oe“ o--- 4 a Figura 4.11 Simbolos Em certas méquinas automatizadas sio utilizados pequenos fins de curso fixados em cai- xas que possuem um eixo ligado a rotagao da maquina; a esse eixo esta presos discos ajus- tdveis que acionam 0s fins de curso conforme ajuste. Essas caixas recebem 0 nome de caixas de “cames” ou sistemas de “cames”, ¢ a posigio dos “cames” aciona os micros fins de curso que comandam outros dispositivos elétricos, como solenoides, relés etc. As caixas de “cames” podem utilizar sensores indutivos em substitui¢ao aos fins de curso. Dispostinos de Condo e Sialzacio umm Eeitora Eica - Comandos Elérios: Teoria © Avidades - Geraldo Carvalho do Nascimento - 1" Edigio 4.7 Diagnamas de Forga ¢ Controle Além de conhecer ¢ especificar componentes, o eletricista de forga e controle deve in- terpretar diagramas de forca ¢ controle para utilizé-los nas montagens e executar manu- teng6es. Os diagramas de forga ¢ controle séo dividides, como o préprio nome sugere, em ircuitos de forca e circuitos de controle, Um projeto de forca e controle pode possuir de- zenas de paginas, por isso a correta interpretacao dos simbolos ¢ métodos de organizagao ¢ estruturagéo de um projeto € fundamental, Neste capitulo vamos dar inicio ao estudo dos diagramas e no decorrer dos capitulos seguintes ¢ realizacéo das atividades, trabalharemos mais alguns aspectos ligados aos desenhos. Os diagramas de forca apresentam os circuitos de poténcia, com os motores insta~ lados, bancos de resisténcia, bancos de capacitores, transformadores, ou qualquer outra carga ligada ao sistema de poténcia. Temos informagées sobre os dispositivos de prote- 40, corrente ¢ tensées nos barramentos principais do painel. Neste diagrama podem ser observados também a instrumentagao para medigéo de grandezas em painéis, como voltimetros ¢ amperimetros, ¢ os transformadores de potencial e de corrente associados a esses instrumentos. Nos diagramas de controle temos a légica que rege 0 acionamento das cargas instala- das. A sequéncia de funcionamento é definida no sistema de controle. A légica de controle pode ser desenvolvida com légica de relés (contatos de contatores ¢ relés), ou com a utili- zacio de controladores I6gicos programaveis (CLP). Em nosso primeiro diagrama de forca e controle para partida direta com comando simples (atividade 3), aparecem indicag6es descritivas no desenho para que o leitor come- ce a se familiarizar com a simbologia e sua aplicagao em desenhos de comandos elétricos. Estude este primeiro diagrama de modo a nao restar dividas. Além disso, voeé encontrard um exemplo de programacéo de contatos. Ele serve para mostrar, logo abaixo da bobina, onde esto localizados 0s contatos do referido contator ao longo das paginas do projeto. 4.8 Layout de Montagem Tio importantes quanto os diagramas de forga ¢ controle sao os layouts de montagem. Esses desenhos mostram como o profissional deve instalar os componentes do sistema no painel e como ficaré 0 painel em si depois de montado. Os desenhos séo produzidos em escala reduzida e representam com exatidéo as dimensées ¢ posicionamentos dos compo- nentes dentro do painel, na porta do painel e algumas vezes conexées entre painéis. Com o layout temos ideia do tamanho de painel que serd necessdrio para abrigar 0 sistema e seus componentes. Com isso pode-se evitar dimensionamentos equivocados que provocam aquecimento interno excessivo ¢ consequentes riscos de incéndio. Exemplos de layout, montagens interna € externa encontram-se a seguir: BT connidos Elenions- Toni eArvidades Eeitora Eica - Comandos Elérios: Teoria © Avidades - Geraldo Carvalho do Nascimento - 1" Edigio Em cursos de comandos elétricos geralmente nio montamos painéis, pois permane- cemos trabalhando a Idgica de relés ¢ o funcionamento do sistema de forga. Mesmo assim é importante criar o hébito de executar as montagens experimentais, em escolas profissio- nalizantes ou com profissionais da érea, dentro de um layout estabelecido, melhorando as conexées entre os elementos do circuito. 104.00 20% gunn Th ho Fa F2 Ft Fo pt | Kaien 3 42 Kt oo — ‘h2-|] —K5i43- 2 || ar2 |} at |] att |i} O O O 1F0) fi oo 3 a4 |[ a3 |[ a2 ][ on oO ARSE w]e f= pele ae va E a v5 |For | [eee ] [Fea ] [ro ooo Figura 4.12 4.9 Consideragées sobre Tags em Sistemas & Diaqramas de Comandos Com algum tempo de capctigucia, logo perccbe-se que hi uma vatiayav na identifi cagéo dos elementos de controle de um painel para outro. Isso se deve principalmente, como jd comentado, & norma referéncia do projeto ou utilizada no sofeware em que foi desenvolvido projeto, estilo/caracteristicas do projetista e/ou normas vigentes na empre- sa cliente. Também nota-se uma variaggo na forma de identificagao dos equipamentos de uma empresa para outra e algumas vezes encontramos contatores identificados com 0 mes- mo tag do equipamento. Do inglés, a palavra “tag” (téo comumente usada) significa rétulo, etiqueta. Equi- pamentos industriais sio normalmente designados por uma etiqueta de identificacdo que traz informagées como ntimero de sequéncia, localizacéo e tipo de equipamento, por exemplo: rosca (R) transportadora (T) n® 02 no segundo andar (2) => RT-202. Todos os elementos de um painel elétrico também deveriam ser identificados e a NBR 5280 recomenda a utilizagdo de determinadas letras associadas aos componentes: Dispostinos de Condo e Sialzacco — ummm Eeitora Eica - Comandos Elérios: Teoria © Avidades - Geraldo Carvalho do Nascimento - 1" Edigio ‘Tabela 4.5 - Identificacéo de componentes (Componente/Dispositive “Amplficadores com valvulas ou transistores ‘Senseres tormooléticos,cbllasfotoolticas, dinamématoe, tranedutorse Capacitores Elementos combinatéros,linhas de atraso, elementos biestévels Miscanea:disnositives laminosos, de aquecimento ou outs Dispostvos de protegao Geradores e fontes de alimentagdo Dispostivos de sinalizagao Contatorese relés Indutores Motores Equipamento de medigio e ensaio Dispositives mecdnioos de conexdo para cicultos de poténdia: arid, isolador Resistores, potenciémetros,derivadores, termistores Seletores, chaves, botdes Transformadores Moduladores, coificadores, inversores @ conversores, \Valvulas, semicondutores, diodes, transistores, tristores Etementos de transmisséo, cabos, guas de onda, antenas ‘Terminals, plgues, soquetes, régua de bores ‘Solenoides de acionamento de valvulas pneumsticas, res, embreagens | n|<]x] =| <]e]-]o]2/o]e]=/-|=]=[ 0] -]n] 0/0) o/>|B ‘Transformadores hibidos, equalizadores,imitadores, cargas de terminacéo Com muita frequéncia essas letras recebem complementos numéricos ou de outras le- tras que podem informar a pagina ou localizagao na pagina de determinado elemento ou especificar sua fungéo. Exemplo: % 1K1 - contator K1 ou contator 1 na pagina 1; % 2DT1 - temporizador | na pagina 2; % 3K0 - elemento de protecao 0 na pagina 3. Ressaltando, nem todos os projetos seguem este padrio de identificagao, pois depende da época de realizagéo, da norma base, do software etc. SEZ ons Eténics - Toni « Aides Eeitora Eica - Comandos Elérios: Teoria © Avidades - Geraldo Carvalho do Nascimento - 1" Edigio Normalmente um projeto completo possui a descrigio de todos os seus componentes principais. Podemos associar o tag ao componente sem problemas, do mesmo modo que fazemos para simbolos, consultando a legenda/simbologia do desenho. Este livro utiliza um padrio de identificacéo dos componentes mais comuns. baseado na norma, porém com algumas alteragées, visando facilitar 0 reconhecimento dos clemen- tos na interpretacio do desenho. % Contatores: K1, K2, K3, K4, K5, K6... % Contatores auxiliares ou relés auxiliares: D1, D2, D3... ou di, d2, d3... % Relés temporizadores: DT1, DT2, DT3... ou dT1, dT2, dT3... > Observagées Desta maneira pode-se diferenciar um contator de forca (K1) de um auxiliar (D1) ou relé auxiliar (d1). Quando um contator ou relé auxiliar é ligado em paralelo com contator de forca, podemos associar ao contator: DK1 ou dK1. Em alguns sistemas encontramos temporizadores eletrénicos (dT) ¢ acoplados 20 contator (DT1). Esta diferenciagéo na nomenclatura pode ajudar na identificagéo do componente. % Elementos de protegao: FO, F1, F2.. % Elementos de sinalizagao: H1, H2, H3... % Botées pulsadores e chaves: S0, $1, $2, $3... Componentes especiais serio identificados no desenho e comentados na descrigio da atividade. Arividade 3: Partida Direta com Comando Simples A partida direta com comandos elétricos possibilita 20 operador ligar e desligar 0 motor a distancia, proporcionando maior seguranga. Além disso, em uma eventual falta de energia, o comando seré desligado e s6 haverd uma nova partida se o operador de- sejar. Protegdes podem ser inseridas no circuito de comando, desligando-o, como, por exemplo, a protesao térmica do motor, relés falta de fase ou qualquer outro sistema que monitore uma variével fisica e tenha um contato disponivel para ser instalado no circui- to de comando. Dispostinos de Condo e Sialuncco ummm Eeitora Eica - Comandos Elérios: Teoria © Avidades - Geraldo Carvalho do Nascimento - 1" Edigio Funcionamcnto Partida do Motor Ao energizar 0 painel, a limpada H1 deve sinalizar que ele esta pronto para partir 0 motor. Todos 0s contatos estéo na posigio inicial representada no diagrama. Pressionando S1, energiza-se K1(A1;A2) que comanda seus contatos de forca ¢ de controle com as res- pectivas fungdes: % (21322) - que desliga a limpada PPP H1; % K1(13514) - contato de selo que manterd KI energizado apés soltarmos 0 botéo S13 % K1 (43544) - liga a lampada H?, sinalizanda matar ligada: % K(1,3,5,2,4,6) - contatos de forca que acionam 0 motor. Neste momento 0 motor est em pleno funcionamento e K1(A1;A2) é mantido ener- gizado pelo contato de selo. Parada Normal Para desligar o motor, deve-se desenergizar a bobina K1(A1;A2), pressionando $0 que corta a fase aplicada a A1, desligando K1. Ao desligar K1, todos os seus contatos voltam a posi¢ao inicial, o motor é desenergiza- doe para. A limpada H2 é desligada e H1 volta a ser ligada. Parada por Sobrecarga Se o motor softer alguma sobrecarga durante scu funcionamento ¢ se o relé térmico foi corretamente ajustado, ele detecta a corrente acima da nominal ajustada ¢ desarma, abrindo F2(95;96), desligando K1 ¢ parando 0 motor. Também fecha F2(97:98) que liga H3, sinalizando 0 problema de sobrecarga. Problemas em Circuitos de Forga e Controle Curtos-circuitos no circuito de forca do motor ou sobrecargas na partida podem quei- mar um dos trés fusiveis do circuito de forca. Isso pode fazer com que 0 motor trabalhe durante um tempo com duas fases apenas, 0 que eleva a corrente e desarma o relé (se corretamente especificado ¢ ajustado). Antes de rearmar o relé para normalizar a situagio, © profissional deve verificar todos os elementos do circuito de forca, evitando assim uma nova partida em duas fases ¢ novo desarme. Defeitos em bobinas de contatores ¢ relés podem provocar a queima ou desarme da protesio do circuito de comando, Nestes casos, apés a energizacéo do painel a impada H1 nao acende, indicando que o sistema tem um problema e nao esta pronto para partir. MET conndos Elenions- Tonia eArviddes Eeitora Eica - Comandos Elérios: Teoria © Avidades - Geraldo Carvalho do Nascimento - 1" Edigio

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