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HUAMBO/ 2020
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, Avelino José kapingla e Victória Wambo.
A realização desta pesquisa marca o fim de uma importante etapa académica da minha
vida. Como sempre, ninguém atinge a perfeição sem ajuda dos outros, por isso aqui vão
os meus profundos agradecimentos.
Primordialmente agradeço a Deus, o dador da vida, que iluminou o meu caminho durante
esta longa jornada visto que, sem ele nada seria possível que, mesmo com dificuldades
sempre esteve perto de mim; agradeço também pela saúde que incansavelmente têm- me
proporcionado.
SUMÁRIO
RESUMO ..................................................................................................................... v
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
i
2.1 Apresentação da empresa objecto de estudo .................................................. 29
3.3.1 Comentários sobre os indicadores com base nos resultados calculados ........ 39
CONCLUSÕES .......................................................................................................... 43
LIMITAÇÕES ............................................................................................................ 45
RECOMENDAÇÕES ................................................................................................. 46
ANEXOS ...................................................................................................................... 1
ii
LISTA DE TABELAS
iii
LISTA DE SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS
AC – Ativo Corrente
AF – Autonomia financeira
AT - Ativo Total
D – Disponibilidades
E – Endividamento
EC – Estrutura Conceptual
LC – Liquidez Corrente
LI – Liquidez Imediata
LR – Liquidez Reduzida
PC – Passivo Corrente
PT - Passivo Total
RL - Resultado Líquido
RO - Resultado Operacional
iv
RESUMO
A análise das demonstrações financeiras permite extrair informações que podem auxiliar
na tomada de decisão. O objectivo principal do trabalho consiste em compreender a
análise das demonstrações financeiras como instrumento de apoio à tomada de decisões.
Portanto, constitui-se num processo de meditação sobre as demonstrações financeiras
objectivando uma avaliação da situação da empresa em seus aspectos operacionais,
económicos e financeiros. E para isso é fundamental ter em conta os índices. O estudo
dos índices é fundamental na análises, por representarem a relação entre contas das
demonstrações, que objectiva, evidenciar determinado aspecto da situação económica ou
financeira de uma empresa. Com base no esboço do estudo, utilizou-se a pesquisa
descritiva bem como uma abordagem qualitativa-quantitativa onde fez- se um estudo de
caso na empresa Alfa. Onde através das demostrações financeiras foi possível avaliar a
posição da empresa nos anos 2018 e 2019 através dos indicadores. Onde notou-se que o
índice de endividamento foi de 74% e 73% (2018 e 2019), o que quer dizer para cada 1
kz, 0,74 e 0, 73 era da dívida portanto, a empresa vem utilizando mais recursos alheios,
com uma AF de 26 e 27%. Quanto aos índices de Rentabilidade, demonstram a
capacidade da empresa em gerar lucro através de suas vendas, 11% em 2018 e 5% 2019
da RLV, 28% e 7% de ROV, 44% e 23% RCP. Verificou-se também que a empresa tem
liquidez de 105% e 107% em 2018 e 2019, de LG, 44% e 19% de LI e 71%, 64% de LR.
v
INTRODUÇÃO
O cenário actual que o mundo vive, bem como as oscilações económicas e incerteza do
futuro, é imprescindível focar em estratégias que tornem as empresas mais resistentes no
mercado acentuando seus diferenciais competitivos. Nessa perspectiva, a utilização de
ferramentas que aperfeiçoem o processo decisório chega a ser um determinante na busca
pelo sucesso empresarial (Basílio et al., 2014 citado por Castro e Cunha, 2013).
Pois, seguir ou não essas tendências e oportunidades é uma decisão que cabe
exclusivamente a cada organização para que possa sobreviver no futuro. Porém, a
realidade angolana em particular mostra que na maioria das vezes, as decisões de muitas
empresas são tomadas por impulso, de forma precipitada, sem levar em consideração
factores vitais para qualquer actividade empresarial, e o destino inevitável das empresas,
nesses casos, é o acúmulo de despesas inúteis que muitas vezes a leva à falência.
A tomada de decisões no âmbito das empresas é uma tarefa complexa que necessita
ser orientada por informações confiáveis, úteis e tempestivas. Neste sentido, a
Contabilidade pode, através das demonstrações financeiras e da aplicação das técnicas de
análise, propiciar tais informações que auxiliam na busca pelo aumento da eficiência e
competitividade das empresas. Uma vez que as empresas são criadas com objetivos de
aumenta os lucros e isto exige as mesmas pautarem por um planeamento financeiro seguro
e eficaz, é necessário que se saibam como e quando captar recursos, gerir pagamentos por
clientes, reduzir custos de compras, despesas e, ainda, lidar com as mudanças do mercado
(Nogueira, 2019).
1
operacionais e não operacionais, bem como suas potencialidades, auxiliando assim, a
tomada de decisão.
JUSTIFICATIVA
A escassez de recursos financeiros e o elevado custo dos mesmos aliado à falta de tomada
de decisões confiáveis, bem como o planeamento e controlo, têm contribuído para que
muitas empresas encerrem suas actividades. A tomada de decisões acertadas torna-se,
então, um dos factores cruciais para assegurar a sobrevivência, crescimento e
permanência da empresa no mercado. Para ajudar no processo da tomada de decisão com
o mínimo de erros é necessário saber a real situação atual da empresa, porém ainda muitos
gestores, acionista, fornecedores desconhecem a importância da análise das
demonstrações financeiras (Baessa, 2013).
E por outra, muitas empresas não têm feito o uso das análises das demonstrações
financeiras para lhes auxiliarem no processo de tomada de decisões, alegando não ser um
trabalho fácil, e requer muito tempo. E diante deste facto a questão que se levante é:
2
Que contributo análise das demonstrações financeiras fornece a empresa no processo de
decisões?
OBJECTIVOS
Objectivo geral
Objectivos específicos
Estrutura do Trabalho
Após a introdução, o presente trabalho está estruturado em (3) três capítulos. O primeiro,
faz menção à revisão da literatura, desde o conceito da contabilidade, análise financeira,
análise do ciclo económico, processo de análise, técnica de análise e indicadores de
análise. O segundo, descreve a metodologia da pesquisa com vista a alcançar os
objectivos da investigação. O terceiro, faz menção à apresentação e análise dos índices
através das demonstrações financeiras, e por último, têm-se as conclusões, Limitações
do estudo e recomendações.
3
CAPÍTULO I- REVISÃO DA LITERATURA
Assim de acordo com Bachtold (2011), define a Contabilidade como uma ciência que
estuda e controla o património, demonstra-lo e evidenciar suas variações e servir também
como ajuda para a tomada de decisões de todos os sectores direita e indirectamente
envolvidos com a empresa. Diferente da afirmação de Campos, Cardadeiro & Esteves
que definem a Contabilidade como uma ciência de natureza económica cujas funções são:
o registo, a avaliação, a análise, a previsão e o controlo dos factos patrimoniais.
Portanto, as definições acima apresentadas pelos diferentes autores, apesar de tudo, têm
um ponto comum, uma vez que ambos centram-se no controlo do património da
organização. Ainda assim, o conceito de Pimentel vai mas além em relação aos dois, este
enfatiza ainda as suas características que são indispensáveis para uma empresa.
4
1.1.2. Objecto da Contabilidade
Contudo, quer isso dizer que é fundamental a existência de ferramentas que possibilitem
conhecer a real situação e atender a esta missão. Compete a contabilidade registar os
factos administrativos e produzir informações que possibilitem ao gestor planear e
controlar suas acções para traçar os objectivos da entidade. A grande maioria das
empresas visa resultados financeiros; outras buscam resultados sociais; outras buscam
expansão, mas no final, todas buscam atingir os objectivos traçados.
A contabilidade é indispensável para que a empresa realize negócios, por exemplo, com
órgãos governamentais (por meio de contratos e licitações), ou com os bancos, com
fornecedores, etc. E neste aspecto a Contabilidade se apresenta como o grande pilar na
veracidade da informação e, consequentemente na credibilidade da companhia perante seus
investidores.
Para isso, as empresas precisam de informações fidedignas que devem serem fornecidos
ao órgão de gestão para melhor desempenho empresarial, e para isso é necessário que as
empresas olhem para a contabilidade como um elemento indispensável no fornecimento
5
de informação para qualquer empresa, não importa qual é a sua finalidade, ou sua
dimensão (Silva, 2008).
Ainda o mesmo autor afirma que a informação fornecida pela contabilidade assume aqui
um papel de particular relevância na medida em que ao constituir um dos principais
outputs da contabilidade que tem como principal objectivo oferecer um conjunto de
informação que traduza de forma apropriada a posição financeira e os resultados de uma
entidade e que possa auxiliar no processo de tomada de decisões de um conjunto
diversificado de utilizadores (stakeholders).
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Santos (2014) realça que, a Contabilidade desenvolve e proporciona dados para a área
financeira da empresa preparando demonstrações financeiras assentes em determinados
princípios. As demonstrações financeiras têm como objectivo facultar, aos seus diversos
utentes, informações úteis na tomada de decisões económicas.
O sistema de informação é utilizado como uma ferramenta crucial para a gestão das
grandes empresas, algo que não ocorre muito nas micro e pequenas empresas, muitas
vezes, devido às restrições de recursos, custos elevados de implementação que
impossibilitam que o processo ocorra de forma eficaz.
7
Neste entretanto, as informações contabilísticas são reportadas em relatórios onde se
expõe de forma sintetizada e ordenada o dado colectado pela contabilidade. Assim, as
principais informações fornecidas pela contabilidade destacam-se as seguintes:
De acordo com Kuhn & Lampert (2012, p. 10), afirma que “análise financeira de uma
empresa consiste num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a
mesma, bem como das condições endógenas e exógenas que afectam financeiramente a
empresa”.
O autor realça que a análise financeira constitui-se num processo de meditação sobre as
demonstrações financeiras objectivando uma avaliação da situação da empresa em seus
aspectos operacionais, económicos, patrimoniais e financeiros. Análise financeira serve
para avaliar decisões que foram tomadas pela empresa em épocas passadas, bem como
fornece subsídios para o planeamento financeiro, referindo-se ao futuro.1
E de acordo com Silva & Castro (2009 ), realça que, a análise financeira de empresa é
uma tarefa muito complexa e de importância fundamental. O autor afirma ainda a define
analise como um processo de verificação e de reflexão com determinado fim. O autor
realça ainda que, para se proceder à análise, é necessário decompor um todo em partes,
examinando com particularidade cada uma das partes em busca de explicações ou do
entendimento do todo, da parte, ou de alguma característica ou anormalidade que se
pretende identificar. E as razões mais frequentes que levam ao desenvolvimento tendem
a ser de carácter económico - financeiro.
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A análise financeira de uma empresa é baseada em suas demonstrações financeiras,
resultando os balanços publicados em uma das principais fontes de informações para os
analistas (Barbosa citado por Silva e Casto, 2009). Pois, o estudo dos índices tem papel
fundamental nessas análises, por representarem a relação entre contas ou grupo de contas
de tais demonstrações, que objectiva evidenciar determinado aspecto da situação
económica ou financeira de uma empresa.
O autor afirma que é preciso analisar não só quantidade de informação, mas também sua
qualidade, uma informação em quantidade exagerada pode tornar-se inútil, uma vez que
a ferramenta de análise de demonstrações visa agilidade na tomada de decisões. Portanto,
informações objectivas têm maior valor ao micro e pequeno empresário, considera-se que
este, tomando um papel de analista, conhece a empresa, seus objectivos, suas
perspectivas, e os factores necessários para saber como e o que constar na análise
demonstrativa (Barbosa, 2010).
Na mesma linha de pensamento, Carvalho, et al., (2014), afirmam que, análise financeira
é indispensável para qualquer empresa para a tomada de decisão. Quanto mais
informações retiradas das demonstrações, maior a disponibilidade de elaborar um
planeamento financeiro.
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económica e financeira da empresa, como também, auxilia na previsão de futuros
resultados (Peruss et al., 2017). Os autores esclarecem que, para a realização deste, o
analista utiliza de cálculos matemáticos, que traduzem as demonstrações Contabilísticas
- finenceiras em indicadores e ressalta que o mais importante não é saber calcular ou
interpretá-los, mas possuir um conhecimento profundo a serem analisadas.
Algumas das ferramentas utilizadas para analisar as demonstrações são ressaltadas pelo
mesmo autor denominadas, análise horizontal, análise vertical e os indicadores
económico-financeiros (Peruss et al., 2017). A gestão das operações financeiras de uma
empresa envolve muitas actividades diferentes, como planeamento, operações e análises
financeiras, operações de tesouraria (captação de fundos e gestão de caixa), planeamento
fiscal e diversas outras que, como pode ser observado, envolvem tomada de decisões
constantes. Por isso, é importante que se conheça as mais diversas formas de análise, a
fim de que o administrador possa definir e adaptar a forma mais adequada à realidade de
sua empresa (Barbosa, 2010).
O cenário actual que o mundo vive, bem como as oscilações económicas e incerteza do
futuro, é imprescindível focar em estratégias que tornem as empresas mais resistentes no
mercado acentuando seus diferenciais competitivos. Nessa perspectiva, a utilização de
ferramentas que aperfeiçoem o processo decisório chega a ser um determinante na busca
pelo sucesso empresarial (Basílio et al., 2014 citado por Castro e Cunha, 2013).
O ciclo económico, de acordo com Lemes e Pisa, citado por Cunha) afirmam que recita
o giro dos estoques, isto é no caso 30 dias, inicia-se com a compra da matéria-prima, ou
mercadorias, e encerra-se com a venda do produto ou da mercadoria. De um modo geral
mostra o quanto à empresa demora em mudar seus estoques. O ciclo económico indica, o
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prazo entre a compra da mercadoria e sua venda é de 30 dias, portanto sendo o prazo
médio de renovação de estoque (Silva, Oliveira, & Santos, 2017).
O autor acrescenta ainda, que quanto maior for esse prazo de mercadoria parada no
estoque mais lento é o giro do estoque, o que pode conduzir a empresa a procurar recursos
de terceiros para financiar suas actividades operacionais, já que estará com caixa
insuficiente, comprometendo sua liquidez.
E na mesma linha de pensamento apresenta-se (CAMPOS, 2005)) que ressalta que o ciclo
económico é o tempo em que a mercadoria permanece em estoque. O ciclo económico
mostra os eventos económicos no momento em que eles acontecem, bem como a sua
mensuração económica. É nele que se apura o resultado do desempenho das actividades
da empresa.
O autor afirma que, a interpretação deste ciclo de caixa é que como o estoque representa
ónus financeiro, logo, quanto menor seu nível e maior a rotação, melhor é o desempenho
da empresa.
Assim, pode-se dizer que o ciclo económico só duro enquanto a mercadoria estiver em
estoque, a partir do momento em que ela é vendida encerra-se este ciclo. Neste ciclo
levam-se em conta apenas os factos que vão da compra da matéria-prima ou mercadoria
até a venda do produto acabado. É também nesse ciclo que se calcula o giro do estoque
(Souza, 2014).
Neste entretanto, a empresa dever primeiramente conhecer seus prazos médios para,
então, no sentido de criar seu ciclo económico, ciclo financeiro e mesmo ciclo
operacional. Assim, ainda deve se ter em consideração os prazos e índices como: prazo
médio de pagamento de compra e prazo médio de recebimento de vendas. Muitas
empresas obtêm mais tempo para pagar seus fornecedores, e no segundo obtêm menos
tempo para receber de seus clientes, gerando assim um prazo de vendas mais eficiente e
eficaz, garantindo um ciclo de caixa com prazo menor (Borges, Carneiro e Ribeiro citado
por Oliveira & Santos, 2017).
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Ainda referencia-se outros factores importantes para a tomada de decisão nas empresas
fazem parte do ciclo financeiro e operacional: o prazo médio de renovação de estoque,
sendo desejável o menor tempo de giro de estoque; e o índice de posicionamento de
actividade que representa a folga de um fluxo de caixa. (Silva, Oliveira, & Santos, 2017).
Conforme Assaf et al., citado por Silva et al., 2017) a firma que, neste cíclo considera
unicamente as ocorrências de natureza económica, envolvendo a compra dos materiais
até a respectiva venda, sem por em consideração próprio ciclo, os reflexos de caixa
verificados em cada fase operacional e dos pagamentos dos gastos. E pode ser calculado
a partir da seguinte fórmula:
Neste sentido, cabe ao gestor possuir a capacidade de análise de modo a identificar cada
detalhe desse ciclo para melhor acompanhamento das actividades da empresas bem como
nos seus resultados.
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Ou segundo (OLIVEIRA, 2016 ):
Assaf e Lima citado por Ribeiro e tal., (2016) destacam algumas estratégias para a gestão
do ciclo económico:
Ciclo financeiro caracteriza-se pelo prazo decorrido entre as saídas de caixa (pagamento
a fornecedores) e as entradas de caixa (recebimento de clientes). Corresponde ao processo
de efectivação financeira de cada evento económico em termos de Fluxo de Caixa.
Também conhecido como Ciclo de caixa é o tempo entre o pagamento a fornecedores e
o recebimento das vendas. Quanto maior o poder de negociação da empresa com
fornecedores, menor o ciclo financeiro Zanluca (2014). O autor afirma ainda que é
importante para a empresa, sempre buscar alternativas que resultem em ciclos financeiros
reduzidos.
Neste sentido, a empresa deve ter sempre reservas para suprir as necessidades de capital
de giro, caso isso não ocorra, a solução será a tomada de empréstimos com a menor taxa
de juros possível (Garcia, 2014).
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O Ciclo Operacional pode ser definido como o intervalo entre a compra de mercadoria
e o recebimento das vendas a prazo (Assaf &; Lima citado por Ribeiro, 2016). Representa
o período de tempo em que não ocorre o recebimento de vendas a prazo, sendo necessário
capital de giro para suprir esse período, capital este financiado pelos fornecedores que
concederam prazo para pagamento.
Silva (2007) afirma que, as compras participam de toda a condição operacional dos
estoques, como: sua origem (de quem se compra e onde é realizada esta operação), de
qualidade (natureza e espécie do produto comprado), quantidade (número, medidas,
proporção), preço (valor adequado à quantidade e qualidade do produto), prazos
(parcelados, ou que ofereçam benefícios ao comprador) e do desempenho do giro, dos
volumes movimentados, dos lastros e reforços dos ciclos de estoques, correspondente a
rotação dos mesmos.
Pois, é importante referir que para uma melhor tomada de decisão, deve se ter em atenção
a análise dos ciclos. É essencial que se conheça os fatos relevantes que ocorrem em uma
empresa, visando aperfeiçoar as tomadas de decisões (Núbia e Lavor citado por Oliveira,
2007). E uma das ferramentas que auxiliam nestas decisões é a análise de balanços, que
avalia as mutações patrimoniais como um todo, verificando as suas causas e
consequências.
Assim, a análise de balanço assume fundamental importância para uma correcta tomada
de decisão e uma visão global do comportamento das vendas, compras, pagamentos e
rendimentos, elementos constitutivos dos Ciclos Operacional e Financeiro. (Oliveira,
2007).
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1.5. A gestão financeira e a Contabilidade
Entretanto, existem duas diferenças básicas entre finanças e Contabilidade: uma está
relacionada à ênfase em fluxos de caixa, e a outra, à tomada de decisões.
15
por Cunha, 2013). Este processo contempla desde a obtenção dos dados até a
transformação deles em informações, por meio de técnicas que interpretem os números
apresentados nas demonstrações.
No entanto, esta informação não assume todo o seu potencial quando analisada de forma
isolada e fragmentada. É necessário contextualizá-la e interpretá-la num quadro global,
de acordo com a própria dinâmica interna da empresa.
Por outro lado, na análise de uma organização, não deve ser esquecido o contexto
específico em que esta se insere, pelo que se torna essencial explorar as interacções dessa
organização com o meio que a envolve, de forma a perceber as implicações daí
decorrentes (Neves e Rodrigues citado por Cunha, 2013).
Contudo estes aspectos, criam-se condições para a tomada de decisão fundamentada, que
contribui para optimizar o modelo de gestão da empresa, contribui para o delineamento
de estratégias adequadas às exigências que o contexto socioeconómico actual promove.
O esquema seguinte pretende sintetizar todo este processo.
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levam a uma solução. Assim, pode-se entender o processo decisório como fundamental
para a optimização de soluções para situações indesejadas.
Conforme Robbins e Bazerman citado por Cunha (2013) defendem, o processo de decisão
deve seguir um modelo racional fazendo assim, escolhas consistentes e bem embaçadas.
Neste ponto, a obtenção de informações completas e seguras passa a ser fundamental para
a chegada de uma decisão adequada e bem-sucedida (Castro & Cunha, S\D).
Para que haja uma boa análise financeira é necessário que as empresas tenham no mínimo:
Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e Demonstrativo
de Fluxo de Caixa. Evidentemente estas demonstrações são de simples formulação e
oferecem informações básicas, porém muito importantes, para qualquer organização,
independentemente de tamanho ou facturação (Barbosa, 2010).
1.6.2.1.Análise Vertical
Em relação à análise vertical, Tófoli citado por Silva et al., (2011) afirma que é um estudo
sobre as alterações dos principais conjuntos de contas, ao longo de um período. De acordo
com o mesmo autor realça que, ao se analisar dessa maneira, observam-se indicadores
que facilitam a avaliação estrutural do Activo e Passivo. Isto é, o activo total ou passivo
total está para 100% e a conta analisada está para X%.
Segundo Silva (2011), afirma que o primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar
a participação relativa de cada item de uma demonstração contabilístico em relação a
determinado referencial. O percentual de cada conta revela sua real importância no
conjunto. Este tipo de análise é importante para avaliar a estrutura da composição de itens
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e sua evolução no tempo. Pois, O primeiro propósito da análise vertical é mostrar a
participação relativa de cada item de uma demonstração contabilístico em relação a
determinado referencial.
Rubrica
AV = x 100
Base
AV = Análise Vertical
Exemplo:
3.200.00
AV = x 100 = 71,11%
4.500.00
Quanto ao exemplo pode se observar que a análise vertical toma o activo total como base
100%, de modo que o activo circulante representa 71, 11% do total do activo.
1.6.2.2.Analise Horizontal
De igual modo ao da análise horizontal, verifica as tendências da organização. A diferença
está na situação que a análise vertical estuda a participação relativa de cada elemento.
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Segundo Bednarski (2015) define a análise horizontal como um processo que permite
verificar a evolução de um item ou grupos de contas, relação a um período anterior, por
meio de número - índice.
Para Iudícibus citado por Kuhn (2012 p. 47), “a finalidade principal da análise horizontal
é apontar o crescimento dos itens dos balanços e das demonstrações de resultados através
dos períodos, de modo a caracterizar tendências”.
O autor afirma ainda que os objectivos genéricos da análise horizontal são os seguintes:
mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre
si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa. Em sentido específico, destaca-
se o seguinte objectivo da análise horizontal: analisar em detalhes a evolução e o
desempenho da empresa numa série de períodos (AH).
Para calcularmos os percentuais para análise horizontal (AH) dividimos o valor da rubrica
em análise em (Xn) pelo valor da mesma rubrica em (X1) e multiplicamos o resultado
por cem. Por tanto podemos utilizar a seguinte fórmula:
Rubrica em análise em xn
AH = x 100
Rubrica em análise em x1
AH = Análise Horizontal
Xn = Rubrica em 20xn
X1 = Rubrica em 20x1
Fonte: própria
5.500.00
AH = x 100 = 171,86%
3.200.00
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Quanto ao cálculo podemos observar que a análise horizontal toma o exercício mais
antigo como base 100%, calculando, a partir desse ponto, o crescimento dos valores nos
anos seguintes, isto é de 20X1 para 20X2 de 71,86% do total do activo. O que significa
que o activo total cresceu 71,86% no período.
A análise dos índices é de tal importância para o pequeno empresário, que ele pode, em
alguns instantes, determinar a situação económica e financeira da empresa. Como é caso
por exemplo de liquidez seca, que determina a capacidade de pagamento em curto prazo
observando apenas as disponibilidades, sem considerar estoques (Barbosa, 2010)
O autor realça ainda que os indicadores são obtidos através de cálculos e comparações, a
análise de índices não inclui somente o cálculo de determinado índice, o mais importante
do que isso é a interpretação do valor desse índice.
De acordo Sodré (2010), acrescenta ainda que os índices são usados para mensurar e
entender qual e a situação da empresa diante do mercado, de modo a conhecer como anda
a situação da empresa é necessário três pontos indispensáveis são eles os indicadores de:
liquides rentabilidade e endividamento.
O autor acrescenta ainda que, este indicador, dada a sua construção ser semelhante à da
autonomia financeira, de uma forma geral apresenta as mesmas vantagens,
essencialmente no que diz respeito à facilidade em inferir acerca da intensidade com que
a empresa recorre a capitais alheios. Este índice traça um perfil da dívida que a empresa
possui no curto prazo em relação à dívida total, verificando a necessidade de se gerarem
recursos em curto prazo para que se possam pagar as obrigações dentro do prazo
estabelecidas. Assim, destacam-se para o presente trabalho os seguintes indicadores
segundo (Sebastião, 2014):
Endividamento
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Na opção pela utilização deste rácio, o analista terá que ter especial atenção ao facto desta
fórmula incluir os passivos não remunerados (por exemplo, conta de fornecedores),
devendo retirá-los do numerador no caso de pretender analisar o endividamento apenas
com recurso a passivos remunerados (ex., empréstimos bancários, locações financeiras,
etc.). (Carmo, 2013)
Passivo Total
𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = × 100
activo total
Autonomia financeira
Capitais Próprios
𝐴𝑢𝑡𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 = × 100
activo total
Segundo Pinho e Tavares citado por Sebastião (2014, p. 19) este indicador é o
complemento do endividamento, visto que “quanto maior o valor deste indicador maior
a proporção de capitais próprios aplicados, o que implica dizer há menor risco de
insolvência a prazo”.
Na mesma linha de ideias encontra-se Iudícibus apud Martins, et at., (2016), que afirma
que os indicadores de rentabilidade conferem os resultados alcançados pela organização
com algum valor que expressa a dimensão relativa isto é, o valor das vendas, o activo
total, o património líquido ou o activo operacional. Saporito citado por Martins et al.,
(2016) considera importante o uso desses indicadores, uma vez que a avaliação de
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desempenho de uma organização deve basear-se desses indicadores. Pois, a utilização dos
índices de rentabilidade permite transformar.
Assim, de acordo com Sebastião (2016), afirma que, os elementos dos indicadores de
rentabilidade mostram a rendibilidade dos capitais investidos. Permitem verificar o grau
de êxito económico da entidade e ver, também, o retorno dos investimentos efectuados.
Neste grupo de indicadores encontra-se: a rendibilidade líquida das vendas (RLV),
rendibilidade operacional das vendas (ROV) e a rendibilidade dos capitais próprios
(RCP).
Este indicador visa informar o que se denomina de ganho ou lucro da entidade após a
dedução de todos os gastos da entidade, para Pinho e Tavares apud Sebastião (2005), este
é um indicador que relaciona o resultado líquido (RL) e o volume de negócios.
De maneira geral, quando mais alto o valor desse índice melhor a posição financeira da
organização.
Não é confortável para a entidade que este indicador seja baixo, pelo que quanto maior
melhor (Sebastião, 2014), analisa a relação entre os resultados líquidos e o volume de
negócios (Heliodoro, 2012).
Resultado Líquido
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 = × 100
Volume de Negócio
Este indicador relaciona o resultado operacional (RO) com o volume de negócios (VN)
(Sebastião, 2014). É muito importante para a entidade, sendo que quanto maior melhor é
a condição económica da entidade.
Resultado Operacional
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 = × 100
Volume de Negócio
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Rendibilidade dos Capitais Próprios - Return on Equity (ROE)
Este indicador relaciona o nível de resultados líquidos gerados pela entidade em função
do montante investidos pelos sócios ou accionistas (CP) segundo Nabais e Nabais citado
por Heliodoro (2012). Afirmam, ainda, que este indicador é muito utilizado pelos bancos
e pelos investidores. É um dos indicadores mais utilizados para medir a rendibilidade da
entidade, sendo que quanto maior melhor.(Sebastião, 2014).
Para além da facilidade de construção do indicador, este torna-se bastante útil aos agentes
económicos externos para medir a atractividade da empresa em questão, assim como à
própria empresa, para que tome conhecimento da imagem que transmite a possíveis
investidores.
Resultado Líquido
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑠 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜𝑠 = × 100
Capitais Próprios
Rendibilidade do activo
Resultado Operacional
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 = × 100
activo
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permite medir a rendibilidade gerada com base nos investimentos no activo da empresa.
(Carmo, 2013).
O autor realça que, uma empresa com bons indicadores de liquidez tem de ter boa
capacidade de cumprir com as suas obrigações financeiras com terceiros, mas fá-lo,
obrigatoriamente, em função de outras factores como prazo, renovações de dívidas e as
vezes também por causa das políticas de gestão adoptadas.
A liquidez estuda a capacidade da empresa reembolsar as suas dívidas de curto prazo. Por
exemplo, quando os bancos estão a conceder empréstimos de curto prazo preocupam-se,
mais com a capacidade de reembolso dessa dívida do que com a forma de cobertura global
do activo, usando muitas vezes os indicadores de liquidez. (Heliodoro, 2012). Assim,
destacam-se deste grupo os seguintes liquidez de acordo (Sebastião, 2014):
A liquidez corrente, mostra a relação directa entre activo corrente (AC) e passivo corrente
(PC). Este indicador representa o quanto foi aplicado em bens e direitos e quanto a
entidade deve a curto prazo (Sebastião, 2014). Este indicador dá a cobertura das dívidas
exigíveis num horizonte temporal inferior a um ano por activos que se pretendam
transformar em meios líquidos no curto prazo (Carmo, 2013).
Activo corrente
𝒍𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑜𝑢 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 =
Passivo Corrente
Liquidez imediata
Para Pinho e Tavares citado por Sebastião, (2014), afirmam que, este indicador mede a
capacidade financeira da entidade em pagar as suas dívidas imediatamente usando as
disponibilidades sem ter em consideração os outros elementos do activo corrente,
24
relaciona as disponibilidades com o passivo corrente. É evidente que o valor ideal
depende do sector de actividade em que a entidade se insere.
Disponibilidade
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑖𝑚𝑒𝑑𝑖á𝑡𝑎 =
Passivo Corrente
Este indicador detém vantagens imediatas na sua utilização, destacando-se apenas o facto
de permitir à empresa perceber se está a manter um nível elevado de meios financeiros
líquidos que poderiam ser aplicados de forma mais rentável (Carmo, 2013).
Liquidez Reduzida
Estes indicadores medem o risco que a empresa corre de não concretizar os seus
objectivos económicos e financeiros. Assim, destaca-se de acordo com Sebastião (2014),
o grau de alavanca operacional (GAO), o grau da alavanca financeira (GAF) e o grau
combinado da alavanca (GCA).
Quanto maior for este indicador maior será o risco da entidade, ainda, que a entidade
tenha um grande volume de negócios.
Este indicador, de uma forma sucinta, permite uma análise do risco associado à utilização
da dívida, concluindo-se se o endividamento está a ser benéfico ou prejudicial à
rendibilidade dos capitais próprios. Trata-se de um indicador de fácil construção e permite
analisar o impacto da variação dos resultados operacionais no resultado antes de impostos
(Carmo, 2013). E é comum o analista recorrer ao grau de alavanca financeira, destacando-
se este como principal indicador de risco financeiro.
Resultados Operacionais
𝐺𝑟𝑎𝑢 𝑑𝑎 𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 =
Resultados antes dos Impostos
Este é o efeito combinado do GAO e GAF, sendo que “mede a variação percentual
ocorrida nos resultados correntes de variações percentuais unitárias no volume de
negócios (Pinho e Tavares citado por Sebastião, 2014).
O autor afirma ainda que, este indicador evidencia se os resultados da entidade se situam
a um nível inadequado ao cumprimento dos seus objectivos essenciais. Para o mesmo
autor o risco global será maior quanto mais elevados forem os seus gastos fixos, GAO e
GAF.
A análise destes indicadores permite, tal como referem Nabais e Nabais citado por
Sebastião (20114), estudar a situação económico-financeira da entidade através do estudo
dos documentos contabilísticos e dotar os responsáveis da organização e outras entidades
de informação financeira adequada para a tomada de decisão. E obtêm-se pela seguinte
fórmula.
GCA=GAO×GAF
26
Análise do fluxo de caixa, constitui um dos factores mais importantes principalmente para
os micros empresas, é por meio dele se conseguem informações sobre o passado
financeiro da empresa em determinado período e, conhecendo-se o passado do caixa, se
estabelecerá uma melhor projecção futura de activos disponíveis (Barbosa, 2010).
O fluxo de caixa está directamente ligado à gestão financeira dos recursos das empresas,
buscando o equilíbrio entre os pagamentos e recebimentos, constituindo-se, desta forma,
em um factor fundamental ao processo de tomada de decisões da empresa. Assim, o fluxo
de caixa constitui um elemento de controlo de gestão indicado para analisar o desempenho
financeiro do período, bem como verificar as causas ocorridas no que foi planeado, a fim
de que a empresa mantenha-se alinhada com os objectivos e metas estabelecidas
(Barbosa, 2010).
Portanto, o fluxo de caixa além de essencial no contexto das pequenas empresas, presta
sua contribuição, principalmente no tocante à compreensão, por parte do empreendedor,
dos efeitos de suas decisões sobre os resultados obtidos.
A decisão é o processo que determina o rumo quer da sociedade, quer do individuo e/ou
principalmente de uma organização.
Miglioli citado por Sebastião (2014, p. 20) defende que “as decisões de gestão afectam
directamente a sobrevivência das empresas assim como a vida de todos os que estão
relacionados com a mesma sejam eles empregados, acionistas, fornecedores, clientes ou
até a própria sociedade”. Por este motivo, o processo de decisão numa entidade é
importante a uma escala maior do que apenas para o seu ambiente interno.
27
E isso significa que é necessário que haja informações disponíveis para a tomada de
decisão, e sem dúvidas que cabe a Contabilidade em fornecer a tais informações. E para
que essa informação seja considerada útil na tomada de decisão deve ser relevante e
fiável, isto é, deve traduzir o verdadeiro estado da entidade e traduzi-la de forma ampla.
Pois, as decisões financeiras carecem de informações financeiras que, por sua vez, são
fornecidas pela contabilidade que funciona como um sistema de informação financeira.
Serem úteis para prever, comparar, avaliar a capacidade de uma entidade em gerar riqueza
futura e julgar a habilidade do administrador em utilizar os recursos da entidade com
eficiência no atendimento de seu objectivo principal.
Stroeher e Freitas, citado por Sebastião (2014), defendem ainda que a informação
financeira é apresentada de diversas formas tais como: demonstrações financeiras,
registos permanentes e sistemáticos, documentos, livros, folhas de cálculo, listagens,
diagnósticos e descrição crítica. Cada órgão de decisão deve determinar que tipo de
informação financeira lhe é útil (relevante e fiável) para o processo de tomada de decisão.
Deve saber que decisão pretende tomar; que informações são necessárias para o processo;
e deve acima de tudo ter a capacidade de processar as informações que tem na sua posse
(Sebastião, 2014).
O autor afirma ainda que, o processo de tomada de decisão exige algumas competências
entre as quais são de destacar as seguintes: “lucidez quanto ao problema, à sua
importância e prioridade, informação adequada, comunicação eficaz e controlo de
execução. Competências conhecidas como técnicas, humanas e conceptuais, que
permitem aos decisores terem maior sensibilidade sobre o que é melhor para a entidade.
Para que se tome bem uma decisão é necessário seguir determinadas etapas que variam
de autor para autor. Para Carvalho citado Sebastião (2014) essas etapas incluem:
Portanto hoje a tomada de decisões é um dos processos mais complexos, que envolve um
conjunto de informações e critérios para que essa tomada de decisão seja útil para o
progresso da empresa.
28
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DA PESQUISA
Este capítulo descreve a metodologia utilizada na parte prática deste trabalho, desde a
apresentação das empresas objecto de estudo, método, tipo pesquisa de investigação, o
tipo de estudo, a metodologia de recolha de dados, bem como os principais indicadores
que são objecto de análise do trabalho.
De modo a fazer face o terceiro capítulo, isto é da análise e discussão dos resultados para
dar sustentabilidade do presente trabalho de investigação, foi utilizado documentos de
uma empresa de venda de equipamentos industrial.
Por uma questão de confidencialidade da empresa, e com respeito a este pedido, esta a se
usar um nome fictício denominado “Alfa”, porque a empresa não quer que essas
informações sejam públicas. Fora a este sigilo, e pelo respeito do mesmo, o estudo pauta
pela severidade, originalidade e coerência que se o estudo de caso exige.
2.2 Metodologia
Assim, de acordo com Silva e Menezes (2005), afirmam que a metodologia de pesquisa
corresponde ao estabelecimento das actividades práticas necessárias para a aquisição de
dados com os quais se desenvolverão os raciocínios que resultarão em cada parte do
trabalho final.
29
Assim, ʻʻPara que um conhecimento possa ser considerado científico, torna-se necessário
identificar as operações mentais e técnicas que possibilitem a sua verificação, ou em
outras palavras, determinar o método que possibilite chegar a esse conhecimento (GIL,
2008, p. 8).
Pois, o método pode ser definido como um conjunto das actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e económica, permite alcançar o objectivo, ou seja,
conhecimentos válidos e verdadeiros que permite traçar o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do pesquisador (Marconi & Lakatos, 2003).
Ainda de acordo com Prodanov & Freitas (2013), definem o método como o caminho, a
forma o modo de pensamento. É a forma de abordagem em nível de abstracção de
fenómenos. É o conjunto de processos ou operações mentais empregados na pesquisa.
A pesquisa classifica-se: quanto aos seus objectivos, quanto aos procedimentos técnicos
e quanto a abordagem do problema (Gerhardt & Silveira, 2009)
30
2.2.1 Quanto aos seus objectivos
O presente trabalho científico classifica-se como descritiva. Uma vez que descreveu-se
os factos de modo geral na revisão da literatura sobre análise das demonstrações
financeiras como um factor importante no processo de tomada de decisão.
A pesquisa descritiva observa, regista, analisa e ordena dados, sem manipulá-los, isto é,
sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com que um facto
ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com outros factos. Assim, para
colectar tais dados, utiliza-se técnicas específicas, dentre as quais se destacam a
entrevista, o formulário, o questionário, o teste e a observação (Prodanov & Freitas, 2013)
Quanto aos procedimentos técnicos, tendo em conta o tema em estudo, para a presente
investigação utilizou-se uma pesquisa documental e bibliográfica.
De acordo com Prodanov e Freitas (2013), afirmam que a pesquisa bibliográfica é aquela
elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas,
publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias,
dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objectivo de colocar o
pesquisador em contacto directo com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa.
Ainda Alves (2012), realça que a pesquisa bibliográfica utiliza fontes secundárias
(Estudos feitos por outros autores sobre o tema).
31
2.2.2.2 Pesquisa documental
Segundo Alves (2012), a firma que a pesquisa documental utiliza fontes primárias, isto é,
fontes de informação que ainda não receberam nenhum tipo de tratamento e nunca foram
publicadas como: documentos arquivados em instituições públicas ou privadas,
fotografias, certidões etc, e mesma linha de pensamento Prodanov & Freitas (2013), a
pesquisa documental baseia-se em materiais que não receberam ainda um tratamento
analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objectivos da pesquisa.
A abordagem de investigação consiste num estudo de caso. Este tipo de estudo traduz-se
na exploração intensiva de uma unidade de análise, neste caso concreto, a empresa Alfa.
Este tipo de estudo visa preservar o carácter único, específico, diferente e complexo do
caso, sendo que o investigador recorre obrigatoriamente a fontes múltiplas de dados e,
muitas vezes, a métodos de recolha também diversificados (Coutinho e Chaves citado por
Cunha 2013).
E na mesma linha de pensamento apresentam-se Prodanov & Freitas (2013), que afirmam
que o estudo de caso consiste em colectar e analisar informações sobre determinado
indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados
de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa. É um tipo de pesquisa qualitativa e/ou
quantitativa, entendido como uma categoria de investigação que tem como objecto o
estudo de uma unidade de forma aprofundada, podendo tratar-se de um sujeito, de um
grupo de pessoas, de uma comunidade etc. os autores afirmam que para este estudo, é
necessário alguns requisitos básicos para sua realização como: severidade, originalidade
e coerência.
32
E a quantitativa quantitativa porque permitiu realizar análise dos dados obtidos e
quantifica-los através das demonstrações financeiras, que foram fornecidas pelo gestor da
empresa em estudo.
Assis, (2014) afirma que a pesquisa qualitativa é uma pesquisa descritiva, cujas
informações não são quantificáveis; os dados obtidos são analisados indutivamente; a
interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados são básicas no processo de
pesquisa qualitativa.
De acordo com Prodanov & Freitas (2013), consideram que na pesquisa qualitativa existe
uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável
entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em
números. A interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa. Esta, não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.
O ambiente natural é a fonte directa para a colecta de dados, interpretação de fenómenos
e atribuição de significados.
Assim, o uso desse tipo de abordagem difere da abordagem quantitativa pelo facto de não
utilizar dados estatísticos como o centro do processo de análise de um problema, não
tendo, portanto, a prioridade de numerar ou medir unidades.
Esta pesquisa, considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em
números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos
e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente
de correlação, análise de regressão etc.) procurando traduzir em número os
conhecimentos gerados pelo pesquisador (Prodanov & Freitas, 2013).
Quanto as técnicas de tratamento de dados Alves (2012) dizem que o tratamento de dados
pode ser feito através do programa Excel ou através do SPSS.
Mas para o presente trabalho os índices foram calculados a partir da planilha electrónico
Microsoft Excel versão 2007.
33
2.6 Horizonte Temporal
Os dados recolhidos da empresa em estudo para as devidas análises são dados de dois
2018-2019.
Assim, para a presente investigação fez-se uma análise em alguns indicadores de:
endividamento, rentabilidade, de liquidez e de riscos uma vez que estes indicadores alem
de nos permitir avaliar a situação económica financeira, também ajuda os gestores na
tomada de decisões.
Dito de outro modo, estes são índices de apoio que conseguem sintetizar, uma relativa
quantidade de informação e ajuda na comparação do desempenho económico-financeiro
das empresas, ao longo do tempo.
Índices de Endividamento
Passivo Total
𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = × 100
activo total
Capitais Próprios
𝐴𝑢𝑡𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 = × 100
activo total
Indices de rentabilidade
Resultado Líquido
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 = × 100
Volume de Negócio
Resultado Operacional
R𝑒𝑛𝑑𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 = × 100
Volume de Negócio
Resultado Líquido
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑠 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜𝑠 = × 100
Capitais Próprios
Resultado Operacional
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 = × 100
activo
34
Índices de Liquidez
Activo corrente
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑜𝑢 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 =
Passivo Corrente
Disponibilidade
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑖𝑚𝑒𝑑𝑖á𝑡𝑎 =
Passivo Corrente
Activo Corrente − inventários
𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑅𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 =
Passivo Corrente
Índice de risco
Resultados Operacionais
𝐺𝑟𝑎𝑢 𝑑𝑎 𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 =
Resultados antes dos Impostos
35
CAPÍTULO III- APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS
Este capítulo tem por objectivo análise dos indicadores de rendimentos, liquidez e de
riscos da empresa objecto de estudo, baseando-se das demonstrações financeiras (Balanço
e Demonstração de resultado).
Alfa é uma empresa angolana privada do sector industrial, que iniciou a sua actividade
em 1995 como sociedade anónima integrando o património da antiga empresa criada em
1952. Com cede em Luanda localizada na Av. Deolinda Rodrigues e conta com cerca de
130 colaboradores a nível nacional.
É uma empresa com valor essencial com uma estratégia orientada para os seus clientes,
com uma forte ambição de crescimento, que pauta na inovação, qualidade,
sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental, a empresa ainda conta com uma
loja no Lobito.
36
3.2.Analise dos indicadores
37
Tabela 4: Demonstrações de Resultados em 31 de dezembro de 2018 e 2019
Fonte: próprio, elaborado de acordo com PGC com base nas DFs da Alfa.
38
Indicadores de rentabilidade
286289285 524577199
𝑅𝐶𝑃 = × 100 = 23% (2019) 𝑅𝐶𝑃 = × 100 = 44% (2018)
1266369210 1204 950 101
Indicadores de liquidez
3 726 034 884 3593668880
𝐿𝐺 = 𝑋 100 = 107% (2019) 𝐿𝐺 = 𝑋 100 = 105% (2018)
3 485 775 515 3413636369
Indicador de risco
448 091 396 1372826072
𝐺𝐴𝐹 = 409 417 550 = 109% 𝐺𝐴𝐹 = 749447376
= 183%
Endividamento
Desta feita de acordo com os resultados obtidos através dos cálculos feitos, foi possível
notar que a empresa estudada teve um índice da divida de 74% e 73% (2018 e 2019), o
que significa que a empresa utilizou mais os capitais externos de curto e longo prazo.
39
O Índice de endividamento evidência o quanto a empresa utiliza recursos de terceiros
num dado período de tempo para financiar o seu activo, indicando assim, a quantidade de
dívidas a curto ou longo prazo que poderá ser paga com o seu activo total.
Autonomia financeira
Este indicador relaciona os capitais próprios com o total de activos aplicados este
indicador é o complemento do endividamento, visto que “quanto maior o valor deste
indicador maior a proporção de capitais próprios aplicados, o que implica dizer há menor
risco de insolvência a prazo.
E de acordo com o resultado obtido a partir do cálculo feito verificou-se que a empresa,
teve uma autonomia financeira de 26% e 27% (2018 e 2019) o que significa que a empresa
tem pouco peso no financiamento dos seus activos.
Desta feita de acordo com os resultados obtidos através dos cálculos feitos, foi possível
notar que a empresa estudada representa uma rendibilidade líquida das vendas reduzida
de 5% em 2019 comparado com o ano anterior 11% em 2018.
Este indicador visa informar o que se denomina de ganho ou lucro da entidade após a
dedução de todos os gastos da entidade. É um indicador que relaciona o resultado líquido
(RL) e o volume de negócios.
Por tanto este índice indica o poder de ganho da empresa, fazendo uma breve comparação
do seu lucro liquido em relação as suas vendas, e quanto à empresa obteve de lucro líquido
para cada unidade monetária vendida.
Este índice é responsável por avaliar o percentual do lucro operacional sobre as vendas
líquidas, levando em consideração todos os custos e despesas, com excepção das despesas
financeiras líquidas e impostos.
40
Rendibilidade dos capitais próprios
Quanto a retambibilidade notou- se Empresa conseguiu obter de lucro com cada unidade
monetária investida em 2018 de 44% e 23% em 2019 respectivamente.
E com relação a rentabilidade operacional das vendas a empresa estudada teve um indice
de retorno sobre o activo em 2018 de 30% e 9%, em 2019. O que indica que a empresa
gerou lucro de kz 0, 30 e 0,09 para cada kz 1,00 aplicado no seu ativo. Verifica-se que a
empresa conseguiu obter de lucro com cada unidade monetária investida.
Assim, de acordo com os resultados obtidos nos cálculos feitos anteriormente com relação
aos índices de liquidez da empresa observou-se o seguinte:
Liquidez Imediata
41
A empresa Alfa apresentou um índice de liquidez imediata de 44% em 2018 e 19% em
2019. O que significa que para cada 1 kz de dívidas a curto prazo, a empresa possui de
disponibilidade 0, 44 e 0,19 kz. Portanto, o que indica que a empresa não possui recursos
suficientes para liquidar suas dívidas a curto prazo com o que possui em caixa e bancos.
No entanto, é comum que este índice seja baixo, uma vez que as empresas não têm
interesse em manter altos valores em seus caixas e bancos, devido a sua perda de valor.
Este indicador, de uma forma sucinta, permite uma análise do risco associado à utilização
da dívida, concluindo-se que o endividamento está a ser benéfico à rendibilidade dos
capitais próprios.
42
CONCLUSÕES
a) Num mundo globalizado que está em constante mudança e com a crise que se
vive, como é caracterizado no momento actual, para que as empresas consigam
sobrevir a essas mudanças, exige das próprias empresas uma análise cada vez mais
profunda das suas actividades, no sentido de ter mais detalhes sobre a evolução
do seu progresso. E isso significa que as empresas que ficarem afastados a este
elemento, ficarão a mercê do fracasso. E por outra, é necessário que tenham
conhecimento da importância da analise das demonstrações financeiras e fazer
desta uma ferramenta indispensável em todo processo de tomada de decisão;
b) A análise das demonstrações financeiras busca extrair informações das
demonstrações contabilísticas, a fim de identificar as potencialidades e
fragilidades operacionais e financeiras da empresa e utiliza-os de forma
estratégica nas mais variadas decisões empresariais. A análise baseada nas
demonstrações financeiras, quando se busca o enfoque de gestão. Serve como
base de informações para tomada de decisão dos gestores das empresas,
independentemente da sua dimensão;
c) Para uma boa análise financeira é necessário que as empresas tenham no mínimo:
Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e
Demonstrativo de Fluxo de Caixa. Estas demonstrações são de simples
formulação e oferecem informações básicas, porém muito importantes, para
qualquer organização, independentemente de tamanho ou facturação
d) Actualmente, analise das demonstrações financeiras devem ser um factor
indispensável no planeamento estratégico global, direciona a organização num
caminho que assegure, a médio e longo prazo, vantagens competitivas,
configurando os seus recursos num ambiente de mudança contínua, de modo a
satisfazer as necessidades do mercado e a corresponder às expectativas dos
interessados;
43
e) Por outro lado, a análise das demonstrações financeiras além de ser uma
ferramenta que auxilia nas tomadas de decisões, ainda auxilia os gestores a
acompanhar o crescimento da empresa, sua posição actual bem como perspectivar
o futuro como também auxilia na identificação de pontos fracos.
E relativamente a análise dos resultados do estudo feito da empresa objecto de estudo, foi
baseado nos indicadores financeiros e económicos, e através das demonstrações
financeiras com objectivo de dar mais sustentabilidade no trabalho e reforçar as
conclusões chegou-se as seguintes conclusões:
c) Quanto aos índices de liquidez, verificou-se a empresa Alfa teve um liquidez geral
de 105 em 2018 e 107% em 2019, portanto, é notável a saúde financeira da
empresa em curto e em longo prazo, a empresa tem capacidade de pagamento de
suas obrigações do Passivo Circulante e Passivo Não Circulante em relação ao
activo Circulante, 44% em 2018 e 19% em 2019, foi da liquidez imediata. Este
índice indica quanto à empresa consegue saldar de suas dívidas de curto prazo
com o disponível no momento e por outra a empresa teve 71% e 64% da liquidez
Reduzida em 2018 e 2019 respectivamente.
44
LIMITAÇÕES
De referir, contudo, e à semelhança de qualquer investigação, que este estudo não está
isento de críticas e limitações, que pensa-se poderem vir a ser colmatadas em trabalhos
futuros. Assim, destacam-se:
45
RECOMENDAÇÕES
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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importância do sistema de informação contabilistico como fonte de informações
para tomada de decisões. S. Paulo.
50
ANEXOS
1. Demostrações financeiras da Alfa
1.1 Balanço
1.2 Demonstração de Resultados da Alfa
Tabela 1: Dados que permitiram para o cálculo dos indicadores analisados
R. ANTES DOS
IMPOSTOS 409417550 749447376
Fonte: própria