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Fis.

ioterap ia
Guia Fotográfico de Testes
para Avaliação Ortopédica
Terceira Edição
Fisioterapia
Guia Fotográfico
de Testes para
Avaliação
Ortopédica
Fisioterapia I Guia Fotográfico de Testes para Avaliação Ortopédica se iniciou como wn con-
ceito simples para reunir em um guia prático e objetivo os testes ortopédicos mais utilizados. Ao
longo de suas duas primeiras edições, foram feitas modificações no desenho e no formato do livro,
e a maneira como o conteúdo está apresentado foi melhorada.
A inclusão de referências bibliográficas relativas a cada teste, em vez de uma lista geral ao final
do texto, possibilita que o leitor encontre informação específica relacionada com o teste que está
sendo descrito. A inclusão de alguns testes especiais na segunda edição aumentou para o leitor a
oportunidade de aprender mais sobre as diversas abordagens associadas à avaliação ortopédica.
O sucesso alcançado pela segunda edição em inglês levou à publicação do texto em espanhol e
em coreano. Mas, independentemente dos bons resultados, um livro sempre pode ser aprimorado,
e este não é diferente. Quando alguém fica satisfeito e se acomoda, não leva muito tempo para per-
ceber que os outros estão mudando e tendem a ultrapassá-lo. Portanto, fizemos uma breve parada
para reabastecimento e estamos lançando uma terceira edição renovada. Mantivemos intactos os
princípios básicos do livro: imagens claras e descrições simples, ainda que detalhadas, continuam
a ser o fundamento deste livro. A oportunidade de melhorar estes princípios serviu de base para
a discussão quando nos sentamos para criar a terceira edição. Esta edição apresenta uma série de
mudanças que, esperamos, irão agradar ao leitor. A primeira e mais importante foi a retirada de al-
guns testes e a inclusão de outros, sempre tendo em mente oferecer o que há de mais necessário, de
maneira mais prática e mais objetiva. Os testes que foram retirados não eram muito utilizados, ou
não pareciam ser suficientemente práticos, ou não eram totalmente confiáveis; enfim, nãu pareciam
válidos. Esta conclusão baseia-se em nossa opinião, em informações coletadas dos leitores e na falta
de evidência na literatura. Os testes que foram incluídos no livro resultaram de pedidos de leitores
e do consenso dos autores. Embora alguns pareçam ainda não ter evidência considerável publicada,
as discussões clínicas têm confirmado sua aplicação empírica.
Realizamos uma minuciosa pesquisa bibliográfica, de modo a aumentar consideravelmente as
evidências sobre as pesquisas relativas a cada teste. Como no passado, continuamos a acreditar que
não é nossa função como editores informar se este ou aquele teste é eficiente, mas sim fornecer ao
leitor informações que possibilitem a ele chegar à sua própria conclusão. Além de ampliar a lista das
revisões de literatura realizadas por nosssos colegas que avaliam a efetividade de cada teste, muitas
vezes incluímos textos que orientam o leitor a conhecer mais sobre aspectos históricos, anatômicos
e mesmo comparativos de cada teste. Como nas edições anteriores, abordamos alguns testes que
continuam a ser realizados e que não dispõem de nenhuma referência literária que os fundamentem.
Mais uma vez, esperamos que os leitores cheguem às suas próprias conclusões e possam realizar
sua própria pesquisa para sustentar ou refutar tal teste.
Para auxiliar na realização das fotografias bidimensionais e ao mesmo tempo demonstrar a
realização tridimensional dos testes, incluímos setas em muitas fotos. Acreditamos que esse recurso
facilitará bastante a identificação da direção de aplicação de forças durante o movimento na reali-
zação de detenninados testes. Reiterando nossa opinião sobre alguns testes publicados, manifesta-
mos que um dos desafios mais frustrantes que tivemos que vencer, tanto ao escrever o texto como
ao conversar com outros profissionais, foi o fato de que existem vários testes especiais utilizados
ao dia-a-dia que são úteis aos profissionais, embora ainda não tenham estudos publicados para
sustentar sua eficiência. Os profissionais continuarão a utilizar esses testes se eles apresentarem
resultados clínicos, independentemente de serem sustentados ou não por um estudo estatístico de
-comprovação" de que o teste funciona. Da mesma maneira, muitos de nós aplicam diariamente
lécnicas que nos auxiliam na resolução de problemas e na diferenciação de diagnósticos. Com
base neste fenômeno, acrescentamos um capítulo denominado Testes Contemporâneos Especiais.
Embora reconheçamos claramente que não somos capazes de fornecer um único estudo científico
para justificar a confiabilidade e a validade desses testes, pessoalmente nós os consideramos úteis
pelas razões mencionadas anteriormente. Além disso, estamos oferecendo a você alguns "novos"
testes especiais para serem testados em seu ambiente de trabalho. Você pode considerá-los úteis ou
não. Você pode ser inclusive estimulado a iniciar seu próprio estudo para validação desses testes, e
ficaremos felizes em apresentar seu trabalho como referência.
Em suma, a terceira edição foi um projeto gratificante. Tão Jogo o trabalho foi iniciado, as idéias
começaram a surgir. Como sempre, lembramos a você que os testes especiais são apenas uma peça
no quebra-cabeça que auxilia no processo de avaliação. Enquanto você monta seu quebra-cabeça,
esperamos que esta nova edição seja uma ferramenta útil para a solução de problemas.

JeffG. Konin, PhD, ATC, PT


Denise Wiksten, PhD, ATC
Jerome A. "Jai" Isear Jr., MS, PT, LAT, ATC
Holly Brader, MPH, RN, BSN, ATC
neos Especiais. Essa nova seção é um reflexo de como os cuidados com a saúde, e em especial a
avaliação ortopédica, evoluem ao longo do tempo. Nessa seção, estamos propondo alguns testes
especiais novos para o profissional utilizar. Esses testes ainda não foram avaliados criticamente
nem estudados, e têm sido aplicados com sucesso na prática empírica do nosso cotidiano. Assim
como fizemos com todos os outros testes especiais, novos ou antigos - comprovados ou não como
válidos e/ou confiáveis - , estamos compartilhando com os leitores alguns outros métodos que
deverão somar-se ao algoritmo de avaliação. Sugerimos que os leitores experimentem esses testes
em diferentes circunstâncias e avaliem sua utilidade. Também sugerimos que experimentem uma
análise crítica mais formal e pesqu.isem a especificidade e a sensibilidade desses testes especiais.
Finalmente, sugerimos que os leitores compartilhem seus resultados com outros profissionais de saúde
em publicações profissionais ou em apresentação em eventos. Como editores, estamos preparados
para receber as críticas daqueles que não acreditam que nós ousamos propor tais testes especiais
em um texto profissional antes de confirmá-los em estudos metodologicamente bem desenhados e
divulgamos nossos achados para uma revisão crítica. Porém, também acreditamos nas palavras do
Dr. Joe Gieck: "Primeiro você faz o que te ensinam, depois você faz o que funciona". Assim, em
prol do progresso do cuidado de saúde e da disposição para aceitar mudanças, acreditamos que a
proposta destes testes especiais seja o primeiro passo para a construção de novas evidências.
A inclusão de setas neste texto será útil para proporcionar ao leitor uma compreensão clara da
interpretação das ilustrações que suplementam a descrição escrita. Continuamos a fazer modificações
a partir das sugestões dos leitores, que nos ajudam a tomar mais fácil a leitura do texto. Porém,
é o conteúdo que deve servir como base a partir da qual o texto será julgado. Se considerarmos a
excepcional receptividade das edições anteriores e ofeedback fornecido por professores, profissio-
nais e estudantes, acreditamos que esta nova versão do texto terá ainda mais, sucesso em atender
às aspirações e aos interesses dos leitores.
Como sempre, sugerimos que você tome suas próprias decisões durante a realização da avaliação
ortopédica e lembramos que o teste especial é apenas uma pequena parcela do seu algoritmo de
decisão, mas possivelmente é uma grande contribuição para o seu paciente!
isioterapia
uia Fotográfico
e Testes para
valiação
rtopédica
6 Coluna Vertebral Torácica Teste de PalTick ou FABER, 127
Teste de Trendelenburg, 128
Sinais de Kernig e Brudzinski, 82
Teste de Ober, 129
Teste de compressão ântero-posterior e
Teste do piriforme, 131
lateral da costela, 83
Teste de Thomas, 132
Teste respiratório de inspiração/expiração, 84
Teste da real discrepância de comprimento
da perna, 134
Teste da aparente discrepância de
7 Coluna Vertebral Lombar comprimento da perna, 135
Manobra de Valsalva, 86 Teste de Ely, 136
Teste de inclinação para a frente, 8 7 Teste de tração do nervo femoral, 13 7
Teste de Hoover, 88
Sinais de Kernig e Brudzinski, 89
Teste de elevação da perna estendida 90-90, 10 Joelho
90 Teste do comprimento do ligamento/tendão
Teste da corda do arco (Teste de Cram), 91 patelar, 140
Teste sentado para raiz nervosa, 92 Teste de apreensão patelar, 141
Teste unilateral de elevação da perna Teste do rechaço ou teste de compressão da
estendida (Sinal de Lasegue), 93 patela, 142
Teste bilateral de elevação da perna Teste da varredura (Teste do esfregão, da
estendida, 95 escova, ou do golpeamento), 143
Teste de elevação da perna bem estendida, Teste do ângulo Q, 145
96 Teste da manivela medial/lateral, 147
Teste do mergulho, 97 Teste do rechaço, 149
Teste de Tbomas, 99 Teste patelar da manivela (Sinal de Clarke), 151
Teste da mola, 101 Teste de Renne, J52
Teste de Trendelenburg, 103 Teste de Noble, 153
Teste da cegonha, 104 Teste de Hughston para plica sinovial, 154
Teste de Godfrey 90/90, 156
Teste da queda posterior (Teste gravitacional
8 Coluna Vertebral Sacral da gaveta), 157
Teste de pivô shift reverso (Teste de Jakob), 158
Teste de fixação da articulação sacroilíaca
Teste anterior de Lachman, 160
(SI), 106
Teste de gaveta anterior, 162
Teste de Gillet, 109
Teste de Slocum com rotação medial da
Teste de estresse da articulação sacroilíaca,
líbia, 163
IIO Teste de Slocum com rotação lateral da tíbia,
Teste de Squish, 114
/64
Teste de Yeoman, 115
Teste de pivô shift, 165
Teste de Gaenslen, 116
Teste de Jerk, 167
Teste de Patrick ou FABER, 117
Teste de gaveta posterior, 169
Teste de supino para sentado, 118
Teste de gaveta póstero-medial de Hughston,
170
Teste de gaveta póstero-lateral de Hughston,
9 Quadril 171
Teste do esfregãofíeste do quadrante, 122 Teste posterior de Lachman, 172
Teste de Craig, 124 Teste de recurvatum cm rotação lateral, 173
Teste de elevação da perna estendida 90-90, Teste do dial (Teste da rotação lateral da
126 tíbia), 174
este do estresse em valgo, 175 Teste de compressão, 196
este de estresse em varo, 178 Teste de compressão de osso longo, 197
este de McMurray, 180 Teste do balanceio, J 98
este compressivo de Apley, 182 Teste de Kleiger, 199
este do deslocamento de Steinman, 183 Sinal de Tinel, 200

Tornozelo e Pé 12 Testes Contemporâneos Especiais


' inal de Homan, J86 Tt:slt: <lt: re<lui,;ão <lo impa1.:tu, 202
este de gaveta anterior, J87 Teste do estresse por deslocamento do braço
este de inclinação talar (inversão), J89 (EDB), 204
este de inclinação talar (eversão ), 191 Teste de extensão do dedo, 205
treste de Thompson, 192 Teste da síndrome de flexão e pronação, 206
este da percussão, 193 Teste de torção tarsal, 207
inba de Feiss, J94
Teste do neuroma interdigital, 195 Índice alfabético, 209
\())
PHYSI O
A fisioterapia e a terapia ocupacional são duas das mais promissoras profissões da área de saúde.
Por esse motivo, houve um grande aumento da quantidade de estudantes dessas áreas, com inevi-
tável crescimento, também, do número de profissionais. A conseqüência direta desse fato é uma
concorrência maior; a indireta, nma crescente necessida de de aprimoramento teórico e prático, de
desenvolvimento de habilidades - e, lógico, menos tempo para dedicar aos estudos.
A Série Ph)'SÍO destina-se a atender a essa necessidade urgente de estudantes e profissionais de
fisioterapia e de terapia ocupacional, oferecendo: literatura técnica de caráter prático e objetivo.
livros que vão direto ao ponto, obras de consulta rápida que possibilitem prestar aos clientes uma
assistência segura e eficaz. Portanto, literatura que acompanha o ritmo dessas duas ciências.
Visite o site da Editora LAB para conhecer o material gratuito de apoio a livros e cadastre-se
para receber comunicados sobre os lançamentos dos livros da Série Physio: www.editoralab.com.br.
O desafio de revisar e atualizar um livro pela terceira vez requer uma motivação renovada.
\faisque isso, realizar satisfatoriamente essa tarefa, aprimorando o bom trabalho feito nas edições
anteriores, envolve muita determinação e perseverança.
O primeiro agradecimento é dirigido a você, leitor. Sem a sua crença em nosso livro, não haveria
uma terceira edição. Sem o seufeedback, não haveria aprimoramento a partir de esforços anterio-
n.."S. Finalmente, sem suporte e incentivo, não haveria motivação para produzir a terceira edição.
.\ oportunidade de trabalhar em um projeto com a equipe da editora SLACK foi uma tremenda
experiência. Sua habilidade de cooperação, de dar suporte e incentivo e sua capacidade de organi-
zação são indiscutíveis. Nossos sinceros agradecimentos a Megan Charlton, diretora de projeto, e
a Lauren Biddle Plummer, editora, por todo o empenho que dedicaram a esta obra. A John Bond,
publisher, e a Peter Slack, presidente, por acreditar em nossas idéias e sustentar sempre as nossas
metas. Acima de tudo, a Carrie Kotlar, para quem um mero título seria uma injustiça. Carrie foi
fundamental para que todos nos mantivéssemos no caminho, assegurando que nós produzíssemos
um texto de qualidade - e no prazo.
Agradecimentos especiais aos colaboradores que realizaram o trabalho de garimpo em busca dos
artigos científicos mais recentes sobre os testes especiais inseridos nesta edição: Madeline Harkins,
ATC; Nicole Hoffman, ATC; John Kaltenborn, ATC; Mary Katherine Martin, ATC; Jaclyn Norberg,
.\TC; Kristina Papazoglou, ATC; Sara Wasilenko, ATC; e Sara Whiteside, ATC. Esse processo de-
morado e minucioso tem importância vital no reconhecimento da prática baseada em evidências.
Além desses, gostaríamos de agradecer ao Dr. Jay Scifers e a Sara Wasilenko, pela assistência no
desenvolvimento de novos testes. Por fim, gostaríamos de manifestar nosso agradecimento a Jeff
Cayo, PT, LAT, ATC, e a Chris Gabriel, MPT, PT, OCS, CSCS, por posarem como examinador e
paciente em muitas das fotografias que ilustram este livro.
Especial agradecimento a Brian Leggin, MS, PT, OCS, e Denise Hartzel-Leggin, PT, MBA, por
dedicarem seu tempo a analisar criticamente este livro da perspectiva do usuário. Sem dúvida, os
comentários e as sugestões dadas pelos leitores e revisores valorizaram o texto.
O conceito deste livro foi rascunhado durante um encontro de fisioterapeutas em Ocean City,
Maryland, por dois dos editores, e se espalhou pelo mundo entre aqueles que têm o mesmo interesse
em aprender sobre os testes especiais em ortopedia de maneira simples e prática.

Jeff G. Konin, PhD, ATC, PT


Denise Wiksten, PhD, ATC
Jerorne A. "Jai" Isear Jr., MS, PT, LAT, ATC
Holly Brader, MPH. RN, BSl\f, ATC
... Agradecimentos ISegunda Edição
Gostaríamos de externar nossos agradecimentos ao fotógrafo Tom Farrington e aos modelos
voluntários Michael Hughes, Leah Eaton, Mark Espinosa e Jonathan Jaseniuk. Nossa estima também
se estende a Marshall Crespin, Maura McGovem e Grace Tessier, pela revisão critica dos originais,
e pelo valioso feedback da perspectiva do estudante. Agradecimentos especiais a Amy McShane,
Jill Tweedie e Lauren Plummer, da SLACK, pela colaboração no desenvolvimento desta segunda
edição.

... Agradecimentos I Primeira Edição


Este Iivro não teria alcançado sucesso sem o trabalho árduo e a determinação de uma quantidade
significativa de pessoas. Queremos expressar nossos sinceros agradecimentos a Greg Hockman e a
Holly Priano, por posarem como pacientes em muitas das fotografi as. Também a Robin Reed, cuja
fotografia criativa nos ajudou a explicar com mais facilidade avaliações tão complexas. Agradeci-
mentos especiais a Roger Hunt, que serviu de examinador para todos os testes especiais e colaborou
com críticas pertinentes sobre as sessões de fotografia. Além disso, agradecemos o incentivo dado
por nossos respectivos empregadores, Delaware Technical and Community College, San Diego
State University of Califomia, e Carolinas Physical Therapy Associates, para perserguimos nossa
meta profissional. Mais que tudo, temos uma dívida com Amy McShane e a editora SLACK, que
acreditaram em nós três e em nosso projeto. As idéias são como rios: com sua força, levam-nos a um
mar de oportunidades. A receptividade, a aceitação, a cooperação e o acompanhamento deste livro
pela equipe da SLACK levou à criação de um guia alternativo para profissionais da área de saúde
consultar à medida que busquem ferramentas para melhorar seu nível de competência clínica.
em uma já excelente compilação de informações. É uma obra única que ajudará estudantes e pro-
fissionais a realizarem uma avaliação mais completa e acurada das lesões ortopédicas em todos os
ambientes. A segunda edição de Fisioterapia I Guia Fotográfico de Testes para Avaliação Ortopédica
é fundamental para o acervo dos profissionais que atuam na área do sistema musculoesquelético.

James R. Andrews, MD
Medical Director
American Sports Medicine fnstitute
Binningham, Alabama

... Apresentação IPrimeira edição


O exame fisico é um componente fundamental de qualquer processo de avaliação ortopédica.
Testes e mensurações são utilizados para identificar a condição de amplitude de movimento, força
muscular, flexibilidade, e estruturas inertes e não-inertes do corpo do paciente. Assim, é necessário
que um conjunto de testes especiais seja realizado para se apurar a avaliação física e decidir se aceita
ou se refuta uma hipótese diagnóstica que possa surgir durante as etapas subjetiva e de observação
do processo de avaliação.
Fisioterapia I Guia Fotográfico de Testes para Avaliação Ortopédica é uma referência única e
va)josa destinada a preparadores fisicos, fisioterapeutas, médicos de família e outros profissionais
de saúde que participam do atendimento de pacientes que apresentam lesões ortopédicas. Por apre-
sentar técnicas especiais de ava)jação ortopédica, este livro está organizado de modo que o leitor
possa rapidamente encontrar a descrição e a ilustração de um teste referente a determinada parte do
corpo. Os resumos dos testes especiais mais comumente utilizados são claros e concisos. O leitor é
orientado passo a passo para a realização de cada teste, e até mesmo sobre o modo de se posicionar
do paciente e do examinador, sobre a ação, a indicação e considerações especiais. O texto é com-
plementado por mais de 200 fotografias que ilustram melhor a técnica correta para cada teste.
Este livro ensina ao preparador tisico, ao fisioterapeuta e a outros profissionais e estudantes da
área de saúde a realizar avaliações completas das lesões e interpretar corretamente seus achados.
É importante observar que os testes especiais são apenas uma parte da avaliação ortopédica, e que
este livro não pretende substituir os tratados utilizados em sala de aula que trazem a discussão da
avaliação de uma lesão. Ao contrário, é um guia de bolso que ajudará o estudante a aplicar na sua
prática clínica o que foi aprendido em sala de aula.
Jeff Konin, Denise Wiksten e Jai lsear fizeram um excelente trabalho de compilação de infor-
mações em um livro que ajudará o estudante e o profissional a fazerem uma avaliação completa e
acurada uma lesão ortopédica, independentemente da instituição em que atuem. O uso adequado deste
livro aumentará a habilidade de avaliação do profissional e certamente vai melhorar a qual idade do
atendimento que ele presta aos pacientes ortopédicos. Sem dúvida, Fisioterapia I Guia Fotográfico
de Testes para Avaliação Ortopédica constitui um acréscimo bem-vindo aos conteúdos de sala de
auJa e ao conteúdo de websites profissionais e de trabalho.

Craig R. Denegar. PhD. ATC, PT


Associatc Professor ofAthlctic Training and Kinesiology; Orthopedics
Pennsylvania State University
University Park, PA
1 Temporomandibular

Sinal de Chvostek, 2
Teste de carga, 3
Teste de palpação, 4
1 /Temporomandibular

Posição de teste O paciente pode ficar sentado ou de pé.


Ação O examinador palpa o músculo masseter e a glândula parótida (Figura l. l ).
Achados positivos Espasmo dos músculos faciais, especialmente do músculo masseter, indica
achado positivo de patologia do nervo facial.

Considerações/Comentários especiais Espasmo dos músculos faciais pode também ser resultado
de um nível baixo de cálcio no sangue. Um achado positivo desta natureza também pode ser descrito
como sinal de Weiss.

Bibliografia
Kugelbcrg E. The mechanism of Cbvostek's sign. A MA Arch Neuro/ Psychiafty. 1951 ;65(4):51 1-7.
Urbano FL. Signs of hypercalcemia: Chvostek's and Trousseau's sigos. Hospital Phvsician. 2000:43-45.

Figura 1.1

c= Movimento do paciente ~ Movimento do examinador


Paciente fica sentado ereto.

O examinador coloca um rolo de algodão entre os dentes molares do lado não afetado e
nta o paciente a morder com força.

ados positivos A dor relatada pelo paciente no lado afetado é um achado positivo, que pode
conseqüência de um deslocamento anterior do disco.

siderações/Comentários especiais O paciente pode ser instruído a mastigar o algodão, em


e de mordê-lo com força. Um achado positivo de dor pode sugerir uma variedade de patologias
poromandi bulares.

m LP, Aker FD, Zarrinnia K. The viscoelastic properties of the human temporomandibular joint disk. J Oral
.\!axillofac Surg. 1996;54(3)315-318.
uddleston Slater JJ, Vi,scher CM, Lobbezoo F, Naeije M. The intra-articular distance within the TMJ during free
and loaded closing movcments. J Dent Res. 1999;78(12): 1815-1820.
sson C, Eckerdal O, lsberg A. Thickness of the articular soft tissue of the temporal component in temporo-
mandibular joints with and without disk displacement. Oral Surg Med Oral Pathol Oral Radio/ Endod.
1999;87( 1):20-26.
·aeije M, Hofinan N. Biomechanics of the human temporomandibular joint during chewing. J Den1 Res.
2003;82(7):528-31.
ickel JC, Iwasaki LR, Beatty MW, Marx DB. Laboratory stresses and tractional forces on the TMJ disc surface.
J Dent Res. 2004;83(8):650-4.
'alilko T, Bir C, Godwin W, King A. Relationship between temporomandibular joint dynamics and mouthguards:
feasibility of a test method. Dent Traumatol. 2004;20(5):255-60.
4 1 / Temporomandibular

~ Teste de palpação

Posição de teste O paciente fica sentado ereto.

Ação O examinador fica de frente para o paciente e coloca o dedo mínimo sobre as orelhas do
paciente. O paciente é orientado a abrir e fechar a boca repetidamente enquanto o examinador aplica
pressão em direção anterior com as polpas dos dedos (Figuras l .2A e 1.2B).

Achados positivos O relato subjetivo de dor ou desconforto durante a abertura ou fechamento da


boca, quando se aplica pressão, indica um teste positivo. Este pode ser resultado de inflamação
da sinóvia da articulação temporomandibular (ATM).

Considerações/Comentários especiais O relato subjetivo de dor pode ser resultado de qualquer


patologia da ATM.

Bibliografia
Chase DC, Hendler BH. Spelling relief for TMJ troubles. Patient Care. 1988;22(12): 158.
Haley DP, Schiffman EL, Lindgren BR, Anderson Q, Andreasen K. The relationship between clinicai and M RI find-
ings in patients with unilateral temporomandibular joint pain. J Am Dent Assoe. 2001 ; 132(4):476-81.
Huddleston Slater JJ, Lobbezoo F, Van Selms MK, Naeije M. Recognition ofintemal derangements. J Oral Rehabil.
2004;31(9):851 -4.

Figura 1.2A Figura 1.28


2 Coluna Vertebral
Cervical

Teste para a artéria vertebral, 6


Teste de compressão nervosa (Spurling), 7
Teste de tração, 8
Manobra de Valsalva, 9
Teste de deglutição, 70
Sinal de Tinel, 11
6 2 / Coluna Vertebral Cervical

~ Teste para a artéria vertebral

Posição de teste O paciente fica em decúbito dorsal, e o examinador se posiciona sentado com
ambas as mãos sustentando a cabeça do paciente.

Ação Girar lentamente a cabeça do paciente, e flexionar no sentido lateral a coluna vertebral cervical
para cada lado. Observar então se o paciente apresenta vertigem, borramento visual, nistagmo, fala
enrolada ou perda da consciência (Figura 2.1 ). Cada posição deve ser mantida por 30 segundos.

Achados positivos Vertigem, bo1Tamento visual, nistagmo, fala enrolada ou perda da consciência
são indicativos de obstrução parcial ou completa da artéria vertebral.

Considerações/Comentários especiais Os sinais e sintomas anteriormente mencionados devem


ser considerados contra-indicações para tratamentos tais como tração ou mobilização articular na
região cervical.

Bibliografia
Cote P. Kreitz BG, Cassidy JD, Thiel H. The validity ofthe extension-rotation testas a clinicai screening procedure
before. neck manipulation: a secondary analysis. Department of Orthopaedics, Royal University Hospital, Sas-
katoon, Saskatchewan, Canada. J Manipulative Physiol Ther. 1996: 19.
Licht PB, Cbristensen HW, Hoilund-Carlsen PF. Carotid artery blood flow during premanipulative testing. J Ma-
nipulative Physiol The,: 2002;25(9):568-72.
Mitchell J, Keene D, Dyson C, Harvey L, Pruvey C, Phillips R. Is cervical spine rotation, as used in the standard
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flow? Man Ther. 2004;9(4):220-7.
Westaway MD, Stratford P, Symons 8. False-negative extension/rotation premanipulative screening test on a patient
with an atretic and hypoplastic vertebral artery. Man Ther. 2003;8(2): 120-7.
Zaina C, Grnnt R, Johnson C, Dansie B, Taylor J, Spyropolous P. The effect of cervical rotation on blood flow in
the contralateral vertebral artery. Man Ther. 2003;8(2): 103-9.

Figura 2.1

-= Movimento do paciente ~ Movimento do examinador


Coluna Vertebral Cervical 7

Posição de teste Com o paciente sentado confortavelmente, o examinador apóia as palmas das
mãos no alto da cabeça do paciente (Figura 2.2A).

Acao O examinador aplica pressão para baixo enquanto o paciente flexiona lateralmente a cabeça.
reste é repetido com o paciente flexionando a cabeça para o lado oposto. A flexão Lateral pode ser
icalizada tanto ativamente como passivamente (Figura 2.2B).

Achados positivos Durante a compressão, um relato de dor no membro superior do mesmo lado
e o da flexão da cabeça é positivo. Isto indica pressão sobre uma raiz nervosa, que pode estar
relacionada com a distribuição dermatomal da dor.

Considerações/Comentários especiais Devem ser tomadas precauções (e possivelmente proibição)


quanto à área de compressão vertebral em pacientes que têm diagnóstico de osteoartrite, artrite
reumatóide, osteoporose e estenose cervical. Antes de aplicar este teste em especial, o examinador
deve rea]jzar o teste da artéria vertebral.

Bibliografia
Dvorak J. Epidemiology, physical examination, and neurodiagnostics. Spine. l 998;23:2663-2672.
Furukawa T, Tsukagoshi H, Uchihara T. Compression ofbrachial plexus as a diagnostic test of cervical cord lesion.
Spine. 1994.
Levitz C, Reilly P, Torg J. The pathomechanics of chronic, recurrent, cervical nerve root neurapraxia: the chronic
bumer syndrome. A m J Sports Med. 1997;2 5:73.
\lalanga GA. The diagnosis and treatment of cervical radiculopathy. Medicine and science in sports and exercise.
Clinicai Supp/emenl: Head and Spine Trauma. l 997:29(7):236-245.
Shah KC, Rajshekhar V. Reliability of diagnosis of soft cervical disc prolapse using Spurling's tesl. British Journal
o/Neurosurge,y. 2005; 18(5) :480-483.
Spurling RG, Scoville WB. Lateral rupture ofthe cervical intervertebral disks. Syn Gyn Obst. 1944;78:350.
Tong HC, Haig AJ, Yamakawa K. The Spurling test and cervical radiculopathy. Spine. 2002;27(2): 156-9.

Figura2.2A Figura 2.28


8 2 / Coluna Vertebral Cervical

Posição de teste Com o paciente sentado, o examinador coloca urna das mãos sob o queixo e a
outra na nuca do paciente (Figura 2.3).

Ação O examinador traciona lentamente a cabeça do paciente para cima enquanto o paciente se
mantém relaxado.

Achados positivos O achado é positivo quando existe relato de diminuição ou desaparecimento


da dor durante a tração. Isto indica possível existência de compressão de raiz nervosa quando o
paciente mantém a postura e/ou o posicionamento habitual.

Considerações/Comentários especiais A tração da região cervical para avaliação de compressão


de raiz nervosa não deve ser realizada se o paciente apresentar instabilidade vertebral. Qualquer
aumento da dor pode indicar lesão muscular e/ou ligamentar. O examinador deve realizar o teste da
artéria vertebral antes de aplicar este teste em especial.

Bibliografia
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and carlilage morphology in a rabbil model of mandibular lengtbening. J Oral Maxillofac Surg. 2001 ;59(12):
1452- 1459.
Rathore S. Use ofMcKenzie cervical protocol in the treatmeat of radicular neck pain in a machine operator. J Can
Chiropr Assoe. 2003;47(4):291 -297.

Figura 2.3
9

O paciente deve estar sentado. O examinador fica de pé próximo ao paciente.

O examinador pede ao paciente que inspire profundamente e sustente o fôlego enquanto faz
como para ativar o intestino.

5 positivos Aumento da dor pelo aumento da pressão intratectal, que pode ser secundária a
lesão por diminuição de espaço, hérnia de disco, tumor ou osteófito no canal vertebral cervical
achado positivo. A dor pode estar localizada ou referida para o dermátomo correspondente.

erações/Comentários especiais A pressão aumentada pode alterar a função circulatória e


vertigem ou inconsciência. O examinador deve estar alerta para amparar o paciente.

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1O 2/ Coluna Vertebral Cervical

.. Teste de deglutição

Posição de teste O paciente deve estar sentado. O examinador fica de pé próximo ao pacíente.
Ação O examinado r pede ao pacíenle que engula.
Achados positivos Aumento da dor ou díficuldade para engolir (disfagia) causada por obstrução
cervical anterior, tal como sublu.xação, protrusão de osteófitos, edema de tecidos moles ou tumores
na região cervical anterior, é positivo.

Considerações/Comentários especiais Certifique-se de que a cabeça do paciente esteja em posição


neutra, uma vez que a deglutição é maís díficíl com o pescoço estendido.

Bibliografia
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Vertebral Cervical 11

O paciente pode ficar sentado ou em decúbito dorsal.

O examinador palpa delicadamente a região próxima ao ponto de Erb. O ponto de Erb lo-
•tz::t-5(: anlt::riurrneutt:: au processo transverso de C6, aproximadamente 2 cm acima da clavícula
S..:.-ff'!> 2 .4).

ldos positivos Um relato subjetivo de alteração sensorial percebida no membro superior


lateral que resulta em aumento da dor ou ausência/diminuição da sensibilidade é considerado
~vo, indicando patologia do plexo braquial.

··derações/(omentários especiais Esta região é considerada aquela em que o plexo braquial


mais superficial. Um achado positivo deve ser associado a uma avaliação cervical completa
ia para qualquer 'patologia do plexo braquial.

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Figura 2.4 Observe a seta de ponta dupla apontando a


direção da palpação.
3 Ombro

eda lata vazia (supra-espinoso), 74 Teste de apreensão (posterior), 31


e de Yergason, 75 Sinal do sulco, 33
ede Speed, 76 Teste de gaveta anterior, 34
I de Ludington, 77 Teste de gaveta posterior, 35
e da queda do braço, 78 Teste de recolocação de Jobe, 36
do deslizamento escapular lateral (TDEL), 79 Teste da surpresa (Teste de liberação ativa), 37
.e de Apley (da coceira), 27 Teste de Feagin, 38
ecruzado do impacto, 23 Teste de carga edesvio, 39
e de impacto posterior, 24 Teste de Grind, 40
do impacto de Neer, 25 Teste do golpe, 41
edo impacto de Hawkins-Kennedy, 26 Teste do estalo, 42
de estresse da articulação Teste de O'Brien (compressão ativa), 43
esternoclavicular (E(), 27
Teste de alongamento do plexo braquial, 44
te de tração da articulação
acromioclavicular (AC), 28 Manobra de Adson, 45
de compressão da articulação Teste de Allen, 46
aaomioclavicular (AC) (cisalhamento), 29 Teste de Roos, 47
ai da tecla do piano, 30 Posição militar de sentido, 48
ede apreensão (anterior), 37 Teste da contratura do peitoral maior, 49
14 3/ Ombro

... Teste da lata vazia (supra-espinoso)


Posição de teste O paciente fica de pé com ambos os ombros abduzidos 90 graus, aduzidos hori-
zontalme nte 30 graus e rotados mediaimente de moclo que os polegares do paciente apontem para
baixo (Figura 3. l ).

Ação O examinad or aplica resistência contra o movimento ativo do paciente para elevar os om-
bros.

Achados positivos Deve-se suspeitar de comprom etimento do músculo supra-esp inoso e/ou de
seu tendão em caso de fraqueza e/ou relato de dor.

Consideraçoes/Comentários especiais Fraqueza do músculo supra-espinoso pode ser resultado de


comprom etimento nervoso. A dor relatada pode ser indicativo de tendinite e/ou impacto.

Bibliografia
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Figura 3. 1

- Movimento do paciente ..- Movimento do examinador


Ombro 15
.. Teste de Yergason ,

:,sição de teste O paciente senta-se com o cotovelo flexionado 90 graus e estabilizado junto ao trooco,
antebraç-0 fica em pronação, O examinador apóia uma das mãos sobre o antebraço do paciente e a outra
re a porção proximal do úmero do paciente próximo ao sulco intertubercular (Figura 3.2A),

~o O examinador aplica resistência contra o movimento ativo do paciente para supinação do


- braço e rotação lateral do úmero.

rhados positivos A dor relatada na região do sulco intertubercular é um achado positivo que
e indicar tendinite do bíceps braquial.

~ siderações/(omentários especiais Este é um teste diflci I de ser realizado. O examinador pode


mais acurado para diagnosticar tendinite bicipital simplesmente palpando o tendão da cabeça
.nga do bíceps braquial no sulco intertubercular.

.
~ M, Akgun K, Birtane M, Karacan [, Cais H, Tuzun F. Diagnostic values of clinica! diagnostic tests in subacro-
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Figura 3.2A

Figura 3.28
3/0mb ro
16

• Teste de Speed
o é flexio-
Posição de teste O paciente fica sentado na mesa de exame ou de pé. O ombro afetad
cm supinação. O exami nador
nado a 90 graus, o cotovelo fica em extensão complt:la, e o antebraço
na região proximal do úmero
apóia uma das mãos sobre a face medial do antebraço e a outra mão
do paciente próximo ao sulco intertubercular (Figura 3.3).
do cotovelo do pa-
Ação O examinador aplica resistência contra o movimento ativo de flexão
ciente.
pode
Achados positivos Incômodo e/ou dor no sulco intertubercular é um achado positivo que
sugerir tendinite bicipital.

Considerações/Comentários especiais O examinador deve observar cuidadosamente se o ante-


ria que possa mascarar falta
braço está em supinação e se o paciente não utiliza musculatura acessó
de força muscular.

Bibliografia
stic values of clinicai diagnostic tests in sub-
Calis M, Akgun K, Birtane M, Karacan 1, Calis H, TU2UJ1 F. Diagno
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Figura 3.3
18 3/ 0mbro

.. Teste da queda do braço ·

Posição de teste O paciente senta-se na mesa de exame ou fica de pé.

Ação O examinador abduz passivamente até 90 graus o braço afetado do paciente e então orienta
o paciente a baixá-lo lentamente (Figuras 3.5A e 3.58).

Achados positivos O paciente é incapaz de levar lentamente o braço até junto do corpo e/ou sente
dor significativa quando tenta realizar o movimento. Isto é indicativo de patologia do manguito
rotador.

Considerações/Comentários especiais Se o examinador suspeitar de patologia do manguito rotador


antes de realizar o teste, deve estar preparado para auxiliar o paciente no caso de este demonstrar
incapacidade de controlar a adução do braço.

Bibliografia
Cal is M, Akgun K, Birtane M, Karacan 1, Calis H, Tuzun F. Diagnostic values of clinicai diagnostic tests in sub-
acromial impingemcnt syndrome. Ann Rheum Dis. 2000;59(1):44-47.

Figura 3.SA

Figura 3.58
Ombro 19

ição de teste Posição 1: paciente de pé com os braços relaxados ao longo do corpo.


Posição 2: paciente de pé com as mãos nos quadris e ombros em l O graus de
extensão.
Posição 3: paciente de pé com ombros abduzidos a 90 graus e rotação medial
máxima.
Ação Posição l: o examinador mensura a distância entre o ângulo inferior da escápula (lado
afetado) e o processo espinhoso da vértebra torácica no mesmo plano horizontal
(essa vértebra será utilizada como referência para todas as três posições) (Figura
3.6A). lsto é repetido no lado não afetado. A diferença entre os lados é utilizada
para a avaliação objetiva.
Posição 2 : repetir o mesmo que na posição l (Figura 3.6B).
Posição 3: repetir o mesmo que na posição l (Figura 3.6C).

Achados positivos Uma diferença entre lados > 1,5 cm é considerada TDEL positivo, indicando
assimetria escapular secundária à fraqueza dos músculos estabilizadores da escápula.

Considerações/Comentários especiais A confiabilidade, a sensibilidade e a especificidade deste


teste na avaliação/predição de disfunção do ombro tem sido questionada. Como este teste é consi-
derado apenas parcialmente dinâmico, pode não avaliar corretamente a força de estabilização dos
músculos escapulares. Pode avaliar de maneira acurada a assimetria em geral, fazendo com que o
examinador busque uma avaliação mais profunda das causas dessas assimetrias (p. ex., controle
motor, ou falta dele, encurtamentos, desvios posturais torácicos etc.).

Figura 3.6A
20 3/0mbro

Fígura3.6B

Fígura3.6C

Bibliografia
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Ombro 21

• Teste de Apley (~a coc,ira) , , ., . .


ºçâo de teste O paciente pode ficar sentado ou de pé.

O paciente é orientado a levar uma das mãos até o ombro oposto. Repetir com a outra mão
:2 o outro lado (Figura 3.7.A).

ados positivos 1 Resultados assimétricos entre os lados são positivos. A incapacidade


tocar o ombro do lado oposto é indicativa de adução, rotação medial e flexão horizontal na
:xulação glenoumeral. Limitação na protração escapular também pode produzir resultados
--miétricos.

O paciente é orientado a colocar o braço sobre a cabeça e alcançar um ponto atrás


pescoço como se estivesse se coçando. Repetir o movimento para o lado oposto (Figura
~).

"lados positivos 2 Resultados assimétricos entre os lados são um achado positivo. Amplitude
=rinuída em um dos lados é indicativa de abdução e rotação lateral limitadas, e de rotação superior
devação da escápula também limitadas.

Figura 3.78
22 3/ Ombro

Figura 3.7C

Ação 3 O paciente é orientado a colocar o dorso da mão nas costas e fazer um pequeno movimento
para cima e para baixo. Repetir o movimento com o lado oposto. (Figura 3.7C).

Achados positivos Resultados assimétricos entre os lados são positivos. Amplitude diminuída em
um dos lados é indicativo de adução e rotação medial limitadas, e de retração e rotação para baixo
da escápula também limitadas.

Considerações/Comentários especiais Cada um desses movimentos é um teste ativo para a mobi-


lidade funcional do ombro. Deve-se tomar cuidado para isolar os movimentos comprometidos. Não
raro, o paciente apresenta restrição discretamente maior no ombro dominante em comparação com
o ombro não-dominante, por causa do aumento da massa muscular no lado dominante. Para os dois
últimos componentes, o examinador pode correlacionar o polegar do paciente com o nível do processo
espinhoso que está sendo utilizado como referência. O examinador também deve avaliar assimetrias
escapulares que possam estar presentes durante os movimentos da articulação glenoumeral.

Bibliografia
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Ombro 23
• Teste cruzado do impacto· . ·. :.
:jção de teste Paciente sentado. O examinador fica de pé com uma das mãos apoiada por trás
ombro do paciente para estabilizar o tronco e a outra mão apóia o cotovelo.

Com o tronco do paciente estabilizado, o examinador passivamente realiza adução horizontal


............'"a do ombro (Figura 3.8).
'lados positivos Dor na face superior do ombro indica patologia da articulação acromiocla-
rular. Dor anterior oo ombro é indicativa de patologia do subescapular, do supra-espinoso e/ou
cabeça longa do bíceps braquial.

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Figura 3.8
24 3/0mbro

, ~ Tes~e d~ impacto posterior · ,, · · ··. · ·. · · · ·.

Posição de teste Paciente em decúbito dorsal sobre a mesa de exame com o ombro afetado entre
90 e 11 O graus de abdução e I O a 15 graus de extensão. O cotovelo do lado afetado é flexionado
a 90 graus. O examinador fica de pé com uma das mãos segurando o punho e a outra segurando o
cotovelo do paciente (Figura 3.9A).

Ação O examinador lentamente roda o braço do paciente em rotação lateral máxima (Figura 3.9B).

Achados positivos A ocorrência de dor na face posterior do ombro é indicativa de patologia do


manguito rotador e/ou patologia labral posterior.

Considerações/Comentários especiais Este teste não deve ser confundido com o teste de apreensão
ou o teste de recolocação. O teste de impacto posterior produz dor posterior no ombro, enquanto
o teste de apreensão produz dor anterior e apreensão. Clinicamente, o teste de impacto posterior
está em geral correlacionado com as queixas subjetivas de dor oa face súpero-posterior do ombro
durante o final da elevação do membro antes de um arremesso ou na natação.

Bibliografia
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Figura3.9A Figura 3.98


Ombro 25
• Teste do impacto de Neer

osição de teste Paciente sentado ou de pé com ambos os membros superiores relaxados. O exa-
. dor fica de pé com uma das mãos sobre a cscápula (por h·ás) e a outra segurando o cotovelo
paciente (pela frente) .

.;ãoCom a escápula do paciente estabilizada, o examinador passivamente realiza flexão máxima


ombro afetado (Figura 3.10).

ados positivos Dor no ombro e apreensão são indicativos de impacto no ombro, particularmente
• supra-espinoso e da cabeça longa do bíceps braquial.

:11siderações/(omentários especiais Um teste falso positivo pode ser provocado se o paciente


entar lim itação na flexão do ombro de modo que o impacto não seja o fator de limitação.

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Figura 3.10
26 3/ Ombro

.. Teste do impacto de Hawkins-Kennedy

Posição de teste Paciente sentado ou de pé com os membros superiores relaxados. Examinador


de pé com uma das mãos segurando o cotovelo, e a outra, o punho do paciente, ambas no membro
afetado.

Ação O examinador flexiona o ombro a 90 graus e então o roda mediaimente (Figura 3.11 ).

Achados positivos Dor no ombro e apreensão são indicativas de impacto do ombro, particular-
mente de tendão do supra-espinoso.

Considerações/Comentários especiais Este teste tende a ser mais sensível para avaliação de
impacto subacromial.

Bibliografia
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Figura 3.11
3/ Ombro 27
;;:T~~t~ de,es,t,resse ,~~ art~c~-~~ção esternoclavicuJar (EC)

Posição de teste O paciente fica sentado com o braço do lado afetado relaxado ao longo do cor-
po. O examinador fica em pé de frente para o paciente, colocando uma das mãos na extremidade
proximal da clavícula e a outra sobre a espinha da escápula (Figura 3.12).

Ação O examinador aplica sobre a clavícula pressão suave para baixo e para trás, observando
qualquer movimento na articulação esternoclavicular.

Achados positivos Dor e/ou movimento da clavícula indica distensão do ligamento esternocla-
vicular com possível envolvimento do ligamento costoclavicular.

Considerações/Comentários especiais Este teste não deve ser realizado se houver deformidade
observável na articulação estemoclavicular. Deve ser aplicado com cuidado em casos de suspeita
de lesão na região da traquéia, além da patologia estemoclavicular.

Figura 3.12
28 3/0mbro

.,. Teste de tração da articulação acromioclavicular (AC)


Posição de teste O paciente fica sentado de lado com o ombro afetado relaxado e o cotovelo em
flexão de 90 graus. O examinador fica de pé próximo ao lado comprometido e, com uma das mãos,
segura o braço do paciente pouco acima do cotovelo. A outra mão do examinador é colocada sobre
a articulação acromioclavicular afetada (Figura 3.13).

Ação O examinador aplica sobre o braço suave pressão para baixo, observando qualquer movi-
mento na articulação acromioclavicular.

Achados positivos Dor e/ou movimento da escápula abaixo da clavícula é positivo, indicando
distensão do(s) ligamento(s) acromioclavicular e/ou coracoclavicular.

Considerações/Comentários especiais Este teste não deve ser realizado se houver qualquer de-
formidade observável da articulação.

Bibliografia
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Figura 3.13
Ombro
29
... Teste de compr~ssão ~a articulação·acromioclavic~lar (AC) (cis~,lha111ento)
:;isição de teste
O paciente senta-se com o braço afetado para fora da mesa de exame. O exami-
- or fica de pé próximo ao lado afetado, apoiaudu uma <las mãos sobre a clavícula do paciente e
.1 ~tra sobre a espinha da escápula (Figura 3.14).

O examinador delicadamente aproxima as mãos e observa qualquer movimento na articulação


mioclavicular.

"hados positivos Dor e/ou movimento da clavícula é uma indicação positiva de distensão do(s)
gamento(s) acromioclavicular e/ou coracoclavicular.

C.nsiderações/Comentários especiais Este teste não deve ser realizado se houver deformidade
rvável da articulação acromioclavicular.

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Figura 3.14
30 3/ 0mbro

Posição de teste O paciente fica sentado com o membro afetado relaxado e para fora da mesa de
exame, ou fica de pé de frente para o examinador.

Ação O examinador aplica pressão para baixo, sobre a extremidade lateral da clavícula do paciente
(Figura 3.15A).

Achados positivos O examinador é capaz de abaixar a clavícula até a sua posição normal ao aplicar
pressão para baixo e depois observa a clavícula se elevar novamente (Figura 3.158). O achado é
indicativo de instabilidade da articulação acromioclavicular no lado afetado.

Considerações/Comentários especiais O examinador deve sempre utilizar uma comparação bilate-


ral quando avalia a amplitude da elevação e da depressão da clavícula afetada. Elevação significativa
da clavícula pode também indicar comprometimento da articulação coracoclavicular.

Figu ra 3.1 SA

Figura 3.158
31

Paciente em decúbito dorsal.

Com o ombro afetado do paciente a 90 graus de abdução e o cotovelo flexionado a 90 graus,


C'XaJllinador lentamente roda lateralmente o ombro (Figura 3.16).

,ados positivos Pode·se interpretar como achado positivo do teste se o paciente se mostra
nsivo ou expressa sentimento de apreensão em relação à amplitude do movimento de rotação
l. O teste é utilizado para simular o posicionamento e o movimento de deslocamento anterior
articulação glenoumeral, provando assim um episódio de instabilidade do paciente.

isiderações/Comentáriosespeciais Simples indicação ou relato de apreensão a um movimento


' indica necessariamente um deslocamento anterior da articulação glenoumeral.

;ey OJ, Gagey N. The hyperabduction test: an assessment ofthe laxity ofthe inferior glenohumeral ligament. J
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Figura 3.16
32 3/0mbro

... Testedeapreensão(posterior) ,, ·,' , ''-,·'· ,,:.,· , : '

Posição de teste Paciente em decúbito dorsal. O examinador segura o cotovelo do paciente com
uma das mãos e estabiliza o ombro homolateral afetado com a outra mão.

Ação O examinador coloca o ombro afetado do paciente em flexão de 90 graus e rotação medial
enquanto aplica força em direção posterior sobre o eixo maior do úmero (Figura 3 .17).

Achados positivos Pode-se interpretar como achado positivo do teste se o paciente parece apreen-
sivo ou expressa sentimento de apreensão por causa do movimento em direção posterior. Este teste
é utilizado para simular o posicionamento e o movimento de deslocamento posterior na articulação
glenoumeral, provocando assim um episódio de instabilidade no paciente.

Considerações/Comentários especiais Simples indicação ou relato de apreensão a um movimento


não indica necessariamente um deslocamento anterior da articulação glenoumeraL

Bibliografia
Cavallo RJ, Speer KP. Shoulder instability and impingement in throwing athletes. Med Sei Sports Exerc.
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Tzannes A, Paxinos A, Callanan M, Murrell GA. An assessment of the interexaminer reliability of tests for shoulder
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Figura 3.17
~ Ombro
33
, .,. Sinal do sulco

sição de teste O paciente fica sentado com antebraços e mãos relaxados. O examinador fica
de pé com a mão proximal segurando a escápula do paciente (por cima) e a mão distal segura o
cotovelo do paciente do lado afetado (Figura 3.18).

Com a escápula estabilizada, o examinador aplica uma força em direção inferior (tração)
mm sua mão distal.
A<hados positivos Translação inferior excessiva da cabeça do úmero com formação visível e/ou
lpável de um "sulco" imediatamente abaixo do acrômio (lateralmente) é indicativa de instabilidad e
inferior/multidirecional.

:onsiderações/Comentários especiais Um sinal de sulco positivo em repouso pode indicar alon-


.::unento capsular excessivo. Também pode ser acompanhado de um alongamento de estruturas
uronais do plexo braquial.

le BJ, Rodeo SA, O'Brien SJ, et ai. The anatomy and histology of tbe rotator interval capsule of thc sboulder.
Clin Orthop. 2001;1(390):129-137.
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Figura 3.18
34 3/0mbro

;"... ,Teste,de gave~a anterior ' ., · · · .. · -' .

Posição deteste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com a articulação glenoumeral próxi-
ma à borda da mesa de exame. O examinador fica de pé próximo ao ombro afetado, colocando uma das
mãos ao redor do úmero abaixo do colo cirúrgico. Com a outra mão, estabiliza a escápula apoiando
a espinha da escápula com os dedos e o processo coracóide com o polegar (Figura 3.19).

Ação O paciente deve permanecer relaxado enquanto o examinador abduz passivamente a aiticula-
ção glenoumeral 70 a 80 graus, flexiona Oa 1Ograus, e roda lateralmente de Oa I Ograus. Enquanto
estabiliza a escápula, o examinador firmemente faz a cabeça do úmero deslizar em direção anterior
pela aplicação de tração suave sobre a articulação glenoumeral.

Achados positivos Translação umeral anterior aumentada em relação à escápula/cavidade glenóide


pode ser indicativa de instabilidade anterior. O paciente pode exibir apreensão se o teste for positivo.
Deve-se realizar uma comparação bilateral para avaliação mais acurada.

Bibliografia
McQuade KJ, Shelley 1, Cvitkovic J. Paáems of stiffness during clinicai examination of the glenohurncral joint.
Clin Biomech. 1999; 14(9):620-7.
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Figura 3.19 X= Estabilizar no processo coracóide e na espinha da escápula.


Ombro 35

~ )Sição de teste O paciente fica em decúbito dorsal. Examinador se posiciona próximo ao ombro
fetado, segura o braço do paciente na altura do cotovelo, passivamente abduz o ombro a 90 graus,
flexi ona o ombro horizontalmente 20 a 30 graus. O cotovelo do paciente é flexionado em posição
..mfortável. O examinador estabiliza a escápula colocando a mão por trás do ombro e com o dedo
legar sobre o processo coracóide (Figura 3.20A).

Enquanto estabiliza a escápula, o examinador aplica pressão, empurrando a cabeça do úme-


para trás. O examinador observa se ocorre qualquer movimento posterior da cabeça do úmero
1gura 3.20B).

chados positivos Instabilidade posterior aumentada da cabeç.a do úmero em relação à escápu-


cavidade glenóide pode ser indicativa de instabilidade posterior. O paciente pode apresentar
ensão se o teste for positivo.

1siderações/Cornentários especiais Deve-se realizar uma comparação bilateral para melhor


::ali ação.

-xry RJ, Mullaji AB. Glenohumeral joint instability in normal adolescents. lncidencc and signi:ficance. J Bone
Joint Surg Br. 1991;73(3):406-8 .
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Clin Biomech. 1999;14(9):620-7.

Figura 3.208
36 3/0mbro

... Teste de recolocação de Jobe

Posição de teste O paciente fica em decúbito dorsal com o ombro afetado em abdução de 90
graus e rotação lateral completa. O examinador fica de pé com a mão distal segurando o punho e a
mão do paciente. A mão proximal do examinador é colocada sobre a cabeça do úmero do paciente
(anteriormente) (Figura 3.21).

Ação O examinador aplica uma força posterior sobre a cabeça do úmero, enquanto roda lateral-
mente o úmero do paciente.

Achados positivos Uma redução da dor e apreensão, e mais comumente um aumento da rotação
Lateral, são indicativos de instabilidade anterior.

Considerações/Comentários especiais Este teste deve ser realizado imediatamente após o teste de
apreensão. A dor associada ao teste de Jobe após o teste de apreensão anterior positivo pode estar
associada a uma variedade de patologias e não apenas à instabilidade anterior. Porém, se a dor é
observada no teste de apreensão anterior e se mantém no teste de recolocação de Jobe, é bastante
possível que esteja de fato associada a desliz.amento anterior da cabeça do úmero.

Bibliografia
Hamner DL, Pink MM, Jobe FW. A modification ofthe relocation test arthroscopic findings associated with a posi-
tive test. J Shoulder Elbow Surg. 2000;9(4):263-267.
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Tzannes A, PaxinosA, Callanan M, Murrell GA. An assessment ofthe interexaminer reliability oftests for shoulder
instability. J Shoulder Elbow Surg. 2004;13(1): 18-23.

Figura 3.21
3' 0mbro 37
... Teste da surpresa (Teste de liberação ativa)

i>osição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com o ombro afetado em abdução
90 graus e rotação lateral completa. O examinador fica de pé próximo ao ombro afetado com a
-o distal segurando o punho e a mão do paciente e a mão proximal colocada sobre a cabeça do
erodo paciente (anteriormente) (Figura 3.22A).

O examinador repentinamente retira a mão de sobre a cabeça do úmero (Figura 3.22B).

4hados positivos Um retomo brusco dos sintomas causados pelo teste de apreensão é indicativo
de instabilidade anterior.

~.onsiderações/Comentários especiais O teste da surpresa é uma continuação do teste de recolo-


cação, e deve ser realizado imediatamente após os testes de apreensão e recolocação. Se o paciente
apresentar sintomas graves de apreensão e instabilidade com o teste de apreensão, não se deve
-ealizar o teste da surpresa para não angustiar o paciente (ou perder sua confiança).

_ bliografia
..o lK, Nonweiler B, Woolfrey M. Litchfield R, Kirkley A. An evaluation ofthe apprehension, relocatioo and surprise
tests for anterior shoulder instability. Am J Sport Med. 2004;32(2):301-307.
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F,gura 3.22A Figura 3.228


38 3/ 0mbro

Posição de teste Paciente de pé com o ombro afetado abduzido a 90 graus. O cotovelo é estendido
e descansa sobre o ombro do examinador. O examinador fica de pé ao lado do paciente e cruza as
mãos ao redor dos dois terços superiores do úmero do paciente.

Ação O examinador tenta deslizar o úmero em direção ãntero-inferior (Figura 3.23).

Achados positivos Deslizamento excessivo do úmero (com.parado ao lado não afetado) pode ser
indicativo de instabilidade glenoumeral anterior/inferior.

Considerações/Comentários especiais O paciente pode demonstrar apreensão durante a aplicação


do teste. Se isto ocorrer, o examinador só pode concluir que o teste não é sensível o suficiente
para avaliar a instabilidade, a menos que o examinador possa avaliar movimentos acessórios
do lado não afetado. A apreensão apenas não pode ser utilizada para determinar instabilidade
glenoumeral.

Bibliografia
Brenneke SL, Reid J, Ching RP, Whcclcr DL. C.lenohumeral kinematics anel capsulo-ligamentous strain resulting
from laxity exams. Clin Biomech (Bristol, Avon). 2000; 15( 10):735-42.

Figura 3.23
39

Paciente sentado sem nenhuma estabilização da parte superior do tronco e o


41 afetado pendendo ao longo do corpo. O examinador fica de pé ligeiramente atrás do paciente
J11to estabiliza a clavícula e a escápula com uma das mãos. Com a outra, o examinador segura
~ t"eÇa do úmero do paciente com o polegar para trás. Os outros dedos ficam posicionados ante-
.rente (Figura 3.24).
O examinador aplica pressão axial sobre o corpo do úmero (carga) numa tentativa de com-
.lí a cabeça
do úmero contra a fossa glenóide. Com a carga aplicada, o examinador faz translação
".weça do úmero, primeiro anterionnente (desvio) e depois posteriormente (desvio).
·dos positivos Uma translação anterior ou posterior da cabeça do úmero maior que 25% do
1 0 da cabeça do úmero quando a carga é aplicada é considerada um achado positivo. O teste
...........tr
, ser realizado bilateralmente, para efeitos de comparação.
:·derações/Comentários especiais Translação entre 25 e 50% do diâmetro tem sido descrita
----·.n sendo teste positivo de grau 1. Translação maior que 50% associada a redução subseqüente da
111~:ça do úmero é considerada de grau li, enquanto a mesma translação sem redução é considerada
grau m, sendo o desvio mais grave.

-~;ia A, Debski RE. Musahl V, McMahon PJ. Glenohumeral translations are only partially restored after repair
a simulatcd type li superior labral lesion. Am J Sports Med. 2003;31 ( 1):56-63.
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Figura 3.24
40 3/ Ombro

~ Teste de Grind ,

Posição de teste Paciente em decúbito dorsal na mesa de exame com o ombro afetado abduzido
a 90 graus e o cotovelo flexionado a 90 graus no lado afetado. O examinador segura o cotovelo do
paciente com uma das mãos e, com a outra, segura a porção proximal do úmero do paciente (Figura
3.25).

Ação O examinador aplica força de compressão sobre o lábio glenoidal enquanto tenta rodar a
cabeça do úmero 360 graus sobre a cavidade glenóide.

Achados positivos Um achado positivo de sensação de atrito ou crepitação pode indicar lesão do
lábio glenoidal de localização especifica, de acordo com a força de compressão.

Considerações/Comentários especiais Este teste deve ser realizado cuidadosamente, uma vez
que a aplicação de força de compressão excessiva associada à rotação podem aumentar a lesão do
lábio glenoidal.

Figura 3.25
42 3/ 0mbro

• Teste do estalo
Posição de teste Estando o paciente de pé, o examinador coloca a mão distal sobre o cotovelo do
paciente e a mão proximal sobre a porção proximal do úmero do paciente e então eleva passivamente
o ombro do paciente a 160 graus no plano da escápula.

Ação Com a sua mão distal, o examinador aplica uma força axial sobre o eixo maior do úmero en-
quanto a mão proximal roda o úmero lateralmente (Figura 3.27A) e medialmente (Figura 3.278).

Achados positivos Dor e/ou estalo são indicativos de patologia do lábio gJenoidal.

Considerações/Comentários especiais Este teste pode ser também realizado na posição supina
quando a apreensão e o cuidado com a musculatura forem uma preocupação na posição de pé. Assim
como a maioria dos testes para patologias do lábio gJenoidal, a sensibilidade do teste é questio-
nável.

Bibliografia
Guanche CA, fones DC. Clinicai testing for tears of Lhe glenoid labrum. Arthroscopy. 2003; 19(5):517-523.
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diagnosis of labral tears. Am J Sport Med 2002:30(6):806-809.

Figura 3.27A Figura 3.278


44 3/ Ombro

• Teste de alongamento do plexo braquial

Posição de teste O paciente fica sentado. O examinador se coloca de pé atrás do paciente e apóia
uma das mãos no lado da cabeça e a outra mão no ombro do mesmo lado.

Ação O examinador flexiona lateralmente a cabeça do paciente enquanto aplíca pressão suave
sobre o ombro (rigura 3.29).

Achados positivos Dor que irradia para o braço do paciente do lado oposto ao da flexão lateral do
pescoço indica um achado positivo.

Considerações/Comentários especiais Se a dor acontece no pescoço do mesmo lado da flexão do


pescoço, pode estar ocorrendo pinçamento de nervo ou impacto das facetas articulares. Este teste
não deve ser realizado em casos de suspeita de fratura ou luxação cervical.

Bibliografia
Balster SM, Jull GA. Upper trapezius muscle activity during the brachial plexus tension test in asymptomatic sub-
jects. Man Ther. 1997;2(3):144-149.
Mackinnon SE. Pathophysiology of nerve compression. Hand Clinic. 2002; 18(2):231-4.

Figura 3.29
45

_ção de teste Paciente de pé ou sentado. O examinador fica de pé com os dedos sobre a artéria
:a1 (distalmente) (Figura 3.30A).
O examinador roda lateralmente e estende o braço afetado do paciente enquanto palpa o
s:o radial. O paciente então estende e roda lateralmente o pescoço em direção ao membro afetado
5Pira profundamente (Figura 3.30B).

_dos positivos Diminuição ou desaparecimento do pulso radial são indicativos de síndrome


..aída torácica, secundária a compressão da artéria subclávia pelos músculos escalenos.

siderações/(omentários especiais Este teste avalia apenas estruturas vasculares e apresenta


incidência de resultados falsos positivos (>50%). O examinador deve registrar a freqüência e
:mo de pulso como reduzidos ou ausentes, em relação ao lado oposto.

• -.:zi C, Rayan GM. Thoracic outlcr syndrome: provocative examination maneuvers in a typical population. J
JUlder Elbow Surg. 1995;4:l 13- ll 7.
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Figura 3.308
46 3 / Ombro

~
~ Teste de Allen · ,
'
, ,, f
//. !

Posição de teste O paciente fica sentado ou de pé com o ombro afetado a 90 graus de abdução e
rotação lateral, e o cotovelo flexionado 90 graus. O examinado fica de pé com os dedos posicionados
sobre a artéria radial (distalmente).

Ação O paciente gira o pescoço afastando-o do ombro examinado enquanto o examinador palpa
o pulso radial (Figura 3 .31 ).

Achados positivos Diminuição ou ausência de pulso radial são indicativas de síndrome da saida
torácica.

Considerações/Comentários especiais Este teste avalia apenas estrnturas vasculares e apresenta


alta incidência de resultados falsos positivos (> 50%). O examinador deve registrar a freqüência e
o ritmo do pulso como reduzidos ou alterados, em comparação com o lado oposto.

Bibliografia
Fessler RD, Wakhloo AK, Lanzino G, Guterman LR, Hopkins LN. Transradial approacb for vertebral artery stenting:
lechnical case report. NeuraL~urge,y. 2000;46(6): 1524-1528.
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Figura 3.31
48 3/ 0mbro

... Posição militar de sentido . · ,, , · , ,, ,,

Posição de teste O paciente fica de pé na posição anatômica.

Ação O examinador se coloca de pé atrás do paciente e avalia unilateralmente o pulso radial. O


mesmo braço do paciente é então passivamente estendido e abduzido 30 graus pelo examinador.
enquanto o paciente simultaneamente hiperestende a cabeça e o pescoço (Figura 333),

Achados positivos Diminuição ou ausência do pulso radial pode indicar potencial síndrome da
saída torácica.

Considerações/Comentários especiais O paciente deve avaliar o pulso e observar qualquer mudan-


ça. Esta avaliação deve ser realizada bilateralmente. Este teste é às vezes chamado teste da síndrome
costoclavicular, pois acredita-se que um achado positivo pode estar relacionado a uma compressão
da artéria subclávia em seu trajeto por baixo da clavícula e das costelas.

Figura 3.33
' Ombro 49

sição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal sobre a mesa de exame com as mãos
cruzadas por trás da cabeça. O examinador fica diretamente por trás do paciente (Figura 3.34A).

O examinador suavemente leva o cotovelo do paciente em direção à mesa de exame.


Pede-se ao paciente para relaxar a musculatura do membro superior durante esse movimento
Figura 3.34B) .

.chados positivos Suspeita-se de contratura do músculo peitoral maior se o paciente não for capaz
_e passivamente tocar a mesa com o(s) cotove]o(s).

<0nsiderações/Comentários especiais É importande se certificar de que o paciente esteja relaxado


~ não haja rotação da parte superior do tronco, o que daria a impressão de comprometimento de um
lados. Este teste é utilizado primariamente para avaliação da extensibilidade dos tecidos moles
. !lào deve ser acompanhado de nenhuma dor inexplicável no ombro.

3.34A Figura 3.348


52 4/ Cotovelo

Posição de teste O paciente fica sentado. O examinador estabiliza o cotovelo comprometido


enquanto palpa o epicôndilo lateral (Figura 4. lA).

Ação Com o punho fechado, o paciente faz pronação e desvio radial do antebraço e estende o
punho contra resistência aplicada pelo examinador (Figura 4.1 B).

Achados positivos Relato de dor na região do epicôndilo lateral do úmero ou fraqueza muscular
objetiva como resultado de queixa de desconforto podem indicar epicondilite lateral.

Bibliografia
Budoff JE, Nirschl RP. Office examination oftbe elbow: bow provocative tests can help clinch lhe diagnosis. Con-
sultant. 2001 ;41 (7).

Figura 4.1A • - Palpação.

Figura4.1B

Movimento do paciente - Movimento do examinador


4/Cotovelo 53
.;. .Tf!ste resistido do cotovelo de tenista ,
Posição de teste O paciente fica sentado. O examinador estabiliza o cotovelo afetado com uma
das mãos e coloca a palma da outra mão sobre a face dorsal da mão do paciente acima da articulação
mterfalangiana proximal do terceiro dedo (Figura 4.2).

Ação O paciente estende o terceiro dedo contra a resistência aplicada pelo examinador.

Achados positivos Relato de dor na região do epicôndilo lateraJ do úmero ou fraqueza muscular
objetiva como resultado de queixa de desconforto podem indicar epicondilite lateral.

Considerações/Comentários especiais Profissionais relatam manobras de diferenciação entre o


extensor longo radial do carpo (resistência sobre o segundo metacarpal) e o extensor curto radial
do carpo (resistência sobre o terceiro metacarpal). Embora isso possa ser possível, em geral ambos
podem apresentar achado positivo e a área dolorosa palpável estar na região ou próxima ao epi-
~ndilo lateral.

~ibliografia
dolT JE, Nirschl RP. Office examination oftbe elbow: how provocative tests can help clinch the diagnosis. Con-
sultant. 2001:1004.

Figura 4.2
54 4/ Cotovelo

Posição de teste O paciente fica sentado, com o cotovelo afetado em plena extensão.

Ação O examinador faz pronação passiva do antebraço e flexiona o punho do paciente (Figura
4.3A).

Achados positivos Relato de dor na região do epicôndilo lateral do úmero pode ser indicativo de
epicondilite lateral.

Considerações/Comentários especiais O examinador pode também palpar o epicôndilo lateral


afetado durante o teste para avaliar o grau de rigidez na origem do músculo extensor dos dedos.
Este teste também pode ser realizado com o cotovelo em flexão (Figura 4.3B).

Figura4.3A

Figura4.3B
Cotovelo 55

·ção de teste O paciente fica sentado ou de pé com o punho fechado no lado comprometido.
examinador, de frente para o paciente, palpa o epicôndilo medial. A outra mão do examinador
,!UI'ª o punho do paciente (Figura 4.4A).

O examinado realiza supinaçâo passiva do antebraço e estende o cotovelo e o punho do


iente (Figura 4.48).

ados positivos Relato de desconforto na região medial do cotovelo pode ser indicativo de
condilite medial.

.siderações/Comentários especiais Dor na região do epicôndilo medial no cotovelo afetado


de também ser causada por dano estrutural ao nervo ulnar ou ao ligamento colateral ulnar. É
rtante avaliar cada uma dessas estruturas antes de se chegar a qualquer conclusão com base

Figura 4.4A

Figura4.48
56 4/Cotovelo

... Teste de hiperextensão , · , , ,., .,

Posição de teste O paciente fica sentado ou de pé com o cotovelo afetado em extensão completa e
antebraço supinado. O examinador segura a porção distal do úmero junto aos epicõndilos medial e lateral
com uma das mãos e, com a outra, segura a porção distal do antebraço do paciente (Figura 4.5).

Ação O examinador estende passivamente o cotovelo ao máximo.

Achados positivos A extensão do cotovelo abaixo de O grau é considerada hiperextensào. Um


achado positivo pode ser atribuído a ruptura ou distensão anterior da cápsula articular.

Considerações/Comentários especiais A avaliação desse movimento deve ser sempre realizada


bilateralmente, para se determinar a amplitude normal do movimento de cada paciente. O achado
de hiperextensão pode variar, dependendo da sensação final percebida.

Figura 4.5
Cotovelo 57
• Teste de flexão do cotovelo

O paciente fica sentado ou de pé. O examinador fica de pé junto ao paciente.

;~ O pa<.;icnk: t: instruído a flexionar ao máximo o cotovelo afetado e manter esta posição por
• 5 minutos (Figura 4.6).

iados positivos Dor irradiada no território de inervação do nervo mediano oo antebraço ou na


· (ou seja, face lateral do antebraço ou ponta do polegar, indicador e metade lateral do dedo anular)
paciente é um achado positivo. Um teste positivo é indicativo de síndrome da fossa ulnar.

~derações/(omentários especiais Este teste pode também ser indicativo de compressão do


. o ulnar no sulco ulnar se a dor irradia até o território de inervação ulnar (ou seja. quinto dedo
et.ade medial do dedo anular).

BT, Barron OA, Townsend PF, Glickel SZ, Eaton RG. Stabilized subcutaneous ulnar nerve transposition with
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Figura 4.6
58 4/Cotovelo

... Teste do estresse em varo

Posição de teste O paciente fica sentado, com o cotovelo afetado flexionado 20 a 30 graus. O
examinador fica de pé com a mão distal ao redor do punho (lateralmente) e a mão proximal sobre
o cotovelo do paciente (medialmente) (Figura 4.7).

Ação Com o punho estabilizado, o examinador aplica estresse em varo sobre o cotovelo com a
mão proximal.

Achados positivos Em comparação com o cotovelo não afetado, dor lateral no cotovelo e/ou
aumento do movimento em varo com diminuição ou falta de uma sensação final são indicativos de
lesão primária do ligamento colateral radial (lateral).

Considerações/Comentários especiais O examinador precisa evitar que o úmero rode medialmente


ou lateralmente durante o teste, já que isto pode dar a ilusão de aumento do movimento em varo.

Figura 4.7
60 4/Cotovelo

.. Sinal de Tinel

Posição de teste O paciente fica sentado com discreta flexão do cotovelo afetado, e o examinador
fica de pé com a mão distal segurando o punho do paciente (lateralmente).

Ação Com o punho estabilizado, o examinador palpa o nervo ulnar na fossa ulnar (entre o olécrano
e o epicôndilo medial) com o dedo indicador (Figura 4.9).

Achados positivos Sensação de choque no território de inervação ulnar no antebraço, nas mãos e
nos dedos é indicativa de comprometimento ulnar.

Considerações/Comentários especiais Um achado positivo pode estar relacionado a tração do


nervo ulnar por um esforço em valgo ou pode estar relacionado a algum tipo de compressão sobre
o próprio nervo, como se pode observar em caso de inflamação nessa região. Recomenda-se a rea-
lização de uma avaliação bilateral para comparação dos resultados.

Bibliografia
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Figura 4. 9 Nota: a seta dupla aponta o sentido da pai pação.


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62 4 / Cotovelo

.,. Teste de pinça , , , , , , ,, · ,. · .'\

Posição de teste O paciente fica sentado ou de pé. O examinador se posiciona de pé próximo ao


paciente.
Ação O paciente é instruído ajuntar as pontas dos dedos indicador e polegar (Figura 4.10).

Achados positivos A incapacidade de juntar as pontas dos dedos até que se toquem demonstra
um achado positivo. Tocar as polpas dos dedos indica uma patologia do nervo interósseo anterior
entre as porções do músculo pronador.

Considerações/Comentários especiais O nervo interósseo anterior é um ramo do nervo mediano


(C7-8, Tl ) que inerva os músculos pronador quadrado, flexor longo do polegar, e a metade lateral
do Aexor profundo dos dedos.

Bibliografia
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Figura 4.10
5 Punho e Mão

'~

Teste de palpação ou percussão, 64


Teste de compressão, 65
Teste da flexão do dedo, 66
Teste de Finkelstein, 67
Teste de Phalen, 68
Teste de Phalen reverso, 69
Sinal de Tinel, 70
Sinal de Froment, 72
Teste do enrugamento, 73
Teste de Allen para os dedos, 14
Teste de Bunnel, 76
Sinal de Murphy, 77
Teste de Watson, 78
Teste de estresse em valgo, 79
Teste de estresse em varo, 80
64 5/ Punho e Mão

Posição de teste O paciente fica sentado ou de pé, com os dedos afetados em extensão. O exami-
nador fica de frente para o paciente.

Ação O examinador aplica um estímulo firme sobre a ponta do dedo afetado (Figura 5. 1A). Outro
método é utilizar o martelo de exame (Figura 5.1 B).

Achados positivos Dor no sítio da lesão indica fratura. A vibração aplicada ao longo do eixo maior
do osso aumenta a dor no sítio da fratura.

Considerações/Comentários especiais O teste não deve ser realizado se houver deformidade


observável.

Figura 5. lA A seta dupla indica o sentido da palpação.

Figura 5.18 A seta dupla indica o sentido da percussão.

~ Movimento do paciente ~ Movimento do examinador


66 5/ Punho e Mão

, .. Teste ~a,flexão do dedo · : · , · .. ,.

Posição de teste O paciente pode ficar sentado ou de pé.


1. O examinador fica de frente para o paciente e segura os dedos do paciente
menos o dedo afetado.
2. O examinador isola a articulação interfalangiana distal estabilizando as ar-
ticulações metacarpofalangiana e interfalangiana proximal do dedo afetado.
Ação 1. O paciente é instruído a flexionar a articulação interfalangiana distal do dedo afetado
(Figura 5.3A).
2. O examinador isola a articulação interfalangiana proximal estabilizando a articulação
metacarpofalangiana (Figura 5.3B).

Achados positivos Se o paciente não for capaz de flexionar a articulação interfalangiana proximal,
os tendões e/ou a inervação do flexor profundo dos dedos com o flexor superficial dos dedos estão
comprometidos. Se o paciente for capaz de flexionar a articulação interfalangiana proximal, mas
não a interfalangiana distal, então apenas o tendão e/ou a inervação do flexor profundo dos dedos
estão comprometidos(as).

Considerações/Comentários especiais O examinador deve sempre realizar flexão passiva de ambas


as articulações interfalangianas para assegurar que a incapacidade de flexão dessas articulações não
se deve a rigidez de tecidos moles ou a restrições articulares.

Figura5.3A

Figura 5.38 O examinador estabiliza a articulação proximal.


68 5 / Punho e Mão

... Teste de Phalen , , , ,, 1

Posição de teste O paciente fica sentado ou de pé com a face dorsal de ambas as mãos em pleno
contato, com os punhos em flexão máxima (Figura 5.5).
Ação Uma força compressiva firme é aplicada sobre os antebraços do paciente de modo que seus
punhos sejam mantidos em flexão máxima por 1 minuto.
Achados positivos Dormência e formigamento no território do nervo mediano nos dedos (ou seja.
polegar, indicador, médio e metade lateral do anular) são indicativos de síndrome do túnel do carpo
secundária a compressão do nervo mediano.
Considerações/Comentários especiais Dor na área do punho, sem queixa de irradiação distal para
a mão e os dedos, pode ser inclicativa de patologia dos ossos do carpo.

Bibliografia
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Figu ra 5.5
Punho e Mão 69
• Teste de Phalen reverso .

.. :,sição de teste
O paciente fica de pé ou sentado com as palmas em contato total, estando ambos
- punhos em extensão máxima.

~o Uma força compressiva firme é aplü.:aua sobre os antebraços do paciente de modo que seus
-anhos sejam mantidos em extensão máxima por 1 minuto (Figura 5.6) .

.dlados positivos Dormência e formigamento no território do nervo mediano nos dedos (polegar,
odicador, médio e metade lateral do dedo anular) são indicativos de síndrome do túnel do carpo
uodária a compressão do nervo mediano.

'. nsiderações/(omentários especiais Dor na região do punho sem queixa de irradiação distal
-...ra a mão e os dedos pode ser indicativa de patologia dos ossos do carpo .

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Figura 5.6
70 5/ Punho e M~

Posição de teste O paciente senta-se próximo à mesa de exame.

Ação O examinador palpa a face anterior do punho do paciente sobre a área do túnel do carpi.
(Figuras 5.7Ae 5.7B).

Achados positivos Relato de formigamento, parestesia ou dor na área dos dedos polegar, indicad°'
médio, e na metade lateral do anular sinaliza teste positivo. Isto pode ser indicativo de compressà..
do nervo mediano no túnel do carpo ou sindrome do túnel do carpo.

Considerações/Comentários especiais Um sinal de Tinel positivo no punho pode surgir se


nervo mediano estiver rompido em algum ponto de seu trajeto. Além disso, um achado positi,
deve alertar o examinador para avaliar a integridade do nervo medfano ao cotovelo, no ombro e or
pescoço para descartar outras patologias.

Figura 5. 7 A A seta dupla indica o sentido da palpação.

Figura 5.78
71

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72 S/ Punho e Mão

... Sinal de Froment ,·

Posição de teste O paciente fica sentado ou de pé. O examinador senta-se próximo ao paciente.

Ação O paciente é instruído a segurar uma folha de papel entre os dedos polegar e indicador. O
examinador tenta puxar o papel (Figura 5.8).

Achados positivos Flexão da articulação interfalangiana do dedo polegar é indicativa de paralisia


do músculo adutor do polegar por comprometimento ulnar.

Considerações/Comentários especiais Hiperextensão simultânea da articulação metacarpofalan-


giaoa do polegar é indicativa de comprometimento ulnar. Isto é conhecido como sinal de Jeanne.

Bibliografia
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Figura 5.8
73

O paciente fica sentado próximo à mesa de exame.

Os dedos do paciente ficam mergulhados em água aquecida por aproximadamente 1Ominutos


S 9). Retirada a água, o examinado r observa a pele para verificar qunlquer enrugamen to ao
polpa.

) positivos Um teste positivo é detenninad o pela ausência de enrugamento no dedo afetado,


o denervação do tecido.

derações/(omentários especiais Este teste pode ser utilizado como ferramenta para se
_ r regeneração nervosa periférica segundo o modo de enrugamento da polpa. Além disso, a
bmersão do quarto dedo possibilita diferenciar patologia dos nervos mediano e ulnar.

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Figura 5.9
74 51 Punho e Mã:

... Teste de Allen para os dedos

Posição de teste Tanto o paciente quanto o examinador podem ficar sentados ou de pé.

Ação O paciente é instruído a fechar o punho várias vezes seguidas para "bombear" o sangue dos ded::
e da mão. O paciente é então instruído a manter o punho fechado enquanto o examinador comprime
artéria radial com o polegar e a artéria ulnar com os dedos (Figura 5.1 OA). À medida que o paciente rela::..
a mão (Figura 5.1OB), o examinador verifica a coloração da mão e dos dedos (Figura 5 .1 OC).

Achados positivos Demora ou ausência de enchimento nas faces radial ou ulnar da mão e ck;;
dedos são indicativas de oclusão parcial ou completa da artéria radial ou ulnar, respectivamente

Considerações/Comentários especiais Este teste deve sempre ser realizado bilateralmente, pr..
comparação. Se for encontrado um achado positivo bilateral, o examinador deve pensar em core.·
prometimento da artéria braquial.

Figura 5.1 OA

Figura 5.108

.'
Punho e Mão 75

Figura 5.1 OC

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76 SI Punho e Mãe

{ -~·.',J~ste de Bunnel . · · '., , · , ,, _. , , ,, , · ' . ·

Posição de teste O paciente fica sentado, com a articulação metacarpofalangiana afetada eu:
discreta extensão.

Ação O examinador passivamente flexiona a articulação interfalangiana proximal do mesmc


dedo e avalia a amplitude da flexão dessa articulação (Figura 5.1 IA). O examinador então flexions
levemente a articulação metacarpofalangiana e avalia novamente a amplitude do movimento de
flexão da articulação interfalangiana proximal (Figura 5.11 B).

Achados positivos Um achado positivo se revela se a articulação interfalangiana proximal não


se flexionar enquanto a articulação metacarpofalangiana se mantém em extensão. Se a articulação
interfalangiana proximal se flexionar completamente quando a articulação metacarpofalangian:.
for flexionada, pode-se pensar em rigidez da musculatura intrínseca. Do contrário, se a flexão da
articulação interfalangiana proximal se mantiver reduzida mesmo quando a articulação metacarpo-
falangiana é levemente flexionada, pode-se presumir a presença de rigidez capsular.

Considerações/Comentários especiais O examinador deve tomar cuidado em manter a extensão


e mais tarde a flexão da articulação metacarpofalangiana, enquanto aplica o teste em cada posição
para avaliar a real amplitude de movimento interfalângico.

Figura 5.11 A Nota: MCF estabilizada em Figura 5. 11 B


ex te mão.
: Punho e Mão
79
• Teste de estresse em valgo
;)osição de teste O examinador estabiliza o osso proximal entre o polegar e o indicador, e segura
osso distal (em geral os ossos compõem articulações em dobradiça).

ção O examinador aplica força em valgo sobre a articulação, criando um fulcro enquanto tenta
abrir a articulação" (Figura 5.14A).

mados positivos Qualquer abertura excessiva observada quando se compara com a articulação
:.io afetada pode indicar rnptura de um ligamento colateral.

nsiderações/Comentários especiais O examinador deve realizar o teste com extremo cuidado


que não se agrave a lesão quando o estresse em valgo é aplicado. Esse teste também pode
~ realizado na articulação metacarpofalangiana do dedo polegar, na qual movimento articular
-cessivo indica lesão ·de ligamento colateral medial, comumeote conhecido como "polegar de
iador" (Figura 5.14B).

Figura S.14A X corresponde à estabilização do examinador

Figura S.148 X corresponde à estabilização do examinador.


80 5 / Punho e Mão

Posição de teste O examinador mantém a estabilização do osso proximal com os dedos polegar
e indicador, e segura o osso distal (em geral, ossos que compõem articulações em dobradiça).

Ação O examinador aplica força em varo sobre a articulação, criando um fulcro enquanto. tenta
''abrir a articulação" (Figura 5.15).

Achados positivos Qualquer abertura excessiva que se observe quando se compara com o lado
não afetado pode indicar ruptura de ligamento colateral.

Considerações/Comentários especiais O examinador deve realizar o teste com extremo cuidado


para que não se agrave a lesão quando o estresse em varo é aplicado.

Figura 5.15 X corresponde à estabilização do examinador.


6 Coluna Vertebral
Torácica

Sinais de Kernig e Brudzinski, 82


Teste de compressão ântero-posterior e lateral da costela, 83
Teste respiratório de inspiração/expiração, 84
82 61 Coluna Vertebral Torácica

, ;;{,

.,. Sinais de Kernig ~ Bru~zinski , · · · ', · ,::;


Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com as mãos atrás da cabeça. O
examinador fica de pé próximo ao paciente.
Ação O paciente é instruído a flexionar a coluna cervical levantando a cabeça. Cada quadril é
flexionado unilateralmente pelo paciente não mais que 90 graus. O paciente então flexiona o joelho
não mais que 90 graus. A perna oposta é mantida sobre a mesa de exame (Figura 6. l ).

Achados positivos O teste é confirmado pelo aumento da dor (que pode ser localizada ou irradiada
para o membro inferior) com a flexão do pescoço e do quadril. A dor é aliviada quando o joelho é
flexionado. A dor é indicativa de irritação meníngea, compressão de raiz nervosa, ou irritação durai
que é aumentada com o alongamento da medula espinal.

Considerações/Comentários especiais As considerações são semelhantes àquelas para o tese


de elevação da perna estendida, exceto quanto ao fato de que o pescoço é flexionado e o quadril L
flexionado ativamente. O componente de flexão do pescoço deste teste foi desenvolvido por Kemig.
e o componente de flexão do quadril foi desenvolvido por Brudzinski.

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Figura 6.1

~ Movimento do paciente - \llovimento do examinador


Coluna Vertebral Torácica 83
• Teste de compre,ssã~ ~~_
tero-poste,rior e,1,~t~ral da costela_

lição de teste 1. Paciente em decúbito dorsal. O examinador fica próximo ao paciente e coloca
uma das mãos sobre o lado da(s) costela(s) afetada(s) (Figura 6.2A).
2. Paciente em decúbito dorsal. O examinador fica próximo ao paciente e coloca
uma das mãos sobre a(s) costela(s) afetada(s), e a outra mão, por trás do gradil
costal (Figura 6.2B).

ção 1. O examinador comprime a região lateral do tórax bi lateralmente e libera rapidamente.


2. O examinador comprime o gradil costal no sentido ântero-posterior e libera rapidamente.
chados positivos Dor à compressão ou à liberação da pressão indica possivelmente fratura de
c:ostela, contusão da costela, ou luxação costocondral.
.onsiderações/Comentários especiais Este teste é contra-indicado quando existe defonnidade
bvia ou possível traumatismo pulmonar. Uma modificação para este teste é conhecida como teste
L1e compressão ântero-posterior da costela.

ibliografia
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Figura 6.2A

Figura 6.28
84 6I Coluna Vertebral Torácica

... Teste respiratório de inspiração/expiração


Posição do teste O paciente fica sentado ou de pé. O examinador se posiciona de pé próximo ao
paciente.

Ação O paciente é instruído a respirar normalmente, e então fazer uma inspiração profunda se-
guida de uma rápida expiração.

Achados positivos Respiração normal e curta é indicativa de fratura de costela. Dor à inspiração
profunda pode sugerir fratura de costela, luxação costocondral ou estiramento do músculo inter-
costal interno ou externo. Dor à expiração forçada pode ser indicativa de luxação costocondral ou
estiramento do músculo intercostal interno.

Considerações/Comentários especiais Em caso de fratura de costela ou luxação costocondral pode


haver dor ao tossir, espirrar ou mover as costas. Fraturas deslocadas de costelas podem comprometer
a junção pulmonar e devem ser tratadas como emergência médica.

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7 Coluna Vertebral
Lombar

Manobra de Valsalva, 86
Teste de inclinação para afrente, 87
Teste de Hoover, 88
Sinais de Kernig e Brudzinski, 89
Teste de elevação da perna estendida 90-90, 90
Teste da corda do arco (Teste de Cram), 97
Teste sentado para raiz nervosa, 92
Teste unilateral de elevação da perna estendida (Sinal de Lasegue), 93
Teste bilateral de elevação da perna estendida, 95
Teste de elevação da perna bem estendida, 96
Teste do mergulho, 97
Teste de Thomas, 99
Teste da mola, 101
Teste de Trendelenburg, 703
Teste da cegonha, 104
86 7/ Coluna Vertebral Lombar

... Manobra de Valsalva ,

Posição de teste O paciente deve ficar sentado. O examinador fica de pé próximo ao paciente.

Ação O examinador pede ao paciente para inspirar profundamente e sustentar o fôlego enquanto
faz força para baixo como para esvaziar o intestino.

Achados positivos Dor aumentada por causa de aumento da pressão intratectal, que pode ser
secundária a uma lesão de ocupação de espaço, hérnia de disco, tumor ou osteófito no canal cervical
é um achado positivo. A dor pode ser localizada ou referida para o dermátomo correspondente.

Considerações/Comentários especiais O aumento da pressão pode alterar a função venosa e causar


vertigem ou inconsciência. O examinador precisa estar preparado para amparar o paciente.

Bibliografia
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. _ Movimento do paciente ~ Movimento do examinador


7I Coluna Vertebral Lombar 87
,} ,r~s~e de inclinação para a frente . .

Posição de teste Solicita-se ao paciente que ande rapidamente para a frente por 1 minuto.

Ação O examinador avalia a instalação da dor nas nádegas e nos membros inferiores. Se presente,
o paciente flexiona o tronco para a frente (Figura 7 .1 ).

Achados positivos Dor nas nádegas e no membro inferior desencadeada por marcha apressada
que é agravada pela flexão do tronco para a frente é um indicativo de que existe relação entre a
claudicação neurogênica intermitente, a postura e a marcha.

Considerações/Comentários especiais Pode-se confirmar um teste positivo posicionando-se o


paciente com o tronco em extensão, o que faz reproduzir os sintomas dolorosos.

Bibliografia
Dyck P. The stoop-test in lumbar entrapment radiculaopathy. Spine. l 979;4(1):89-92.
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Figura 7.1
88 71 Coluna Vertebral Lombar

.. Teste de Hoover , · ,· , , ,''


' '

Posição de teste O paciente se posiciona relaxado em decúbito dorsal sobre a mesa de exame,
enquanto o examinador segura os calcanhares do paciente com as duas mãos (Figura 7.2A).
Ação O paciente é instruído a elevar uma das pernas em extensão (Figura 7.28).
Achados positivos A incapacidade de elevar a perna pode refletir fraqueza 11euromus1,;ular. Um
achado positivo é também observado quando o examinador não sente aumento da pressão sobre a
mão abaixo da perna em repouso.
Considerações/Comentários especiais Caracteristicamente, quando a perna elevada é fraca, a pres-
são sob a perna em repouso aumentará na tentativa de elevar a perna afetada. Quando esse aumento
de pressão não é observado, isto pode indicar ausência de esforço por parte do paciente. Este teste
deve ser realizado em ambos os lados para se avaliar a consistência do esforço.

Bibliografia
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Figura 7.2A

Figura 7.2B
71 Coluna Vertebral Lombar
89
• Sinais de Kernig e Brudzinski

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com as mãos atrás da cabeça. O
examinado r fica de pé próximo ao paciente.

Ação O paciente é instruído a flexionar a coluna cervical elevando a cabeça. Cada quadril é fle-
xionado unilateralm ente pelo paciente não mais que 90 graus. O paciente então flexiona o joelho
não mais que 90 graus. A perna oposta é mantida sobre a mesa de exame (Figura 7.3).

Achados positivos O teste é confirmado pelo aumento da dor (que pode ser localizada ou irradiada
para o membro inferior) com a flexão do pescoço e do quadril. A dor é aliviada quando o joelho é
flexionado. A dor é indicativa de irritação meníngea, compressão de raiz nervosa, ou irritação durai
que é aumentada com o alongament o da medula espinal.

Considerações/Comentários especiais As consideraçõ es são semelhantes àquelas para o teste


de elevação da perna estendida, exceto quanto ao fato de que o pescoço é flexionado e o quadril é
flexionado ativamente. O component e de flexão do pescoço deste tesle foi desenvolvid o por Kernig
e o component e de flexão do quadril foi desenvolvid o por Brudzinski.

Bibliografia
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Figura 7.3
9

O paciente deve estar sentado. O examinador fica de pé próximo ao paciente.

O examinador pede ao paciente que inspire profundamente e sustente o fôlego enquanto faz
como para ativar o intestino.

5 positivos Aumento da dor pelo aumento da pressão intratectal, que pode ser secundária a
lesão por diminuição de espaço, hérnia de disco, tumor ou osteófito no canal vertebral cervical
achado positivo. A dor pode estar localizada ou referida para o dermátomo correspondente.

erações/Comentários especiais A pressão aumentada pode alterar a função circulatória e


vertigem ou inconsciência. O examinador deve estar alerta para amparar o paciente.

JD. One on one. The impact ofthe Valsalva maneuver during resistance exercise. Strength and Conditioning
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1990; 13(2):69-76.
90 7/ Coluna Vertebral Lombar

"" Teste de elevação da perna estendida 90-90


Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal, estabilizando os quadris a 90 graus
de flexão com ambas as mãos. Os joelhos são flexionados em uma posição relaxada. O examinador
fica de pé próximo ao paciente (Figura 7.4A).
Ação O paciente é instruído a estender ativamente um joelho de cada vez o mais possível
(Figura 7.4B).
Achados positivos Se o joelho flexiona mais de 20 graus, os isquiotibiais são considerados encurtados.
Considerações/Comentários especiais Quando se realiza este teste, deve-se tomar cuidado para
ser consistente em termos de posicionamento da pelve de modo que as mensurações possam ser
repetidas com confiabilidade.

Bibliografia
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Figura 7.4A Figura 7.48

_J
7 / Coluna Vertebral Lombar 91
,\, .' Teste, da corda do arco (Teste de Cram)
' ~ ~
·. , ,

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal.


Ação O examinador realiza uma elevação passiva da perna estendida no lado afetado (Figura 7.5A).
Se o paciente relatar dor in-adiada ao elevar a perna estendida, o examinador então flexiona o joelho
do paciente aproximadamente 20 graus para tentar reduzir os sintomas dolorosos. O examinador
então aplica pressão próximo à região poplítea para tentar provocar a dor radicular (Figura 7.5B).
Achados positivos Reprodução da dor radicular após a compressão próximo à região poplitea
indica tensão no nervo ciático.
Considerações/Comentários especiais É importante para o examinador manter o mesmo grau de
flexão de quadril do paciente quando realiza a flexão do joelho.

Bibliografia
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Figura 7.SA

Figura 7.58
92 7I Coluna Vertebral Lombar

... Teste sentado para raiz nervosa

Posição de teste O paciente se posiciona sentado com o quadril do lado afetado flexionado 90
graus e a coluna vertebral cervical em flexão.

Ação O paciente estende ativamente o joelho (Figura 7.6A).


Achados positivos O paciente que se curva para trás e/ou se queixa de dor na região das nádegas,
na região posterior da coxa e na panturrilha durante a extensão do joelho demonstra um achado
positivo para possível dor ciática.
Considerações/Comentários especiais O teste pode ser reproduzido quando o examinador esten-
de passivamente o joelho do paciente. Verdadeira dor ciática pode fazer com que o paciente reaja.
Porém, se ações do examinador distraem o paciente em relação à área testada, o paciente pode
responder de modo diferente. Por exemplo, se o examinador estabiliza e olha para o pé durante a
extensão do joelho, o paciente pode não ter certeza de que o nervo ciático está sendo testado quanto
à tensão (Figura í.6B).

Bibliografia
Lew PC, Briggs CA. Relationship between the cervical component ofthe slump test and change in hamstring muscle
tension. Man The•: !997;2(2):98-105.

Figura 7.6A Figura 7.68


7 I Coluna Vertebral Lombar 93
. . ,Teste unilateral develevaçã~ da pern,a est~ndi~a (Si~a,1de Las~gue}
Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com quadris e joelhos em extensão.
O examinador fica de pé com a mão distal no calcanhar do paciente e a mão proximal na porção
distal da coxa (anteriormente) para manter o joelho em extensão.

Ação Com o paciente completamente relaxado, o examinador lentamente eleva a perna testada
até que sejam observados dor ou encurtamento (Figura 7.7). O examinador lentamente baixa a
perna até que a dor ou o encurtamento desapareçam, e então faz dorsiflexão do tornozelo e instrui
o paciente a flexionar o pescoço.

Achados positivos Dor na região lombar ou na perna que ocorre na dorsiflexão e/ou flexão do
pescoço é indicativa de comprometimento durai. A não-ocorrência de dor durante a dorsiflexão e/ou
flexão do pescoço é indicativa de encurtamento dos isquiotibiais ou comprometimento at1icuJar
lombar ou sacroilíaco. Além cLisso, dor no quadril que ocorre em ângulos maiores que 70 graus
é indicativa de comprometimento articular lombar ou sacroilíaco. Se ocorre o segundo, deve-se
realizar o teste de elevação da perna estendida bilateral para diferenciar comprometimento lombar
e comprometimento sacroilíaco.

Considerações/Comentários especiais O paciente precisa estar completamente relaxado, uma vez


que a contração dos flexores de quadril pode aumentar o estresse sobre a coluna vertebral lombar
e a articulação sacroilíaca, gerando assim um achado falso positivo. Além disso, durante o teste de
elevação da perna estendida unilateral, a dor pode ser observada na região lombar e/ou na perna
contralateral. Esse achado pode ser mais bem descrito como um teste positivo cruzado de elevação
da perna estendida.

Figura 7.7
94 7 I Coluna Vertebral Lomba

Bibliografia
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71 Coluna Vertebral Lombar 95

Posiçãode teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com quadris e joelhos em extensão.
O examinador fica de pé com a mão ou o antebraço distais ao redor ou sob o calcanhar e a mão
proximal sobre a porção distal das coxas do paciente (anterionnente) para manter os joelhos em
extensão.

Ação Com o paciente completamente relaxado, lentamente elevar as pernas até que se observe
dor ou encurtamento (Figw-a 7 .8).

Achados positivos Dor lombar ocorrendo na flexão do quadril com ângulo menor que 70 graus
é indicativa de comprometimento articular sacroilíaco. Dor lombar ocorrendo na flexão do quadril
com ângulo maior que 70 graus é indicativa de comprometimento da coluna vertebral lombar.

Considerações/Comentáriosespeciais O examinador precisa utilizar mecanismos corporais apro-


priados quando aplica este teste, a fim de evitar lesões secundárias à elevação do peso de ambas as
pernas. O examinador também deve observar qualquer movimento excessivo da pelve que possa
indicar desconforto do paciente ou compensação mecânica associados ao teste.

Bibliografia
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Figura 7.8
96 7 / Coluna Vertebral Lom

... Teste dé elevação da perna bem estendida ,

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal. O examinador coloca uma das mã
sobre a face anterior do membro não afetado discretamente acima da articulação do joelho e a ou
ao redor do calcânco homolatcral.

Ação O examinador passivamente flexiona o quadril não afetado do paciente enquanto mantérc
o joelho em extensão (Figura 7.9).

Achados positivos Queixa de dor no lado afetado indica um teste positivo e pode estar relacionada
com lesão do disco intervertebral.

Considerações/Comentários especiais Este teste foi inicialmente descrito por Fajerstajn, mas
também é conhecido como teste de elevação da perna prostrada, teste de Lhermitt, ou sinal cruzado.
Quando este teste é real i2ado, ocorre um alongamento durai em ambos os lados do membro inferior.
Assim, queixas de dor podem ser observadas com padrão radicular.

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Figura 7.9
7/ Coluna Vertebral Lombar 97

Posição de teste O paciente, sentado na beira da mesa de exame, inclina-se para diante enquanto
o examinador mantém a cabeça e o queixo eretos (Figura 7.1 OA).

Ação Qualquer sintoma relatado pelo paciente deve ser registrado. O examinador então flexiona o
pescoço do paciente e avalra qualquer sintoma (Figura 7 .1 OB). Se não ocorrer qualquer mudança, o
examinador passivamente estende um dos joelhos do paciente (Figura 7.1 OC). Mais uma vez, avalia
a presença de sintomas. Se não houver mudança, o examinador então realiza dorsiflexão passiva do
tornozelo do paciente enquanto o joelho permanece em extensão (Figura 7.1 OD). O paciente então
é levado à posição inicial de "mergulho" e o teste é realizado para a outra perna.

Achados positivos Queixa de dor do tipo ciátiça ou reprodução de qualquer sintoma são indica-
tivas de teste positivo.

Considerações/Comentários especiais O examinador deve observar a Localização dos diferentes


sintomas, já que este é em geral um ponto de alongamento durai. Outros autores descrevem este
teste com o sujeito mo'>'endo ativamente o joelho e o tornozelo, em vez da mobilização passiva.

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71Coluna Vertebral Lombar 99

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal, com ambos os joelhos em flexão
completa contra o tórax e as nádegas próximas à beira da mesa de exame. O examinador fica de
pé com uma das mãos sobre os processos espinhosos lombares do paciente ou sobre a crista ilíaca
para controlar lordose lombar ou queda da pelve, respectivamente (Figura 7.1 IA).

Ação O paciente lentamente baixa a perna afetada até que esteja completamente relaxada, ou até
que ocorra queda anterior da pelve ou aumento da lordose lombar (Figura 7.118).

Achados positivos Uma diminuição da extensão de quadril com flexão de joelho maior que 45
graus é indicativa de encurtamento do músculo iliopsoas. Extensão completa do quadril com flexão
de joelho menor que 45 graus é indicativa de encurtamento do músculo reto femoral. Diminuição
da extensão do quadril com flexão de joelho menor que 45 graus é indicativa de encurtamento do

Fi gura 7.11 A

Figura 7.11 8
100 7/ Coluna Vertebral Lombar

iliopsoas e do reto femoral. Rotação lateral de quadril durante a realização de qualquer uma das
situações é indicativa de encurtamento do trato iliotibial.

Considerações/Comentários especiais É preciso eliminar dúvidas quanto à ocorrência de aumen-


tos da inclinação pélvica anterior e lordose lombar, para prevenir resultados falsos negativos. Para
confirmação do resultado desta avaliação, o examinador pode simplesmente aplicar pressão sobre
a perna empurrando-a contra a mesa. O aparecimento de lordose lombar indica achado positivo.

Bibliografia
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Coluna Vertebral Lombar 101
• Teste da mola

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal e o examinador fica de pé com o


polegar (Figura 7.12A) ou a eminência hipotenar (especificamente o psifonne) sobre o processo
espinhoso de uma vértebra lombar (Figura 7.12B).

Ação Aplicar uma força "em mola" para baixo sobre o processo espinhoso de cada vértebra para
avaliar movimento ântero-posterior. Esta ação deve ser repetida sobre cada processo transverso
para se avaliar movimento de rotação.

Figura 7.12A

Figura 7.128
7I Coluna Vertebral Lombar

Aumento ou diminuição do movimento de uma vértebra em relação a outra


llllUIIWDllI·\~·os de hipennobilidade ou hipomobilidade, respectivamente.

rações/Comentários especiais Movimentos acessórios rotacionais podem ser comparados


a cada nível pela realização do teste sobre o processo transverso de cada lado da vértebra.

Bibliografia
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7/ Coluna Vertebral Lombar 103
• Teste de Trendelenburg ·. ·. ,. , ,, . .',.. · . ·,. . ,_ , .'. i.·· .

Posição de teste O paciente fica de pé em único apoio (Figuras 7. l 3A e 7. 138).

Ação O paciente pennanece nesta posição por aproximadamente IOsegundos e depois muda o apoio.

Achados positivos Tem-se um achado positivo quando a pelve do lado não apoiado cai de modo
perceptível para nível mais baixo do que o lado do apoio. Isto indica fraqueza do músculo glúteo
médio no lado do apoio.

Considerações/Comentários especiais Em um teste negativo, o músculo glúteo médio do lado do


apoio irá realizar ação reversa uma vez estando estabilizado o fêmur de apoio. Isto permite que a
pelve do lado não apoiado permaneça nivelada com o lado oposto. Com a fraqueza do glúteo mé-
dio no lado apoiado, a pelve do lado não apoiado cai à medida que o músculo se cansa. Este teste
também pode indicar uma instabilidade de quadril do Lado apoiado.

Bibliografia
Asayama 1, Naito M, Fujisawa M, Kambe T. Relationship between radiograpb.ic measurements ofreconstructed bip
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Figura 7.13A Figura 7.138


104 7 / Coluna Verteb ral Lombar

Posição de teste O paciente fica de pé em um apoio com a sola do pé livre apoiada na face medial
do joelho oposto (Figura 7.14A).

Ação O paciente mantém o equilíbrio sobre o pé de apoio e simultaneamente realiza discreta


extensão da coluna vertebral lombar (Figura 7.14B). O teste é repetido bilateralmente.

Achados positivos Queixa de dor na região lombar pode estar relacionada com estruturas da região
intra-articular, o que às vezes é associado a espondilite.

Considerações/Comentários especiais O teste também é descrito como teste de extensão lombar


sobre uma perna. O examinador deve avaliar o nível de cada pelve durante o teste. Mudança no
nível da pelve devida a fraqueza do músculo glúteo médio pode ser interpretada pelo examinador
como falso indicador de propriocepção pobre. Não há um tempo ideal para manutenção do equilí-
brio na posição de pé sobre o membro estendido. O examinador deve observar se existe qualquer
discrepância bilateral.

Bibliografia
PeltenburgAL, Erich WB, Bernink MJ, Huisveld IA. Selection oftalented female gymnasls, agcd 8 to 11 , on lhe basit..
of motor abilities with special reference lo balance: a rctrospective study. lnt J Sports Med. 1982;3(1 ):37-42.

Figura 7 .14A Figura 7.148


8 Coluna Vertebral
Sacral

Teste de fixação da articulação sacroilíaca (SI), 106


Teste de Gillet, 109
Teste de estresse da articulação sacroilíaca, 110
Teste de Squish, 774
Teste de Yeoman, 715
Teste de Gaenslen, 716
Teste de Patrick ou FABER, 777
Teste de supino para sentado, 178
106 8/ Coluna Vertebral Sa-
-
.. Teste de fixação da articulação sacroilíaca (SI)
Posição de teste 1 Paciente de pé com a articulação sacroil íaca exposta. O examinador fica de .
por trás do paciente com os polegares sobre as espinhas ilíacas póstero-superiores (Figura 8. IA

Ação 1 O examinador deve observar se as espinhas ilíacas póstcro·superiorcs estão alinhadas.

Achados positivos Se as espinhas ilíacas póstero-superiores não estiverem alinhadas, as artic


ções sacroilíacas estão assimétricas, indicando fixação de um lado ou de outro.

Considerações/Comentários especiais 1 Fazer o paciente flexionar ativamente o quadril de


lado e comparar o nível da EIPS de cada lado tem sido descrito como teste de Gillet. Movimec
inferior discreto ou diminuído na articulação sacroiHaca do lado :flexionado indica hipomobilid
articular.

Figura 8.1A

~ Movimento do paciente ~ Movimento do examinador


Coluna Vertebral Sacral 107
sição de teste 2 O examinador então coloca um polegar sobre a espinha ilíaca póstero-superior
lado direito ou do esquerdo, e o outro polegar sobre o processo espinhoso de S2. Repete para o
utro lado (Figura 8. lB).

{ão 2 O paciente é instruído então a flexionar ativamente um quadril de cada vez com o joelho
flexão de 90 graus. Compare com o lado oposto (Figura 8.1 C).

dlados positivos Quando o paciente flexiona o quadril, o polegar sobre a espinha ilíaca póstero-
erior deve baixar em relação ao processo espinhoso. Se não houver mudança de posição ou se
polegar se mover para cima, há indicativo de hipomobilidade.

Rgura8.18 Figura8.1C
108 8 / Coluna Vertebral Sacra

Posição de teste 3 O examinador pode então manter um dos polegares sobre o processo espinho·
sacra! e mover o outro polegar para a tuberosidade ciática. Repita no lado oposto (Figura 8. 1D).

Ação 3 O paciente é instruído novamente a flexionar ativamente um quadril de cada vez com
joelho flexionado 90 graus. Compare com o lado oposto.

Achados positivos 3 Quando o paciente flexiona cada quadril, o polegar sobre a tuberosidad.:
ciática deve se mover para baixo. Se o polegar se mover para cima, está indicada hipomobilidade

Considerações/Comentários especiais 3 Alguns autores se referem a essa série de testes com


teste de flexão do quadril. Essencialmente, o mesmo movimento está sendo realizado e a diferen
na avaliação é baseada nos marcos ósseos que estão sendo palpados e nos padrões de movimenL
observados.

Bibliografia
Levang ie PK. Four clinica! tests of sacroiliac joint dysfunction: the association oftestresults with innominatc torsi
among patients with and without low back pain. Phys Ther. J 999;79( 11):1043-1057.
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Figura 8.10 Figura 8.1E


8/ Coluna Vertebral Sacra! 109

Posição de teste O paciente fica de pé enquanto o examinador palpa as espinhas ilíacas póstero-
superiores bilateralmente.
Ação O paciente flexiona um quadril e traz o joelho até o tórax enquanto o examinador mantém
a palpação sobre cada ElPS e avalia o movimento sacroilíaco em geral (Figura 8.2A).
Achados positivos Um sinal positivo é observado se a EIPS no lado homolateral ao do joelho
flexionado não se mover ou mover-se discretamente em direção inferior (Figura 8.28).
Considerações/Comentários especiais A EIPS no lado do quadril que está sendo flexionado deve
mover-se discretamente para a frente durante a flexão ativa do quadril.

Bibliografia
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Figura8.2A

Figura 8.28
110 8/ Coluna Vertebral Sacra

:11( :Tes~é de esfresseda ~rtícul~çã~)acroilíaca . . ...' . '. :..·/Jr' 1

Posição de teste 1 O paciente se posiciona cm decúbito dorsal. O examinador fica de pé próximo


ao paciente e, com os braços cruzados, coloca a curva das mãos sobre as espinhas ilíacas ântero-
superiores do paciente (Figura 8.3A).

Ação 1 O examinador aplica pressão para fora e para baixo com a curva das mãos.

Achados positivos 1 Dor unilateral na articulação sacroiliaca ou na região glútea ou na perna


indica distensão do ligamento sacroilíaco anterior.

Considerações/Comentários especiais 1 O paciente pode se queixar de dor relacionada à com-


pressão da articulação sacroilíaca.

Figura8.3A
8 / Coluna Vertebral Sacral 111
Posição de teste 2 O paciente se posiciona em decúbito lateral. O examinador fica de pé próximo
ao paciente e coloca ambas as mãos, uma sobre a outra, diretamente sobre a crista ilíaca do paciente.
Repita para o lado oposto (Figura 8.38).

Ação 2 O examinador aplica pressão para baixo. Compare com o lado oposto.

Achados positivos Dor ou pressão aumentadas são indicativas de patologia da articulação sacroi-
líaca, possivelmente envolvendo os ligamentos sacroilíacos posteriores.

Considerações/Comentários especiais 2 O paciente pode se queixar de dor relacionada a tração


ou abertura da articulação.

Figura 8.38
112 8/ Coluna Vertebral Sacra

Posição de teste 3 O pacíente se posiciona em decúbito dorsal. O examinador coloca ambas a::t
mãos na região lateral das crístas ilíacas do paciente (Figura 8.3C).

Ação 3 O examinador aplica pressão para dentro e para baixo.

Achados positivos 3 Dor ou pressão aumentada são indicativas de patologia sacroilíaca, possivel-
mente envolvendo os ligamentos sacroilíacos posteriores.

Considerações/Comentários especiais 3 O paciente pode se queixar de dor relacionada a tra~


ou abertura da articulação.

Figura 8.3C
Coluna Vertebral Sacra! 113
:-Osição de teste 4 O paciente se posiciona em decúbito dorsal. O examinador coloca ambas as
mãos, uma sobre a outra, sobre o sacro do paciente (Figura 8.30).

ção 4 O examinador aplica pressão para baixo, criando um cisalhamento do sacro em relação
10 ilíaco.

chados positivos 4 Dor na articulação sacroilíaca é indicativa de patologia articular sacroilíaca.

fonsiderações/(omentários especiais 4 O paciente pode se queixar de dor relacionada a com-


wessão sacroilíaca.

Bibliografia
Levin U, Nilsson-Wikmar L, Stenstrorn CH, Lundeberg T. Reproducibility of manual pressure force on provocation
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Fígura 8.30
114 8/ Coluna Vertebral Sacra!

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal sobre a mesa de exame enquanto o
examinador coloca uma mão sobre cada crista ilíaca e espinha ilíaca ântero-superior do paciente
(Figura 8.4).

Ação O examinador aplica compressão para baixo e para dentro em um ângulo de 45 graus sobre
as cristas e espinhas ilíacas ântero-posteriores, bilateralmente.

Achados positivos Relatos subjetivos de dor são observados como achado positivo e podem ser
observados anteriormente ou posteriormente.

Considerações/Comentários especiais Este teste avalia a estabilidade dos ligamentos sacroilíacos


posteriores mas também aplica forças compressivas sobre a articulação sacroilíaca anterior. Assi1n.
a localização da dor deve ser observada e correlacionada com outros achados.

Figura 8.4
Coluna Vertebral Sacral 115

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito ventral na mesa de exame.

Ação O examinador flexiona passivamente o joelho do paciente 90 graus emquanto simultanea-


mente estende o quadril homolateral (Figura 8.5A).

Achados positivos Relato de dor durante a realização do teste é considerado um sinal positivo.
Dor na articulação sacroilíaca pode estar relacionada com patologia do ligamento sacroilíaco an-
terior. Dor na região anterior da coxa pode estar relacionada a flexão do quadril, encurtamento da
musculatura ou tensão no nervo femoral.

Considerações/Comentários especiais O examinador deve prestar atenção à posição do tronco do


paciente, uma vez que a rotação do tronco pode ser utilizada para compensar posturas de descon-
forto. Movimentos compensatórios como a rotação do tronco podem resultar em um achado falso
negativo para o teste (Figura 8.5B).

Figura 8.SA Figura 8.58


116 8/ Coluna Vertebral Sacra

• Teste de Gaenslen , , · , . 1

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito lateral sobre o membro não afetado (perna)
Com o membro afetado (coxa) em discreta hiperextensão, o paciente flexiona o joelho não afetado
em direção ao tórax.

Ação O examinador estabiliza a pelve do paciente e estende ainda mais o membro afetado do
paciente (Figura 8.6).

Achados positivos Dor na região sacroilíaca é considerada um achado positivo e pode estar asso-
ciada a disfunção articular sacroilíaca.

Considerações/Comentários especiais O paciente pode relatar dor no quadriI ou na região anterior


da coxa. Essa dor pode estar relacionada com patologia articular do quadril, tensão da musculatura
anterior da coxa ou tensão na raiz nervosa L4. Este teste pode ser realizado com o paciente er:!
decúbito dorsal, porém o examinador precisa tomar cuidado com um resultado falso negativo por
causa da incapacidade de se obter extensão suficiente do membro afetado.

Bibliografia
van der Wurff P, Meyne W, Hagmeijer RH. Clinicai tests ofthe sacroiliac joint. A systemic metbodological review. Pan
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Figura 8.6 X representa estabilização pelo exa minador.


3/ Coluna Vertebral Sacra! 117

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal sobre a mesa de exame.

Ação O examinador passivamente flexiona, abduz e roda lateralmente o membro envolvido até
que o pé repouse sobre o joelho do membro não afetado (Figura 8.7 A). O examinador traz então
lentamente o joelho para próximo da mesa de exame (Figura 8. 7B).

Achados positivos Um achado positivo é revelado quando o membro inferior afetado não abduz
abaixo do nível do membro não afetado. Isto pode ser indicativo de comprometimento sacroilíaco,
do iliopsoas ou da articulação do quadril.

Considerações/Comentários especiais FABER é um acrônimo para o posicionamento inicial do


paciente (Flexão, AB, abdução; ER, rotação lateral [do inglês externai rotation ]).

Bibliografia
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Figura8.7A Figura 8.78 X representa estabilização pelo examinador.


118 8/ Coluna Vertebral Sacra

Posição deteste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com ambos os quadris e joelhos em
extensão, e o examinador fica de pé com os polegares sobre cada maléolo medial (Figura 8.8A).

Ação O examinador passivamente flexiona ambos os joelhos e quadris (figura 8.8B) e em seguida
os estende completamente e compara a posição relativa dos maléolos (Figura 8.8C). O paciente
então lentamente assume a posição sentada com as pernas estendidas e a posição dos maléolos é
novamente avaliada (Figura 8.80).

Achados positivos Um membro que pareça mais longo em decúbito dorsal porém mais curto na
posição sentada com as pernas esticadas é indicativo de rotação anterior homolateral do ílio. No
caso inverso, um membro que pareça mais curto em decúbito dorsal e mais longo na posição sentada
com as pernas esticadas é indicativo de rotação posterior homolateral do ílio.

Considerações/Comentários especiais Marcar os pontos de referência para a mensuração sobre


os maléolos com uso de uma caneta aumenta a con:fiabilidade quando se compara o comprimento
dos membros.

Bibliografia
Bemis T, Daniel M. Validation ofthe long-sitting test on subjects with iliosacral dys function. J Orthop Sports Php,
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Figura8.8A
8 / Coluna Vertebral Sacral 119

Figura 8.88

Figura 8.8C

Figura 8.80
9 Quadril

Teste do esfregão/Teste do quadrante, 122


Teste de Craig, 124
Teste de elevação da perna estendida 90-90, 126
Teste de Patrick ou FABER, 727
Teste de Trendelenburg, 128
Teste de Ober, 129
Teste do piriforme, 131
Teste de Thomas, 132
Teste da real discrepância de comprimento da perna, 134
Teste da aparente discrepância de comprimento da perna, 135
Teste de Ely, 136
Teste de tração do nervo femoral, 137
122 9/ Quadril

.. Teste do esfregã,o/Teste do quadrante , ,

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal. O examinador fica de pé próximo


ao lado afotado e passivamente flexiona e aduz o quadril do paciente. O joelho afetado é colocado
em flexão completa (Figura 9.1 A).

Ação O examinador aplica pressão para baixo sobre o eixo da diáfise do fêmur enquanto simul-
taneamente aduz e roda lateralmente o quadril (Figura 9.1 8). O examinador então aduz e roda me-
diaimente o quadril enquanto mantém pressão para baixo (Figura 9.1 C). Este movimento é repetido
duas ou três vezes enquanto o examinador observa qualquer achado incomum (isto é, restrição.
rangido) ou apreensão do paciente.

Achados positivos Dor ou apreensão são indicativas de patologia do quadril, tal como artrite,
defeitos osteocondrais, necrose avascular, ou defeitos do lábio acetabular.

Considerações/Comentários especiais Este teste não é muito específico para identificação de danos
estruturais e deve-se utilizá-lo com cuidado, para evitar causar mais dor ou dano tecidual. Exames
por imagem são ferramentas úteis para acompanhamento de um teste de esfregão positivo do quadril
quando acompanhado de dor inexplicada no quadril e/ou dor irradiada para a perna.

Bibliografia
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Figura 9.lA

- Movimento do paciente ~ Movimento do examinador


9/ Quadril 123

Figura 9.18

Figura 9.lC
124 9/ Quadril

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito ventral com o joelho afetado flexionado 90
graus. O examinador fica de pé próximo ao lado afetado e palpa o trocanter maior (Figura 9.2A).
Ação O examinador então passivamente roda medial e lateralmente o fêmur até que o trocanter
maior esteja paralelo à mesa de exame (Figura 9.28). Neste ponto, o paciente é solicitado a manter
o quadril nessa posição enquanto o examinador mensura, com uso de goniometria, o ângulo entre o
eixo maior da perna e o eixo perpendicular à mesa de exame (Figura 9.2C).
Achados positivos Se o ângulo mensurado for maior que 15 graus, isto indica anteroversão do
fêmur. Se o ângulo mensurado for menor que 8 graus, indica retroversão do fêmur. Aumento da an-
teroversão do fêmur leva à posição de "hálux para fora". Ambas podem levar a um desalinhamento
do membro inferior e subseqüentes patologjas.
Considerações/Comentários especiais Um segundo examinador pode ser útil para manter o qua-
dril e a perna do paciente na posição desejada enquanto o primeiro examinador mensura o ângulo.
Este teste também é conhecido como método de Ryder para mensurar anteroversão e retroversão
do fêmur.

Bibliografia
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Figura9.2A
9/ Quadril 125

Figura 9.28 Nota: RM/RL até que o trocanter maior esteja paralelo à mesa de exame.

Figura 9.2C Nota: anteversão femoral > 15 graus;


retroversão femoral < 15 graus.
126 9/ Quadril

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal, estabilizando os quadris a 90 graus


de flexão com ambas as mãos. Os joelhos são flexionados em uma posição relaxada. O examinador
fica de pé próximo ao paciente (Figura 9.3A).

Ação O paciente é instruído a estender ativamente um joelho de cada vez o mais possível (Figura
9.38). O teste é realizado bilateralmente.

Achados positivos Se o joelho flexionar mais de 20 graus, considera-se que os isquiotibiais estão
encurtados.

Considerações/Comentários especiais Quando se realiza este teste, deve-se tomar cuidado para
ser consistente em termos de posicionamento da pelve de modo que as mensurações possam ser
repetidas com confiabilidade.

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Figura9.3A Figura 9.38


9 / Quadril 127

., Teste de Patrick
' ' .:·,
ou FABER
' ,. , ,
,- . -, , ,- _,
~ ' .

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal sobre a mesa de exame.

Ação O paciente passivamente fl exiona, abduz e roda lateralmente o membro envolvido até que
o pé repouse sobre o joelho do membro não afetado (Figura 9.4A). O examinador então traz lenta-
mente o joelho para próximo da mesa de exame (Figura 9.48).

Achados positivos Um achado positivo é revelado quando o membro inferior afetado não abduz
abaixo do nível do membro não afetado. Isto pode ser indicativo de comprometimento sacroilíaco,
do iliopsoas ou mesmo da articulação do quadril.

Considerações/Comentários especiais FABER é um acrônimo para o posicionamento inicia] do


paciente (F, Flexão; AB, abdução; ER, rotação lateral [do inglês externai rotation ]).

Bibliografia
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Figura9.4A Figura 9.48 X corresponde à estabilização do examinador.


9/ Quadril 129
... Teste
.
de Ober
.
Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito lateral com quadris e joelhos em exten-
são de modo que o membro testado esteja por cima do membro não testado. O examinador fica
de pé com a mão proximal estabilizando a pelve e a mão distal sustentando a perna do paciente
(Figura 9.6A).

Ação Com a pelve estabilizada para prevenir rolamento, abduza e estenda o quadril testado de
modo a posicionar o trato iliotibial (TIT) por trás do trocanter maior (Figura 9.68). Deixe então que
o membro baixe lentamente (adução).

Achados positivos A incapacidade do membro em aduzir e tocar a mesa de exame é indicativa de


encurtamento do TIT (especialmente o tensor da fase ia lata). O membro irá reagir como se estivesse
apoiado por uma mola, pois se mantém abduzido no ar (Figura 9.6C).

Considerações/Comentários especiais É importante aplicar uma força para baixo sobre o ílio
próximo à crista enquanto se permite a adução do membro. Isto previne uma queda lateral do
membro (ou seja, movimento para baixo) da pelve do lado afetado, o que poderia dar um resultado
falso negativo. Além disso, é importante assegurar relaxamento completo dos músculos abdutores
do quadril. Pode ser útil o paciente aduzir o membro afetado contra a mão de sustentação e então
relaxar para inibir os abdutores do quadril. Este teste foi originariamente descrito por Ober para ser
realizado com o joelho flexionado. Porém, foi modificado porque se acredita que maior alongamento
seja produzido no TIT quando o joelho está em extensão. Além disso, realizar este teste com o joelho
flexionado impõe grande tensão sobre o nervo femoral, o que obriga que o examinador esteja atento
a queixas neurológicas associadas.

Bibliografia
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9/ Quadril 131

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito lateral sobre o lado não afetado com o
membro afetado em 60 graus de flexão de quadril e joelho flexionado e relaxado. O examinador fica
de pé com a mão proximal sobre a pelve (lateralmente) e a mão distal sobre o joelho do paciente
(lateralmente) (Figura 9.7).

Ação Com a pelve do paciente estabilizada, aplique força em adução (para baixo) sobre o joelho
do paciente.

Achados positivos Encurtamento ou dor no quadril e na nádega são indicativos de encurtamento


do pirifonne. A dor na nádega e na região posterior da coxa é indicativa de comprometimento do
nervo ciático secundário a encurtamento do pirifonne.

Considerações/Comentários especiais Este teste também pode ser realizado com o paciente em
decúbito dorsal. É importante para o examinador diferenciar as queixas subjetivas de dor que podem
ser relatadas na região do quadril mas que não estão verdadeiramente associadas a um piriforme
encurtado.

Bibliografia
Broadhurst NA. Simmons DN, Bond MJ. Piriformis syndromc: corrclation of muscle morphology with symptoms
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Figura 9.7 X corresponde à estabilização do


examinador.
132 9/ Quadri

.. Teste deThómas , , · ·, .'.· :·>


Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com ambos os joelbos em flexão
completa contra o tórax e as nádegas próximas à beira da mesa de exame. O examinador fica de pc
com uma das mãos sobre os processos espinhosos lombares do paciente ou sobre a crista ilíaca para
controlar a lordose lombar ou queda da pelve, respectivamente (Figura 9.8A).

Ação O paciente lentamente baixa a perna afetada até que esteja completamente relaxada ou até
que ocorra queda anterior da pelve ou aumento da lordose lombar (Figura 9.88).

Achadospositivos Uma diminuição da extensão de quadril com flexão de joelho maior que 45
graus é indicativa de encurtamento do músculo iliopsoas. Extensão completa do quadril com flexão
de joelho menor que 45 graus é indicativa de encurtamento do músculo reto femoral. Diminuição
da extensão do quadril com flexão de joelho menor que 45 graus é indicativa de encurtamento do
iliopsoas e do reto femoral. Rotação lateral de quadril durante a realização de qualquer uma das
situações é indicativa de encurtamento do trato iliotibial.

Considerações/Comentários especiais É preciso eliminar dúvidas quanto a aumentos da inclinação


pélvica anterior e lordose lombar precisam ser eliminados para prevenir resultados falsos negativos.
Para confirmação do resultado desta avaliação, o examinador pode simplesmente aplicar pressão sobre
a perna empurrando-a contra a mesa. O aparecimento de lordose lombar indica achado positivo.

Bibliografia
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j
Quadril 133
134 9/ Quadri

Posição de teste O paciente fica em decúbito dorsal com quadris e joelhos em extensão e para-
lelos. Cada membro deve estar perpendicular a uma linha reta que une as espinhas ilíacas ântero-
superiorcs.

Ação Com a fita métrica, o examinador toma a medida do ponto mais distal da espinha ilíaca
ântero-posterior até o ponto mais distal do maléolo medial (Figura 9.9).

Achados positivos Uma diferença maior que l cm é indicativa de discrepância no comprimento


do fêmur ou no comprimento da líbia, ou no ângulo de inclinação do colo do fêmur (isto é, coxa
vara ou valga).

Considerações/Comentários especiais Discrepâncias significativas devem ser verificadas vía


imagem radiológica, por ser o método mais acurado de avaliação (estrutural) de discrepâncias.

Figura9.9
136 9/Quadr

... Teste de Ely · · ··~·

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito ventral. O examinador fica de pé ao lad.l


da mesa, próximo ao membro do paciente, colocando uma das mãos sobre a região pélvica hom~
lateral.

Ação O examinador passivamente flexiona o joelho do paciente e observa a reação na articu laçã;:'
do quadril. O teste é repetido no lado oposto, para comparação (Figura 9.11 A).

Achados positivos Se o quadril também flexionar junto com o joelho, está indicado um encurta-
mento do músculo reto femoral (Figura 9. l lB).

Considerações/Comentários especiais Este teste pode ser desconfortável quando realizado em um


paciente que apresenta disfunção pélvica ou sacroilíaca por causa do decúbito ventral.

Bibliografia
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Figura 9.11 A

Figura 9.11 B Xcorresponde à estabilização do examinador.


10 Joelho

Teste do comprimento do ligamento/Tendão Teste de gaveta anterior, 162


patelar, 140 Teste de Slocum com rotação medial da tíbia, 763
Teste de apreensão patelar, 141 Teste de Slocum com rotação lateral da tíbia, 764
Teste do rechaço ou teste de compressão da Teste de pivô shift, 765
patela, 142
Teste de Jerk, 167
Teste da varredura (Teste do esfregão, da
escova ou do golpeamento), 143 Teste de gaveta posterior, 769
Teste de gaveta póstero-medial de Hughston,
Teste do ângulo Q, 745
170
Teste da manivela medial/lateral, 747
Teste de gaveta póstero-lateral de Hughston,
Teste do rechaço, 149 171
Teste patelar da manivela (Sinal de Clarke), 757 Teste posterior de Lachman, 172
Teste de Renne, 752 Teste de recurvatum em rotação lateral, 173
Teste de Noble, 153 Teste do dial (Teste da rotação lateral da tíbia),
Teste de Hughston para plica sinovial, 154 174

Teste de Godfrey 90/90, 156 Teste do estresse em valgo, 176


Teste da queda posterior (Teste gravitacional Teste de estresse em varo, 178
da gaveta), 157 Teste de McMurray, 180
Teste de pivô shiftreverso (Teste de Jakob), 158 Teste compressivo de Apley, 182
Teste anterior de Lachman, 760 Teste do deslocamento de Steinman, 783
l
140 10/ Joelho

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal sobre a mesa de exame.


Ação O examinador mensura a distância entre o pólo superior e o pólo inferior da patela. Em seguida.
mensura a distância entre o pólo inferior da pate)a e a tuberosidade tibial (Figuras 10.1 A e 10. IB).
Achados positivos Calcula-se a razão entre a primeira e a segunda medidas. Uma razão maior que
I é indicativo de patela baixa, enquanto uma razão menor que I indica pateta alta.
Considerações/Comentários especiais A patela alta pode predispor o paciente a um aumento de
instabilidade da articulação patelofemoral, enquanto a patela baixa pode predispor o paciente a ur-
aumento de forças compressivas patelofemorais e patologias relacionadas.

Bibliografia
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Figura 10.1 A Figura 10.1 B

.,... Movimento do paciente ~ Movimento do examinador


10/ Joelho
141
~ Teste de a·preen~ão patelar · . . . .. ,, ··.
Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com ambos os joelhos em extensão
completa. O examinador fica de pé junto ao membro não afetado e coloca ambos os polegares sobre
a borda medial da patela que está sendo testada (Figura 10.2A).
Ação O paciente precisa permanecer relaxado sem nenhuma contração de quadrfceps femoral,
enquanto o examinador delicadamente empurra a pateta no sentido lateral.
Achados positivos Se o paciente ficar apreensivo em relação ao movimento ou contrair o músculo
quadríccps para se proteger de uma luxação, o teste é indicativo de subluxação patelar ou desloca-
mento (possivelmente por lassidão do retináculo medial).

Considerações/Comentários especiais A ação pode ser repetida estando o joelho flexionado 30


graus (Figural 0.2B). O examinador precisa evitar deslizamento lateral excessivo de modo a prevenir
o deslocamento patelar. Também se pode observar a face do paciente para verificar apreensão.
A Figura 10.2B é também denominada Teste de Apreensão de Fairbank. (joelho flexionado 30 graus).

Bibliografia
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Figura 10.2A Nota: e)(arninador próximo ao Figura 10.28 Nota: examinador p róximo ac lado afetado.
lado não afetado.
142 10 / Joelho

.. Teste do .rechaço ou teste .de compressão da patela '. · ···


Posiçãode teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com ambos os joelhos em extensão
completa. O examinador fica de pé com a mão proximal sobre a bolsa suprapatelar e a mão distal
(polegar ou os dois primeiros dedos) sobre a patela (Figura 10.3 ).

Ação Comprimir a bolsa suprapatelar com a mão proximal, e em seguida comprimir a pateta
contra o fêmur.

Achados positivos Movimento da patela para baixo acompanhado de rechaço dará a aparência de
flutuação patelar e é indicativo de edema moderado a grave na articulação.

Considerações/Comentários especiais Se for observada uma patela flutuante, o examinador men-


sura a perimetria supra-, medi o- e infrapatelar e compara-as bilateralmente para uma avaliação mais
acurada da gravidade ou do grau do edema. Além disso, o examinador não pode confundir bursite
patclar com edema articular. O primeiro apresenta consistência de clara de ovo sobre a patela, mas
nenhum movimento para baixo da pateta está presente. Ocasionalmente, edema articular e bursite
patelar estarão presentes ao mesmo tempo e o examinador será desafiado a fazer a avaliação mais
adequada.

Bibliografia
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Figura 10.3
10/ Joelho 143

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com o membro afetado em extensão
completa. O examinador coloca ambas as mãos sobre a região medial da patela.

Ação O examinador tenta ''ordenhar" ou "varrer" qualquer edema intracapsular aplicando pressão
sobre a região proximal (Figural 0.4A), distal (Figura 10.48) e lateral (Figura 10.4C) da patcla.

Achados positivos Acúmulo de liquido na região medial da patela é representativo de edema


intracapsular.

Considerações/Comentários especiais Edema intracapsular pode estar presente em decorrência de


lesão de qualqu€; estrutura intracapsular. O paciente deve manter a musculatura relaxada durante
o teste.

Bibliografia
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Figura 10.4A
144 10/ Joelho

Figura 10.48

Figura 10.4(
10 / Joelho 145

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com os quadris e os joelhos em


extensão.

Ação Identificar espinhas ilíacas ântero-superiores, ponto médio da patela e tuberosidade tibial.
Desenhe uma linha desde a espinha ilíaca ântero-superior, passando pelo ponto médio da patela, e
desde a tuberosidade tibial, passando pelo ponto médio da patela. Coloque o goniômetro sobre o
joelho de modo que o fulcro esteja sobre o ponto médio da patela, o braço proximal sobre a linha
que parte da espinha ilíaca ântcro-superior e o braço distal sobre a linha que parte da tuberosidade
tibial. O ângulo resultante é o ângulo Q (Figura 10.5).

Achados positivos O valor normal para o ângulo Q com o joelho em extensão é de 13 graus para
homens e 18 graus para mulheres. Ângulos com valores maiores ou menores podem ser indicativos
de, mas por si sós nem sempre indicam com precisão, patologia patelofemoral.

Considerações/Comentários especiais Mensurações dinâmicas do ângulo Q, em que o paciente


é posicionado de pé e o músculo quadríceps femoral é mantido em contração, podem ser melhor
indicativo da função patelofemoral e de mecanismos patológicos do membro inferior do que as
mensurações cstátii;as. A prt:dsão da mensuração do ângulo Q tem sido questionada. A origem do
reto femoral está na espinha iliaca ântero-inferior e não na espinha ilíaca ântero-superior. Isto pode
fornecer uma medida não válida, já que a espinha ilíaca ânlcro-inferior não está dentro da linha
entre a espinha ilíaca ântero-superior e o ponto médio da patela.

Figura 10.5
146 10 / Joelhàl

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OI Joelho 147

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal. O examinador se coloca de pé,


próximo ao membro afetado e segurando o pé do paciente. A outra mão do examinador é colocada
sobre a linha articular do joelbo (Figura 10.6A).

Ação O examinador passivamente flexiona ao máximo o quadril e o joelho do paciente (Figura


l 0.6B) e realiza movimento circular com a tíbia, rodando a tíbia nos sentidos horário e anti-horário
(Figura 10.6C).

Achados positivos Dor, crepitação ou estalido são indicativos de lesão de menisco.

Considerações/Comentários especiais Estresse em varo ou em valgo pode ser aplicado simulta-


neamente pela mão posicionada sobre a articulação do joelho à medida que o joelho é estendido
(teste de manivela medial/lateral de Anderson).

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Figura 10.6A
148 10/ Joelho

Figura 10.68

Figura 10.6C
O/Joelho 149

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal. O examinador fica de pé próximo ao


lado afetado e envolve com a mão o pé do paciente. A outra mão do examinador pode ser colocada
sobre a linha articular do joelho (Figura 10.7 A).
Ação O examinador flexiona passivamente o joelho do paciente (Figura I O. 70) e então deixa que
o joelho retome passivamente para a extensão (Figura 10.7C).
Achados positivos Urna sensação final esponjosa ou do tipo mola é indicativa de lesão de menisco.
Considerações/Comentários especiais Este teste deve ser realizado com cuidado quando se sus-
peita de lesão de menisco, já que pode não ser confortável para o paciente e potencialmente pode
agravar a lesão.

Bibliografia
Smith BW, Grccn GA. Acute knee injuries: part 1. History and physical cxamination. Am Fam Physician.
1995;51 (3):615-21.

Figura 10.7A
10/ Joelho
151

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal. O examinador fica de pé próximo


ao lado afetado e ''encaixa" a borda supedor da patela entre os dedos polegar e indicador (Figura
J0.8A).

Ação O paciente é solicitado a contrair o músculo quadriceps femoral enquanto o examinador


aplica força para baixo e em direção inferior sobre a patela (Figura 10.8B).

Achados positivos Dor ao movimento da patela ou incapacidade de completar o teste é indicativo


de condromalacia patelar.

Considerações/Comentários especiais O teste pode ser doloroso mesmo para indivíduos saudáveis;
sendo assim, é importante a comparação bilateral. Este teste pode ser repetido com o joelho do paciente
em 30 graus e 60 graus de flexão para se avaliarem diferentes pontos da superficie da patela. Objeti-
vamente, a condromalacia só pode ser detectada por intervenção cirúrgica, uma vez que corresponde
ao amolecimento da cartilagem na superficie inferior da pateta que é percebida à palpação direta.

Bibliografia
Fowlcr PJ, Lublincr JA. The predictive value offive clinica! signs in the evaluation of meniscal patbology. Arthros-
copy. 1989;5(3):184-6.
Smith BW, Grecn GA. Acutc knee injuries: part I. History and physical examination. Am Fam Physician.
1995;5 I (3):6 15-21.

Figura 10.8A Figura 10.88 Nota: o paciente contrai o músculo


quadríceps femoral.
152 10 / Joelho

... Teste de Renne · : ·

Posição de teste O paciente fica de pé. O examinador fica de pé de frente para o paciente e coloca
o polegar sobre o epicôndilo lateral do joelbo afetado (Figura 10.9A).

Ação O paciente é orientado a sustentar o peso do corpo sobre o pé afetado e a flexionar ativamente
o joelho como se fosse realizar um agachamento. Com o polegar, o examinador mantém pressão
sobre o epicôndilo lateral (Figura l0.9B).

Achados positivos Se ocorrer dor sob o polegar do examinador quando o joelho do paciente atinge
30 graus de flexão, essa é indicativa de síndrome do atrito do trato iliotibial (TIT).

Considerações/Comentários especiais A 30 graus de flexão , o TIT está diretamente sobre o epi-


côndilo lateral. Esta é uma versão ativa, com sustentação de carga, do teste de Noble.

Bibliografia
Reune JW. Thc iliotibial band friction syndromc. J Bone Joint Surg. 1975;57 A(8): 1110- 1111.
Kirk KL, Kuklo T, Klcmmc W. Iliotibial baud friction syndrome. Orthopedics. 2000;23( 11 ): 1209-14.

,,.,.
'

Figura 10.9A Observe q ue o examinador apl ica pressão Figura 10.98 Observe que o exa minador aplica pressão
sobre o epicônd ilo lateral do fêmur. sobre o epicôndilo lateral de fêmur.
10/ Joelho 153
... Teste de Noble . . .. ·

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o joelho flexionado até 90
graus. O examinador fica de pé junto ao membro afetado e coloca o polegar sobre o epicôndilo
lateral do joelho afetado. A outra mão é colocada ao redor do tornozelo do paciente.

Ação O examinador flex iona e estende passivamente o joelho do paciente enquanto mantém
pressão sobre o epicôndilo lateral (Figuras 10.1 OA e 10. 1OB).

Achados positivos Se ocorrer dor sob o polegar do examinador quando o joelho do paciente atinge
30 graus de flexão, fica indicada síndrome do atrito do trato iliotibial (TTT).

Considerações/Comentários especiais A 30 graus de flexão, o TIT está diretamente sobre o epi-


côndilo lateral. Esta é uma versão passiva, sem sustentação de carga, do teste de Renne.

Bibliografia
Calmbach WL, 1-lutchcns M. Evaluatioo of patients prescnting with knec pain: part Il. Diffcrential diagnosis . Am
Fam Physician. 2003;68:917-22.

Figura 10.1 OA Observe que o polegar do examinador está Figura 10.108


sobre o cpicôndilo lateral do fêmur.
154 10/ Joelho

~ Te~1e'de Hughston para plica sinovial · ,\

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o joelho afetado em extensão
e relaxado, O examinador fica de pé próximo ao Lado afetado e coloca a mão em concha sobre
a patela, com a borda inferior da mão sobre a face Lateral da patela e os dedos sobre o côndilo
medial do fêmur. A outra mão do examinador segura o tornozelo e o calcanhar do paciente (Fi-
gura 10.1 lA).

Ação O examinador passivamente flexiona e estende o joelho do paciente enquanto simultanea-


mente roda mediaimente a tíbia e empun-a a patela também mediaimente (Figura 10. 11 B).

Achados positivos Dor e/ou estalos na face medial do joelho são inclicativos de alteração na plica
sinovial. Retalhos de plica podem estar presentes e assintomátieos em pessoas saudáveis. Assim, a
localização do retalho irá determinar se a tração patelar será ou não afetada.

Considerações/Comentários especiais Uma abordagem agressiva para avaliação da plica com


inflamação pode aumentar ainda mais o comprometimento da estrutura.

Bibliografia
Eren OT. Tbc accuracy ofjoint line tenderncss by physical examination in thc diagnosis of mcniscal tcars. Arthros-
copy. 2003; 19(8):850-4.
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10/ Joelho 155

Figura 10 .llA

Figura 10.11 B
156 10 / Joelho

.,. Teste de Godfrey 90/90 , , , :'':

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal na mesa de exame com quadril e
joelho flexionados a 90 graus.

Ação O examinador passivamente estabiliza o posicionamento do quadril e joelho do paciente


enquanto avalia a posição da tíbia ao longo do eixo long1tudinal (Figura 10.12).

Achados positivos O reconhecimento de uma tfüia posicionada mais inferiormente do que o lado
contralateral pode indicar queda posterior ou instabilidade. Esta pode estar relacionada com o
ligamento cruzado posterior.

Considerações/Comentários especiais Este teste precisa ser realizado bilateralmente. Aplicar uma
força em direção superior sobre a tíbia a partir de sua face posterior pode corrigir o alinhamento
até a posição de repouso se houver realmente uma queda. É importante manter a tíbia em posição
neutra de rotação, ou então um achado positivo pode ser resultado da extensibilidade da cápsula
articular.

Figura 10.12
10/ Joelho 157

Posição do paciente O paciente é posicionado em decúbito dorsal na mesa de exame com o joelho afe-
tado flexionado a 90 graus e com o quadril homolateral colocado a 45 graus de flexão (Figura 10.13).

Ação O examinador observa a posição da tíbia em relação ao femur no plano sagital. O examinador
então orienta o paciente a contrair ativamente o músculo quadríceps femoral para tentar estender
o joelho enquanto mantém a flexão do quadril. O pé homolateral deve permanecer sobre a mesa
durante a tentativa de extensão do joelho.

Achados positivos Deslocamento posterior da tíbia em relação ao fêmur enquanto o paciente


mantém o músculo quadríceps femoral relaxado indica instabilidade posterior. Esta pode ser con-
seqüência de lesão de qualquer uma destas estruturas: ligamento cmzado posterior, complexo do
ligamento arqueado, ligamento oblíquo posterior.

Considerações/Comentáriosespeciais É imperativo que o examinador identifique a posição neu-


tra para a articulação tibiofemoral, uma vez que este teste pode ser mal interpretado quanto a uma
instabilidade anterior quando se observa uma translação anterior da tíbia em relação ao fêmur.

Bibliografia
Akisuc T, Kurosaka M, Yoshiya S. Kuroda R, Mizuoo K. Evaluation of healing of thc injured posterior cruciatc
ligament: analysis of instability and magnetic resonance imaging. Arthroscopy. 2001; 17(3):264-269.
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Figura 10.13
158 10/ Joelho

, ... ·Teste de pivô shift reverso (Teste de Jakob) , . ~ ..

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com o joelho afetado em flexão de
40 a 50 graus. O examinador fica de pé com a mão proximal na face póstero-lateral da perna do
paciente, imediatamente abaixo da patela, com o polegar sobre ou adiante da cabeça da fibula. A
mão distal segura o mcdiopé e o tornozelo do paciente (Figura 10.14A).

Posição de teste alternativa Posicionar o pé do paciente entre o tronco e o braço distal do exami-
nador, com a mesma mão sobre a tíbia. A mão proximal deve ser colocada sobre a face póstero-lateral
da perna abaixo do joelho, com o polegar sobre ou adiante da cabeça da fibula (Figura 10.148).

Ação O examinador roda lateralmente a tíbia com uma das mãos e aplica uma força em valgo
com a outra mão enquanto lentamente faz a extensão do joelho. O mesmo procedimento se aplica
para a posição de teste alternativa, exceto quanto ao fato de que uma discreta carga axial deva ser
aplicada à medida que o joelho faz a extensão (Figura 10. l 4C).

Achados positivos São observados primeiramente quando o examinador flexiona o joelho do


paciente se o platô tibial lateral subluxar posteriormente. Além disso, essa subluxação é reduzida
à medida que o joelho faz a extensão e se aproxima da posição de flexão a 20 graus. Nesse ponto.
o platô tibial lateral irá retomar à posição neutra. Um "clunclc' palpável ou elevação à medida que
se aproxima da extensão (- 20 a 30 graus de flexão) são indicativos de instabilidade rotatória pós-
tero-lateral secundária à lesão primária do Ligamento cruzado posterior (LCP), do LCL, da cápsula
póstcro-lateral e do complexo ligamentar arqueado.

Considerações/Comentários especiais Este teste é bastante sensível para o paciente que apresenta
instabilidade. Deve ser realizado apenas com o paciente relaxado, uma vez que a contração da
musculatura adjacente do joellio pode evitar a subluxação repentina e resultar em um teste nega-
tivo.

Bibliografia
Jakob RP, l·lussler H, Stueubli I-IU. Observotions on rotary instability ofthe lateral compartment oflhe knce. A cta
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10/ Joelho 159

Figura 10.14A

Figura 10.148

Figura 10.14C
160 10/ Joelho

.. Teste ant~~~f>r de Lachman · · . ·,

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com o joellio afetado flexionado 20 a
30 graus. O examinador fica de pé com a mão proximal sobre a coxa distal do paciente (lateralmente)
imediatamente acima da pateta, e a mão distal sobre a tíbia proximal (mediaimente) imediatamente
abaixo da tuberosidade tibial (Figura 10.1SA).

Posição de teste alternativa O examinador coloca seu próprio joelho flexionado por baixo do joellio
afetado do paciente, com a mão proximal sobre a coxa distal (anteriormente) e a mão distal sobre a
tíbia proximal (mediaimente), imediatamente abaixo da tuberosidade tibial (Figura 10.lSB).

Ação A partir da posição neutra (ântero-posterior), aplicar uma força em direção anterior sobre a
tíbia com a mão distal enquanto se estabiliza o fêmur com a mão proximal. O mesmo procedimento
se aplica para a posição de teste alternativa.

Achados positivos Translação anterior excessiva da tíbia em comparação com o membro não
afetado com sensação final ausente ou diminuída é indicativa de lesão parcial ou completa do liga-
mento cruzado anterior (LCA).

Considerações/Comentários especiais Translação tibial anterior aumentada é por si só indicativa


de doença do LCA. Por exemplo, LCP lesionado irá permitir que a extremidade proximal du tíbia
faça uma translação posterior, produzindo assim uma translação anterior aumentada durante o teste
anterior de Lachman. Lesão de menisco (principalmente de corno posterior) pode também contri-
buir para uma translação anterior. Além disso, a presença e a qualidade da sensação final precisam
ser determinadas previamente para que a integridade do LCA possa ser testada de maneira correta
Embora os examinadores possam optar por utilizar a mão dominante para avaliação da translação.
recomenda-se estabilizar a tíbia pelo lado medial, para evitar que um possível aumento na rotação
lateral da tíbia possa contribuir para aumentar a translação anterior.

Bibliografia
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I Joelho 161

Figura 10.1 SA X representa estabilização pelo exi:lminador.

Figura 10.158 X represent3 estabiliz3ção pelo examinador.


162 10/ Joelho

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o quadril em flexão de 45


graus, joelho flexionado a 90 graus e pé em posição neutra no lado afetado. O examinador sena:
sobre o pé do paciente com ambas as mãos por trás da extremidade proximal da tíbia do paciente e
os polegares sobre o platô tibial (Figura 10.16).

Ação Aplicar uma força anterior sobre a extremidade proximal da tíbia. Os tendões dos isquiotibia,~
devem ser palpados constantemente com os dedos indicadores para garantir relaxamento.

Achados positivos Deslocamento tibial anterior aumentado em comparação com o lado não afetado
é indicativo de lesão parcial ou completa do LCA.

Considerações/Comentários especiais Consulte o item Considerações especiais para o teste anterioc


de Lachman. A avaliação qualitativa da sensação final durante o teste de gaveta anterior é menos
importante do que durante o teste anterior de Lacbman. Além disso, existe maior potencial para
resultado falso negativo neste teste em relação ao teste anterior de Lacbman, por conta de potencial
aumento da resistência dos isquiotibiais.

Bibliografia
Graham GP, Johnson S, Dent CM, Fairclough JA. Comparison of clinicai tests and thc KTlOOO in the diagnosis of
anterior cruciate ligarnent rupture. Br J Sports Med. 1991 ;25(2):96-7.
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Figura 10.16 X indica o examinador estabilizando o pé do paciente.


Joelho 163

ição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o quadril em flexão de 45


f'."3US, joelho flexionado a 90 graus e a tíbia rodada mediaimente 15 a 20 graus. O examinador senta
re o pé do paciente com ambas as mãos por trás da extremidade proximal da tt'bia e os ~ l~es
~ hre o platô tibial do paciente (Figura 10.17).

ção Aplicar uma força anterior sobre a extremidade proximal da tíbia. Deve-se palpar constan-
temente os tendões dos isquiotibiais com os dedos indicadores para garantir relaxamento.

Achados positivos Deslocamento tibial anterior aumentado, em especial do côndilo tibial lateral.
em comparação com o lado não afetado, é indicativo de instabilidade rotatória anterior (secundária
a u ma lesão parcial ou total do LCA e da cápsula póstero-lateral).

Considerações/Comentários especiais O examinador precisa evitar ao máximo rodar a tíbia, uma


vez que isto tensiona ainda mais as estrutras adjacentes e cria um alto potencial para achados fal sos
negativos.

Bibliografia
Anderson A F, Rcnnirt GW, Standeffcr WC Jr. Clinica! analysis ofthe pivot shift tests : description ofthc pivot drawer
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Figura 10.17 X representa estabi lização pelo exa minador.


164 10/ Joelho

~ Teste de Slocum com rotação lateral da tíbia , ·

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o quadril em flexão de 45


graus, joelho flexionado a 90 graus, e a tíbia rodada lateralmente 15 a 20 graus. O examinador senta
sobre o pé do paciente com ambas as mãos por trás da extremidade proximal da tíbia do paciente e
os polegares sobre o platô tibial (Figura 10.18).

Ação Aplicar uma força anterior sobre a extremidade proximal da tíbia. Deve-se palpar constan-
temente os tendões dos isquiotibiais com os dedos indicadores, para garantir relaxamento.

Achados positivos Deslocamento tibial anterior aumentado, particularmente do côndilo tibial


medial, em comparação com o lado não afetado, é indicativo de instabilidade rotatória ântero-medial
secundária a uma lesão principalmente do ligamento colateral media] (LCM), do LCA e da cápsula
póstero-medial.

Considerações/Comentários especiais O examinador precisa evitar ao máximo rodar a tíbia, já


que isso tensiona a maior parte das estruturas adjacentes e favorece o potencial para achados falsos
negativos.

Bibliografia
AndersonAF, Rennirt GW, Standeffer WC Jr. Clinica[ analysis ofthc pivot shift tests: dcscription ofthe pivot drawcr
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Slocwn DR Larson RI. Rotary instability ofthe knee. J Bone Joint Surg. 1968;50A:21 J.

Rgura 10.18 X representa estabilização pelo examinador.


10 / Joelho 165
t;t ·Teste de pivô shift
Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o joelho afetado em extensão
completa. O examinador fica de pé com a mão proximal sobre a face ântero-lateral da articulação
tibiofemoral, com o polegar sobre, ou posterior à cabeça da fibula. A mão distal segura o mediopé
e o tornozelo do paciente (Figura 10.19A).

Posição de teste alternativa Colocar o pé do paciente entre o tronco e o braço distal do examinador
com a mesma mão sobre a tíbia. A mão proximal é colocada sobre a face póstero-lateral da perna, ime-
diatamente abaixo do joelho, com o polegar sobre ou posterior à cabeça da fibula (Figura l 0.19B).

Ação Com a mão distal, rodar medialmente a tíbia, aplicar uma força em valgo com a mão proxi-
mal, e lentamente flexionar o joelho (Figura 10. l 9C). O mesmo procedimento se aplica à posição
de teste alternativa, exceto quanto ao fato de que uma discreta carga axial é aplicada inicialmente
sobre o joelho em extensão.

Achados positivos Um "clunk'' palpável ou elevação a - 20 a 30 graus de flexão são indicativos


de instabilidade rotatória ântero-Iateral secundária a lesão do LCA e da cápsula póstero-lateral.

Considerações/Comentários especiais É importante aplicar carga axial antes de flexionar o joelho,


já que isto ajuda a acentuar o "clunk'' ou a elevação, o que facilita a detecção de discreto pivotea-
mento. Deve-se observar que este teste em geral repete o mecanismo de lesão, aumentando assim o
potencial de um achado falso positivo. Este pode ser o mais sensível e acurado teste para se avaliar
instabilidade anterior tibiofemoral. Porém, é dificil de ser realizado, e a ansiedade do paciente dimi-
nui a possibilidade de o profissional adquirir experiência em sua aplicação em relação à aplicação de
outros testes especiais.

Bibliografia
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test. Am J Knee Surg. 2000; 13(1 ): 19-23.
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Geneeskd. 2005; 149(2):83-8.
166 10/ Joelho

Figura 10.19A

Figura 10.19(
10/ Joelho
167

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o quadril do lado afetado
flexionado a 45 graus. O examinador fica de pé próximo ao lado afetado e segura o pé do paciente.
A outra mão do examinador é colocada sobre a face lateral do joelho, imediatame nte por trás da
cabeça da fibula (Figura 10.20A).
Ação O examinador flexiona passivamen te o joelho do paciente até 90 graus (Figura 10.208).
Em seguida, faz a extensão do joelho do paciente enquanto aplica uma força em valgo e roda a tíbia
mediaimen te (Figura I0.20C).
Achados positivos Enquanto o joelho está sendo estendido. pode-se perceber uma elevação ou
um "c/unk" a 30 graus de flexão, o que indica um teste positivo, implicando instabilidade rotatória
ântero-latcr al. Se for observada uma elevação, ela será reduzida à medida que se estende ainda
mais o joelho.
Considerações/Comentários especiais Este teste pode não ser tão sensível quanto o Teste de pivô shift.

Bibliografia
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Figura 10.20A
168 10/ Joelhe

Figura 10.208

Figura 10.20C
10/ Joelho 169

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o quadril do lado afetado a
45 graus de flexão, o joelho a 90 graus de flexão e o pé na posição neutra. O examinador se senta
sobre o pé do paciente com as mãos por trás da face posterior da extremidade proximal da tíbia e
os polegares sobre o platô tibial (Figura l 0.21 ).
Ação Aplicar força em direção posterior sobre a extremidade proximal da tíbia.
Achados positivos Aumento no deslocamento posterior da tíbia em comparação com o lado não
afetado é indicativo de lesão parcial ou completa do LCP.
Considerações/Comentáríos especiais É importante manter os músculos quadríceps femoral e
isquiotibiais relaxados durante este teste. Enquanto aplica a força posterior, o examinador precisa
avaliar cuidadosamente qualquer sensação de "escape" do platô tibial em relação ao fêmur.

Bibliografia
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Figura 10.21 X representa est<lbilização pelo examinador.


170 10 / Joelho

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o quadril do lado afetado
flexionado a 45 graus, o joelho flexionado a 90 graus e a tíbia rodada mediaimente 20 a 30 graus.
O examinador senta sobre o pé do paciente com amba,; as mãos por trás da extremidade proximal
da tíbia e os polegares sobre o platô tibial (Figura l 0.22).

Ação Aplicar força em direção posterior sobre a extremidade proximal da tíbia.

Achados positivos Aumento do deslocamento posterior da tíbia, em especial do côndilo medial da


tíbia, em relação ao lado não afetado, é indicativo de instabilidade rotatória póstero-medial (secundária
a lesão primária de LCP, cápsula póstero-medial, LCM e ligamento poplíteo oblíquo).

Considerações/Comentários especiais É importante manter os músculos quadríceps femoral e


isquiotibiais relaxados durante a realização do teste. Enquanto aplica força posterior, o examinador
deve avaliar cuidadosamente qualquer sensação de ''escape" do platô tibial cm relação ao fêmur.

Bibliografia
Anderson AF, Rennirt GW, Standeffer WC Jr. Clinica] analysis ofthe pivol shift tcsts: description ofthe pivot drawer
test. Am .J Knee Surg. 2000;13(1): 19-23.
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SporJs Med. 1988;16(1):39-43.

Figura 10.22 Xrepresenta estabilizaç5o pelo examinador.


10 / Joelho 171

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o quadril do lado afetado
flexionado a 45 graus, o joelho flexionado a 90 graus e a tíbia rodada mediaimente 20 a 30 graus.
O examinador senta sobre o pé do paciente com ambas as mãos por trás da extremidade proximal
da tíbia e os polegares sobre o platô tibial (Figura 10.23).
Ação Aplicar força cm direção posterior sobre a extremidade proximal da tíbia.
Achados positivos Aumento do deslocamento posterior da tíbia, em especial do côndilo lateral da
tíbia, em relação ao lado não afetado é indicativo de instabilidade rotatória póstero-lateral ( secundária
a lesão primária de LCP, de LCL, da cápsula póstero-lateral e do complexo ligameotar arqueado).
Considera\Ões/Comentários especiais É importante manter os músculos quadríceps femoral e
isquiotibiais relaxados durante a realização do teste. Enquanto aplica força posterior, o examinador
deve avaliar cuidadosamente qualquer sensação de "escape" do platô tibial em relação ao fêmur.

Bibliografia
Anderson AF, Rennirl GW, Standcffer WC Jr. Clinicai analysis ofthe pivot shift tests: description ofthe pivot drawcr
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Figura 10.23 X representa €-Stabilização pelo examinador.


172 10/ Joelho

·... Teste pos,erior de Lachman . · . · ·· · · .· : : · ·. ·

Posição de teste Paciente é posicionado em decúbito dorsal com o joelho do lado afetado em
flexão de 20 a 30 graus. O examinador fica de pé com a mão proximal sobre a extremidade distal da
coxa do paciente (lateralmente) e a mão distal sobre a extremidade proximal da tíbia (mediaimente,.
imediatamente abaixo da niberosidade tibial (Figura 10.24).

Ação A partir da posição neutra (ântero-posterior), aplicar força em direção posterior sobre a tíbia
com a mão distal, enquanto o fêmur é estabilizado com a mão proximal.

Achados positivos Translação posterior excessiva da l1'bia (em comparação com o lado não afetado)
a partir da posição neutra com diminuição ou ausência de uma sensação final é indicativa de lesão
parcial ou completa do ligamento cruzado posterior.

Considerações/Comentários especiais Se o teste posterior de Lachman não for realizado a partir


da posição neutra, o joelho afetado pode apresentar uma translação tibial posterior diminuída em
comparação com o lado não afetado. Essa diminuição é causada principalmente por alteração do
ligamento cruzado posterior que permite mna translação posterior prévia da extremidade proximal
da tíbia, o que resulta em um achado falso negativo para o teste. Além disso, a presença e a qua-
lidade da sensação final precisam ser determinadas antes da realização do teste, para que se possa
avaliar a integridade do LCP de forma acurada.

Bibliografia
Cooperman JM, Riddlc DL, Rothstcin JM. Reliability and validity of judgments of the intcgrity of tl1e ACL of lhe
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Fígura 10.24 X representa estabilização pelo examinador.


10/ Joelho 173

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal. O examinador fica em pé e segura


cada um dos dedos hálux do paciente com uma das mãos.

Ação Elevar cada um dos pés para longe da mesa (verticalmente) pelos dedos hálux (Figura
10.25).

Achados positivos Uma biperextensão aumentada com rotação lateral da tíbia em comparação
com o lado não afetado é indicativa de instabilidade rotatória póstero-lateral (secundária a lesão
primária de LCP, de LCL, da cápsula póstero-lateral e do complexo arqueado).

Considerações/Comentários especiais É importante que o examinador saiba reconhecer que um acha-


do positivo pode não representar uma patologia, e sim a extensibilidade natural de um indivíduo.

Bibliografia
Coopcr DE. Tests for poslerolatcral instability of thc knee in normal subjects. Results of examination undcr ancs-
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Figura 10.25
174 10 / Joelho

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o joelllo afetado a 30 graus de
flexão e com o tornozelo em posição neutra para flexão/extensão e inversão/eversão. O examinador
segura a extremidade distal da coxa do paciente (posteriormeJ1te) com a mão proximal t: u lumuzt:lo
a pattir da superfície plantar com a mão distal (Figura 10.26A).

Ação Enquanto a mão proximal estabiliza a extremidade distal da coxa do paciente, o examinador
faz rotação lateral máxima da perna do paciente (mantendo o tornozelo em posição neutra) e mensura
a amplitude da rotação lateral alcançada entre o joeU10 e a borda medial do pé (Figura 10.268).
O teste pode ser repetido com o joelho flexionado a 90 graus (Figuras l 0.26C e 10.26D).

Achados positivos Um aumento acima de lO graus na rotação lateral (em comparação com a
perna contralateral) a 30 graus mas não a 90 graus é indicativo de lesão do corno póstero-lateral.
Um aumento abaixo de I Ograus em ambos os ângulos é indicativo de lesão tanto do como póstero-
lateral como do ligamento cruzado posterior.

(onsiderações/Comentários especiais O teste pode também ser realizado em decúbito dorsal com
o joelho flexionado ao lado da mesa de exame. Tem sido proposto que a tuberosidade tibial seja
utilizada como um ponto de referência para a mensuração da rotação lateral, já que representa um
ponto fixo, em vez do pé, que é móvel.

Bibliografia
Bleday R.M, Fanelli, GC, Giannotti BF, Edson LJ, Barreu TA. lnstrumeoted mcasurement of the postcrolateral
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Figura 10.26A
10/ Joelho 75

Figura 10.268

Figura 10.26(

Figura 10.260
176 10 I Joel

,. Teste do estresse em valgo ·. , ,. ,· · ·: · ..., ·,


Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o joelho afetado em cxlcnsãe
completa (Figura 10.27 A). O examinador fica de pé com a mão distal sobre a face medial do tor-
nozelo e a mão proximal sobre o joelho do paciente (lateralmente).

Ação Com o tornozelo estabilizado, o examinador aplica uma força em valgo sobre o joelho com
a mão proximal. Esta manobra é realizada com o joelho em extensão completa e com o joelho em
flexão de 20 a 30 graus (Figura l 0.27B).

Achados positivos Dor na região medial do joelbo e/ou aumento do movimento em valgo com
sensação final diminuída ou ausente, em comparação com o lado não afetado, são indicativos de Lesão
primária de LCM, de LCP e da cápsula póstero-medial quando encontrada em extensão completa. e
indicativos de Lesão primária de LCM, quando se testa o joelho a 20 a 30 graus de flexão.

Considerações/Comentários especiais o examinador precisa evitar que ocoIT'd rotação medial ou lateral
do fêmur durante este teste, já que esta pode dar a ilusão de movimento em vaLgo aumentado. Pode-se con-
seguir isto utilizando-se a mesa de exame para ajudar a estabilizar o fêmur do paciente (Figura 10.27C).

Bibliografia
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Figura 10.27A
10/ Joelho
177

Figura 10.278 X representa estab1li1ação pelo examinador.

Figura 10.27C
178 10 / Joelho

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o joelho afetado em extensão
completa (Figura 10.28A). O examinador fica de pé com a mão distal sobre a face lateral do torno-
zelo e a mão proximal sobre o joelho (mediaimente) do paciente.

Ação Com o tornozelo estabilizado, aplicar força em varo sobre o joelho com a mão proximal
Lsto é realizado com o joelho em extensão e repetido com o joelho em flexão de 20 a 30 graus
(Figura 10.288).

Achados positivos Dor na região lateral do joelho e/ou aumento do movimento cm varo com di-
minuição ou ausência da sensação final em comparação com o lado não afetado são indicativos de
lesão primária de LCL, de LCP e do complexo arqueado quando encontrada no joelho em extensão
completa, e de LCL quando encontrada com o joelho em flexão de 20 a 30 graus.

Considerações/Comentários especiais O examinador precisa evitar que ocorra rotação medial


ou lateral do fêmur durante este teste, já que esta pode dar a ilusão de movimento em varo aumen-
tado. lsto pode ser conseguido utilizando-se a mesa de exame para ajudar a estabilizar o fêmur do
paciente (Figura 10.28C).

Bibliografia
Bozkutt M, YilmaL E, Akseki D, Havitcioglu H, Gunal I. Thc cvaluation oftbc proximal libiofibular joint forpalients
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Figura 10.28A Xrepresenta estabilização pelo examinador.


10/ Joelho 179

Figura 10.288

Figura 10.28(
180 10/ Joelho

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal. O examinador fica de pé com a


mão distal segurando o calcanhar do paciente ou a extremidade distal da perna (mediaimente) e
a mão proximal fica sobre o joelho do paciente com os dedos palpando as porções medial e lateral
da linha articular (Figura 10.29A).

Ação Com o joelho em flexão completa (marcação l na Figura 10.298), rodar lateralmente a
tíbia (marcação 2 na Figura 10.298), introduzir uma força em valgo, e estender o joelho (menisco
medial) (marcação 3 na Figura 10.298). Repetir com a tíbia rodada mediaimente e com aplicação
de força em varo (menisco lateral) (Figura 10.29C).

Achados positivos Um estalido sentido na porção medial da linha articular é indicativo de lesão
de menisco medial. Da mesma maneira, um estalido sentido na porção lateral da linha articular é
indicativo de lesão de menisco lateral.

Considerações/Comentários especiais O examinador não deve confundir o estalido ou "salto''


patelar com patologia de menisco. F.ste teste pode ser difícil de realizar de maneira adequada na
presença de um retalho livre do menisco ou de edema excessivo, o que limita a amplitude do mo-
v imento. O examinador também deve ser cuidadoso durante a palpação ao longo da linha articular,
pois esta pode causar dor ao paciente (especialmente se a lesão de menjsco for acompanhada de
lesão de ligamento colateral).

Bibliografia
Akseki D, Pinar H, Karaoglan O. The accuracy of the clinica! diagnosis of mcniscal tears with or without associated
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10/ Joelho 181

Figura 10.29A

Figura 10.298

Figura 10.29(

J
182 10 / Joelho

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito ventral com o joelho afetado flexionado
a 90 graus. O examinador fica de pé com a mão proximal sobre a extremidade distal da coxa do
paciente para estabilização e a mão distal sobre o calcanhar do paciente (Figura 10.30A).

Ação Com a mão distal, rodar medial e lateralmente a tíbia enquanto se aplica força para baixo
sobre o calcanhar.

Achados positivos Dor, estalido e/ou restrição são indicativos de lesão de menisco medial ou
lateral, dependendo do sítio dos sintomas.

Considerações/Comentários especiais O teste pode ser repetido com aplicação de força de tração
(p. ex., Teste de tração de Apley) aplicada sobre o tornozelo com a mão distal (Figura 10.30B). Um
aumento ou mudança na localização da dor é melhor indicativo de lesão ligamentar contra lesão de
menisco. Dor e/ou estalido no teste de compressão que são acompanhados de diminuição ou ausência
dos mesmos sintomas durante a tração é melhor indicativo de lesão de menisco.

Bibliografia
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Figura 10.308
10 / Joelho 183
f.,.
.
Teste do déslocamento de Steinman
~ "' ' // , ,
· , ,
Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o joelho em extensão completa.
O examinador coloca a mão proximal sob o joelho afetado e segura o tornozelo do paciente com a
mãodistal(Figura 10.3JA).

Ação O examinador faz movimentos passivos do joelho afetado do paciente em diferentes am-
plitudes de flexão, acompanhados de movimento dinâmico de rotação medial (Figura 10.3 LB) e de
rotação lateral (Figura 10.31C).

Achados positivos Um paciente que relate queixa de dor durante o componente de rotação ou que
não alcance extensão completa pode sofrer de lesão de menisco.

Considerações/Comentários especiais É importante manter os músculos quadríceps femoral e


isquiotibial relaxados durante esse teste. Se o pac.iente não é capaz de realizar flexão completa, o
examinador pode des~jar realizar rotação passiva medial e lateral, no ponto máximo de flexão.

Bibliografia
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hcalth-related quality oflifo. JBone Joint Surg Am. 2003;85-A(l): 10-9.
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Figura 10.31A
184 lO/ Joelho

Figur~ 10.31C
11 Tornozelo e Pé

Sinal de Homan, 786


Teste de gaveta anterior, 187
Teste de inclinação talar (inversão), 789
Teste de inclinação talar (eversão), 191
Teste de Thompson, 192
Teste da percussão, 793
Linha de Feiss, 194
Teste do neuroma interdigital, 195
Teste de compressão, 196
Teste de compressão de osso longo, 197
Teste do balanceio, 198
Teste de Kleiger, 799
Sinal de Tinel, 200
186 11 /Tornozelo e Pé

.,. Sinal de Homan , . ,' ·: :. .' ::,,·


Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito dorsal sobre a mesa de exame.
Ação Com o joelho do lado afetado em extensão completa, o examinador passivamente realiza
dorsiflexão do pé do paciente (Figura 11. lA).
Achados positivos Dor na panturrilha alongada passivamente pela dorsiflexão do pé é um sinal
positivo de tromboflebite.
Considerações/Comentários especiais A dor também pode ser desencadeada dw-ante a palpação da pan-
turrilha ao mesmo tempo em que se alonga passivamente (Figura 11. I B). Um achado positivo aponta moa
condição que põe em risco a vida e o paciente deve ser encaminhado para um profissional qualificado.

Bibliografia
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Figura 11.1 A Fígura 11.1B Nota: seta tracejada rep,esen ta a


pres,ào aplicada pelo examinador.

~ Movimento do paciente ..._ Movimento do examinador


11 /Tornozelo e Pé 187

t:~ ·Teste.dê gaveta anterior


,'; •'N ',. , , i' u -;. , , , _..~ , C/n •
,, , ,
/ ;, ,

Posição de teste O paciente fica sentado na mesa de exame com o joelho flexionado a 90 graus e
o pé afetado relaxado e em discreta flexão. O examinador estabiliza a tíbia e a fibula com uma das
mãos e, com a outra, segura o calcâneo (Figura 11 .2A). Este teste também pode ser realizado com
o paciente em decúbito ventral (11.2B).

Ação Enquanto garante a estabilização distal da tíbia e da fibula, o examinador aplica força em
direção anterior sobre o calcâneo e o tálus.

Achados positivos Translação anterior do tálus para fora da pinça do tornozelo que seja maior
no lado afetado do que no lado não afetado indica um sinal positivo para possível distensão do
ligamento talofibular anterior.

Considerações/Comentários especiais O joelho é flexionado a 90 graus para diminuir a tensão


dos músculos gastrocnêmios. Este teste deve ser realizado bilateralmente para fins de comparação.
Edema na articulação do tornozelo pode reduzir a capacidade de translação anterior do tálus.

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188 11 JTornozelo e Pé

Figura 11.2A

Figura 11.28
11 / Tornozelo e Pé 189

Posição de teste O paciente fica deitado com o pé afetado relaxado e para fora da mesa de exame
e o joelho flexionado a 90 graus. O examinador estahiliza, com urna das mãos, a extremidade distal
da tíbia, enquanto com a outra segura o lálus.
Ação O examinador primeiro coloca o pé na posição anatômica (posição neutra de flexão e ex.-
tensão). Em seguida, incHna o tálus em posição de adução ( Figura 11.3).
Achados positivos A amplitude do movimento de adução no lado afetado maior do que no lado
não afetado revela um teste positivo. Este também pode ser indicativo de lesão do ligamento cal-
caneofibular.
Considerações/Comentários especiais O joelho é flexionado a 90 graus para reduzir a tensão
dos músculos gastrocnêrhios. Este teste deve ser realizado bilateralmente para fins de comparação.
Realizar este teste com o tornozelo em flexão mais acentuada pode estressar menos o ligamento
calcaneofibular, mas impõe maior estresse ao ligamento talofibular anterior. Edema na articulação
do tornozelo pode reduzir a capacidade de translação do tálus.

Figura 11.3
190 11 /Tornozelo e Pé

Bibliografia
Bahr RP, Fernando SJ, Lew WD, Lindquist C, Tyrdal S, Engebretsen L. Mechanics of'the anterior drawcr and talar
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Med. 1995;23(6):672-7.
11 / Tornozelo e Pé 191

Posição de teste O paciente fica deitado com o pé afetado relaxado e para fora da mesa de exame
e o joelho flexionado a 90 graus. O examinador estabiliza, com uma das mãos, a extremidade distal
da tíbia, enquanto com a outra segura o tálus.

Ação O examinador primeiro coloca o pé na posição anatômica (posição neutra de flexão e ex-
tensão). Em seguida, inclina o tálus em posição de abdução (Figura I J .4).

Achados positivos A ampJitude do movimento de abdução no lado afetado maior do que no lado não
afetado revela um teste positivo. Este também pode ser indicativo de lesão do ligamento deltóide.

Considerações/Comentários especiais O joelho é flexionado a 90 graus para reduzir a tensão dos


músculos gastrocnêmios. Este teste deve ser realizado bilateralmente, para fins de comparação.
A realização deste teste em diferentes graus de flexão de tornozelo possibilita que se avaliem os
diferentes componentes do ligamento deltóide. Edema na articulação do tornozelo pode reduzir a
capacidade de translação do tálus.

Bibliografia
Fujii T, Luo ZP, Kitaoka HB,An KN. Thc manual stress test may not be sufficienl to differentiate ankle ligament injuries
Clin Biomech (Bristol, Avon). 2000:15(8):619-23.
Leith JM, McConkey JP, Li D, Masri B. Valgus stress radiography in normal ankles. Foot Ankle lnt
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Figura 11.4
192 11 /Tornozelo e Pé

Posição de teste O paciente é posicionado em decúbito ventral com os calcanhares para fora da
mesa de exame.

Ação Com o músculo tríceps sural relaxado, o examinador pinça os ventres musculares desse
músculo (Figura 11.5).

Achados positivos Quando se pinçam os músculos da panturrilha, a resposta normal é a flexão


plantar. Assim, a falta de resposta em flexão ao pinçamento seria um achado positivo, indicando
possível ruptura do tendão-de-aquiles.

Bibliografia
O'Brien T. The needle lesl for complete rupture of the Achilles' tendon. J Bone Joint Surg Am. 1984;66(7): 1099-
1101.
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Thompson TC. A test for rupture ofthe tendo achillis. Acla Orthop Scand. 1962;32:461-5.

Figura 11.5
11 / Tornozelo e Pé
193
.. Teste da percussão

Posição deteste O paciente é posicionado em decúbito dorsal com o membro afetado em extensão e
o tornozelo/pé para fora da mesa de exame. O examinador fica de pé próximo ao pé do
paciente.
Ação O examinador posiciona o tornozelo do paciente em dorsiflexão para otimizar a congruência
articular e percute finnemente a região plantar do calcanhar (Figura 11.6).

Achados positivos Dor no sítio da lesão é indicativa de fratura. A vibração da percussão ao longQ
do eixo maior dos o:,su:, aumenta a dor no sítio da fratura.

Considerações/Comentários especiais Este teste não deve ser realizado se existir deformidade
evidente.

Figura 11.6 Nota: a seta dupla indica a percussão.


194 11 /Tornozelo e Pé

Posição de teste O paciente senta-se na mesa de exame com a perna afetada em extensão. O
examinador faz uma marca sobre o maléolo medial e na base da primeira articulação metatarsofa-
langiana. Uma linha é então traçada entre os dois pontos e o examinador observa a posição relativa
do tubérculo navicular (l 1.7A).

Ação O paciente é instruído a ficar de pé com os pés afastados 7 a 15 cm. O examinador verifica
se as marcas ainda estão posicionadas sobre o maléolo medial e a primeira articulação metatarso-
falangiana (Figura 11.78).

Achados positivos O tubérculo navicular deve estar alinhado com os outros dois pontos. Se,
eoquanlo o paciente está sentado, o tubérculo navicular ficar abaixo da linha, o paciente apresenta
pé plano congênito. Se o tubérculo navicular ficar alinhado com os outros dois pontos enquanto o
paciente está sentado e cair para baixo da linha quando fica de pé, isto indica pé plano funcional.

Considerações/Comentários especiais Este teste indica graus variados de pé plano, dependendo


de quanto o navicular baixa em direção ao solo. O pé plano pode também ser indicativo de hiper-
pronação.

Bibliografia
Cashmere TB, Smith RM. Hunt AM, Biomed E. Medial longitudinal arch of the foot: stationary versus walking
measures. Foot Ankle lnt. 1999;20(2): 112-118.
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Figura 11.78 Nota: círculo cheio indica a localização do


osso navicular.
11 /Tornozelo e Pé 195
'::~ Teste'do ri~_urom~ ,i~,terdigital,,, ':, , ,,, ,

Posição de teste O paciente fica sentado na mesa de exame com a perna afetada em extensão. O
examinador se posiciona de pé próximo ao pé afetado e coloca uma das mãos ao redor da cabeça
dos metatarsos (Figura 11.8).

Ação O examinador comprime as cabeças dos metatarsos e mantém a compressão por I ou 2


minutos.

Achados positivos Dor, formigamento ou dormência no pé, nos dedos ou no tornozelo são indicati-
vos de neuroma interdigital. Se positivo, a dor em geral é aliviada quando se alivia a compressão.

Considerações/Comentários especiais Dor entre as cabeças dos metatarsos é um indicativo de


neuroma de Morton. A localização mais comum é entre as cabeças do terceiro e do quarto meta-
tarsos.

Bibliografia
Coughlin MJ, Pinsonneault T. Operative treatment of interdigital neuroma, A long-tenn follow-up study, J Bone
Joint Surg Am. 2001 ;83-A(9): 1321 -8.
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Figura 11.8
196 11 / Tornozelo e Pé

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com a perna afetada em extensão
e o tornozelo/pé para fora da mesa de exame. O examinador fica de pé próximo ao pé afetado e
observa onde a dor surge.

Ação O examinador comprime a tíbia e a fibula em conjunto no mesmo ponto distante da área
da dor (Figura 11.9).

Achados positivos Dor no sítio da lesão pode ser indicativa de fratura. Compressão dos dois ossos
pode aumentar a dor no sítio da fratura.

Considerações/Comentários especiais O teste não deve ser realizado se houver deformidade


evidente. Recomenda-se a realização de uma ragiogra:fia em caso de suspeita de fratura.

Figura 11 .9
198 11 / Tornozelo e Pé

Posição de teste O paciente se posiciona em decúbito dorsal com os pés para fora da mesa de
exame. O examinador fica de frente para o paciente e coloca ambas as mãos sobre a face dorsal dos
pés do paciente para mantê-los paralelos ao chão. Com os polegares, o examinador palpa a face
anterior do tálus do paciente (Figura 11.1 J A).

Ação Flexionar e estender passivamente o tornozelo e observar a amplitude de movimento, es-


pecialmente em extensão (Figura 11.1 IB).

Achados positivos Um teste positivo resulta de resistência à extensão. Isto indica subluxação
subtalar posterior.

Considerações/Comentários especiais Deve-se sempre considerar exames por imagem quando se


observa mobilidade articular excessiva, para se certificar de que não existe fratura subjacente.

Fig ura 11 .11 B


11/ Tornozelo e Pé 199

Posição de teste O paciente se coloca sentado com o membro afetado para fora da mesa, com o
joelho a 90 graus de flexão. O examinador estabiliza a extremidade distal da tíbia e da fibula com
uma das mãos e, com a outra, as faces medial e inferior do calcâneo. O tornozelo deve ser mantido
alinhado em posição neutra (Figura 1 l .12A).
Ação O examinador aplica uma força em rotação lateral sobre o calcâneo. O teste é repetido com
o tornozelo em extensão (Figura 11. 128).
Achados positivos Queixa de dor ao longo da face medial do tornozelo quando a força em rotação
lateral é aplicada em posição de extensão neutra pode ser indicativa de lesão de ligamento deltóide.
Quando o tornozelo é estendido e rodado lateralmente, a dor pode ocorrer mediaimente e mais
proximal mente, indicando comprometimento da sindesmose tibiofibular.
Considerações/Comentários especiais A sindemose pode ser lesada quando o pé fica fixado e se aplica
uma força em rotação significativa. [sso em geral é descrito como "entorse alta de tornozelo" e pode
ser bastante doloroso para o paciente quando se repete o torque em rotação que foi a causa da lesão.

Bibliografia
Candal-Couto JJ, Burrow D, Bromage S, Briggs PJ. lnstability of the tibio-fibular syndesmosis: have we been pulling
in the wrong direction? Jnjury. 2004;35(8):814-8.
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Kinoshita M, Okuda R, Morikawa J, Jotoku T, Abe M. The dorsiflexion-eversion test for diagnosis oftarsal tunnel
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Se iler H. The upper ankle joint. Biomechanics and functional anatomy. Orthopade. 1999;28(6 ):460-8.

Figura 11.12A Figura 11.128


200 11 /Tornozelo e Pé

Posição de teste Geralmente o paciente é posicionado em decúbito dorsal.

Ação O examinador utiliza o dedo indicador para percutir a face medial do tornozelo no ponto
em que o nervo tibial está mais superficial (Figura 11.13).

Achados positivos Dor ou formigamento que irradia ao longo do trajeto posterior do nervo tibial
são indicativos de potencial síndrome do túnel do tarso. Compressão posterior do nervo tibial no
túnel do tarso irá resultar em sintomas referidos para as regiões medial e plantar do pé.

Considerações/Comentários especiais Um teste positivo simplesmente aponta o fato de que o


nervo tibial está comprometido. O nervo pode estar sendo comprimido, como no caso da síndrome
do túnel do tarso, ou pode estar sob tração, como no caso de um pé hiperpronado.

Bibliografia
Bailie DS, Kelikian AS. Tarsal tunnel syndrome: diagnosis, surgical tcchnique, and functional outcome. Foot Ankle
lnt. 1998; 19(2):65-72.
Coughlin MJ, Pinsonneault T. Operalive treatment of interdigital neuroma: a long-lerm follow-up study. J Bone
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Shookster L, Falke G, Ducic 1, Maloney C Jr, Dellon A Fibromyalgia and Tinel's sign in the foot. J Am Podian· Med Assoe.
2004;94(4):400-3.

Figura 11.13 Nora: a seta dupla indica a percussão.


12 Testes Contemporâneos
Especiais

Teste de redução do impacto, 202


Teste do estresse por deslocamento do braço (EDB), 204
Teste de extensão do dedo, 205
Teste da síndrome de flexão e pronação, 206
Teste de torção tarsal, 207
202 12 / Testes Contemporâneos Especiais

Posição de teste O paciente se coloca sentado ou de pé com o braço afetado relaxado e o ombro
cm rotação medial (Figura 12. 1A).

Ação O examinador flexiona passivamente o braço afetado enquanto mantém o ombro em ro-
tação medial (Figura 12.1 B). Esse movimento é então repetido enquanto o examinador aplica um
cisalhamento inferior sobre a cabeça do úmero (Figura 12.1 C).

Achados positivos Queixa de dor articular no ombro é indicativa de teste positivo. A queixa de dor
durante a flexão pass iva é indicativa de possível impacto subacromial. A ausência de tal dor ao se
repetir a flexão passiva, acompanhada de cisalhameuto inferior da cabeça do úmero, confirma impacto
estrutural. Dor relatada tanto na fl exão passiva do ombro como na flexão do ombro com cisalhamento
diminui a possibilidade de impacto subacromial e obriga a uma avaliação mais detalhada.

Considerações/Comentários especiais Este teste pode ser modificado testando-se o membro no


plano frontal ou no plano da escápuJa, e colocando-se o ombro em rotação lateral para se avaliar o
impacto e m diferentes componentes do complexo glenoumeral.

Figura 12.1A

1- Mov;monoo do pru,;o,te -<-- Mov, uc,uo do o,,mürn<lo<


12 / Testes Contemporâneos Especiais 203

Figura 12.1 B

Figura 12.1C
204 12 / Testes Contemporâneos Esp eciais

Posição de teste O paciente se posiciona relaxado, em decúbito dorsal, sobre a mesa de exame.
com os braços ao longo do corpo (Figura l 2.2A).
Ação O examinador fica de pé na cabeceira da mesa e coloca a palma das mãos sob as escápu las
do paciente (Figura 12.2B). O examinador solicita ao paciente que faça extensão forçada de um
dos braços contra a mesa, enquanto ele simultaneamente avalia a intensidade da pressão sentida
sob a escápula. O teste é repetido para o braço oposto. O paciente é orientado a alternar a extensão
do braço contra a mesa enquanto o examinador faz comparação bilateral da pressão aplicada sobre
a palma de cada mão.
Achados positivos Ausência de sensação de pressão feita pela escápula no lado contralateral ao
teste é indicativa de diminuição de esforço.
Considerações/Comentários especiais Pacientes que fazem a extensão forçada contra a mesa prova-
velmente utilizarão a escápula contralateral para estabilização. Isto será percebido pelo examinador.
Ao contrário, pacientes que não fazem esforço real tenderão a estabilizar a parte central da porção
alta do tronco, não aplicando pressão unilateral sob a escápula contralateral ao teste. Este teste deve
ser utilizado para avaliar mau alinhamento e não é indicativo de nenhuma patologia específica.

Figura 12.2A

Fig u ra 1 2.28

1
12 / Testes Contemporâneos Especiais 205

Posição de teste O paciente se posiciona sentado, com a mão em repouso.

Ação O examinador primeiro tenta levar passivamente a articulação interfalangiana distal (TFD)
ou a articulação interfalangiana proximal (IFP) afetada até a extensão completa (Figura I 2.3A). O
examinador então solicita ao paciente que tente estender ativamente a articulação IFD ou IFP contra
resistência mínima feita por ele, examinador.

Achados positivos lncapacidade de estender passivamente ou ativamente a articulação IFD


ou IFP é considerada um resultado positivo para o teste. Se a articulação não pode ser estendida
passivamente nem ativamente, deve-se considerar uma restrição capsuloligamentar ou edema
agudo e/ou dor. A capacidade de extensão passiva da articulação afetada com incapacidade
de extensão ativa na mesma articulação indica provável mptura do tendão extensor (Figura
12.3B).

Considerações/Comentários especiais O examinador só deve aplicar leve resistência contra o


movimento de extensão ativa para fim de avaliação de qualquer contração perceptível. Não se deve
aplicar resistência moderada a máxima, uma vez que qualquer ruptura de tendão pode se tomar
complicada pelo aumento do esforço de contração. Se houver suspeita de ruptura de tendão, este
teste não deve ser repetido para fi11s de demonstração, confirmação, ou ensino além do necessário
para o diagnóstico clínico.

Figura 12.3A Figura 12.38

1
206 12 /Testes Contemporâneos Especiais

Posição de teste O paciente se posiciona sentado, com o antebraço afetado em repouso sobre a
mesa de exame e o cotovelo em flexão de 90 graus (Figura 12.4A).

Ação O examinador tenta "cumprimentar" o paciente. O paciente é solicitado então a pronar o


antebraço (Figura 12.48).

Achados positivos Dor e/ou fraqueza muscular são consideradas sinal positivo de lesão musculo-
tendinosa para flexão e pronação.

Considerações/Comentários especiais O examinador não precisa aplicar muita resistência enquanto


o paciente tenta pronar o antebraço. Uma resposta inflamatória aguda irá desencadear dor ao esforço
do paciente.

Figura 12.4A

Figura 12.48

1
11/Testes Contempo râneos Especiais
207
.. Teste de torção tarsal , ,
Posição de teste O paciente se posiciona sentado sobre a mesa de exame com os joelhos flexionados
a 90 graus. O tornozelo afetado é colocado em posição neutra para flexão/ext ensão. Com uma das
mãos, o examinad or estabiliza o retropé (articulação subtalar) e, com a mão oposta, segura o antepé
(Figura 12.SA). A mão distal deve ser colocada na região das articulações tarsometatársicas.

Ação Enquanto mantém a estabilização da articulação subtalar, o examinador aplica força em


rotação medial (Figura 12.SB) e uma força em rotação lateral (Figura 12.SC) sobre o mediopé. O
teste é realizado de maneira a estressar os ligamentos estabiliza dores das articulaçõ es laloeal-
canconav icu lar, cunei formenavicular, calcaneoc ubóide, cuboiden avicular, cunciform ecubóide.
intercuneiformcs e tarsometarsais.

Achados positivos Dor na região do mediopé é um achado positivo para entorse do mediopé. A
localização da dor pode auxiliar na identificação do sítio exato de lesão cm relação às articulações
do mediopé.

Considerações/Comentários especiais Este teste também pode ser realizado com o paciente posi-
cionado em decúbito dorsal ou sentado com os membros inferiores em extensão. Não se deve reali-
zá-lo se houver defom,ida de óbvia. Lesões do mediopé são comumen te encontradas em associação
com entorse do tornozelo. Isto é particularmente verdadeiro quando o tornozelo faz o movimento
de flexão e o mediopé é forçado em supinação (torção). Além disso, lesões no mediopé podem ser
decorrentes de traumatismos repetidos, como ocorre em corredores de longas distâncias. Lesões
por uso excessivo no mediopé estão mais comumente associadas a excessiva pronação durante a
marcha.

Fígura 12.SA

1
208 12 /Testes Contemporâneos Especiais

Figura 12.SB X indica e~tabilização pelo examinador.

Figura 12.SC

L
Índice
Alfabético

A - - - elevação da perna bem - - - respiratório de inspiração/


Apreensão patelar (teste), 141 estendida, 96 expiração, 84
Artéria vertebral. teste, 6 - - - elevação da perna estendida Compressão (teste)
90190, 90 - nervosa, teste (Spurling), 7
B - - - Hoover, 88 - patcla (teste do rechaço), 142
- - - inclinação para a frente, 87 Cotovelo, 51-62
Bunnel. teste para os dedos das
- - - merguU10. 97 - sinal de Tine], 60
maos, 76
- - - mola, 101 • teste
- - - sentado para raiz nervosa, 92
e - - - Thomas, 99
- - cotovelo de golfista, 55
Coluna vertebral - - estresse em valgo, 59
- - - Trendelenburg, l 03
- cervical, 5-11 - - - unilateral de elevação da perna - • estresse em varo, 58
- - manobra de Valsalva. 9 estendida (sinal de Lasegue), 93 - • flexão do cotovelo, 57
- - sinal de Tine!, 11 • sacra!, l 05-119 - - hiperextensão, 56
- - teste - - testes - - passivo do cotovelo de tenista, 54
- - - artéria ve11cbral, 6 - • - estresse da a11iculaçào - - pinça, 62
- - - compressão nervosa (Spurling), sacroi liaca, 11 O - - resistido do cotovelo de tenista
7 - - - fixação da articulação (teste de Cozen), 52
sacroilíaca, l 06 - - resistido do cotovelo de tenista, 53
• - - deglutição, 10 - - - Gaenslen, ll 6
- - - tração, 8 - • - Gillct, 109
- lombar, 85-104 D
- - - Patrick ou FABER, J 17
- - manobra de Valsalva, 86 - - - Squish, 114 Deglutição, teste, 1O
- - sinais de Kcrnig e Brudzinski, 89 - - - supino para sentado, 118
- - testes - - - Yeoman, 115 E
- - - bilateral de elevação da perna - torácica, 81-84 EI ly, teste ( quadri 1), 136
estendida, 95 - - sinais de Kemig e Brudzinski, 82
• - - cegonha, 104 - - teste F
• • - corda do arco (teste de Cram), - - - compressão ãntero-posterior e Feagin, teste (ombro), 38
91 latera I da costela, 83 Finkelstein, teste (mão e punho). 67
r

210 Índice Alfabético

fixação da articulação sacroilica, - - rechaço, l 49 - - impacto de Neer, 25


teste. 106 - - rechaço/compressão da patela, - - impacto posterior, 24
F Iexão (teste) 142 - - lata vazia (supra-espinoso), 14
- cotovelo. 57 - - recurva/um em rotação lateral, - - O'Brien (compressão ativa), 43
- dedo da mão. 66 173 - • queda do braço, 18
- - Renne, 152 - - recolocação de Jobe. 36
G - - Slocum com rotação - - Roos, 47
Gaenslen, teste (coluna vertebral - - - lateral da tíbia, 164 - - Speed, 16
sacral), 116 - - - medial da tíbia, 163 - · surpresa (liberação ativa), 37
Gillet (coluna vertebral sacra(), 109 - - varredura (teste do esfregão, - - tração da artic-ulação
Godfrey 90190, ;oclho, 156 escova ou golpean1ento), 143 acromioclavicular (AC), 28
Grind, teste (ombro), 40 - - Yergason, 15
K
H Kleiger, teste (tornozelo e pé), 199 p
Hiperextensão, cotovelo, 56 Pé, ver Tornozelo e pé
Hoovcr, teste (coluna vertebral L Posição militar de sentido (ombro),
lombar), 88 Linha de Feiss (tornozelo e pé), 194 48
Hughston , teste {plica sinovíal, Punho e mão, 63-80
joelho), 154 M - sinal
Manobra - • Froment, 72
• Adson (ombro), 45 · - Murphy, 77
Impacto, teste (cmbro) - Valsalva, 9, 86 - - Tine!, 70
- Ilawkins-Kentedy, 26 Mão, ver Punho e mão - teste
- Neer, 25 - - Allen para os dedos, 74
-posterior. 24 N - - Bunncl, 76
Noble, teste (joelho), 153 - - compressão, 65
J - - enrugamento, 73
Joelho, 139-184 o - - estresse em valgo, 79
- leste Ombro, 14-49 - • estresse em varo, 80
- - ângulo Q , 145 - manobra de Adson, 45 - - Finkelstein, 67
- - anterior de Lachman. 160 - posição militar de sentido, 48 - - 1lexao do dedo, 66
- - apreensão patelar, 141 - sinal • · palpação ou pcrcursão, 64
- - compressivo de Aplcy, 182 - • Ludington, l 7 - - Phalen, 68
- - comprimento do ligamento/ - - sulco, 33 - - - reverso, 69
tendão patclar, 140 - - tecla do piano, 30 - - Watson, 78
- - deslocamento de Steinman, 183 · teste
- - dia! (t.este da rotação lateral da - · Allen, 46 Q
tíbia), 174 • · alongamento do plexo braquial, Quadril, 121-137
- - estresse 44 - teste
- - - valgo, 176 • -Apley ( da coceira), 21 - - aparente discrepância de
- - - varo, 178 · -apreensão (anterior), 31 comprimento da perna, 135
- - gaveta - -apreensão (posterior), 32 - - Craig, 124
- - - anterior, 162 · -carga e desvio, 39 - - elevação da perna estendida
- - - posterior, 169 - -compressão da articulação 90i90, 126
- - - póstcro-latcral de Hughston, 171 acromioclavicular (AC}
- - Ely, 136
- - - póslero-rnedial de Hughston, 170 (cisalhamento), 29
- - esfregão/teste do quadrante, l 22
- - Godfrcy 90/90. 156 - · contratura do peitoral maior, 49
- - Hughston para plica sinovial. 154 - - cruzado do impacto, 23 - - Obcr. 129
- - Jerk. 167 - - deslizamento escapular lateral - - Patrick ou f ABER, 127
• - manivela medial/lateral, 147 (TDEL), 19 - - piri fom1e, l 31
- - McMtu-ray, 180 - - estalo. 42 · - real discrepância de comprimento
- - Noblc, 153 - - estresse da articulação da perna. 134
- - patelar da manivela (sinal de estemoclavicular (EC), 27 - - Thomas, 132
Clarkc), 151 - - Feagin, 3 8 - - trnyíio do nervo femoral, l'.37
- - pivô shiü, 165 - • gaveta anterior, 34 - · Trendelenburg, 128
- - - reverso (leste de Jacob), 158 - • gaveta posterior. 35
- - posterior de L1chman, 172 - • golpe, 41 R
- - queda posterior ( teste - - Grind, 40 Rene, teste (joelho), 152
gravitacional da gaveta), 157 - - impacto de Hawkins-Kcnncdy, 26 Roos. teste (ombro), 47
Índice Alfabético 211
s - contemporâneos especiais, 201-208 - - póstero-lateral de H ughston
Sinal - - estresse por deslocamento do (joelho), 171
- Chvostek, 2 braço (EDB), 204 - - póstero-medial de Hughston
- Clark (joelho), 151 - - extensão do dedo, 205 (joelho), 170
- Froment (punho e mão), 72 - - redução do impacto, 202 - Gi llet ( coluna vertebral sacra!), 109
- Homan (tornozelo e pé), 186 - - síndrome de flexão e pronação, - Godfrey 90190 (joelho), 156
- Kt:rnig t! Brud:tinski, coluna 206 - golpe (ombro), 41
vertebral - - torção tarsal, 207 - Grind (ombro), 40
- contratura do peitoral maior - hiperextensão do cotovelo, 56
- - lombar, 89
(ombro), 49 - Hoover (coluna vc1tebral lombar),
- - torácica, 82
- Ludington (ombro), 17 - corda do arco (teste de Cram), 88
coluna vertebral lombar, 91 - Hughston para plica sinovial
- Murphy (punho t: rnão), 77
- cotovelo de golfista, 55 Uoelho), 154
• sulco (ombro), 33
- Craig (quadril), 124 - impacto de Hawkins-Kennedy
- tecla do piano (ombro), 30
- cruzado do impacto, 23 (ombro), 26
- Tine]
- deglutição, 1O - impacto de Neer (ombro), 25
- - coluna vertebral cervical, 11
- deslizamento escapular lateral - impacto posterior (ombro), 24
- • ombro. 60
(TDEL), 19 - inclinação para a frente (coluna
- • ptmho e mão, 70
- deslocamento de Steinman vertebral lombar), 87
- • tornozelo e pé, 200
(joelho), 183 - inclinação talar (tornozelo e pé)
T - dial (rotação lateral da tíbia), 174 - - eversão, 191
- elevação da perna estendida - - inversão, 189
Tcmporomandibular, 1 - - 90/90, 90 - Jerk (joelho), 167
- sinal de Chvostek, 2 - • 90/90, 90, 126 - Klcigcr (tornozelo e pé), 199
- teste • • bem estendida, 96 - lata vazia (supra-espinoso), 14
- - carga, 3 - - bilateral. 95 - manivela medialílateral (joe lho),
- - palpação, 4 - - unilateral (sinal de Lasegue), 93 147
Teste - Ely (quadril), 136 - McMurray (joelho), 180
- Allen (ombro), 46 - enrugamento, punho e mão, 73 - mergulho (coluna vertebral
- Allen para os dedos da mão, 74 - esfregão/teste do quadrante lombar), 97
- alongamento do plexo braquial (quadril), 122 - mola (coluna vertebral lombar),
(ombro), 44 - estalo (ombro), 42 101
- ângulo Q Uoelho), 145 - estresse - neuroma interdigital (tornozelo e
- anterior de Laehman (joelho), 160 - - articulação estcrnoclavicular pé), 195
• aparente discrepância de (EC),27 - Noble Uoelho), 153
comprimento da perna, 135 - - articulação sacroilíaca, 11O - O'Brien (compressão ativa),
- Apley (da coceira), 21 - - em valgo ombro, 43
- apreensão (anterior), ombro, 31 - - - ombro, 59 - Ober(quadril), 129
- apreensão (posterior), ombro, 32 - - - punho e mão. 79 - palpação ou pcrcursão (punho e
- apreensão patclar, 141 - - em varo ombro), 64
- artéria vertebral, 6 - - - cotovelo, 58 - palpação, tcmporornandibular, 4
- balanceio (tornozelo e pé), 198 - - - punho e mão, 80 - passivo do cotovelo de tenista, S4
- Bunnel para os dedos da mão, 76 - - valgo (joelho), 176 - patelar da manivela (sinal de
- carga e desvio (ombro), 39 - - varo Uoelho), 178 Clark.e), 151
- carga, temporomandibular, 3 - Feagin {ombro), 38 · Patrick ou FABER
- cegonha ( coluna vertebral lombar), - Finkelstein, mão e punho, 67 - - coluna vertebral sacral, 117
104 - fixação da articulação sacroi líaca - - quadril, 127
- compressão (SI), 106 - percussão ( tronozelo e pé). 193
- - ântero-posterior e lateral da - flexão - Phalen (punho e mão), 68
cosida, 83 - - cotovelo, 57 - - ft!Vt!r~o. 69
- - articulação acromioclavícular - • dedo da mão, 66 - pinça (ombro), 62
(AC) (cisalbamento), 29 - Gaenslen (coluna vertebral sacral), - piriforn1e ( quadril), 131
- - nervosa (Spurl ing), 7 116 - pivô shi fi Uoelho ), 165
- - punho e mão, 65 - gaveta - - reverso (teste de Jakob), 158
- - tornozelo e pé, 196, 197 - - anterior Uoelho), l 62 - posterior de Lach man (joelho),
- compressivo de Apley (joelho), - - anterior (ombro), 34 172
182 - - anterior (tornozelo e pé), 187 - queda do braço, 18
- comprimento do ligamcntoitendão - - posterior (joelho), 169 - queda posterior (gravitacional da
patelar, 140 - - posterior (ombro), 35 gaveta), joelho, 157
212 lndice Alfabético

- real discrepância de comprimento - surpresa (liberação ativa ), ombro, - sinal


da perna, 134 37 - - Hom,m, 186
- rechaço (joelho), 149 - Thomas - - Tinel, 200
- rechaço/teste de compressão da - - coluna vertebral lombar, 99 - teste
patelá, 142 - - quadril, 132 - - balanceio, 198
- recolocaçã.o de Jobe (ombro), 36 - Thompson (tornozelo e pé), 192 - - compressão, 196
- rerurvalum em rotação Iai era I - tração - - - u~~u longo, 197
(joelho), 173 - - coluna vertebral cervical, 8 - - gaveta anterior, 187
- Rcnne (jcclho), 152
- - nervo femoral (quadril), 137 - - inclinação talar
- resistido do cotovelo de tenista
- tração da articulação - - - eversão, 191
(teste de Cozcn), 52
acromioclavicular (AC), 28 - - - inversão, 189
- resistido do cotovelo de tenista, 53
- Trendelenburg - - Kleiger, 199
- respiratório de inspiração/
expiração, 84 - - coluna vertebral lombar, 103 - - neuroma interdigital, 195
- Roos (ombro), 4 7 - - quadri 1, 128 - - percussão, 193
- sentado pela raiz nervosa ( coluna - varredura (teste do esfregão, - - Thompson, 192
vertebral lombar), 92 escova ou golpeamento),
joelho, 143 \\!
- Slocum com rotação
- - lateral da tibia, 164 - Watson (punho e mão), 78 Watson, teste (punho e mão), 78
- - medial da tíbia, 163 - Yeoman (colw1a vertebral sacra!),
- Speed (ombro), 16 115 \'
- Squish (coluna vertebral sacra!), 114 - Yergason (ombro), 15 Yeoman, teste (coluna vertebral
- supino para sentado ( coluna Tornozelo e pé, 185-200 sacra!), 115
vertebral sacra!), 118 - linha de Feiss, 194 Yergason, teste (ombro), 15

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