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MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR

UNIVERSIDADE LUEJI A’NKONDE

FACULDADE DE DIREITO

TRABALHO CONSULTIVO DE DIREITO INTERNACIONAL


PÚBLICO

TEMA:

OS DIREITOS CULTURAIS

II ANO

CURSO: DIREITO

TURMA: DTO 18-LABORAL

O DOCENTE

Dr. ANDRÉ JÁ MUAZAMBI

________________________

DUNDO, 2024
MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR

UNIVERSIDADE LUEJI A’NKONDE

FACULDADE DE DIREITO

TRABALHO CONSULTIVO DE DIREITO INTERNACIONAL


PÚBLICO

TEMA:

OS DIREITOS CULTURAIS

RELAÇÃO NOMINAL DOS ENTEGRATES DO GRUPO Nº4

1. Andreza Madalena Castro Sacuenda


2. Clemente João Francisco Júnior
3. Dalmácio Hananiel Ihemba Rodrigues
4. Faustino Catalai

O DOCENTE

Dr. ANDRÉ JÁ MUAZAMBI

________________________

DUNDO,2024
Sumário
DEDICATÓRIA ......................................................................................... i

AGRADECIMENTO .................................................................................. ii

EPÍGRAFE............................................................................................... iii

RESUMO ................................................................................................. iv

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1

ENQUANDRAMENTO TEMÁTICO.......................................................... 2

DIREITOS CULTURAIS NO PLANO INTERNACIONAL ...................... 2

DIREITO AUTORAL ......................................................................... 3

DIRIETO À LIVRE PARTICIPAÇÃO NA VIDA CULTURAL .............. 4

DIREITO À DIFUSÃO DOS BENS CULTURAIS .............................. 5

DIREITO À PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL ................. 6

DIREITO À COOPERAÇÃO CULTURAL ......................................... 8

DIREITO À EDUCAÇÃO CULTURAL............................................... 8

CONCLUSÃO ........................................................................................ 10

RECOMENDAÇÕES ............................................................................... v

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................ vi
DEDICATÓRIA
Dedicamos o presente trabalho a todos operadores de Direito angolano,
os estudantes de Direito, aos professores, particularmente a todos aqueles que
pesquisam sobre a temática dos Direitos Culturais.
Dedicamo-lo, muito especialmente, aos nossos familiares e amigos.

i
AGRADECIMENTO
Agradecemos, primeiramente, ao Criador ou o Universo pelo folego que
temos e por nos conduzir até aqui;

Em seguida, agradecemos aos nossos familiares, amigos e parceiros pelo


apoio emocional e financeiro que nos dão e por serem os alicerces do nosso
mundo;

Por fim, aos professores da nossa faculdade por contribuírem para o

nosso desenvolvimento intelectual.

A todos, o nosso muito obrigado!

ii
EPÍGRAFE

“Sem a cultura, e a liberdade


relativa que ela pressupõe, a
sociedade, por mais perfeita que seja,
não passa de uma selva. É por isso que
toda a criação autêntica é um dom para
o futuro.”

Albert Camus, escritor, filósofo e


jornalista franco-argelino.

iii
RESUMO
O presente trabalho versa sobre os Direitos Culturais, nele procuramos
fazer uma abordagem sobre os Direitos Culturais em um plano internacional,
sem descurar, em certos casos, o plano nacional (o ordenamento jurídico
interno), fazendo, também, uma breve apresentação da trajectória, de alguns,
dos Direitos Culturais e a sua inserção nos Tratados Internacionais, sendo estes
garantidos à pessoa humana enquanto indivíduo e enquanto grupo social.

Assim, o objetivo do trabalho, além da apresentação de informações


relevantes sobre a temática proposta, busca também ampliar os horizontes na
direcção de possibilidades e caminhos à seguir para se melhor conhecer os
Direitos Culturais.

Palavras-Chave: Direito Cultural, Plano Internacional, Plano Nacional.

iv
INTRODUÇÃO
Os Direitos Culturais são parte integrante dos Direitos Humanos,
pertencendo ao bojo dos Direitos da Segunda Geração ou Dimensão, que
colocam a sua efectividade num plano secundário ou terciário, em especial
quando para a sua efectividade é necessário um agir do Estado.

Todavia, Não há uma definição única dos Direitos Culturais, mas de


acordo com a tradução de (Goldberger, 2014), é possível propor, a partir do texto
da Declaração de Friburgo, a seguinte definição:

“Direitos culturais designam direitos e liberdades que tem uma pessoa


isolada ou em grupo, de escolher e de expressar sua identidade e de ter acesso
às referências culturais, bem como aos recursos que sejam necessários ao seu
processo de identificação, de comunicação e de criação”. Ou seja, os Direitos
Culturais devem proteger os direitos de cada pessoa individual ou em grupos
sociais, bem como o acesso à cultura e aos recursos necessários, a fim de
propiciar a identificação, o desenvolvimento de visões do mundo e a busca de
modos específicos de vida, principalmente, por meio da participação de todos os
indivíduos e grupos na vida cultural.

1
ENQUANDRAMENTO TEMÁTICO
Os Direitos Culturais surgiram após a II Guerra Mundial como forma de
proteger a população dos excessos do Estado, como parte do reconhecimento
da importância da cultura na vida das pessoas e como uma resposta à
necessidade de proteger e promover a diversidade cultural, a liberdade de
expressão cultural e o acesso à cultura, bem como para garantir a validade dos
Direitos Individuais e Colectivos, segundo os artigos nº 22º e 27º da Declaração
Universal dos Direitos Humanos (DUDH).

Artigo 22º:

Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social


e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo
com a organização e recursos de cada Estado, dos Direitos Econômicos, Sociais
e Culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua
personalidade.

Artigo 27º:

1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da


comunidade, de usufruir das artes e participar do progresso científico e
dos benefícios que dele resultem.
2. Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a
qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria.

DIREITOS CULTURAIS NO PLANO INTERNACIONAL


Os Direitos Culturais são parte integrante dos Direitos Humanos, sendo
que as suas fontes estão indicadas no artigo 27º da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, nos artigos 13º e 15º do Pacto Internacional dos Direitos
Econômicos, Sociais e Culturais e na Declaração de Friburgo sobre Direitos
Culturais.

Tendo em vista as fontes acima referidas, temos os seguintes Direitos


Culturais:

1. DIREITO AUTORAL;
2. DIREITO À LIVRE PARTICIPAÇÃO NA VIDA CULTURAL;

2
3. DIREITO À DIFUSÃO DOS BENS CULTURAIS;
4. DIREITO À PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL;
5. DIREITO À COOPERAÇÃO CULTURAL INTERNACIONAL;
6. DIREITO À EDUCAÇÃO CULTURAL.

DIREITO AUTORAL
O primeiro Direito Cultural instituído foi o Direito Autoral, sendo definido
como normas estabelecidas pela legislação para proteger as relações entre o
criador e a utilização de suas criações. Assim, o criador da obra intelectual pode
receber os benefícios morais e patrimoniais resultantes da exploração de sua
criação.

Os Direitos Autorais estende-se aos Direitos Conexos, que são também


assegurados aos auxiliares da criação, isto é, os intérpretes, músicos
acompanhantes, produtores fonográficos, empresas de radiodifusão etc.

Estes Direitos são divididos em Direitos Morais e Patrimoniais. Os Direitos


Autorais Morais garantem a autoria da criação ao autor da obra, no caso de obras
protegidas por Direito de autor. Já os Direitos Autorais Patrimoniais referem-se
à utilização econômica da obra intelectual.

Historicamente, esse Direito nasceu dos processos Revolucionários


Inglês de 1688, Estadunidense de 1776 e Francês de 1789. Tais revoluções
resultaram actos legais reconhecendo a criação intelectual e artística como a
mais legítima e a mais pessoal das propriedades.

A Convenção de Berna para Proteção das Obras Literárias e Artísticas de


1886, foi o primeiro documento a consagrar os Direitos Autorais.

Após a II Guerra Mundial, o Direito Autoral foi reforçado na Declaração


Universal dos Direitos do Homem (DUDH), art. nº 27º e, posteriormente, na
Conferência Intergovernamental sobre os Direitos de Autor de 1952 convocada
pela UNESCO, da qual resultou a Convenção Universal sobre Direito de Autor.

Em 1967, foi criada a Organização Mundial da Propriedade Intelectual


transformada em órgão especializado das Nações Unidas em 1974.

3
Embora o Direito Autoral seja entre todos os Direitos Culturais o mais
garantido do ponto de vista jurídico, nos planos internacional e dos Estados
nacionais, hoje está sendo alvo de um cerrado bombardeio.

Cada vez mais, o impacto da tecnologia digital afasta "o criador da


criação, pulverizando os mecanismos de defesa da obra no âmbito das redes de
comunicação eletrônica".

A protecção dos Direito Autorais, em Angola é, assim, uma emanação


Constitucional (artigos nº 42º e 43º), essa acção é concretizada pela Lei n.º
15/14, de 31 de Julho, de protecção dos Direitos de Autor e Conexos, e os
regulamentos que a complementam. Sendo estes (Direitos Culturais e Conexos)
protegidos durante a vida do autor, e 70 anos após a sua morte.

DIRIETO À LIVRE PARTICIPAÇÃO NA VIDA CULTURAL


O segundo Direito Cultural estabelecido foi o Direito à Livre Participação
na Vida Cultural, diz a DUDH (art. nº 27º), “toda pessoa tem o direito de participar
livremente da vida cultural da comunidade” ... Esse princípio foi detalhado pelo
art. nº 15º do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais,
pelo qual os Estados membros da ONU comprometeram-se a "respeitar a
liberdade indispensável à pesquisa científica e à actividade criadora”.

O Direito à Participação na Vida Cultural situa-se historicamente no


contexto da emergência dos Estados social-democráticos.

Nos termos em que foi formulado, fica evidente a preocupação com a


universalização do acesso aos bens culturais, até então restrito às classes
privilegiadas.

Todavia, esse Direito envolve mais do que o simples acesso à cultura, na


Recomendação sobre a Participação dos Povos na Vida Cultural (1976), a
UNESCO definiu de forma mais precisa duas dimensões dessa participação: a
dimensão activa, que pode ser traduzida como o direito à livre criação; e a
dimensão passiva, aqui compreendida como direito à fruição.

O efectivo exercício do Direito à Participação na Vida Cultural pressupõe


a generalização da educação artística e científica, bem como o apoio aos
indivíduos, grupos e instituições dedicados ao fazer artístico e intelectual, a esse

4
respeito, a Recomendação sobre o Status do Artista de 1980 convoca
expressamente os governos dos Estados Membros a "ajudar a criar e sustentar
não apenas um clima de encorajamento à liberdade de expressão artística, mas
também as condições materiais que facilitem o aparecimento de talentos
criativos."

De forma análoga, a CRA garante aos seus cidadãos a liberdade de


participar da vida cultural do país (art. nº 52º, nº 1).

DIREITO À DIFUSÃO DOS BENS CULTURAIS


Direito à difusão dos bens culturais, é o Direito das comunidades e grupos
étnicos de preservarem, transmitirem e promoverem suas práticas culturais,
conhecimentos tradicionais, línguas, rituais e manifestações artísticas que são
parte integral de sua identidade cultural.

O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, ao tratar da livre


expressão do pensamento, assegurou a todas as pessoas "a liberdade de
procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer natureza, verbal ou
por escrito, em forma impressa ou artística, ou qualquer outro meio de sua
escolha", exceptuando-se os casos que envolvem a reputação das demais
pessoas, razões de segurança nacional e, obviamente, manifestações contrárias
aos princípios básicos dos Direitos Humanos, como a propaganda em favor da
guerra e a apologia ao ódio nacional, racial ou religioso, art. nº 19º e 20º do Pacto
dos Direitos Civis e Políticos.

Vale ressaltar que o Direito à Difusão, tal como formulado, está


intimamente relacionado ao Direito à Informação que, hoje, pressupõe a
democratização dos meios de comunicação.

O Direito à Difusão, no ordenamento interno, encontra, de forma análoga,


fundamento na Constituição com a primazia que se dá a liberdade de
informação.

Este (Direito à Difusão dos Bens Culturais), solidificou-se com o Decreto


Presidencial n.º15/11 de 11de Janeiro e com a linha h) das Atribuições do
Ministério da Cultura e Turismo.

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DIREITO À PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL
O Direito à Proteção do Patrimônio Cultural é o direito que as pessoas tem
de preservar, valorizar e proteger as manifestações culturais que possuem
significado histórico, artístico, social ou cultural para uma comunidade, como
monumentos, sítios arqueológicos, tradições orais, práticas culturais e
conhecimentos tradicionais, este Direito situa-se historicamente no movimento
revolucionário Inglês e Francês, foi a partir dessas revoluções que nasceram as
primeiras leis de proteção ao patrimônio histórico e artístico, os primeiros museus
públicos, as bibliotecas, teatros e arquivos nacionais, além dos conservatórios
de artes e ofícios.

Sendo assim, esse Direito está ligado aos Estados nacionais na medida
em que iam se sucedendo guerras cada vez mais destruidoras, alguns encontros
internacionais aprovaram documentos, como a Convenção de Haia de 1899 e o
Pacto de Washington de 1935, que estabeleceram princípios relactivos à
proteção do patrimônio cultural em caso de conflito armado.

Após a II Guerra Mundial, Direito à Proteção do Patrimônio Cultural foi


elevado à esfera internacional. .

Em 1954, a UNESCO proclamou a Convenção sobre a Proteção dos Bens


Culturais em caso de Conflito Armado, documento pelo qual os Estados
membros da ONU comprometeram-se a respeitar os bens culturais situados nos
territórios dos países adversários, assim como proteger seu próprio patrimônio
em caso de guerra, essa convenção foi emendada em 1999, a fim de dar conta
das novas formas de destruição engendradas pela Guerra do Golfo.
Considerando que a deterioração e o desaparecimento de um bem natural ou
cultural constituem "um empobrecimento nefasto do patrimônio de todos os
povos do mundo", a UNESCO aprovou, em 1972, a Convenção sobre a Proteção
do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, nessa mesma reunião, foi criado o
Comitê do Patrimônio Mundial e o Fundo do Patrimônio Mundial destinado a
apoiar a proteção e a conservação dos bens constantes da Lista do Patrimônio
Mundial.

Nos termos dessa convenção, os Estados Membros reconhecem ser


deles a responsabilidade primordial de "identificar, proteger, conservar, reabilitar

6
e transmitir às gerações futuras o patrimônio cultural e natural situado em seu
território".

A Convenção do Patrimônio define como patrimônio cultural de um povo


as obras de seus artistas, arquitetos, músicos, escritores e sábios, as criações
anônimas surgidas da alma popular e o conjunto de valores que dão sentido à
vida, incluem, também, a língua, os ritos, as crenças, os lugares e monumentos
históricos, paisagísticos, arqueológicos e etnológicos, além das instituições
dedicadas à proteção desse patrimônio, como os arquivos, bibliotecas e museus.

Esses mesmos documentos reafirmam o direito dos povos de proteger o


seu patrimônio cultural, vinculando-o à defesa da soberania e da independência
nacional.

A Declaração do México recomendou, que fossem restituídas aos países


de origem as obras que lhes foram subtraídas via colonialismo, conflitos armados
e ocupações estrangeiras.

Esse princípio já havia sido incorporado pela UNESCO, desde 1978


quando foi instituído o Comitê Intergovernamental para Fomentar o Retorno dos
Bens Culturais aos países de origem ou sua restituição em caso de apropriação
ilícita.

Uma situação específica, e não menos importante, é a dos países onde


existem minorias étnicas, religiosas ou linguísticas.

Nesse caso, o art. nº 27º do Pacto dos Direitos Civis e Políticos assegura
aos membros desses grupos o direito de ter "sua própria vida cultural, de
professar e praticar sua própria religião e usar sua própria língua".

A Constituição da República de Angola prevê entre as tarefas


fundamentais do Estado a promoção do desenvolvimento harmonioso e
sustentado em todo o território nacional protegendo o (…) património histórico,
cultural e artístico nacional (artigo nº 21º).

A Lei do Património Cultural aprovada pela Lei n.º 14/05 de 7 de Outubro


só veio reforçar o que a CRA orienta, essa Lei consagra as bases da política e
do regime de protecção e valorização do património cultural considerando-o

7
como de interesse relevante para a compreensão, permanência e construção da
identidade cultural angolana.

DIREITO À COOPERAÇÃO CULTURAL


Se, por um lado, é reconhecido o direito de cada povo defender seu
próprio patrimônio, do outro, esses mesmos povos têm o dever de promover o
intercâmbio entre si. Ou seja, nenhum país, região, grupo étnico, religioso ou
linguístico poderá invocar suas tradições para justificar qualquer tipo de
agressão, pois acima dos valores de cada um está o patrimônio comum da
humanidade, cujo enriquecimento se dá na mesma proporção em que o
intercâmbio cultural for incrementado.

O Direito de Cooperação Cultural é um direito e um dever de todos os


povos e de todas as nações, que devem partilhar entre si os seus conhecimentos
e competências.

A cooperação internacional, cuja acção benéfica promove o


enriquecimento de todas as culturas, deverá respeitar o carácter diferenciado de
cada uma delas.

No artigo 3° da Declaração dos Princípios da Cooperação Cultural


Internacional diz que “a cooperação cultural internacional abrangerá todos os
aspetos das actividades intelectuais e criativas relativas à educação, ciência e
cultura”.

DIREITO À EDUCAÇÃO CULTURAL


Ao discorrermos sobre os Direitos Culturais não podemos deixar de expor
sobre o Direito à Educação Cultural, pois este é, para muitos, o Direito Cultural
mais importante devido a importância que o processo de Educação tem na
formação e no desenvolvimento das pessoas.

O Direito à Educação Cultural representa para um povo o direito de


acesso à cultura patrimonial e aos resultados da actividade social e a
possibilidade que os cidadãos têm de adquirir recursos cognitivos, afectivos e
morais para poderem valorizar, usufruir, interpretar e transformar a realidade e a
si próprio.

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Este direito está consagrado em diversos documentos, tais como:
Declaração Universal dos Direitos Humanos; a Declaração dos Direitos da
Criança; a Convenção Relativa à Luta Contra a Discriminação no Campo do
Ensino, o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais; o
Convenção sobre os Direitos da Criança etc.

No nosso ordenamento interno a CRA, “orienta ao Estado promover o


acesso de todos ao ensino”, art. nº 79º, isso nos dá a percepção de que a
educação é uma prioridade do Governo por ser sua responsabilidade permitir o
acesso ao ensino e à cultura.

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CONCLUSÃO
A relevância dos Direitos Culturais teve reconhecimento por meio de uma série
de documentos internacionais, provocando um alinhamento dos Estados e a inserção
desses direitos em suas respectivas legislações internas.

Embora essa estrutura não forneça uma hierarquia de direitos, é


necessário sublinhar:

a) Que os Direitos Culturais são direitos que afetam a integração social


das pessoas;
b) Que os Direitos Culturais pressupõem seguridade social, dignidade e
desenvolvimento livre da personalidade;
c) Que somente são fundamentais os Direitos Culturais indispensáveis
para a dignidade e o desenvolvimento da personalidade;
d) Que sua garantia é competência das nações e da cooperação
internacional.

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RECOMENDAÇÕES
Tendo em vista o que aqui foi exposto, fazemos as seguintes
recomendações:

1. O Estado deve promover mais atividades culturais, como


exposições artísticas, com vista à dar maior visibilidade a nossa
cultura;
2. As instituições como o Ministério da Cultura deve adoptar políticas
para promover e cuidar dos museus do país;
3. No âmbito das redes de comunicação eletrônica, o Estado deve
criar mais e melhores mecanismos de defesa para obras artísticas;
4. O Estado deve ajudar a criar e sustentar não apenas um clima de
encorajamento à liberdade de expressão artística, mas também as
condições materiais que facilitem o aparecimento de talentos.

v
BIBLIOGRAFIA
(s.d.). Fonte: https://publica.ciar.ufg.br

(s.d.). Fonte: https://mosaiko.op.org/direitos-de-autor-e-da-propriedade-


intelectual/

Bobbio, N. (2004). A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier.

Constituição da República de Angola. (2022). Lexdata - Sistemas e Edições


Jurídicas, Ld.

Declaração de Friburgo Sobre Direitos Culturais. (20 de 12 de 2023). Fonte:


http://www.unifr.ch/iiedh/assets/files/Declarations/port-declaration2.pdf

Declaração Universal dos Direitos Humanos. (20 de 12 de 2023). Fonte:


http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm

Filho, F. H., Botelho, I., & Severino , J. R. (2018). Direitos Culturais (1ª ed., Vol.
1º). Salvador: Editora da Universsidade Federal de Bahia.

Goldberger, A. (2014). Afirmar os Direitos Culturais: Comentário à Declração de


Friburgo. São Paulo: Iluminuras Ltda.

Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. (20 de 12 de 2023). Fonte:


http://www.cne.pt/sites/default/files/dl/2_pacto_direitos_civis_politicos.pdf
.

Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais. (20 de 12 de


2023). Fonte:
http://www.oas.org/dil/port/1966%20Pacto%20Internacional%20sobre%2
0os%20Direitos%20Econ%C3%B3micos,%20Sociais%20e%20Culturais
.pdf

Pedro, J. P. (2011). Direitos Culturais, o filho pródigo dos Direitos Humanos.


Observatório Itaú Cultural, 11.

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