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Data de revisão: 30/10/2023

MÓDULO 2 – PRINCÍPIOS
BÁSICOS DE ECONOMIA E
FINANÇAS
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você muito sucesso em sua jornada de estudo e nos colocamos a disposição para qualquer
dúvida ou suporte.
TIAGO FEITOSA
Tiago, atua no mercado financeira desde
2005 e, desde 2016, dedica-se exclusivamente
a formar profissionais para o mercado.
Formado em matemática com pós
graduação em negócios bancários pela FAAP,
Tiago é aprovado nos exames de certificação
CPA10, CPA20, CEA, CFG, ANCORD, CFP® e
CNPI. Ao longo dos últimos anos, através da
T2 Educação, já preparou mais de 70 mil
alunos para os exames de certificação.
2 – PRINCIPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA E
FINANÇAS
Peso na prova: de 5 a 15%
Quantidade de questões: de 3 a 10 questões
2.1.1 - Produto Interno Bruto - PIB
Definição

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um


país, estado ou cidade, em determinado período.

Recomendação: Navegue no site do IBGE, clicando aqui


Metodologia pela ótica do consumo

PIB = C + I + G + NX

- C = Consumo das Famílias


- I = Investimento das Empresas
- G = Gastos do Governo
- NX = Saldo da Balança Comercial
Metodologia pela ótica produção

PIB = S + I + A

- S = Serviços
- I = Indústria
- A = Agropecuária
Tipos de PIB

- PIB Nominal: mede o crescimento da riqueza em valores nominais;


- PIB Real: mede o crescimento da riqueza descontado a inflação do
período;
- PIB per capita: mede o crescimento da riqueza dividido pela
quantidade de habitantes da região auferida;
2.1.2 - IPCA
Definição

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido mensalmente


pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi criado com
o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público
final. O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país.
Fonte de pesquisa

Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com


rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte,
residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, as
quais são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador,
Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre,
além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande,
Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Apuração e divulgação

O IBGE, apura, geralmente, entre os dias 01 e 30 do mês de referência e


divulga até o dia 10 do mês subsequente.

Clique aqui para ir para o site do IBGE


Meta de inflação e cumprimento da meta

- CMN: Estabelece a meta da inflação


- BACEN: Cumpre a meta da inflação
- IBGE: apura e meta de inflação
2.1.3 - IGP-M
Definição

IGPM é a sigla de “Índice Geral de Preços do Mercado” e atua como um


indicador de preços da economia. Ele é calculado todos os meses pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável também pela divulgação
dos resultados.
Composição do IGP-M

- 60% IPA - Índice de preços ao produtor Amplo


- 30% IPC - Índice de preços ao consumidor
- 10% INCC - Índice nacional do custo da construção
Período de apuração

O IGP-M abrange do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês de


referência e sua divulgação vai até o final do mês de referência.
Utilização do IGP-M

O IGP-M é um dos índices componentes de fórmulas paramétricas


utilizadas por empresas de telefonia e de energia elétrica, respondendo
parcialmente pelos reajustes tarifários desses segmentos. O Índice Geral
de Preços – Mercado também é utilizado como indexador de contratos
de empresas prestadoras de serviço de diversas categorias, como
educação e planos de saúde. Além disso, o IGP-M se popularizou por ser
amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, para o
reajuste de contratos de aluguel.
2.1.4 - Taxa Referencial - TR
Taxa Básica Financeira - TBF

A Taxa Básica Financeira (TBF) é um indexador utilizado no sistema


financeiro do país – ou seja, uma taxa utilizada para reajustar o valor de
algumas aplicações financeiras. A TBF é aplicada como base para o
cálculo da Taxa Referencial, influenciando o FGTS, os títulos públicos, a
poupança, entre outras aplicações.
Definição

A Taxa Referencial, também conhecida como TR, foi criada com o


objetivo de servir de referência para as demais taxas de juros no Brasil.

Atualmente, a taxa Selic desempenha o papel desta taxa de juros.


Mesmo assim, a TR ainda é utilizada como parte da indexação de ativos
como, por exemplo, FGTS, poupança e títulos de capitalização.
2.1.5 - Ptax
Definição

As taxas PTAX de compra e de venda correspondem, respectivamente,


às médias aritméticas das taxas de compra e de venda de moeda
internacional no mercado interbancário.
2.1.6 - Introdução a política Monetária
Políticas monetárias são instrumentos para controle de
liquidez de mercado para promover a estabilidade da
moeda.
2.1.7 - COPOM e Taxa Selic
Definição COPOM

O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central,


formado pelo seu Presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a
taxa básica de juros da economia – a Selic.
Definição da meta da Taxa Selic

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento


de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a
inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de
juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Relevância da meta

- Parâmetro para negociação em títulos públicos federais


- Representa o custo primário do dinheiro no Brasil
- Representa a taxa livre de risco da nossa economia.
2.1.8 - Selic Meta x Selic Over
Definição

A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de


empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam
títulos públicos federais como garantia.
Atuação do BACEN

O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva


esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de
Política Monetária do BC (Copom).
Site para consulta da Selic
2.1.9 - CDI x DI
Definição

Os Certificados de Depósitos Interbancários são títulos emitidos pelos


bancos como forma de captação ou aplicação de recursos excedentes.
Criado em meados da década de 1980, os CDIs são aplicações com
prazos de 1 dia útil, com objetivo de melhorar a liquidez de uma
determinada instituição financeira.
Metodologia de apuração

I. O número de operações elegíveis para o cálculo da Taxa DI for igual


ou superior a 100 (cem);
II. O somatório dos volumes das operações elegíveis para o cálculo da
Taxa DI for igual ou superior a R$ 30 (trinta) bilhões;

Fonte: Metodologia de Apuração da Taxa

Consulta CDI: clique aqui


2.1.10 - Open Market
Definição

Compra e venda de títulos públicos junto aos dealers para controle de


liquidez de mercado e regulação de taxa de juros.
2.1.11 - Depósito Compulsório
Definição

O Depósito compulsório é um recolhimento das instituições financeiras


junto ao Banco Central com o objetivo de controlar a liquidez de
mercado, bem como, trazer maior previsibilidade e segurança ao
sistema financeiro nacional.
Tipos de depósito compulsório

- Depósito à vista;
- Saldo de caderneta de poupança;
- Depósito a prazo;
2.1.12 - Redesconto
Definição

Redesconto é uma linha de empréstimo concedida pelo Banco Central


do Brasil a outro Banco caso este não consiga, através de captação junto
ao público ou mercado interbancário, manter sua posição junto ao BC
credora ou zerada.
Modalidades

1. Intradia;
2. De um dia útil;
3. De até quinze dias úteis,
4. De até noventa dias corridos.
2.1.13 - Política Cambial
Definição

É o conjunto de medidas que define o regime de taxas de câmbio que


pode ser, flutuante, fixo ou administrado. No Brasil, o regime cambial é
flutuante. Dessa forma, a política cambial define as relações financeiras
entre o país e o resto do mundo, a forma de atuação no mercado de
câmbio, as regras para movimentação internacional de capitais e de
moeda e a gestão das reservas internacionais.
Regimes cambiais possíveis

- Fixo;
- Bandas Cambiais;
- Flutuante sem intervenção do Banco Central;
- Flutuante com intervenção do Banco Central (sujo).
Reservas internacionais

Reserva internacional, ou reserva cambial, são os meios de pagamento


de que dispõem as autoridades monetárias de um país ou o montante
de moeda estrangeira de que dispõe o país. Originam-se de superávits
nos balanços de pagamentos e destinam-se a cobrir eventuais déficits
das contas internacionais.
Saldo das reservas
2.1.13.1 - Cupom Cambial
Definição

O cupom cambial pode ser definido como a remuneração, em dólares,


dos reais investidos no Brasil. Ele é dado através da variação da taxa de
juros local, ou seja, através do CDI, menos a variação do câmbio no
período.
Exemplo de cupom cambial

No dia 10/01/2021 um investidor estrangeiro trouxe ao Brasil U$


100.000,00 para investir em títulos públicos federais. Assuma que, no dia
do investimento, o dólar estava cotado a R$ 5,50. No dia do resgate, 1 ano
depois, o rendimento do seu título foi de 10% no período e preço do dólar
em relação ao Real era de R$ 5,00. Qual foi o cupom cambial dessa
operação?
Calculando Cupom Cambial com fórmula

O cupom cambial para 3 meses (90 dias corridos e 63 dias dias úteis),
sendo que a taxa de juros pré projetada é de 15% ao ano. A taxa forward
para o período é de 3,60 e a taxa spot para o mesmo período é de 3,50,
será de:
2.1.14 - Balança de Pagamentos
Definição

Balanço de pagamentos ou a balança de pagamentos é um


instrumento da contabilidade nacional referente à descrição das
relações comerciais de um país com o resto do mundo. Registra o total
de dinheiro que entra e sai de um país, na forma de importações e
exportações de produtos, serviços, capital financeiro, bem como
transferências comerciais.
Tipos de contas

- Balança comercial (BC): compra e venda de produtos de o outros


países;
- Balança de serviços (BS): compra e venda de serviços de outros
países;
- Balança de Rendas e transferências unilaterais (TU):
envio/recebimento de renda ou de valores sem contrapartida;
- Contas de capital (CC): envio/recebimento de valores para
investimento no mercado de capitais.
- BC + BS + TU = Conta Corrente
- Conta Corrente + CC = Balança de Pagamentos
2.1.15 - Política Fiscal
Definição

A política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo


arrecada receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a
estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de
recursos.
Estrutura orçamentária

- Origem das receitas: Impostos, concessão, dividendos e venda de


ativos
- Despesas correntes: Despesas com pessoal, encargos sociais,
manutenção de ativos, aquisição de bens de consumo, água, luz,
juros da dívida, etc.
- Despesas de capital: investimentos, amortização de dívida.
Resultado fiscal

- Resultado nominal: diferença entre receitas e despesas totais no


exercício.
- Resultado primário: receitas e despesas primárias no exercício,
excluída a parcela referente aos juros nominais incidentes sobre a
dívida líquida.
2.1.16 - Resumo das Políticas Governamentais
Políticas Expansionistas Políticas Restritivas

- Diminuir a Selic - Aumentar a Selic


- Diminuir o compulsório - Aumentar o compulsório
- Diminuir a taxa do - Aumentar a taxa do
redesconto redesconto
- Comprar no Open Market - Vender no Open Market
- Diminuir Impostos - Aumentar Impostos
- Aumentar Gastos Públicos - Diminuir Gastos Públicos
Políticas Expansionistas Políticas Restritivas

- Diminuir a Selic - Aumentar a Selic


- Diminuir o compulsório - Aumentar o compulsório
- Diminuir a taxa do - Aumentar a taxa do
redesconto redesconto
- Comprar no Open Market - Vender no Open Market
- Diminuir Impostos - Aumentar Impostos
- Aumentar Gastos Públicos - Diminuir Gastos Públicos
2.2.1 - Introdução a Finanças
Definição

Finanças é um ramo especializado da Economia, contendo aspectos da


Microeconomia e da Macroeconomia, também conhecida como a
ciência da gestão do dinheiro.
2.2.2 - Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros
Real: Indexador e Fórmula de Fischer
Fórmula de Fischer

O efeito Fischer define que a taxa de juros nominal é igual à taxa de


juros real mais a expectativa de inflação. Através de Fórmula de Fischer
que encontramos o retorno real dos investimentos.
Preço do carrinho de compras: R$ 500,00
Preço do carrinho de compras: R$ 600,00
Fórmula matemática

1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑙 =
1 + 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜
2.2.3 - Regimes de Capitalização
Definição de juro

Quantia que remunera um credor pelo uso de seu dinheiro por parte de
um devedor durante um período determinado, gerando uma
percentagem sobre o que foi emprestado.
Premissas da matemática financeira

- C = (capital inicial) valor a ser corrigido


- n = prazo a ser corrigido
- t = taxa de juro aplicada
- M = montante acumulado
Regimes de capitalização

- Simples: o juro incide apenas sobre o capital inicial


- Composta: o juro incide sobre o capital inicial, acrescido dos juro
acumulados até o período anterior;
- Contínua: o juro incide sobre períodos estritamente instantâneos,
como se a taxa fosse infinitamente capitalizada.
Capitalização simples

- J=Cxtxn
- M=C+J

Dado um capital de R$ 1.000,00 investido sob o regime de capitalização


simples, com prazo de 12 meses com uma taxa de 2% ao mês. Qual o
valor acumulado no período?
Capitalização composta

- M = C x (1+ t)n

Dado um capital de R$ 1.000,00 investido sob o regime de capitalização


composta, com prazo de 12 meses com uma taxa de 2% ao mês. Qual o
valor acumulado no período?
Capitalização Contínua

- M = C x ei x n

Dado um capital de R$ 1.000,00 investido sob o regime de capitalização


contínua, com prazo de 12 meses com uma taxa de 2% ao mês. Qual o
valor acumulado no período?
2.2.4 - Equivalência e proporcionalidade de
taxas
Definição

A equivalência de taxas (aplicada no regime de capitalização composta)


coloca a taxa e o tempo na mesma unidade de medida. Duas taxas de
juros são equivalentes se, independente do prazo que estão expressas,
produzem o mesmo juro ou montante.

Nota: no regime de capitalização simples, não usamos equivalência de


taxas, usamos a proporcionalidade de taxas.
Proporcionalidade de taxas

- taxa proporcional: n x i

- Para uma taxa de 3% ao mês, a taxa ao ano, será de:


- Para uma taxa de 24% ao ano, a taxa ao mês será de:
- Para uma taxa de 6% ao bimestre, a taxa ao semestre será de:
- Para uma taxa de 18% ao semestre, a taxa ao mês será de:
- Para uma taxa de 1% ao dia, a taxa ao mês (30 dias) será de:
- Para uma taxa de 10% ao mês (30 dias), a taxa ao dia será de:
Equivalência de taxas

- taxa equivalente: [(1 + i)n - 1] x 100

- Para uma taxa de 3% ao mês, a taxa ao ano, será de:


- Para uma taxa de 24% ao ano, a taxa ao mês será de:
- Para uma taxa de 6% ao bimestre, a taxa ao semestre será de:
- Para uma taxa de 18% ao semestre, a taxa ao mês será de:
- Para uma taxa de 1% ao dia, a taxa ao mês (30 dias) será de:
- Para uma taxa de 10% ao mês (30 dias), a taxa ao dia será de:
2.2.5 - Desconto simples x Desconto bancário
Tipos de desconto

As operações de desconto podem ser realizadas tanto sob o regime de


capitalização simples ou composta. O uso do desconto simples é
amplamente adotado em operações de curto prazo, restringindo-se o
desconto composto para operações de longo prazo. Tanto no regime
linear como no composto, ainda são identificados dois tipos de
descontos:

- Desconto por dentro, também chamado de racional


- Desconto por por fora, também chamado de bancário ou comercial
Desconto por dentro (racional)

Essa modalidade de desconto é aplicada sobre o valor presente de um


título. Em termos práticos, é o mesmo que produzir juros sobre o valor
inicial.
Valor Futuro

Valor
Presente
Dado um título com valor de R$ 10.000,00 sendo descontado à
uma taxa de 5% ao mês, regime de capitalização simples, no
prazo de 3 meses, determine o valor do desconto e do valor
líquido:
Dado um título com valor de R$ 10.000,00 sendo descontado à
uma taxa de 5% ao mês, regime de capitalização composta, no
prazo de 3 meses, determine o valor do desconto e do valor
líquido:
Desconto por fora (comercial ou bancário)

Essa modalidade de desconto é aplicada sobre o valor de face de um


título.

D = VF x i x n

VP = VF - (VF x i x n)
Valor Futuro

Valor
Presente
Dado um título com valor de R$ 10.000,00 sendo descontado à
uma taxa de 5% ao mês, regime de capitalização simples, no
prazo de 3 meses, determine o valor do desconto e do valor
líquido:
D = VF x i x n

VP = VF - (VF x i x n)
Dado um título com valor de R$ 10.000,00 sendo descontado à
uma taxa de 5% ao mês, regime de capitalização composta, no
prazo de 3 meses, determine o valor do desconto e do valor
líquido:
2.2.6 - Valor Presente, Valor Futuro, Taxa de
Desconto e Diagrama de Fluxo de Caixa
Definição

Um fluxo de caixa representa uma série de pagamento ou de


recebimentos que se estima ocorrer em um determinado intervalo de
tempo. É bastante comum, na prática, defrontar-se com operações
financeiras que se representam por um fluxo de caixa como por
exemplo: empréstimos e financiamentos.
Modelo padrão

Os fluxos de caixa podem ser representados de diferentes formas e


tipos, exigindo cada um deles um tratamento específico em termo de
formulações. Um fluxo de caixa, apesar de suas variações, apresentará
sempre quarto variáveis: período de ocorrência, periodicidade,
duração e valores.
Representação gráfica
Na HP-12c
2.2.7 - Métodos de Análise de Investimentos
Definição: Valor Presente Líquido

Valor presente líquido, também conhecido como valor atual líquido


(VAL) ou método do valor atual, é a fórmula matemático-financeira
capaz de determinar o valor presente de pagamentos futuros
descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do
investimento inicial.
Representação gráfica
Na HP-12c
Definição: TIR

A TIR, a Taxa Interna de Retorno de um empreendimento, é uma


medida relativa – expressa em percentual – que demonstra o quanto
rende um projeto de investimento, considerando a mesma
periodicidade dos fluxos de caixa do projeto.
Premissas da TIR

O cálculo da TIR tem como premissa que o fluxo de caixa é reinvestido à


própria TIR.

A TIR é a taxa que iguala o VPL a zero.


Na HP-12c
Definição: Taxa Mínima de Atratividade (TMA)

A TMA é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor


se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que uma
pessoa se propõe a pagar quando faz um financiamento.
2.2.8 - Sistemas de amortização
Definição básica

- Amortização: refere-se exclusivamente ao pagamento do principal


em um dado financiamento;
- Juros: refere-se ao custo da operação de crédito;
- Saldo Devedor: Representa o valor do principal da dívida em
determinado momento;
- Prestação: valor pago periodicamente representado por
amortização + juros.
Definição

- Sistema PRICE: também chamado de sistema francês, é um


sistema de prestação fixa. Nesse sistema, o juros diminui ao longo do
tempo.
- Sistema SAC: O sistema de amortização constante, como o próprio
nome sugere, mantém a amortização constante ao longo do tempo
e, por essa razão, o valor da parcela diminui ao longo do tempo.
- Sistema Americano: apenas os juros são pagos periodicamente.
Nesse sistema, não existe amortização durante a maturidade do
crédito, o principal é pago integralmente no vencimento.
Sistemas de amortização constante

Período Saldo Devedor Amortização Juros Prestação

0 10.000 - - -

1 8.000 2.000 500 2.500

2 6.000 2.000 400 2.400

3 4.000 2.000 300 2.300

4 2.000 2.000 200 2.200

5 - 2.000 100 2.100


Dado um empréstimo de R$ 10.000,00, com prazo de 5 meses e
taxa de 5% ao mês. Esse empréstimo é calculado de acordo
com o sistema SAC. Determine o valor da parcela 4
Sistemas de prestação constante
(PRICE)
Período Saldo Devedor Amortização Juros Prestação

0 30.000 - - -

1 22.987,69 7.012,31 1.350,00 8.362,31

2 15.659,83 7.327,86 1.034,45 8.362,31

3 8.002,21 7.657,62 704,69 8.362,31

4 - 8.002,21 360,10 8.362,31


Dado um empréstimo de R$ 30.000,00 para ser pago em 4
parcelas trimestrais, com taxa de 4,5% ao trimestre. Determine
o valor das parcelas
Sistemas de amortização americano

Período Saldo Devedor Amortização Juros Prestação

0 30.000 - - -

1 30.000 - 1.350,00 1.350,00

2 30.000 - 1.350,00 1.350,00

3 30.000 - 1.350,00 1.350,00

4 - 30.000 1.350,00 31.350,00


2.2.9 - Séries Uniformes de Pagamentos
Tipos de Série de pagamento

- Série antecipada;
- Série postecipada;
- Série com carência;
- Períodos fracionários;
Um empréstimo de R$ 1.000,00 com taxa de 3% ao mês, será pago em
12 parcelas mensais:
Calcule o valor da parcela com os seguintes prazos:
a) Primeira parcela com 30 dias;
b) Primeira parcela à vista;
c) Primeira parcela com 90 dias.
Um empréstimo de R$ 1.000,00 com taxa de 3% ao mês, será pago em
12 parcelas mensais:
Calcule o valor da parcela com os seguintes prazos:
a) Primeira parcela com 45 dias;
b) Primeira parcela 15 dias;
c) Primeira parcela com 70 dias.
2.2.10 - Perpetuidade
Definição

Perpetuidade pode ser entendida como um valor que se repete


indefinidamente em intervalos regulares. Pode ser um valor fixo
(perpetuidade sem crescimento) ou um valor com crescimento
constante (perpetuidade com crescimento).

𝐹𝐶1 𝐹𝐶2 𝐹𝐶3 𝐹𝐶4 𝐹𝐶∞


𝑃0 = + + + + ... +
(1 + 𝐾) (1 + 𝐾)2 (1 + 𝐾)3 (1 + 𝐾)4 (1 + 𝐾)∞

𝐹𝐶
𝑃0 =
𝐾
Saída
Entrada 1

30 dias
Entrada 2

60 dias

Entrada 3
90 dias

Entrada 4

Entrada 5
120 dias 150 dias

Entrada 6
180 dias

Entrada X
prazo
Exemplo prático

Um determinado investidor deseja um retorno de 12% ao ano ao investir


na ação da empresa T2 Educação. Assumindo que a T2 tem pago R$ 3,30
de dividendos por ano, o preço que esse investidor estaria disposto a
pagar pela ação seria de:

𝐹𝐶
𝑃0 =
𝐾
Perpetuidade com crescimento

Os dividendos de uma empresa tendem a crescer ao longo do tempo e,


por essa razão, a fórmula de perpetuidade pode apresentar limitações
para calcular o preço da ação. Para corrigir essa limitação, o matemático
Myron J Gordon, desenvolveu uma fórmula que considera um eventual
crescimento da empresa.
𝐹𝐶1 𝐹𝐶2 𝐹𝐶3 𝐹𝐶4 𝐹𝐶∞ 𝐹𝐶1
𝑃0 = + + + + ... + 𝑃0 =
(1 + 𝐾) (1 + 𝐾)2 (1 + 𝐾)3 (1 + 𝐾)4 (1 + 𝐾)∞ (𝐾 − 𝑔)
𝐹𝐶1 = 𝐹𝐶0 𝑥 (1 + 𝑔)
𝐹𝐶2 = 𝐹𝐶0 𝑥 (1 + 𝑔)2
𝐹𝐶3 = 𝐹𝐶0 𝑥 (1 + 𝑔)3
𝐹𝐶4 = 𝐹𝐶0 𝑥 (1 + 𝑔)4
Exemplo prático

Um determinado investidor deseja um retorno de 12% ao ano ao investir


na ação da empresa T2 Educação. Assumindo que a T2 tem pago R$ 3,30
de dividendos por ano, e que os dividendos da empresa crescem a uma
taxa de 4% ao ano, o preço que esse investidor estaria disposto a pagar
pela ação seria de:

𝐹𝐶1
𝑃0 =
(𝐾 − 𝑔)
2.2.11 - CMPC - Custo Médio Ponderado de Capital
Definição

O custo médio ponderado do capital (CMPC) (Weighted Average Cost of


Capital ou WACC em inglês) é uma taxa que mede a remuneração
requerida sobre o capital investido em uma determinada empresa ou
entidade com fins lucrativos. Essa taxa mede também o custo de
oportunidade dos investidores ou credores do negócio.
Exemplo com 100% capital próprio

Assuma que você tenha dinheiro investido no mercado financeiro e seu


cunhado lhe chamou para ser sócio investidor numa hamburgueria no
seu bairro. No mercado financeiro, o retorno que você tem com seu
investimento é de 8% ao ano. Para aportar o recurso na hamburgueria,
qual o retorno que você exigiria?
Assuma que, para colocar o empreendimento de pé será necessário R$
100.000,00.
Exemplo com 100% de capital de terceiros

Seu cunhado resolveu abrir uma hamburgueria no seu bairro e, como


não dispõe do capital, foi até o banco para solicitar um empréstimo para
financiar o empreendimento. O valor necessário para o projeto é de R$
100.000,00. O banco cobra uma taxa de juros de 12% ao ano. Nesse caso,
qual o custo do capital
Empresa com capital próprio e de terceiros

Seu cunhado lhe convida para ser sócio da hamburgueria e, para isso,
necessita de R$ 100.000,00 para financiar o projeto. Você dispõe apenas
de R$ 40.000,00 e resolve ser sócio da hamburgueria. O restante do
valor será tomado no banco com a taxa de 12% ao ano. Assumindo que a
empresa pagaria um IRPJ de 25%, qual seria o CMPC?

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