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AO JUÍZO FEDERAL DA _____ VARA DO TRABALHO DE ITABUNA-BA

CARLOS ROBERTO DE BRITO SOARES, brasileiro, casado, fretista, portador do CPF n°


648.908.486-49 e do RG n° 2176670663, endereço eletrônico: crbsoares97@gmail.com, residente e
domiciliado na Avenida Inácio Tosta Filho, 797, Centro, CEP: 45600-151, Itabuna/BA, (Doc. 01 - RG, CPF e
Doc. 02 - comprovante de residência), por seus advogados infra-assinados (Doc. 03 – Procuração), com
escritório profissional indicado no rodapé, vem, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts 2° e 3°
da Lei n°12.690/12 e art. 840, §1º da CLT, propor a presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PELO RITO ORDINÁRIO

em face de COOPERATIVA REGIONAL DOS PROPRIETÁRIOS DOS VEÍCULOS ALUGADOS -


COOREPROVEL, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº. 04.598.204/0001-27, com sede
na Rua São João, nº 2009, Térreo, Bairro São Caetano, Itabuna-BA, CEP: 45.602-170 e EMPRESA
MUNICIPAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO – EMASA S/A, empresa de economia mista, inscrita no CNPJ sob
o nº. 34.079.590/0001-01, com sede na Rua São Vicente de Paula, 227, Centro, Itabuna-BA, CEP: 45600-105,
telefone: 0800 073 1195, endereço eletrônico: contato@emasaitabuna.com.br pelos fatos e fundamentos a
seguir aduzidos.

PRELIMINARMENTE

1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

O Reclamante encontra-se desempregado, conforme demonstra sua CARTEIRA DE TRABALHO


(Doc. 04). Para a mantença habitual, realiza alguns “bicos” de fretista eventualmente, razão pela qual, por não
possuir qualquer outro meio de renda, encontra-se incapacitado de arcar com as custas decorrentes do
presente processo. Assim, faz-se necessário, de plano, a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça,
conforme a dicção do parágrafo 3º do artigo 790 da CLT, in verbis:

Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá
às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.

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§ 1º Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita,
ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá
solidariamente pelo pagamento das custas devidas.
§ 2º No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva
importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título.
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício
da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que
perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo
dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.

Ante o exposto, e não havendo a Reclamante condições de arcar com as custas do processo sem
prejuízo do próprio sustento, tendo em vista que se encontra desempregado e, logo, sem qualquer fonte de
renda própria, requer o benefício da gratuidade da justiça.

NO MÉRITO

2. DOS FATOS E DO DIREITO

2.1. DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM A COOPERATIVA E COM A EMASA

Inicialmente, o Reclamante foi contratado pela Primeira Reclamada (COOREPROVEL) em


03/03/2014, para exercer a função de motorista, prestando serviço para a Segunda Reclamada (EMASA). A
atribuição primordial do Autor era a de realizar o transporte de pessoas e de materiais para as obras da Emasa.

O Reclamante foi despedido em 03/01/2022, e ao final do contrato de trabalho sua remuneração


perfazia o valor de R$ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais).

É cediço que as cooperativas de trabalho são sociedades de trabalhadores autônomos, que por
afinidade profissional, juntam-se espontaneamente, mediante autogestão, com o intuito de oferecer seus
serviços laborais com vistas à obtenção de melhor qualificação, renda e condições gerais de trabalho. 1

Ademais, visando o trabalho conjunto, a capacitação como um todo, no instituto da cooperativa


não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviço
daquela, conforme dispõe o art. 442 da CLT.

1
MARTINEZ, Luciano. Curso de direito do trabalho. São Paulo: Saraiva, 2020.

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A cooperativa de serviço, é especificamente, constituída por cooperados para a prestação de
serviços especializados a terceiros, sem a presença das disposições de relação de emprego, é o que reza o
art. 4°, inciso II, da Lei n° 12.690/12.

Ocorre que, no caso em tela, o contrato de trabalho celebrado entre as partes, foi apenas
subterfúgio para MASCARAR/SIMULAR um verdadeiro VÍNCULO EMPREGATÍCIO. Afinal, diversos
requisitos formais estabelecidos pelas Leis nº 5.764/71 e 12.690/12, jamais foram observados, a exemplo da
gestão democrática, autonomia e independência, previstos no art. 3° da supracitada Lei n° 12.690/12.

Cumpre asseverar que a rotina laboral do Reclamante era das 07h às 11h30 e 13h30 às 17h30,
entretanto por diversas vezes trabalhou além desse horário, sem contudo, receber a remuneração
correspondente a essas horas extraordinárias trabalhadas.

Nesse contexto, é necessário ressaltar a presença de subordinação na relação trabalhista,


haja vista que o Reclamante recebia ordens do chefe do setor de transporte da EMASA, como também,
assinava ficha manual de controle de entrada e saída nos horários acima mencionados. Além do funcionário
da Segunda Reclamada certificar a quilometragem dos veículos cotidianamente. Caso não se sujeitasse ao
horário, recebia advertências verbais do referido chefe de setor.

Para além disso, no que diz respeito à cooperativa ter como finalidade primordial a prestação de
serviço efetiva, sem a intermediação de um empregador, visando ter um controle democrático, não era o que
acontecia na prática, visto que o Reclamante não possuía autonomia e independência, pelo contrário, era
fiscalizado e subordinado.

A ausência desses requisitos - autonomia, independência e autogestão - ferem os dispositivos 2°


e 3° da Lei n°12.690/12, em que resguardam essas exigências na cooperativa de trabalho. Veja-se (grifos
nossos):

Art. 2º Considera-se Cooperativa de Trabalho a sociedade constituída por trabalhadores para o


exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e
autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições
gerais de trabalho.
§ 1º A autonomia de que trata o caput deste artigo deve ser exercida de forma coletiva e
coordenada, mediante a fixação, em Assembleia Geral, das regras de funcionamento da cooperativa
e da forma de execução dos trabalhos, nos termos desta Lei.
§ 2º Considera-se autogestão o processo democrático no qual a Assembleia Geral define as
diretrizes para o funcionamento e as operações da cooperativa, e os sócios decidem sobre a
forma de execução dos trabalhos, nos termos da lei.

Art. 3º A Cooperativa de Trabalho rege-se pelos seguintes princípios e valores:

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I - adesão voluntária e livre;
II - gestão democrática;
III - participação econômica dos membros;
IV - autonomia e independência;
V - educação, formação e informação;
VI - intercooperação;
VII - interesse pela comunidade;
VIII - preservação dos direitos sociais, do valor social do trabalho e da livre iniciativa;
IX - não precarização do trabalho;
X - respeito às decisões de asssembleia, observado o disposto nesta Lei;
XI - participação na gestão em todos os níveis de decisão de acordo com o previsto em lei e no Estatuto
Social.

Para o doutrinador Luciano Martinez, a relação entre os cooperadores deve ser de coordenação,
não havendo margem para qualquer ato de subordinação interna, como também não são submetidos ao poder
diretivo do contratante.

Notadamente, a simulação do contrato de trabalho, por meio de uma cooperativa de trabalho


geram diversas lesões à dignidade do trabalhador, em decorrência do descumprimento de obrigações
que vão desde a constituição do vínculo de emprego, seu transcurso e após a extinção do contrato.
Dentre essas lesões, podemos apontar:

a) Ausência de registro do contrato na CTPS;


b) Ausência de concessão de aviso prévio;
c) Ausência de pagamento de horas extras e seus reflexos;
d) Ausência de recolhimento de FGTS;
e) Ausência de liberação das guias de seguro-desemprego;
f) Ausência de recolhimento de contribuições previdenciárias pela empresa.

Portanto, resta-se caracterizado a fraude na relação de emprego entre as partes, por meio de
cooperativa de trabalho, eis que a Primeira Ré se utilizou desta modalidade de sociedade com intuito de fraudar,
impedir e desvirtuar a aplicação dos direitos trabalhistas decorrentes do contrato de emprego. Enquanto a
Segunda Ré, na qualidade de tomadora de serviço, evidenciou-se claro a existência de vínculo empregatício,
vez que havia subordinação no ambiente de trabalho.

2.1.1. Da Irregularidade da Cooperativa de Trabalho Reclamada

a) DA PRESUNÇÃO DE FRAUDE A COOPERATIVA

O escopo da real cooperativa é permitir que o cooperado obtenha uma retribuição pessoal, em
virtude de sua atividade autônoma, superior àquela que obteria caso não estivesse associado, regendo-se pelos

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princípios insculpidos no art. 3º da Lei nº 12.690/2012, dentre os quais se destacam a adesão voluntária e livre,
participação econômica dos membros, a intercooperação e a não precarização do trabalho. As cooperativas
existem, portanto, para prestar serviços em prol de seus associados, de forma a consolidar um sistema de
trabalho ordenado e eficaz, que consiga melhorar as condições sociais e econômicas de seus integrantes.

É exatamente com o propósito mencionado que a parceria laboral entre o associado e a


cooperativa pressupõe a ausência de um vínculo empregatício, conforme estabelecido de forma clara na
legislação (parágrafo único do art. 442 da CLT), desde que não haja indícios de fraude, evidenciada pela
presença dos elementos característicos do emprego.

Por outro lado, a configuração da relação de emprego ocorre quando estão presentes os requisitos
delineados nos dispositivos principais dos artigos 2º e 3º da CLT, que são a prestação de serviços por uma
pessoa física, a subordinação, a pessoalidade, a não eventualidade e a onerosidade. Na ausência de qualquer
um desses elementos, o contrato de emprego não se concretiza.

Outrossim, o artigo 5º da Lei 12.690/2012 prevê que "a Cooperativa de Trabalho não pode ser
utilizada para intermediação de mão de obra subordinada".

Os arts. 17, § 2º e 7°, § 6º da mesma Lei, predispõem que há presunção de mão de obra
subordinada entre a empresa contratante e a cooperativa de trabalho, quando as atividades prestadas fora
do estabelecimento da cooperativa NÃO SÃO SUBMETIDAS A UMA COORDENAÇÃO COM MANDATO
NUNCA SUPERIOR A UM ANO OU PRAZO ESTIPULADO PARA A REALIZAÇÃO DESSAS ATIVIDADES,
eleita em reunião específica pelos sócios contratados e a retribuição pecuniária de cada sócio partícipe,
, vejamos:

Art. 17. Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego, no âmbito de sua competência, a fiscalização do
cumprimento do disposto nesta Lei.
§ 1º A Cooperativa de Trabalho que intermediar mão de obra subordinada e os contratantes de seus
serviços estarão sujeitos à multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por trabalhador prejudicado, dobrada
na reincidência, a ser revertida em favor do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT.
§ 2º Presumir-se-á intermediação de mão de obra subordinada a relação contratual estabelecida
entre a empresa contratante e as Cooperativas de Trabalho que não cumprirem o disposto no
§ 6º do art. 7º desta Lei.

Art. 7º A Cooperativa de Trabalho deve garantir aos sócios os seguintes direitos, além de outros que
a Assembleia Geral venha a instituir:
(...)
§ 6º As atividades identificadas com o objeto social da Cooperativa de Trabalho prevista no
inciso II do caput do art. 4º desta Lei, quando prestadas fora do estabelecimento da cooperativa,
deverão ser submetidas a uma coordenação com mandato nunca superior a 1 (um) ano ou ao
prazo estipulado para a realização dessas atividades, eleita em reunião específica pelos sócios

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que se disponham a realizá-las, em que serão expostos os requisitos para sua consecução, os
valores contratados e a retribuição pecuniária de cada sócio partícipe.

É o que ocorria no caso em questão, não havia essa coordenação, como também não existia
a eleição para o mandato com prazo de um ano na prestação de serviço realizada na EMASA.

Relevante observar, ainda, que inexistiam os requisitos da dupla qualidade e da retribuição


pessoal diferenciada, essenciais à validação do vínculo cooperativista, em conformidade com os arts. 3º e 4º
da Lei 5.764/71).

É evidente que a cooperativa agiu com clara fraude aos pressupostos exigidos para haver uma
relação de cooperativismo, deturpando a implementação dos direitos laborais e previdenciários resultantes do
contrato de trabalho, já expostos anteriormente.

b) DA INEXISTÊNCIA DE LIVROS E FUNDOS OBRIGATÓRIOS

Os livros sociais são requisitos legais específicos na organização das cooperativas, em virtude
disso, esses registros não só atendem às exigências legais, mas também asseguram a ordem interna, facilitam
a tomada de decisões transparentes e contribuem para uma prestação de contas eficiente, trazendo benefícios
não apenas para as cooperativas, mas também para seus membros e as autoridades reguladoras.

Para isso, o art. 22 da Lei 5.764/71 demonstra quais são os livros indispensáveis para a
constituição e regularidade das cooperativas:

Art. 22. A sociedade cooperativa deverá possuir os seguintes livros:


I - de Matrícula;
II - de Atas das Assembléias Gerais;
III - de Atas dos Órgãos de Administração;
IV - de Atas do Conselho Fiscal;
V - de presença dos Associados nas Assembléias Gerais;
VI - outros, fiscais e contábeis, obrigatórios.

Outra obrigação legal das cooperativas, é a constituição e manutenção do Fundo de Reserva e do


Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES). No entanto, a lei também autoriza que novos
fundos sejam criados, seja de forma permanente ou rotativa:

Art. 28. As cooperativas são obrigadas a constituir:


I - Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades,
constituído com 10% (dez por cento), pelo menos, das sobras líquidas do exercício;

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II - Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, destinado a prestação de assistência aos
associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa,
constituído de 5% (cinco por cento), pelo menos, das sobras líquidas apuradas no exercício.
§ 1° Além dos previstos neste artigo, a Assembléia Geral poderá criar outros fundos, inclusive
rotativos, com recursos destinados a fins específicos fixando o modo de formação, aplicação e
liquidação.
§ 2º Os serviços a serem atendidos pelo Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social poderão
ser executados mediante convênio com entidades públicas e privadas.

O Reclamante nunca teve acesso aos mencionados livros ou fundos, como também nunca foi
deliberado em Assembleia acerca da constituição e manutenção do Fundo de Reserva e do FATES. Até porque,
é um direito do cooperado examinar livros e documentos e convocar assembleia, caso seja necessário. Em
razão disso, é provável que a cooperativa Reclamada não detenha essas exigências, e assim, atua na
irregularidade, em razão disso requer as documentações relativas aos livros e aos fundos da cooperativa.

c) DA PRESENÇA DE SUBORDINAÇÃO E NÃO AUTONOMIA

No direito do trabalho vigora o princípio da primazia da realidade, dispões esse princípio que deve
ser prevalecido a realidade fática em detrimento de formalidades instrumentalizadas por meio de documentos,
mesmo em caso de disposição expressa em sentido contrário. 2

No caso em tela, havia a existência de subordinação, como também a falta de autonomia e


independência na relação do Reclamante com a cooperativa, bem como com a tomadora de serviço, a EMASA,
em decorrência disso, não há que se falar em cooperativismo.

Nesse sentido são as Súmulas n° 1 do TRT 1 e n° 55 do TRT 12 (grifos nossos):

Cooperativa. Fraude. Vínculo de emprego. Responsabilidade subsidiária da administração pública.


Quando arregimenta, de forma fraudulenta, associados para prestar serviços a terceiros, a cooperativa
distancia-se de seu escopo, transmutando a relação jurídica mantida com o pseudocooperado em
autêntico contrato de emprego, implicando a responsabilidade subsidiária da Administração Pública,
beneficiária direta pela prestação laboral do trabalhador, ainda que a contratação haja ocorrido com
base na Lei de Licitações.

“COOPERATIVA. INTERMEDIAÇÃO FRAUDULENTA DE MÃO DE OBRA. A existência de


subordinação jurídica em relação ao tomador dos serviços enseja o reconhecimento do vínculo
de emprego diretamente com este.”

Ressalta-se que o sócio cooperado é um trabalhador autônomo, e por isso, sua atividade
não deve ser dirigida ou controlada por outra pessoa, seja o diretor da cooperativa ou qualquer
funcionário da empresa tomadora de serviço.

2 CAIRO JR., José. Curso de direito processual do trabalho. 5. ed. Salvador: JusPodivm, 2020.

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Em razão disso, vislumbra-se o claro vínculo de emprego, haja vista que o responsável pelo setor
de obras da Segunda Reclamada atuava como fiscalizador, vez que inspecionava a quilometragem do carro do
Reclamante, como também havia a imposição de assinatura no ponto diariamente.

Ao passo que em relação à cooperativa, também não havia autonomia e independência, pelo
contrário, o Autor não sabia o que passava na área administrativa da empresa, como supramencionado em
relação aos livros e aos fundos, e também na gestão como um todo.

2.1.2. Do Registro do Contrato na CTPS do Reclamante

Compulsando a CTPS do Reclamante (Doc. 03) observa-se que NÃO HÁ QUALQUER


ANOTAÇÃO A RESPEITO DA RELAÇÃO LABORAL DISCUTIDA NA LIDE, apesar do vínculo empregatício
ter durado quase oito anos (03/03/2014 a 03/01/2022).

Assim, requer, desde logo, o reconhecimento do vínculo empregatício entre as partes de 03


de março de 2014 até 23 de fevereiro de 2022, já considerando o período de aviso prévio, com a
condenação das Reclamadas a efetuar o correto registro do contrato de trabalho.

Para tanto, tendo em vista ser documento de posse exclusiva das empresas Reclamadas, requer
a este Juízo que determine a juntada das folhas de controle de ponto de todo o período do vínculo.

2.1.3. Do Adicional de Insalubridade Não Recolhido

De acordo com a descrição do trabalho do Reclamante, constata-se que por transportar os


materiais/utensílios utilizados durante as obras da Emasa, rotineiramente o Autor mantinha contato com
materiais biológicos, mais especificamente, com esgoto.

Ressalta-se, ainda, que além de transportar essas ferramentas, o Requerente também ajudava a
carregar e descarregar esses materiais, mantendo o contato direto com tal agente biológico. Reitera-se,
ademais, que agravando ainda mais a situação, não era fornecido por nenhuma das empresas qualquer
equipamento de segurança que pudesse aliviar os fatores de risco à saúde que sofria o Reclamante.

Durante todo o período em que trabalhou para as Reclamadas, não houve o pagamento relativo
ao adicional de agentes insalubres previstos na NR 15, violando os arts. 189, 192 e 200 da CLT, bem como os
incisos XXII e XXIII do art. 7º da Constituição.

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Segundo se depreende da exegese do art. 189 da CLT, são atividades insalubres aquelas que,
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos acima dos
limites de tolerância fixados pela Norma Regulamentadora nº 15.

Necessário frisar, também, que na supracitada Norma, em seu anexo nº 14, o contato com esgoto
atinge a insalubridade de grau máximo, no entanto, nunca ocorreu o efetivo pagamento. 3

Observa-se claramente que o Reclamante laborava em condições insalubres, sendo devido o


pagamento do adicional de insalubridade no percentual de 40%, sendo devida, ainda, a integração na
remuneração para todos os efeitos legais (Súmula 139 do TST), totalizando preliminarmente o valor de R$
181.440,00 (cento e oitenta e um mil e quatrocentos e quarenta reais).

2.1.4. Do Aviso Prévio Não Concedido

O Reclamante, conforme será fundamentado na sequência, laborou para as empresas


Reclamadas a partir de 03 de março de 2014 e foi comunicado da dispensa em 03 de janeiro de 2022,
perfazendo, dessa forma, um período total de sete anos e dez meses. Sabe-se que, na forma como determina
a Nota técnica 184/2012 MTE, que instrui a aplicação da Lei 12.506/2011, ao aviso prévio normal do empregado
serão acrescidos 03 (três) dias a cada ano completado de trabalho.

Nessa linha, conforme tabela presente na própria Norma Técnica, para o empregado com 7
(sete) anos completos na empresa, o período de aviso prévio devido é de 51 (cinquneta) dias, período
esse que deverá ser contabilizado tanto para fins de integração ao período do contrato de trabalho quanto para
cálculo do valor a ser pago no caso de aviso prévio indenizado.

Considerando-se que o Reclamante foi comunicado da sua dispensa em 03 de janeiro de 2022, e


acrescendo-se a esta data a projeção de 51 dias do aviso prévio, tem-se que o último dia do contrato de trabalho
da Reclamante para com as empresas Reclamadas é 23 de fevereiro de 2022 e essa é a data a constar no
Registro em sua CTPS. Da mesma forma, a proporção a ser paga à título de aviso prévio indenizado
corresponde ao total de R$ 8.568 (oito mil, quinhentos e sessenta e oito reais), calculados com base no
último salário recebido.

3
https://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr-15-anexo-14.pdf

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2.1.5. Da Jornada de Trabalho – Horas Extras

Habitualmente o Requerente laborava das 7h às 11h30 e das 13h30 às 17h30, perfazendo


8h30 por dia, de segunda a sexta-feira.

No entanto, era comum o Reclamante passar do horário de 17h30 quando precisavam terminar
alguma obra. Isso ocorria, em torno de uma vez na semana, assim, trabalhava em torno de 3 horas a mais, o
que era atestado na folha de ponto, assim a média semanal dá-se em 45 horas e 30 minutos.

É considerada hora extra a hora trabalhada que extrapola a jornada legal de trabalho diário ou
semanal. A prorrogação da jornada de trabalho vem disposta no art. 59 da CLT, com alterações pelo art. 7º da
CF/88, e regulamentada por legislação complementar.

A duração do trabalho, para a maioria dos trabalhadores, é de 8 horas diárias e 44 horas semanais,
conforme art. 7º, XIII, da CF/88. Para a contagem da quantidade de horas trabalhadas na jornada de 220 horas
mensais são, efetivamente, consideradas as 8 horas de segunda a sexta e 4 horas aos sábados.

Como é possível observar, a jornada de trabalho do Reclamante era muito superior à jornada
regular, sendo-lhe devido o valor abaixo:

Valor da HORAS EXTRAS


PERÍODO Valor da Hora Extra VALOR DEVIDO
HORAS TRABALHADAS
Mar/2019 a Fev/2022 R$ 21,00 R$ 31,50 70 R$ 2.207,00

Ante o exposto, requer a condenação das Empresas Reclamadas ao pagamento de R$2.207,00


(dois mil, duzentos e sete reais) à título de diferenças salariais pelo não pagamento de horas extras,
bem como seus reflexos sobre férias e seu abono, 13º salário, FGTS e multa de 40%.

2.1.6. Do Décimo Terceiro Não Concedido

É cediço que décimo terceiro salário, também chamado de gratificação natalina, é um salário extra
pago anualmente ao trabalhador até o dia 20 de dezembro, que pode ser quitado de forma parcelada ou não,
direito garantido ao trabalhador pela Constituição Federal em seu Art. 7, VIII.

No caso em tela, o Reclamante não recebeu o décimo terceiro referente a todo o período
trabalhado, ou seja, de março de 2014 a fevereiro de 2022, já acrescido o período de aviso prévio.

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Por tudo isso, o valor devido ao Requerente é R$ 15.540,00 (quinze mil e quinhentos e quarenta
reais), relativos a 3 anos integrais e o último ano proporcional.

2.1.7. Das Férias Não Gozadas

O Reclamante laborou por todo o período mencionado sem, no entanto, ter gozado de férias
anuais, como garante art. 130, I, da CLT.

Desta feita, requer a condenação da reclamada, ao pagamento das férias vencidas em dobro,
referente aos períodos de 2017/2018; 2018/2019; 2019/2020 conforme estabelece o art. 137 da CLT.

As férias simples, referente ao período 2020/2021, e as férias de 2021 a fevereiro de 2022 de


forma proporcional, todas com adicional de 1/3 constitucional, conforme art. 7ª, XVII da CF, perfazendo o valor
de R$ 53.200,00 (cinquenta e três mil e duzentos reais).

2.1.8. Do FGTS Não Recolhido

Conforme previsto pela Lei 8.036 de 1990, havendo dispensa sem justa causa, deverá o
empregador realizar o pagamento de valor correspondente a 40% (quarenta por cento) do saldo existente na
conta do FGTS vinculada ao empregado. O obreiro fará jus, ainda, ao levantamento de todo o saldo existente
na referida conta, sendo dever do empregador a realização dos depósitos mensais da referida verba.

No caso dos autos, o problema em relação aos recolhimentos do FGTS surge desde o momento
em que o Reclamante é admitido como empregado das Reclamadas e não tem seu contrato de trabalho
registrado e, em decorrência disso, também não possui qualquer vinculação registrada nos órgãos
públicos, seja para fins de abertura da conta vinculada, ou até mesmo para a realização dos recolhimentos
previdenciários.

Com efeito, durante todo o período que trabalhou para as empresas Reclamadas não foi realizado
qualquer recolhimento junto à conta vinculada do Reclamante, razão pela qual inexiste qualquer saldo nela
depositado, conforme se observa no extrato analítico da conta vinculada à Reclamante.

Em verdade, é devido pelas empresas Reclamadas o recolhimento do percentual de 8% (oito por


cento) sobre o salário do Reclamante a partir do ano de 2019 até fevereiro de 2022 (já integralizado o aviso
prévio), totalizando 36 (trinta e sete) meses, apurados da seguinte maneira:

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Total de meses não recolhidos Valor devido com aplicação do Multa de 40% sobre o saldo
percentual de 8% (Art. 18, §1º da Lei 8.036/90)
36 meses R$ 14.515,20 R$ 5.806,08
TOTAL DEVIDO* R$ 20.321,28
*Sobre o valor apresentado deverá incidir, ainda, a aplicação de multa e juros de mora, bem como atualização monetária.

Diante desta realidade, e visando a por fim ao prejuízo que a Reclamante vem tendo que suportar,
pugna pela condenação do Reclamado ao pagamento do FGTS devido durante todo o período do vínculo
empregatício, bem como a multa de 40% (quarenta por cento) prevista no Art. 18, §1º da Lei 8.036/90, no
total de R$ 20.321,28 (vinte mil, trezentos e vinte e um reais e vinte e oito centavos), acrescidos de multa
e juros de mora e corrigidos monetariamente até a data do pagamento.

2.1.9. Do Seguro Desemprego

A Lei nº 7.998/90 regula o programa do Seguro Desemprego e estabelece, em seu artigo 3º, inciso
I, alínea “a”, que terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa
que comprove ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a pelo
menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando
da primeira solicitação.

Conforme narrado, o Reclamante laborou por mais de 96 (noventa e seis) meses em proveito das
Reclamadas, entretanto, tendo em vista a ilegalidade existente no registro de seu contrato de trabalho, não teve
acesso às guias de seguro desemprego quando dispensado. A liberação dessas guias, obrigação típica do
empregador, se não realizada no prazo de 120 (cento e vinte) dias da extinção contratual, acarreta na
perda da possibilidade de acesso do trabalhador ao benefício, ensejando a convolação da obrigação de
fazem em obrigação de pagar, passando o empregador a ter que realizar o pagamento como forma de
indenização.

O número de parcelas a serem pagas pelo benefício está previsto no artigo 4º, § 2º da Lei 7.998/90,
que dispõe:

Art. 4º O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador


desempregado, por período máximo variável de 3 (três) a 5 (cinco) meses, de forma
contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que
deu origem à última habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
[...]

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§ 2º A determinação do período máximo mencionado no caput observará a seguinte
relação entre o número de parcelas mensais do benefício do seguro-desemprego e o
tempo de serviço do trabalhador nos 36 (trinta e seis) meses que antecederem a data
de dispensa que originou o requerimento do seguro-desemprego, vedado o cômputo
de vínculos empregatícios utilizados em períodos aquisitivos anteriores:
I - para a primeira solicitação:
a) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa
jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no
máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou
b) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com
pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e
quatro) meses, no período de referência;

Considerando-se que o Reclamante foi empregado da empresa Reclamada pelos 96 (noventa e


seis) meses já demonstrados, enquadra-se na hipótese da alínea “b” supracitada. Dessa forma, como não foi
possível usufruir do mencionado benefício em razão da ausência de liberação das guias por parte do
Reclamado, faz jus ao pagamento de forma indenizada do valor correspondente a 05 (cinco) parcelas,
cada uma delas no valor R$ 2.230,97 (dois mil, duzentos e trinta reais e noventa e sete centavos),
totalizando, assim, um montante de R$ 11.154,85 (nove mil, cento e cinquenta e quatro reais e oitenta e
cinco centavos), conforme valores atualizados para o ano de 2023.

3. DOS PEDIDOS

Ex positis, REQUER:

a) Os Benefícios da Gratuidade de Justiça, conforme prescreve parágrafo 3º do art. 790 da CLT,


por não poder arcar com as custas processuais sem prejuízo da própria subsistência e de sua
família;
b) O deferimento do pedido de exibição de documentos, determinando este Juízo que a empresa
Reclamada proceda à juntada de: a) os livros obrigatórios da Cooperativa previsto no art. 22
da Lei 5.764/71; b) comprovação de existência e extrato do Fundo de Reserva e Fundo de
Assistência Técnica, Educacional e Social Comunicação, previsto no art. 28 da Lei 5.764/71;
c) comprovantes de pagamento de férias; d) Comprovantes dos Recolhimentos do FGTS; e)
Controles de ponto;
c) O reconhecimento do vínculo empregatício e a condenação das Reclamadas a proceder o registro
na CTPS da parte autora, para que conste como data de início do vínculo o mês de 03 de março

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de 2014 a 23 de fevereiro de 2022, já observada a projeção do aviso prévio, sob pena de multa
diária não inferior a R$500,00 (quinhentos reais);
d) A condenação ao pagamento de R$ 181.440,00 (cento e oitenta e um mil e quatrocentos e
quarenta reais), a título de adicional de insalubridade;
e) A condenação das Empresas Reclamadas ao pagamento de R$2.207,00 (dois mil, duzentos e
sete reais) à título de diferenças salariais pelo não pagamento de horas extras, bem como
os seus reflexos sobre férias e seu abono, décimo terceiro salário, DSR, FGTS e multa;
f) A condenação das Reclamadas ao pagamento de aviso prévio indenizado, no total de R$ 8.568,00
(oito mil, quinhentos e sessenta e oito reais;
g) A condenação das Reclamadas ao pagamento de forma indenizada do valor correspondente a 05
(cinco) parcelas do Seguro Desemprego, cada uma delas no valor R$ R$ 2.230,97 (dois mil,
duzentos e trinta reais e noventa e sete centavos), totalizando, assim, um montante de R$
11.154,85 (nove mil, cento e cinquenta e quatro reais e oitenta e cinco centavos);
h) A condenação das Empresas Reclamadas ao pagamento referente ao FGTS não recolhido
durante o período laborado, no valor de R$ 20.321,28 (vinte mil, trezentos e vinte e um reais e
vinte e oito centavos);
i) A condenação das Acionadas ao pagamento dos décimos terceiros não pagos, na quantia R$
15.540,00 (quinze mil e quinhentos e quarenta reais);
j) A condenação das Reclamadas ao pagamento das férias vencidas e proporcionais, no montante
de R$ 53.200,00 (cinquenta e três mil e duzentos reais);
k) A condenação dos Reclamados ao pagamento de indenização por danos morais no valor de
R$8.000,00 (oito mil reais), com fulcro nos artigos 186 e 927 do Código Civil;
l) Que a Primeira Reclamada (COOREPROVEL) apresente em juízo as documentações relativas
aos livros e fundos exigidos, de acordo os arts. 22 e 28 da Lei 5.764/71;
m) A citação das Reclamadas na pessoa de seu representante legal para, querendo, apresentar
defesa, no prazo legal, sob pena de revelia;
n) A condenação dos Reclamados em custas e honorários advocatícios, estes arbitrados em 15% do
valor da causa;
o) A produção de todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente o testemunhal e
documental;

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p) Que nas intimações relativas ao presente feito, conste o nome dos procuradores DANILO
TORRES DE QUEIROZ, OAB/BA 35.872 e THAMILIS COSTA BRAITT, OAB/BA 41.929, sob pena
de nulidade, consoante o art. 272, §5º do CPC

Dá-se à causa o valor de R$ 345.495,79 (trezentos e quarenta e cinco mil, quatrocentos e noventa e
cinco reais e setenta e nove centavos).
Nestes Termos, Pede Deferimento.
Ilhéus (Ba), 16 de janeiro de 2024.

______________________________________
DANILO TORRES DE QUEIROZ
OAB/BA nº 35.872

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS ANEXADOS

Doc. 01 – Documento de identificação;

Doc. 02 – Comprovante de residência;

Doc. 03 – Procuração;

Doc. 04 – CTPS.

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