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Espaço livre destinado à publicação de poemas sem qualquer preocupação com fronteiras espaciais e
temporais. Vírus, poemas comuns, incomuns ou demenciais: meus e alheios.Sem selo de garantia, qualidade,
data de validade. Sem carimbo. Poesia sempre viva, seiva e veneno. Só oferece um buquê de riscos e abismos.
Enriquecimento humano através de quedas, saltos, sustos. Poema como trajeto, não como coleção. Aço-carícia
sobre a língua azeda na qual os indivíduos enforcam encontros.
PÁGINA INICIAL
T. S. ELIOT (1888-1965)
We whisper together
II
Let me be no nearer
In a field
No nearer −
III
Is it like this
Waking alone
IV
We grope together
Sightless, unless
Multifoliate rose
Of empty men.
For Thine is
Life is
(1925)
***
Os Homens Ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
Os homens empalhados.
II
No reino crepuscular
III
E nisto consiste
Despertando sozinhos
Trêmulos de ternura
IV
Juntos tateamos
Rosa multifoliada
A única esperança
De homens vazios.
Figueira-brava figueira-brava
Entre a ideia
E a realidade
Entre o movimento
E a ação
Tomba a Sombra
Entre a concepção
E a criação
Entre a emoção
E a reação
Tomba a Sombra
E o espasmo
Entre a potência
E a existência
Entre a essência
E a descendência
Tomba a Sombra
Porque Teu é
A vida é
Porque Teu é o
(1925)