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Material de apoio

Todos eles possuem em sua composição mais de 90% de ferro, o que sugere a sua denominação, e no
máximo 5% de carbono. O restante da composição pode ser de outros elementos, sendo os mais
comuns o fósforo, manganês, silício, cobre, enxofre, entre outros.

Essa é uma das principais diferenças com os metais não-ferrosos. Esse outro tipo de metal apresenta um
baixo número de ferro em sua composição, muitas vezes abaixo de 1%, como é o caso do alumínio,
estanho e cobre.

De maneira simplificada, o tratamento térmico consiste em aquecer e resfriar uma peça de aço para que
ela atinja propriedades físicas específicas como dureza, elasticidade, ductilidade e resistência à tração,
sem que se modifique o estado físico do metal.

Os aços são ligas compostas de ferro e carbono que se agrupam formando estruturas geométricas
tridimensionais, que juntas formam cristais irregulares chamados grãos, que quando aquecidos e
resfriados abruptamente tem sua estrutura cristalina modificada, podendo ficarem mais duros ou mais
maleáveis.

O tratamento térmico provoca mudanças nas propriedades mecânicas do aço e essas mudanças
dependem de fatores como temperatura de aquecimento, velocidade de resfriamento e composição
química do material, que determinarão se o aço será mais resistente, mais mole ou mais elástico, de
acordo com a finalidade para a qual ele será usado.

Para isso, é necessário conhecer as características do aço e seus constituintes, como o teor de carbono e
os complementos que podem estar presentes nele como o cromo, o manganês, o tungstênio, o níquel
ou o vanádio, por exemplo.

Os principais processos utilizados em cutelaria para o tratamento térmico do aço são:

 Têmpera
 Revenimento
 Recozimento
 Cementação

 O que é cutelaria?

A cutelaria é uma das mais antigas técnicas da humanidade e pode ser caracterizada como a arte
milenar de produzir instrumentos metálicos de corte, como facas, facões, canivetes, espadas, adagas,
entre outros.

Com o passar do tempo esse ofício foi se desenvolvendo e hoje em dia mescla a tecnologia com
métodos dos primórdios da técnica

Atualmente existem diversos modelos de ferramentas manuais de corte, produzidos com diferentes
materiais, entretanto o que mais se destaca na cutelaria moderna é o aço, uma ligação do ferro e do
carbono que se destaca pela sua alta durabilidade e resistência.

Na cutelaria moderna, sua fabricação está cada vez mais moderna, valorizando ainda mais esse ofício,
devido à beleza das ferramentas e seu alto poder de corte.
Durante a cementação, a peça é aquecida a uma temperatura adequada e em contato com uma
atmosfera rica em carbono. O carbono difunde-se na superfície do material, formando uma camada de
endurecimento. Essa camada endurecida é responsável por proporcionar as propriedades desejadas ao
material.

A principal função da cementação é aumentar a dureza da superfície dos materiais, criando uma camada
endurecida que é altamente resistente ao desgaste e à deformação. Isso é especialmente importante
em componentes e peças que estão sujeitos a condições de trabalho adversas, como engrenagens,
rolamentos, eixos e ferramentas de corte. Ao submeter esses materiais ao processo de cementação,
é possível aumentar significativamente sua vida útil, reduzindo a necessidade de substituições
frequentes.

Qual é o objetivo da cementação?


O principal objetivo da cementação é melhorar as propriedades mecânicas do material, conferindo
maior dureza à superfície. Ao aumentar a dureza, a peça torna-se mais resistente ao desgaste, abrasão e
fadiga, o que prolonga sua vida útil e reduz a necessidade de substituições frequentes.
Além disso, a cementação também pode melhorar outras propriedades do material, como a resistência
à corrosão e a tenacidade. Essas características são importantes para garantir um desempenho
adequado em diferentes aplicações, especialmente aquelas que envolvem condições adversas de
trabalho.
Tenacidade é “a capacidade do material deformar-se antes de romper” ou como “a capacidade do
material absorver considerável quantidade de energia sem romper”.

A cementação é um processo termoquímico que permite o endurecimento das superfícies metálicas


enquanto preserva a parte do núcleo.

Tratamento térmico x termoquímicos

O tratamento térmico convencional para endurecimento não altera a composição química do aço, ou
seja, o material inicia o tratamento com 0,4% de carbono e termina com 0,4% de carbono. No entanto,
às vezes é necessário trazer o aço para completar as modificações em sua composição química para
melhorar as propriedades de sua superfície. Essas mudanças são obtidas através de tratamento
termoquímico.

Este tratamento visa principalmente aumentar a dureza e resistê

A cementação consiste na introdução de maiores quantidades de carbono em superfícies de aço com


baixo conteúdo de carbono. Portanto, é indicado para aço leve ou liga de aço quando o carbono original
é inferior a 0,25%. A cementação aumenta esse nível até valores em torno de 1%, garantindo superfícies
duras e um núcleo mais resistente.

Partes de aço com porcentagem média ou alta de carbono que sofrerão severas operações de flexão
tendem a quebrar. No entanto, se eles são feitos com aço de baixo teor de carbono (por exemplo, SAE
1010) e depois são moldados e cementados, é possível ter um bom resultado sem que as peças corram
o risco de rachaduras. A cementação pode ser realizada em métodos sólidos, gasosos ou líquidos.

Propriedades e vantagens do Aço cementado

No geral, a cementação traz o benefício de aumentar a dureza da superfície das peças de aço. Assim, as
peças serão superficialmente resistentes ao desgaste, aos choques e à apreensão, mantendo dentro de
sua boa tenacidade, mas com menor dureza e resistência interna. Além disso, este tratamento melhora
a resistência à fadiga e as tensões mecânicas da peça.

Exterior Muito Duro

O aço cementado tem um exterior muito duro. Isso permite que sofra muitos traumas físicos sem se
desgastar prematuramente.

Embora existam aços com superfícies mais duras do que o aço cementado, eles não são tão maleáveis
ou acessíveis. Em essência, eles não oferecem a cobiçada combinação de interior macio e exterior rígido
que o aço cementado oferece.
Interior macio

Outro grande benefício do aço cementado é que ele possui um interior macio, sendo fácil de manipular
em diferentes formas. Isso o torna especialmente útil para quando você está tentando fabricar itens de
metal complexos com superfícies duras (ou seja, componentes internos de máquinas).

Relativamente barato

Se você está comprando uma liga de aço simplesmente por sua dureza superficial, o aço cementado é
facilmente a opção mais acessível. O processo de cementação é muito mais barato do que a produção
de certas ligas de aço.

Aço 1020

A cementação desse aço carbono de uso geral pode ser realizada a 880-920ºC. O endurecimento da
caixa cementada realizado a 780-820ºC é seguido por uma têmpera em água e um tratamento
de revenimento a 150-200ºC para melhorar a tenacidade da caixa com um efeito mínimo em sua
dureza.

O SAE 1020 é utilizado na condição cementada para aplicações estruturais simples, como parafusos de
cabeça fria, e na fabricação de peças da indústria em geral: automobilística, agrícola, máquinas e
equipamentos.

Cementação a plasma

O processo de cementação a plasma é utilizado nos últimos anos em uma série de ramos da indústria.
Seus benefícios foram aplicados no tratamento térmico de peças automotivas e, recentemente, vem
sendo aplicado na indústria aeroespacial. A cementação a plasma é um processo que gera uma camada
superficial de carboneto que aumenta a dureza e a resistência ao desgaste da peça. Na cementação a
gás, os gases de hidrocarbonetos reagem com a superfície do metal, aumentando o seu teor de
carbono. Na cementação a plasma, por outro lado, esses reagentes gasosos formam um plasma que é
usado para tratar a superfície do componente em tratamento

A cementação a plasma oferece uma série de vantagens sobre cementação a gás tradicional. As
camadas carburizadas produzidas pelo processo têm melhores estrutura e propriedades mecânicas.
Dessa forma, não há oxidação interna e a camada tem melhor uniformidade, o que, muitas vezes, leva a
menor distorção do componente cementado.

Além disso, controlar a formação de camadas cementadas a plasma é mais fácil visto que a quantidade
de carbono transferida para a superfície depende da densidade de corrente elétrica de plasma aplicada,
o que pode ser monitorado e controlado. Como resultado, o processo oferece muito boa
reprodutibilidade.

A cementação a plasma pode oferecer tempos de aplicação menores do que os processos tradicionais,
em parte, graças ao uso de altas temperaturas. No caso, em cementação a profundidades de 2,5 a 3
mm, podem-se alcançar resultados satisfatórios por cementação a plasma em baixa pressão em cerca
de 20 horas, aproximadamente metade do necessário nos processos convencionais.

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