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Crianças Selvagens - Pequisa 1
Crianças Selvagens - Pequisa 1
em completo isolamento da humanidade. São crianças que depois de pouco tempo de vida
se perdem da população, vivem como animais, não falam e não andam como pessoas
socializadas.
De acordo com o cirurgião francês Serge Aroles, que escreveu um estudo geral sobre
crianças selvagens, com base em arquivos (L'énigme des enfants-loups ou The Enigma of
Wolf-Children, 2007),[5] quase todos estes casos são fraudes escandalosas ou histórias
totalmente fictícias.
São esses relatos:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crian%C3%A7a_selvagem
Um dos grandes debates que ocupa uma parte importante na nossa história é o que
se refere à influência da sociedade na infância. Dois grandes autores desse
debate foram Jean-Jacques Rousseau de um lado e Thomas Hobbes em
oposição. Suas reflexões versavam sobre a bondade e a maldade da
humanidade, dois temas que, como veremos a seguir, estiveram relacionados
com as chamadas “crianças selvagens”.
Mas, como saber quem estava certo? Apesar de ser impossível separar
uma criança da sociedade para comprovar por razões morais e éticas, existem
crianças que, por diferentes circunstâncias, foram criadas isoladas da
sociedade. Esses casos foram chamados de “crianças selvagens”.
As “crianças selvagens” são pessoas que durante uma parte da infância viveram
fora da sociedade, isso inclui tanto crianças que foram confinadas quanto
crianças que foram abandonadas na natureza. Mesmo que sejam poucos
casos e mesmo que em alguns tenha sido colocada em questão a veracidade
do isolamento ou se são apenas mitos de pouca credibilidade, existem mais de
vinte casos que, com maior ou menor rigor, foram documentados e estudados.
Víctor de Aveyron
Possivelmente o caso mais famoso de uma criança selvagem é o caso de Víctor de
Aveyron. Víctor (Itard, 2012) foi capturado quando tinha aproximadamente onze
anos. Ao final de uma semana, ele escapou e, depois de passar o inverno, foi
capturado de novo quando estava escondido em uma casa abandonada. Ele foi
internado em um hospital, onde se começou a estudar seu caso.
Uma das teorias que teve mais aceitação sobre o caso de Víctor é que ele
sofria de um transtorno de espectro autista. Devido aos estranhos
comportamentos que ele apresentava, sua família o abandonou. Além disso, as
várias cicatrizes que Víctor tinha não eram por causa da vida selvagem. Elas
correspondiam a abusos físicos anteriores à época em que foi encontrado na
floresta.
Segundo um dos médicos que cuidou do seu caso (Itard, 1801), Víctor
era “uma criança desagradavelmente suja, que apresentava movimentos espasmódicos
e, inclusive, convulsões. Ele se balançava incessantemente como um animal de
zoológico e mordia e arranhava quem quer que se aproximasse. O menino não
demonstrava nenhum afeto pelas pessoas que cuidavam dele e, em suma, se mostrava
indiferente a tudo e não prestava atenção em nada”. Apesar do seu aspecto físico
ter melhorado, assim como sua sociabilidade, as tentativas de ensiná-lo a falar e
a se comportar de maneira civilizada não tiveram sucesso.
https://amenteemaravilhosa.com.br/criancas-selvagens/