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HISTÓRIA GERAL DA ARTE

1/2022

10. ARTE PALEOCRISTÃ E BIZANTINA

PROFA. LETÍCIA MARTINS DE ANDRADE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ


ARTE DA ALTA IDADE MÉDIA
[dir.]: Imperium e Barbaricum em c. 250 e [esq]: os primeiros reinos germânicos em c. 500
ARTE VISIGÓTICA
(c.415-711)
San Pedro de la Nave, Zamora, Espanha. Iniciada em c 680.
ARCO DE FERRADURA
OU
ULTRAPASSADO

San Pedro de la Nave, Zamora, Espanha. Iniciada em c 680. Vista da abside


San Pedro de la Nave, Zamora. Iniciada em c 680. Capitel com motivos
simbólicos e representando Daniel na cova dos leões
Santa Maria de Melque, perto de Toledo, Espanha. c. 700-750.
Planta, arcos em ferradura e vista externa.
Igreja visigótica de San Juan de Baños, Palencia, Castilla y León, España. Séc. VII. O arco de ferradura do portal é datado
de 661, ano da consagração da igreja, mandada construir pelo rei Rescevinto; janela em arco de ferradura e rendilhado
Capela de S. Frutuoso Montélios, Braga, Portugal. c. 650-665. vistas internas com arcos e capitel; vista da
fachada e planta cruciforme.
ALGUMAS DAS CARACTERÍSTICAS DA *Planta de basílica, por vezes cruciforme,
ARQUITETURA VISIGÓTICA SÃO: podendo ser uma combinação de ambas, com
espaços bem compartimentados.
*Arcos em forma de ferradura sem pedras de
fecho.
abside retangular exterior.
*Uso de colunas e pilares com capitéis coríntios
de desenho particular ou troncônicos.
*Emprego de abóbadas de berço e aresta e
cúpulas nos cruzamentos.
* Paredes de grandes blocos de pedra (granito),
podendo alternar com tijolos.
*Decoração em bandas com motivos vegetais e
animais.
[1] San Pedro de la Nave, Zamora,
PLANTA DE BASÍLICA OU CRUCIFORME (EM FORMA DE CRUZ), PODENDO SER UMA Espanha. Iniciada em c 680;
COMBINAÇÃO DE AMBAS, COM ESPAÇOS BEM COMPARTIMENTADOS [2] Santa Maria de Lara em Quintanilla de
las Viñas, Burgos. Fim do séc. VII-início do
séc. VIII;
[3] Santa Maria de Melque, perto de
Toledo, Espanha. c. 700-750
[4] São Frutuoso Montélios, Braga,
Portugal. c. 650-665.
[1] San Pedro de la
Nave, Zamora,
Espanha. Iniciada em
c 680; [2] Santa
Maria de Lara em
Quintanilla de las
Viñas, Burgos. Fim do
séc. VII-início do séc.
VIII; [3] Santa Comba
de Bande, Galícia,
Espanha. Séc. VII

PAREDES EM GRANDES BLOCOS DE PEDRA PODENDO SE ALTERNAR COM COM TIJOLOS


[1] San Juan de Baños, Palencia, Castilla y
ARCOS DE FERRADURA, TAMBÉM CHAMADOS’ ULTRAPASSADOS’ León, España. Iniciada em 699; [2] San Pedro
de la Nave, Zamora, Espanha. Iniciada em c
680; [3] Santa Comba de Bande, Galícia,
Espanha. Séc. VII; [4] Santa Maria de Lara em
Quintanilla de las Viñas, Burgos. Fim do séc.
VII-início do séc. VIII; [5] Santa Maria de
Melque, perto de Toledo, Espanha. c. 700-750
O arco de ferradura tem origem na arte
paleocristã do baixo império romano, depois
é retomado pela arquitetura visigótica na
Espanha e, de lá, passa a dois âmbitos:
(1) À arquiteura pré-românica de tradição
visigótica, que susbsiste até os séculos IX e
X em locais de resistência visigótica
(Catalunha e Septimania)
(2) À arquitetura omíada do emirado de
Córdoba, que faz dele uma de suas
características mais marcantes e, através
dela, passa : (a) à arquitetura dos reinos de
Taifa, (b) à arquitetura mudejar (Península
Ibérica, séc. XII-XVI), (c), à arquitetura do
Maghreb; (d) à arquitetura cristã espanhola
dita moçárabe.
[1] abóbadas de berço e cúpula em Santa
EMPREGO DE ABÓBADAS DE BERÇO, DE ARESTAS E MESMO CÚPULAS NOS CRUZAMENTOS. Maria de Melque, perto Toledo, Espanha.
c.700-750; [2] abóbada de arestas de Santa
Comba de Bande, Galícia, Espanha. Séc. VII.
[1] São Gião, Nazaré, Pt. sec VII-VIII;
USO DE COLUNAS E PILASTRAS COM CAPITÉIS CORÍNTIOS DE DESENHO PARTICULAR OU TRONCÔNICOS [2] San Juan de Baños, Palencia, Castilla y
León, España. Iniciada em 699;
[3] San Pedro de la nave, Zamora, ES.
Iniciada em c 680;
[4] Capela de S. Frutuoso Montélios,
Braga, Portugal. c. 650-665.
[1] San Pedro de la nave, Zamora,
ES. Iniciada em c 680; [2] de San
Juan de Baños, Palencia, Castilla y
León, España. Séc. VIII; [3] Santa
Maria de Lara em Quintanilla de
las Viñas, Burgos. Fim do séc. VII-
início do séc. VIII.

DECORAÇÃO EM BANDAS COM MOTIVOS


VEGETAIS E ANIMAIS
Trindade e tetramorfo. Pintura mural
visigótica em Santa Comba de Bande,
Galícia, Espanha. Séc. VII.
A ourivesaria visigótica desenvolveu-se
essencialmente em Toledo e é composta
principalmente de coroas, cruzes, fíbulas e
broches com motivos majoritariamente
geométricos. Um importante conjunto de 26
coroas e cruzes votivas, conhecido como Tesouro
de Guarrazar, tinha sido ofertado por reis
visigodos à Igreja católica romana no século VII.
As peças foram provavelmente enterradas em
711 para evitar o saque dos árabes. O tesouro
está dividido, com parte dos objetos no Museu
de Cluny, em Paris, e outra parte no Museu
Arqueológico Nacional de Espanha, em Madri,
embora grande parte dos objetos originais tenha
desaparecido ou sido roubada.

Detalhe da coroa votiva do rei visigodo Recesvinto († 672), em ouro e pedras


preciosas. Parte do chamado Tesouro de Guarrazar. As letras penduradas dizem
[R]ECCESVINTHVS REX OFFERET [Rei Recesvinto oferece isto]
ARTE MOÇÁRABE
OU MOZÁRABE
(711- SÉC. XI)
A invasão árabe da
Península Ibérica se dá em
711. O termo ‘mozárabe’ ou
‘moçárabe’ se refere à Ibéria
cristã, visigótica, vivendo
agora sob o domínio
islâmico. Em termos de arte,
seria a continuação da arte
visigótica sob domínio
islâmico.
San Miguel de Escalada, mozárabe, perto de Léon,
Espanha. Consagrada em 913. à esquerda: vista
lateral do edifício original, sem as alterações
românicas do séc. XI (vistas acima).
AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS QUE
DEFINEM A ARQUITETURA MOÇÁRABE: *Grande domínio da técnica de construção, utilizando
principalmente alvenaria de cantaria de corda e quadro.
*Ausência ou sobriedade de decoração exterior.
*Diversidade nas plantas, embora a maioria delas se
destaque pelas pequenas proporções e espaços
descontínuos cobertos por cúpulas e abóbadas
*Utilização do arco em ferradura no estilo califal islâmico,
muito fechado.
*Uso de alfiz.
*Utilização da coluna como suporte, coroada por capitel
coríntio decorado com elementos vegetais altamente
estilizados.
*Os beirais se projetam e assentam em modilhões de
lóbulos.
Alfiz é um ornamento
característico da arquitetura
islâmica desenvolvido na
arquitetura omíada do Al-
Andaluz, onde é mais
associado ao arco de
ferradura. Mas também é
amplamente empregado em
outras partes do mundo
muçulmano para ornar
diferentes tipos de arco

A: alfiz começando a partir da imposta; B: alfiz começando a partir do solo.


San Miguel de Escalada,
mozárabe, perto de Léon,
Espanha. Consagrada em 913.
detalhe do pórtico com arcos de
ferradura.
San Miguel de Escalada, Léon. O interno se assemelha ao
de uma basílica paleocristã com três naves.
Santiago de Peñalba, Léon, Espanha. Arquitetura mozárabe. Planta,
vista dos fundos, detalhe da porta com arcos duplos em ferradura e
vista do interior
Santa Maria de Lebeña, Espanha, moçárabe, séc. X, c.924.
Denomina-se arte asturiana pré-
românica aquela desenvolvida na
península Ibérica adjacente ao mar
Cantábrico (norte) e livre da
ocupação muçulmana, datada entre o
fim do século VIII e o início do X. Esta
arquitetura comumente não emprega
o arco de ferradura. Aqui, usa-se o
arco romano de 180°.

Santa Maria del Naranco, Oviedo,


Astúrias, Espanha. 848. construída
como palácio para Ramiro I de Astúrias.
Arquitetura pré-românica asturiana
Antifonário* visigótico-mozárabe da Catedral
de León. Possivelmente do séc. X. Página de
calendário encimada pela figura do
evangelista Lucas. Notem-se os arcos de
ferradura.

*Antífonário é um livro de Antífonas.


Antífona é uma melodia curta (com texto
entre dez e vinte e cinco palavras), simples,
cantada antes e depois da recitação de um
salmo (salmodia). O canto antifonal foi
adotado pelos cristãos primitivos a partir de
cerimônias judaicas e introduzido no Ocidente
por volta do séc. IV por S. Ambrósio.
Antifonário visigótico -
mozárabe da Catedral
de León. Séc. X (?)
Antifonário visigótico-mozárabe da
Catedral de León. Possivelmente do
séc. X. Detalhe da Virgem com o
Menino e os reis magos
Emeterius. Torre e scriptorium do
mosteiro de San Salvador de
Tábara, colofão (folio 168) dos
Comentários ao Apocalipse de Beatus, de
Tábara, Espanha, 970. Têmpera sobre
pergaminho. Madri, Arquivo Histórico
Nacional.
CARACTERÍSTICAS DA PINTURA ● simbolismo esquemático
DE ILUMINURAS MOÇÁRABES: ● domínio do linear, com desenhos
precisos e formas elegantes
● cores vívidas (alto cromatismo) e
sólidas, sem gradações tonais
● figuras estilizadas introduzem
movimentos, dinamizando as
imagens
● aspecto plano, sem volumes
● não existe luz e sombra
● fundos abstratos e decorativos,
muitas vezes composto por blocos
de cor sólida

Julgamento de Babilônia, do Comentário ao


Apocalipse feito pelo Beato de Facundus para
Ferdinando I de Castela e Leon e sua rainha
Sancha. Iluminura moçárabe datada de 1047.
têmpera sobre pergaminho; 29,7 x 24 cm.
Madri, Biblioteca Nacional. O Comentário ao
Apocalipse do Beato de Facundus tem 312
folios, com 98 iluminuras.
Comentário ao Apocalipse do
Beato de Facundus, para
Ferdinando I de Castela e Leon e
sua rainha Sancha. Iluminura
moçárabe datada de 1047.
Têmpera sobre pergaminho; 29,7 x
24 cm. Madri, Biblioteca Nacional
Monges de San Millan de la
Cogolla, Castela. c.776-786,
Comentário ao Apocalipse,
Adão e Eva; El Escorial, Madri
ARTE HIBERNO -SAXÔNICA
ARTE IRLANDESA-INGLESA TRADIÇÃO CÉLTICA E ANGLO -SAXÔNICA
Os celtas são um conjunto de etnias de língua indo-europeia que se espalharam em múltiplas tribos sobretudo no oeste europeu a partir do segundo
milênio a.C. Eles fizeram sua expansão máxima pela Europa no século III a.C., mas tiveram quase todo o seu território conquistado pelos romanos. Foram
os introdutores da metalurgia do ferro no continente.

Adereços celtas em metal: [1] adereço de bronze para escudo; celta. séc. I-II d.C.; [2]
ornamento celta em bronze rendilhado. séc I d.C.; [3] broche circular celta em ouro. De
Auvers-sur-Oise, França, séc. IV a.C.
Cross-slab (estela de cruz) de
Aberlemno Kirk, Kirkyard
(Angus). Pedra; 2 x 1,3 x 0,3m.
In situ. Possivelmente séc. VII.
Uma high cross (literalmente, ‘cruz
elevada’) é uma cruz cristã colocada em
pé, geralmente em ambiente externos, à
maneira de uma estela. São feitas em
pedra e possuem a superfície
completamente esculpida com relevos
decorativos. Elas aparecem tanto na
Irlanda quanto na Grã-Bretanha, sem que
se saiba onde se desenvolveu primeiro.

Muiredach's High Cross, Monasterboice, Louth


County Irlanda, séc. X. Arenito; h: 5,5m.

A cruz de Muiredach traz cerca de 70


representações com 124 figuras entre
personagens do Antigo e Novo Testamento e
elementos decorativos abstratos de origem
celta. Uma inscrição na base pede oração a um
certo Muiredach, provavelmente Muiredach
Mac Domhnaill, um abade de Monasterboice,
falecido em 923.
Crucificação. Muiredach's
High Cross. Monasterboice,
Louth County Irlanda, séc. X.
Pedra; h: 5,5m.
[1] Crucificação (St. John’s
Crucifixion). Provavelmente de
capa de um livro. séc. VIII.
Bronze dourado martelado
(para as figuras em relevo) e
depois decorado com incisões
e cinzelamento. Dublin, Museu
Nacional da Irlanda; [2]
Evangeliário irlandês de Saint-
Gall. Séc. VIII.

Padões abstratos com


predomínio de formas
espiraladas e entrelaçamentos
O Codice Amiatinus é uma Bílbia completa, com o
Antigo e o Novo Testamento. Data de c. 700-716, e
é o mais antigo manuscrito completo remanescente
da vulgata latina (a versão autorizada, traduzida para
o Latim no séc. IV por S. Jerônimo). Foi produzido
em um mosteiro beneditino da Northumbria e levado
para a Itália (Monte Amiato, Toscana) por um
monge. É feito de mais de mil páginas de
pergaminho e pesa 33,6kg.

https://www.khanacademy.org/humanities/medieval-world/early-medieval-art/early-medieval-manuscripts/v/the-lindisfarne-gospels
Codice Amtiatinus. c. 700-716.
Retrato de Ezra, o escriba. Do folio
5r no início do Novo Testamento.
Florença, Biblioteca Laurenciana.
O Evangelho de Lindisfarne foi feito na
ilha de Lindisfarne, na costa da
Northumbria, num mosteiro fundado
por missionários irlandeses que tinham
ido primeiro para Iona, na Escócia.

The Lindisfarne Gospels, c. 700


(Northumbria), Londres, British Library,
Cotton MS Nero D IV). Página Chi-Ro.
Iluminura sobre pergaminho; 34 x 25cm.
No final do século X, o reitor de Chester-le-Street, chamado Aldred, colocou traduções das palavras latinas para o inglês pelo livro todo. Ele
também escreveu um colofão* muito detalhado em inglês antigo, onde fornece os nomes de quem produziu o livro. Ele diz: o bispo Eadfrith
escreveu, o bispo Ethilwald encadernou e o eremita Billfrith adornou o livro com joias e ouro.

*Colofão: nos manuscritos e nos incunábulos medievais, nota final que fornece referências sobre a obra e indicações relativas à sua autoria,
transcrição, impressão, lugar e data de sua feitura
The Lindisfarne Gospels, c. 700
(Northumbria), Londres, British
Library, Cotton MS Nero D IV).
Detalhe da página Chi-Ro.
Iluminura sobre pergaminho; 34 x
25cm.
Mestre do Livro de Lindisfarne, séc. VIII. Londres, British Library. São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João. Iluminuras sobre pergaminho.
[1] Mateus do Evangelho de Lindisfarne, [2] Ezra do Códice Amiatinus; [3] Retrato de Menandro, de Pompeia, c. 70 d.C. Afresco.
https://www.khanacademy.org/humanities/medieval-world/early-medieval-art/early-medieval-manuscripts/v/the-lindisfarne-gospels
Mestre do Livro de Lindisfarne. Evangelhos
de Lindisfarne. séc. VIII. Londres, British
Library Iluminura sobre pergaminho.

As páginas-tapete do Evangelho de
Lindisfarne são extraordinárias por seu
colorido vibrante, pela precisão do traçado,
pela complexidade dos padrões de
entrelaçamentos espelhados.
Mestre do Livro de
Lindisfarne. Evangelhos de
Lindisfarne. séc. VIII. Londres,
British Library Iluminura
sobre pergaminho.
ARTE ANGLO -
SAXÃ
SÉC. VII-X
O enterramento de Sutton Hoo, Suffolk, Inglaterra. início séc. VII. Local das escavações e atual reconstituição no Museu
Britânico, Londres
Elmo. Peça encontrada no enterramento de Sutton
Hoo, Suffolk, Inglaterra. início séc. VII. Ferro, e liga
de cobre e estanho; 31.8 x 21.5 cm. Londres,
British Museum. À direita, réplica reconstituindo o
estado original. Início do século VIII
Tampa de bolsa de Sutton Hoo,
Suffolk, Inglaterra. início séc. VII.
Ouro, vidro e granadas. 19x8,3cm.
Técnicas: incrustação, cloisonée,
millefiori, filigrana. Londres,
British Museum
A técnica cloisonné

A técnica cloisonné, uma das favoritas dos


primeiros tesouros medievais, é documentada pelo
menos desde o Novo Reino no Egito. Os
metalúrgicos produziam joias cloisonné soldando
pequenas tiras/fitas de metal, ou cloisons (palavra
francesa para “partições”, divisórias), em um fundo
de metal, e depois enchendo os compartimentos
que se formavam com pedras semipreciosas,
pedaços de vidro colorido ou pasta de vidro para
se assemelharem a joias cintilantes. O cloisonné é
um cruzamento entre mosaico e vitrais, mas os
artistas medievais usaram-no apenas em uma
escala em miniatura.

Detalhes da decoração da tampa de bolsa de


Sutton Hoo, Suffolk, Inglaterra. início séc. VII.
Ouro, vidro e granadas. 19x8,3cm. Técnicas:
incrustação, cloisonée, millefiori, filigrana.
Londres, British Museum
Detalhes da decoração da tampa de bolsa
de Sutton Hoo, Suffolk, Inglaterra. início
séc. VII. Ouro, vidro e granadas.
19x8,3cm. Técnicas: incrustação,
cloisonée, millefiori, filigrana*. Londres,
British Museum

Filigrana é um trabalho ornamental


feito a partir da soldagem de muitos
fios delicados e finos e pequeninas
bolas de metal (ouro, prata ou bronze).
Foi usada na joalheria desde a
antiguidade clássica.
Broche Kingston. séc. VII. De Kent. Ouro,
vidro, granadas, pérolas e madrepérolas;
técnicas: cloisonée, incrustação e filigrana;
d: 8,5cm. Liverpool, National Museums
ARTE VIKING
SÉC.VIII-XI
Embarcação Viking de Oseberg,
Noruega. c. 834. madeira de
carvalho; 21,4x5,1m. Oslo, Museu
do Navio Viking
Uma embarcação funerária viking foi
descoberta em 1904 na localidade de
Oseberg, Noruega. Trazia o corpo de
duas mulheres e muitas peças de
oferenda funerária em madeira
esculpida e metal. A embarcação tinha
sido coberta por um monte (de 40 m
de comprimento por 6,5m de altura).
As mulheres tinham cerca de 8 e 50
anos de idade. Além de seus
esqueletos, encontraram-se ainda os
de 13 cavalos, 4 cães e 2 bois,
provavelmente sacrificados.
Cabeça de animal fantástico encontrada no navio Viking
de Oseberg. Madeira. c.834. Oslo, Museu do Navio
Viking. A forma animal e os padrões entrelaçados são
carcaterísticas fundamentais dessa arte.
[1] Pingente. Estilo Borre, Viking. prata; 4,2 x
3,7cm. Londres, British Museum; [2] broche
trifólio. estilo Borre, Viking. séc. X. cobre; 7,4cm.
Londres, British Museum; [3] Broche circular.
Estilo Borre, Viking, proveniente de Gotland;
prata, 7,8 x 4cm. Londres, British Museum; [4]
Estilo Urnes. Bronze, c. 1000. Copenhague,
Nationalmuseet
[1] Peça Viking em cobre pertencente talvez a
mobiliário de madeira; estilo Ringerike. Início do
século XI. Museum of London; [2] Ringerike style;
Dragão em manuscrito iluminado. Séc. XI, Iglaterra.
Painel de parede original da igreja de madeira
chamada Urnes stavkyrkje, de Lustrafjorden,
Noruega. Datada de c. 1150-1070. A Escandinávia se
torna cristã apenas no séc. XI.
detalhe do painel de
parede original da igreja de
madeira chamada Urnes
stavkyrkje, de
Lustrafjorden, Noruega.
Datada de c. 1150-1070.

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