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Apostila Treinamento Hidrogeologia IGAM2019 VF
Apostila Treinamento Hidrogeologia IGAM2019 VF
SETEMBRO DE 2019
CURSO MDGEO Nº
01
SUMÁRIO
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CURSO MDGEO Nº
01
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 72
2 ESTUDOS HIDROGEOLÓGICOS PARA PROJETOS DE REBAIXAMENTO DO
NÍVEL D’ÁGUA - ESCOPO DOS SERVIÇOS ..................................................................... 75
2.1 COLETA, COMPILAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS EXISTENTES ..................................75
2.2 INVENTÁRIO DE PONTOS D'ÁGUA ................................................................................76
2.3 CADASTRO DE USUÁRIOS DE ÁGUA............................................................................78
2.4 PROGRAMA DE MONITORAMENTO ..............................................................................80
2.4.1 Projeto da Rede de Monitoramento ..............................................................................80
2.4.2 Acompanhamento da Implantação da Rede de Monitoramento-Complementação ........81
2.4.3 Definição do Plano de Monitoramento Hídrico ..............................................................81
2.4.4 Caracterização hidroquímica ........................................................................................81
2.4.5 Caracterização isotópica ..............................................................................................82
2.4.6 Elaboração do Modelo Hidrogeológico Conceitual ........................................................82
2.4.7 Pesquisa hidrogeológica ..............................................................................................83
2.4.8 Montagem e calibração do modelo numérico ................................................................83
2.4.9 Projeto de rebaixamento do nível d’água ......................................................................84
2.5 PRINCIPAIS IMPACTOS E MEDIDAS MITIGADORAS EMPREGADAS EM
REBAIXAMENTO DO NÍVEL D’ÁGUA ..........................................................................................85
2.5.1 Os impactos .................................................................................................................85
2.5.2 A mitigação dos impactos.............................................................................................86
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CURSO MDGEO Nº
01
01
LISTA DE FIGURAS
1.1: Ciclo Hidrológico. .......................................................................................................................10
2 - Figura I-1.1: Ciclo Hidrológico – Serviço Geológico dos EUA........................................................11
3 - Figura I-2.1: Hidrograma do Córrego Bebedouro, ano hidrológico 2004/05. ..................................16
4 - Figura I-2.2: Reservatório e reservas de água subterrânea...........................................................17
5 - Figura I-2.3: Perfil esquemático da variação do nível d’água e reservas. ......................................18
6 - Figura I-2.4: Gestão do reservatório de água subterrânea. ...........................................................19
7 - Figura I-2.5: Perfil esquemático de um sistema aquífero...............................................................21
8 -Figura I-2.6: Tipos de porosidades. ...............................................................................................24
9 - Figura I-2.7: O experimento de Darcy. ..........................................................................................26
10 - Figura I-2.9: O coeficiente de armazenamento para aquíferos livres e confinados. .....................30
11 - Figura I-2.10: Exemplo de um hidrograma. .................................................................................34
12 - Figura I-2.11 – Hidrogramas de cursos d’água com alta, baixa variabilidade e intermitente.........35
13 - Figura I-3.1: Representação de cone de influência de um aquífero livre e de um confinado com
transmissividades iguais. ..................................................................................................................38
14 - Figura I-3.2: Poço tubular captando em um aquífero confinado, sob regime estacionário............40
15 - Figura I-3.3: Método de Theis para determinação de T e S.........................................................43
16 - Figura I-3.4: Exemplo da determinação de T e S pela simplificação de Jacob. ............................44
17 - Figura I-3.5: Superposição dos efeitos de rebaixamanto. ............................................................49
18 - Figura I-3.6: Nível d’água em uma bateria de poços. ..................................................................50
19 - Figura I-3.7: Planilha para cálculo da interferência entre 2 poços tubulares. ...............................51
20 - Figura I-4.1: Exemplo de uma barreira negativa em um poço tubular. .........................................53
21 - Figura I-4.2: Gráfico de Bombeamento Prolongado de Aquífero Confinado com Barreira Negativa
.........................................................................................................................................................54
22 - Figura I-4.3: Exemplo de uma barreira positiva em um poço tubular. ..........................................55
23 - Figura I-4.4: Gráfico de bombeamento prolongado de Aquífero Confinado com Barreira Positiva
.........................................................................................................................................................56
24 - Figura I-4.5: Perdas de carga em um poço tubular. ....................................................................58
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01
ANEXOS
Anexo 1 - Ficha de Cadastro de Poço .............................................................................................146
Anexo 2 - Ficha de Cadastro de Piezômetro....................................................................................148
Anexo 3 - Ficha de cadastro de surgência d'água ...........................................................................150
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CURSO MDGEO Nº
01
“No pico mais alto da Serra da Piedade, perto de Sabará, que se eleva a 5.460
pés acima no nível do mar e em seu ponto mais alto se ergue no ar, como maciço e
isolado de itabirito, essa pedra exuda incessantemente grossas gotas de água, que
caem e desaparecem, mas surgem cerca de 100 pés mais abaixo como uma pequena
nascente, que forma uma das origens do Rio das Velhas, um dos afluentes do São
Francisco.
O texto acima foi extraído do livro Brasil, Novo Mundo – Volume II de Wilhelm
Ludwig Von Eschewege, publicado em 1996 pela Fundação João Pinheiro – MG. Este
texto aborda pelo menos três questões básicas da hidrogeologia:
01
Na antiguidade clássica Platão concebia que a água dos rios e surgências eram
provenientes de uma rede de condutos interconectados, que terminava em uma
grande caverna subterrânea, O Tártaro. Aristóteles, por sua vez, acreditava que a
água subterrânea era proveniente da condensação por esfriamento do ar e dessa
forma os rios mais caudalosos nasciam nas montanhas mais altas.
Foi Marcus Vitruvius Pollio, engenheiro e arquiteto romano que viveu na época
de Cristo, quem admitiu que a chuva que caía nas montanhas, infiltrava-se e ressurgia
no sopé das elevações, formando os rios. Foi a primeira teoria de infiltração que
rompeu os tabus dos conceitos antigos consolidados na época. Mas o texto de
Eschewege deixa claro que as ideias de Vitruvius não prosperaram o suficiente, nem
mesmo após serem fortemente questionadas durante o renascimento, com a
aplicação de metodologia científica.
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O ciclo hidrológico
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01
Dessa forma, podemos falar daquela brincadeira de nosso amigo o Prof. Dr.
Rafael Fernandez-Rubio, da Escuela Superior de Ingenieros de Mina de Madrid: “É
possivel que hoje pela manhã você tenha tomado um copo d’água com algumas
moléculas da água usada no banho em que a Rainha Cleopatra tomou quando se
encontrou com o General Marco Antônio pela primeira vez”. A afirmação é oportuna e
esclarecedora, pois a água circula continuamente em sub-superfíce, superfície e na
atmosfera.
01
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2 CONCEITOS BÁSICOS
Aquífero
Sistema Aquífero
01
2.3 EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Uma grande parte da água que atinge o solo volta a atmosfera na forma de vapor,
seja por evaporação direta ou indireta. Quando um solo está coberto por vegetação,
perde-se água tanto através da evaporação direta e através da transpiração das
plantas, que corresponde ao volume de água retirado pelas raízes das plantas
utilizado em seu ciclo vital.
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2.5 ESCOAMENTO
O escoamento corresponde ao volume de água que passa por um determinado
ponto de um rio por um determinado período de tempo. O escoamento total de um rio
é formado pela somatória do escoamento superficial, escoamento subterrâneo e
escoamento hipodérmico.
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04 1000
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3 - Figura I-2.1: Hidrograma do Córrego Bebedouro, ano hidrológico 2004/05.
Para realizar o balanço, em primeiro lugar deve ser bem definida a zona a ser
analisada, aonde serão aplicados limites segundo a conveniência. A partir desta
delimitação devem ser definidos todos os termos do balanço. Esta etapa é geralmente
mais complexa, dado a dificuldade prática de se medir ou estimar com segurança os
vários termos da equação. A validez do balanço pode ser verificada ao se calcular a
variação do armazenamento, para isso deve ser considerada a variação dos níveis, a
área e o capacidade de armazenamento do aquífero1 (ΔS =. Δ níveis x capacidade de
armazenamento x Área).
1
Equivalente à porosidade eficaz do aquífero.
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RESERVA GEOLÓGICA
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Antes:
Depois:
Recursos explotáveis
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1
Do grego hýpsos, eós-ous; altura, elevação.
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Todo aquífero raso ou freático é um aquífero livre, porém nem todo aquífero livre
é freático. O termo freático vem do grego “phreatikós”, que significa poço escavado
ou cacimba, assim os aquíferos freáticos são aqueles com nível d’água raso, passíveis
de serem explotados por poços escavados manualmente. Estes aquíferos livres e
rasos permitem que as plantas freatófitas consigam alimentar-se diretamente de água
nos mesmos.
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2
Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda.: Verbete: lençol freático, 1. Lençol de água subterrâneo que se
forma em profundidade relativamente pequena. O termo freático, vem das plantas freatófitas cujas raízes se
alimentam de água subterrânea dos aquíferos livres rasos.
3
Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda.: Verbete: artesiano: [Do fr. artésien.]Adj. 1. De, ou pertencente ou
relativo a Artésia (Artois - França). Região da França, onde existem aquíferos confinados com poços jorrantes.
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2.8.4 Aquiclude
Do latim “claudere” que significa fechar, os aquicludes são em geral rochas de
elevada capacidade de retenção de água, mas, sem condições de circulação de água
subterrânea. Tratam-se de materiais como as argilas com elevada capacidade de
armazenar e condutividade hidráulica praticamente nula. Em síntese: armazenam
mas não transmitem.
2.8.5 Aquífugo
Do latim “fugere”, fugir, são em geral rochas desprovidas de porosidade primária
ou secundária, sem condições de circulação e armazenamento de água subterrânea.
Tal qual um maciço granítico não fraturado, um evaporito 5, etc. Em síntese: não
armazenam e não transmitem.
2.8.6 Aquitardo
Do latim “tardere”, retardar, aquitardos são em geral rochas com capacidade de
retenção de água, mas com fraca capacidade de circulação de água subterrânea. Não
se prestam a serem captadas como um aquífero mas em condições especiais podem
alimentar outros aquíferos, fornecendo uma recarga suplementar. Em síntese:
armazenam e transmitem lentamente
5
Rocha sedimentar proveniente da evaporação total de salmouras, por exemplo as camadas de sal que recobrem
os campos petrolíferos do chmado pré-sal.
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2.9.1 Porosidade
Um meio poroso é formado por um agregado de grãos entre os quais existem
vazios que podem ser ocupados por um fluido; estes espaços vazios chamam-se
poros. O meio poroso pode ser uma rocha consolidada ou não, uma rocha alterada
ou mesmo uma rocha compacta fraturada ou carstificada.
A porosidade de uma rocha pode também ser classificada pela origem, isto é,
porosidade primária ou porosidade secundária. Os arenitos em geral apresentam
apenas a porosidade primária que corresponde aos vazios existentes entre seus grãos
e foram criados concomitantemente à formação da rocha. Um granito pode apresentar
porosidade secundária (criada após a formação da rocha) devido ao fraturamento e
também ao intemperismo.
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Vv
m= 100
Vt
onde: m é a porosidade total expressa em porcentagem
Vv é o volume de vazios de uma amostra de material
Vt é o volume total da amostra
Vg
me = 100
Vt
onde: me é a porosidade efetiva expressa em porcentagem
Vg é o volume de fluído que escoa gravitacionalmente, de uma amostra de
material
Vt é o volume total da amostra
A água que fica retida na rocha, isto é, a diferença entre a porosidade total e a
porosidade efetiva corresponde à retenção específica de uma amostra. Trata-se do
teor de umidade empregado na mecânica dos solos e aproximadamente à capacidade
de campo empregada pelos agrônomos.
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h1 − h2
Q = K A
L
onde:
A é a área da seção total atravessada pelo fluxo, isto é, espaço ocupado pelos
grãos e poros atravessados;
01
K=k
onde:
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2.9.5 Transmissividade
O conceito de transmissividade foi introduzido por Theis (1935) e define-se como
a vazão que atravessa uma seção vertical do aquífero, de largura unitária e altura igual
à espessura saturada, sob um gradiente hidráulico igual a 1 (Figura I-2-8).
h
Q = k (b l ) onde: T = k b
l
sendo: k = permeabilidade
b = espessura do aquífero
l = largura da seção
T = transmissividade
h
= gradiente hidráulico
l
Pode ser definido como o volume d’água liberado pelo aquífero de um prisma
vertical de base unitária, com altura igual à espessura do aquífero, ao se produzir um
rebaixamento igual a uma unidade Figura I-2.9.
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Vg
Aquíferos livres: S = me =
Vt
Aquíferos confinados: S = S1 + S2
S1 = m b
S2 = b
m = porosidade total
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01
-Tempo de base: é o tempo desde que se inicia a precipitação até que se termine
o escoamento direto, ou seja até que chegue a última gota da chuva;
01
2T
= , sendo:
4Sl 2
• ➔ coeficiente de esgotamento;
• T ➔ transmissividade;
• S ➔ coeficiente de armazenamento;
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01
01
1,000
100
Vazão em L/s
10
1
Baixa Variabilidade - Fechos Auxiliar V-28 Intermitente - Córrego Seco V-9 Alta Variabilidade - Ribeirão Mutuca VTD-01
12 - Figura I-2.11 – Hidrogramas de cursos d’água com alta, baixa variabilidade e intermitente.
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01
córrego está perene, este apresentou reta de esgotamento com mesma inclinação
para os dois períodos chuvosos.
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01
Obras
10
out-98 out-99 set-00 set-01 out-02 out-03 set-04 set-05 out-06 out-07 set-08
V-Aux FCH Marumbé V-Gal FCH Poços CPX
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01
3 HIDRÁULICA DE POÇOS
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14 - Figura I-3.2: Poço tubular captando em um aquífero confinado, sob regime estacionário.
dh
Q = 2 r T
dr
Sendo:
T = transmissividade;
Q = vazão extraída.
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Q dr
dh =
(2 T ) r
Q
h= ln r + A
(2 T )
Q R
h1 − h = ln , sendo “R” o “raio da ilha circular”, o famigeradíssimo6 “raio
2 T r1
de influência”.
Para calcular o valor da transmissividade, temos:
Q R 2.3 Q R
T= ln ou T= log
(h1 − h) 2 r1 (h1 − h) 2 r1
2 T (h1 − h)
Q=
R
2.3 log
rp
6
Computador e papel aceitam de tudo!
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01
Quanto mais espesso o pré-filtro, menos finos na água; quanto maior o diâmetro útil
do poço maior a disponibilidade de equipamentos de bombeamento e espaço de
manutenção.
r2 S
e −u
sendo: u =
Q
s=
4 T
W (u )
4T t
e W (u ) = u u du
Onde : s = rebaixamento (h-h1), no ponto de observação;
Q = vazão;
T = transmissividade;
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01
10.00 w(u)=5.2
Ponto de
1.00 Supersiposição w(u)=0.52
s = 1.0 metros
t = 10 minutos
1/u = 27.78
w(u) = 0.52
0.10
1 10 100 1000 10000
Tempo em minutos
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7
Logarítimo na base 10
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2.25Tt 0
assim após determinar o valor de T temos: S=
r2
Como na figura I-3.4, obtivemos: t0 = 0.61 minutos e s10 = 4.4 metros, temos:
s2
sc = s −
2b
onde: s = rebaixamento no ponto de observação;
sc = rebaixamento corrigido;
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T
B= l
k / bl
b l = espessura do aquitardo
B = Coeficiente de Gotejamento
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onde,
2
Qi ri S
Qi Z (ri , ti ) = W (ui ) ; ui =
4T 4 T ti
s=(0,183×Q/T)×log((2,25×T×t)/(r2×S)) ➔ s=f(t, r)
Essa equação pode ser lançada em uma planilha Excel, desde que se tenha
determinado a Transmissividade (T) e o Coeficiente de Armazenamento (S) em um
ensaio de bombeamento com poço de observação ou piezômetro “Ensaio de
Interferência”, como na Figura I-3.7. A equação do exemplo poderia ser transformada
em uma função do tempo e da distância do poço bombeado, desde que sejam
observados os seguintes aspectos: rebaixamento inferior a 10% da espessura
saturada do aquífero e bombeamento a vazão constante, com os dados da planilha
apresentada, temos:
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s=(0,183×2400m3d/200m2d)×log((2,25×200m2d×t)/(r2×.0001)) ➔
s=21,96m×log(4,5×106m2d×t/r2)
s=21,96m×log(1,215×109m2/r2) ➔ s=f(1/r2)
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2s10 = 21s10
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2s10
1s10
log t
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2s10 = 1/21s10
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2s10
1s10
log t
s = sa + sp = Q + Qn
onde:
sa = rebaixamento do aquífero
sp = perdas de carga
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s = sa + sp = Q + Q2
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tivesse uma melhor eficiência. Este fato tem como consequência um elevado consumo
energético em poços com elevada perda de carga.
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ENSAIO ESCALONADO
Vazão máxima: - 40% Vazão máxima: - 60% Vazão máxima: - 80% Vazão máxima: - 100%
TEMPO VAZÃO NÍVEL TEMPO VAZÃO NÍVEL TEMPO VAZÃO NÍVEL TEMPO VAZÃO N.D
mim m3/h POÇO mim m3/h POÇO mim m3/h POÇO mim m3/h POÇO
0 37.67 0 39.70 0 41.59 0 44.93
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4
1 70.56 39.15 1 100.56 40.61 1 136.80 43.06 1 164.50 46.63
2 70.56 39.15 2 100.56 40.72 2 136.80 43.21 2 164.50 46.77
3 70.56 39.20 3 100.56 40.76 3 136.80 43.23 3 164.50 46.94
4 70.56 39.22 4 100.56 40.80 4 136.80 43.24 4 164.50 47.03
5 70.56 39.22 5 100.56 40.82 5 136.80 43.13 5 164.50 47.06
6 70.56 39.22 6 100.56 40.84 6 136.80 43.13 6 164.50 47.13
7 70.56 39.09 7 100.56 40.87 7 136.80 43.15 7 164.50 47.17
8 70.56 39.10 8 100.56 40.90 8 136.80 43.18 8 164.50 47.21
9 70.56 39.11 9 100.56 40.92 9 136.80 43.39 9 164.50 47.22
10 70.56 39.12 10 100.56 40.95 10 136.80 43.66 10 164.50 47.28
12 70.56 39.15 12 100.56 40.97 12 136.80 43.69 12 164.50 47.32
14 70.56 39.17 14 100.56 41.01 14 136.80 43.74 14 164.50 47.38
16 70.56 39.19 16 100.56 41.04 16 136.80 43.75 16 164.50 47.41
18 70.56 39.21 18 100.56 41.07 18 136.80 43.82 18 164.50 47.49
21 70.56 39.25 21 100.56 41.11 21 136.80 43.88 21 164.50 47.51
24 70.56 39.28 24 100.56 41.16 24 136.80 43.94 24 164.50 47.58
27 70.56 39.30 27 100.56 41.19 27 136.80 44.02 27 164.50 47.62
30 70.56 39.32 30 100.56 41.22 30 136.80 44.03 30 164.50 47.68
35 70.56 39.35 35 100.56 41.28 35 136.80 44.09 35 164.50 47.76
40 70.56 39.38 40 100.56 41.31 40 136.80 44.15 40 164.50 47.83
45 70.56 39.41 45 100.56 41.35 45 136.80 44.21 45 164.50 47.93
50 70.56 39.44 50 100.56 41.39 50 136.80 44.27 50 164.50 48.09
60 70.56 39.48 60 100.56 41.45 60 136.80 44.37 60 164.50 48.22
70 70.56 39.52 70 100.56 41.51 70 136.80 44.49 70 164.50 48.35
80 70.56 39.56 80 100.56 41.56 80 136.80 44.58 80 164.50 48.53
90 70.56 39.60 90 100.56 41.64 90 136.80 44.66 90 164.50 48.57
100 70.56 39.64 100 100.56 41.67 100 136.80 44.75 100 164.50 48.73
110 70.56 39.67 110 100.56 41.74 110 136.80 44.85 110 164.50 48.84
120 70.56 39.70 120 100.56 41.89 120 136.80 44.83 120 164.50 48.91
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01
Etapa 1
48.00
Etapa 2
s4 = 3.57
Etapa 3
Reta de Projeção
Rebaixamento em metros
46.00
Etapa 4
42.00
s2 = 1.81
40.00
s1 = 39.7
38.00
1 10 Tempo em minutos 100 240 1000
s
sq = = +Q
Q
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CURSO MDGEO Nº
01
REBAIXAMENTO
ETAPA VAZÃO INCREMENTO DE REBAIXAMENTO REBAIXAMENTO
ESPECÍFICO
1 Q1 (nd -ne) s1 = (nd -ne) sq1 = s1/Q1
2 Q2 s2 s2 = s1 + s2 sq2 = s2/Q2
3 Q3 s3 s3 = s2 + s3 sq3 = s3/Q3
4 Q4 s4 s4 = s3 + s4 sq4 = s4/Q4
0.07
0.06
Rebaixamento específico em m/m3/h
s = 0.019
0.05
= s/Q
= 0.019/65
= 0.0003
0.04
Q = 65.0
0.03
50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200
vazão em m3/h
s − Q2 s
= = − Q2
Q Q
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CURSO MDGEO Nº
01
s2 s
− 1
Q2 Q1 Q2n −1 − Q1n −1
= n −1
s3 s2
− Q3 − Q2n −1
Q3 Q2
Esta equação pode apresentar mais de uma solução para o valor de n, devendo
ser utilizada com muito cuidado. Obtido o valor de n, a seguir, por substituição na
equação do poço em cada etapa do ensaio escalonado, determina-se o valor de .
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CURSO MDGEO Nº
01
Como regra básica deve-se sempre fixar a vazão ótima de exploração do poço
um pouco abaixo do valor correspondente ao ponto crítico, uma vez que há um
abaixamento do nível dinâmico com o tempo e ocorre uma variação sazonal de níveis,
em geral pouco conhecida.
Em desaguamento de mina esse ponto torna-se mais crítico, uma vez que há
uma interferência enorme entre os vários poços com abaixamentos constantes do
nível dinâmico com o tempo, bem como queda contínua das vazões extraídas. É
extremamente difícil calcular, com base em formulações existentes, a evolução dos
níveis dinâmicos e vazões dos poços, sendo que somente com a utilização de
modelos de simulação muito bem calibrados consegue-se determinar valores
aceitáveis para essa evolução.
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CURSO MDGEO Nº
01
-45
-55
nível dinâmico (m)
-65
-75
0.183Q
T= ;
s
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CURSO MDGEO Nº
01
0.183Q
Para R1 se obtém ➔ T = = 16.08 m2/dia
42.2
0.183Q
Para R2 se obtém ➔ T = = 40 m2/dia
17
0.183Q
Para R3 se obtém ➔ T = = 226.21m2/dia
3
120.00
R2
R3
R1
100.00
Rebaixamento em metros ( s )
80.00
60.00
R1'
40.00
ΔS1 = 42.2
20.00
R2'
ΔS2 =17
R3'
ΔS3 = 3
0.00
1 10 100 1000 10000
Tempo em minutos
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01
s2
sc = s − ; onde:
2b
s = rebaixamento no ponto de observação;
sc = rebaixamento corrigido;
80.00
R2
70.00 R1
60.00
Rebaixamento corrigido em metros ( sc )
50.00
40.00
30.00
R1'
20.00
ΔS = 24.8
10.00
R2'
ΔS = 3
0.00
1 10 100 1000 10000
Tempo em minutos
Utilizando a correção obtém-se apenas duas retas, deixando claro que se trata
de dois aquíferos, com um contraste de transmissividade da ordem de dez vezes.
Para R1 se obtém:
0.183Q
T= = 27.36 m2/dia
24.8
Para R2 se obtém:
0.183Q
T= = 226.21m2/dia
3
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01
0.50
R2
R1
0.45
0.40
0.35
0.30
sc/Q
0.25
R1'
0.20
0.15
ΔSC / Q = 0.18
0.10
0.05 R2'
ΔSC / Q= 0.027
0.00
1 10 100 1000 10000
Tempo em minutos
0.183
T = = 1.01 m2/h = 24.2 m2/dia
0.18
Para R2 se obtém:
0.183
T= = 6.77 m2/h =162 m2/dia
0.027
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01
Início Término
data: 19/12/06 hora: 17:00 data: 20/12/06 hora: 17:00
hora t (min) N.D.(m) V(m3) Q(m3/min) Q (m3/h) s med (m) s corr. (m) sc/Q areia (ppm) observações
17:00 0 11.62
1 15.30 3.00 3.00 180.00 3.68 3.64 0.02 0.02044
2 40.20 3.00 3.00 180.20 28.58 26.06 0.14 0.1586
3 50.15 2.99 2.99 179.30 38.53 33.95 0.19 0.21489
4 60.20 2.98 2.98 178.80 48.58 41.30 0.23 0.2717
5 65.10 2.96 2.96 177.80 53.48 44.65 0.25 0.30079
6 70.13 2.96 2.96 177.40 58.51 47.94 0.27 0.32982
7 72.15 2.96 2.96 177.40 60.53 49.22 0.28 0.34121
8 73.18 2.95 2.95 176.90 61.56 49.86 0.28 0.34799
9 76.20 2.93 2.93 175.50 64.58 51.71 0.29 0.36798
10 77.15 2.91 2.91 174.50 65.53 52.28 0.30 0.37553
12 78.20 5.75 2.88 172.50 66.58 52.90 0.31 0.38597
14 83.50 5.45 2.73 163.50 71.88 55.93 0.34 0.43963
16 85.60 5.52 2.76 165.50 73.98 57.09 0.34 0.44701
18 88.66 5.50 2.75 165.00 77.04 58.72 0.36 0.46691
20 92.00 5.50 2.75 165.00 80.38 60.44 0.37 0.48715
25 94.96 13.75 2.75 165.03 83.34 61.90 0.38 0.505
17:30 30 99.10 13.50 2.70 162.00 87.48 63.86 0.39 0.54
35 101.32 13.41 2.68 160.90 89.70 64.87 0.40 0.55749
40 103.08 13.37 2.67 160.40 91.46 65.64 0.41 0.5702
50 105.45 26.47 2.65 158.80 93.83 66.66 0.42 0.59087
18:00 60 107.30 26.30 2.63 157.80 95.68 67.42 0.43 0.60634
70 109.18 26.30 2.63 157.80 97.56 68.18 0.43 0.61825
80 109.58 26.22 2.62 157.30 97.96 68.34 0.43 0.62276
90 110.60 26.12 2.61 156.70 98.98 68.74 0.44 0.63165
19:00 120 112.22 78.10 2.60 156.20 100.60 69.36 0.44 0.64405
150 113.45 77.80 2.59 155.60 101.83 69.83 0.45 0.65443
20:00 180 114.48 77.80 2.59 155.60 102.86 70.21 0.45 0.66105
210 115.27 77.80 2.59 155.60 103.65 70.49 0.45 0.66613
21:00 240 115.72 77.80 2.59 155.60 104.10 70.65 0.45 0.66902
270 116.35 77.80 2.59 155.60 104.73 70.88 0.46 0.67307
22:00 300 116.75 77.55 2.59 155.10 105.13 71.02 0.46 0.67782
330 117.00 77.55 2.59 155.10 105.38 71.11 0.46 0.67943
23:00 360 117.37 77.25 2.58 154.50 105.75 71.23 0.46 0.68447
390 117.62 77.25 2.58 154.50 106.00 71.32 0.46 0.68608
00:00 420 117.96 77.25 2.58 154.50 106.34 71.44 0.46 0.68828
01:00 480 118.32 154.50 2.58 154.50 106.70 71.56 0.46 0.69061
02:00 540 118.64 154.70 2.58 154.70 107.02 71.67 0.46 0.69179
03:00 600 118.91 153.50 2.56 153.50 107.29 71.76 0.47 0.69896
04:00 660 119.18 153.50 2.56 153.50 107.56 71.85 0.47 0.70072
05:00 720 119.39 153.50 2.56 153.50 107.77 71.92 0.47 0.70208
06:00 780 119.61 153.50 2.56 153.50 107.99 72.00 0.47 0.70352
07:00 840 120.08 153.50 2.56 153.50 108.46 72.15 0.47 0.70658
08:00 900 120.24 153.50 2.56 153.50 108.62 72.21 0.47 0.70762
09:00 960 120.26 153.50 2.56 153.50 108.64 72.21 0.47 0.70775
10:00 1020 120.40 153.50 2.56 153.50 108.78 72.26 0.47 0.70866
11:00 1080 120.42 153.50 2.56 153.50 108.80 72.26 0.47 0.70879
12:00 1140 120.44 153.50 2.56 153.50 108.82 72.27 0.47 0.70893
13:00 1200 120.46 153.50 2.56 153.50 108.84 72.28 0.47 0.70906
14:00 1260 120.46 153.50 2.56 153.50 108.84 72.28 0.47 0.70906
15:00 1320 120.46 153.50 2.56 153.50 108.84 72.28 0.47 0.70906
16:00 1380 120.46 153.50 2.56 153.50 108.84 72.28 0.47 0.70906
17:00 1440 120.46 153.50 2.56 153.50 108.84 72.28 0.47 0.70906
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1 INTRODUÇÃO
Em mineração a céu aberto a presença de água na cava é indesejável por vários
aspectos, entre os quais podemos citar:
- Atraso na produção;
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rebaixamento sejam iniciadas três a dois anos antes que a escavação atinja o minério
saturado.
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• Dados hidrometeorológicos;
• Hidrologia;
Em síntese, será feita uma compilação dos dados existentes, referentes à climatologia,
hidrogeologia, hidrologia e geologia.
8
Esses são os procedimentos usuais das equipes da MDGEO, evidentemente aceitamos críticas e sugestões.
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✓ Coordenadas em UTM dos pontos, que devem ser levantados por GPS com
precisão compatível com o trabalho;
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01
✓ Particularidades do ponto.
✓ Aparelho para medição “in situ” de parâmetros como pH, Eh, Condutividade Elétrica,
Temperatura do ar e da água. Aparelho com eletrodos intercambiáveis, com
certificado de calibração anual em laboratório idôneo. Os eletrodos devem ser
calibrados ou verificados no campo com soluções padrão conforme especificado
abaixo:
- eletrodo de pH – solução tampão pH 4,0 +/- 0,02 e pH 7,0 +/- 0,02, calibração;
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✓ Medidor Elétrico de Nível D’água, cabo chato tipo fita com dois condutores de aço
inox, revestido com polietileno de alta densidade, marcando a cada meio centímetro;
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✓ Finalidade do uso:
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• Análise de sensibilidade;
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Medidas de mitigação
2.5.1 Os impactos
O rebaixamento do nível d’água pode vir a causar dois tipos de impactos a
considerar:
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“MEDIDAS DE MITIGAÇÃO
No termo de compromisso firmado entre a MBR e a COPASA, estabelece-se que
a MBR, hoje Vale, deverá fornecer a COPASA, em caráter preventivo, a vazão
equivalente a 1/3 do total bombeado. A Vale construiu uma adutora interligando a
adutora da COPASA e vem disponibilizando acima do mínimo (50 L/s, vazão
equivalente a 1/3 da vazão bombeada), desde fevereiro de 2008. A definição da vazão
mínima adotou como referência a vazão média bombeada no ciclo hidrológico de
2007/2008 151 L/s.
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01
No caso específico dos dois poços do condomínio Jardim Monte Verde, foi
firmado um termo de compromisso, onde se estabelece que, preventivamente, a Vale
disponibilizará a vazão de 15 m 3/h (4,2 L/s) de águas oriundas dos poços de
rebaixamento durante toda a vida útil da mina.”
Na pratica a VALE vem fornecendo bem mais água que o acordado, para
compensar as perdas d’água (140 L/s) das águas da surgência dos Fechos
contaminada pelo esgoto contido ilegalmente nas águas da galeria pluvial de parte do
Jardim Canadá. A mineradora construiu uma estação de tratamento de esgoto e
entregou a COPASA, que fez a rede de esgoto, mas nela chega apenas uma parte. O
Córrego Seco encontrava-se (outubro de 2008) perenizado com os esgotos de outra
galeria pluvial do Jardim Canadá. O condomínio por sua vez usa a água de mitigação
para diluir o esgoto do Córrego Seco, pois mesmo impactado o seu poço ainda produz
o suficiente.
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3.1 OBJETIVOS
O rebaixamento do nível d'água em mineração emprega a metodologia do pré-
rebaixamento, ou seja, um menor número de poços de rebaixamento operando por
um tempo de bombeamento maior. Esta forma de trabalhar implica em um menor
custo de perfuração de poços e uma interferência menor com as operações de lavra.
Para o pré-rebaixamento tornar-se viável, a bateria de poços tem que atuar de forma
ininterrupta, com a máxima eficiência possível. Para cada metro que se deseja
rebaixar o nível d'água de uma mina, temos que bombear um determinado volume
d'água subterrânea. Como o avanço da lavra em profundidade é descontínuo, o
rebaixamento do nível d'água tem que caminhar na vanguarda, permitindo que, ao se
chegar no momento da abertura de um novo banco, este esteja seco e por segurança
o nível d'água esteja na cota correspondente ao banco inferior.
Para manter a mina drenada com pisos e taludes secos e com segurança
operacional, é necessário que o rebaixamento do nível d'água seja programado junto
com o planejamento de lavra. As águas subterrâneas de uma mina devem receber o
mesmo tratamento dado ao estéril, com volumes a serem removidos comprometidos
com o plano de lavra e também a destinação deste. Recomenda-se inclusive que pela
sua qualidade, seja dado um uso nobre a água bombeada, tal como abastecimento
dos prédios administrativos e das instalações de tratamento de minério. Com este
procedimento a água evolui de estéril para ser mais um produto da mina.
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Os poços revestidos com aço são muito sensíveis à ação das águas agressivas,
com a ocorrência de processos de corrosão e incrustação. Consequentemente, a sua
vida útil é menor e com o passar do tempo os filtros espiralados perdem a resistência
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Os poços com revestimento de pvc geomecânico são poços com alta resistência
à agressividade das águas. No entanto, têm menor resistência aos esforços
hidráulicos e mecânicos, principalmente aos de tração. Por se tratar de uma tecnologia
ainda nova no Brasil, deve-se tomar muito cuidado com qualquer tipo de intervenção
que venha ser desenvolvida nestes poços. Uma das principais limitações deste tipo
de material é a sua resistência ao colapso da ordem de 16 kg/cm 2 para geomecânico
reforçado e 8 kg/cm2 para o geomecânico standart.
Estas bombas não podem ser colocadas em um poço sem uma prévia análise
das condições, dentre as quais destacamos:
01
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01
submersa. É recomendável que a base desta coluna de pvc seja fechada com um
caps e o tubo basal perfurado com furos de 1/4" de 20 em 20 cm. Este procedimento
impede que a sonda de leitura do nível d'água saia fora do pvc de leitura e agarre na
tubulação do poço.
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Este procedimento pode ser realizado com o auxílio do "Sand Test", que é um
pequeno hidrociclone que colocado na tubulação de saída d'água do poço concentra
a areia produzida e permite a sua medição. Outra forma de medição da areia é coletar
5 litros de água do poço e levar para o laboratório e mediante a concentração
gravimétrica eliminar a água isenta de areia até se chegar a um volume possível de
medir em uma proveta cônica, ou utilizar um cone inmhoff.
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3.4.13 Vídeo-inspeção
A vídeo-inspeção ou endoscopia de poços tubulares é um processo de filmagem
interna dos mesmos com câmera de vídeo, que permite a verificação do estado interno
dos filtros e tubos lisos. Este procedimento também deve ser empregado para a
verificação de objetos que caiam nos poços para a construção de ferramentas de
pescaria mais adequadas.
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o poços deve ser desinfectado com cloro e limpo com bombeamento com ar
comprimido, "air lift".
Freqüência
medições / atividade diária mensal trimestral semestral anual
vazão xxxxx
nível dinâmico ou inicial xxxxx
amperagem e voltagem xxxxx
horímetro xxxxx
nível estático xxxxx
piezômetros xxxxx
volume total extraído xxxxx
tempo de operação xxxxx
desinfecção xxxxx
teor de finos xxxxx
processamento de dados xxxxx
teste de produção xxxxx
análise físico-química xxxxx
redimensionamento de bombas xxxxx
endoscopia/vídeo-inspeção xxxxx
escovamento/jateamento xxxxx
33 Quadro II-3.1 - Sumário do programa de operação e manutenção de poços
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para cada metro cúbico de água armazenada no poço, diluir no tambor 1 litro
de hipoclorito a 10%;
Nos poços com indicador de nível d'água do maciço de pré-filtro (INA), verter
a solução em partes iguais pela boca do poço, pelo INA e pelo pvc de leitura
do nível d'água;
Nos poços sem o indicador de nível d'água do maciço de pré-filtro (INA), verter
a solução em partes iguais pela boca do poço e pelo pvc de leitura do nível
d'água;
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Nos poços com INA do pré-filtro a cloração pode ser feita com o poço em
operação, diluindo a água do tambor com parte da água bombeada, de modo
a injetar a solução pelo INA por um período de 6 horas;
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1 INTRODUÇÃO
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ânions cátions
Cloreto (Cl -) Sódio (Na +)
Sulfato (SO4 –2) Cálcio (Ca +2)
Bicarbonato (HCO3 -) Magnésio (Mg +2)
É frequente que os íons carbonato (CO3 –2) e potássio (K +) se enquadrem dentro
do grupo dos íons fundamentais, ainda quando sua proporção é pequena. Outras
vezes pode-se incluir também os íons Fe +2 (ferroso) e nitrato (NO3 -).
O potássio está sempre associado ao sódio, assim como o CO3–2 está associado
ao HCO3–. Os principais tipos hidroquímicos das águas subterrâneas são:
cátions ânions
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total) e elementos traço, quando estão presentes em quantidades tão baixas que são
dificilmente mensurados em análises químicas de rotina.
Os íons metálicos ou semimetálicos derivados do As, Sb, Cr, Pb, Cu, Zn, Ba, V,
Hg, etc., representam os chamados metais pesados e substâncias tóxicas, sendo, na
maioria das vezes, elementos traço.
Todo o dito se refere aos casos mais frequentes de águas naturais; em águas
contaminadas as substâncias podem mudar consideravelmente. Na natureza, existem
por vezes águas subterrâneas naturais com composições que não se ajustam ao
anteriormente indicado, ou porque contém quantidades muito pequenas de alguns dos
íons fundamentais ou porque uma fração importante do conteúdo iônico está
representada por um ou vários íons menores ou traço.
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d)
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+3
, Fe(OH) +2, Fe(OH) +, em relação com o Fe(OH)3 e Fe(OH)2 precipitados
ou coloidais depende do pH, Eh e composição da solução. Certos materiais
orgânicos e alguns inorgânicos podem atuar formando complexos , que
complicam ainda mais o comportamento. Os trabalhos de Hem et al. (1962)
in Custodio, E. & Llamas, M. R., 1976 levaram ao estabelecimento de um
conjunto de diagramas de estabilidade tal como o da figura III-1.1. Nesta
figura aparecem os limites dos campos de estabilidade de onde se pode
ver que em geral as águas subterrâneas só têm normalmente o Fe+2
dissolvido (às vezes como Fe(OH)+ e sob condições de pH elevado
praticamente não existe ferro dissolvido; a medida em que o pH e o Eh
aumentam, o ferro forma o composto Fe(OH) 3 , insolúvel. A oxidação do
Fe+2 produz-se segundo:
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34 III-3.1: Campos de estabilidade das soluções aquosas dos sistemas ferrosos-férricos. São
indicados os campos em que se situam a maioria das águas naturais e subterrâneas.
(Segundo Hem et al. in Custodio, E. & Llamas, M. R., 1976).
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pH = - log [H+]
(b) Valores: O pH varia entre 6,5 a 8, mas raramente entre 5,5 e 8,5. Em casos
excepcionais pode variar entre 3 e 11. A água do mar tem um pH de
aproximadamente 8.
(c) Efeitos: Águas com pH < 7 podem ser agressivas. PH > 9 causa
dificuldades nas plantas. Os peixes suportam pH variante entre 5 e 9,5,
sendo que o ideal está entre 6,5. Valores de pH são mais facilmente
solubilizados e tornam as águas mais tóxicas. Em valores mais elevados
ocorre maior tendência à precipitação de metais.
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STD = RS + ½ HCO3-
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c) Valores: O valor de TAC está entre 100 e 300 ppm podendo estar, às vezes,
entre 50 e 500 ppm de CaCO3. O valor de Ta é geralmente 0 e pode chegar
a 10 em águas bicarbonatadas sódicas.
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c) Valores: Varia entre 100 e 2000 S/cm a 18oC para águas doces, podendo
chegar a 100.000 S/cm em salmouras. A água do mar tem ao redor de
45.000 S/cm a 18oC.
− Dureza total: Conteúdo total em Ca+2 + Mg+2, Cl-, SO4-2; entendida como
a soma das durezas permanente e temporária (D t = Dp + Dc)
9
Extraído de Hidrogeologia, conceitos e aplicações – CPRM – 1997.
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NaCl Cl 0,607
N NO3 4,426
Na2O Na 0,742
K2O K 0,830
CaO Ca 0,715
CaCO3 Ca 0,400
MgO Mg 0,603
CaCO3 Mg 0,243
Fe2O3 Fe 0,699
35 - Quadro I-4.1 –Conversão de expressões químicas (Custodio ,E. & Llamas,M.R. , 1976
página 222)
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Quadro I-4.2 – Fatores de conversão de unidades de expressões químicas (Custodio ,E. &
Llamas,M.R. , 1976 página 223)
01
Na prática existe uma diferença entre os valores obtidos, que é devida aos erros
acumulados de cada uma das determinações individuais e a não contagem das
concentrações de contribuições iônicas menores.
Se existe uma diferença muito marcante, esta somente pode ser devido à:
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Legend:
Ponto C1
Ponto C2
Ponto C3
Ponto C4
80 80
Ponto C5
Ponto C6
Ponto C7
60 60
Ponto C8
Ponto C9
Ponto C10
40 40
Ponto C11
20 20
Mg SO4
80 80
60 60
40 40
20 20
80 60 40 20 20 40 60 80
Ca Na+K HCO3 Cl
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PTMAC16
Na+K
39 - Figura III-4.4: Diagramas
Cl
de Stiff, Cauê, Gandarela e Cercadinho
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40 - Figura IV-4.5: Diagrama de Stiff, retirado do Plano da Bacia Hidrográfica do Rio do Douro,
Portugal.
Uma água com uma relação entre dois cátions quaisquer X e Y (relação rX/rY)
alcança o equilíbrio com uma rocha cujos sais tenham uma relação determinada. Se
esta relação é modificada na água, a rocha em contato opõe-se à modificação
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rCl − r ( Na + K )
itb( + ) =
rCl
rCl − − r ( Na + + K + )
itb(−) = − −
r ( SO4 − 2 + HCO 3 + NO3 )
Esta razão é utilizada, via de regra, para valores negativos que estão
relacionados com águas em terrenos plutônicos.
A água do mar tem valores de itb(+) na faixa de 1,2 a 1,3 e as salmouras, com
rCl- > 500, valores positivos. Águas de baixa salinidade podem possuir valores de
itb(+) positivos ou negativos. Um aumento no valor do itb indica uma troca de bases,
com endurecimento da água e uma diminuição indica troca de bases com um
abrandamento.
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5 EXERCÍCIOS DE HIDROQUÍMICA
RESULTADOS CONCENTRAÇÕES
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS
QUANTITATIVOS RELATIVAS (meq/L)
Resíduo seco a 18°C, em ppm 385 -
Condutividade elétrica, em mhos/cm 500 -
pH a 18°C, em log[1/H+] 7.5 -
Dureza total, em ppm de CaCO3 131.43
Alcalinidade TAC (pH <8.3), em ppm de CaCO3 156.3
Bicarbonatos (HCO3-), em ppm de HCO3- 190.65
Sulfatos (SO4-2), dados em ppm de SO4-2 55.8
- -
Cloretos (Cl ), em ppm de Cl 15
Nitratos (NO3-), dados em ppm de NO3- 1.67
Sódio (Na+), em ppm de Na+ 9.72
Potássio (K+), em ppm de K+ 40.5
Cálcio (Ca²+), em ppm de Ca²+ 43.3
Magnésio (Mg²+), em ppm de Mg²+ 10
Ferro (Fe²+), em ppm de Fe²+ 0
Amônia (NH4+), em ppm de NH4+ 0.03
Anidrido carbônico livre (CO2), em ppm de CO2 10 -
Pesos atômicos: Ca=40; Mg=24; Na=23; K=39; H=1; O=16; C=12; S=32; N=14; Fe=56; Cl=35.5
1.b) Fazer cálculos de balanço iônico para determinar o erro analítico da análise,
avaliando se a mesma apresenta resultados aceitáveis.
5.4 Resolução
01
Assim:
Cálculos Ânions:
➢ Bicarbonatos HCO3-
➢ Cloreto Cl-
➢ Sulfato SO42-
Logo:
Cálculos Cátions
➢ Sódio Na+
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➢ Potássio K+
➢ Magnésio Mg2+
➢ Cálcio Ca2+
➢ Amônia NH+4
∑ Cátions = 4,461meq/l
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RESULTADOS CONCENTRAÇÕES
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS
QUANTITATIVOS RELATIVAS (meq/L)
Resíduo seco a 18°C, em ppm 385 -
Condutividade elétrica, em mhos/cm 500 -
pH a 18°C, em log[1/H+] 7.5 -
Dureza total, em ppm de CaCO3 131.43 2.629
Alcalinidade TAC (pH <8.3), em ppm de CaCO3 156.3 3.126
Bicarbonatos (HCO3-), em ppm de HCO3- 190.65 3.125
Sulfatos (SO4-2), dados em ppm de SO4-2 55.8 1.16
- -
Cloretos (Cl ), em ppm de Cl 15 0.422
Nitratos (NO3-), dados em ppm de NO3- 1.67 0.027
Sódio (Na+), em ppm de Na+ 9.72 0.423
Potássio (K+), em ppm de K+ 40.5 1.038
Cálcio (Ca²+), em ppm de Ca²+ 43.3 2.165
Magnésio (Mg²+), em ppm de Mg²+ 10 0.833
Ferro (Fe²+), em ppm de Fe²+ 0 0
Amônia (NH4+), em ppm de NH4+ 0.03 1.6 x 10-3
Anidrido carbônico livre (CO2), em ppm de CO2 10 -
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1.c)
DIAGRAMA DE PIPER
100
SO4 + Cl Ca + Mg
Na + K 0 0 CO3 + HCO3
100 0 0 100
Mg SO4
0 100 0
100 Ca 0 0 Cl 100
CATIONES ANIONES
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Alguns íons têm uma associação direta com a agressividade e incrustabilidade da água,
entre os quais os íons da dissociação da água, os relacionados com o equilíbrio carbônico e
os sais de metais alcalinos e alcalinos terrosos (colunas 1A e2A da tabela periódica). Assim,
deve-se considerar o papel do pH da água e os conteúdos em CO 2 dissolvido, HCO3-, CO3-2
e Ca+2.
Deve ser ressaltado que, para manter o bicarbonato cálcico em solução deve existir uma
certa quantidade de CO2 dissolvido, supondo-se, para tal, que existe um certo pH de
equilíbrio. Qualquer alteração na quantidade de CO 2 dissolvido provocará alterações no pH,
este podendo ser menor que o pH de equilíbrio (maior quantidade de CO2), ou maior que o
pH de equilíbrio (menor quantidade de CO 2). Uma água com maior conteúdo de CO2 tende a
ser agressiva, ao passo que conteúdos de CO 2 menores favorecem a precipitação de
carbonatos e a água torna-se incrustante.
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onde:
pH = Determinação de campo.
2 - A partir deste ponto, traçar uma reta até o ponto correspondente ao valor da
concentração de Ca na coluna (3) e determinar o ponto de intersecção na coluna (2);
3 - Traçar uma nova reta, unindo o ponto da coluna (2) ao ponto correspondente ao valor
de alcalinidade, na coluna (5);
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4 - Ler o valor do pH e no ponto de intersecção desta reta com a linha da coluna (4).
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IER = 8,3
Com base neste resultado, pode-se analisar o caráter da água através da tabela 1.5-1
.Verifica-se, com base na mesma, que a água desta amostra é francamente corrosiva.
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7 BIBLIOGRAFIA
CUSTÓDIO, LLAMAS, M.R. Hidrologia Subterrânea. Barcelona: Ed. Omega, 1976. 2.v.
CUSTÓDIO, LLAMAS, M.R. Hidrologia Subterrânea. 2ed. Barcelona: Ed. Omega, 1983. 2.v.
DRISCOLL, F.G.. Groundwater and Wells. 2. ed. St. Paul Minnesota: Johnson Division,
1987, 1089 p.
FREEZE, A. R., CHERRY, J.A. Groundwater.Englewood Cliffs: Prentice Hall, Inc., 1979.
8 LEITURAS RECOMENDADAS
JOHN D. HEM., Study and Interpretation of the Chemical Characteristics of Natural Water.
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