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Estatísticas Básicas de Controle de Qualidade Laboratorial
Estatísticas Básicas de Controle de Qualidade Laboratorial
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Conteúdo
Introdução
Média. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Desvio-padrão (s). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Coeficiente de variação (CV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Avaliações comparativas
Avaliação final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1
Introdução
Introdução
Atingir a qualidade em laboratórios médicos exige o uso de muitas ferramentas. Estas incluem manuais de
procedimentos, calendários de manutenção, calibrações, treinamento, controle de qualidade e um programa de garantia
de qualidade.
Esta cartilha explica o conhecimento básico necessário para entender um sistema de controle estatístico de processo
simples, mas eficaz. Controle estatístico de processo é o uso de técnicas estatísticas para verificar a confiabilidade dos
resultados de pacientes. É baseado em estatísticas calculadas a partir da testagem regular de materiais de controle de
qualidade.
O que você vai aprender? O sistema de qualidade do laboratório
■ Definir e aplicar os elementos básicos do controle de Um sistema de qualidade robusto permeia todas as
qualidade atividades do laboratório, desde a ordem de testagem e a
■ Definir, calcular e aplicar os seguintes termos estatísticos: recepção dos pacientes, passando pelo padrão analítico,
média, desvio-padrão, coeficiente de variação, coeficiente até a entrega dos resultados dos exames ao indivíduo
de variação relativo e índice de desvio-padrão apropriado.
■ Descrever e revisar as diferentes regras estatísticas de Uma das partes mais importantes do sistema geral de
controle de qualidade qualidade do laboratório são os procedimentos de controle
■ Identificar quais regras estatísticas apontam erros de qualidade.
aleatórios e quais regras apontam erros sistemáticos
Os procedimentos de controle de qualidade consistem em:
■ Identificar e diferenciar entre tendências e mudanças de
comportamento ■ Materiais de controle de qualidade
■ Identificar e diferenciar entre erro aleatório e erro ■ Controle estatístico de processo
sistemático
■ Revisão retrospectiva dos dados
■ Construir um gráfico de Levey-Jennings e avaliar os
Os resultados de CQ são usados para avaliar se o
dados do gráfico quanto a eventos fora do controle
equipamento está operando dentro das especificações
■ Avaliar equipamentos, reagentes e produtos de controle predefinidas, indicando que os resultados dos exames de
usando o coeficiente de variação pacientes serão confiáveis.
■ Avaliar a precisão do laboratório usando o coeficiente de
variação relativo
■ Avaliar a veracidade do laboratório usando o índice de
desvio-padrão
© 2022 Bio-Rad Laboratories, Inc. Estatísticas básicas de controle de qualidade laboratorial 2
Introdução
Uma parte importante do controle de qualidade em um laboratório médico é o processo estatístico usado para
monitorar e avaliar o processo analítico que produz os resultados dos pacientes. Os dados de controle de qualidade são
produzidos pela testagem de materiais de controle de qualidade com os mesmos parâmetros usados nas amostras de
pacientes.
Quando um teste é realizado no laboratório médico, a conclusão desse teste é um resultado. O resultado pode ser de um
paciente ou pode ser um resultado de controle de qualidade (CQ). O resultado pode ser quantitativo (isto é, um número),
qualitativo (por exemplo, positivo ou negativo) ou semiquantitativo (por exemplo, + 1, + 2, + 3, + 4). ¹
Os resultados de CQ são usados para avaliar se o equipamento está operando dentro das especificações predefinidas,
indicando que os resultados dos exames de pacientes são confiáveis. Uma vez que o sistema de testagem é avaliado,
os resultados dos pacientes podem então ser usados para apoiar diagnósticos, prognósticos ou planos de tratamento.
Por exemplo, quando o soro de um paciente é testado para potássio, o resultado nos diz quanto potássio (concentração)
está presente. Esse resultado é então usado pelo médico para apoiar a determinação de que o paciente tem um nível
baixo, normal ou alto de potássio.
Vamos imaginar que o valor medido de potássio no soro de um paciente é de 2.8 mmol/L (uma unidade de medida,
milimoles por litro). ²
Esse resultado é anormalmente baixo e indica uma perda inadequada de potássio. Mas como a pessoa que realiza o
teste sabe que esse resultado é realmente confiável? Seria possível que o equipamento estivesse descalibrado e o valor
real de potássio do paciente fosse 4.2 mmol/L – um resultado normal. A questão da confiabilidade para a maioria dos
exames pode ser resolvida com o uso regular de materiais de controle de qualidade e controle estatístico de processo.
Nesta cartilha, as estatísticas básicas para avaliação da performance de testagem são explicadas.
Quando o resultado diário de CQ obtido para o controle de nível 1 é comparado com o intervalo calculado para o
controle de nível 1, fica aparente que cada resultado fica dentro do intervalo esperado. Isso indica que o processo
analítico está “dentro do controle” (no nível normal) naquele dia de testagem.
Quando o resultado diário de CQ obtido para o controle de nível 2 (potássio alto) é comparado com o intervalo definido
para o controle de nível 2, o processo analítico se mostra “dentro do controle” em cada dia de testagem, exceto o último
(7 de novembro). De 1º a 6 de novembro, ambos os controles estavam “dentro do controle” e os valores dos pacientes
poderiam ser confiavelmente reportados. Contudo, o laboratório estava “fora do controle” para potássio anormalmente
alto em 7 de novembro porque o valor obtido para o material de CQ (8.0 mmol/L) estava fora do intervalo aceitável (6.7-7.3
mmol/L).
Isso significa que ocorreu um erro, o que tornou não confiáveis os resultados dos pacientes. O laboratório não deveria
reportar os resultados de nenhuma amostra de paciente até que o erro fosse resolvido e as amostras, retestadas.
Talvez agora esteja claro que o intervalo definido para cada nível de controle é fundamental para o procedimento de
controle de qualidade. A próxima seção descreve como calcular as estatísticas básicas necessárias para desenvolver um
intervalo de controle aceitável.
Nível 1 Nível 2
Resultados de pacientes
Intervalo 3.7-4.3 mmol/L 6.7-7.3 mmol/L
2 de Novembro 4.1 7.0 3.8, 4.4, 4.6, 3.9, 4.8, 4.4, 3.9
7 de Novembro 4.2 8.0 2.8, 4.6, 4.2, 3.2, 3.9, 4.1, 6.0, 4.3
3
Normal e anormal são usados na cartilha, mas nos materiais de CQ pode haver mais níveis.
A média é a melhor estimativa do laboratório sobre o valor real do analito para um nível de controle específico.
Para calcular uma média para um nível de controle específico, primeiro some todos os valores coletados para aquele
controle. Então, divida a soma desses valores pelo número total de valores. Por exemplo, para a calcular a média para o
controle de nível 1 da Tabela 1, faça a soma dos dados {4.0, 4.1, 4.0, 4.2, 4.1, 4.1, 4.2}. A soma [ ∑] é igual a 28.7 mmol/L.
O número de valores é igual a 7 (n = 7). Portanto, a média para o controle de potássio de nível 1 da Tabela 1 para 1-7 de
novembro é 4.1 mmol/L (ou 28.7 mmol/L dividido por 7).
i
X=
Em que:
∑ = Soma
Desvio-padrão é uma estatística que quantifica quão próximos um do outro estão valores numéricos (isto é, valores de
CQ). O termo desvio-padrão pode ser referido como SD (do inglês standard deviation). Em equações matemáticas, o
desvio-padrão é abreviado pela letra “s”.
A imprecisão é usada para expressar quão distantes um do outro estão valores numéricos. O desvio-padrão é calculado
para produtos de controle a partir dos mesmos dados usados para calcular a média. Ele fornece ao laboratório
uma estimativa da consistência da testagem em concentrações específicas. A reprodutibilidade de um teste pode
ser consistente (desvio-padrão baixo, imprecisão baixa) ou inconsistente (desvio-padrão alto, imprecisão alta). Uma
reprodutibilidade inconsistente pode se dever à química envolvida ou a mau funcionamento.
É desejável obter medições repetidas da mesma amostra o mais próximas possível. Uma boa precisão é especialmente
necessária para exames que são repetidos regularmente no mesmo paciente para acompanhar um tratamento ou
o progresso de uma doença. Por exemplo, um paciente diabético em situação de cuidado crítico pode ter os níveis
de glicose testados a cada 2 a 4 horas. Neste caso, é importante que o teste de glicose seja preciso, porque a falta
de precisão pode gerar perdas na confiabilidade do teste. Se houver muita variação na performance de testagem
(imprecisão alta, desvio-padrão alto), o resultado da glicose em diferentes momentos pode não ser confiável.
Figura 1: Exemplo de boa precisão (baixa imprecisão) Figura 2: Exemplo de precisão ruim (alta imprecisão)
O desvio-padrão também pode ser usado para monitorar a performance contínua do dia a dia. Por exemplo, se durante
a semana seguinte de testagem o desvio-padrão calculado no exemplo para o controle de potássio normal aumentasse
de 0.08 para 0.16 mmol/L, isso indicaria uma séria perda de precisão. Essa instabilidade pode ser dever ao mau
funcionamento do processo analítico. Uma investigação do sistema de testagem é necessária e as seguintes perguntas
devem ser feitas:
s= ∑ (x i - x)2
n-1
Em que:
s = Desvio-padrão
x = Média dos valores de CQ
∑(xi-x)2 = Soma dos quadrados das diferenças entre
valores de CQ individuais e a média
n = Número de valores no conjunto de dados
∑ = Soma
x i = Cada valor do conjunto de dados
Para calcular o desvio-padrão para o nível normal de controle (nível 1) na Tabela 1, comece
– ]:
calculando a média [ x
–)2
(xi - x
s=
n-1
(4 - 4.1)2 + (4.1 - 4.1)2 + (4 - 4.1)2 + (4.2 - 4.1)2 + (4.1 - 4.1)2 + (4.1 - 4.1)2 + (4.2 - 4.1)2
s=
6
0.04
s=
6
O desvio-padrão para uma semana de testagem para o nível de controle de potássio normal é 0.082 mmol/L.5
Agora que a precisão é conhecida, algumas suposições podem ser feitas sobre a performance desse teste.
4
Arredondar a média e o desvio-padrão para o décimo mais próximo é aceitável porque, neste exemplo, os resultados do potássio são gerados e reportados no décimo
mais próximo. O desvio-padrão de 0.08 mmol/L é arredondado para 0.1 mmol/L.
5
Esse tipo de desvio-padrão é chamado de desvio-padrão entre ciclos, porque os dados usados para calcular a estatística vieram de diferentes ciclos analíticos.
O coeficiente de variação [CV] é a razão entre o desvio-padrão e a média e é expresso como uma porcentagem.
O CV permite que o profissional de laboratório compare facilmente precisões gerais. Uma vez que o desvio-padrão
tipicamente aumenta conforme a concentração do analito diminui, o CV pode ser considerado um equalizador
estatístico. Se o profissional de laboratório estiver comparando a precisão obtida por dois métodos diferentes e usar
apenas o desvio-padrão, ele poderá ser facilmente levado a uma conclusão errônea. Por exemplo, uma comparação
entre hexoquinase e glicose oxidase (dois métodos de ensaio da glicose) é necessária. O desvio-padrão do método
da hexoquinase é 4.8 e o da glicose oxidase é 4.0. Se a comparação usar apenas o desvio-padrão, pode-se presumir
erroneamente que o método da glicose oxidase é mais preciso que o método da hexoquinase. Se, no entanto, um CV
for calculado, ele pode mostrar que ambos os métodos são igualmente precisos. Considere que a média do método da
hexoquinase é 120 e a média da glicose oxidase é 100. Então, o CV para ambos os métodos é 4%. Eles são igualmente
precisos.
s
CV = 100
Em que:
x
s = Desvio-padrão
x = Média
O coeficiente de variação também pode ser usado ao comparar a performance de equipamentos. Considere os dados
da Tabela 2.
No exemplo mostrado na Tabela 2, o Equipamento #1 e o Equipamento #2 tem precisões parecidas para cálcio e glicose,
mas o Equipamento #1 demonstra uma precisão muito melhor que a do Equipamento #2 para fósforo. Como a precisão
foi calculada a partir de dados dos mesmos números de lote e nível de controle, as diferenças na precisão provavelmente
se devem ao equipamento ou ao reagente.
Na Tabela 3, a diferença de performance se deve provavelmente à alteração do reagente #1 para o reagente #2.
Contudo, também poderia ser devida à falta de manutenção regular ou alguma outra causa.
Os dados da Tabela 4 se referem a três kits diferentes de reagentes de ensaio para testagem de ß-hCG. Os Kits #1,
#2 e #3 exibem performance similar no intervalo normal (nível 2) e no limite alto (nível 3) da curva do método. Contudo,
o Kit #3 tem um CV muito mais alto no limite baixo (nível 1) da curva. Essa falta de precisão no limite baixo da curva
do método para ß-hCG justifica o uso dos Kits #1 ou #2, em vez do Kit #3, para o teste. Imprecisão e inacurácia são
muito importantes nos níveis de decisão clínica. Para o ß-hCG, os níveis de decisão clínica estão nas concentrações
baixa (correspondentes a gravidez precoce em mulheres câncer testicular precoce em homens) ou moderadas (para
diagnosticar a progressão da gravidez).
Os exemplos anteriores mostraram como o CV pode ser usado para comparar e avaliar equipamentos ou
reagentes. Então, qual seria um CV aceitável?
Há diversas fontes que podem ser consultadas para determinar os níveis esperados de precisão. Estas incluem:
6
Ao comparar coeficientes de variação, certifique-se de sempre comparar níveis normais com níveis normais, altos anormais com altos anormais, baixos anormais com
baixos anormais.
O desvio-padrão é comumente usado para preparar gráficos de Levey-Jennings (L-J ou LJ). O gráfico de Levey-Jennings
é usado para plotar valores de controle de qualidade sucessivos (ciclo a ciclo ou dia a dia). Um gráfico é criado para cada
teste e cada nível de controle. O primeiro passo é calcular os limites de decisão.
Esses limites são de 1 desvio-padrão (±1s), 2 desvios-padrão (±2s) e 3 desvios-padrão (±3s) da média. A média para o
controle de potássio de nível 1 da Tabela 1 é 4.1 mmol/L e o desvio-padrão é 0.1 mmol/L.
A Fórmula 4 fornece exemplos de como os limites de controle de qualidade ±1s, ±2s e ±3s são calculados.
Intervalo ±1s: x ± s
Fórmula 4: Cálculo dos limites de controle de qualidade
Intervalo ±2s: x ± 2.s
Intervalo ±3s: x ± 3.s
Intervalo ±1s: x ± s
x = média
Intervalo ±2s: x ± 2.s
s = desvio-padrão
Intervalo ±3s: x ± 3.s
x = média
Esses intervalos são usados com a média para construir o gráfico de Levey-Jennings, como
mostrado na Figura 3.s = desvio-padrão
These
Theseranges
rangesare
areused
usedwith
withthe
themean
meantotocontruct
contructthe
theLevey-Jennings
Levey-Jenningschart
cha
OOintervalo
intervalo±1s ±1sé é4.0
4.0a a4.2
4.2mmol/L
mmol/L OOintervalo
intervalo±2s ±2sé é3.9
3.9a a4.3
4.3mmol/L
mmol/L OOinterva
interv
O intervalo ±1s é 4.0 a 4.2 mmol/L O intervalo ±2s é 3.9 a 4.3 mmol/L ±3s range
4.1 – –(0.1)(1)
4.1 (0.1)(1)= =4.0
4.0 4.1 – –(0.1)(2)
4.1 (0.1)(2)= =3.9
3.9 4.1 – –(0.1
4.1 (0
4.1 – (0.1)(1) = 4.0 4.1 – (0.1)(2) = 3.9 4.1 – (0.1
4.1 + +(0.1)(1)
4.1 (0.1)(1)= =4.2
4.2 4.1 + +(0.1)(2)
4.1 (0.1)(2)= =4.3
4.3 4.1 + +(0.1
4.1 (0
4.1 + (0.1)(1) = 4.2 4.1 + (0.1)(2) = 4.3 4.1 + (0.1
to contruct the Levey-Jennings
lo ±1s é 4.0 a 4.2 mmol/L
chart as shown in Figure 3. ±3s range is 3.8 to 4.4 mmol/L
O intervalo ±2s é 3.9 a 4.3 mmol/L
)(1) = 4.0 4.1 – (0.1)(2) = 3.9 4.1 – (0.1)(3) = 3.8
ervalo ±2s é 3.9 a 4.3 mmol/L O intervalo ±3s é 3.8 a 4.4 mmol/L
)(1) = 4.2 4.1 + (0.1)(2) = 4.3 4.1 + (0.1)(3) = 4.4
(0.1)(2) = 3.9 4.1 – (0.1)(3) = 3.8
(0.1)(2) = 4.3 4.1 + (0.1)(3) = 4.4
O gráfico da Figura 3 foi desenvolvido por Levey e Jennings em 1950. No lado de direito do gráfico, há uma indicação
dos desvios-padrão. No lado esquerdo do gráfico, há uma indicação dos valores. No lado esquerdo do gráfico, os
valores correspondentes aos desvios-padrão estão listados. A base do gráfico mostra o número do ciclo, o que em
outros gráficos pode ser substituído por hora/data.
4.4 +3s
4.3 +2s
Intervalo (mmol/L)
4.2 +1s
4.1 Média
4.0 -1s
3.9 -2s
3.8 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo
O gráfico de Levey-Jennings pode ser sobreposto a uma parábola/curva gaussiana para ilustrar a distribuição geral dos
valores de controle de qualidade (ver Figura 4).
Controle químico não ensaiado Lote n. 12345 Nível 1 (Normal) Teste: Potássio
4.4 +3s
4.3 +2s
Intervalo (mmol/L)
4.2 +1s
4.1 Média
4.0 -1s
3.9 -2s
3.8 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Frequência
Quando o processo analítico está dentro do controle, aproximadamente 68% de todos os valores de CQ ficam em ±1
desvio-padrão (1s). Da mesma maneira, 95.5% de todos os valores de CQ ficam em ±2 desvios-padrão (2s) da média.
Cerca de 4.5% de todos os dados ficarão fora dos limites de ±2s quando o processo analítico estiver dentro do controle.
Aproximadamente 99.7% de todos os valores de CQ ficam em ±3 desvios-padrão (3s) da média. Como apenas 0.3%,
ou 3 de cada 1000 pontos, ficarão fora dos limites de ±3s, qualquer valor fora de ±3s pode ser associado com uma
condição de erro significativa.
Atenção
Alguns laboratórios consideram qualquer valor de controle de qualidade fora
dos limites de ±2s fora do controle e decidem incorretamente que a amostra
do paciente ou os valores de CQ são inválidos. Um ciclo analítico pode ser
aceitável se um único valor de controle de qualidade estiver fora dos limites de
CQ de ±2s, mas dentro dos limites de CQ de ±3s.
99.7%
95.5%
68%
O laboratório precisa documentar a testagem dos materiais de controle de qualidade e a inspeção dos resultados de
controle de qualidade para assegurar a qualidade do ciclo analítico. Essa documentação é obtida pela manutenção de
um log de CQ e pelo uso de gráficos de Levey-Jennings regularmente.
O log de CQ pode ser mantido em um software de gerenciamento de dados de CQ. O log deve identificar o nome do
teste, o equipamento, as unidades, a data em que o teste foi realizado, as iniciais da pessoa que executou o teste e os
resultados de cada nível. Itens opcionais para o log incluem: método e temperatura do ensaio (geralmente incluídos para
enzimas). Deve haver espaço para inserir as ações corretivas executadas para resolver qualquer situação identificada
como “fora do controle” ou inaceitável e um lugar para documentar da revisão pela supervisão.
Uma vez que os resultados de CQ são inseridos no log, eles devem ser plotados em um gráfico de Levey-Jennings.
Quando os resultados são plotados, uma avaliação sobre a qualidade do ciclo pode ser feita. O profissional de
laboratório executando o teste deve procurar erros sistemáticos e erros aleatórios.
Erro sistemático
O erro sistemático é evidenciado por uma alteração na média dos valores de controle. A mudança na média pode ser
gradual e demonstrada como uma tendência nos valores de controle, ou pode ser abrupta e demonstrada como uma
mudança de comportamento nos valores de controle.
Tendência Mudança de comportamento
Uma tendência indica uma perda gradual de confiabilidade Modificações abruptas na média de controle são definidas
no sistema de testagem. Tendências geralmente são sutis. como mudanças de comportamento. Alterações nos
As causas da tendência podem incluir: dados de CQ representam uma mudança repentina e
■ Deterioração da fonte de luz do equipamento dramática, positiva ou negativa, na performance do sistema
de testagem. Mudanças de comportamento podem ser
■ Acúmulo gradual de detritos na tubulação de amostra/
causadas por:
reagente
■ Falha ou alteração repentina na fonte de luz
■ Acúmulo gradual de detritos na superfície dos eletrodos
■ Alteração na formulação do reagente
■ Envelhecimento dos reagentes
■ Mudança do lote de reagente
■ Deterioração gradual dos materiais de controle
■ Manutenção significativa no equipamento
■ Deterioração gradual da temperatura da câmara de
incubação (apenas enzimas)
■ Alteração repentina na temperatura de incubação (apenas
enzimas)
■ Deterioração gradual da integridade do filtro de luz
■ Alteração de temperatura ou humidade ambiente
■ Deterioração gradual da calibração
■ Falha no sistema de amostragem
■ Falha no sistema dispensador de reagente
■ Calibração/recalibração imprecisa
4.4 +3s
4.3 +2s
Intervalo (mmol/L)
4.2 +1s
Tendência crescente
4.1 Média
4.0 -1s
3.9 -2s
3.8 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo
4.4 +3s
4.3 +2s
Intervalo (mmol/L)
4.2 +1s
4.1 Média
Mudança de comportamento
4.0 crescente ocorrida aqui -1s
3.9 -2s
3.8 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo
Erro aleatório
Tecnicamente, um erro aleatório é qualquer desvio de um resultado esperado. Para resultados de CQ, qualquer desvio
positivo ou negativo da média calculada é definido como erro aleatório. Há o erro aleatório aceitável (ou esperado),
conforme definido e quantificado pelo desvio-padrão, e há o erro aleatório inaceitável (inesperado), que é qualquer dado
pontual fora da população esperada de dados (por exemplo, um dado pontual fora dos limites de ±3s).
Essas regras são usadas individualmente ou combinadas para avaliar a qualidade dos ciclos analíticos.
A maioria das regras de controle de qualidade pode ser expressa como NL, em que N representa o
número de observações de controle a serem avaliadas e L representa o limite estatístico para avaliar
as observações de controle. Assim, 13s representa uma regra de controle que é violada quando uma
observação de controle excede os limites de controle de ±3s.8 A regra (ou regras) de QC específica a ser
usada em um método de teste é selecionada com base na performance do método de teste em relação
à sua especificação de qualidade.
7
Também conhecidas como regras de Westgard.
8
A representação visual dessas regras pode variar ligeiramente dependendo do software ou do formato usado (por exemplo, 1:3s, 1-3s, 1 3s, 13s).
Regra 12s
Esta é uma regra de advertência violada Figura 6: Regra 12s
quando uma única observação de controle
está fora dos limites de ±2s. Lembre-se
+3s
de que, na ausência de erros analíticos
adicionais, cerca de 4.5% de todos os +2s
resultados de controle de qualidade ficam
entre os limites de 2s e 3s. Esta regra +1s
Regra 12s
apenas avisa que um erro aleatório ou
sistêmico pode estar presente no sistema M
de testagem. A relação entre este valor e
outros resultados de controle dos ciclos -1s
Regra 13s
Figura 7: Regra 13s
Esta regra identifica um erro aleatório
inaceitável ou possivelmente o início de
um erro sistemático significativo. Qualquer +3s
resultado de CQ fora de ±3s viola esta regra
e deve ser rejeitado. +2s
Regra 13s
+1s
-1s
-2s
-3s
CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nível 1
Regra 22s
Esta regra identifica apenas erros Figura 8: Regra 22s
sistemáticos. Os critérios para violação
desta regra são: +3s
-1s
A violação da aplicação dentro do ciclo +1s
indica que um erro sistemático está Regra 22s
-2s
M
presente e afeta potencialmente toda a
curva analítica. A violação da aplicação -3s
-1s
entre ciclos indica que apenas uma única CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
porção da curva analítica é afetada pelo -2s
Entre ciclos Nível 1
erro.
-3s
CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-2s
-3s
CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Regra R4s
Esta regra identifica apenas erros aleatórios Figura 10: Regra R4s
e se aplica apenas ao ciclo atual. Se houver
uma diferente de pelo menos 4s entre os
+3s
valores de controle de determinado ciclo,
a regra é violada para erro aleatório. Por +2s
exemplo, imagine que ambos o nível 1 e
nível 2 foram ensaiados no ciclo atual. O +1s
nível 1 está +2.8s acima da média e o nível 2 Regra R4s
está -1.3s abaixo da média. A diferença total M
entre os dois níveis de controle é maior que
-1s
4s ([+2.8s – (-1.3s)] = 4.1s).
-2s
-3s
CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nível 1
Nível 2
A violação de qualquer uma das regras a seguir não necessariamente exige a rejeição do ciclo analítico. Essas violações
tipicamente identificam um pequeno erro sistemático ou bias analítico que geralmente não é clinicamente significante ou
relevante. O bias analítico pode ser eliminado realizando a calibração ou manutenção do equipamento.
Regra 31s
Os critérios para violação desta regra são: Figura 11: Regra 41s
■ Maiores que 1s
+2s
-3s
CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
9
Comparada com a regra 41s, a regra 31s detecta bias analíticos menores e é considerada mais sensível ao bias analítico.
– , 8x
Regras 7x – , 9x
– , 10x
– e 12x
–
Estas regras são violadas quando há: Figura 12: Regra 10x–
■ 7, 8, 9, 10 ou 12 resultados de controle
+3s
■ Do mesmo lado da média
independentemente do desvio-padrão +2s
específico no qual se localizam.
Cada uma destas regras tem duas
+1s
+3s
Regra 10 x
aplicações:
M
+2s
■ No mesmo material de controle (por
-1s
exemplo, todos os resultados de controle do +1s
nível 1) ou entre materiais de controle (por -2s
exemplo, resultados de controle dos níveis M
1, 2 e 3 combinados). -3s
-1s CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
■ Violações no mesmo material de controle Mesmo material Nível 1
-2s
indicam bias sistemático em uma única
área da curva do método, enquanto +3s
-3s
violações entre materiais de controle CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
indicam bias sistemático abrangendo mais +2s Mesmo material Nível 1
concentrações.
+1s
+3s
A regra de controle 7x é muito mais sensível
a bias analítico que a regra 12x e as chances M
+2s
de encontrar sete observações de controle
-1s
consecutivas de um lado da média são +1s
Regra 10 x
muito mais altas que as de encontrar doze.
-2s
É extremamente importante que cada M
laboratório individual esteja ciente de regras -3s
de alta sensibilidade como 7x, 8x e 9x e as -1s CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-3s
CICLO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
60 +3s
55 +2s
Regra violada:
Intervalo (mmol/L)
50 31s +1s
45 Erro: Mean
Bias sistemático
40 -1s
35 -2s
30 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo
Regra violada: a
) 31s a) Advertência
Erro:
b) 13s b) Bias sistemático
c) 12s c) Aleatório
60 +3s
55 +2s
Regra violada:
13s
Range (mmol/L)
50 +1s
45 Erro: Mean
Aleatório ou
40 sistemático -1s
significativo
35 -2s
30 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Run Number
Regra violada: a
) 31s a) Aleatório ou sistemático significativo
Erro:
b) 13s b) Advertência
c) 12s c) Sistemático
60 +3s
Advertência 12s
Intervalo (mmol/L)
50 +1s
Erro:
45 Média
Advertência, erro
40
aleatório aceitável -1s
35 -2s
30 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo
Regra violada: a
) Advertência 12s a) Aleatório
Erro:
b) 13s b) Sistemático
c) R4s c) Advertência, erro aleatório aceitável
60 +3s
10x
Intervalo (mmol/L)
50 +1s
Erro:
45 Média
Bias sistemático
40 -1s
35 -2s
30 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo
) 10 x–
Regra violada: a a) Aleatório
Erro:
b) 7 –x b) Bias sistemático
c) 13s c) Nenhum
60 +3s
55 +2s
Regra violada:
Nenhum
Intervalo (mmol/L)
50 +1s
Erro:
45 Média
Nenhum
40 -1s
35 -2s
30 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo
Regra violada: a
) Nenhuma a) Nenhum
Erro:
b) 13s b) Sistemático
c) 12s c) Aleatório
60 +3s
55 +2s
Regra violada:
Intervalo (mmol/L)
50 22s +1s
45 Erro: Média
Sistemático
40 -1s
35 -2s
30 -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo
Regra violada: a
) Advertência 12s a) Advertência, erro aleatório
Erro:
b) 22s aceitável
c) 12s b) Aleatório
c) Sistemático
+3s +3s
+2s +2s
Regra violada:
13s
Intervalo (mmol/L)
+1s +1s
Erro:
M Média
Aleatório ou
-1s sistemático -1s
significativo
-2s -2s
-3s -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo Nível 1
Nível 2
Regra violada: a
) 13s a) Aleatório
Erro:
b) 22s b) Aleatório ou sistemático
c) R4s significativo
c) Sistemático
+3s +3s
+2s +2s
Regra violada:
R4s
Intervalo (mmol/L)
+1s +1s
Erro:
M Média
Aleatório
-1s -1s
-2s -2s
-3s -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo Nível 1
Nível 2
+3s +3s
+2s +2s
Regra violada:
22s
Intervalo (mmol/L)
+1s +1s
Erro:
M Média
Sistemático
-1s -1s
-2s -2s
-3s -3s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Número do ciclo Nível 1
Nível 2
Regra violada: a
) 13s a) Aleatório
Erro:
b) 22s b) Aleatório ou sistemático
c) R4s significativo
c) Sistemático
Avaliações comparativas
Há diversas fontes que fornecem expectativas de performance às quais o laboratório pode comparar seu desvio-padrão.
Estas incluem manuais de equipamentos ou descrições de métodos de teste, pesquisas de proficiência e programas
interlaboratoriais de CQ.
Pesquisas de proficiência
O fornecedor das amostras entrega um relatório que contém um resumo dos dados de todos os laboratórios
participantes, bem como um relatório avaliativo. O relatório identifica, entre outras estatísticas, o desvio-padrão de
todos os valores submetidos pelos laboratórios participantes para cada teste. Essas estatísticas podem ser usadas
para comparar e avaliar a precisão do laboratório no dia a dia. O mesmo tipo de informação pode ser obtido a partir de
relatórios de comparação interlaboratorial fornecidos pela maioria dos fabricantes de controle de qualidade.
10
Os regulamentos de proficiência podem variar muito de país para país.
Programas interlaboratoriais de CQ
Em um programa de comparação interlaboratorial, os laboratórios enviam dados mensais coletados para cada produto
de controle de qualidade testado. Esses dados são combinados com dados de outros laboratórios que usam o
mesmo equipamento.11 A vantagem do programa interlaboratorial sobre o programa de proficiência é que o programa
interlaboratorial fornece estatísticas coletadas a partir de repetidos testes diários, e não de eventos únicos que podem
ocorrer apenas algumas vezes por ano.
A média do laboratório é contrastada com a do grupo de comparação (pares, método, todos os laboratórios). A diferença
entre a média do laboratório e a do grupo de comparação é o bias, que avalia a veracidade do teste. O programa de
comparação interlaboratorial é totalmente complementar a qualquer programa de testagem.
Embora a veracidade dos resultados de um teste seja vital para um laboratório clínico, a precisão é tão importante
quanto. Uma maneira de um laboratório determinar se a precisão de um teste específico é aceitável é comparar essa
precisão à de um outro laboratório executando o mesmo teste no mesmo equipamento usando os mesmos reagentes
(grupo de pares).
CV do laboratório
CVR =
CV do grupo de pares
Uma maneira fácil de fazer essa comparação é dividir o CV do laboratório pelo CV do grupo de pares, obtido a partir de
um relatório de comparação interlaboratorial.
Alguns programas de comparação interlaboratorial (por exemplo, Programa Interlaboratorial Unity, da Bio-Rad) agrupam dados por método.
11
O índice de desvio-padrão (SDI) é uma estimativa baseada em pares da confiabilidade. Se a média do grupo de pares é
definida como –x Grupo, o desvio-padrão do grupo é definido como sGrupo e a média do laboratório é definida como –x Lab
(ver Fórmula 6).
( xLab - xGrupo )
SDI =
sGrupo
O SDI alvo é 0.0, o que indica uma correspondência perfeita com o grupo de pares. As seguintes diretrizes podem ser
usadas com o SDI. Um valor de:
Laboratório A Laboratório B
Nível 1 (controle normal) Nível 1 (controle normal)
Controle químico, Lote n. 12345 Controle químico, Lote n. 12345
Teste: Creatina quinase Teste: Creatina quinase
Equipamento: ABC Equipamento: XYZ
Unidade: U/L Unidade: U/L
Laboratório A Laboratório B
CVR Nível 1 a) 0.35 CVR Nível 1 a) 1.45
b) 1.13 b) 2.41
c) 4.62 c) 6.42
CVR Nível 2 a) 1.21 CVR Nível 2 a) 2.55
b) 1.85 b) 2.05
c) 2.76 c) 1.38
Laboratório A Laboratório B
SDI Nível 1 a) -0.25
SDI Nível 1 a) +1.85
b) +1.27
b) +1.18
c) +2.66
c) -1.18
Avaliação a) Aceitável
Avaliação a) Performance inaceitável, ação corretiva
b) Performance inaceitável, ação corretiva
necessária
necessária
b) Aceitável
c) Performance inferior
c) Performance inferior e investigação do
SDI Nível 2 a) -3.98 teste recomendada
b) +4.01
SDI Nível 2 a) -4.95
c) -2.15
b) -3.91
Avaliação a) Performance inaceitável, ação corretiva c) +4.96
necessária
Avaliação a) Aceitável
b) Aceitável
b) Performance inaceitável, ação corretiva
c) Performance inferior e investigação do
necessária
teste recomendada
c) Performance inferior
Laboratório A Laboratório B
Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2
SDI: +1.27 SDI -3.98 SDI: +1.18 SDI -3.91
Avaliação: Avaliação: Avaliação: Avaliação:
Aceitável Performance inaceitável, Aceitável Performance inaceitável,
ação corretiva necessária ação corretiva necessária
Estudos cruzados de CQ
Quando um novo lote de um material de controle de qualidade é colocado em uso, deve ser testado junto com os
materiais de controle de qualidade atualmente em uso; por exemplo, os valores do novo número de lote a ser usado para
calcular as estatísticas usadas no controle estatístico de processo são verificados pelo lote atual.
Em 2016, as diretrizes foram atualizadas12 para permitir que 10 dados pontuais sejam usados para calcular a média para
um novo lote de material de controle de qualidade. Se houver um histórico de dados de CQ de um período de operações
estáveis do ensaio, então a estimativa previamente estabelecida do SD (ou CV) pode ser usada com o novo lote de
material de controle de qualidade, desde que o novo lote tenha formulação similar (fabricante) e concentração-alvo
similar. Se estimativas históricas estáveis não estiverem disponíveis, então pelo menos 20 dados pontuais são exigidos.
Em qualquer caso, o laboratório deverá monitorar os dados de CQ ao longo do tempo e atualizar os alvos. Os dados
adicionais fornecem uma estimativa melhor do SD pela inclusão de fontes de variabilidade de longo prazo.
Reavalie a média e o
Novo lote SD periodicamente nos
próximos meses
■ Média
Nova média
■ SD e CV do lote
■ CV anterior
Bio-Rad Laboratories é um fornecedor aprovado de educação continuada em ciências clínicas laboratoriais pelo Programa P.A.C.E. via a American
Society of Clinical Laboratory Science. Esse curso autoinstrucional de nível básico a intermediário é aprovado para 2.5 horas de contato. Esse
curso também é aprovado pelos licenciados clínicos da Califórnia via a Agência de Acreditação P.A.C.E. da Califórnia, Licença n. 0001.
12
CLSI. Statistical Quality Control for Quantitative Measurement Procedures: Principles and Definitions. 4a ed. CLSI guideline C24. Wayne, PA: Clinical and Laboratory
Standards Institute; 2016.
A C
Acurácia Causa raiz
Proximidade entre um valor quantitativo medido e o Processo objetivo usado para identificar a causa “real” ou
valor quantitativo real de uma medida (JCGM* 200:2012). “verdadeira” de um problema, falha ou erro. Está além da
Um exemplo de medição da acurácia é o resultado de um resolução de erros.
teste de proficiência.
Ciclo(s)
*Joint Commission on Guidance in Metrology
Ciclos discretos de teste de amostras de pacientes e
B controles.
Bias
Coeficiente de variação (CV)
A diferença entre um valor observado e um valor
Uma estatística que normaliza o desvio-padrão para efeitos
conhecido. Em qualidade analítica, é a diferença entre a
de comparação. É expresso como uma porcentagem. A
média de um grupo de valores e um valor conhecido ou
fórmula e a explicação do coeficiente de variação estão na
certificado.
página 30.
Concentração
A quantidade de uma substância contida em uma matriz.
Conjunto de dados
Uma coleção de dados dentro de um grupo definido de
dados.
D G
Dentro do ciclo Gaussiana
Um período ou intervalo de amostras entre eventos de CQ. Tendo o formato de uma curva normal ou uma distribuição
normal.
Desvio-padrão (s)
Uma estatística que caracteriza a medida da variabilidade Gráfico de Levey-Jennings
da precisão de um conjunto de dados. Uma estatística Um gráfico usado para plotar dados de controle de
que quantifica a quantidade de imprecisão presente. A qualidade e monitorar performance.
proximidade entre dados pontuais em um conjunto de
dados. O desvio-padrão é representado matematicamente Grupo de pares
como “s”, mas a abreviação “SD” é usada informalmente Um grupo que compartilha características comuns.
em vários textos e artigos. Tanto “s” como “SD” são usados No controle estatístico de processo, um grupo de
nesta cartilha. A fórmula e a explicação do desvio-padrão pares consiste em laboratórios que usam os mesmos
estão na página 7. equipamento, reagente, método e unidades de medida
para determinado teste.
E
Entre ciclos I
Uma base para comparar a performance entre dois ciclos Imprecisão
consecutivos. Um termo que caracteriza a falta de concordância entre os
dados de um conjunto. O oposto de precisão.
Entre materiais de controle
Uma base para comparar a performance de duas Índice de desvio-padrão (SDI)
diferentes concentrações (níveis) de material de controle. Uma medida estatística do bias em um resultado (ou grupo
de resultados) com base no desvio-padrão. O SDI pode ser
Erro positivo ou negativo. A fórmula e a explicação do índice de
Uma incorreção ou o resultado de uma incorreção. desvio-padrão estão na página 30.
Também, a diferença mensurável entre o que é esperado
e o que de fato ocorre ou é observado. Em um laboratório Intralaboratorial
médico, um erro pode ser inerente e esperado como Dentro do mesmo laboratório.
a imprecisão (desvio-padrão) ou inesperado como as
tendências e as mudanças de comportamento. Interlaboratorial
Entre laboratórios.
Interlaboratorial
Padrão internacional de práticas para laboratórios clínicos;
ISO 15189 Laboratórios clínicos – Requisitos de qualidade e
competência.
L N
Liofilização Níveis de controle
Processo usado para congelar a seco materiais de controle Materiais de controle de diferentes concentrações.
de qualidade. Materiais liofilizados exigem reconstituição
com água antes de serem usados. P
Precisão
M
Termo que caracteriza a proximidade dos dados dentro de
Materiais de controle
um conjunto de dados.
Ver: Materiais de controle de qualidade.
R
Materiais de controle de qualidade
Resolução de problemas
Materiais líquidos ou liofilizados testados com amostras de
Uma série de atividades para encontrar a causa de
pacientes, descongelados ou reconstituídos, para verificar
um problema, falha ou erro que tipicamente resulta em
que a performance analítica atinge as expectativas e que
tratamento do sintoma, mas não leva à causa raiz.
os resultados das amostras de pacientes são adequados
ao uso pretendido. Materiais de controle de qualidade S
podem ser feitos a partir de materiais humanos, como soro,
Sigma (∑)
plasma, urina ou líquido cefalorraquidiano, de materiais
Notação matemática que designa “fazer a soma”.
manufaturados para se assemelhar a fluidos humanos ou
de materiais aquosos.
Sistema de testagem
T
Matriz
Tendência
Uma substância que contém outros constituintes. Por
exemplo, uma matriz humana como soro ou plasma que Uma mudança gradual positiva ou negativa na
contém elementos como cálcio e potássio e proteínas performance.
como tireoglobulina.
Teste de proficiência (PT)
Média ( x̄ ) Programa em que uma organização terceira independente
O valor central de um conjunto de dados. Aquele ponto do e neutra envia amostras com concentrações
qual metade dos valores está acima e metade está abaixo. “desconhecidas” de material para análise pelos laboratórios
A melhor estimativa do valor real. A notação da média é ( x¯ participantes. Os dados submetidos pelos laboratórios
). A fórmula e a explicação para a média de um conjunto de participantes são compilados e comparados, e então
dados estão na página 5. reportados a cada laboratório. Também conhecido como
EQA (Garantia de Qualidade Externa).
Mudança de comportamento
V
Uma mudança repentina e inesperada, positiva ou negativa,
na performance. Veracidade
A proximidade entre a média de um número infinito de
valores quantitativos replicados medidos e um valor
quantitativo de referência (JCGM 200:2012). Ver a página
29 para um exemplo da medição de veracidade em um
programa de CQ interlaboratorial.
Bio-Rad
Laboratories, Inc.
Clinical Website www.bio-rad.com/diagnostics U.S. 1 800 224 6723 Australia +61 (2) 9914 2800 Austria +43 (0) 1 877 89 01 9 Belgium +32 (0) 3 710 53 00
Brazil +55 11 3065 7550 Canada +1 514 334 4372 China +86 21 6169 8500 Czech Republic +420 241 431 660 Denmark +45 44 52 10 00
Diagnostics Group Finland +358 9 804 22 00 France +33 (0)1 47 95 60 00 Germany +49 (0) 89 31884 393 Greece +30 210 7774396 Hong Kong +85 2 2789 3300
Hungary +36 1 459 6190 India +91 124 4029300 Israel +972 03 963 6025 Italy +39 024 94 86 600 Japan +81 3 6361 7070 Korea +82 080 007 7373
Mexico +52 (55) 5488 7670 The Netherlands +31 (0)318 540 666 New Zealand +64 (9)415 2280 Norway +47 23 38 41 30 Poland +48 22 331 99 99
Portugal +351 21 47 27 700 Russia +7 495 721 1404 Singapore +65 6415 3170 South Africa +27 11 442 8508 Spain +34 91 490 6580
Sweden +46 844 98053 Switzerland +41 (0) 61 717 9555 Taiwan +886 (2) 2578-7189 Thailand (662) 651 8311 United Kingdom +44(0)1923 471301