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AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS.

PAI. ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL. VISITAS ASSISTIDAS. CABIMENTO.


1. Como decorrência do poder familiar, o pai não-guardião tem o direito de
avistar-se com a filha, acompanhando-lhe a educação, de forma a estabelecer
com ela um vínculo afetivo saudável. 2. A mera suspeita da ocorrência de
abuso sexual não pode impedir o contato entre pai e filha. 3. Adequado,
assim, as visitas assistidas pelos avós paternos, com o que restará
assegurada a integridade física e psicológica da menor durante o convívio
com o genitor, bem como resguardará este de novas acusações. RECURSO
PROVIDO EM PARTE. (Agravo de Instrumento Nº 70066306572, Sétima
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles
Ribeiro, Julgado em 28/08/2015).

(TJ-RS - AI: 70066306572 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data
de Julgamento: 28/08/2015, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário
da Justiça do dia 31/08/2015)

EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS (PRINCIPAL E ADESIVA) - FAMÍLIA - AÇÃO


DE DIVÓRCIO LITIGIOSO - FILHO MENOR - ABUSO SEXUAL
DESCARTADO - ALIENAÇÃO PARENTAL COMPROVADA - GUARDA
COMPARTILHADA - PRESERVAÇÃO DO MELHOR INTERESSE DA
CRIANÇA - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. I - Revelando-se totalmente inverídica a
acusação materna de abuso sexual do filho menor pelo pai, consoante
inquérito policial e laudos psicossociais realizados sob o crivo do
contraditório, imperativo reconhecer a prática de atos de alienação parental,
notadamente quando demonstrada a influência negativa da mãe sobre o
infante. II - Ao julgador cumpre impor medidas eficazes para eliminar os
efeitos nocivos da alienação parental, dentre as quais advertência, multa e
acompanhamento psicológico. III - Sem que qualquer elemento probatório a
desmereça, inevitável o acolhimento judicial da conclusão do Estudo
Psicológico e Social que recomenda a guarda compartilhada do filho menor
como a melhor forma de constituir responsabilização conjunta e de garantir o
exercício dos direitos e deveres dos genitores. IV - Constatado que a parte
litigante alterou a verdade dos fatos, usando o processo para conseguir
objetivo ilegal e procedendo de modo temerário no "iter" procedimental,
desencadeando incidente manifestamente infundado, impõe-se condená-la
por litigância de má-fé, nos termos dos arts. 77, 80 e 81, todos do CPC/15.

(TJ-MG - AC: 10000180562332004 MG, Relator: Peixoto Henriques, Data de


Julgamento: 27/07/2021, Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 02/08/2021)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO REGULAMENTAÇÃO DE


GUARDA E REGIME DE CONVIVÊNCIA - DEFERIMENTO DA TUTELA DE
URGÊNCIA - FIXAÇÃO DA GUARDA PROVISÓRIA DA MENOR EM FAVOR
DO GENITOR - PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE - ALIENAÇÃO PARENTAL POR PARTE DA GENITORA DA
INFANTE - COMPROVAÇÃO - UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS
PROCESSUAIS APTOS À INIBIÇÃO OU ATENUAÇÃO DOS SEUS EFEITOS
- ART. 6º, V, DA LEI N. 12.318/10 - AUSÊNCIA DE CONDUTA
DESABONADORA DO RECORRIDO - MANUTENÇÃO DA INVERSÃO DA
GUARDA - RECURSO NÃO PROVIDO . Conforme estabelecem a
Constituição Federal e a Lei n. 8.069/90, em face da situação de
vulnerabilidade em que se encontram, deve-se observar devida proteção das
crianças e dos adolescentes como princípio basilar e orientador do direito de
família, visando a propiciar as melhores condições para o bom e adequado
desenvolvimento dos menores . A guarda, que se destina a regularizar a
posse de fato do menor, gera vínculo jurídico modificável, mas a mudança de
guardião apenas deve ocorrer quando a gravidade das circunstâncias fáticas
a recomendarem . Demonstrado que a genitora praticou reiteradamente a
alienação parental e inexistente qualquer conduta desabonadora do pai em
relação à filha, mantém-se a decisão que outorgou a guarda provisória da
infante ao genitor, à luz do disposto no art. 6º, V, da Lei n. 12.318/10 .
Recurso não provido.

(TJ-MG - AI: 10000212063465001 MG, Relator: Corrêa Junior, Data de


Julgamento: 01/02/2022, Câmaras Cíveis / 6ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 07/02/2022)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO


PARENTAL - ATOS PRATICADOS PELA MÃE QUE DIFICULTAM O
EXERCÍCIO DO DIREITO DE VISITAS PATERNO - ALIENAÇÃO PARENTAL
- CONFIGURAÇÃO - RECURSO DESPROVIDO. - A Lei n. 12.318/2010
dispõe sobre a alienação parental, definindo-a como a interferência na
formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por
um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente
sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que
cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este
(artigo 2º, caput) - A prática de ato de alienação parental fere direito
fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável,
infringindo disposição constitucional da proteção integral dos menores (artigo
227, da Constituição Federal), além de prejudicar a realização de afeto nas
relações com genitor e com o grupo familiar, constituir abuso moral contra os
jovens e infantes e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade
parental ou decorrentes de tutela ou guarda - No presente caso, a prova dos
autos, em especial o Estudo Psicológico, demonstra de forma clara a
alienação parental praticada pela genitora ao impedir o exercício do direito de
visitas paterno, além de dificultar o contato da criança com o genitor, impedir
o exercício da autoridade parental, bem como realizar campanha de
desqualificação da figura paterna.

(TJ-MG - AC: 10000210725339001 MG, Relator: Ângela de Lourdes


Rodrigues, Data de Julgamento: 01/07/2021, Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 29/07/2021)

AÇÃO DECLATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL C.C.


REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. Ação proposta pelo genitor contra a
genitora. Sentença de parcial procedência fixando regime de visitas e
ressaltando que, quanto à alienação parental, essa não se configura um
pedido por si só, devendo sempre vir acompanhado dos pleitos mencionadas
na Lei nº 12.318/10, o que não ocorreu na exordial. Inconformismo do autor.
Pedido de que seja reconhecida a alienação parental com a aplicação de
alguma das penalidades previstas em lei. Fatos narrados nos autos que
demonstram que as partes possuem uma relação bastante conturbada e que
algumas das ações praticadas pela autora, ainda que não intencionalmente,
acabaram acarretando o distanciamento do pai em relação aos filhos.
Alienação parental que deve ser declarada, ficando a ré advertida de que
deve estimular e facilitar a ocorrência das visitas, sob pena de serem
aplicadas medidas mais rigorosas. Determinação ao juízo de primeiro grau
que expeça ofícios as entidades conveniadas com a Justiça para que elas
informem se existe a possibilidade de que as visitas sejam assistidas,
conforme autoriza o parágrafo único do artigo 4º da Lei nº 12.318 de 2010.
Sentença reformada em parte. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

(TJ-SP - AC: 10075200720188260020 SP 1007520-07.2018.8.26.0020,


Relator: Ana Maria Baldy, Data de Julgamento: 20/06/2022, 6ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 20/06/2022)

GUARDA E VISITAÇÃO. PAIS SEPARADOS. INTERESSE DO MENOR.


ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL NÃO PROVADA. INDÍCIOS DE
SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL. IMPLANTAÇÃO DE FALSAS
MEMÓRIAS NA MENTE DA CRIANÇA EM DESENVOLVIMENTO. O
MELHOR INTERESSE DO MENOR SE SOBREPÕE AO INTERESSE
PARTICULAR DOS PAIS. CONFLITOS ENTRE OS GENITORES QUE
AFASTAM, POR ORA, A POSSIBILIDADE DA MANUTENÇÃO DA GUARDA
COMPARTILHADA. MODIFICAÇÃO DO JULGADO. PODER GERAL DE
CAUTELA. TRANSFERÊNCIA DA GUARDA PROVISÓRIA DA MENOR AO
PAI. RESPEITO À REAPROXIMAÇÃO GRADATIVA DO PAI COM A FILHA
DE FORMA IMPARCIAL. CONVIVÊNCIA REGULAR COM A LINHAGEM
PATERNA. DIREITO DA CRIANÇA PARA GARANTIR SEU REGULAR
CRESCIMENTO E BEM ESTAR. MÁ-FÉ. INOCORRÊNCIA. 1- A
REPRESENTANTE LEGAL DA MENOR INGRESSOU COM AÇÃO DE
MODIFICAÇÃO DE GUARDA COMPARTILHADA, POR DESCONFIAR DO
COMPORTAMENTO DO FILHO DO PRIMEIRO CASAMENTO DA NOVA
COMPANHEIRA DO GENITOR, NA QUAL FOI PROFERIDA SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA, MANTIDA POR ESTE ÓRGÃO JULGADOR, COM
FUNDAMENTO EM ESTUDO SOCIAL REALIZADO POR TÉCNICOS DO
TRIBUNAL. 2- APÓS A PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO, A GENITORA
ALEGOU FATOS NOVOS E INFORMOU QUE AJUIZOU, NO PLANTÃO
JUDICIÁRIO, MEDIDA CAUTELAR DE SUSPENSÃO DE VISITAÇÃO, SOB A
ALEGAÇÃO DE ABUSO SEXUAL POR PARTE DO GENITOR. 3- DECISÃO
SUSPENDENDO A EFICÁCIA DO ACÓRDÃO PROLATADO POR ESTE
PRÓPRIO ÓRGÃO, COM APOIO NO PODER GERAL DE CAUTELA,
DETERMINANDO QUE A VISITAÇÃO DO PAI OCORRESSE UMA VEZ NA
SEMANA, ACOMPANHADA DE PESSOA INDICADA PELA
REPRESENTANTE DA MENOR. ART. 475, I, DO CPC. 4- REMESSA DOS
AUTOS DA AÇÃO CAUTELAR A ESTE ÓRGÃO JULGADOR, OS QUAIS
FORAM A ESTES APENSADOS, PARA JULGAMENTO CONJUNTO. 5-
DELIBERAÇÃO DE PROCESSAMENTO DOS FEITOS
EXTRAORDINARIAMENTE NESTE ÓRGÃO COLEGIADO (5ª CÂMARA
CÍVEL), PARA COIBIR MEDIDAS EXTRAVAGANTES ADOTADAS PELA
MÃE DA MENOR QUE IMPEÇAM A COLHEITA E AVALIAÇÃO DAS
PROVAS DE FORMA ESTRUTURADA. ARTIGO 801, PARÁGRAFO ÚNICO,
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 6- REVITIMIZAÇÃO DA CRIANÇA COM
SUCESSIVAS AVALIAÇÕES NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO E POLICIAL.
CONDUTA REPROVÁVEL DA GENITORA EM NÃO SE SUBMETER AS
DETERMINAÇÕES JUDICIAIS, DESRESPEITANDO REITERADAMENTE A
DELIBERAÇÕES DESTA CÂMARA QUANTO À VISITAÇÃO, BEM COMO DE
NÃO EXPOR A CRIANÇA A QUALQUER TIPO DE EXAME
PSICOLÓGICO/PSIQUIÁTRICO ATÉ A CONCLUSÃO DA PROVA PERICIAL.
7- AINDA QUE ADMISSÍVEL A PREOCUPAÇÃO DA MÃE COM A SUPOSTA
ALTERAÇÃO COMPORTAMENTAL DA FILHA, MORMENTE DIANTE DAS
DENÚNCIAS DA EX-COMPANHEIRA DO GENITOR APÓS A SEPARAÇÃO
DO CASAL, OS LAUDOS TÉCNICOS ELABORADOS POR PROFISSIONAIS
ESPECIALIZADOS DESTE JUÍZO CONCLUEM EM SENTIDO DIVERSO DO
APONTADO NA AÇÃO CAUTELAR. 8- A INSISTÊNCIA DA GENITORA NA
ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL PRATICADO PELO PAI CONTRA A
CRIANÇA, QUE PERMITIRIA A MUDANÇA DA VISITAÇÃO, NÃO SE
CONFIRMOU, NOTADAMENTE DIANTE DO COMPORTAMENTO DA
INFANTE NAS AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS DOS TÉCNICOS DO JUÍZO E
DA ANÁLISE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO QUE
MANTÉM CONTATO DIÁRIO COM A MENOR. 9- A IMPUGNAÇÃO DA
AUTORA AOS LAUDOS ACOSTADOS PELOS ILUSTRES PERITOS
DEMONSTRA APENAS O INTERESSE EM PERENIZAR A DEMANA.
REFUTAÇÃO À IMPARCIALIDADE DOS PERITOS E DOS
ENTREVISTADOS SEM QUALQUER COMPROVAÇÃO. 10- LAUDO
PSICOLÓGICO QUE APONTA A NECESSIDADE DE CONCESSÃO DE
MEDIDA DE URGÊNCIA, ALTERANDO TEMPORARIAMENTE A GUARDA,
COM O OBJETIVO DE RESGATAR A CONVIVÊNCIA PLENA DA MENOR
COM SEU PAI, DIANTE DE INDÍCIOS VEEMENTES DE ALIENAÇÃO
PARENTAL POR PARTE DA MÃE. PREVALÊNCIA DO INTERESSE DO
MENOR, AUTORIZANDO A ALTERAÇÃO.MODIFICAÇÃO DO ACÓRDÃO
PROFERIDO NESTES AUTOS, O QUAL MANTINHA A GUARDA
COMPARTILHADA, DEFERINDO, DE OFÍCIO, A GUARDA PROVISÓRIA DA
MENOR AO PAI PELO PERÍODO DE SEIS MESES, COM VISITAÇÃO DE
DOIS DIAS QUINZENALMENTE E UM DIA NA SEMANA ALTERNADA PELA
MÃE. ARTIGO 471, I, DO CPC.ENCAMINHAMENTO DOS PAIS DA
CRIANÇA PARA PARTICIPAÇÃO NO PROJETO BEM ME QUER
OFERECIDO POR ESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA, QUE VISA A
CONSCIENTIZAÇÃO QUANTO AOS MALES DA ALIENAÇÃO PARENTAL E
SENSIBILIZAÇÃO DAS FIGURAS PARENTAIS DAS CONSEQUÊNCIAS DO
LITÍGIO SOBRE A PROLE. DEVERÃO, APÓS A CONCLUSÃO DO
PROGRAMA, SER ENCAMINHADOS À MEDIAÇÃO, PARA BUSCAR
SOLUÇÃO CONSENSUAL EM RELAÇÃO À POSSÍVEL RETOMADA DA
ROTINA DE GUARDA ALTERNADA OU COMPARTILHADA.
IMPROCEDÊNCIA DA MEDIDA CAUTELAR.
(TJ-RJ - APL: 01490043120088190001 RIO DE JANEIRO CAPITAL 1 VARA
DE FAMILIA, Relator: ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, Data de
Julgamento: 13/12/2011, QUINTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
19/12/2011)

BUSCA E APREENSÃO DE MENOR. Pedido formulado em plantão judiciário.


Deferimento da busca e apreensão da criança, para cumprimento do regime
de visitas fixado em processo de regulamentação de guarda. Demonstração
de recusa do genitor ao cumprimento do regime de visitas. Conduta do genitor
impossibilitou à menor o regular exercício do direito de convivência com a
genitora. Art. 300 do CPC. Melhor interesse da menor que deve ser atendido.
Prejudicado o pedido de extensão a todas as datas de visita, ante a
superveniência de alteração do regime de visitas pelo MM. Juízo "a quo".
Recurso parcialmente provido.

(TJ-SP - Tutela Provisória: 22777953520218260000 SP 2277795-


35.2021.8.26.0000, Relator: Fernanda Gomes Camacho, Data de Julgamento:
02/02/2022, 5ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 02/02/2022)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE


MENOR. IMPEDIMENTO DE CONVÍVIO. DESCUMPRIMENTO DOS
TERMOS DA GUARDA COMPARTILHADA. ALIENAÇÃO PARENTAL
CONFIGURADA. REVERSÃO DO DOMICÍLIO JUSTIFICADA. Furtando-se a
agravante, de modo injustificado, ao cumprimento dos termos do acordo de
guarda compartilhada, impedido o convívio entre pai e filho, em manifesto
prejuízo ao desenvolvimento saudável da criança, resta configurada,
conforme o disposto no artigo 2º da Lei nº 12.318/2010, a prática de atos
típicos de alienação parental que justificam a reversão do domicílio do menor
em favor do genitor/agravado e, por consequência, a confirmação da ordem
de busca e apreensão.AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
DESPROVIDO.

(TJ-GO - AI: 07462143320198090000, Relator: Des(a). LEOBINO VALENTE


CHAVES, Data de Julgamento: 31/03/2020, 2ª Câmara Cível, Data de
Publicação: DJ de 31/03/2020)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - DIREITO DE FAMÍLIA - MEDIDA


PROCESSUAL DE BUSCA E APREENSÃO DE MENOR - RESGUARDAR O
EXERCÍCIO REGULAR DA GUARDA. - Tratando-se de guarda de menor,
doutrina e jurisprudência são assentes no sentido de que deve prevalecer o
melhor interesse da criança, em conformidade com o que dispõe o artigo 227
da CR/88 e o artigo 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente - A medida
judicial de busca e apreensão do menor se restringe àquelas situações de
maior gravidade, a fim de resguardar seus direitos e o regular exercício da
guarda.

(TJ-MG - AI: 10000212498141001 MG, Relator: Ana Paula Caixeta, Data de


Julgamento: 28/04/2022, Câmaras Especializadas Cíveis / 4ª Câmara Cível
Especializada, Data de Publicação: 29/04/2022)
expedição de mandado de busca e apreensão para apresentação do menor
em Juízo, com intuito de se proceder

Agravo de Instrumento – ação de guarda c.c. regulamentação de visitas e


alimentos – fase de cumprimento de sentença – insurgência contra o
indeferimento de busca e apreensão dos menores – possibilidade diante da
inexistência de qualquer efetividade a execução da multa fixada para a
concretização do direito de visitas já que a executada é revel e não possui
patrimônio – medida coercitiva típica prevista no art. 536, caput e § 1º do CPC
– busca e apreensão deferida pois o direito à visita não é só do pai, mas
também da criança que tem o direito de não se ver afastado do seu genitor e
com ele manter os laços familiares para um desenvolvimento emocional
equilibrado – Recurso provido.

(TJ-SP - AI: 20179482320208260000 SP 2017948-23.2020.8.26.0000,


Relator: Moreira Viegas, Data de Julgamento: 11/11/2020, 5ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 11/11/2020)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. VISITAS.


Insurgência da guardiã contra a determinação de cumprimento das visitas
paternas, pena de multa diária de dez salários mínimo e inversão da guarda.
Gratuidade da justiça. Benefício a ser previamente postulado ao Juízo a quo,
evitando-se supressão de instância. Risco de inversão da guarda afastado por
decisão posterior do Juízo a quo, acarretando perda superveniente do
interesse recursal nesse ponto. Na execução, não é dado à parte rediscutir o
regime de visitas ajustado consensualmente, restrito o debate ao
cumprimento forçado da obrigação pelo inadimplente. Fixação de multa
cominatória que tem por objetivo compelir a parte ao cumprimento da
obrigação, recomendável a manutenção do valor das astreintes para que o
inadimplemento não seja opção viável, ajustando-se a sua incidência para
cada visita descumprida pela guardiã. Limitação do valor total da multa
cominatória a R$ 75.000,00, a fim de obstar o enriquecimento ilícito da parte
contrária. Decisão reformada em parte. Recurso parcialmente conhecido e, na
parte conhecida, parcialmente provido.

(TJ-SP - AI: 22884873020208260000 SP 2288487-30.2020.8.26.0000,


Relator: J.B. Paula Lima, Data de Julgamento: 31/03/2021, 10ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 31/03/2021)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - DIREITO DE VISITAS -


REGULAMENTAÇÃO - MELHOR INTERESSE DA MENOR - RETOMADA DA
CONVIVÊNCIA DE FORMA GRADATIVA - VISITAÇÃO SUPERVISIONADA E
LIMITADA À RESIDÊNCIA DA GENITORA - INVIABILIDADE -
DEMONSTRADO DESCUMPRIMENTO DO ACORDO DE VISITAS -
FIXAÇÃO DE MULTA - MANUTENÇÃO - RECURSO DESPROVIDO. - Na
análise da regulamentação de visitas, o interesse da menor é que deve ser
preservado, porquanto se destina a proporcionar-lhe um momento de
convivência com seu genitor - De ser anotado que o momento de convivência
almejado com o pleito de regulamentação de visitas deve ser o mais saudável
possível, de maneira que as partes deixem as diferenças sobrestadas,
visando a proporcionar equilíbrio emocional e qualidade de vida à menor -
Demonstrado o descumprimento da decisão que deferiu ao genitor o direito
de visitas à menor, correta está a decisão que fixou multa para cada visita
que eventualmente venha a ser por descumprida pela genitora.

(TJ-MG - AI: 10000211111315001 MG, Relator: Geraldo Augusto, Data de


Julgamento: 05/10/2021, Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 07/10/2021)

Ação de regulamentação de visitas – Decisão que determinou a busca e


apreensão do menor para efetivação da visitação paterna – Recurso
conhecido em parte – Incabível nova apreciação do pleito da genitora de
alteração da visitação presencial do genitor, confirmada por esta C. Câmara
em julgamento de agravo de instrumento anterior – Configurada a
recalcitrância da genitora em possibilitar a visitação paterna – Manutenção do
vínculo paterno constitui direito do menor, cujo interesse é prioritário na
demanda – Período de visitação restrito e sem pernoite, com intermediação
de terceiro para que não seja desrespeitada a medida protetiva vigente em
favor da genitora – Compete a ambos os genitores observar as medidas
sanitárias em relação à prevenção da contaminação pelo coronavírus –
Questão que não impede a retomada do convívio presencial do genitor com o
filho – Medida de busca e apreensão justificada na hipótese – Recurso
conhecido em parte e não provido na parte conhecida.

(TJ-SP - AI: 20070631320218260000 SP 2007063-13.2021.8.26.0000,


Relator: Marcia Dalla Déa Barone, Data de Julgamento: 19/08/2021, 4ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 19/08/2021)

V.V EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - REGULAMENTAÇÃO DE


VISITAS - DIREITO DE CONVIVÊNCIA DO PAI COM O FILHO MENOR -
MEDIDA PROTETIVA - NECESSIDADE DE COMPATIBILIZAÇÃO -
AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE TERCEIRA PESSOA PARA
INTERMEDIAÇÃO DA VISITA - RELATIVIZAÇÃO/READEQUAÇÃO DA
MEDIDA PROTETIVA - HIPÓTESE EXCEPCIONALÍSSIMA - SUPERIOR
INTERESSE DA CRIANÇA. 1. A regulamentação da convivência deve
atender ao melhor interesse da criança, possibilitando o convívio e a
preservação de afetividade com os genitores. 2. A imposição de medidas
restritivas de aproximação do pai com a mãe, que detém a guarda dos filhos,
não pode servir de obstáculo à efetivação do direito de visitação paterna,
devendo prevalecer o superior interesse da criança em detrimento dos
interesses dos genitores. 3. A relativização temporária e pontual da medida
protetiva de distanciamento, com o fim de possibilitar a busca e a entrega da
criança no lar materno pelo pai, é hipótese excepcionalíssima, que pode ser
aplicada quando for possível evitar o contato direto entre os genitores e seja a
única forma de se assegurar o direito de convivência.

(TJ-MG - AI: 10000212215917001 MG, Relator: Carlos Henrique Perpétuo


Braga, Data de Julgamento: 27/01/2022, Câmaras Cíveis / 19ª CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 03/02/2022)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS C/C GUARDA C/C
REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. MEDIDA PROTETIVA EM FAVOR DA
GENITORA, SEUS FAMILIARES E TESTEMUNHAS. CRIANÇA DE TENRA
IDADE. VISITAS ASSISTIDAS DO GENITOR AO FILHO. PRESERVAÇÃO
DO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E O INTERESSE DA CRIANÇA. 1.
Embora conste dos autos que o agravado responde a processos criminais e a
genitora possui medidas protetivas em seu favor e de seus familiares e
testemunhas, o direito de visitação do pai à criança, menor de tenra idade e
totalmente dependente dos adultos, deve ser resguardado, em benefício e
interesse do próprio filho, que não pode ser afastado do convívio com os pais,
o que é essencial para o seu desenvolvimento. 2. Diante da necessidade de
convivência da criança com o pai e com a mãe e havendo restrições da
aproximação entre os genitores, a conduta mais prudente a ser adotada é que
a mãe não esteja presente em sua casa e indique uma pessoa de sua
confiança para estar com a criança e seu pai durante a visita aos sábados, no
horário de 09 às 12 horas, o que fortalecerá o convívio entre pai e filho. 3. O
artigo 227 da Constituição Federal dispõe, dentre outros deveres da família,
da sociedade e do Estado, assegurar a convivência familiar à criança, ao
adolescente e ao jovem, ressaltando a teoria da proteção integral e o princípio
do melhor interesse da criança. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO
E DESPROVIDO.

(TJ-GO - AI: 04564952420198090000, Relator: FÁBIO CRISTÓVÃO DE


CAMPOS FARIA, Data de Julgamento: 05/02/2020, 3ª Câmara Cível, Data de
Publicação: DJ de 05/02/2020)

VISITAS – AÇÃO DE MODIFICAÇÃO – DECISÃO QUE SUSPENDEU AS


VISITAS PATERNAS - CONCESSÃO DE MEDIDA PROTETIVA EM FAVOR
DA MÃE QUE, A PRINCÍPIO, NÃO DEVE OBSTAR A VISITAÇÃO -
AUSENTES INDÍCIOS DE QUE O GENITOR TENHA COMPORTAMENTO
AGRESSIVO OU INADEQUADO EM RELAÇÃO A SEU FILHO – A FIGURA
PATERNA É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA O
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA - CONTATO QUE DEVE SER
ESTIMULADO - ATÉ QUE SE CONCLUAM OS ESTUDOS PSICOSSOCIAIS,
PRUDENTE A RETOMADA DAS VISITAS PATERNAS, FICANDO A CARGO
DA GENITORA A ESCOLHA DE TERCEIRA PESSOA PARA VIABILIZAR O
CONTATO ENTRE PAI E FILHO - DECISÃO REFORMADA - AGRAVO
PROVIDO.

(TJ-SP - AI: 20897115020218260000 SP 2089711-50.2021.8.26.0000,


Relator: Theodureto Camargo, Data de Julgamento: 18/08/2021, 8ª Câmara
de Direito Privado, Data de Publicação: 18/08/2021)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE


DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM REGULAMENTAÇÃO DE
GUARDA, CONVIVÊNCIA E ALIMENTOS. VISITAS SUPERVISIONADAS.
DESNECESSIDADE. VERBA ALIMENTAR PROVISÓRIA RAZOÁVEL, POR
ORA, AO CASO EM TELA.A CONVIVÊNCIA PATERNA É UM DIREITO DO
GENITOR NÃO GUARDIÃO E NÃO DEVE SER RESTRINGIDA SEM
COMPROVAÇÃO DE SUPOSTA AMEAÇA A INTEGRIDADE DAS
MENORESOS ALIMENTOS DEVEM OBSERVAR AS POSSBILIDADES DO
ALIMENTANTE E A EFETIVA NECESSIDADE DAS ALIMENTADAS, VERBA
MANTIDAAGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO

(TJ-RS - AI: 51134164520238217000 ENCANTADO, Relator: Luis Gustavo


Pedroso Lacerda, Data de Julgamento: 28/04/2023, Primeira Câmara
Especial Cível, Data de Publicação: 28/04/2023)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR INOMINADA. VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA.A VISITAÇÃO, ANTES DE UM DIREITO DOS GENITORES, É
DIREITO DAS CRIANÇAS, VISANDO SEU MELHOR INTERESSE,
BASEADO NA CONVIVÊNCIA COM OS PAIS. NECESSIDADE DE FIXAÇÃO
DE DIAS E HORÁRIOS PARA REALIZAÇÃO DE VISITAÇÃO, BEM ASSIM
AS CONDIÇÕES DESTA.AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE
PROVIDO.

(TJ-RS - AI: 50127677220238217000 PORTO ALEGRE, Relator: Leandro


Augusto Sassi, Data de Julgamento: 09/02/2023, Terceira Câmara Criminal,
Data de Publicação: 17/02/2023)

EMENTA: FAMÍLIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


REGULAMENTAÇÃO DE CONVIVÊNCIA PATERNO-FILIAL.
REGULAMENTAÇÃO DO CONVÍVIO COM O GENITOR. FILHO MENOR.
EVENTUAL CONDUTA DESABONADORA OU NEGLIGENTE DO GENITOR
NÃO VERIFICADA. DESNECESSIDADE DE VISITAÇÃO DE FORMA
ASSISTIDA. - Faz jus ao direito de visitação o genitor que não detiver a
guarda do filho, de modo a garantir o melhor interesse da criança e
objetivando permitir a convivência familiar digna - Hipótese na qual inexistem
elementos que evidenciem a necessidade de determinar que as visitas se
deem de forma assistida pela genitora, considerando-se que não há
comprovação das condutas imputadas pela recorrente que poderiam
desabonar o recorrido como genitor responsável.

(TJ-MG - AI: 10000212010813001 MG, Relator: Alberto Vilas Boas, Data de


Julgamento: 07/12/2021, Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 09/12/2021)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS.


PAI. ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL. VISITAS ASSISTIDAS. CABIMENTO.
1. Como decorrência do poder familiar, o pai não-guardião tem o direito de
avistar-se com a filha, acompanhando-lhe a educação, de forma a estabelecer
com ela um vínculo afetivo saudável. 2. A mera suspeita da ocorrência de
abuso sexual não pode impedir o contato entre pai e filha. 3. Adequado,
assim, as visitas assistidas pelos avós paternos, com o que restará
assegurada a integridade física e psicológica da menor durante o convívio
com o genitor, bem como resguardará este de novas acusações. RECURSO
PROVIDO EM PARTE. (Agravo de Instrumento Nº 70066306572, Sétima
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles
Ribeiro, Julgado em 28/08/2015).
(TJ-RS - AI: 70066306572 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data
de Julgamento: 28/08/2015, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário
da Justiça do dia 31/08/2015)

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