AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS.
PAI. ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL. VISITAS ASSISTIDAS. CABIMENTO.
1. Como decorrência do poder familiar, o pai não-guardião tem o direito de avistar-se com a filha, acompanhando-lhe a educação, de forma a estabelecer com ela um vínculo afetivo saudável. 2. A mera suspeita da ocorrência de abuso sexual não pode impedir o contato entre pai e filha. 3. Adequado, assim, as visitas assistidas pelos avós paternos, com o que restará assegurada a integridade física e psicológica da menor durante o convívio com o genitor, bem como resguardará este de novas acusações. RECURSO PROVIDO EM PARTE. (Agravo de Instrumento Nº 70066306572, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 28/08/2015).
(TJ-RS - AI: 70066306572 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 28/08/2015, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 31/08/2015)
EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS (PRINCIPAL E ADESIVA) - FAMÍLIA - AÇÃO
DE DIVÓRCIO LITIGIOSO - FILHO MENOR - ABUSO SEXUAL DESCARTADO - ALIENAÇÃO PARENTAL COMPROVADA - GUARDA COMPARTILHADA - PRESERVAÇÃO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. I - Revelando-se totalmente inverídica a acusação materna de abuso sexual do filho menor pelo pai, consoante inquérito policial e laudos psicossociais realizados sob o crivo do contraditório, imperativo reconhecer a prática de atos de alienação parental, notadamente quando demonstrada a influência negativa da mãe sobre o infante. II - Ao julgador cumpre impor medidas eficazes para eliminar os efeitos nocivos da alienação parental, dentre as quais advertência, multa e acompanhamento psicológico. III - Sem que qualquer elemento probatório a desmereça, inevitável o acolhimento judicial da conclusão do Estudo Psicológico e Social que recomenda a guarda compartilhada do filho menor como a melhor forma de constituir responsabilização conjunta e de garantir o exercício dos direitos e deveres dos genitores. IV - Constatado que a parte litigante alterou a verdade dos fatos, usando o processo para conseguir objetivo ilegal e procedendo de modo temerário no "iter" procedimental, desencadeando incidente manifestamente infundado, impõe-se condená-la por litigância de má-fé, nos termos dos arts. 77, 80 e 81, todos do CPC/15.
(TJ-MG - AC: 10000180562332004 MG, Relator: Peixoto Henriques, Data de
Julgamento: 27/07/2021, Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 02/08/2021)
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO REGULAMENTAÇÃO DE
GUARDA E REGIME DE CONVIVÊNCIA - DEFERIMENTO DA TUTELA DE URGÊNCIA - FIXAÇÃO DA GUARDA PROVISÓRIA DA MENOR EM FAVOR DO GENITOR - PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ALIENAÇÃO PARENTAL POR PARTE DA GENITORA DA INFANTE - COMPROVAÇÃO - UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS PROCESSUAIS APTOS À INIBIÇÃO OU ATENUAÇÃO DOS SEUS EFEITOS - ART. 6º, V, DA LEI N. 12.318/10 - AUSÊNCIA DE CONDUTA DESABONADORA DO RECORRIDO - MANUTENÇÃO DA INVERSÃO DA GUARDA - RECURSO NÃO PROVIDO . Conforme estabelecem a Constituição Federal e a Lei n. 8.069/90, em face da situação de vulnerabilidade em que se encontram, deve-se observar devida proteção das crianças e dos adolescentes como princípio basilar e orientador do direito de família, visando a propiciar as melhores condições para o bom e adequado desenvolvimento dos menores . A guarda, que se destina a regularizar a posse de fato do menor, gera vínculo jurídico modificável, mas a mudança de guardião apenas deve ocorrer quando a gravidade das circunstâncias fáticas a recomendarem . Demonstrado que a genitora praticou reiteradamente a alienação parental e inexistente qualquer conduta desabonadora do pai em relação à filha, mantém-se a decisão que outorgou a guarda provisória da infante ao genitor, à luz do disposto no art. 6º, V, da Lei n. 12.318/10 . Recurso não provido.
(TJ-MG - AI: 10000212063465001 MG, Relator: Corrêa Junior, Data de
Julgamento: 01/02/2022, Câmaras Cíveis / 6ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 07/02/2022)
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE ALIENAÇÃO
PARENTAL - ATOS PRATICADOS PELA MÃE QUE DIFICULTAM O EXERCÍCIO DO DIREITO DE VISITAS PATERNO - ALIENAÇÃO PARENTAL - CONFIGURAÇÃO - RECURSO DESPROVIDO. - A Lei n. 12.318/2010 dispõe sobre a alienação parental, definindo-a como a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este (artigo 2º, caput) - A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, infringindo disposição constitucional da proteção integral dos menores (artigo 227, da Constituição Federal), além de prejudicar a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constituir abuso moral contra os jovens e infantes e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda - No presente caso, a prova dos autos, em especial o Estudo Psicológico, demonstra de forma clara a alienação parental praticada pela genitora ao impedir o exercício do direito de visitas paterno, além de dificultar o contato da criança com o genitor, impedir o exercício da autoridade parental, bem como realizar campanha de desqualificação da figura paterna.
(TJ-MG - AC: 10000210725339001 MG, Relator: Ângela de Lourdes
Rodrigues, Data de Julgamento: 01/07/2021, Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 29/07/2021)
AÇÃO DECLATÓRIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL C.C.
REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. Ação proposta pelo genitor contra a genitora. Sentença de parcial procedência fixando regime de visitas e ressaltando que, quanto à alienação parental, essa não se configura um pedido por si só, devendo sempre vir acompanhado dos pleitos mencionadas na Lei nº 12.318/10, o que não ocorreu na exordial. Inconformismo do autor. Pedido de que seja reconhecida a alienação parental com a aplicação de alguma das penalidades previstas em lei. Fatos narrados nos autos que demonstram que as partes possuem uma relação bastante conturbada e que algumas das ações praticadas pela autora, ainda que não intencionalmente, acabaram acarretando o distanciamento do pai em relação aos filhos. Alienação parental que deve ser declarada, ficando a ré advertida de que deve estimular e facilitar a ocorrência das visitas, sob pena de serem aplicadas medidas mais rigorosas. Determinação ao juízo de primeiro grau que expeça ofícios as entidades conveniadas com a Justiça para que elas informem se existe a possibilidade de que as visitas sejam assistidas, conforme autoriza o parágrafo único do artigo 4º da Lei nº 12.318 de 2010. Sentença reformada em parte. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
Relator: Ana Maria Baldy, Data de Julgamento: 20/06/2022, 6ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 20/06/2022)
GUARDA E VISITAÇÃO. PAIS SEPARADOS. INTERESSE DO MENOR.
ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL NÃO PROVADA. INDÍCIOS DE SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL. IMPLANTAÇÃO DE FALSAS MEMÓRIAS NA MENTE DA CRIANÇA EM DESENVOLVIMENTO. O MELHOR INTERESSE DO MENOR SE SOBREPÕE AO INTERESSE PARTICULAR DOS PAIS. CONFLITOS ENTRE OS GENITORES QUE AFASTAM, POR ORA, A POSSIBILIDADE DA MANUTENÇÃO DA GUARDA COMPARTILHADA. MODIFICAÇÃO DO JULGADO. PODER GERAL DE CAUTELA. TRANSFERÊNCIA DA GUARDA PROVISÓRIA DA MENOR AO PAI. RESPEITO À REAPROXIMAÇÃO GRADATIVA DO PAI COM A FILHA DE FORMA IMPARCIAL. CONVIVÊNCIA REGULAR COM A LINHAGEM PATERNA. DIREITO DA CRIANÇA PARA GARANTIR SEU REGULAR CRESCIMENTO E BEM ESTAR. MÁ-FÉ. INOCORRÊNCIA. 1- A REPRESENTANTE LEGAL DA MENOR INGRESSOU COM AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA COMPARTILHADA, POR DESCONFIAR DO COMPORTAMENTO DO FILHO DO PRIMEIRO CASAMENTO DA NOVA COMPANHEIRA DO GENITOR, NA QUAL FOI PROFERIDA SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA, MANTIDA POR ESTE ÓRGÃO JULGADOR, COM FUNDAMENTO EM ESTUDO SOCIAL REALIZADO POR TÉCNICOS DO TRIBUNAL. 2- APÓS A PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO, A GENITORA ALEGOU FATOS NOVOS E INFORMOU QUE AJUIZOU, NO PLANTÃO JUDICIÁRIO, MEDIDA CAUTELAR DE SUSPENSÃO DE VISITAÇÃO, SOB A ALEGAÇÃO DE ABUSO SEXUAL POR PARTE DO GENITOR. 3- DECISÃO SUSPENDENDO A EFICÁCIA DO ACÓRDÃO PROLATADO POR ESTE PRÓPRIO ÓRGÃO, COM APOIO NO PODER GERAL DE CAUTELA, DETERMINANDO QUE A VISITAÇÃO DO PAI OCORRESSE UMA VEZ NA SEMANA, ACOMPANHADA DE PESSOA INDICADA PELA REPRESENTANTE DA MENOR. ART. 475, I, DO CPC. 4- REMESSA DOS AUTOS DA AÇÃO CAUTELAR A ESTE ÓRGÃO JULGADOR, OS QUAIS FORAM A ESTES APENSADOS, PARA JULGAMENTO CONJUNTO. 5- DELIBERAÇÃO DE PROCESSAMENTO DOS FEITOS EXTRAORDINARIAMENTE NESTE ÓRGÃO COLEGIADO (5ª CÂMARA CÍVEL), PARA COIBIR MEDIDAS EXTRAVAGANTES ADOTADAS PELA MÃE DA MENOR QUE IMPEÇAM A COLHEITA E AVALIAÇÃO DAS PROVAS DE FORMA ESTRUTURADA. ARTIGO 801, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 6- REVITIMIZAÇÃO DA CRIANÇA COM SUCESSIVAS AVALIAÇÕES NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO E POLICIAL. CONDUTA REPROVÁVEL DA GENITORA EM NÃO SE SUBMETER AS DETERMINAÇÕES JUDICIAIS, DESRESPEITANDO REITERADAMENTE A DELIBERAÇÕES DESTA CÂMARA QUANTO À VISITAÇÃO, BEM COMO DE NÃO EXPOR A CRIANÇA A QUALQUER TIPO DE EXAME PSICOLÓGICO/PSIQUIÁTRICO ATÉ A CONCLUSÃO DA PROVA PERICIAL. 7- AINDA QUE ADMISSÍVEL A PREOCUPAÇÃO DA MÃE COM A SUPOSTA ALTERAÇÃO COMPORTAMENTAL DA FILHA, MORMENTE DIANTE DAS DENÚNCIAS DA EX-COMPANHEIRA DO GENITOR APÓS A SEPARAÇÃO DO CASAL, OS LAUDOS TÉCNICOS ELABORADOS POR PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS DESTE JUÍZO CONCLUEM EM SENTIDO DIVERSO DO APONTADO NA AÇÃO CAUTELAR. 8- A INSISTÊNCIA DA GENITORA NA ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL PRATICADO PELO PAI CONTRA A CRIANÇA, QUE PERMITIRIA A MUDANÇA DA VISITAÇÃO, NÃO SE CONFIRMOU, NOTADAMENTE DIANTE DO COMPORTAMENTO DA INFANTE NAS AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS DOS TÉCNICOS DO JUÍZO E DA ANÁLISE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO QUE MANTÉM CONTATO DIÁRIO COM A MENOR. 9- A IMPUGNAÇÃO DA AUTORA AOS LAUDOS ACOSTADOS PELOS ILUSTRES PERITOS DEMONSTRA APENAS O INTERESSE EM PERENIZAR A DEMANA. REFUTAÇÃO À IMPARCIALIDADE DOS PERITOS E DOS ENTREVISTADOS SEM QUALQUER COMPROVAÇÃO. 10- LAUDO PSICOLÓGICO QUE APONTA A NECESSIDADE DE CONCESSÃO DE MEDIDA DE URGÊNCIA, ALTERANDO TEMPORARIAMENTE A GUARDA, COM O OBJETIVO DE RESGATAR A CONVIVÊNCIA PLENA DA MENOR COM SEU PAI, DIANTE DE INDÍCIOS VEEMENTES DE ALIENAÇÃO PARENTAL POR PARTE DA MÃE. PREVALÊNCIA DO INTERESSE DO MENOR, AUTORIZANDO A ALTERAÇÃO.MODIFICAÇÃO DO ACÓRDÃO PROFERIDO NESTES AUTOS, O QUAL MANTINHA A GUARDA COMPARTILHADA, DEFERINDO, DE OFÍCIO, A GUARDA PROVISÓRIA DA MENOR AO PAI PELO PERÍODO DE SEIS MESES, COM VISITAÇÃO DE DOIS DIAS QUINZENALMENTE E UM DIA NA SEMANA ALTERNADA PELA MÃE. ARTIGO 471, I, DO CPC.ENCAMINHAMENTO DOS PAIS DA CRIANÇA PARA PARTICIPAÇÃO NO PROJETO BEM ME QUER OFERECIDO POR ESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA, QUE VISA A CONSCIENTIZAÇÃO QUANTO AOS MALES DA ALIENAÇÃO PARENTAL E SENSIBILIZAÇÃO DAS FIGURAS PARENTAIS DAS CONSEQUÊNCIAS DO LITÍGIO SOBRE A PROLE. DEVERÃO, APÓS A CONCLUSÃO DO PROGRAMA, SER ENCAMINHADOS À MEDIAÇÃO, PARA BUSCAR SOLUÇÃO CONSENSUAL EM RELAÇÃO À POSSÍVEL RETOMADA DA ROTINA DE GUARDA ALTERNADA OU COMPARTILHADA. IMPROCEDÊNCIA DA MEDIDA CAUTELAR. (TJ-RJ - APL: 01490043120088190001 RIO DE JANEIRO CAPITAL 1 VARA DE FAMILIA, Relator: ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, Data de Julgamento: 13/12/2011, QUINTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 19/12/2011)
BUSCA E APREENSÃO DE MENOR. Pedido formulado em plantão judiciário.
Deferimento da busca e apreensão da criança, para cumprimento do regime de visitas fixado em processo de regulamentação de guarda. Demonstração de recusa do genitor ao cumprimento do regime de visitas. Conduta do genitor impossibilitou à menor o regular exercício do direito de convivência com a genitora. Art. 300 do CPC. Melhor interesse da menor que deve ser atendido. Prejudicado o pedido de extensão a todas as datas de visita, ante a superveniência de alteração do regime de visitas pelo MM. Juízo "a quo". Recurso parcialmente provido.
35.2021.8.26.0000, Relator: Fernanda Gomes Camacho, Data de Julgamento: 02/02/2022, 5ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 02/02/2022)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE
MENOR. IMPEDIMENTO DE CONVÍVIO. DESCUMPRIMENTO DOS TERMOS DA GUARDA COMPARTILHADA. ALIENAÇÃO PARENTAL CONFIGURADA. REVERSÃO DO DOMICÍLIO JUSTIFICADA. Furtando-se a agravante, de modo injustificado, ao cumprimento dos termos do acordo de guarda compartilhada, impedido o convívio entre pai e filho, em manifesto prejuízo ao desenvolvimento saudável da criança, resta configurada, conforme o disposto no artigo 2º da Lei nº 12.318/2010, a prática de atos típicos de alienação parental que justificam a reversão do domicílio do menor em favor do genitor/agravado e, por consequência, a confirmação da ordem de busca e apreensão.AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.
CHAVES, Data de Julgamento: 31/03/2020, 2ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 31/03/2020)
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - DIREITO DE FAMÍLIA - MEDIDA
PROCESSUAL DE BUSCA E APREENSÃO DE MENOR - RESGUARDAR O EXERCÍCIO REGULAR DA GUARDA. - Tratando-se de guarda de menor, doutrina e jurisprudência são assentes no sentido de que deve prevalecer o melhor interesse da criança, em conformidade com o que dispõe o artigo 227 da CR/88 e o artigo 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente - A medida judicial de busca e apreensão do menor se restringe àquelas situações de maior gravidade, a fim de resguardar seus direitos e o regular exercício da guarda.
(TJ-MG - AI: 10000212498141001 MG, Relator: Ana Paula Caixeta, Data de
Julgamento: 28/04/2022, Câmaras Especializadas Cíveis / 4ª Câmara Cível Especializada, Data de Publicação: 29/04/2022) expedição de mandado de busca e apreensão para apresentação do menor em Juízo, com intuito de se proceder
Agravo de Instrumento – ação de guarda c.c. regulamentação de visitas e
alimentos – fase de cumprimento de sentença – insurgência contra o indeferimento de busca e apreensão dos menores – possibilidade diante da inexistência de qualquer efetividade a execução da multa fixada para a concretização do direito de visitas já que a executada é revel e não possui patrimônio – medida coercitiva típica prevista no art. 536, caput e § 1º do CPC – busca e apreensão deferida pois o direito à visita não é só do pai, mas também da criança que tem o direito de não se ver afastado do seu genitor e com ele manter os laços familiares para um desenvolvimento emocional equilibrado – Recurso provido.
Relator: Moreira Viegas, Data de Julgamento: 11/11/2020, 5ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 11/11/2020)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. VISITAS.
Insurgência da guardiã contra a determinação de cumprimento das visitas paternas, pena de multa diária de dez salários mínimo e inversão da guarda. Gratuidade da justiça. Benefício a ser previamente postulado ao Juízo a quo, evitando-se supressão de instância. Risco de inversão da guarda afastado por decisão posterior do Juízo a quo, acarretando perda superveniente do interesse recursal nesse ponto. Na execução, não é dado à parte rediscutir o regime de visitas ajustado consensualmente, restrito o debate ao cumprimento forçado da obrigação pelo inadimplente. Fixação de multa cominatória que tem por objetivo compelir a parte ao cumprimento da obrigação, recomendável a manutenção do valor das astreintes para que o inadimplemento não seja opção viável, ajustando-se a sua incidência para cada visita descumprida pela guardiã. Limitação do valor total da multa cominatória a R$ 75.000,00, a fim de obstar o enriquecimento ilícito da parte contrária. Decisão reformada em parte. Recurso parcialmente conhecido e, na parte conhecida, parcialmente provido.
Relator: J.B. Paula Lima, Data de Julgamento: 31/03/2021, 10ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 31/03/2021)
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - DIREITO DE VISITAS -
REGULAMENTAÇÃO - MELHOR INTERESSE DA MENOR - RETOMADA DA CONVIVÊNCIA DE FORMA GRADATIVA - VISITAÇÃO SUPERVISIONADA E LIMITADA À RESIDÊNCIA DA GENITORA - INVIABILIDADE - DEMONSTRADO DESCUMPRIMENTO DO ACORDO DE VISITAS - FIXAÇÃO DE MULTA - MANUTENÇÃO - RECURSO DESPROVIDO. - Na análise da regulamentação de visitas, o interesse da menor é que deve ser preservado, porquanto se destina a proporcionar-lhe um momento de convivência com seu genitor - De ser anotado que o momento de convivência almejado com o pleito de regulamentação de visitas deve ser o mais saudável possível, de maneira que as partes deixem as diferenças sobrestadas, visando a proporcionar equilíbrio emocional e qualidade de vida à menor - Demonstrado o descumprimento da decisão que deferiu ao genitor o direito de visitas à menor, correta está a decisão que fixou multa para cada visita que eventualmente venha a ser por descumprida pela genitora.
(TJ-MG - AI: 10000211111315001 MG, Relator: Geraldo Augusto, Data de
Julgamento: 05/10/2021, Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 07/10/2021)
Ação de regulamentação de visitas – Decisão que determinou a busca e
apreensão do menor para efetivação da visitação paterna – Recurso conhecido em parte – Incabível nova apreciação do pleito da genitora de alteração da visitação presencial do genitor, confirmada por esta C. Câmara em julgamento de agravo de instrumento anterior – Configurada a recalcitrância da genitora em possibilitar a visitação paterna – Manutenção do vínculo paterno constitui direito do menor, cujo interesse é prioritário na demanda – Período de visitação restrito e sem pernoite, com intermediação de terceiro para que não seja desrespeitada a medida protetiva vigente em favor da genitora – Compete a ambos os genitores observar as medidas sanitárias em relação à prevenção da contaminação pelo coronavírus – Questão que não impede a retomada do convívio presencial do genitor com o filho – Medida de busca e apreensão justificada na hipótese – Recurso conhecido em parte e não provido na parte conhecida.
Relator: Marcia Dalla Déa Barone, Data de Julgamento: 19/08/2021, 4ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 19/08/2021)
V.V EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - REGULAMENTAÇÃO DE
VISITAS - DIREITO DE CONVIVÊNCIA DO PAI COM O FILHO MENOR - MEDIDA PROTETIVA - NECESSIDADE DE COMPATIBILIZAÇÃO - AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE TERCEIRA PESSOA PARA INTERMEDIAÇÃO DA VISITA - RELATIVIZAÇÃO/READEQUAÇÃO DA MEDIDA PROTETIVA - HIPÓTESE EXCEPCIONALÍSSIMA - SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA. 1. A regulamentação da convivência deve atender ao melhor interesse da criança, possibilitando o convívio e a preservação de afetividade com os genitores. 2. A imposição de medidas restritivas de aproximação do pai com a mãe, que detém a guarda dos filhos, não pode servir de obstáculo à efetivação do direito de visitação paterna, devendo prevalecer o superior interesse da criança em detrimento dos interesses dos genitores. 3. A relativização temporária e pontual da medida protetiva de distanciamento, com o fim de possibilitar a busca e a entrega da criança no lar materno pelo pai, é hipótese excepcionalíssima, que pode ser aplicada quando for possível evitar o contato direto entre os genitores e seja a única forma de se assegurar o direito de convivência.
(TJ-MG - AI: 10000212215917001 MG, Relator: Carlos Henrique Perpétuo
Braga, Data de Julgamento: 27/01/2022, Câmaras Cíveis / 19ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 03/02/2022) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS C/C GUARDA C/C REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. MEDIDA PROTETIVA EM FAVOR DA GENITORA, SEUS FAMILIARES E TESTEMUNHAS. CRIANÇA DE TENRA IDADE. VISITAS ASSISTIDAS DO GENITOR AO FILHO. PRESERVAÇÃO DO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E O INTERESSE DA CRIANÇA. 1. Embora conste dos autos que o agravado responde a processos criminais e a genitora possui medidas protetivas em seu favor e de seus familiares e testemunhas, o direito de visitação do pai à criança, menor de tenra idade e totalmente dependente dos adultos, deve ser resguardado, em benefício e interesse do próprio filho, que não pode ser afastado do convívio com os pais, o que é essencial para o seu desenvolvimento. 2. Diante da necessidade de convivência da criança com o pai e com a mãe e havendo restrições da aproximação entre os genitores, a conduta mais prudente a ser adotada é que a mãe não esteja presente em sua casa e indique uma pessoa de sua confiança para estar com a criança e seu pai durante a visita aos sábados, no horário de 09 às 12 horas, o que fortalecerá o convívio entre pai e filho. 3. O artigo 227 da Constituição Federal dispõe, dentre outros deveres da família, da sociedade e do Estado, assegurar a convivência familiar à criança, ao adolescente e ao jovem, ressaltando a teoria da proteção integral e o princípio do melhor interesse da criança. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJ-GO - AI: 04564952420198090000, Relator: FÁBIO CRISTÓVÃO DE
CAMPOS FARIA, Data de Julgamento: 05/02/2020, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 05/02/2020)
VISITAS – AÇÃO DE MODIFICAÇÃO – DECISÃO QUE SUSPENDEU AS
VISITAS PATERNAS - CONCESSÃO DE MEDIDA PROTETIVA EM FAVOR DA MÃE QUE, A PRINCÍPIO, NÃO DEVE OBSTAR A VISITAÇÃO - AUSENTES INDÍCIOS DE QUE O GENITOR TENHA COMPORTAMENTO AGRESSIVO OU INADEQUADO EM RELAÇÃO A SEU FILHO – A FIGURA PATERNA É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA - CONTATO QUE DEVE SER ESTIMULADO - ATÉ QUE SE CONCLUAM OS ESTUDOS PSICOSSOCIAIS, PRUDENTE A RETOMADA DAS VISITAS PATERNAS, FICANDO A CARGO DA GENITORA A ESCOLHA DE TERCEIRA PESSOA PARA VIABILIZAR O CONTATO ENTRE PAI E FILHO - DECISÃO REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
Relator: Theodureto Camargo, Data de Julgamento: 18/08/2021, 8ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 18/08/2021)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA, CONVIVÊNCIA E ALIMENTOS. VISITAS SUPERVISIONADAS. DESNECESSIDADE. VERBA ALIMENTAR PROVISÓRIA RAZOÁVEL, POR ORA, AO CASO EM TELA.A CONVIVÊNCIA PATERNA É UM DIREITO DO GENITOR NÃO GUARDIÃO E NÃO DEVE SER RESTRINGIDA SEM COMPROVAÇÃO DE SUPOSTA AMEAÇA A INTEGRIDADE DAS MENORESOS ALIMENTOS DEVEM OBSERVAR AS POSSBILIDADES DO ALIMENTANTE E A EFETIVA NECESSIDADE DAS ALIMENTADAS, VERBA MANTIDAAGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO
(TJ-RS - AI: 51134164520238217000 ENCANTADO, Relator: Luis Gustavo
Pedroso Lacerda, Data de Julgamento: 28/04/2023, Primeira Câmara Especial Cível, Data de Publicação: 28/04/2023)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR INOMINADA. VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA.A VISITAÇÃO, ANTES DE UM DIREITO DOS GENITORES, É DIREITO DAS CRIANÇAS, VISANDO SEU MELHOR INTERESSE, BASEADO NA CONVIVÊNCIA COM OS PAIS. NECESSIDADE DE FIXAÇÃO DE DIAS E HORÁRIOS PARA REALIZAÇÃO DE VISITAÇÃO, BEM ASSIM AS CONDIÇÕES DESTA.AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.
(TJ-RS - AI: 50127677220238217000 PORTO ALEGRE, Relator: Leandro
Augusto Sassi, Data de Julgamento: 09/02/2023, Terceira Câmara Criminal, Data de Publicação: 17/02/2023)
EMENTA: FAMÍLIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
REGULAMENTAÇÃO DE CONVIVÊNCIA PATERNO-FILIAL. REGULAMENTAÇÃO DO CONVÍVIO COM O GENITOR. FILHO MENOR. EVENTUAL CONDUTA DESABONADORA OU NEGLIGENTE DO GENITOR NÃO VERIFICADA. DESNECESSIDADE DE VISITAÇÃO DE FORMA ASSISTIDA. - Faz jus ao direito de visitação o genitor que não detiver a guarda do filho, de modo a garantir o melhor interesse da criança e objetivando permitir a convivência familiar digna - Hipótese na qual inexistem elementos que evidenciem a necessidade de determinar que as visitas se deem de forma assistida pela genitora, considerando-se que não há comprovação das condutas imputadas pela recorrente que poderiam desabonar o recorrido como genitor responsável.
(TJ-MG - AI: 10000212010813001 MG, Relator: Alberto Vilas Boas, Data de
Julgamento: 07/12/2021, Câmaras Cíveis / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 09/12/2021)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS.
PAI. ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL. VISITAS ASSISTIDAS. CABIMENTO. 1. Como decorrência do poder familiar, o pai não-guardião tem o direito de avistar-se com a filha, acompanhando-lhe a educação, de forma a estabelecer com ela um vínculo afetivo saudável. 2. A mera suspeita da ocorrência de abuso sexual não pode impedir o contato entre pai e filha. 3. Adequado, assim, as visitas assistidas pelos avós paternos, com o que restará assegurada a integridade física e psicológica da menor durante o convívio com o genitor, bem como resguardará este de novas acusações. RECURSO PROVIDO EM PARTE. (Agravo de Instrumento Nº 70066306572, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 28/08/2015). (TJ-RS - AI: 70066306572 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 28/08/2015, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 31/08/2015)