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Apostila RF Vip Auditor Fiscal Direito Tributario Parte 10 Diego Degrazia
Apostila RF Vip Auditor Fiscal Direito Tributario Parte 10 Diego Degrazia
“A cláusula de vedação inscrita no art. 151, inciso III, da Constituição – que proíbe a concessão
de isenções tributárias heterônomas – é inoponível ao Estado Federal brasileiro (vale dizer, à
República Federativa do Brasil), incidindo, unicamente, no plano das relações institucionais do-
mésticas que se estabelecem entre as pessoas políticas de direito público interno (...). Nada im-
pede, portanto, que o Estado Federal brasileiro celebre tratados internacionais que veiculem
cláusulas de exoneração tributária em matéria de tributos locais (como o ISS, p. ex.), pois a
República Federativa do Brasil, ao exercer o seu treaty-making power, estará praticando ato
legítimo que se inclui na esfera de suas prerrogativas como pessoa jurídica de direito inter-
nacional público, que detém – em face das unidades meramente federadas – o monopólio da
soberania e da personalidade internacional.” (RE 543.943-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julga-
mento em 30-11-2010, Segunda Turma, DJE de 15-2-2011.) Vide: RE 229.096, Rel. p/ o ac. Min.
Cármen Lúcia, julgamento em 16-8-2007, Plenário, DJE de 11-4-2008.
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2. O status que possui o tratado internacional dentro do ordenamento jurídico interno;
3. As formas de resolução de conflitos entre o ordenamento jurídico interno e o tratado in-
ternacional; e
4. O critério utilizado pelo Supremo Tribunal Federal para dirimir conflitos entre o ordena-
mento jurídico interno e o tratado internacional.
CTN
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
a) Os tratados e as convenções
internacionais revogam ou modificam a
legislação tributária interna
Art. 98 do CTN
b) Os tratados e as convenções
internacionais serão observados pela
legislação que lhes sobrevenha
D
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a) Critério da Especialidade.
Hermenêutica Jurídica
Norma x Dispositivo
Art. 5º.
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
Direito Tributário.
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
Interpretação sistemática;
4 critérios ou sub-métodos
Interpretação teleológica;
Interpretação Histórica
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Questões
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a) corretamente, pois em relação às pessoas jurídicas de direito privado não há previsão legal
que possibilite a eleição do domicílio fiscal, havendo esta faculdade apenas às pessoas na-
turais
b) incorretamente, dado que não poderia recusar o domicílio eleito pelo contribuinte, mesmo
que este dificultasse a fiscalização tributária, pois a escolha do local da sede da empresa é
livremente feita por seus controladores, especialmente em face da liberdade empresarial
constitucionalmente garantida
c) corretamente, visto que na hipótese de recusa do domicílio eleito, a legislação determina
que se considere como domicílio fiscal do contribuinte o último local em que o estabeleci-
mento estava localizado.
d) incorretamente, pois o CTN prevê, quanto às pessoas jurídicas de direito privado, a prerro-
gativa da eleição do domicílio fiscal em qualquer local onde haja estabelecimento da em-
presa no território da entidade tributante.
e) corretamente, pois a escolha do local da sede da empresa é livremente feita por seus con-
troladores, mas, para os fins tributários, pode a administração tributária fundamentada-
mente recusar o domicílio eleito, nos casos em que o novo domicílio fiscal impossibilite ou
dificulte a fiscalização dos tributos.
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Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as
garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obriga-
ção tributária que lhe deu origem.
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem
sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser
dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respec-
tivas garantias.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena
de responsabilidade funcional.
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos:
I – quando a lei assim o determine;
II – quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legis-
lação tributária;
III – quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do
inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de es-
clarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na
legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no
exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obriga-
do, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com
dolo, fraude ou simulação;
VIII – quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamen-
to anterior;
IX – quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da au-
toridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
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Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito
da Fazenda Pública.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob
condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
...
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do
fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-
-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocor-
rência de dolo, fraude ou simulação.
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco)
anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tribu-
tário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
(Súmula 436, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/04/2010, DJe 13/05/2010)
Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de
certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
(Súmula 446, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)
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Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco consti-
tuir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em
que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame
da autoridade administrativa.
(Súmula 555, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2015, DJe 15/12/2015)
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Questões
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identificou a existência da referida falta de pagamento parcial do imposto devido, ocasionada
pelo erro na aplicação da alíquota.
Com base nas normas do Código Tributário Nacional relacionadas a essa matéria, e conside-
rando que a legislação municipal comina, para tais casos, penalidade no percentual de 10% do
valor do imposto, a autoridade fiscalizadora deverá promover lançamento de ofício
a) da penalidade pecuniária, no valor de R$ 1.000,00, vedado o lançamento da parcela do
imposto sonegada, pois o pagamento efetuado, ainda que parcial, extinguiu o crédito
tributário como um todo.
b) do imposto devido, no valor de R$ 2.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
400,00.
c) do imposto devido, no valor de R$ 10.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
1.000,00.
d) do imposto devido, no valor de R$ 10.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
200,00.
e) do imposto devido, no valor de R$ 2.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
200,00.
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45. (Defensor Público – DPE-RS – FCC – 2018)
Sobre o crédito tributário, é correto afirmar:
a) A anistia é causa de exclusão do crédito tributário.
b) A isenção é causa de extinção do crédito tributário.
c) A compensação é causa de suspensão do crédito tributário.
d) A moratória é causa de exclusão do crédito tributário.
e) A prescrição é causa de exclusão do crédito tributário.
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regu-
larmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo
fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a
liquidez do crédito.
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem
o efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida
por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exi-
gível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado,
que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio
fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha
sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requeri-
mento na repartição.
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Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste
a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha
sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
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