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DIREITO TRIBUTÁRIO – Parte 10

Prof. Diego Degrazia


Direito Tributário

TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


...
VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;

“A cláusula de vedação inscrita no art. 151, inciso III, da Constituição – que proíbe a concessão
de isenções tributárias heterônomas – é inoponível ao Estado Federal brasileiro (vale dizer, à
República Federativa do Brasil), incidindo, unicamente, no plano das relações institucionais do-
mésticas que se estabelecem entre as pessoas políticas de direito público interno (...). Nada im-
pede, portanto, que o Estado Federal brasileiro celebre tratados internacionais que veiculem
cláusulas de exoneração tributária em matéria de tributos locais (como o ISS, p. ex.), pois a
República Federativa do Brasil, ao exercer o seu treaty-making power, estará praticando ato
legítimo que se inclui na esfera de suas prerrogativas como pessoa jurídica de direito inter-
nacional público, que detém – em face das unidades meramente federadas – o monopólio da
soberania e da personalidade internacional.” (RE 543.943-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julga-
mento em 30-11-2010, Segunda Turma, DJE de 15-2-2011.) Vide: RE 229.096, Rel. p/ o ac. Min.
Cármen Lúcia, julgamento em 16-8-2007, Plenário, DJE de 11-4-2008.

Sobre os tratados internacionais em matéria tributária, analise:


1. O processo de celebração e de entrada em vigor de um tratado internacional;
1ª Fase – De acordo com o disposto no art.84, VIII da CF/88 compete privativamente ao Presi-
dente da República celebrar tratados internacionais.
2ª Fase – Celebrado o tratado, ele deverá ser avaliado pelo Congresso Nacional, tendo em con-
ta a redação do art. 49, I da CF/88. Essa avaliação do parlamento culmina na aprovação de um
decreto legislativo.
3ª Fase – Estando devidamente avalizado pelo Congresso, o Presidente da República, após rati-
ficar a celebração no plano internacional, deverá editar um decreto que promulgará o tratado
dando-lhe eficácia no ordenamento jurídico interno.
Art. 5º (...)
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal nº 45, de 2004)  

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2. O status que possui o tratado internacional dentro do ordenamento jurídico interno;
3. As formas de resolução de conflitos entre o ordenamento jurídico interno e o tratado in-
ternacional; e
4. O critério utilizado pelo Supremo Tribunal Federal para dirimir conflitos entre o ordena-
mento jurídico interno e o tratado internacional.

CTN
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.

a) Os tratados e as convenções
internacionais revogam ou modificam a
legislação tributária interna
Art. 98 do CTN
b) Os tratados e as convenções
internacionais serão observados pela
legislação que lhes sobrevenha
D

ADI 1480 MC / DF - DISTRITO FEDERAL


MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Julgamento: 04/09/1997 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
PARIDADE NORMATIVA ENTRE ATOS INTERNACIONAIS E NORMAS
INFRACONSTITUCIONAIS DE DIREITO INTERNO. - Os tratados ou
convenções internacionais, uma vez regularmente incorporados ao
Art. 98 do CTN direito interno, situam-se, no sistema jurídico brasileiro, nos mesmos
planos de validade, de eficácia e de autoridade em que se
posicionam as leis ordinárias, havendo, em conseqüência, entre
estas e os atos de direito internacional público, mera relação de
paridade normativa. Precedentes.

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a) Pela redação literal do CTN, a primeira


ideia que surge é que os tratados
internacionais revogariam a legislação
Art. 98 do CTN
interna.

ADI 1480 MC / DF - DISTRITO FEDERAL


MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE
PARIDADE NORMATIVA ENTRE ATOS INTERNACIONAIS E
NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS DE DIREITO INTERNO.
Art. 98 do CTN No sistema jurídico brasileiro, os atos internacionais não
dispõem de primazia hierárquica sobre as normas de
direito interno.

ADI 1480 MC / DF - DISTRITO FEDERAL


MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE
PARIDADE NORMATIVA ENTRE ATOS INTERNACIONAIS E
NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS DE DIREITO INTERNO.
Art. 98 do CTN A eventual precedência dos tratados ou convenções
internacionais sobre as regras infraconstitucionais de
direito interno somente se justificará quando a situação de
antinomia com o ordenamento doméstico impuser, para a
solução do conflito, a aplicação alternativa do critério
D cronológico ("lex posterior derogat priori") ou, quando
cabível, do critério da especialidade.

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a) Critério da Especialidade.

Art. 98 do CTN Imposto de renda para professor


venezuelano. Decreto Legislativo
559/2010

Hermenêutica Jurídica

Descobrir o sentido da norma jurídica.

Norma x Dispositivo
Art. 5º.
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
Direito Tributário.
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;

Interpretação Gramatical ou Literal;

Interpretação sistemática;
4 critérios ou sub-métodos
Interpretação teleológica;

Interpretação Histórica

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:


I – suspensão ou exclusão do crédito tributário;
DD II –Degrazia
outorga de isenção;
Diego

III – dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.


Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:

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I – à capitulação legal do fato;


II – à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus
efeitos;
III – à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV – à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação
tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I – a analogia;
II – os princípios gerais de direito tributário;
III – os princípios gerais de direito público;
IV – a eqüidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

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Questões

39. (Auditor-Fiscal – Pref. Teresina – FCC – 2016)


Joãozinho, com seis anos de idade, recebeu doação de seus avós, a qual foi devidamente aceita
pelos seus pais, em seu nome. Marcelo, empresário, perdeu o direito de administrar diretamente
os seus bens, desde a decretação da falência de sua empresa, consoante o que determina o art.
103 da Lei Federal nº 11.101/05. A empresa Serviços Gerais Ltda., prestadora de serviços pre-
vistos na Lista de Serviços anexa à Lei Complementar Federal no 116/03, funciona sem a devida
inscrição no Cadastro de Contribuintes do ISS do Município em que se localiza, mas atua comer-
cialmente como se regular fosse. Por determinação judicial, Maria Luisa encontra-se internada
em hospital para doentes mentais, por sofrer de moléstia que a impede de praticar os atos do
dia-a-dia, em razão de profunda alienação mental.
De acordo com as regras do Código Tributário Nacional, atinentes à capacidade tributária das
pessoas para serem sujeitos passivos de obrigação tributária principal,
a) a empresa Serviços Gerais Ltda. reveste a condição de sujeito passivo do IPTU relativo ao
terreno que a referida sociedade adquiriu e no qual se localiza a sede da referida empresa.
b) Maria Luisa, que perdeu suas faculdades mentais, não reveste, por causa disso, a condição
de sujeito passivo do Imposto de Renda, embora aufira rendimentos tributáveis por esse
imposto.
c) Marcelo não pode ser identificado como sujeito passivo do IPVA de veículo de sua proprie-
dade, em relação aos fatos geradores ocorridos após a perda do direito de administrar seus
bens, justamente por causa dessa perda.
d) a empresa Serviços Gerais Ltda. não reveste a condição de sujeito passivo do ISS em relação
aos serviços que presta, porque não está regularmente constituída, ainda que configure,
indubitavelmente, uma unidade econômica.
e) Joãozinho, por ser menor de idade, não pode ser identificado como sujeito passivo do
ITCMD incidente sobre a doação recebida, ainda que a lei ordinária competente preveja
que o donatário é o contribuinte desse imposto.

40. (Agente Fiscal de Rendas – Sefaz-SP – FCC – 2013)


A empresa Odisseia Indústria e Comércio S.A., cuja atividade compreende compra e venda mer-
cantil, anteriormente localizada na cidade de Santa Rita do Sapucaí – MG, transferiu sua sede
administrativa do Estado de Minas Gerais para o interior do Estado do Amazonas, em área rural
distante mais de 300 km de centro urbano mais próximo, e de acesso precário por via rodoviária
ou fluvial, e, ainda, por deliberação dos acionistas, sua antiga sede no Estado de Minas Gerais
foi convertida em filial. A Receita Federal do Brasil verificou, após procedimento administrativo
regular, que a mudança da localização da sede para local de difícil acesso dificulta a fiscalização
tributária, além do que ali não se encontravam guardados os livros e registros fiscais da empresa.
Apurou a fiscalização federal que o local da efetiva administração da empresa continuava a ser
em Minas Gerais. Em razão desta situação, a Receita Federal determinou a reversão do domicí-
lio tributário da empresa para a localidade anterior, em sua filial. Em face da situação hipotética
apresentada e do ordenamento jurídico vigente, a Receita Federal do Brasil agiu

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a) corretamente, pois em relação às pessoas jurídicas de direito privado não há previsão legal
que possibilite a eleição do domicílio fiscal, havendo esta faculdade apenas às pessoas na-
turais
b) incorretamente, dado que não poderia recusar o domicílio eleito pelo contribuinte, mesmo
que este dificultasse a fiscalização tributária, pois a escolha do local da sede da empresa é
livremente feita por seus controladores, especialmente em face da liberdade empresarial
constitucionalmente garantida
c) corretamente, visto que na hipótese de recusa do domicílio eleito, a legislação determina
que se considere como domicílio fiscal do contribuinte o último local em que o estabeleci-
mento estava localizado.
d) incorretamente, pois o CTN prevê, quanto às pessoas jurídicas de direito privado, a prerro-
gativa da eleição do domicílio fiscal em qualquer local onde haja estabelecimento da em-
presa no território da entidade tributante.
e) corretamente, pois a escolha do local da sede da empresa é livremente feita por seus con-
troladores, mas, para os fins tributários, pode a administração tributária fundamentada-
mente recusar o domicílio eleito, nos casos em que o novo domicílio fiscal impossibilite ou
dificulte a fiscalização dos tributos.

Art. 124. São solidariamente obrigadas:


I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador
da obrigação principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidarie-
dade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais
pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica aos demais.

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41. (Agente Fiscal de Rendas – Sefaz-SP – FCC – 2013)


Com fundamento nas previsões do CTN, considere:
I – O sujeito passivo da obrigação principal diz-se contribuinte quando, sem revestir a condição
de responsável, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei e responsável quando te-
nha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
II – Salvo disposição de lei em contrário, estão previstos os seguintes efeitos da solidariedade:
a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; b) a isenção ou remissão
de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistin-
do, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; c) a interrupção da prescrição,
em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
III – As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributo, não
podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo das
obrigações tributárias correspondentes, salvo se esta hipótese for expressamente prevista em
decreto que regulamente o referido tributo.
IV – Na solidariedade tributária é permitida a observância de uma sequência preestabelecida
para a execução, operando-se esta primeiramente contra um, e só depois contra o outro.
V – As pessoas expressamente designadas por lei e as pessoas que tenham interesse comum
na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas.
Está correto o que se afirma APENAS em :
a) I e II
b) II e V.
c) III e IV
d) III e V
e) I e IV.

Gabarito: 39. A 40. E 41. B

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Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as
garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obriga-
ção tributária que lhe deu origem.
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem
sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser
dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respec-
tivas garantias.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena
de responsabilidade funcional.
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos:
I – quando a lei assim o determine;
II – quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legis-
lação tributária;
III – quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do
inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de es-
clarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na
legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no
exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obriga-
do, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com
dolo, fraude ou simulação;
VIII – quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamen-
to anterior;
IX – quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da au-
toridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

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Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito
da Fazenda Pública.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob
condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
...
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do
fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-
-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocor-
rência de dolo, fraude ou simulação.
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco)
anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

Tributos sujeitos ao lançamento por homologação*. STJ.

A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tribu-
tário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
(Súmula 436, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/04/2010, DJe 13/05/2010)
Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de
certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
(Súmula 446, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)

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Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco consti-
tuir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em
que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame
da autoridade administrativa.
(Súmula 555, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2015, DJe 15/12/2015)

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Questões

42. (Técnico da Receita Estadual – Segep-MA – FCC – 2016)


De acordo com a disciplina do Código Tributário Nacional, o lançamento tributário é efetuado e
revisto de ofício
a) pela autoridade administrativa, quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória.
b) pelo sujeito passivo, quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo
e na forma da legislação tributária.
c) pela autoridade judicial, quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefí-
cio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação e tal fato constituir crime.
d) por funcionário público efetivo, não pertencente ao ente tributante, quando se comprove
que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efe-
tuou.
e) pelo sujeito passivo, quando a pessoa legalmente obrigada, deixe de atender a pedido de
esclarecimento formulado pela autoridade administrativa.

43. (Técnico da Receita Estadual – Segep-MA – FCC – 2016)


Quando o lançamento tributário é efetuado com base em informações prestadas à autoridade
administrativa pelo sujeito passivo ou por terceiro, na forma estabelecida pela legislação
tributária, e sendo essas informações indispensáveis à efetivação do referido lançamento,
estamos diante de uma modalidade de lançamento que, de acordo com a disciplina do Código
Tributário Nacional, é conhecida como lançamento
a) por homologação.
b) informativo.
c) de ofício.
d) direto.
e) por declaração.

44. (Procurador do Município – Pref. São Luis – FCC – 2016)


A legislação de um Município brasileiro estabeleceu que o lançamento do ISSQN por ele institu-
ído seria feito por homologação, sendo que a atividade de lançamento desse imposto deveria
ser desenvolvida nos livros fiscais e nos documentos fiscais criados por esta legislação para esse
fim específico.
Uma empresa prestadora de serviços localizada nesse Município promoveu o lançamento do
ISSQN incidente sobre uma prestação de serviços realizada, mas, por puro engano, acabou
lançando o tributo a menor, por erro na aplicação da alíquota correspondente. Ao invés de
constituir o crédito tributário no valor correto de R$ 10.000,00, ele o constituiu no valor de R$
8.000,00. Esses R$ 8.000,00 foram integralmente recolhidos aos cofres municipais.
Passados três anos da ocorrência do fato gerador, a autoridade fiscal encarregada da fiscaliza-
ção desse estabelecimento não homologou essa atividade desenvolvida pelo contribuinte, pois

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identificou a existência da referida falta de pagamento parcial do imposto devido, ocasionada
pelo erro na aplicação da alíquota.
Com base nas normas do Código Tributário Nacional relacionadas a essa matéria, e conside-
rando que a legislação municipal comina, para tais casos, penalidade no percentual de 10% do
valor do imposto, a autoridade fiscalizadora deverá promover lançamento de ofício
a) da penalidade pecuniária, no valor de R$ 1.000,00, vedado o lançamento da parcela do
imposto sonegada, pois o pagamento efetuado, ainda que parcial, extinguiu o crédito
tributário como um todo.
b) do imposto devido, no valor de R$ 2.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
400,00.
c) do imposto devido, no valor de R$ 10.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
1.000,00.
d) do imposto devido, no valor de R$ 10.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
200,00.
e) do imposto devido, no valor de R$ 2.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
200,00.

44. (Procurador do Município – Pref. São Luis – FCC – 2016)


A legislação de um Município brasileiro estabeleceu que o lançamento do ISSQN por ele institu-
ído seria feito por homologação, sendo que a atividade de lançamento desse imposto deveria
ser desenvolvida nos livros fiscais e nos documentos fiscais criados por esta legislação para esse
fim específico.
Uma empresa prestadora de serviços localizada nesse Município promoveu o lançamento do
ISSQN incidente sobre uma prestação de serviços realizada, mas, por puro engano, acabou
lançando o tributo a menor, por erro na aplicação da alíquota correspondente. Ao invés de
constituir o crédito tributário no valor correto de R$ 10.000,00, ele o constituiu no valor de R$
8.000,00. Esses R$ 8.000,00 foram integralmente recolhidos aos cofres municipais.
Passados três anos da ocorrência do fato gerador, a autoridade fiscal encarregada da fiscaliza-
ção desse estabelecimento não homologou essa atividade desenvolvida pelo contribuinte, pois
identificou a existência da referida falta de pagamento parcial do imposto devido, ocasionada
pelo erro na aplicação da alíquota.
Com base nas normas do Código Tributário Nacional relacionadas a essa matéria, e conside-
rando que a legislação municipal comina, para tais casos, penalidade no percentual de 10% do
valor do imposto, a autoridade fiscalizadora deverá promover lançamento de ofício
a) da penalidade pecuniária, no valor de R$ 1.000,00, vedado o lançamento da parcela do
imposto sonegada, pois o pagamento efetuado, ainda que parcial, extinguiu o crédito tribu-
tário como um todo.
b) do imposto devido, no valor de R$ 2.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
400,00.
c) do imposto devido, no valor de R$ 10.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
1.000,00.
d) do imposto devido, no valor de R$ 10.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
200,00.
e) do imposto devido, no valor de R$ 2.000,00, e da penalidade pecuniária, no valor de R$
200,00.

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Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributá-
rio administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de
ação judicial;
VI – o parcelamento.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I – o pagamento;
II – a compensação;
III – a transação;
IV – remissão;
V – a prescrição e a decadência;
VI – a conversão de depósito em renda;
VII – o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do dispos-
to no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII – a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita admi-
nistrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X – a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em
lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) (Vide Lei nº 13.259, de 2016)
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I – a isenção;
II – a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído,
ou dela conseqüente.

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45. (Defensor Público – DPE-RS – FCC – 2018)
Sobre o crédito tributário, é correto afirmar:
a) A anistia é causa de exclusão do crédito tributário.
b) A isenção é causa de extinção do crédito tributário.
c) A compensação é causa de suspensão do crédito tributário.
d) A moratória é causa de exclusão do crédito tributário.
e) A prescrição é causa de exclusão do crédito tributário.

46. (Procurador do Estado – PGE-TO – FCC – 2018)


O art. 35, caput, inciso I da Lei estadual nº 1.288/2001, que dispõe sobre o Contencioso Ad-
ministrativo-Tributário e os Procedimentos Administrativo-Tributários, estabelece que o Auto
de Infração formaliza a exigência do crédito tributário. Desse modo, o Auto de Infração é o
instrumento legal que materializa o lançamento de ofício do tributo no Estado do Tocantins. Em
seu art. 41, a mesma lei estabelece que a fase contenciosa do procedimento de que trata este
Capítulo inicia-se com a apresentação de impugnação ao lançamento formalizado por auto de
infração. De acordo com o Código Tributário Nacional, essa impugnação, se apresentada tem-
pestivamente pelo sujeito passivo, suspende
a) o direito de o sujeito passivo extinguir o crédito tributário.
b) a exigibilidade do crédito tributário.
c) o direito de a Fazenda Pública realizar procedimentos de fiscalização no sujeito passivo.
d) a fluência do prazo decadencial, desde que seja efetuado o depósito integral do crédito
tributário questionado.
e) a fluência do prazo decadencial.

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regu-
larmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo
fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a
liquidez do crédito.
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem
o efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida
por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exi-
gível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado,
que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio
fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha
sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requeri-
mento na repartição.

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Receita Federal VIP (Auditor Fiscal) – Direito Tributário – Prof. Diego Degrazia

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste
a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha
sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

47. (Técnico da Receita Estadual – SEGEP-MA – FCC – 2016)


O CTN, em Capítulo próprio do Título referente à Administração Tributária, contém algumas
regras atinentes à Dívida Ativa das pessoas jurídicas de direito público. De acordo com esse
Código, a dívida
a) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção absoluta
de certeza e liquidez, a partir da decisão judicial de primeira instância favorável à Fazenda
Pública.
b) ativa tributária é apenas o crédito tributário da Fazenda Pública, que não foi pago no prazo
legal.
c) regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez, desde o momento
de sua inscrição, e tem o efeito de prova pré-constituída.
d) regularmente inscrita na repartição administrativa competente está sujeita à incidência de
juros de mora, que não excluirão, todavia, a liquidez do crédito.
e) regularmente inscrita tem o efeito de prova pré-constituída e goza da presunção de certeza e
liquidez, presunção essa que pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito ativo.

48. (Defensor Público – DPE-RS – FCC – 2011)


Certo contribuinte foi autuado pela Fazenda, sendo constituído o crédito tributário respectivo.
Notificado do lançamento, e dentro do prazo legal, o autuado apresentou defesa fiscal adminis-
trativa, a qual pende de julgamento na primeira instância administrativa. Referido contribuinte
necessita participar de licitação pública, mas não consegue comprovar a sua regularidade fiscal
perante a Fazenda, o que o impede de participar da licitação. Nesse caso, é correto afirmar que
o contribuinte
a) tem direito à certidão positiva com efeito de negativa em virtude de o débito estar em exe-
cução judicial com penhora efetivada.
b) tem direito à certidão negativa por estar o débito com exigibilidade suspensa em virtude da
defesa administrativa tempestivamente interposta.
c) tem direito à certidão positiva com efeito de negativa por estar o débito com exigibilidade
suspensa em virtude da defesa administrativa tempestivamente interposta.
d) tem direito à certidão positiva com efeito de negativa em razão do débito não estar ainda
vencido.
e) não tem qualquer direito à certidão positiva com efeito de negativa.

Gabarito: 42. A 43. E 44. E 45. A 46. B 47. D 48. C

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