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Ministério da Educação

Colégio Santa Ana


ÍNDICE

CAPÍTULO I - ARQUITECTURA DOS PC’S .................................................................... 1


1.1 - Placas Mãe (motherboard) ......................................................................................... 1
1.1.1 - Quanto ao Formato .............................................................................................. 1
1.1.1.1 - Formato XT (eXtended Tecnology – Tecnologia Extendida) ...................... 1
1.1.1.2 - Formato AT (Advanced Tecnology – Tecnologia Avançada) ..................... 2
1.1.1.2.1 - Modelos de Placas de Mãe de Formato AT .......................................... 4
1.1.1.3 - Formato ATX (Advanced Tecnology eXtended – Tecnologia Extendida
Avançada) ................................................................................................................... 6
1.1.2 - Quanto a Tecnologia ........................................................................................... 8
1.1.2.1 - Chipset.......................................................................................................... 8
1.1.2.1.1 – Contituição do Chipset ......................................................................... 8
1.2 – Barramentos e Slots de Expanção ........................................................................... 11
1.2.1 – Tipo de Barramentos ........................................................................................ 11
1.2.1.1 – Tipo de Barramentos de Entrada e Saída................................................... 12
1.2.1.1.1 - ISA (Industry Standard Architeture) ................................................... 12
1.2.1.1.2 - MCA (Micro Chanel Architeture) ....................................................... 13
1.2.1.1.3 - EISA (Extended ISA ou Enhanced ISA)............................................. 14
1.2.1.1.4 - VLB OU VESA (Video Electronic Standard Association) ................. 15
1.2.1.1.5 - PCI (Peripheral Component Interconnect) .......................................... 16
1.2.1.1.6 - AGP (Accelerated Graphics Port) ....................................................... 18
1.2.1.1.7 - PCI Express (Peripheral Component Interconnect Express) ou PCIe 19
1.2.1.1.8 - USB(Universal Serial Bus) ................................................................. 21
1.2.1.1.9 - Blutoofh ............................................................................................... 23
1.3 - BIOS (Basic Input Output System – Sistema Básico de Entrada e Saída) .............. 24
1.3.1 – Programas que constituem a BIOS ................................................................... 24
1.4 - ANATOMIA DA PLACA MÃE ............................................................................. 26
CONEXÕES ................................................................................................................. 33
CAPÍTULO II - MEMÓRIAS DO SISTEMA ................................................................ 34
2.1 – Diferentes Memórias do Sistema............................................................................. 34
2.1.1 - Registradores ..................................................................................................... 34
2.1.2 - Memórias CACHE ............................................................................................ 34
2.1.2.1 – Níveis de Memórias CACHE .................................................................... 35
2.1.3 - Memórias Auxiliares ......................................................................................... 35
2.1.4 - Memória Principal ............................................................................................. 35
2.1.5 - Estrutura da Memória Principal ........................................................................ 36
2.2 – Memórias RAM ....................................................................................................... 37
2.2.1 – Funcionamento da Memória RAM ................................................................... 37
2.2.2 – Acesso aos dados na Memória RAM ............................................................... 37
2.2.3 – Tipos de Memórias RAM ................................................................................. 38
2.2.3.1 - DRAM (Dynamic Random Access Memory) ............................................ 38
2.2.3.2 - SRAM (Static Random Access Memory) .................................................. 38
2.2.3.2.1 – Tecnologias de Memórias DRAM ...................................................... 39
2.2.3.2.1.1 – Memórias Regulares ou Memórias Comuns ............................... 39
2.2.3.2.1.2 – Memória FPM (FAST PAGE MODE ou Modo de Acesso
Rápido) ............................................................................................................. 39
2.2.3.2.1.3 – Memórias EDO (EXTENDED DATA OUTPUT) ...................... 39
2.2.3.2.1.4 – Memórias BEDO (BURST EXTENDED DATA OUTPUT RAM)
.......................................................................................................................... 40
2.2.3.2.1.5 – Memórias SDRAM (SYNCHRONOUS DYNAMIC RAM) ...... 40
2.2.3.2 – Novas Tecnologias de Memórias DRAM ................................................. 41
2.2.3.2.1 - DDR-SDRAM – Double Data Rate SDRAM ..................................... 41
2.2.3.2.2 - Direct Rambus (Rambus DRAM) ....................................................... 41
2.2.3.2.3 - DDR2 – Double Data Rate2 ................................................................ 42
2.2.3.3 – Padrões de Encapsulamentos das Memórias ............................................. 43
2.2.3.3.1 - TSOP (Thin Small Outline Package) .................................................. 43
2.2.3.3.2 - FBGA (Fine pitch Ball Grid array) ..................................................... 44
2.2.3.4 – Histórico de Encapsulamentos das Memórias ........................................... 44
2.2.3.4.1 - DIP (Dual In-Line Package-Circuito Integrado) ................................. 44
2.2.3.4.2 – SIPP (Single In-Line Pin Package) ..................................................... 45
2.2.3.4.3 - SIMM (Single In-Line Memory Module) ........................................... 45
2.2.3.4.4 - DIMM (Double In-Line Memory Module) ......................................... 46
2.2.3.4.4.1 - Tipos de Módulos DIMM ............................................................ 47
2.3 – Métodos de Diagnóstico e Correcção de Erros ....................................................... 48
2.3.1 - Paridade ............................................................................................................. 48
2.3.2 - ECC (Error-Correcting Code ou Código de Correcção de Erros) .................. 49
2.4 – Memórias ROM ....................................................................................................... 50
2.4.1 – Tipos de Memórias ROM ................................................................................. 50
2.4.1.1 - ROM (propriamente dita) ........................................................................... 50
2.4.1.2 - PROM (Programmable ROM, ou ROM Programável) .............................. 50
2.4.1.3 - EPROM (Erasable Programmable ROM ou ROM Programável e
Apagavel).................................................................................................................. 51
2.4.1.4 - EEPROM (Electrically-Erasable Programmable ROM ou ROM
Programável e Apagavel Electricamente) ................................................................ 51
2.4.1.5 - Memórias Flash .......................................................................................... 52
2.5 – Hierarquia de Memórias do Sistema ....................................................................... 52
CAPÍTULO III - DISCO DURO...................................................................................... 54
3.1 - Geometria de um Disco Duro .................................................................................. 55
3.2 – Funcionamento Básico de um Disco Duro .............................................................. 55
3.3 – Conectores de um Disco Duro ................................................................................. 56
3.4 – Configuração dos Jumpers de um Disco Duro ........................................................ 57
3.5 – Formatação de um Disco Duro ................................................................................ 57
3.5.1 - Formatação Física ............................................................................................. 57
3.5.2 - Formatação Lógica ............................................................................................ 57
3.6 - Sistema de Arquivos ................................................................................................ 58
3.6.1 - Sistema de Arquivos FAT16 ............................................................................. 58
3.6.2 - Sistema de Arquivos VFAT .............................................................................. 59
3.6.3 - Sistema de Arquivos FAT12 ............................................................................. 59
3.6.4 - Sistema de Arquivos FAT32 ............................................................................. 60
3.6.5 - Sistema de Arquivos NTFS ............................................................................... 60
3.6.6 - Sistema de Arquivos NTFS 5 ............................................................................ 60
3.6.7 - Sistema de Arquivos HPFS ............................................................................... 61
3.6.7 - Sistema de Arquivos EXT2 ............................................................................... 61
3.7 – Estruturas Lógicas ................................................................................................... 61
3.7.2 - FAT (File Allocation Table) ............................................................................. 62
3.7.3 - Directório Raiz .................................................................................................. 62
3.7.4 - Desfragmentação ............................................................................................... 63
3.8 – Controladores de Disco Duro .................................................................................. 63
CAPÍTULO IV – PROCESSADORES E SUA TECNOLOGIA ................................... 65
4.1 – Estrutura Básica da CPU ......................................................................................... 66
4.1.1 - Barramentos de um Processador ....................................................................... 66
4.1.2 - Unidades do Processador .................................................................................. 67
4.2 – Classificação de Processadores ............................................................................... 69
4.3 - Nomeclaturas em Processadores .............................................................................. 72
4.4 - Metodologia de Linha de Montagem ou Pipeline .................................................... 73
4.5 – Evolução dos Processadores ................................................................................... 74
Instruções SSE2 ................................................................................................................ 85
CAPÍTULO V - PERIFÉRICOS ..................................................................................... 89
5.1 – PERIFÉRICOS DE ENTRADA .............................................................................. 90
5.1.1 - Teclado .............................................................................................................. 90
5.1.2 - Mouse ................................................................................................................ 90
5.1.3 - Scanner .............................................................................................................. 91
5.1.4 - Leitor Óptico ..................................................................................................... 92
5.1.5 - Microfone .......................................................................................................... 92
5.2 – PERIFÉRICOS DE SAÍDA .................................................................................... 93
5.2.1 - Monitor de Vídeo ou Monitor ........................................................................... 93
5.2.1.1 - CRT(Catod Ray Tube ou Tubo de Raios Catódicos) ..................................... 93
5.2.1.2 - LCD(Liquid Cristal Display ou Display de Cristal Líquido) ........................ 94
5.2.2 - Impressoras ....................................................................................................... 95
5.2.2.1 - Classificação das Impressoras .................................................................... 96
5.2.2.2 - Tipos de Impressoras .................................................................................. 96
5.2.2.2.1 - Impressoras de Impacto ....................................................................... 96
5.2.2.2.1.1 - Impressora de Margarida .............................................................. 96
5.2.2.2.1.2 - Impressoras Matriciais ou Impressora de Agulhas ...................... 96
5.2.2.2.2 - Impressoras de Jacto de Tinta ............................................................. 97
5.2.2.2.2.1 - Bubble Jet, ou Jacto de Bolha ...................................................... 97
5.2.2.2.2.2 - Piezo-elétrica ................................................................................ 98
5.2.2.2.3 - Impressoras a Laser ............................................................................. 98
5.2.2.2.4 - Impressoras Térmicas ou Impressoras térmicas Directa ..................... 99
5.2.2.2.5 - Impressoras de Fusão Térmica ou Dye Dublimation ........................ 100
5.2.2.2.6 - Plotter ................................................................................................ 100
5.2.3 - Speakers ou Colunas de Som ......................................................................... 101
5.3 – PERIFÉRICOS DE MISTOS OU ENTRADA&SAÍDA ...................................... 101
5.3.1 - Disquete........................................................................................................... 101
5.3.2 - Placa de Rede ou Adaptador de Rede, ou ainda, NIC ..................................... 102
5.3.3 - Modem (Modulador - de (s)modulador) ......................................................... 102
5.3.3.1 - Tipos de Modems ..................................................................................... 103
5.3.3.1.1 - Modems para Acesso Discado .......................................................... 103
5.3.3.1.2 - Modems de Banda Larga................................................................... 103
CAPÍTULO VI - SISTEMA OPERATIVO .................................................................. 104
6.1 – Funções de Sistema Operativo .............................................................................. 105
6.2 – Classificação dos Sistemas Operativos ................................................................. 106
6.3 – Microsoft Windows ............................................................................................... 107
6.3.1 – Lista de todas as Versões windows ................................................................ 108
6.3.2 – Microsoft Windows XP ou Windows eXPerience ......................................... 109
6.3.3 – Microsoft Windows Vista............................................................................... 110
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CAPÍTULO I - ARQUITECTURA DOS PC’S

1.1 - Placas Mãe (motherboard)

Sendo o processador o Cérebro do computador, pode se dizer que a Placa-mãe é a espinha


dorsal, é através dela que o processador se comunica com os demais periféricos.
As placas mãe se diferem uma da outra pelo:
 Formato.
 Tecnologia suportada.
 Velocidade de comunicação com os periféricos.

1.1.1 - Quanto ao Formato

Afim de padronizar os tamanhos das placas mãe foram criados formatos padrão dentre
quais os formatos AT (advanced technology) e ATX (advanced technology extended) são
os mais encontrados:

1.1.1.1 - Formato XT (eXtended Tecnology – Tecnologia Extendida)

Computadores com este formato de placas mães dominaram o mercado durante os anos 80,
começando a declinar até ter a sua produção encerrada no início dos anos 90. As placas
mães com este formato eram equipadas com processadores 8086 e 8088, processadores
usados na altura e fabricados pela INTEL. Apesar de serem um pouco velozes na época,
placas com este formato apresentavam problemas de compatibilidade, isto é, algumas
placas de periféricas de expansão não funcionavam correctamente ao serem instaladas em
uma dessas placas. Placas mãe com formato XT usavam chips SSI (Short Scale
Integration), MSI (Médium Scale Integration) e LSI (Large Scale Integration); sendo que
placas de formato recentes usam por sua vez circuitos VLSI (Very Large Scale Integration),
um chip equivalente à centenas de chips SSI, MSI e mesmo LSI.

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1.1.1.2 - Formato AT (Advanced Tecnology – Tecnologia Avançada)

Esse formato é um dos padrões mais antigos desenvolvidos, devido ao seu espaço físico a
versão original do Padrão AT foi substituída pelo padrão AT baby sendo este o padrão
encontrado nos computadores que utilizam o formato AT.

Essas placas são de fácil identificação por conter apenas um único conector soldado na
placa
Conector AT (teclado)

Padrão AT Baby

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Esse padrão tem características desvantajosas como a pouca circulação de ar devido a


quantidade de cabos flat que são ligados nela para efetuar as conexões dos conectores, a
localização concentrada em uma determinada área de todos os encaixes e a possibilidade de
ligação errônea do conector da fonte, sendo essa última característica causadora de
prováveis danos irreversíveis na placa.

Forma Correta de fazer a ligação da alimentação

Os fios pretos ficam


agrupados no centro do
conector

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1.1.1.2.1 - Modelos de Placas de Mãe de Formato AT

Ilustração Placa
padrão AT Baby

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Formato Baby AT: Possui todas as características de uma placa formato AT, mas é
mais estreita.Formato Full AT: São placas com o verdadeiro formato AT para máquinas
servidoras.

Ilustração Placa
padrão Full AT

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1.1.1.3 - Formato ATX (Advanced Tecnology eXtended – Tecnologia Extendida


Avançada)

Esse é o padrão foi criado afim de solucionar os problemas do formato AT, traz
característica como:

 Conectores de Portas Paralelas e seriais onboard


 Conector mouse e teclado padrão Ps2 onboard
 Redução de tamanho
 Maior circulação de ar
 Conector de alimentação com encaixe em uma única posição
 Maior facilidade no gerenciamento de energia (liga e desliga via software)
 Localização estratégica do processador na placa

Conector Alimentação
padrão ATX sentido
único de encaixe

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Devido a variação do tamanho no formato ATX originou-se outro padrões onde a diferença
fica em um número reduzido de slots resultando em placas cada vez menores.

Veja a seguir a variação:

MICRO ATX
ATX

FLEX ATX MINI ITX

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1.1.2 - Quanto a Tecnologia

A tecnologia da placa mãe é determinada pelas possibilidades de conexões de dispositivos


mais rápidos e da melhor performance em seus componentes integrados como no caso dos
chipsets e dispositivos onboard.

1.1.2.1 - Chipset

Os chipsets são dispositivos encarregados pela interface da comunicação do processador


com os periféricos, como também controlar os dispositivos integrados na placa. De uma
forma simples, se os grandes componentes como a CPU, a memória e os controladores de
I/O forem representados por edifícios, o chipset representará toda a infra-estrutura
rodoviária necessária para controlar e interligar aqueles edifícios.

1.1.2.1.1 – Constituição do Chipset

CHIPSET
PONTE
NORTE

A qualidade do chipset é
fundamental para a estabilidade e
desempenho do computador
CHIPSET
PONTE SUL

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 Ponte Norte: O chip ponte norte, também chamado de MCH (Memory Controller
Hub - Hub Controlador de Memória) é conectado directamente ao processador e
possui basicamente as seguintes funções:
 Controlador de Memória.
 Controlador do barramento AGP (se disponível).
 Controlador do barramento PCI Express x16 (se disponível).
 Interface para transferência de dados com a ponte sul.

O processador não acessa directamente a memória RAM ou a Placa de vídeo. É a


ponte norte que funciona como intermediário no acesso do processador a estes
dispositivos. Por causa disso, a ponte norte tem influência directa no desempenho
do sistema. Se um chip de ponte norte tem um controlador de memória melhor do
que outro, o desempenho geral do sistema será melhor. Isto explica o motivo pelo
qual ter duas placas-mãe voltadas para a mesma classe de processadores e que
obtêm desempenhos diferentes. E quando o processador necessitar ler dados do
disco duro, os dados serão transferidos do disco para a ponte sul e então repassados
para a ponte norte (através de um barramento dedicado) que por sua vez chegará até
o processador.

 Ponte Sul: O chip ponte sul, também chamado ICH (I/O Controller Hub - Hub
Controlador de Entrada e Saída) é conectado à ponte norte e sua função é
basicamente controlar os dispositivos on-board e de entrada e saída tais como:

 Discos rígidos (Paralelo e Serial ATA).


 Portas usb.
 Som on-board.
 Rede on-board.
 Barramento PCI.
 Barramento PCI-Express (se disponível).
 Barramento ISA (se disponível).
 Memória de configuração (CMOS)
 Dispositivos antigos, como controladores de interrupção e de DMA.

Enquanto que a ponte sul pode ter alguma influência no desempenho do disco duro,
este componente não é tão crucial no que se refere ao desempenho geral do sistema
quanto à ponte norte. Na verdade, a ponte sul tem mais a ver com as
funcionalidades da placa-mãe do que com o desempenho. É a ponte sul que
determina a quantidade (e velocidade) das portas USB e a quantidade e tipo (ATA
ou Serial ATA) das portas do disco duro que a placa-mãe possui.

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A conexão entre a ponte norte e a ponte sul é feita através de um barramento. No início, o
barramento utilizado para conectar a ponte norte à ponte sul era o barramento PCI.
Actualmente, o barramento PCI não é mais usado para esse tipo de conexão e foi
substituído por um Barramento Dedicado.

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1.2 – Barramentos e Slots de Expansão

A tecnologia dos barramentos e slots avançaram afim de suprir a necessidade de periféricos


cada vez mais rápidos e eficientes.

Slots ou Ranhura de Expansão: São conectores para se encaixar as placas de expansão de


um computador, ligando-as fisicamente aos barramentos por onde trafegam dados e sinais.
Podemos citar, placas de vídeo, placas de fax/modem, placas de som, placas de rede, etc;
são encaixadas na placa mãe em seus slots correspondentes.

Barramento: É um conjunto de linhas de comunicação que permitem a interligação entre


dispositivos, como o CPU, a memória e outros periféricos. Esses fios ou conductores estão
divididos em três conjuntos:

 Via de dados: Onde trafegam os dados.


 Via de endereços: Onde trafegam os endereços.
 Via de controle: Sinais de controle que sincronizam as duas vias anteriores.

O desempenho do barramento é medido pela sua largura de banda (quantidade de bits que
podem ser transmitidos ao mesmo tempo):

 8 bits, 16 bits, 32 bits, 64 bits, etc.

Ou também pela velocidade da transmissão medida em bps (bits por segundo) por exemplo:

 10 bps, 160 Kbps, 100 Mbps, 1 Gbps, etc.

1.2.1 – Tipo de Barramentos

 Barramento do Processador: É utilizado pelo processador internamente para a


troca de sinais.
 Barramento de Cache: É um barramento dedicado para acesso à memória cache do
computador.
 Barramento de Memória: É o barramento responsável pela conexão da memória
principal ao processador. É um barramento de alta velocidade.
 Barramento de Entrada e Saída: É um conjunto de circuitos e linhas de
comunicação que se ligam ao resto do computador, com a finalidade de possibilitar
a expansão de periféricos e a instalação de novas placas no computador. Estes
barramentos permitem a conexão de dispositivos como:

 Placa gráfica;
 Placa de rede;
 Placa de som;
 Mouse;
 Teclado;
 Modems; etc.

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1.2.1.1 – Tipo de Barramentos de Entrada e Saída

1.2.1.1.1 - ISA (Industry Standard Architeture)

É um barramento para computadores, padronizado em 1981 e criado pela IBM.

CARACTERISTICAS

 TRANSFERENCIA
EM 8 OU 16 BITS

 CLOCK DE 8 MHZ

Versões do ISA

 ISA de 8 bits: Utilizados para a comunicação de periféricos nos antigos


computadores de formato XT (eXtended Tecnology – Tecnologia
Extendida). Este barramento opera a uma frequência de 8MHz e utiliza 8
bits para comunicação. É o primeiro barramento de expansão.

 ISA de 16 bits: É uma expansão do ISA de 8 bits formando desta feita um


ISA de 16 bits, para utilização em computadores equipados com
processadores 80286. Este barramento opera a uma frequência de 8MHz e
utiliza 16 bits para comunicação. É um barramento do tipo compartilhado e
compatível placas ISA de 8 bits.

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1.2.1.1.2 - MCA (Micro Chanel Architeture)

Criado pela IBM com a intenção de substituir os ISA no uso de periféricos rápidos,
como placas gráficas. O mesmo funcionava à 16 ou 32bits, frequência de 10MHz e
era pelo menos 2.5vezes mais rápido que o ISA. Foi o primeiro tipo de barramento a
suportar recursos como o Bus Mastering e suporte ao Plug-and-Play e apresentava
incompatibilidades com o ISA, tinha alto custo e uma arquitectura fechada pelo
patenteamento da sua fabricante (IBM), sendo um dos factores que contribuiu para
o seu insucesso comercial e então cair no desuso.

 Bus Mastering: Recurso capaz de aumentar a performance geral do sistema,


permitindo que os dispositivos conectados a este barramento acedem
directamente a memória principal (DMA), melhorando a velocidade de
transferência do mesmo e privando o processador de executar mais algumas
determinadas tarefas, ganhando tempo.

 Plug-and-Play ou PnP (Conecte e use): Tem o objectivo de fazer com que o


computador seja capaz de reconhecer e configurar automaticamente
qualquer periférico instalado, reduzindo o trabalho de usuário a apenas
encaixar o componente.

Fig. – Placa de expansão MCA

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1.2.1.1.3 - EISA (Extended ISA ou Enhanced ISA)

CARACTERISTICAS

 BARRAMENTO DE DADOS 32
BITS

 BARRAMENTO DE
ENDEREÇOS 8, 16 ,32 BITS

 COMPATIVEL COM
PERIFÉRICOS ISA

 CLOCK DE 8 MHZ
Fig. – Slots EISA

Criado pela Compaq, o EISA foi projectado para ser compatível com o ISA, facto
que não se visualizava no MCA patenteado pela IBM. EISA funcionava na
frequência de 8MHz, palavras de 32bits e taxa de transferência na ordem 32MB/s.
A complexidade do EISA acabou por resultar em um alto custo de produção, o que
dificultou sua popularização. Com isto, poucas placas mãe chegaram a ser
produzidas com slots EISA, e poucas placas de expansão foram desenvolvidas para
este tipo de slots. O slot EISA foi um slot com baixa aceitação no mercado e acabou
praticamente restrito a placas-mãe para servidores de rede. Assim como o MCA, o
EISA é actualmente um barramento morto.

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1.2.1.1.4 - VLB OU VESA (Video Electronic Standard Association)

Fig. – Slots VLB


CARACTERISTICAS:

 BARRAMENTOS DE
DADOS IGUAL A DO
PROCESSADOR

 BARRAMENTO DE
ENDEREÇO DE 35
BITS

 FREQUENCIA DE
OPERAÇÃO IGUAL
DO BARRAMENTO
LOCAL
Fig. – Placa de expansão para slots VLB

O VESA LOCAL BUS (VLB) é um padrão de barramento desenvolvido pela


VESA (Video Electronics Standards Association) para os computadores. O VLB é
uma barramento de 32 bits que fisicamente, é uma extensão do slot ISA presente na
placa-mãe dos computadores desenvolvidos durante a era 80486. Com o avanço
tecnológico dos processadores e com o surgimento do CAD (Computer Aided
Design) o VLB veio incrementar a performance de exibição nos monitores exigida
pelo novo mercado da época. Além de placas de vídeo, o VLB foi também utilizado
para interfaces de disco e placas de rede.

Devido ao alto desempenho e baixo custo, e principalmente devido ao apoio da


maioria dos fabricantes, os slots VLB tornaram-se rapidamente um padrão de slots e
barramentos para placas equipadas com processadores 486.

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1.2.1.1.5 - PCI (Peripheral Component Interconnect)

32 BITS

CARACTERISTICAS:

 OPERA COM 32 OU 64 BITS

 TAXA DE TRANSFERENCIA DE
64 BITS ATE 132 MB/S COM 32 BITS

 POSSUI SUPORTE AO PADRÃO


PNP (PLUG IN PLAY)
Fig. – Slots PCI

Criados pela Intel em 1992, os slots PCI são tão rápidos quanto eram os slots VLB,
porém mais barato e muito mais versátil.

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Além do custo e da velocidade, os slots PCI possuem vantagens, como o suporte


nativo ao Plug-and-Play; sendo novos periféricos instalados em slots PCI
automaticamente reconhecidos e configurados através do trabalho conjunto da
BIOS e de um sistema operativo com suporte a PnP (Plug-and-Play), como o
Windows 98/Me/XP….

Tem capacidade de trabalhar a 32 ou 64 bits, oferecendo altas taxas de transferência


de dados. Os slots PCIs podem ser usados por vários tipos de periféricos, como
placas de vídeo, placas de som, placas de rede, modem, adaptadores USB e etc. Mas
até quatro ou cinco ano atrás componentes mais lentos, como placas de som e
modems em sua maioria ainda utilizavam slots e barramentos ISA.
 Placa de Som: É um dispositivo de hardware que envia e recebe sinais
sonoros entre equipamentos de som e um computador executando um
processo de conversão AD (Analogico-Digital) e DA (Digital Analógico)
respectivamente.
 Placa de Rede: É um dispositivo de hardware que serve para interligar o
computador uma rede de computadores, caso ela exista. Essa interligação
será em função das configurações própias da rede em questão.

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1.2.1.1.6 - AGP (Accelerated Graphics Port)

Fig. – Slots AGP e Placas de gráfica para slots AGP

Os slots AGP foram feitos sob medida para as placas de vídeo mais modernas. Os
mesmos operam ao dobro da velocidade dos slots PCI, ou seja, 66 MHz, permitindo
uma transferência de dados a 266 MB/s, o dobro dos PCI. Além da velocidade, os
slots AGP permitem que uma placa de vídeo possa acessar directamente a memória
RAM. Este é um recurso muito utilizado em placas 3D, onde a placa usa a memória
RAM para armazenar as texturas que são aplicadas sobre os polígonos ou qualquer
outra forma geométrica que compõem a imagem tridimensional.

VERSÕES E TAXAS DE TRANSFERENCIA EM 32 BITS COM CANAL EM OPERAÇÃO


EM 66MHZ.
AGP 1X = 266 MB/S
AGP 2X = 533 MB/S
AGP 4X = 1066 MB/S
AGP 8X = 2133 MB/S

18
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A partir de ano de 2003, novas versões do AGP incrementaram a taxa de


transferência dramaticamente de dois a oito vezes. Versões disponíveis incluem
AGP 2x, AGP 4x, e AGP 8x. Em adição, existem placas AGP 19ró de vários tipos.
Elas requerem usualmente maior voltagem e algumas ocupam o espaço de duas
placas em um computador (ainda que elas se conectam a apenas um slot AGP).

1.2.1.1.7 - PCI Express (Peripheral Component Interconnect Express) ou PCIe

PLACAS

PLACAS DE ACELERAÇÃO GRAFICA

TAXAS DE TRANSFERENCIA

PCI EXPRESS 1X = 250MB/S


PCI EXPRESS 4X = 1000MB/S
PCI EXPRESS 8X= 2000MB/S
PCI EXPRESS 16X = 4000MB/S

O PCIe é o padrão de slots para placas de computador sucessor do AGP e do PCI.


Sua velocidade vai de x1 até x32 (sendo que actualmente só existe disponível até
x16). Mesmo a versão x1 consegue ser duas vezes mais rápido que o PCI
tradicional. No caso das placas de vídeo, um slot PCI Express x16 é duas vezes
mais rápido que um AGP 8x.

O PCI Express é uma conexão ponto-a-ponto, isto é, ele conecta somente dois
dispositivos e nenhum outro dispositivo pode compartilhar esta conexão. Isto é, em

19
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uma placa-mãe com slots PCI comuns, todos os slots PCI são conectados ao
barramento PCI e todos compartilham o mesmo caminho de dados. Em uma placa-
mãe com slots PCI Express, cada slot PCI Express é conectado ao chipset da placa-
mãe usando uma pista dedicada, não compartilhando esta pista (caminho de dados)
com nenhum outro slot PCI Express.
Mas em nome da simplificação, chama-se o PCI Express de “barramento”, visto que
para usuários comuns o termo “barramento” é facilmente reconhecido
como “caminho de dados para interligar dispositivos”.

A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite o uso de uma ou mais
conexões séries (“caminhos”, também chamados de lanes) para transferência de
dados. Se um determinado dispositivo usa apenas um caminho, então diz-se que
este utiliza o barramento PCI Express 1x, se utiliza 4 conexões, sua denominação é
PCI Express 4x e assim por diante. Cada conexão série, caminho ou lane pode ser
bidirecional, ou seja, recebe e envia dados (250 MB/s em cada direcção
simultaneamente).

PCI Express 2.0: Em Janeiro de 2007 foi concluído o desenvolvimento do padrão


PCI Express 2.0, que oferece o dobro de velocidade do padrão antigo, ou seja, 500
MB/s (também bidirecional) ao invés dos 250 MB/s. Um slot PCI Express x16, no
padrão 2.0, poderá transferir até 8 GB/s contra 4 GB/s do padrão anterior

20
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1.2.1.1.8 - USB(Universal Serial Bus)

ESSA TECNOLOGIA CONSISTE NO


PADRÃO PLUG AND PLAY, E NÃO
NECESSITA DO DESLIGAMENTO DO
COMPUTADOR PARA CONEXÃO DE
SEUS DISPOSITIVOS

VERSÕES E TAXAS DE
TRANFERENCIA

USB 1.1 = 1,5 A 12 MB/P


USB 2.0 = 480 MB/S

Até certo tempo atrás, instalar um periférico em um computador era um acto


encarado como uma tarefa assustadora, digna apenas de técnicos ou de pessoas com
mais experiência. Em meio a vários tipos de cabos e conectores, era preciso
primeiro descobrir, quase que por um processo de adivinhação, em qual porta do
computador deveria ser conectado o periférico em questão. Quando a instalação era
interna, o usuário precisava abrir o computador e quase sempre tinha que configurar
jumpers e/ou IRQs. Somente em pensar em ter que encarar um emaranhado de fios
e cabos, muitos usuários desistiam da idéia de adicionar um novo dispositivo ao seu
computador.

Com o padrão PnP (Plug and Play), essa tarefa tornou-se mais fácil e diminuiu toda
a complicação existente na configuração de dispositivos. O objetivo do padrão PnP
foi tornar o usuário sem experiência, capaz de instalar um novo periférico e usá-lo
imediatamente, sem complicações. Mas esse padrão ainda era (é) complicado para
alguns, principalmente quando, por alguma razão, falha.

Diante de situações como essa, foi criada em 1995, uma aliança promovida por
várias empresas (como NEC, Intel e Microsoft) com o intuito de desenvolver uma
tecnologia que permitisse o uso de um tipo de conexão comum entre computador e
periféricos: a USB Implementers Forum. Em pouco tempo, surgia o USB, um
barramento que adota um tipo de conector que deve ser comum a todos os aparelhos
que o usarem. Assim, uma porta USB pode ser usada para instalar qualquer
dispositivo que use esse mesmo padrão. Com todas essas vantagens, a interface
USB tornou-se o meio mais fácil de conectar periféricos ao computador.
Fabricantes logo viram o quanto é vantajoso usá-la e passaram a adotá-la em seus
produtos. Por causa disso, o USB começou a se popularizar. A idéia de poder

21
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conectar em um único tipo de entrada diversos tipos de aparelhos também foi um


factor que ajudou o USB a conquistar o seu merecido espaço.

O USB também oferece outra facilidade: qualquer usuário pode instalar dispositivos
USB na máquina. Assim, pessoas leigas no assunto, não precisam chamar um
técnico para instalar um aparelho, já que problemas como conflito de IRQs
praticamente já não existem. Em outras palavras, o USB é como uma espécie de
"plug and play", já que permite ao sistema operacional reconhecer e disponibilizar
imediatamente o dispositivo instalado. Para isso, é necessário que a placa-mãe da
máquina e o sistema operacional sejam compatíveis com USB. As versões do
Windows lançadas a partir da versão 98 já possuem suporte pleno à tecnologia
USB. Usuários de sistemas Linux também já contam com isso, assim como os
usuários de computadores da Apple.

Além de ser "plug and play", a interface USB trouxe outra novidade: é possível
conectar e desconectar qualquer dispositivo USB com o computador ligado, sem
que este sofra danos. Além disso, não é necessário reiniciar o computador para que
o aparelho instalado possa ser usado. Basta conectá-lo devidamente e ele estará
pronto para o uso. Antigamente, existia até o risco de curtos-circuitos, se houvesse
uma instalação com o equipamento ligado.

Um facto interessante é a possibilidade de conectar alguns periféricos USB a outros


(por exemplo, uma impressora a um scanner). Mas, isso só é conseguido se tais
equipamentos vierem com conectores USB integrados. Também é possível o uso de
"hubs USB", aparelhos que usam uma porta USB do computador e disponibilizam 4
ou 8 outras portas. Teoricamente, pode-se conectar até 127 dispositivos USB em
uma única porta, mas isso não é viável, uma vez que a velocidade de transmissão de
dados de todos os equipamentos envolvidos seria comprometida.

1.2.1.1.9 - BLUETOOTH

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ESSA TECNOLOGIA É UTILIZA


PARA EFECTUAR CONEXÕES
BLUETOOTH SEM A LIGAÇÃO DE
QUALQUER FIO

Bluetooth é uma especificação de rede sem fio de âmbito pessoal (Wireless personal area
networks – PANs) consideradas do tipo PAN ou mesmo WPAN. O Bluetooth provê uma
maneira de conectar e trocar informações entre dispositivos como telefones celulares,
notebooks, computadores, impressoras, câmeras digitais e consoles de videogames digitais
através de uma frequência de rádio de curto alcance globalmente licenciada e segura. As
especificações do Bluetooth foram desenvolvidas e licenciadas pelo "Bluetooth Especial
Interest Group". A tecnologia Bluetooth diferencia-se da tecnologia IrDA inclusive pelo
tipo de radiação eletromagnética utilizada.

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1.3 - BIOS (Basic Input Output System – Sistema Básico de Entrada e


Saída)

É o primeiro programa executado pelo computador ao ser ligado. Sua função primária é
preparar a máquina para que o sistema operativo, que pode estar armazenado em diversos
tipos de dispositivos como discos duro, disquetes, CDs e etc possa ser executado. O BIOS é
armazenado num chip-ROM (Read-Only Memory, Memória de Somente Leitura)
localizado na placa-mãe; Esse mesmo chip-ROM é chamado de ROM BIOS.

Fig. - Bios

1.3.1 – Programas que constituem a BIOS

Para além das rotinas de suporte aos diversos controladores de portas de entrada/saída, o
BIOS inclui ainda os seguintes programas:

 SETUP: É um programa de configuração que todo computador tem e que está


gravado dentro da ROM BIOS do computador e que, por sua vez, está localizado na
placa-mãe. Este programa permite programar alguns registos dos componentes
físicos e modificar os parâmetros das rotinas do BIOS, de forma a adequá-los às
memórias e periféricos específicos utilizados num dado sistema. Naturalmente, a
utilização consciente deste programa e de forma a explorar a total capacidade do
sistema exige, por parte do utilizador, um conhecimento efectivo dos diversos
componentes que está a utilizar.

 POST (Power-On Self Test): É o conjunto de rotinas desenvolvidas para testar e


diagnosticar o funcionamento da placa mãe. O POST é executado imediatamente
após de se ligar o computador e, caso detecte um erro, aborta o processo de
arranque devido ao mau funcionamento detectado num dos componentes físicos. A
comunicação do POST com o utilizador é feita, tipicamente, pelo alto-falante da
placa mãe, que emite um “beep” se não forem detectados erros, ou uma determinada
sequência de “beeps” de duração variável, consoante o erro detectado.

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Execução do POST:
 Identifica a Configuração instalada.
 Inicializa todos os circuitos periféricos de apoio da placa-mãe.
 Inicializa o Monitor.
 Testa o teclado.
 Carrega o S.O para a memória.
 Entrega o controle do processador ao S.O.

 BOOT (Iniciação do Sistema): É o programa que, após a conclusão do POST,


procura no disco duro o sector de boot. Este sector contém um bloco de informações
com um determinado formato, que se pressupõe conter o programa de arranque de
um Sistema Operativo (SO). Após desencadear a execução desse programa, passa-
se o controlo ao SO, as rotinas do BIOS apenas serão utilizadas pelo SO para aceder
aos dispositivos.

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1.4 - ANATOMIA DA PLACA MÃE

Fig. – Placa mãe

1 – Soquete do processador (CPU) – É neste soquete que o processador é encaixado.


Notem que existe uma pequena alavanca no lado direito do soquete. Ao levantarmos esta
alavanca, liberamos o soquete para que possamos encaixar a CPU. Após a CPU ser
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encaixada no soquete, a alavanca é abaixada e o processador fica preso no soquete. O


desenho das actuais CPUs e de seus respectivos soquetes só permite o encaixe na posição
correta. O soquete deste exemplo é conhecido como Socket462 (também chamado de
SocketA) e serve para os processadores Athlon e Duron da AMD.

2 e 8 – Chipset – Os números 2 e 8 indicam os dois chips que formam o chipset desta


placa-mãe. O número 2 indica o primeiro chip do chipset chamado normalmente de
Northbridge (ponte Norte). Este chip é responsável basicamente pela transferência de dados
entre CPU e memória RAM e também pelo controle do barramento AGP. Como
actualmente as velocidades de acesso à memória têm crescido bastante, o Northbridge
costuma trabalhar com um clock elevado, gerando assim calor. É por isso que nas placas
actuais se encontram dissipadores e até coolers completos em cima do Northbridge. O
número 8 indica o outro chip do chipset, chamado comumente de Southbridge (ponte Sul).
As funções do Southbridge estão relacionadas principalmente aos dispositivos de entrada e
saída (I/O), controladoras IDE e de disquete, slots PCI, etc. O Southbridge se liga ao
Northbridge para que os dois possam trabalhar em conjunto. Essa via de comunicação entre
Northbridge e Southbridge é muito rápida. Em alguns casos Northbridge e Southbridge
estão dentro do mesmo chip e o chipset, apesar do nome, será formado por apenas um chip.

3 – Soquetes para encaixe dos módulos de memória DRAM – Neste soquete são
encaixados os módulos de memória. O manual da placa-mãe normalmente indica as regras
de como estes soquetes devem ser preenchidos, mas, na maioria das vezes, podemos
colocar os módulos de memória em qualquer um dos soquetes. Neste exemplo os soquetes
são específicos para módulos no formato DIMM de 184 pinos usados por memórias DRAM
do tipo DDR.

4 – Conector de alimentação – Através deste conector a placa-mãe recebe energia da fonte


de alimentação para que ela possa funcionar. Neste exemplo este conector é do formato
ATX de 20 pinos. É encontrado praticamente em todas as placas-mãe modernas. Em
algumas placas existem conectores “extras” que devem receber alimentação da fonte para o
correto funcionamento da placa. A maioria das placas-mãe para Pentium 4 possui um
conector extra de 4 pinos que recebe alimentação de 12 volts da fonte.

5 – Conector para o cabo para o drive de disquete – Neste conector encaixamos o cabo
que será usado para controlar o drive de disquete. Este conector possui 34 pinos dispostos
umas duas fileiras de 17 pinos. A controladora de disquete pode controlar até dois drives de
disquete. O cabo só deve ser encaixado na posição correta, pois, se for invertido o drive de
disquete não vai funcionar.

6 – Conectores IDE/ATA – A maioria das placas-mãe tem dois conectores para


dispositivos IDE/ATA, ou seja, existem duas controladoras de dispositivos IDE/ATA.
Assim como no caso dos drives de disquete, cada controladora pode controlar até dois

27
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dispositivos IDE/ATA. O conector IDE/ATA possui 40 pinos dispostos em duas fileiras de


20 pinos e o cabo usado para ligar o dispositivo IDE/ATA à essa conector também tem uma
posição correta de encaixe.

OBS: Apesar de termos dois nomes diferentes (IDE e ATA) eles designam a mesma
tecnologia, ou seja, uma tecnologia onde praticamente toda eletrônica necessária para
controlar o dispositivo (HD, CD-ROM, etc.) fica embutida em uma placa no próprio
dispositivo. Desta forma as “controladoras” IDE/ATA existentes na placa-mãe são muito
mais fáceis de serem construídas. Estas “controladoras” são chamadas também de
“interfaces” ou simplesmente “portas” IDE/ATA.

7 – Chip de memória ROM-BIOS – Neste chip de memória ROM estão armazenados


alguns programas importantíssimos para o funcionamento do PC, que são:
 POST(Power On Self Test)
 SETUP

9 – Controladora Multi I/O – Este chip é responsável pelo controle de vários dispositivos
de I/O – Input/Output (Entrada e Saída). Entre eles: teclado, portas seriais e paralelas,
portas PS/2, porta de joystick, etc. Este chip trabalha diretamente ligado ao Southbridge

10 – Conector da porta serial – Neste modelo de placa é necessário o uso de uma pequena
placa acessória que se encaixa a este conector “extra” para termos acesso à segunda porta
serial. O conector da primeira porta serial já vem soldado à placa-mãe. Esta placa acessória
consiste apenas do conector serial externo padrão (9 pinos) e de um cabo flexível.

11 – Conector da porta de joystick – Como no caso anterior temos que encaixar uma
placa acessória para usar a porta para joystick. . Esta placa acessória consiste apenas do
conector de joystick externo padrão (15 furos) e de um cabo flexível.

12 – Conector para receptor infravermelho – Este modelo de placa permite a utilização


de um receptor de infravermelho. Este deve ser encaixado no conector indicado pelo
número 12. Normalmente este receptor é um acessório opcional.

13 – Conectores do gabinete – É neste conjunto de conectores que nós conectamos os fios


que saem dos leds (led do HD, led de energia, etc.) e botões (botão de reset, botão
liga/desliga, etc.) existentes no gabinete do micro.

14 – Conector para dispositivos SMBus – Com o SMBus ou barramento para


gerenciamento do sistema, um dispositivo pode dar informações de quem é o fabricante,
modelo, informações relacionadas a energia, etc. Através do SMbus uma placa-mãe pode
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gerenciar informações de temperatura, rotação de ventoinhas e também das tensões de


alimentação (energia). Este é um conector para dispositivos externos compatíveis com o
padrão SMBus, normalmente No-breaks e outros dipositivos relacionados a proteção
elétrica.

15 – Conector para portas USB – Conector para encaixe de uma placa acessória que
permite aumentar o número de portas USB da placa-mãe.

16 – Chip de monitoramento do hardware – Este chip é responsável pelo monitoramento


das tensões, rotação da ventoinha, temperatura de componentes, etc. Ele é bastante comum
nas placas-mãe mais modernas, principalmente nas de maior qualidade.

17 – Conectores Serial ATA – Estes são os conectores para os cabos que serão usados
para controlar os dispositivos de armazenamento no padrão Serial ATA, também chamado
de SATA. Este padrão é relativamente novo, por isso nem todas as placas-mãe tem este tipo
de conector. Este modelo de placa-mãe usado com exemplo possui um chip adicional
responsável pelo controle dos dispositivos SATA.

18 – Chip controlador Serial ATA (SATA) – Como dissemos no item anterior, este é o
chip responsável pelo controle dos dispositivos serial ATA. Nesta placa, o chip permite o
controle de dois dispositivos SATA, e como no padrão SATA cada dispositivo tem um
cabo “exclusivo”, precisamos de dois conectores SATA para dois dispositivos.

19 – LED indicador de alimentação da placa-mãe – Muitos fabricantes colocam um led


na mesma para indicar que a placa está a receber alimentação da fonte. É importante
lembrar que no caso do padrão ATX, mesmo com o micro aparentemente “desligado”, a
fonte de alimentação continua a fornecer energia para a placa-mãe. É por isso que devemos
sempre desconectar o cabo de alimentação do computador quando formos executar
qualquer procedimento de montagem/desmontagem no mesmo.

20 – Slots PCI – Os slots PCI (Peripheral Component Interconnect) são usados para o
encaixe de placas de expansão no computador. Eles foram criados para substituir os antigos
slots padrão ISA e VLB. Provavelmente os actuais slots PCI serão substituídos pelo novo
padrão PCI Express.

21 – Conector de áudio para modem – Além de seu pequeno alto-falante, alguns modens
possuem uma saída de áudio que pode ser ligada à placa de som. Este conector (21) permite
a ligação desta saída de áudio à placa de som embutida deste modelo de placa-mãe. Esta
conexão é especialmente importante nos casos de modens “voice” que podem funcionar
como secretária eletrônica, por exemplo.

22 – Chip controlador IEEE 1394a (Firewire) – O padrão IEEE 1394a, também chamado
de Firewire ou iLink, permite a conexão de periféricos externos ao PC a uma alta taxa de
transferência (até 400 Mbits/seg.). Apesar do padrão USB 2.0 atingir taxas maiores que o
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IEEE 1394a (chegando a 480 Mbits/seg.), muitos equipamentos como filmadoras digitais,
HDs externos, etc., vem apenas com a saída IEEE 1394a ao invés da USB. Assim muitos
fabricantes de placa-mãe têm colocados controladores IEEE 1394a em seus produtos.

23 – Conectores para portas IEEE 1394a – Neste modelo de placa-mãe, usado como
exemplo, as portas IEEE 1394a são encaixadas nestes conectores através de uma pequena
placa com um cabo flexível e conectores.

24 – Conector S/PDIF – S/PDIF é a sigla de Sony/Philips Digital Interface. Ele é um


padrão para transferência de áudio digital entre dispositivos. A placa de som embutida nesta
placa-mãe permite entrada e saída de áudio digital através do conector S/PDIF, mas
também é preciso usar uma pequena placa opcional que se conecta a este conector (24).

25 – Chip de áudio – Também chamado de Áudio Codec, este chip é responsável pelo
funcionamento da placa de som embutida na placa-mãe. Atualmente, quase todas as placas-
mãe têm áudio embutido. E a qualidade destes chips de áudio tem melhorado muito,
permitindo som “3D” com vários canais, efeitos especiais, etc.

26 – Conectores para áudio de CD/AUX – Nestes conectores colocamos os cabos de


saída analógica de áudio que existem nos dispositivos ópticos como CD-ROM, DVD, CD-
RW, etc. Isto permite que possamos escutar o som dos CDs ou DVDs de Áudio/Vídeo que
colocamos no computador.

27 – Conectores de áudio para o gabinete – Alguns gabinetes possuem em sua parte


frontal conexões para fones de ouvido e microfone. Para que eles funcionem é necessário
encaixar os fios que saem destas conexões nestes conectores.

28 e 30 – Chips de rede – Não é só o som embutido que está a virar um padrão nas placas-
mãe modernas. As placas de rede estão a se tornar cada vez mais comuns. Algumas placas
possuem inclusive “duas” placas de rede embutidas, uma para conexão com a rede local e
outra para conexão com a Internet em banda larga. É o caso deste modelo.

29 – LED para placa de vídeo AGP – Este modelo de placa-mãe tem um LED que indica
quando a placa de vídeo é incompatível com a placa-mãe. Não é comum isto acontecer com
modelos mais recentes de placas de vídeo.

31 – Slot AGP – O Slot AGP (Accelerated Graphics Port) é usado exclusivamente por
placas de vídeo e tem acesso rápido ao Northbridge. Assim como o PCI deverá ser
substituído pelo PCI Express.

32 – Conectores Externos – Estes conectores são soldados diretamente na placa-mãe. A


figura abaixo mostra os mesmo em um ângulo mais favorável.

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Conectores Externos (neste exemplo estamos usando uma placa-mãe modelo


A7N8X-Deluxe da Asus)

A – Conector para mouse no padrão PS/2 (também chamado mini-DIN).


B – Conector da placa de rede número 1.
C – Conector da porta paralela.
D – Conector da placa de rede número 2.
E – Conector estéreo da Entrada de áudio (Line In).
F – Conector estéreo da Saída Frontal de áudio (Front Out).
G – Conector para o microfone.
H – Dois conectores das portas USB.
I – Conector de saída digital S/PDIF.
J – Conector estéreo da Saída Traseira de áudio (Surround/Rear Out).
K – Conector para alto falante centra e subwoofer (Center/Bass Out).
L – Conector da porta serial.
M – Dois conectores das portas USB.
N – Conector para teclado no padrão PS/2 (também chamado mini-DIN).

33 – Gerador de clock – É este o chip responsável pelo sinal de clock que alimenta a CPU
e outros circuitos da placa-mãe. Ele utiliza as frequências gerados pelos cristais.

34 – Regulador de voltagem – É um conjunto de circuitos que recebe a energia “suja” da


fonte de alimentação e a transforma em uma energia mais “limpa”, ou seja, livre de
interferências e variações. Quanto melhor for este regulador de voltagem mais qualidade
terá uma placa-mãe. Além disso, o overclock em placas com bons reguladores de voltagem
é mais fácil e estável.

35 – Conectores de alimentação para o ventilador – Estas conexões existem para


ligarmos os ventiladores do cooler da CPU, gabinete, etc. Nas placas-mãe mais recentes
estes conectores permitem também monitorar a velocidade dos ventiladores.

36 – Bateria – O programa de configuração da placa-mãe (SETUP) guarda os dados de


configuração em uma memória RAM, normalmente conhecida por CMOS RAM. Para que
as informações desta RAM não se percam quando o micro é desligado existe uma bateria.
Esta bateria também é responsável pela alimentação do chip que contém o relógio do
micro.

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37 – Cristal – Os cristais geram frequências fixas e muito restáveis que são utilizadas para
a criação dos sinais de clock da placa mãe.

Além de todos os itens já descritos, temos também os jumpers. Jumpers são peças bem
pequenas de plástico que possuem em sua interior parte de metal. Os jumpers são
encaixados em pinos existentes na placa-mãe ou em placas de expansão. Assim que o
jumper é colocado nestes pinos ele “fecha” o contacto entre estes pinos. É como se fosse
uma chave liga-desliga. O jumper colocado equivale à “ligado” e os pinos sem jumper
equivalem a “desligado”.

Em algumas placas mais sofisticadas, ao invés de jumpers, encontramos micro chaves com
a mesma função, chamadas de “dip-switches”. Nem todos os fabricantes as utilizam por
serem mais caras que os jumpers.

Os jumpers servem para configurar as placas de acordo com as nossas necessidades. Por
exemplo, se vamos instalar um determinado processador em uma placa-mãe, temos que
configurar esta placa de forma que ela “entenda” qual o processador que será instalado,
qual o seu clock, etc. Esta configuração da placa pode ser feita através de jumpers. Ë claro
que o manual da placa-mãe mostrará quais são os jumpers que devem ser mexidos para que
a configuração seja feita.

Actualmente, quase todas as configurações de uma placa são feitas através do programa de
SETUP. Por isso é muito comum encontrarmos placas mãe sem jumpers, conhecidas como
“jumperless” ou “jumperfree”. Na realidade estas placas costumam possuir apenas um
jumper que serve para “limpar” ou “zerar” a memória “CMOS”, pois toda a configuração
do SETUP está guardada nesta memória. Este jumper é muito utilizado quando
configuramos de forma incorrecta o SETUP.

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CONEXÕES

CABO IDE

CABO PARA DRIVE DE H.D E DISQUETE

Fig. – Cabos IDE e tipos formas de conexões

CABO SATA

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CAPÍTULO II - MEMÓRIAS DO SISTEMA

As memórias são os dispositivos responsáveis pelo armazenamento de dados e instruções


em forma de sinais digitais em computadores. Para que o processador possa executar suas
tarefas, ele busca na memória todas as informações necessárias ao processamento.

2.1 – Diferentes Memórias do Sistema

2.1.1 - Registradores

São dispositivos de armazenamento temporário, localizados no processador,


extremamente rápidos, com capacidade para apenas um dado (uma palavra).

Os mesmos têm a função de armazenar temporariamente dados intermediários


durante um processamento. Por exemplo, quando um dado resultado de
operação precisa ser armazenado até que o resultado de uma busca de
memória esteja disponível para com ele realizar uma nova operação. Estes
componentes são VOLÁTEIS, isto é, devem de estar energizados para manter
armazenado seu conteúdo.

2.1.2 - Memórias CACHE

É uma pequena quantidade de SRAM (Static Random Acess Memory) de alto


desempenho, tendo por finalidade aumentar o desempenho do processador
realizando uma busca antecipada na memória RAM.

O processador é muito mais rápido do que a memória RAM. Isso faz com que
fique sub-utilizado quando existe um grande fluxo de dados. Durante grande
parte do tempo não processa nada, só espera que a memória fique pronta para
enviar novamente os dados. Para fazer com que o processador não fique sub-
utilizado quando envia muitos dados para a RAM, foi colocada uma memória
mais rápida, chamada de CACHE.

Quando o processador necessita de um dado, e este não está presente na cache,


ele terá de realizar a busca directamente na memória RAM e reduzindo o
desempenho do computador. Como provavelmente será requisitado
novamente o dado que foi buscado na RAM é copiado na cache.

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2.1.2.1 – Níveis de Memórias CACHE

 Cache L1 (Leve 1 – Nível 1 ou cache interno): Encontra-se dentro do


processador. A sua capacidade pode variar 128 Kbytes à 2Mbytes ou
mais, divididos em duas partes, uma para dados e outra para instruções.

 Cache L2 (Level 2 – Nível 2 ou cache externo): Encontra-se na


motherboard ou dentro do processador (mais recentemente). Quando é
externa, a sua capacidade depende do chipset presente na motherboard.

Cache Hit – Quando processador busca um determinado trecho de


código e o encontra na cache. O índice da cache hit ou taxa de acerto do
cache é em torno de 90%.

Cache Miss ou Cache Fault – Quando o dado não estiver presente na


cache será necessário requisitar o mesmo à memória principal. Causa
atraso no processamento.

Memórias cache também são VOLÁTEIS, isto é, devem de estar


energizadas para manter gravado seu conteúdo.

2.1.3 - Memórias Auxiliares

Resolvem problemas de armazenamento de grandes quantidades de


informações. As memórias auxiliares tem maior capacidade e menor custo,
portanto o custo por bit armazenado é muito menor. Acesso mais lento do que
a memória principal, a cache e o registrador.

Memórias auxiliares não são VOLÁTEIS, isto é, não dependem de estar


energizadas para manter gravado seu conteúdo. Os principais dispositivos de
memória auxiliar são: discos rígidos (ou HD), drives de disquete, unidades de
fita, CD-ROM, DVD, unidades óptico-magnéticas, etc.

2.1.4 - Memória Principal

É a parte do computador onde programas e dados são armazenados para


processamento. A informação permanece na memória principal apenas
enquanto for necessário para seu emprego pelo processador.

Quem controla a utilização da memória principal é o Sistema Operacional e a


mesma memória tem o custo mais baixo do que a memória principal e a
memória cache, mas maior do que a memória auxiliar. Encontra-se localizada
na placa mãe.

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2.1.5 - Estrutura da Memória Principal

A memória precisa ter uma organização que permita ao computador guardar e


recuperar informações quando for necessário. É preciso ter como encontrar
essa informação quando ela for necessária e para isso existe um mecanismo
que registra exactamente onde a informação foi armazenada.

 Célula: É a unidade de armazenamento do computador. A memória


principal é organizada em células. Célula é a menor unidade da
memória que pode ser endereçada e tem um tamanho fixo (para cada
máquina).

As memórias são compostas de um determinado número de células ou


posições. Cada célula é composta de um determinado número de bits.
Todas as células de um dado computador têm o mesmo tamanho. Cada
célula é identificada por um endereço único, pela qual é referenciada
pelo sistema e pelos programas. As células são numeradas
sequencialmente de 0 a (N-1), chamado o endereço da célula.
(endereço de memória).

 Unidade de transferência: É a quantidade de bits que é transferida da


memória em uma única operação de leitura ou escrita.
 Palavra: É a unidade de processamento da UCP. Uma palavra deve
representar um dado ou uma instrução, que poderia ser processada,
armazenada ou transferida em uma única operação.

Uma célula não significa o mesmo que uma palavra, ou seja, uma
célula não contém necessariamente uma palavra. Em geral, o termo
"célula" é usado para definir a unidade de armazenamento e o termo
"palavra" para definir a unidade de transferência e processamento.

O tamanho mais comum de célula era 8 bits (1 byte); hoje já são


comuns células contendo vários bytes. Exemplificando: 1 byte (em
maquinas com CPU 8080), 2 bytes (em maquinas com CPU 80286), 4
bytes (em maquinas com CPU 486, o Pentium, e muitos mainframes
IBM) e mesmo 8 bytes (em maquinas com CPU o Alpha da DEC).

 Tempo de Acesso: É o tempo decorrido entre uma requisição de


leitura de uma posição de memória e o instante em que a informação
requerida está disponível para utilização pelo CPU. Ou seja, o tempo
que a memória consome para colocar o conteúdo de uma célula no
barramento de dados. O tempo de acesso de uma memória depende da
tecnologia da memória.

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2.2 – Memórias RAM

A memória RAM é mais um dos componentes essenciais dos computadores. O processador


utiliza a memória RAM para armazenar programas e dados que estão em uso, ficando
impossibilitado de trabalhar sem pelo menos uma quantidade mínima dela. A abreviação
RAM significa Random Acess Memory, ou seja, Memoria de Acesso Aleatório, nome
adequado uma vez que a principal característica desta memória é a capacidade de fornecer
qualquer dado anteriormente gravado, com um tempo de resposta e velocidade de
transferência centenas de vezes superior a dos dispositivos de massa, como o disco duro.

2.2.1 – Funcionamento da Memória RAM

Os chips de memória RAM possuem uma estrutura extremamente simples. Para


cada bit 1 ou 0 a ser armazenado, temos um minúsculo capacitor, e quando o
capacitor está carregado electricamente temos um bit 1 e quando ele está
descarregado temos um bit 0. Para cada capacitor temos um transístor, encarregado
de ler o bit armazenado em seu interior e transmiti-lo ao controlador de memória.

A produção de chips de memória é similar ao de processadores. A diferença é que


os chips de memória são compostos basicamente de apenas uma estrutura: o
conjunto capacitor/transístor, que é repetido milhões de vezes, enquanto os
processadores são formados por estruturas muito mais complexas. Devido a esta
simplicidade, um chip de memória é muito mais barato de se produzir do que um
processador.

Exemplo: Um pente de 64 MB, é constituído de aproximadamente 512 milhões de


transístores (um para cada bit), quase 50 vezes mais do que temos em um
processador Pentium II. Apesar disso, o pente de memória é mais barato.

2.2.2 – Acesso aos dados na Memória RAM

O chip de memória em si serve apenas para armazenar dados, não realiza nenhum
tipo de processamento. Por isso, é utilizado um componente adicional, o controlador
de memória, que pode estar incluído tanto no chipset da placa mãe, ou em alguns
casos dentro do próprio processador.

Para acessar um determinado dado na memória, o controlador primeiro gera o valor


RAS (Row Address Strobe), ou o número da linha da qual o endereço faz parte,
gerando em seguida o valor CAS (Column Address Strobe), que corresponde à
coluna. Quando o RAS é enviado, toda a linha é activada simultaneamente; depois
de um pequeno tempo de espera, o CAS é enviado, fechando o circuito e fazendo
com que os dados do endereço seleccionado sejam lidos ou gravados.

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2.2.3 – Tipos de Memórias RAM

A memória esta dividida em dois tipos que são:

2.2.3.1 - DRAM (Dynamic Random Access Memory)

São as memórias do tipo dinâmico e geralmente são armazenadas em


cápsulas CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor). Memórias
desse tipo possuem capacidade alta, isto é, podem comportar grandes
quantidades de dados. No entanto, o acesso a essas informações costuma ser
mais lento que o acesso à memórias estáticas. As memórias do tipo DRAM
costumam ter preços bem menores que as memórias do tipo estático. Isso
ocorre porque sua estruturação é menos complexa, ou seja, utiliza uma
tecnologia mais simples.

Devido a sua estrutura, estes tipos de memória necessitam que os seus dados
sejam frequentemente actualizados, sempre que ocorrer alguma operação
sobre ela, isto é, sempre que uma operação de leitura for realizada em uma
determinada célula da DRAM, todas as outras células desta mesma linha
devem sofrer actualização também. Esta actualização das memórias DRAM,
também é conhecida como “Refresh Memory”.

2.2.3.2 - SRAM (Static Random Access Memory)

São memórias do tipo estático, que são muito mais rápidas que as memórias
DRAM, porém armazenam menos dados e possuem preço elevado
comparando o custo por cada MB (Mega Byte). As memórias SRAM
costumam ser usadas em chips de cache, estas memórias funcionam sem a
necessidade de se realizar o “Refresh Memory”, o que lhes permite ter um
tempo de acesso mais rápido em comparação com as DRAMs.

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2.2.3.2.1 – Tecnologias de Memórias DRAM

2.2.3.2.1.1 – Memórias Regulares ou Memórias Comuns

Foi o primeiro tipo de memória usado em computadores pessoais. Neste


tipo antigo de memória, o acesso era feito enviando primeiro o endereço
RAS e em seguida o endereço CAS, da forma mais simples possível.
Este tipo de memória foi fabricado com velocidades de acesso a partir de
150 nanosegundos (150 bilionésimos de segundo ou 0,000000015
segundos). Foram desenvolvidas posteriormente versões de 120, 100 e
80 nanosegundos. As memórias regulares são encontradas apenas na
forma de módulos que foram utilizados em placas do padrão XT.

2.2.3.2.1.2 – Memória FPM (FAST PAGE MODE ou Modo de Acesso


Rápido)

A primeira melhoria significativa na arquitectura das memórias veio com


as memórias FPM. A ideia neste tipo de acesso era que, ao ler um
arquivo gravado na memória, os dados estariam na maior parte das vezes
gravados sequencialmente. Não seria necessário então enviar o endereço
RAS e CAS para cada bit a ser lido, mas simplesmente enviar o endereço
RAS (linha) uma vez e em seguida enviar vários endereços CAS
(coluna).

Devido ao novo método de acesso, as memórias FPM conseguiram ser


cerca de 30% mais rápidas que as memórias regulares, e apesar de já não
serem fabricadas há bastante tempo, foram utilizadas nos primeiros
computadores com processadores Pentium.

Encontram-se memórias FPM com velocidades de acesso de 80, 70 e 60


nanos, sendo as de 70 nanos as mais comuns.

Os tempos de acesso representam em quanto tempo a memória pode


disponibilizar um dado requisitado. Quanto mais baixos forem os tempos
de espera, mais rápidas serão as memórias.

2.2.3.2.1.3 – Memórias EDO (EXTENDED DATA OUTPUT)

As memórias EDO foram criadas em 94, e trouxeram mais uma melhoria


significativa no modo de acesso a dados. Além de ter mantido o modo de
acesso rápido das memórias FPM, foram feitas algumas modificações
para permitir mais um pequeno truque, através do qual um acesso à
dados pode ser iniciado antes que o anterior termine, permitindo
aumentar perceptivelmente a velocidade dos acessos. O novo modo de

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acesso permitiu que as memórias EDO funcionassem com tempos de


acesso de apenas 5-2-2-2 em uma placa mãe com BUS de 66 MHz,
quase 20% mas rápidas que as FPM. Estes tipos de memória foram
fabricados em velocidades de 70, 60 e 50 nanos, com predominância dos
módulos de 60 nanos. As memórias EDO poderiam ser encontradas em
módulos SIMM de 72 vias, existindo também alguns casos raros de
memórias EDO na forma de módulos DIMM de 168 vias e SODIMM.

Fig. - Exemplo: Taxas de transferência entre as memórias FPM e EDO


em KBps

2.2.3.2.1.4 – Memórias BEDO (BURST EXTENDED DATA OUTPUT


RAM)

As memórias BEDO utilizam também o sistema de acessos rápidos, e


são capazes de funcionar quase 30% mais rápido que as memórias EDO.
O mais interessante é que o custo de produção das memórias BEDO é
praticamente o mesmo das memórias EDO e FPM, o maior impedimento
à popularização das memórias BEDO foi a falta de suporte por parte dos
chipsets Intel, que suportavam apenas memórias EDO e SDRAM (no
caso dos mais modernos). No final, as sucessoras das memórias EDO
acabaram por ser as memórias SDRAM, que apesar de um pouco mais
caras, oferecem uma performance levemente superior às BEDO e
desfrutam de compatibilidade com todos os chipsets modernos.

2.2.3.2.1.5 – Memórias SDRAM (SYNCHRONOUS DYNAMIC RAM)

Tanto as memórias FPM quanto as memórias EDO eram assíncronas,


isto é, elas trabalhavam em seu próprio ritmo, independentemente dos
ciclos da placa mãe. As memórias SDRAM por sua vez, são capazes de
trabalhar sincronizadas com os ciclos da placa mãe, sem tempos de
espera. Isto significa, que a temporização de uma memória SDRAM é
sempre de uma leitura por ciclo.

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Como é preciso que a memória SDRAM a ser usada seja rápida o


suficiente para acompanhar a placa mãe, encontram no mercado versões
com tempos de acesso entre 15 e 6 nanossegundos.

2.2.3.2 – Novas Tecnologias de Memórias DRAM

2.2.3.2.1 - DDR-SDRAM – Double Data Rate SDRAM

A tecnologia DDR-SDRAM é um avanço em relação ao padrão SDRAM


simples. As memórias Single Data Rate (as SDRAM) só transferem
dados na subida do sinal de clock. As memórias DDR-SDRAM
transferem dados na subida e na descida do sinal de clock, dobrando a
taxa de transferência de dados (data rate). Assim uma memória DDR-
SDRAM operando num clock de 100 MHz (no real ou clock real das
memórias) consegue desempenho equivalente a 200 MHz (efectivo ou o
dobro do clock real).

Fig. – Transferência de dados DDR

Fig. – DDR-SDRAM 1GB 184 contactos

2.2.3.2.2 - Direct Rambus (Rambus DRAM)

As memórias Rambus Dinamic RAM permitem um barramento de


dados de apenas 16 bits, em oposição aos 64 bits utilizados pelos
módulos de memória SDRAM, suportando em compensação,
velocidades de barramento de até 400 MHz com duas transferências por
ciclo, o que na prática equivale a uma frequência de 800 MHz.

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Funcionando à 400MHz e com duas transferências por cada ciclo de


clock, estas memórias permitem uma taxa total de 1,6GB/s. Por outro
lado, as memórias rambus permitem tempos de acesso menores: Se
numa memória SDRAM ou mesmo numa DDR-SDRAM a temporização
é de 5-1-1-1, as Rambus podem trabalhar numa temporização de ate 3-
1-1-1.
Os módulos de memórias Rambus são chamados de “Rambus Inline
Memory Modules” ou RIMMs. Estes módulos, são bem semelhantes aos
módulos DIMM, mas em geral os RIMMs vem com uma protecção de
metal sobre os chips de memória, que também serve para facilitar a
dissipação de calor, já que os mesmos módulos aquecem bastante devido
à alta-frequência de operação.

Porém é uma tecnologia proprietária e cara e por isso o seu uso não se
difundiu muito. A tecnologia RDRAM continua evoluindo e já temos
módulos que transferem 32 bits a 1066 MHz. Mas, por ser uma
tecnologia proprietária, é mais difícil encontrar placas-mãe que suportem
este tipo de memória.

Fig. – RDRAM 128MB

2.2.3.2.3 - DDR2 – Double Data Rate2

A DDR2, ou DDR2 – SDRAM, é uma evolução do antigo padrão DDR-


SDRAM. Entre suas principais características estão:
1. O menor consumo de energia eléctrica
2. Menor custo de produção
3. Maior largura de banda de dados
4. Velocidades mais rápidas.

As DDR2 duplicam a taxa de transferência, realizando agora 4 operações


por ciclo de clock. As células de memória continuam trabalhando na
mesma frequência anterior e o acesso inicial continua a demorar
aproximadamente o mesmo tempo. Estes tipos de memórias, não são
compatíveis com placas mãe que funcionam com os tipos DDR, uma vez
que os DDR2 possuem 240 contactos e os DDR 184. Mas ambos
possuem o mesmo tamanho de módulo.

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Uma diferença visível nos módulos de memória DDR2 é o padrão de


encapsulamento usado. o FBGA (Fine pitch Ball Grid Array), já as
memória DDR usa um padrão de encapsulamento TSOP (Thin Small
Outline Package).

Ainda, A memórias DDR2 merecem destaque pelo seu menor consumo


de energia eléctrica. Enquanto as do tipo DDR trabalham à 2,5 V, as
DDR2 requerem 1,8 V. Por causa disso, as memórias DDR2 acabam por
ter melhor desempenho no controle da temperatura.

Fig. – DDR2-SDRAM 512MB

2.2.3.3.3 – DDR3 – Double Data Rate 3

DDR3 SDRAM (ou taxa dupla de transferência nível 3 de memória


síncrona dinâmica de acesso aleatório) é uma interface de memória de
acesso aleatório – RAM (Random Access Memory) – usado para grande
armazenamento de dados temporários utilizados em computadores e outros
dispositivos eletrônicos. É uma das várias implementações de memória
síncrona e dinâmica (SDRAM), ou seja, trabalha sincronizada com os ciclos
de trabalho (clock) da placa-mãe, sem tempo de espera.
DDR3 SDRAM é uma melhoria sobre a tecnologia antecedente DDR2. O
primeiro benefício da DDR3 é a possível taxa de transferência duas vezes
maior, de modo que permite taxas de barramento maiores, como também
picos de transferência mais altos.
Não há redução significativa de latência (diferença de tempo entre o início de
um evento e o momento em que seus efeitos tornam-se perceptíveis), já que
isso não é uma característica da interface. Adicionalmente, o padrão DDR3
permite que um chip com capacidade entre 512 Megabits e 8 Gigabits use
um módulo de memória de 16 Gigabytes de maneira eficaz. Porém, cabe
salientar que DDR3 é uma especificação de interface DRAM; ou seja, os
atuais slots DRAM que armazenam os dados são iguais aos anteriores, têm
desempenho similar

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Fig. – DDR3-SDRAM 1GB

2.2.4.3 – Padrões de Encapsulamentos das Memórias

No geral, existem dois tipos de padrão de encapsulamento dos módulos de


memória:

2.2.3.3.1 - TSOP (Thin Small Outline Package)

Este é o encapsulamento utilizado pela maioria dos módulos de memória


SDRAM, DDR e em outras anteriores a estas. Neste encapsulamento os
chips possuem "pernas" que são soldadas a contactos no módulo de
memória. Apesar de serem a forma mais barata de resolver o problema,
as pernas aumentam a distância que o sinal eléctrico precisa percorrer a
cada acesso, prejudicando o desempenho do módulo.

Fig. – Módulos de memória com padrão de encapsulamento TSOP.

2.2.3.3.2 - FBGA (Fine pitch Ball Grid array)

A grande vantagem deste encapsulamento sobre o TSOP


tradicionalmente usado em módulos de memória, é que no FBGA os
pontos de contacto do chip com o módulo são pequenos pontos de solda,
presentes na parte inferior do chip. Além da solda ser muito mais
precisa, a distância a ser percorrida pelo sinal eléctrico é muito menor,
permitindo que o módulo de memória opere a frequências
consideravelmente superiores.

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Fig. – Módulos de memória com padrão de encapsulamento FBGA.

Os encapsulamentos baseados no BGA já são utilizados também em


processadores modernos, para soldar o chip ao seu encapsulamento.
Outro destaque é o encapsulamento FBGA usado por algumas versões
do processador de fabrico não intel, usado para soldar o processador à
própria placa mãe.

2.2.3.4 – Histórico de Encapsulamentos das Memórias

2.2.3.4.1 - DIP (Dual In-Line Package-Circuito Integrado)

Formato de encapsulamento, onde temos contactos dos dois lados do


chip. É usado entre outras coisas para encapsular os chips de memória
RAM. Eles são soldados à uma placa de circuito, formando módulos de
memória.

Fig. – Encapsulamento DIP.

2.2.3.4.2 – SIPP (Single In-Line Pin Package)

Encapsulamento que usa Pinos Simples em Linha e, é é uma espécie de


evolução do DIP, a principal diferença é que esse tipo de memória
possui, na verdade, um conjunto de chips DIP que formavam uma placa
de memória (mais conhecida como pente de memória). Existiram os
módulos SIPPs normais e os SIPPs de 30 pinos. Apesar de apresentar a
facilidade de o usuário não precisar instalar individualmente cada chip
de memória, o módulo SIPP podia ser instalado incorrectamente
(invertido, por exemplo). Por este motivo, foi substituído pelo módulo
SIMM-30, que é idêntico ao módulo SIPP porém usando um outro
sistema de encaixe.

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Fig. – Encapsulamento SIPP.

Fig. – Encapsulamento SIPP de 30 pinos.

2.2.3.4.3 - SIMM (Single In-Line Memory Module)

O encapsulamento SIMM é uma evolução do padrão SIPP. Foi o


primeiro tipo a usar um slot (um tipo de conector de encaixe ou ranhura)
para sua conexão à placa-mãe. Eram capazes de transferir 8bits por
ciclo. Existiram pentes no padrão SIMM com capacidade de
armazenamento de 1 MB a 16 MB.

Tipos de Módulos SIMM

 SIMM-30: Possuíam uma única linha de contactos; apesar de


existirem também contactos na parte de trás do módulo, os mesmos
serviam apenas como uma extensão dos contactos frontais, existindo
apenas para aumentar a área de contacto com o slot (ranhura).

 SIMM-72: Sendo uma nova versão da anterior, estes módulos


possuíam 72 pinos, visando diminuir o número de módulos nos
bancos de memória de alguns processadores da época. Esses
módulos foram utilizados em computadores de processadores 486
modernos e Pentium. Eram capazes de transferir 32bits por ciclo. Os
processadores 486 acessavam a memoria principal usando palavras
de 32bits, seriam necessários quatro módulos SIMMs de 30 pinos
para formar um banco de memória. Usando uma SIMMs de 72 pinos
seriam necessário apenas um único modulo.

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Fig. – Encapsulamento SIMM de 30 e 72 pinos.

2.2.3.4.4 - DIMM (Double In-Line Memory Module)

Módulos de memoria com duas linhas de contactos. Ao contrário dos


módulos SIMM de 30 pinos e de 72, as DIMMs possuem contactos em
ambos os lados do módulo. Esse é o padrão de encapsulamento que
surgiu após o tipo SIMM e é muito utilizado em placas-mãe de
processadores Pentium II, Pentium III e em alguns modelos de Pentium
4 (e processadores equivalentes de empresas concorrentes), o padrão
DIMM é composto por módulos de 168 pinos; mas já existem versões
das DIMMs com mais linhas de pinos.
Os pentes de memória DIMM empregam um recurso chamado ECC
(Error Checking and Correction - detecção e correção de erros) e tem
capacidades mais altas que o padrão anterior: de 16 a 512 MB. As
memórias do tipo SDRAM utilizam o encapsulamento DIMM. Ainda, os
módulos de memória DIMM, trabalham com palavras binárias de 64bits
e um único módulo é suficiente para preencher um banco de memória de
um computador Pentium ou superior.

Fig. – Encapsulamento DIMM de 168 e 184 pinos.

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2.2.3.4.4.1 - Tipos de Módulos DIMM

 SO-DIMM (Small Outline Dual In-Line Memory Module)

Memórias SO-DIMM são uma alternativa menor às memórias


DIMM, tendo aproximadamente metade de seu tamanho. Como
resultado, são usadas principalmente em laptops, computadores
pessoais com gabinetes pequenos, impressoras robustas de escritório
e equipamentos de rede como roteadores.Sua configuração varia
entre 72, 100, 144 ou 200 pinos. O pacote com 100 pinos suporta
transferência de dados de 32 bits, enquanto os pacotes de 144 e 200
suportam transferência de 64 bits.

Em contraste, as memórias DIMM tradicionais possuem 168, 184 ou


240 pinos, todos suportando transferência de dados de 64 bits.

Fig. – Encapsulamento SO-DIMM de 256MB.

2.3 – Métodos de Diagnóstico e Correção de Erros

Por melhor que seja a qualidade, todos os tipos de memória são passíveis de erros, que
podem ser causados por inúmeros factores. Um dado depositado na memória pode voltar
adulterado para o processador, o que poderia causar os mais diversos efeitos colaterais.
Para aumentar o grau de confiabilidade dos sistemas, foram criados métodos de diagnóstico
e correção de erros. Talvez num PC doméstico um sistema de correção de erros não seja tão
importante, pois um erro na memória no máximo causaria o travamento da máquina. Em
aplicações críticas porém, como num banco, qualquer erro de processamento pode causar
grandes prejuízos.

Actualmente, os métodos usados para a detecção de erros nas memórias são a Paridade e o
ECC (Error-Correcting Code), que se baseiam em técnicas totalmente diferentes:

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2.3.1 - Paridade

É um método mais antigo, que é somente capaz de identificar alterações nos dados
depositados nas memórias, sem condições porém de fazer qualquer tipo de
correcção. A paridade consiste na adição de mais um bit para cada byte de memória,
que passa a ter 9 bits, tendo o último a função de diagnosticar erros nos dados. A
operação de checagem dos dados na paridade é feito da seguinte forma: são
contados os números de bits "1" de cada byte, se o número for par, o bit de paridade
ou 9º bit assume um valor "1" e caso seja impar, o 9º bit assume um valor "0".
Quando os dados são requisitados pelo processador o circuito de paridade checa os
dados e verifica se o número de bits "1" corresponde ao depositado no 9º bit. Caso
seja constatada alteração nos dados ele envia ao processador uma mensagem de
erro. Porém, este método não é 100% eficaz, pois é capaz de detectar a alteração de
um único bit, caso dois bits retornassem alterados, o circuito de paridade não notaria
alteração nos dados. Felizmente a possibilidade da alteração de dois ou mais bits ao
mesmo tempo é remota.

O uso da paridade não torna o computador mais lento, pois os circuitos responsáveis
pela checagem dos dados são independentes do restante do sistema. O seu único
efeito colateral, é o encarecimento das memórias, que ao invés de 8 bits por byte,
passam a ter 9, tornando-se cerca de 12% mais caras.

2.3.2 - ECC (Error-Correcting Code ou Código de Correcção de Erros)

Para sistemas destinados a operações críticas, foi desenvolvido um método de


correção de erros chamado ECC, que ao contrário da paridade além de identificar,
corrige erros na memória através de algoritmos especiais. Numa memória com ECC
encontramos mais 1 ou 2 bits para cada byte de memória. Nestes bits adicionais, são
gravados códigos que permitem não só identificar, mas efectivamente corrigir
alterações nos dados, lembrando que quanto maior a quantidade de bits destinados
ao ECC, maior será a possibilidade de um eventual erro ser corrigido.

Apesar de ainda não ser muito usado em memórias RAMs justamente devido à alta
confiabilidade das memórias actuais, o ECC é um item obrigatório em discos
rígidos e CD-Roms, pois neles o corrompimento de dados é muito comum, sendo
obrigatório um método de correcção de erros.

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2.4 – Memórias ROM

A memória ROM (Read-Only Memory) é um tipo de memória que permite apenas a


leitura, ou seja, as suas informações são gravadas pelo fabricante uma única vez e após isso
não podem ser alteradas ou apagadas, somente acessadas. São memórias cujo conteúdo é
gravado permanentemente.

Actualmente, o termo Memória ROM é usado informalmente para indicar uma gama de
tipos de memória que são usadas apenas para a leitura na operação principal de dispositivos
electrónicos digitais, mas possivelmente podem ser escritas por meio de mecanismos
especiais. Para além de outras memórias que são enquadradas no tipo de memórias ROM,
ainda de forma mais ampla, e de certa forma imprópria, dispositivos de memória terciária,
como CD-ROMs, DVD-ROMs e outros, também são algumas vezes citados como memória
ROM.

As Memórias ROMs não são voláteis, ou seja, a informação contida nelas permanece
mesmo que desliguemos o computador. Na verdade, mesmo que o chip de memória ROM
seja retirado do computador e guardado em um armário, a informação continuará
armazenada dentro do mesmo. A segurança de uma memória ROM é bastante grande, já
que ela não pode ser facilmente modificada. Existem casos de alguns tipos de ROM nem
poderem mesmo vir a ser modificados.

Uma das funções mais comuns desempenhadas pelas memórias ROM num computador é o
armazenamento do BIOS/SETUP do mesmo computador. Além da placa-mãe, também
encontramos memórias ROMs na Placa de vídeo e em algumas placas de rede.

2.4.1 – Tipos de Memórias ROM

Os principais tipos de memória ROM são:

2.4.1.1 - ROM (propriamente dita)

Este tipo de ROM é feito em fábrica para desempenhar uma função predeterminada
e não pode ser programada ou modificada de nenhuma forma. Alguns dispositivos
como calculadoras e telefones móveis, também costumam utilizá-las. Poderíamos
compará-la ao CD-ROM comercial, aquele que compramos com um determinado
programa pré-gravado.

2.4.1.2 - PROM (Programmable ROM, ou ROM Programável)

Este tipo de ROM pode ser programada através de um equipamento especial usado
em laboratórios. Porém, uma vez programada, não pode ser modificada de nenhuma
forma. Muito útil para quem trabalha com hardware em laboratório e para quem

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precisa de segurança máxima. É como se fosse um disco de CD-R virgem. Estas


PROMs são usadas para armazenar permanentemente os programas.

A tecnologia de gravação das PROMs é conhecida como OTP (One-Time


Programmable - Programável uma Única Vez).

2.4.1.3 - EPROM (Erasable Programmable ROM ou ROM Programável e


Apagável)

É um tipo de chip de memória de computador que mantém os seus dados quando a


energia é desligada, em outras palavras, é não-volátil. Uma EPROM é programada
por um dispositivo electrónico que usa voltagens maiores do que as usados
normalmente em circuitos eléctricos. Uma vez programado, uma EPROM pode ser
apagada apenas por exposição a uma forte luz ultravioleta, Este processo pode durar
de 10 a 30 minutos.

Uma EPROM programada mantém seus dados por aproximadamente dez a vinte
anos e pode ser lida ilimitadas vezes. A janela para apagar deve ser mantida coberta
para evitar o apagar acidental pela luz do Sol. Antigos chips de BIOS de PC eram
frequentemente EPROMs, e a janela para apagar era frequentemente coberta com
um adesivo contendo o nome do produtor da BIOS.

Fig. – Memória EPROM

2.4.1.4 - EEPROM (Electrically-Erasable Programmable ROM ou ROM


Programável e Apagavel Electricamente)

É um chip de armazenamento não-volátil usado em computadores e outros


aparelhos. Ao contrário de uma EPROM que usa raios ultra violeta, uma EEPROM
pode ser programada e apagada várias vezes electricamente. Ela Pode ser lida um
número ilimitado de vezes, mas só pode ser apagada e programada um número
limitado de vezes, que variam entre as 100.000 e 1 milhão.

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2.4.1.5 - Memórias Flash

Memória Flash é uma memória de computador do tipo EEPROM que permite que
múltiplos endereços sejam apagados ou escritos numa só operação. Em termos
leigos, trata-se de um chip re-escrevível que, ao contrário de uma RAM, preserva o
seu conteúdo sem a necessidade de fonte de alimentação.

Diferentemente da memória RAM e também das SRAM, a memória Flash permite


armazenar dados por longos períodos, sem precisar de alimentação eléctrica. Graças
a isso, a memória Flash se tornou rapidamente a tecnologia dominante em
pendrives, iPods, cartões de memória de câmeras, telemóveis, palmtops e assim por
diante.

2.5 – Hierarquia de Memórias do Sistema


Para o correcto e eficaz funcionamento da manipulação das informações (instruções de um
programa e dados) de e para a memória de um computador, verifica-se a necessidade de se
ter, em um mesmo computador, diferentes tipos de memória. Para certas actividades, é
fundamental que a transferência de informações seja a mais rápida possível, como é o caso
das actividades realizadas internamente no processador central, onde a velocidade é
primordial, porém a quantidade de bits a ser manipulada é muito pequena (em geral,
corresponde à quantidade de bits necessária para representar um único valor - um único
dado).

Existe também aquele tipo de memória em que a capacidade da memória é mais importante
que a sua velocidade de transferência.

Devido a essa grande variedade de tipos de memória, não é possível implementar um


sistema de computação com uma única memória. Na realidade, há muitas memórias no
computador, as quais se interligam de forma bem estruturada, constituindo um sistema em
si. Esse sistema é projectado de modo que seus componentes sejam organizados
hierarquicamente, conforme mostrado na estrutura em forma de pirâmide da figura abaixo.

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Fig. – Hierarquia de memórias de um computador

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DISCO DURO
Também conhecido como winchester ou HD (Hard Disk), trata-se de um aparelho
responsável por armazenar informações permanentemente nos computadores. Todas as
informações que se tem no computador, como documentos, arquivos em MP3, programas e
o próprio sistema operativo, só estão no computador porque estão armazenados em um HD.

Apesar de não parecer à primeira vista, o HD é um dos componentes que compõe um PC


que envolve mais tecnologia. A capacidade do disco duro é medida em Gigabytes, e
determina a quantidade de arquivos e programas que será possível armazenar. O disco duro
também exerce uma grande influência sobre a performance global do computador, já que
determina o tempo de carregamento dos programas e de abertura e salvamento de arquivos.
O disco duro é acomodado no gabinete e ligado à placa mãe através de um cabo.

Fig. – Disco duro aberto

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3.1 - Geometria de um Disco Duro

Conforme a figura abaixo os disco duros têm as seguintes características:

 Os discos são divididos em círculos concêntricos chamados trilhas.


 As trilhas, por sua vez, são divididas em áreas radiais, chamadas sectores.
 Cilindros são conjuntos de trilhas do mesmo nível.
 Os sectores são agrupados no que se chama de clusters, que também são numerados
e cujo tamanho varia em função do tamanho do disco. Cada sector tem um tamanho
fixo de 512 bytes.
 Uma tabela chamada FAT (File Allocation Table ou Tabela de Alocação de
Ficheiros) contida no próprio disco indica quais clusters estão disponíveis ou
ocupados e quais os arquivos estão ocupando.
 Cabeça de leitura /escrita é usada para ler e gravar informações em discos.

Fig. – Geometria de um disco duro

3.2 – Funcionamento Básico de um Disco Duro

O funcionamento do disco duro está muito ligado a memória RAM pois, quando se
pretende gravar um arquivo no disco (inicialmente o mesmo se localiza na memória RAM),
solicita-se ao processador (através do teclado ou mouse) a gravação do arquivo. O
processador por sua vez envia uma mensagem ao sistema operativo para gravar o arquivo.
O sistema operativo consulta a FAT (File Allocation Table – Tabela de Alocação de
Ficheiros) do disco, localiza alguns sectores que estejam disponíveis e grava neles o
arquivo. Depois da gravação do arquivo, o sistema operativo altera a FAT para indicar que
aqueles sectores já não estão mais disponíveis.

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Para voltar a trabalhar novamente com o arquivo gravado ou para imprimi-lo, solicita-se ao
processador a abertura do arquivo, e este por sua vez solicíta ao sistema operativo. O
sistema operativo consulta a FAT do disco duro, que localiza os clusters correspondentes ao
arquivo e direcciona a cabeça de leitura/escrita para que leiam os bytes contidos nos
sectores daqueles clusters. Os dados do arquivo são transferidos para a memória RAM,
onde se pode ler o arquivo, apagar, alterá-lo ou imprimi-lo.

3.3 – Conectores de um Disco Duro

Os Discos duros possuem basicamente dois conectores, um de alimentação e outro para


troca de dados com o computador. Este segundo conector é mais conhecido como
“interface”. A interface mais comum para usuários finais é chamada de ATA (Advanced
Technology Attachment), enquanto que a interface SATA (Serial ATA) foi criada para
substituir a ATA e começa a se tornar popular no mercado. Após o lançamento da SATA, a
interface seguinte foi chamada de PATA (Parallel ATA). Uma outra interface famosa é a
SCSI (Small Computer Systems Interface), mas ela é voltada para o mercado de servidores
de rede e raramente utilizada em computadores para usuários finais.

Fig. – Conectores de disco duro com interface ATA

Fig. – Conectores de disco duro com interface SATA

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3.4 – Configuração dos Jumpers de um Disco Duro

Jumper – pequeno cabo ou ficha que pode ser ligado entre pontos divergentes de um
circuito eletrônico, de modo a alterar um determinado aspecto de uma configuração do
hardware.

O jumper mestre/escravo (master/slave) em discos duro ATA pode ser configurado de três
maneiras:

 Mestre: Significa que este é o único disco duro que estará ligado ao cabo ou será o
primeiro disco duro quando dois discos forem ligados ao cabo.
 Escravo: Significa que este é o segundo disco duro que estará ligado ao cabo.
 CS (Cable Select): Significa que, com a utilização de um cabo “especial”, chamado
CS, a configuração de quem será o mestre e o escravo será determinada pela
posição do disco duro no cabo e não pela configuração do jumper.

3.5 – Formatação de um Disco Duro

Formatação de Disco: É o processo que consiste em criar estruturas que permitam gravar
os dados de maneira organizada no disco, para que os mesmos dados, possam ser
encontrados mais tarde pelo sistema operativo.

Existem dois tipos de formatação:

3.5.1 - Formatação Física

A formatação física é feita apenas na fábrica ao final do processo de fabricação, e


consiste em dividir o disco virgem em trilhas, sectores e cilindros. Estas marcações
funcionam como as faixas de uma estrada, permitindo à cabeça de leitura saber em
que parte do disco está, e onde ela deve gravar dados. A formatação física é feita
apenas uma vez, e não pode ser desfeita ou refeita através de software.

3.5.2 - Formatação Lógica

Para que um disco duro formatado físicamente possa ser reconhecido e utilizado
pelo sistema operativo, é necessário uma nova formatação, chamada de formatação
lógica. Ao contrário da formatação física, a formatação lógica não altera a estrutura
física do disco rígido, e pode ser desfeita e refeita quantas vezes for preciso, através
do comando FORMATAR. O processo de formatação, é quase automático,
bastando executar o programa formatador que é fornecido junto com o sistema
operativo. Quando um disco é formatado, simplesmente é organizado na maneira do
sistema operativo, para receber dados. A esta organização da-se o nome de Sistema
de Arquivos.

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3.6 - Sistema de Arquivos

É um conjunto de estruturas lógicas e de rotinas que permitem ao sistema operativo


controlar o acesso ao disco duro. Diferentes sistemas operativos usam diferentes sistemas
de arquivos, a sitar:

3.6.1 - Sistema de Arquivos FAT16

Este é o sistema de arquivos utilizado pelo MS-DOS, incluindo o DOS 7.0, e pelo
Windows 95, sendo compatível também com o Windows 98 e o Windows NT. O
FAT16 adopta 16 bits para o endereçamento de dados, permitindo um máximo de
65526 clusters, que não podem ser maiores que 32 KB. Esta é justamente a maior
limitação da FAT 16: como só se pode ter 65 mil clusters com tamanho máximo de
32 KB cada, pode-se criar partições de no máximo 2 Gigabytes utilizando este
sistema de arquivos. Caso o disco duro seja maior, será necessário dividi-lo em duas
ou mais partições. O sistema operativo reconhece cada partição como um disco
distinto. Caso ter-se duas partições por exemplo, a primeira aparecerá como C:\ e a
segunda como D:\, exactamente como se tivéssemos dois discos duros instalados na
máquina.

Cluster: É a menor unidade de alocação de arquivos reconhecida pelo sistema


operativo, sendo que na FAT 16 pode-se ter apenas 65 mil clusters por partição.
Este limite existe devido a cada cluster ter um endereço único, através do qual é
possível localizar onde determinado arquivo está armazenado. Um arquivo grande é
gravado no disco fragmentado em vários clusters, mas um cluster não pode conter
mais de um arquivo.

Em um disco duro de 2 Gigabytes formatado com FAT16, cada cluster possui 32


KBytes. Por exemplo: Digamos que vamos gravar neste disco 10.000 arquivos de
texto, cada um com apenas 300 bytes. Como um cluster não pode conter mais do
que um arquivo, cada arquivo iria ocupar um cluster inteiro, ou seja, 32 KBytes. No
total, estes 10.000 arquivos de 300 Bytes cada, ocupariam ao invés de apenas 3
MegaBytes, um total de 320 MegaBytes no disco. Um enorme desperdício de
espaço. É possível usar clusters menores usando a FAT16, porém, em partições
pequenas:

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Justamente devido ao tamanho dos clusters, não é recomendável usar a FAT16 para
formatar partições com mais de 1 GB, caso contrário, com clusters de 32KB, o
desperdício de espaço em disco será abismal.

3.6.2 - Sistema de Arquivos VFAT

A FAT16 possui uma grave limitação quanto ao tamanho dos nomes de arquivos,
que não podem mais do que 11 caractéres (sendo 8 caractéres para o nome e 3 para
a extenção do arquivo), por exemplo “rascunho.doc”.

Esta limitação, constitui um grande inconveniente para arquivos com nomes


extensos, como por exemplo “Boletim da 8ª Reunião Anual de Directoria”. O
mesmo documento, teria de ser gravado em algum nome como “8reandir.doc”, o
que é de forma visível um nome pouco sugestívo para o documento.

Visando derrubar esta barreira e ao mesmo tempo continuar a usar a FAT16,


evitando os custos de desenvolvimento e os problemas de incompatibilidade que
seriam gerados pela adopção de um novo sistema de arquivos, a Microsoft optou
por fazer o upgrade, ou seja remendar, o FAT16 e criando desta feita o sistema de
arquivos VFAT. Com este novo sistema de arquivos, arquivos com nomes extensos
ou longos seriam gravados no directório raíz respeitando o formato 8.3(8 para
caractéres e 3 para extensão), sendo o nome verdadeiro armazenado em uma área
reservada.

Por exemplo, tendo dois arquivos de nome “Reunião Anual de 1998” e “Reunião
Anual de 1999”, seriam gravados no directório raíz “Reunia~1” e “Reunia~2”.Se o
disco fosse lido apartir do DOS, o sistema leria apenas este nome simplificado. Se o
disco fosse lido apartir do Windows 95, seria possível acessar as áreas ocultas do
sistema VFAT e ver o nomes completos dos arquivos.

3.6.3 - Sistema de Arquivos FAT12

Antes do sistema de arquivos FAT16, o primeiro sistema de arquivos utilizado em


computadores foi o antigo FAT12. Neste sistema de arquivo, são usados apenas 12
bits para formar o endereço de cada cluster, permitindo um total de 4096 clusters. O
tamanho máximo para cada cluster neste sistema era de 4KBytes, permitindo
partições de até 16MegaBytes.

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O sistema FAT12 é mais simples que o sistema FAT16, por isso, é utilizado pelo
Windows 95/98/NT/2000 para formatar disquetes de arranque, onde temos cluters
de 512 Bytes.

3.6.4 - Sistema de Arquivos FAT32

A FAT32 é uma evolução natural da antiga FAT16. Este sistema de arquivos utiliza
28 bits para o endereçamento de cada cluster (apesar do nome sugerir 32 bits),
permitindo clusters de apenas 4 KB, mesmo em partições maiores que 2 GB.
O tamanho máximo de uma partição com FAT32 é de 2048 Gigabytes (2
Terabytes), o que a torna adequada para os discos duros de grande capacidade que
actualmente são comuns.

Usando o sistema de arquivos FAT32, 10.000 arquivos de texto ocupariam apenas


40 MegaBytes, uma economia de espaço considerável. De facto, quando
convertemos uma partição em FAT16 para FAT32, é normal conseguirmos de 15 a
30% de diminuição do espaço ocupado no Disco. O problema, é que o outros
sistemas operacionais, incluindo o Linux, o OS/2 e o Windows 95 antigo, não são
capazes de acessar partições formatadas com FAT32; somente o Windows 95
OSR/2, o Windows 98 e o Windows 2000 o são capazes.

3.6.5 - Sistema de Arquivos NTFS

O NTFS é um sistema de arquivos de 32 bits usado pelo Windows NT. Nele, não se
usa clusters, sendo os sectores do disco duro endereçados directamente. A
vantagem é que cada unidade de alocação possui apenas 512 Bytes, sendo quase
nenhum o desperdício de espaço em disco. Somente o Windows NT e o Windows
2000 são capazes de entender este formato de arquivos, e a opção de formatar o
disco duro em NTFS é dada durante a instalação.

Apesar do Windows NT funcionar normalmente em partições formatadas com


FAT16, é mais recomendável o uso do NTFS, pois além de não se desperdiçar
espaço com os clusters, e ter-se suporte a discos maiores que 2 Gigabytes,
ele(NTFS) oferece também, vários recursos de gerenciamento de disco e de
segurança, inexistentes na FAT16 ou FAT32.

Por exemplo, é possível compactar isoladamente um determinado directório do


disco e existem várias cópias de segurança da FAT, tornando a possibilidade de
perda de dados quase zero. Também existe o recurso de “Hot fix”, onde sectores
danificados são marcados automaticamente, sem a necessidade do uso de utilitários
como o Scandisk.

3.6.6 - Sistema de Arquivos NTFS 5

Este é o sistema de arquivo utilizado pelo Windows 2000 ou W2K. Como o


Windows 2000 foi construído com base no Windows NT 4, nada mais natural do
que continuar a usar o mesmo sistema de arquivos, porém, com alguns

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aperfeiçoamentos como o Suporte ao Active Directory, que pode ser usado em redes
baseadas no Windows 2000 Server. Outro recurso enfatizado pela Microsoft é o
Encripting File System, que permite criptografar os dados gravados no disco
rígido, de modo que apenas o usuário possa acessá-los.

O Windows 2000 quando instalado, converte automaticamente unidades NTFS para


NTFS 5, também oferecendo a opção de converter unidades FAT16 ou FAT32, sem
perda de dados.
As unidades NTFS 5 podem ser acessadas pelo Windows NT, com exceção dos
diretórios criptografados. Alguns outros recursos nativos do NTFS 5 também não
funcionarão, mas os dados poderão ser acessados sem problemas.

3.6.7 - Sistema de Arquivos HPFS

O HPFS é o sistema de arquivo proprietário do sistema operativo OS/2. Neste


sistema de arquivos, o OS/2 apresenta um performance bem superior devido à
forma mais eficiente de organização.

É suportado pelo sistema operativo OS/2 e as versões mais recentes e são


permitidos nomes de arquivos com até 254 caractéres, incluindo espaços, partições
de até 512GigaBytes com clusters de 512Bytes.
Apesar de eficiente, o HPFS caiu do desuso junto com o sistema operativo OS/2,
não sendo inclusive suportado por outros sistemas operativos, a não ser versões
antigas Windows NT.

Super FAT: É um outro sistema de arquivos permitido pelo OS/2, mas que nunca
foi usado. Este sistema era semelhante à FAT16, mas com algumas poucas
melhorias.

3.6.7 - Sistema de Arquivos EXT2

O EXT2 é um sistema de arquivo utilizado apenas pelo sistema operatívo Linux,


que apresenta avançados recursos de segurança e suporte a partições de até 4
TeraBytes. Apenas os programas formatadores do Linux, como o Linux Fdisk e o
FIPS são capazes de criar partições em EXT2.

3.7 – Estruturas Lógicas

Estruturas Lógicas: Permitem ao sistema operativo gravar e localizar dados existentes


no disco duro com a maior facilidade e velocidade. Este nome porque não alteram a
estrutura física do disco duro e nem alteram a maneira como o controlador de disco o
utilizará. Apenas irá alterar a maneira como o sistema operativo visualizará e utilizará o
disco duro. Como todas estas estruturas são criadas a nível lógico, não existe nenhum
problema em reformatar um disco duro onde foi instalado o Win 98, por exemplo, para

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que se possa instalar o Linux, Win XP ou qualquer outro sistema operativo. Para isso
basta que se tenha o software formatador adequado.

3.7.1 - Sector de Boot

No sector de boot é registrado qual sistema operativo está instalado, com qual
sistema de arquivos o disco duro foi formatado e quais arquivos devem ser lidos
para inicializar o computador. Um sector é a menor divisão física do disco, e possui
sempre 512 bytes. Um cluster é a menor parte reconhecida pelo sistema operacional,
e pode ser formado por vários sectores.

Um único sector de 512 bytes pode parecer pouco, mas é suficiente para armazenar
o registro de boot devido ao seu pequeno tamanho. O sector de boot também é
conhecido como “trilha MBR”, “trilha 0”, etc.

3.7.2 - FAT (File Allocation Table)

A FAT (File Allocation Table – Tabela de Alocação de Ficheiros) é um sistema de


arquivos desenvolvido para o MS-DOS e usado em versões da Microsoft Windows.
A Tabela de Alocação de Ficheiros é um mapa de utilização do disco duro ou
disquete que graças a este, o sistema operativo é capaz de saber exactamente onde
um determinado ficheiro está armazenado.

A função da FAT é servir como um índice, que armazena informações sobre cada
cluster do disco. Através da FAT, o sistema operativo sabe se uma determinada área
do disco está ocupada ou livre, e pode localizar qualquer arquivo armazenado. Cada
vez que um novo arquivo é gravado ou apagado, o sistema operativo altera a FAT,
mantendo-a sempre actualizada. A FAT é tão importante, que além da tabela
principal, é armazenada também uma cópia de segurança, que é usada sempre que a
tabela principal é danificada de alguma maneira.

3.7.3 - Directório Raiz

O diretório raiz ocupa mais alguns sectores no disco, logo após os sectores
ocupados pela FAT. Cada arquivo ou diretório do disco rígido possui uma entrada
no diretório raiz, com o nome do arquivo, a extensão, a data quando foi criado ou
quando foi feita a última alteração, o tamanho em bytes e o número do cluster onde
o arquivo começa.

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Fazendo uma comparação de um disco duro com um livro, as páginas seriam os


clusters, a FAT serviria como as legendas e numeração das páginas, enquanto o
diretório raiz seria o índice, com o nome de cada capítulo e a página onde ele
começa.

Um arquivo pequeno pode ser armazenado em um único cluster, enquanto um


arquivo grande é fragmentado e armazenado em vários clusters. Neste caso, haverá
no final de cada cluster uma marcação indicando o próximo cluster ocupado pelo
arquivo. No último cluster ocupado, temos um código que marca o fim do arquivo.
Quando um arquivo é apagado, simplesmente é removido a sua entrada no diretório
raiz, fazendo com que os clusters ocupados por ele pareçam vagos para o sistema
operativo. Quando for preciso gravar novos dados, estes serão gravados por cima
dos anteriores.

3.7.4 - Desfragmentação

Quando um arquivo é apagado, os sectores ocupados por ele ficam livres. Ao gravar
um novo arquivo no disco duro, o sistema operativo irá começar a gravá-lo no
primeiro sector livre que encontrar pela frente e continuando a gravá-lo nos
próximos sectores que estiverem livres, mesmo que estejam muito distantes uns dos
outros. Este processo gera o chamado fragmentação de arquivos, que diminui muito
o acesso aos dados.

A Desfragmentação de disco duro é o processo exactamente contrário ao da


fragmentação e consiste em colocar os arquivos ocupando clusters sequenciais.
Desta forma os arquivos são lidos mais rapidamente, aumentando muito a
performance global do equipamento.

3.8 – Controladores de Disco Duro


Controlador de Disco: É o circuito que permite que o processador se comunique com o
disco duro, unidade de disquete ou outro tipo de accionador de disco. Todo o
funcionamento do disco duro, como a movimentação da cabeça de leitura/escrita, a
velocidade de rotação, a leitura e gravação dos dados, o envio e recebimento de dados
atravéz da porta IDE, etc é coordenado pelo controlador de disco.

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Os primeiros controladores de disco eram identificados por seus métodos de


armazenamento e codificação de dados. Eram implementados tipicamente através de uma
placa controladora separada.

Os controladores MFM eram o tipo mais comum em microcomputadores, usados tanto


para unidades de disquete quanto para discos rígidos.Os controladores RLL usavam
compressão de dados para aumentar a capacidade armazenamento em cerca de 50%.

Os controladores de disco modernos são integrados aos novos accionadores. Por exemplo,
unidades chamadas de “discos SCSI” têm controladores SCSI embutidos. No passado,
antes da maior parte das funcionalidades dos controladores SCSI serem implementadas
num único chip, controladores SCSI separados faziam a interface entre os discos e o
barramento SCSI.

Actualmente, os tipos mais comuns de controladores de disco para uso doméstico são:

 ATA (IDE);
 Serial ATA;

 SCSI;

 Fibre Channel ou Serial Attached SCSI.

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CAPÍTULO IV – PROCESSADORES E SUA


TECNOLOGIA
O Processador ou Unidade Central de Processamento - UCP (em inglês, Central Processing
Unity - CPU) é a responsável pelo processamento e execução dos programas armazenados
na Memória Principal. As funções da UCP são: executar as instruções e controlar as
operações no computador.

A execução de instruções é feita utilizando o ciclo busca-execução e regulado pelo clock


(Velocidade dos ciclos por segundo que regulam o funcionamento do processador.). A
sequência desse ciclo é:

 Buscar (cópia) instrução na memória principal;


 Descodificar a instrução;
 Executar a mesma instrução;
 Buscar a instrução seguinte;
 Descodificar a instrução seguinte;
 Executar a mesma instrução seguinte;
 E assim por diante (milhões de vezes por segundo).

Estas etapas compõem o que se denomina ciclo de instrução. Este ciclo repete-se
indefinidamente até que o sistema seja desligado, ou ocorra algum tipo de erro, ou seja
encontrada uma instrução de parada. As actividades realizadas pela CPU podem ser
divididas em duas grandes categorias funcionais:

 Função Processamento: Encarrega-se de realizar as actividades relacionadas com a


efectiva execução de uma operação, ou seja, processar. O dispositivo principal
desta área de actividades de um CPU é chamado de UAL - Unidade de Aritmética e
Lógica. Os demais componentes relacionados com a função processamento são os
registradores, que servem para armazenar dados a serem usados pela UAL. A
interligação entre estes componentes é efectuada pelo barramento interno da CPU.

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 Função Controle: Exercida pelos componentes da CPU que se encarregam das


actividades de Busca, Interpretação e Controle da execução das instruções, bem
como do controle da acção dos demais componentes do sistema de computação. A
área de controlo é projectada para entender:

1. O que fazer.
2. Como fazer.
3. Comandar quem vai fazer no momento adequado.

Os dispositivos básicos que devem fazer parte daquela área funcional são:
1. Unidade de Controlo.
2. Decodificador de Instruções.
3. Registrador de Instruções.
4. Contador de Instrução.
5. "Clock" e os registradores de endereço de memória e de dados da memória.

4.1 – Estrutura Básica da CPU

Fig. – Estrutura básica de um processador

4.1.1 - Barramentos de um Processador

 Barramento de Dados (Data Bus): Usado quando o processador envia


informações de dentro dele para fora (por exemplo, os dados para uma
impressora, quando se pede a impressão de um documento) e receber

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informações de fora para dentro (por exemplo, quando se digita algo no


teclado).
 Barramento de Endereços (Adress Bus): Usado quando o processador
trabalha com a memória principal do sistema. Através de um endereço de
memória, o processador localiza os dados que precisa e que estão
armazenados na mesma memória do computador.

 Barramento de Controle (Control Bus): Usado para o controlo das


unidades complementares do sistema, como por exemplo, a habilitação e
desabilitação das memórias para leitura ou escrita; a permissão para que
outros periféricos ou co-processador acessem os barramentos de dados e de
endereços e muito mais.

 Barramento Interno (Internal Bus): Interliga as unidades internas do


processador.

4.1.2 - Unidades do Processador

 ALU – Unidade de Aritmética e Lógica: É a unidade do processador


responsável pela execução de todas a operações matemáticas e lógicas. A
mesma unidade é uma junção de circuitos lógicos e componentes
electrónicos simples, que integrados realizam operações já mencionadas.

 UC – Unidade de Controlo: É a unidade mais complexa do processador.


Possui a lógica necessária para realizar as movimentações de dados e
instruções de dentro para fora do processador e vice-versa, através de sinais
de controlo que emite em instantes de tempos programados. Além disso,
cabe a esta unidade controlar também o funcionamento da ALU. A mesma
unidade recebe instruções das unidades de I/O, as converte em formato
compressível pela ALU e controla qual etapa do programa esta a ser
executada.

 Registros: Servem de memória auxiliar de ALU, isto é,


armazenam instantaneamente dados a serem usados pela ALU. Para que um
dado possa ser transferido pela ALU, é necessário que ele permaneça mesmo
que um breve instante armazenado em um registrador. Além disso, os
registradores também armazenam temporariamente os resultados das
operações de aritmética e lógica realizadas pela ALU, de modo que possa
ser usado mais tarde ou ser transferido imediatamente para alguma memória
cache ou memória principal do sistema.

1. RI – Registrador de Instrução: Armazena as instruções a serem


executadas e executadas pelo processador.

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2. CI – Contador de Instruções: Armazena o endereço de memória da


próxima instrução a ser executada pelo processador. Logo que a
instrução a ser executada seja encontrada, da memória para o
processador, o sistema providencia a modificação do conteúdo deste
registrador de maneira que o mesmo fique apto para armazenar o
endereço de memória da próxima instrução a ser executada na sequência.

3. DI – Descodificador de Instruções: Identifica as


operações a serem realizadas, operações relacionadas à instrução de
execução. Isto é, cada instrução age como se fosse uma ordem para que
o processador execute uma determinada operação. Uma vez que estas
instruções são numerosas, é necessário que cada uma delas possua uma
determinada identificação para um desempenho melhor do processador.

 Co-Processador Matemático ou FPU


(Floating Point Unit – Unidade de Ponto Flutuante): Todos os
processadores antigos, ou seja, processadores
 da família x86
(8086,80186,80286,80386,80486, …), usados em PC, eram basicamente
processadores de números inteiros e nunca de números fraccionários, reais
ou mesmo imaginários. Porém, muitos aplicativos, precisam utilizar
números fraccionários, assim como funções matemáticas complexas, como
Seno, Co-seno, Tangente, etc., para realizar suas tarefas. Este é o caso dos
programas de CAD (Computer Aid Design), jogos com gráficos
tridimensionais e de processamento de imagens em geral. É possível emular
via software estas funções matemáticas complexas, através da combinação
de várias instruções simples.

A função do Coprocessador Matemático é justamente auxiliar o processador


principal no cálculo destas funções complexas. Como o Coprocessador
possui instruções específicas para executar este tipo de cálculo, ele é em
média de 30 a 50 vezes mais rápido do que o Processador principal
executando o mesmo tipo de cálculo via emulação, sendo um componente
essencial actualmente.

Até ao processador 386, o Coprocessador era apenas um acessório que podia


ser comprado à parte e instalado no soquete apropriado da placa mãe, sendo
que cada modelo de processador possuía um modelo equivalente de
Coprocessador: O problema nesta estratégia é que como poucos usuários
equipavam seus micros com Coprocessadores matemáticos, a produção
destes chips era baixa, e consequentemente os preços eram altíssimos,
chegando ao ponto de em alguns casos o Coprocessador custar mais caro
que o processador principal. Com o aumento do número de aplicativos que
necessitavam do Coprocessador, sua incorporação ao processador principal a
partir dos 486 foi um p\asso natural. Com isso resolveu-se também o

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problema do custo de produção dos coprocessadores, baixando o custo do


conjunto.

4.2 – Classificação de Processadores

São várias formas de classificação dos processadores, das quais se destacam as seguintes:

 Família

A família diz respeito ao conjunto básico de instruções que o processador


compreende (ou aceita). Cada família de processadores tem um conjunto básico de
funcionamento e um conjunto básico de instruções que executa.

Cada especialização (cada processador dessa família) tem formas específicas de


realização das instruções, durações diferentes para a mesma operação, mais
instruções, etc.. No entanto, o conjunto básico é suportado por todos os elementos
da família.

As famílias de processadores mais conhecidas daquelas utilizadas em computadores


de uso pessoal são:

 Intel 80x86 (i8086, i80286, i80386, i80486, Pentium (i80586) )


 Motorola 680x0 (M68000, M68010, M68020, M68030, M68040, M68060)
 Motorola/IBM/Apple Power PC
 Digital Alpha

Por norma, cada uma destas famílias não é compatível com (leia-se “utilizável
como”) outra família, excepção feita à família Power PC que é compatível com a
família Intel x86, a troco de alguma falta de desempenho quando se trata de utilizar
o conjunto de instruções da família i80x86.

 Velocidade de Clock ou Relógio

A velocidade dum processador mede-se em função da velocidade do seu relógio,


que se mede em frequência (Hertz (Hz) ou Giga Hertz (GHz)). A frequência
corresponde ao número de ciclos por segundo. Na figura seguinte representa-se duas
frequências. Na figura a), o ciclo repete-se 3 vezes em cada segundo, daí tratar-se
duma frequência de 3 Hz. Na figura b), o ciclo repete-se 7 vezes em cada segundo,
daí tratar-se duma frequência de 7 Hz.

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Fig. – Representação de duas frequências diferentes

A frequência interna do relógio do processador varia de processador para


processador, sendo comuns velocidades entre 1 GHz ou mais.

Instruções por ciclo

É o número de instruções executadas pelo processador em um ciclo. Por vezes,


erradamente, esta medida é confundida com o número de instruções que o
processador realiza por segundo. Na realidade, cada instrução é realizada num
número específico de ciclos, o que torna impossível definir com exactidão o número
de instruções realizadas num segundo. Existem instruções que são realizadas num
único ciclo de relógio (no limite é o que se deseja), enquanto outras demoram várias
dezenas. A figura seguinte representa esta situação.

Fig. – Instruções diferentes, diferentes durações

Multiplicação da velocidade do processador

É uma tecnologia que consiste em multiplicar por um factor a frequência


disponibilizada pela placa mãe. Com esta multiplicação, a placa mãe e os
dispositivos ligados à ela trabalham à uma velocidade menor do que a velocidade do
interno do processador. Dessa forma, só o processador vai trabalhar à sua frequência
nominal (100Mhz, 133Mhz, 166Mhz, 200Mhz, 450 mhz, etc.). Os demais
periféricos como memória RAM, Placa de vídeo, Disco duro, Cache L2 etc.
continuarão trabalhando na velocidade do barramento, ou bus, que será sempre
menor do que a do processador, proporcionalmente ao multiplicador. Por exemplo,
um Pentium 200 trabalha com velocidade de barramento de 66 Mhz, e multiplicador
de 3x, (66 x 3 = 200) Isso significa que o processador trabalha à 200 Mhz e se
comunica com os demais componentes do micro à 66 Mhz.

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Fig. – Multiplicação da Velocidade do Processador

 Numero de Bits

A classificação baseada no número de bits está relacionada com a capacidade de


manipulação do processador:

 Capacidade interna. Um processador diz-se de n bits em função da capacidade


dos seus registos. Por exemplo, a família Intel x86, varia entre 8 e 32 bits.
 Capacidade externa. Esta capacidade diz respeito à quantidade de informação
que é recebida pelo processador do exterior. Raramente é menor que a
capacidade interna, tradicionalmente é igual, mas as últimas implementações
duplicam a capacidade externa (2x a capacidade interna).

 CISC/RISC

CISC (Complex Instruction Set Computer ou Computador com um Conjunto


Complexo de Instruções): É um processador capaz de executar centenas de
instruções complexas diferentes sendo, assim, extremamente versátil. Exemplos de
processadores CISC são os 386 e os 486 da Intel.

Os processadores baseados na computação de conjunto de instruções complexas


contêm uma micro programação, ou seja, um conjunto de códigos de instruções que
são gravados no processador, permitindo-lhe receber as instruções dos programas e
executá-las, utilizando as instruções contidas na sua micro programação. Seria como
quebrar estas instruções, já em baixo nível, em diversas instruções mais próximas
do hardware (as instruções contidas no micro código do processador). Como
característica marcante esta arquitectura contém um conjunto grande de instruções,
a maioria deles em um elevado grau de complexidade.

Examinando do ponto de vista um pouco mais prático, a vantagem da arquitectura


CISC é que já temos muitas das instruções guardadas no próprio processador, o que
facilita o trabalho dos programadores de linguagem de máquina; disponibilizando,
assim, praticamente todas as instruções que serão usadas em seus programas. Os
processadores CISC têm a vantagem de reduzir o tamanho do código executável por

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já possuírem muito do código comum em vários programas, em forma de uma única


instrução.

Porém, do ponto de vista da performance, os CISC's têm algumas desvantagens em


relação aos RISC's, entre elas a impossibilidade de se alterar alguma instrução
composta para se melhorar a performance. O código equivalente às instruções
compostas do CISC pode ser escrito nos RISC's da forma desejada, usando um
conjunto de instruções simples, da maneira que mais se adequar. Sendo assim,
existe uma disputa entre tamanho do código X desempenho.

RISC (Reduced Instruction Set Computer ou Computador com um Conjunto


Reduzido de Instruções): É uma linha de arquitectura de processadores que
favorece um conjunto simples e pequeno de instruções que levam aproximadamente
a mesma quantidade de tempo para serem executadas. A maioria dos processadores
modernos são RISCs, por exemplo DEC Alpha, SPARC, MIPS, e PowerPC. O tipo
de processador mais largamente usado em desktops, o x86, é mais CISC do que
RISC, embora chips mais novos traduzam instruções x86 baseadas em arquitectura
CISC em formas baseadas em arquitectura RISC mais simples, utilizando prioridade
de execução.

Os processadores baseados na computação de conjunto de instruções reduzido não


tem micro programação, as instruções são executadas directamente pelo hardware.
Como característica, esta arquitectura, além de não ter micro código, tem o conjunto
de instruções reduzido, bem como baixo nível de complexidade.

A ideia foi inspirada pela descoberta de que muitas das características incluídas na
arquitectura tradicional de processadores para ganho de desempenho foram
ignoradas pelos programas que foram executados neles. Mas o desempenho do
processador em relação à memória que ele acessava era crescente. Isto resultou num
número de técnicas para optimização do processo dentro do processador, enquanto
ao mesmo tempo tentando reduzir o número total de acessos à memória.

Caracterização das arquitecturas RISC:

 Conjunto reduzido e simples de instruções;


 Formatos simples e regulares de instruções;
 Operandos sempre em registros;
 Modos simples de endereçamento à memória;
 Uma operação elementar por ciclo máquina;
 Uso de pipeline.

4.3 - Nomeclaturas em Processadores

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 Clock: Unidade de sincronização nos processadores, seja, velocidade de ciclos por


segundo (Hz=Hertz) que regulam o funcionamento do processador.

 Clock Interno: Indica a frequência na qual o processador trabalha e geralmente


obtido através de um multiplicador do clock externo. Por exemplo, se o clock
externo for de 66 MHz, o multiplicador terá de ser de 3x para fazer com o que
processador funcione a 200 MHz (66 x 3). Portanto, em um Pentium 4 de 2,8 GHz,
o "2,8 GHz" indica o clock interno.

 Clock externo ou FSB-Front Side Bus: Indica a frequência de trabalho do


barramento de comunicação com a placa-mãe, que um processador suporta.

 MIPS: Million Instructions Per Second, ou , Milhões de Instruções Por Segundo.

 Nº de bits de barramento: É o número de bits com que as instruções e dados


circulam no sistema, quer interno ou externamente ao processador. Como nos outros
casos, quanto maior for a largura do barramento, maior é informação transmitida,
logo maior é a performance.

4.4 - Metodologia de Linha de Montagem ou Pipeline

Durante o funcionamento do CPU, a realização de seus ciclos de instrução, embora os


mesmos sejam compostos de várias etapas, são realizados basicamente de forma
seqüencial, isto é, uma etapa se inicia após a conclusão da anterior. CPUs ou processadores
deste tipo de proceder, vêm sendo usadas desde as primeiras gerações de computadores, e
muitos aperfeiçoamentos tecnológicos foram introduzidos para reduzir o tempo de
processamento de uma instrução, entre os quais o aumento tecnológico do relógio e a
tecnologia de semicondutor, com seus sucessivos melhoramentos em fabricação e
miniaturização.
Uma outra metodologia, usada há muito tempo pelas fábricas de automóvel e por inúmeras
outras indústrias, consistia em dividir o processo de fabricação em estágios independentes,
que depois unidas uns aos outros, no tempo previsto. Esta metodologia denominou-se
Linha de Montagem ou Pipeline.
Em computação, a metodologia de construção dos CPU’s composta de estágios permitiu
que também nestes sistemas, se adotasse esta técnica. A característica principal do processo
de "pipelining" reside em duas premissas básicas:
1. Divisão do processo (ciclo de uma instrução no CPU) em estágios de realização
independentes, um do outro.
2. Início do processo execução imediatamente antes da conclusão processo anterior.

Fig.1 – Execução de instruções numa estructura Sequencial.

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Fig.2 – Execução de instruções numa estructura “Pipelined”.

4.5 – Evolução dos Processadores

Processador Pentium: Como o 486, basicamente o Pentium era um processador de 32 bits,


capaz de acessar até 4 Gigabytes de memória RAM. O Pentium porém, trazia várias
melhorias sobre o 486, que o tornavam quase duas vezes mais rápido que um 486 do
mesmo clock. Como destaque podemos citar o aumento do cache L1, que passou a ser de
16 KB (o dobro do encontrado no 486) e um coprocessador aritmético completamente
redesenhado, quase 5 vezes mais rápido do que o encontrado nos processadores 486,
tornando o Pentium ainda mais rápido em aplicativos que demandam um grande número de
cálculos.

Outro aperfeiçoamento do Pentium, e um dos principais motivos de seu maior desempenho,


foi a adopção de uma arquitectura SuperEscalar. Internamente o processador Pentium era
composto por dois processadores de 32 bits distintos (chamados de canaleta U e canaleta
V), sendo capaz de processar duas instruções por ciclo de clock (uma em cada
processador). Cada um destes processadores possuía acesso total à RAM e aos demais
componentes do computador. Foi incluída também, uma unidade de controle, com a função
de comandar o funcionamento dos dois processadores e dividir as tarefas entre eles.

Com isto, como o Pentium na verdade era um conjunto de dois processadores de 32 bits
trabalhando em paralelo, era possível acessar a memória usando palavras binárias de 64
bits, o dobro do 486, que a acessava a 32 bits. Este recurso permitia que fossem lidos 8
bytes por ciclo, ao invés de apenas 4, dobrando a velocidade de acesso e diminuindo
bastante o antigo problema de lentidão das memórias. Mas mesmo podendo acessar a
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memória a 64 bits e sendo composto internamente por dois processadores de 32 bits, o


Pentium continua sendo um processador de 32 bits. Estes novos recursos servem apenas
para melhorar o desempenho do processador.

Processador AMD 5x86: Este processador foi lançado pela AMD(Advanced Micro Device
– Principal e mais antigo concorrente da Intel) pouco depois do lançamento do Pentium.
Apesar do nome, o 5x86 da AMD era na verdade um processador 486 que trabalhava a 133
MHz, com a placa mãe funcionando a 33 MHz e usando multiplicador de 4x, servia apenas
como um upgrade de baixo custo.

Processador Cyrix Cx5x86: A Cyrix lançou um processador que mistura recursos do 486
e do Pentium, oferecendo um desempenho bastante superior a um 486 padrão. Como o
5x86 da AMD, Cx5x86 é totalmente compatível com as placas mãe para 486, bastando
configurar a placa com multiplicador de 3x e bus de 33 MHz para instalar a versão de 100
MHz e 3x 40 MHz para utilizar a versão de 120 MHz.

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Processador AMD K5: Na época do 386 e 486, a AMD era uma parceira da Intel. A Intel
fornecia os projectos de processadores e a AMD os produzia, vendendo-os com o seu
nome. Um 486 da AMD era idêntico a um 486 da Intel, mudando apenas o nome da
fabricante e em troca a AMD pagava royalties (uma espécie de tributo) à Intel. Porém, a
partir do Pentium a Intel desfez este acordo, restando à AMD desenvolver seus próprios
projectos de processadores. A primeira tentativa na carreira da fabricante AMD à solo foi o
AMD K5, um projecto superior ao Pentium em alguns quesitos. O problema do AMD K5
foi seu lançamento atrasado. Quando a AMD finalmente conseguiu lançar no mercado o K5
PR 133, a Intel já vendia o Pentium 200MHz, tornando a concorrência quase impossível.

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Processador Pentium MMX: O Pentium MMX foi lançado no ano de 97 e era mais
avançado e mais rápido que o Pentium antigo, por dois factores. O primeiro era o facto de
possuir mais cache L1 embutido no processador: o Pentium antigo possuía apenas 16 KB,
enquanto o MMX possuía o dobro, 32 KB. Em segundo lugar, o MMX foi o primeiro
processador a trazer as famosas instruções MMX, encontradas em todos os processadores
actuais, mas novidade na época. Apenas como curiosidade, o MMX era composto por
4.300.000 transístores de 0.35 mícron.

O conjunto MMX era composto por 57 novas instruções que visavam melhorar o
desempenho do processador em aplicações multimídia e processamento de imagens. Nestas
aplicações, algumas rotinas poderiam ser executadas em até 400% mais rápido com o uso
das instruções MMX. O ganho de performance porém não era automático: era necessário
que o software utilizado fizesse uso das novas instruções, caso contrário não haveria
nenhum ganho de performance.

Processador AMD K6: O Processador AMD K6 foi o primeiro processador da AMD a


conseguir conquistar uma fatia considerável do mercado. Em termos de arquitectura era um
projecto bastante interessante, um processador se sexta geração semelhante ao Pentium Pro
da Intel, mas equipado com 64 KB de cache L1 e utilizando o cache L2 da placa mãe. O
ponto fraco do K6 era o coprocessador aritmético, que possui uma arquitectura muito mais
simples do que os modelos utilizados pela Intel no Pentium MMX e no Pentium II, sendo
por isso bem mais lento. Apesar deste defeito não atrapalhar o desempenho do K6 em
aplicativos de escritório, faz com que seu desempenho em aplicativos gráficos, como
processamento de imagens ou vídeos ou em jogos com gráficos tridimensionais ficasse
bastante prejudicado. Nestes aplicativos, o K6 chegava a ser 20% mais lento que um
Pentium MMX do mesmo clock.

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Versões do AMD K6

Processador AMD K6-2: À exemplo da Intel, que incorporou as instruções MMX


às instruções x86 padrão, a AMD incorporou novas 27 instruções aos seus
processadores K6-2. Estas instruções eram chamadas de “3D-Now!” e tinham o
objectivo de agilizar o processamento de imagens tridimensionais, funcionando em
conjunto com uma placa aceleradora 3D. Como acontecia com o MMX, era
necessário que o software usado fizesse uso do 3D-Now.

Processador Pentium Pro: O processador Pentium Pro foi lançado bem antes do MMX e
do K6-2, sendo praticamente um contemporâneo do processador Pentium. Porém, a
arquitectura usada no Pentium Pro foi usada como base para o Pentium II e o Pentium III,
assim como para o processador Celeron. A partir do Pentium Pro os processadores Intel
passaram a incorporar um núcleo RISC, apesar de continuarem sendo compatíveis com os
programas antigos. Todos os processadores usados em computadores PC são compatíveis
com o mesmo conjunto de instruções, composto de 187 instruções diferentes, chamado de
conjunto x86. Ainda, o Pentium Pro foi o primeiro processador a trazer cache L2 integrado,
operando à mesma frequência do processador. O mesmo processador, foi produzido em
versões equipadas com 256, 512 ou 1024 KB de cache L2 e com clock de 166 ou 200 MHz.

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Processador Pentium II: A Intel desenvolveu o Pentium II usando como base o projecto
do Pentium Pro. Foram feitas algumas melhorias de um lado, e retirados alguns recursos
(como o suporte a 4 processadores) de outro lado, deixando o processador mais adequado
ao mercado doméstico. Além da cache L1, de 32 KB, o Pentium II trazia integrados ao
processador, nada menos que 512 KB de cache L2, o dobro da quantidade encontrada na
versão mais simples do Pentium Pro. No Pentium II porém, o cache L2 trabalha a apenas
metade do clock do processador. Em um Pentium II de 266 MHz por exemplo, o cache L2
trabalha a 133 MHz.

Factores que levaram a Utilização de CachesL2 lentas em Processadores Pentium


II

A Intel optou por usar estes tipos de caches mais lentas em processadores Pentium
II, para solucionar três problemas que atrapalhavam o desenvolvimento e a
popularização do Pentium Pro:

1. Alto grau de incidência de Defeitos no Cache. O cache Full-Speed do Pentium


Pro era muito difícil de se produzir, devido a tecnologia existente na época,
facto que gerava um índice de defeitos muito grande nestas caches. Para se
testar um determinado cache recém produzido, era necessário anexa-lo ao
respectivo processador, formado um conjunto (processador-cache). Se a cache
apresenta-se um algum defeito, o conjunto todo seria inutilizado e substituído
por um outro conjunto. Este facto resultou em altos custos de produção que
tornavam os processadores Pentium Pro ainda mais inacessíveis ao consumidor
final. Os caches mais lentos utilizados no Pentium II, eram de produção mais
fáceis resultando num custo baixo dos mesmos.
2. A dificuldade que a fabricante Intel encontrou para produzir memórias cache
mais rápidas na época do Pentium Pro, devido ao facto de na mesma época a
fabricante ainda não possuir tecnologia suficiente para produzir caches L2
rápidas.
3. O factor Custo. Usando memórias cache um pouco mais lentas nos
processadores Pentium II o custo de produção seria menos, tornando o
processador mais atraente ao uso doméstico.

Processador Pentium II Xeon: O Processador Pentium II Xeon usava basicamente a


mesma arquitectura do Pentium II, ficando a diferença por conta do cache L2, que no Xeon
funcionava na mesma velocidade do processador (como acontecia no Celeron e no Pentium
Pro).

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Este processador foi especialmente concebido para equipar servidores, substituindo o


Pentium Pro, pois como nestes ambientes o processamento é muito repetitivo, o cache mais
rápido e em maior quantidade faz uma grande diferença, não fazendo porém muito sentido
sua compra para uso doméstico devido ao seu alto preço. Outro recurso importante do Xeon
é a possibilidade de se usar até 4 processadores na mesma placa mãe, sem necessidade de
nenhum hardware adicional e até 8 caso a placa mãe possua um circuito especial chamado
cluster. Naturalmente, é preciso uma placa mãe especial para usar mais de um processador.

Processador Celeron: Depois do lançamento do Pentium II, no início de 98, a Intel


abandonou a fabricação do Pentium MMX, passando a vender apenas processadores
Pentium II que eram muito mais caros. Esta estratégia não deu muito certo, por ser mais
caro, o Pentium II perdeu boa parte do mercado de PCs de baixo custo para o K6-2 e o
Cyrix 6x86, que apesar de terem um desempenho ligeiramente inferior, eram bem mais
baratos. Para solucionar o problema, a Intel resolveu lançar uma versão de baixo custo do
Pentium II, baptizada de Celeron (que significa “velocidade” em Latin). O Celeron original,
nada mais era do que um Pentium II sem da memória Cache L2 integrado ao processador,
facto de causou um fraco desempenho a estes processadores e a sua desaceitação no
mercado.

Processador Pentium III: Vem suceder o processador Pentium II e também é de fabrico


Intel. o Pentium III é o processador com mais variações, isto é, Existem versões que
utilizam barramento de 100 MHz, versões que utilizam barramento de 133 MHz, versões
com 512 KB de cache half-speed (à metade da frequência do processador, como no

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Pentium II), com 256 KB de cache full-speed (na mesma frequência do processador, como
no Pentium Pro).

Instruções SSE

As instruções SEE são compostas por um conjunto de 70 novas instruções,


incorporadas aos processadores Pentium III e Celeron Coppermine da Intel, que
são capazes de melhorar o desempenho do processador, não só em jogos e
aplicativos gráficos, mas também em softwares de descompressão de vídeo,
reconhecimento de fala e aplicativos multimídia em geral. Para que haja ganho,
era necessário que o software fosse optimizado (adaptado) para o conjunto
alternativo de instruções. Basicamente, as instruções SSE diferem das instruções
3D-now! dos processadores AMD devido à forma como são executadas.

A vantagem, é que o Pentium III é capaz de processar simultaneamente


instruções normais e instruções SSE, o que resulta em um ganho ainda maior de
performance.

Processador AMD Athlon: Lançado pela fabricante AMD, também era chamado de K7. O
Athlon é um projecto completamente remodelado. Isto é, o mesmo processador é a
remodelação processador K6-2, seu antecessor, assim como os Pentiums II e III são as
remodelações do Pentium antigo. Do ponto de vista do desempenho, a principal vantagem
do Athlon sobre seu antecessor é o coprocessador aritmético, que foi bastante aperfeiçoado.
Isto é, enquanto o coprocessador aritmético do K6-2 é capaz de processar apenas uma
instrução por ciclo, o coprocessador do Athlon processa até 3 instruções. A vantagem do
Athlon em relação ao Pentium III, é o facto de ser mais barato que um Pentium III da
mesma frequência e estar disponível em clocks maiores.

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Versões do Athlon

A primeiras versões do Athlon vinham com 512 KB de cache externo, operando à 1/2, 2/5
ou 1/3 da frequência do processador, dependendo da versão. Estes processadores foram
produzidos apenas no formato slot A (em forma de cartucho), que apesar de incompatível, é
bem parecido com o Slot 1 usado pelos processadores Intel.

Depois de algum tempo, a AMD acabou por seguir os mesmos passos que a Intel, e
incorporando o cache L2 ao próprio núcleo do processador. Nasceu então o Athlon
Thunderbird que é a versão actual.

Processador AMD Athlon Thunderbird: O novo Athlon traz 256 KB de cache L2


integrados ao núcleo do processador, operando à mesma frequência deste, contra os
512 KB operando à 1/2, 2/5 ou 1/3 da frequência encontrados nos modelos antigos.
Apesar de vir em menor quantidade, o cache do Athlon Thunderbird oferece um
grande ganho de performance, pois opera à mesma frequência do processador. Num
Athlon Thunderbird de 900 MHz, o cache L2 também opera a 900 MH

Mas existe um pequeno problema, o novo Athlon utiliza um novo encaixe, chamado
de “Soquete A”, um formato parecido com o soquete 370 usado pelos processadores
Intel. Infelizmente, ao contrário do que se tinha nos processadores Intel, não existe

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nenhum adaptador que permita encaixar os novos Athlons, em formato soquete nas
placas mãe Slot A antigas.

Processador AMD Duron: Duron é o nome do processador compatível com x86 fabricado
pela AMD. Foi lançado no dia 19 de junho de 2000 como uma alternativa de baixo custo ao
próprio Athlon, assim como a rival Intel o fez com o processador Celeron.

O Duron utiliza a mesma arquitetura do Athlon Thunderbird, a nova versão do Athlon.


Porém, vem com muito menos cache. Enquanto o Athlon Thunderbird vem com 256 KB de
cache L2 full speed, o Duron vem com apenas 64 KB de cache L2, também full speed.
Entretanto, apesar da pouca quantidade de cache L2, o Duron traz um enorme cache L1 de
128 KB, totalizando 192 KB de cache, mais cache que o Celeron, que tem 32 KB de cache
L1 e 128 KB de cache L2, totalizando 160 KB de cache.

Tratando de cache, o Duron traz mais uma vantagem em relação ao Celeron. No Duron, o
cache L2 é exclusivo, isto significa que os dados depositados no cache L1 e no cache L2
serão diferentes. Nesta forma tem-se então realmente 192 KB de dados depositados em
ambos os caches. No Celeron, o cache é inclusivo, isto significa que os 32 KB do cache L1
serão sempre cópias de dados já armazenados no cache L2. Isto significa que na prática,
temos apenas 128 KB de dados armazenados em ambos os caches.

Processador IV: O Pentium IV é a sétima geração de processadores com arquitectura x86


fabricados pela Intel, é o primeiro CPU totalmente redesenhado desde o Pentium Pro de

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1995. Ao contrário do Pentium II, o Pentium III, e os vários Celerons, herdou muito pouco
do design do Pentium Pro, tendo sido criado do zero desde o início. Uma das características
da micro arquitectura “Netburst"” era seu pipeline longo, desenhado com a intenção de
permitir frequências elevadas. Também foi introduzido a instrução SSE2 com um
integrador SIMD(Single Instruction, Multiple Data,ou, fluxo único de instruções e múltiplo
de dados) mais rápido, e cálculo de pontos flutuantes em 64-bit.

Single Instruction, Multiple Data,ou, fluxo único de instruções e múltiplo de dados. Esse
tipo de máquina opera múltiplos conjuntos de dados aplicando uma mesma instrução
simultaneamente a todos eles.

A Intel batizou a nova arquitetura do Pentium 4 de “NetBurst”. Esta arquitetura é composta


por 4 componentes: Hyper Pipelined Technology, Rapid Execution Engine, Execution
Trace Cache e Bus de 400MHz.

 Hyper Pipelined Technology: Esta é a característica mais marcante do Pentium


4. O Pipeline é um recurso que divide o processador em vários estágios, que
trabalham simultaneamente, dividindo o trabalho de processar as instruções.
Apartir do processador 486, todos os processadores utilizam este recurso.
O Pentium III possui 10 estágios, o Athlon possui 11 estágios, enquanto o
Pentium 4 possui nada menos que 20 estágios, daí o nome “Hyper Pipelined”.

O uso de Pipeline permite que o processador possa processar várias instruções


ao mesmo tempo, sendo que cada estágio cuida de uma fração do
processamento. Quanto mais estágios, menor será o processamento executado
em cada um. No caso do Pentium 4 cada estágio do Pipeline processa apenas
metade do processado por um estágio do Pentium III, fazendo com que
teoricamente o resultado final seja o mesmo, já que em compensação existem o
dobro de estágios.

 Rapid Execution Engine: Todo processador actual é dividido em dois


componentes básicos, as unidades de execução de inteiros e as unidades de
ponto flutuante. A parte que processa as instruções envolvendo números inteiros
é responsável pela maior parte das instruções, e pelo desempenho do
processador nos aplicativos do dia a dia enquanto as unidades de ponto
flutuante, que compõe o que chamamos de coprocessador aritmético é
responsável pelo processamento das instruções envolvendo valores complexos,
usadas por jogos e aplicativos gráficos.

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A Rapid Execution Engine do Pentium IV consiste num reforço nas unidades


de inteiros do processador. O Pentium IV possui um total de 5 unidades de
processamento de inteiros, duas ALUs, que processam as instruções mais
simples, duas GLUs, encarregadas de ler e gravar dados e uma terceira ALU,
encarregada de decodificar e processar as instruções complexas, que embora em
menor quantidade, são as que tomam mais tempo do processador.

Este conjunto de 5 unidades de execução de inteiros é semelhando ao do


Pentium III, porém, como diferencial, no Pentium IV tanto as duas ALUs
encarregadas das instruções simples, quanto as duas GLUs encarregadas das
leituras e gravações são duas vezes mais potentes.

 Execution Trace Cache: O uso do cache L1 no Pentium 4 é no mínimo


inovador. Por exemplo, o Pentium III tem 32 KB de cache L1, dividido em 2
blocos de 16 KB cada, para instruções e dados. O Athlon tem 128 KB de cache
L1, também dividido em dois blocos. O Pentium IV por sua vez tem apenas 8
KB de cache para dados e só. Porém, ele traz duas inovações que compensam
esta aparente deficiência. A primeira é que graças ao tamanho reduzido, o
pequeno cache de dados tem um tempo de latência menor, ou seja é mais rápido
que o cache L1 encontrado no Pentium III e no Athlon. O cache de instruções
por sua vez foi substituído pelo Execution trace Cache, que ao invés de
armazenar instruções, armazena diretamente uOPs, que são as instruções já
decodificadas, prontas para serem processadas. Isto garante que o cache tenha
apenas um ciclo de latência, ou seja o processador não perde tempo algum ao
utilizar um dados armazenado no trace cache, ao contrário do que acontecia no
Pentium III, onde perdia-se pelo menos dois ciclos em cada leitura.

Apesar dos processadores para computadores PC continuarem a usar o conjunto


x86 de instruções, que é composto por 184 instruções, internamente eles são
capazes de processar apenas instruções simples de soma e atribuição. Existe
então um circuito decodificador, que converte as instruções complexas usadas
pelos programas nas instruções simples entendidas pelo processador. Uma
instrução complexa pode ser quebrada em várias instruções simples. No
Pentium IV, cada instrução simples é chamada de “uOP”. No Athlon cada
conjunto de duas instruções ganha o nome de “macro-ops”.

 Bus de 400 MHz: Visando concorrer com o bus EV6 do Athlon, que opera de
100 a 133 MHz, com duas transferências por ciclo, o que resulta na prática em
freqüências de respectivamente 200 e 266 MHz, o Pentium IV conta com um
bus operando a 100 MHz, mas com 4 transferências por ciclo, o que equivale a
um barramento de 400 MHz. Uma das funções de um barramento tambem é
controla a velocidade de comunicação entre o processador e o chipset. Um
barramento mais rápido, não significa um ganho automático de performance,
porém, um barramento insuficiente, causará perda de desempenho, fazendo com

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que o processador não consiga comunicar-se com os demais componentes à


velocidade máxima.

Instruções SSE2

As “Double Precision Streaming SIMD Extensions” do Pentium IV são 144 novas


instruções de ponto flutuante de dupla precisão. Elas tem basicamente a mesma função das
instruções SSE do Pentium III e do 3D-Now! Do Athlon: melhorar o desempenho do
processador em aplicativos de ponto flutuante. A diferença é que as instruções do Pentium
IV são muito mais poderosas que os conjuntos anteriores, o que garante que o Pentium IV
apresente um desempenho realmente muito bom nos aplicativos otimizados para as novas
instruções. A grande dúvida é que assim como nos conjuntos anteriores, é necessário que os
aplicativos sejam reescritos a fim de utilizar as novas instruções. E isso, claro, pode
demorar um bom tempo, dependendo de como for a vendagem do processador.

Core i3 - O Intel Core i3 é a linha de CPUs voltada aos menos exigentes. Por pertencer à
nova linha Core, o i3 traz dois núcleos de processamento, tecnologia Intel Hyper-Threading
(que possibilita a realização de mais tarefas), memória cache de 4 MB compartilhada (nível
L3), suporte para memória RAM DDR3 de até 1333 MHz e muito mais.

Os CPUs da linha Core i3 parecem fracos, contudo eles vieram para substituir a antiga linha
Core2Duo. Qualquer Core i3 vem equipado com um controlador de memória DDR interno
(o que já ocorre há muito tempo nos processadores da AMD), um controlador de vídeo
integrado — Intel HD Graphics que opera na frequência de 733 MHz — e o suporte para
utilização de duplo canal para memória RAM (o que significa que as memórias trabalham
aos pares).

Tecnologia Intel Hyper-Threading- Em uma época em que os processadores de


múltiplos núcleos estão dominando, a Intel decidiu criar modelos que pudessem
simular uma quantia ainda maior de núcleos. Se você for analisar que os CPUs da
linha Core i3 possuem apenas dois núcleos, pode imaginar que eles não durem
muito mais. Contudo, com a utilização da Intel Hyper-Threading, os processadores
i3 “ganham” dois núcleos a mais.

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Modelo Frequência Núcleos Memória Tecnologia Tipo de Vídeo Soquete


cache HT memória
2,93 GHz 2 4 MB (nível Sim (emula 4 DDR3 (até Sim LGA 1156
i3-530 L3) núcleos) 1333 MHz)
i3-540 3,06 GHz 2 4 MB (nível Sim (emula 4 DDR3 (até Sim LGA 1156
L3) núcleos) 1333 MHz)

Modelos disponíveis - A Intel optou por restringir a linha de processadores de baixo


desempenho, por isso criou somente dois para a linha Intel Core i3. Abaixo você confere as
diferenças entre eles e também visualiza uma lista com todas as tecnologias que ele dispõe
para aumentar o desempenho do seu PC.

Core i5 - Enquanto o i3 fica responsável por atender aos usuários menos exigentes, o Intel
Core i5 é encarregado de suprir as necessidades do mercado de porte intermediário, ou seja,
aqueles mais exigentes que realizam tarefas mais pesadas. Disponível em modelos de dois
ou quatro núcleos, os CPUs da linha i5 possuem até 8 MB de memória cache (nível L3)
compartilhada, também utilizam o soquete LGA1156, controlador de memória DDR
integrado, tecnologia Intel Hyper-Threading, tecnologia Turbo Boost e muito mais.

Model Frequênci Núcleo Tecnologi Memóri Tecnologia Víde Tipo de Turbo Soquet
o a s a a cache HT o memória Boost e

Sim
4 MB Sim (emula 4 DDR3 (até (Até LGA
i5-650 3,2 GHz 2 32 nm Sim
(nível L3) núcleos) 1333 MHz) 3,46 1156
GHz)

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Sim
4 MB Sim (emula 4 DDR3 (até (Até LGA
i5-660 3,33 GHz 2 32 nm Sim
(nível L3) núcleos) 1333 MHz) 3,6 1156
GHz)

Sim
4 MB Sim (emula 4 DDR3 (até (Até LGA
i5-661 3,33 GHz 2 32 nm Sim
(nível L3) núcleos) 1333 MHz) 3,6 1156
GHz)

Sim
4 MB Sim (emula 4 DDR3 (até (até LGA
i5-670 3,56 GHz 2 32 nm Sim
(nível L3) núcleos) 1333 MHz) 3,73 1156
GHz)

Sim
8 MB DDR3 (até (Até LGA
i5-750 2,66 GHz 4 45 nm Não Não
(nível L3) 1333 MHz) 3,2 1156
GHz)

Sim
8 MB DDR3 (até (Até LGA
i5-750s 2,40 GHz 4 45 nm Não Não
(nível L3) 1333 MHz) 3,2 1156
GHz)

Detalhes dos modelos atuais do Core i5 - Enquanto a linha i3 possui apenas dois
processadores para atender aos usuários, a série Core i5 conta com seis modelos diferentes.
Criamos uma tabela para você conferir as características técnicas de cada processador desta
série, confira:

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Core i7 - A última palavra em tecnologia de processamento é o i7. A linha de


processadores voltada ao público entusiasta e profissional traz muitos benefícios e
especificações de cair o queixo. Todos os CPUs da série Core i7 possuem quatro núcleos (o
i7-980X possui seis núcleos), memória cache L3 de 8 MB, controlador de memória
integrado, tecnologia Intel Turbo Boost, tecnologia Intel Hyper-Threading, tecnologia Intel
HD Boost e ainda o recurso Intel QPI.

Modelos da linha Intel Core i7 - Abaixo Temos tabela com as características técnicas de
todos os CPU da linha i7. Vale frisar que inserimos o novo i7-980X na tabela, pois, apesar
de ele possuir mais núcleos e ter certas diferenças, ainda pertence à mesma série.

Model Frequênci Núcleo Memória Tipo de Turbo Soquet


Tecnologia HT
o a s cache memória Boost e

Sim (emula 8 DDR3 (até 1333 Até 3,46 LGA


i7-860 2,8 GHz 4 8 MB (nível L3)
núcleos) MHz) GHz 1156

Sim (emula 8 DDR3 (até 1333 Até 3,46 LGA


i7-860s 2,53 GHz 4 8 MB (nível L3)
núcleos) MHz) GHz 1156

Sim (emula 8 DDR3 (até 1333 Até 3,6 LGA


i7-870 2,93 GHz 4 8 MB (nível L3)
núcleos) MHz) GHz 1156

Sim (emula 8 DDR3 (até 1066 Até 2,93 LGA


i7-920 2,66 GHz 4 8 MB (nível L3)
núcleos) MHz) GHz 1366

Sim (emula 8 DDR3 (até 1066 Até 3,2 LGA


i7-940 2,93 GHz 4 8 MB (nível L3)
núcleos) MHz) GHz 1366

Sim (emula 8 DDR3 (até 1066 Até 3,32 LGA


i7-950 3,06 GHz 4 8 MB (nível L3)
núcleos) MHz) GHz 1366

Sim (emula 8 DDR3 (até 1066 Até 3,46 LGA


i7-960 3,2 GHz 4 8 MB (nível L3)
núcleos) MHz) GHz 1366

Sim (emula 8 DDR3 (até 1066 Até 3,46 LGA


i7-965 3,2 GHz 4 8 MB (nível L3)
núcleos) MHz) GHz 1366

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Sim (emula 8 DDR3 (até 1066 Até 3,6 LGA


i7-975 3,33 GHz 4 8 MB (nível L3)
núcleos) MHz) GHz 1366

12 MB (nível Sim (emula 12 DDR3 (até 1066 Até 3,6 LGA


i7-980X 3,33 GHz 6
L3) núcleos) MHz) GHz 1366

core i7

CAPÍTULO V - PERIFÉRICOS
Periférico: É qualquer equipamento acessório que seja ligado ao processador, ou num
sentido mais amplo, o computador.

Cada periférico tem a sua função definida e executa ao enviar tarefas ao computador, de
acordo com essa função. Entre muitos periféricos existentes podemos citar:
 Teclado: Envia ao computador informações digitadas pelo operador.
 Mouse: Permite o envio de informações pela pressão de botões.
 Impressoras: Recebe informação do computador e imprime essa informação
num papel.
 Placa de som: Recebe informações eléctricas vindas do processador e envia às
colunas
 Controladores de jogos (joystick), colunas, etc.

Existem três tipos de periféricos:

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 Periféricos de Entrada: Enviam informação para o computador (teclado,


mouse, scanner)
 Periféricos de Saída: Transmitem informação do computador para o utilizador
(monitor, impressora, colunas de som).

 Periféricos Mistos: São periféricos de mão dupla, ora a informação entra no


computador, ora sai (Disquete, Disco duro, Modem, Placa de rede, e as
Memórias RAM e CACHE e outros).

Muitos destes periféricos dependem de uma placa específica: no caso das colunas, a placa
de som. Outros recursos são adicionados ao computador através de placas próprias: é o caso
da internet, com placas de rede ou modem; TV através de uma placa de captura de vídeo,
etc.

5.1 – PERIFÉRICOS DE ENTRADA

Os periféricos de entrada são:

5.1.1 - Teclado

Serve para permitir entrada de dados ao computador através da digitação dos


mesmos. O teclado é dividido em 3 partes:
1. Teclado Alfanumérico: Semelhante ao de uma máquina de escrever.
2. Teclado Numérico: Semelhante à uma calculadora.
3. Teclado de Controle: Formado por um grupo de teclas, que isoladamente ou em
conjunto com outras teclas, executam comandos ou funções específicas, como
as teclas <Shift>, <Ctrl>, <Alt>, entre outras...

Fig. – Teclado

5.1.2 - Mouse

Serve para apontar e selecionar qualquer das opções possíveis que aparecem na tela
ou monitor. Existem diversos tipos de mouse, mas o modelo mais comum tem o
formato de um rato, por isso o nome em inglês: "mouse". Como dispositivo
apontador, também encontrar:

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1. Trackball: São tipos mouse invertidos, ou seja, ao invés de se rolar o mouse


sobre uma mesa, simplesmente, gira-se a bolinha do mesmo periférico com a
mão movimentando o cursor na tela.

Fig. – Trackball

2. Track Point: É composto de um ponto no meio do teclado


(geralmente em notebooks).

Fig – Track point

3. Touch pad ou Mouse de Toque: Nestes periféricos ao


movimentarmos o dedo sobre uma pequena placa, movimenta-se o cursor na
tela.

Fig – Touch pad

4. Mouses em forma de caneta que tem o mesmo formato de


uma caneta (geralmente encontrado em palm tops).

5.1.3 - Scanner

É um periférico de leitura óptica que permite converter imagens, fotos, ilustrações e

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textos em papel, num formato digital que pode ser manipulado em computador. O
scanner pode ser de dois tipos:

1. Scanner de Mão: Parecido com um mouse


grande. Nestes periféricos deve-se passar o mesmo por cima do
desenho/texto a ser transferido para o computador.

2. Scanner de Mesa: Parecidos com uma


fotocopiadora. Nestas periféricos deve-se colocar o papel e abaixar a tampa
para que o desenho/texto seja então transferido para o computador.

Fig. – Scanner de mesa

3. Scanner de Página: Fisicamente parecidos


com aparelhos de fax. Nestes periféricos o usuário coloca a imagem a ser
capturada de um lado e o dispositivo puxa a imagem, digitalizando e
enviando a imagem ao micro. Os mesmos são cada vez mais comuns no
mercado e são baratos e muito fáceis de serem instalados, além de terem
uma óptima resolução.

5.1.4 - Leitor Óptico

É um dispositivo que ao ler uma informação em código de barras, envia o


correspondente para o computador, como se tivesse sido introduzido por teclado.

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Fig. – Leitores ópticos de mão e fixo

5.1.5 - Microfone

Periférico totalmente opcional serve para entrada de som no computador. Através


deste periférico pode-se gravar sons, transmitir a nossa voz pela internet ou mesmo
ditar um texto para o computador, utilizando programas especificos de
reconhecimento de voz.

Fig. – Microfone

5.2 – PERIFÉRICOS DE SAÍDA

Os periféricos de saída são:

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5.2.1 - Monitor de Vídeo ou Monitor

É um periférico de saída do computador que serve de interface visual para o


usuário, na medida em que permite a visualização dos dados e sua interação com
eles. Os monitores são classificados de acordo com a tecnologia de amostragem de
vídeo utilizada na formação da imagem. Actualmente, essas tecnologias são duas:

5.2.1.1 - CRT(Catod Ray Tube ou Tubo de Raios Catódicos)

É o monitor tradicional, em que a tela é repetidamente atingida por um


feixe de electrons, que actuam no material fosforescente que a reveste,
assim formando as imagens.

Este tipo de monitor tem como principais vantagens:


1. Sua longa vida útil;
2. Baixo custo de fabricação;
3. Grande banda dinâmica de cores e contrastes;
4. Grande versatilidade (uma vez que pode funcionar em diversas
resoluções, sem que ocorram grandes distorções na imagem).

Fig. – Monitor CRT

As maiores desvantagens deste tipo de monitor são:

1. Suas dimensões (um monitor CRT de 20 polegadas pode ter até 50cm
de profundidade e pesar mais de 20kg);
2. O consumo elevado de energia;
3. Seu efeito de cintilação (flicker);
4. A possibilidade de emitir radiação que está fora do espectro luminoso
(raios x), danosa à saúde no caso de longos períodos de exposição.
Este último problema é mais frequentemente constatado em monitores
e televisores antigos e desregulados, já que actualmente a composição
do vidro que reveste a tela dos monitores detém a emissão dessas
radiações.

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5.2.1.2 - LCD(Liquid Cristal Display ou Display de Cristal Líquido)

É um tipo mais moderno de monitor. Nele, a tela é composta por cristais


que são polarizados para gerar as cores.

Têm como vantagens:

1. O baixo consumo de energia;


2. As dimensões reduzidas;
3. A não-emissão de radiações nocivas;
4. A capacidade de formar uma imagem praticamente perfeita, estável,
sem cintilação, que cansa menos a visão - desde que esteja operando na
resolução nativa; e
5. O facto de que o preto que ele cria emite um pouco de luz, o que
confere à imagem um aspecto acinzentado ou azulado, mais agradável
aos olhos em termos estéticos e também de brilho.

As maiores desvantagens são:

1. O maior custo de fabricação (o que, porém, tenderá a impactar cada


vez menos no custo final do produto, à medida em que o mesmo se for
popularizando);
2. O facto de que, ao trabalhar em uma resolução diferente daquela para a
qual foi projetado, o monitor LCD utiliza vários artifícios de
composição de imagem que acabam degradando a qualidade final da
mesma;
3. Um facto não-divulgado pelos fabricantes: se o cristal liquido da tela
do monitor for danificado e ficar exposto ao ar, pode emitir alguns
compostos tóxicos, tais como o óxido de zinco e o sulfeto de zinco.
Este será um problema quando alguns dos monitores fabricados hoje
em dia chegarem ao fim de sua vida útil (estimada em 20 anos).

Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda de monitores e


televisores LCD vem crescendo bastante.

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Fig. – Monitores LCD

5.2.2 - Impressoras

É um periférico que, quando conectado a um computador ou a uma rede de


computadores, tem a função de imprimir textos, gráficos ou qualquer outro
resultado de uma aplicação.

Herdando a tecnologia das máquinas-de-escrever, as impressoras sofreram drásticas


mutações ao longo dos tempos. Também com o evoluir da computação gráfica
(área da computação destinada à geração de imagens em geral — em forma de
representação de dados e informação, ou em forma de recriação do mundo real), as
impressoras foram-se especializando a cada uma das vertentes.

Assim, encontram-se impressoras optimizadas para desenho vectorial (desenho


baseia em vectores matemáticos) e para raster (descrição da cor de cada pixels), e
outras optimizadas para texto. A tecnologia de impressão foi incluída em vários
sistemas de comunicação, como o fax (tecnologia das telecomunicações usada para
a transferência remota de documentos através da rede telefónica).

5.2.2.1 - Classificação das Impressoras

As impressoras são tipicamente classificadas quanto à:

 Escala Cromática: em cores ou em preto-e-branco;


 Páginas por minuto: medida de velocidade;

 Tipo.

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5.2.2.2 - Tipos de Impressoras

5.2.2.2.1 - Impressoras de Impacto

Baseiam-se no princípio da decalcação, ou seja, ao colidir uma agulha ou


roda de caracteres contra uma fita de tinta dá-se a produção da impressão no
papel. As impressoras de impacto podem ser de dois tipos:

5.2.2.2.1.1 - Impressora de Margarida

São impressoras de texto de grande qualidade, preteridas em função das


impressoras matriciais que são mais abrangentes (texto e gráficos),
embora não consigam tanta qualidade. Eram muito utilizadas na década
de 1980, embora nunca tenham sido tão populares como as matriciais.

Este tipo de mecanismo era muito utilizado nas máquinas de escrever


tradicionais, onde uma esfera com vários caracteres (a margarida) girava
ate posicionar o carácter pretendido em frente de um pequeno martelo. O
martelo, ao atingir o carácter que se encontrava a sua frente, fazia-o
embater na fita impregnada em tinta e em seguida no papel. O número de
caracteres impressos reduziam-se ao número de caracteres existentes na
margarida.

5.2.2.2.1.2 - Impressoras Matriciais ou Impressora de Agulhas

É um tipo de impressora de impacto, cuja cabeça é composta por uma ou


mais linhas verticais de agulhas, que ao colidirem com uma fita
impregnada com tinta (semelhante a papel químico), imprimem um
ponto por agulha. Assim, o deslocamento horizontal da cabeça
impressora combinado com o accionamento de uma ou mais agulhas
produz caracteres configurados como uma matriz de pontos.

Fig. – Impressora matricial

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5.2.2.2.2 - Impressoras de Jacto de Tinta

Têm processo semelhante ao das matriciais, pois também possuem cabeça


de impressão que percorre toda a extensão da página, só que esta cabeça de
impressão possui pequenos orifícios, através dos quais a tinta é lançada
sobre o papel.

Fig. – Impressora de jacto de tinta

As impressoras jacto de tinta pode ser de 2 tipos:

5.2.2.2.2.1 - Bubble Jet, ou Jacto de Bolha

As quais possuem resistores que aquecem a tinta formando bolhas que se


expandem empurrando a tinta pelos orifícios (é o tipo mais utilizado
pelos fabricantes, como a Hewlett-Packard, Lexmark, Xerox e Cannon);

5.2.2.2.2.2 - Piezo-elétrica

Sistema utilizado pela Epson, emprega um cristal piezo-elétrico que


muda de forma com a electricidade. Assim, o cristal é entortado, gerando
pressão suficiente para expelir uma gotícula de tinta, muito pequena,
alcançando resoluções muito altas, com gradações de cores quase
imperceptíveis. Estas impressoras têm óptima resolução, mas tem a
desvantagem de entupir com facilidade os seus cartuchos caso não seja
usada diariamente.

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5.2.2.2.3 - Impressoras a Laser

São um tipo de impressoras que produzem resultados de grande qualidade


para quem quer desenho gráfico ou texto. Esta impressora utiliza o raio laser
para a impressão. Envia a informação para um tambor, através de raios laser

O modo de funcionamento é muito semelhante ao das fotocopiadoras. As


impressoras a laser podem imprimir em cores ou preto e branco.

O funcionamento das impressoras a laser baseia-se na criação de um tambor


fotossensível, que por meio de um feixe de raio laser cria uma imagem
electrostática de uma página completa, que será impressa. Em seguida, é
aplicada no tambor, citado acima, um pó ultra fino chamado de TONER, que
adere apenas às zonas sensibilizadas. Quando o tambor passa sobre a folha
de papel, o pó é transferido para sua superfície, formando as letras e imagens
da página, que passa por um aquecedor chamado de FUSOR, o qual queima
o Toner fixando-o na página.

Fig. – Impressora a Laser

As impressoras a laser são o topo de gama na área da impressão e seus


preços variam enormemente, dependendo do modelo. São o método de
impressão preferencial em tipografias e funcionam de modo semelhante ao
das fotocopiadoras.

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5.2.2.2.4 - Impressoras Térmicas ou Impressoras térmicas Directa

Produzem imagem impressa aquecendo selectivamente papel térmico (é um


papel impregnado com uma substância química que muda de cor quando
exposto ao calor), quando a cabeça de impressão térmica passa sobre o
papel. O revestimento torna-se escuro nos locais onde é aquecido,
produzindo uma imagem. Impressoras de transferência térmica bicolores são
capazes de imprimir em preto e numa cor adicional, aplicando calor em duas
temperaturas diferentes.

Fig. – Impressora térmica

Embora sejam mais rápidas, mais económicas e mais silenciosas do que


outros modelos de impressoras, as impressoras térmicas praticamente só são
utilizadas hoje em dia em aparelhos de fax e máquinas que imprimem notas
fiscais de estabelecimentos comerciais e extractos bancários. O grande
problema com este método de impressão é que o papel térmico utilizado
desbota com o tempo, obrigando o utilizador a fazer uma fotocópia do
mesmo.

5.2.2.2.5 - Impressoras de Fusão Térmica ou Dye Dublimation

Possuem uma qualidade profissional nas cópias efectuadas, mas o seu custo
é muito maior do que o das impressoras jacto de tinta. Nestas impressoras, a
tinta está num rolo de transferência, ou seja, um filme de plástico que
contém painéis consecutivos de corantes (dye), nas cores secundárias: ciano,
magenta, amarelo e preto. Este rolo passa junto à cabeça térmica que contém
milhares de elementos de aquecimento, que aquecem os corantes o
suficiente para que evaporem, e então eles se espalham pela superfície do
papel, que também deve ser um pape especial, próprio para absorver os
vapores dos corantes.

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5.2.2.2.6 - Plotter

É uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes dimensões,


com elevada qualidade e rigor, como por exemplo plantas arquitectónicas,
mapas cartográficos, projectos de engenharia e grafismo.

Fig. - Plotter

Primeiramente destinada a impressão de desenhos vectoriais, actualmente


encontram-se em avançado estado de evolução, permitindo impressão de
imagens em grande formato com qualidade fotográfica, chegando a 2400 dpi
(dots per inch ou ppp - pontos por polegada) de resolução.

Conhecidas como plotters de impressão, dão saída como as impressoras


desktop convencionais, utilizando programas específicos que aceitam
arquivos convencionais de imagem como TIF, JPG, DWG, EPS e outros.

Essas impressoras podem usar diversos suportes como papel comum,


fotográfico, Pelicula, Vegetal, auto-adesivos, lonas e tecidos especiais.

Uma outra variação é a plotter de recorte, na qual uma lâmina recorta


adesivos de acordo com o que foi desenhado previamente no computador,
através de um programa vectorial. O material assim produzido é utilizado
por exemplo na personalização de frotas de veículos e ambientes comerciais,
como vitrines, confecção de banners, luminosos, placas, faixas, entre outros.

5.2.3 - Speakers ou Colunas de Som

Servem para transmitir sons provenientes do computador, sejam músicas ou sons de


voz.

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5.3 – PERIFÉRICOS DE MISTOS OU ENTRADA&SAÍDA

Os periféricos mistos são:

5.3.1 - Disquete

É um disco removível de armazenamento fixo de dados. O termo equivalente em


inglês é floppy-disk, significando disco flexível.

As disquetes possuem a mesma estrutura de um disco rígido, tendo como diferenças


o facto das disquetes podem ser removíveis e o facto dos disquetes serem
compostos de um único disco magnético.

Fig. – Disquete

5.3.2 - Placa de Rede ou Adaptador de Rede, ou ainda, NIC

É um dispositivo de hardware responsável pela comunicação entre os computadores


em uma rede.

A placa de rede é o hardware que permite aos computadores conversarem entre sí


através da rede. Sua função é controlar todo o envio e recebimento de dados através
da rede. Cada arquitectura de rede exige um tipo específico de placa de rede; sendo
as arquitecturas mais comuns a rede em anel Token Ring e a tipo Ethernet.

Fig. – Placa de rede com conector BNC e Par trançado

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Manual de TREI – Técnicas de Reparação de Equipamento Infórmático 3
Coordenação de TREI Colégio Santa Ana ”

5.3.3 - Modem (Modulador - de (s)modulador)

É um dispositivo electrónico que modula um sinal digital em uma onda analógica,


pronta a ser transmitida pela linha telefónica, e que demodula o sinal analógico e o
reconverte para o formato digital original. Utilizado para conexão à Internet,
BBS(bulletin board system é um sistema informático, um software, que permite a
ligação ou conexão via telefone a um sistema através do seu computador e interagir
com ele, tal como hoje se faz com a internet), ou a outro computador.

O processo de conversão de sinais binários para analógicos é chamado de


modulação/conversão digital-analógico. Quando o sinal é recebido, um outro
modem reverte o processo (chamado demodulação). Ambos os modems devem
estar trabalhando de acordo com os mesmos padrões, que especificam, entre outras
coisas, a velocidade de transmissão (bps, baud, nível e algoritmo de compressão de
dados, protocolo, etc).

5.3.3.1 - Tipos de Modems

São os tipos:

5.3.3.1.1 - Modems para Acesso Discado

São modems que geralmente são instalados internamente no computador em


slots PCI ou ligados em uma porta serial.

5.3.3.1.2 - Modems de Banda Larga

São modem que podem ser USB, Wi-Fi ou Ethernet. Os modems ADSL
(Asymmetric Digital Subscriber Line) diferem dos modems para acesso
discado porque não precisam converter o sinal de digital para analógico e de
análogico para digital porque o sinal é transmitido sempre em digital.

Fig. – Modem ADSL

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Manual de TREI – Técnicas de Reparação de Equipamento Infórmático 4
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CAPÍTULO VI - SISTEMA OPERATIVO

Sistema Operativo: Pode ser visto como um programa de grande complexidade que é
responsável por todo o funcionamento de um computador, desde o software a todo
hardware instalado no computador. Todos os processos de um computador estão por de trás
de uma programação complexa que comanda todas a funções que um utilizador impõe à
máquina. Existem vários sistemas operativos; entre eles, os mais utilizados no dia a dia,
normalmente utilizados em computadores domésticos, são o:

 Windows;
 Linux;

 Mac OS X.

Fig. – Relação usuário – sistema operativo - hardware

Um computador com o sistema operativo instalado poderá não dar acesso a todo o seu
conteúdo dependendo do utilizador. Com um sistema operativo, podemos estabelecer
permissões a vários utilizadores que trabalham com este. Existem dois tipos de contas que
podem ser criadas num sistema operativo,

 Contas de Administrador: É uma conta que oferece todo o acesso à máquina, desde
a gestão de pastas, ficheiros e software de trabalho ou entretenimento ao controlo de
todo o seu Hardware instalado.

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Manual de TREI – Técnicas de Reparação de Equipamento Infórmático 5
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 Contas Limitadas: É uma conta que não tem permissões para aceder a algumas
pastas ou instalar software que seja instalado na raiz do sistema ou então que tenha
ligação com algum Hardware que altere o seu funcionamento normal ou
personalizado pelo Administrador. Para que este tipo de conta possa ter acesso a
outros conteúdos do disco ou de software, o administrador poderá personalizar a
conta oferecendo permissões a algumas funções do sistema como também poderá
retirar acessos a certas áreas do sistema.

6.1 – Funções de Sistema Operativo

Um sistema operacional possui as seguintes funções:

1. Gerenciamento de Processos: O sistema operativo multitarefa é preparado para dar


ao usuário a ilusão que o número de processos em execução simultânea no
computador é maior que o número de processadores instalados. Mas na verdade,
cada processo recebe uma fatia do tempo e a alternância entre vários processos é tão
rápida que o usuário pensa que sua execução é simultânea. São utilizados
algoritmos para determinar qual processo será executado em determinado momento
e por quanto tempo.
2. Gerenciamento de Memória: O sistema operativo tem acesso completo à memória
do sistema e deve permitir que os processos dos usuários tenham acesso seguro à
memória quando os requisitam.Vários sistemas operativos usam memória virtual,
que possui 3 funções básicas:

 Assegurar que cada processo tenha seu próprio espaço de


endereçamento, começando em zero, para evitar ou resolver o problema de
realocação;

 Prover proteção da memória para impedir que um processo utilize um endereço


de memória que não lhe pertença;
 Possibilitar que uma aplicação utilize mais memória do que a fisicamente
existente.
3. Sistemas de Arquivos: É a estrutura que permite o gerenciamento de arquivos –
criação, destruição, leitura, gravação, controle de acesso, etc.

4. Entrada e Saída de Dados.

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6.2 – Classificação dos Sistemas Operativos

Quanto a sua arquitectura, os sistemas operativos podem classificar-se em:

 Kernel Monolítico ou Monobloco


O kernel consiste em um único processo executando numa memória protegida
(espaço do kernel) executando as principais funções. Ex.: Windows, Linux,
FreeBSD.

Fig. - Diagrama de interação de um kernel monolítico ou monobloco.

 Microkernel ou Modelo Cliente-servidor


Caracteristicas de sistemas cujas funcionalidades do mesmo saíram do kernel e
foram para servidores, que se comunicam com um núcleo mínimo, usando o
mínimo possível o "espaço do sistema" (nesse local o programa tem acesso a
todas as instruções e a todo o hardware) e deixando o máximo de recursos
rodando no "espaço do usuário" (no espaço do usuário, o software sofre algumas
restrições, não podendo acessar alguns hardwares, nem tem acesso a todas as
instruções).. Ex.: GNU Hurd, Mach.

Fig. - Diagrama de interação de um micro-kernel.

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 Sistema em Camadas
As funções do kernel executam-se em camadas distintas, de acordo com seu
nível de privilégio. Ex.: Multics

 Monitor de Máquinas Virtuais


Fornece uma abstração do hardware para vários sistemas operativos. Ex.:
VM/370, VMware, Xen.

Quanto a capacidade de processamento, os sistemas operativos podem classificar-se em:

 Monotarefa
Permitem a realização de apenas uma tarefa de cada vez. Ex.: MS-DOS.

 Multitarefa
Além do próprio sistema operativo, vários processos de utilizador (tarefas) são
carregados para memória, sendo que um pode estar a ocupar o processador e
outros ficam enfileirados, aguardando a sua vez. O compartilhamento de tempo
no processador é distribuído de modo que o usuário tenha a impressão que
vários processos estão a ser executados simultaneamente. Ex: Windows, Linux,
FreeBSD e o Mac OS X.

 Multiprocessamento ou Multiprogramação
É a capacidade de um sistema operativo executar simultaneamente dois ou mais
processos. Pressupõe a existência de dois ou mais processadores. Difere da
multitarefa, pois esta simula a simultaneidade, utilizando-se de vários recursos,
sendo o principal o compartilhamento de tempo de uso do processador entre
vários processos.

6.3 – Microsoft Windows


É uma popular família de sistemas operativos criados pela Microsoft, empresa fundada por
Bill Gates e Paul Allen. O Windows é um produto comercial, com preços diferenciados
para cada uma de suas versões, embora haja uma enorme quantidade de cópias ilegais
instaladas, ele é o sistema operativo mais usado do mundo.

Apesar do sistema ser conhecido pelas suas falhas críticas na segurança e como plataforma
de vírus de computador e programas-espiões (spywares), o impacto deste sistema no
mundo actual é simplesmente incalculável devido ao enorme número de cópias instaladas.
Conhecimentos mínimos desse sistema, do seu funcionamento, da sua história e do seu
contexto são, na visão de muitos, indispensáveis, mesmo para os leigos em informática.

O windows (janelas) tem sua interface é baseada num padrão de janelas que exibem
informações e recebem respostas dos utilizadores através de um teclado ou de cliques do
mouse.

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6.3.1 – Lista de todas as Versões windows


 Windows (16 bits)
o Windows 1.x
o Windows 2.x
o Windows 3.x
 Windows (16 bits/32 bits)
o Windows 95
o Windows 98
o Windows 98 SE
o Windows ME
 Windows (32 bits)
o Windows NT
 Windows NT 3.1
 Windows NT 3.5
 Windows NT 4
 Windows 2000
 Windows Server 2003
 Windows (32/64 bits)
o Windows XP
 Windows Home Edition
 Windows Professional Edition
 Windows Tablet PC Edition
 Windows Media Center Edition
 Windows Embedded Edition
 Windows Starter Edition
 Windows 64-bit Edition
o Windows Vista
o Windows Server 2008, 2012
o Windows 7
 Windows CE
o Windows Mobile

 WinPE

 Windows 8

 Windows 10

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6.3.2 – Microsoft Windows XP ou Windows eXPerience

O Microsoft Windows XP (oficialmente, Windows 5.1) é um sistema operativo


produzido pela Microsoft para uso em todos os tipos de computadores, incluindo
computadores residenciais e de escritórios, notebooks e etc.

Fig. – Windows XP logo

O Windows XP une a facilidade de uso do Windows ME com a estabilidade do


Windows 2000, e é o primeiro sistema operativo para consumidores construído em
uma arquitectura e kernel totalmente novos.

O mesmo S.O tem melhor estabilidade e eficiência, comparado às outras versões do


Windows. Uma diferença significante foi a da interface gráfica ter mudado do
padrão cinza para um azul fosco. Esta é a primeira versão do Windows a usar um
programa de validação de produto para combater a pirataria de software na qual
foram barradas muitas actualizações a Windows não-originais. O Windows XP foi
muito criticado por usuários devido a sua enorme lista de vulnerabilidades de
segurança, as várias falhas do navegador Internet Explorer e do Windows Media
Player, mas também foi muito elogiado por ser um dos sistemas mais bonitos e
estáveis. Para se rodar as versões mais usadas do windows xp (Home e Professional
Edition), são requeridas o que se segue abaixo:

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6.3.3 – Microsoft Windows Vista

O Microsoft Windows Vista (oficialmente, Microsoft Windows 6.0) é uma das


versões mais recentes do sistema Windows, da Microsoft.

Fig. – Windows Vista logo

De acordo com a Microsoft, o Windows Vista tem centenas de novas funções,


como:

 Nova interface gráfica do usuário;


 Funções de busca aprimoradas;

 Novas ferramentas de criação multimídia como o Windows DVD Maker;

 Completamente renovadas aplicações para redes de comunicação, áudio,


impressão e subsistema de exibição.

O Windows Vista também tem como alvo aumentar o nível de comunicação entre
máquinas em uma rede doméstica usando a tecnologia peer-to-peer, facilitando o
compartilhamento de arquivos e mídia digital entre computadores e dispositivos.
Para os desenvolvedores, o Vista introduz a versão 3.0 do Microsoft .NET
Framework, o qual tem como alvo tornar significantemente mais fácil para

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desenvolvedores escrever aplicativos de alta qualidade do que com a tradicional


Windows API.

Quanto aos requisitos para se rodar o windows vista, de acordo com a Microsoft,
computadores que podem executar Windows Vista eram classificados com “Vista
Capable” e “Vista Premium Ready”.

Um Vista Capable ou PC equivalente precisa ter no mínimo um processador de 800


MHz, 512 MB de RAM e uma placa gráfica de classe DirectX 9, e não será capaz
de suportar os gráficos “high end” do Vista, incluindo a interface do usuário Aero.

Um computador Vista Premium Ready terá vantagem da função “high end” do


Vista mas precisará no mínimo um processador de 1 GHz, 1 GB de memória RAM,
e uma placa gráfica Aero-compatível com no mínimo 128 de memória gráfica e
suportando o novo Windows Display Driver Model.

A companhia também oferece uma beta do Windows Vista Upgrade Advisor


através do seu site Web para determinar a capacidade de um PC para executar o
Vista em seus vários modos. O utilitário é somente executável no Windows XP.
Mas percebe-se que a maioria dos PC's actuais atendem as necessidades do novo
Windows. Actualmente, chama-se Designed For Windows Vista (Versão).

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