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As bruxas lavadeiras são personagens que aparecem na mitologia e


nas lendas de muitos lugares de Portugal, Espanha, França e Ilhas
Britânicas. As bruxas lavadeiras andavam vestidas de branco e com um
pano na cabeça e corriam as aldeias com luzes na mão e também
andavam à noite pelos telhados e tomavam a forma de patos ou gansos
com o objetivo de fazerem barulho pois elas tinham o gosto pela
perturbação e provocação.
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Aparecem nas noites de lua cheia nas margens dos rios, lagos ou de
qualquer curso de água onde se consiga ouvir o som delas a bater
intensamente a roupa nas pedras ou a lavar lençóis manchados com
sangue, os quais nunca conseguem limpar. Quando alguém se
deparava com alguma, significava que num futuro próximo a morte
visitaria a zona. Segundo a lenda, podia-se ouvia-las ao longe a bater
incessantemente a roupa molhada contra as pedras do rio ou com pás
de madeira. A missão das bruxas lavadeiras era serem mensageiras da
morte.
A sua presença em terra junto ao rio significava que estavam a livrarem-
se de algum pecado e as tradições populares acusavam-nas de ter
matado os respetivos filhos, de os terem deixado morrer sem terem sido
batizados ou simplesmente de terem coberto os maridos mortos com
um lençol sujo. A lenda diz que as bruxas lavadeiras costumavam pedir
a quem se aproximava do rio que as ajudasse a torcer as peças de
roupa para as escorrer. Caso o solicitado se negasse, fosse por medo
ou qualquer outra razão, ou então não girasse a roupa no sentido certo,
cairia sobre ele uma maldição que o podia conduzir à morte em pouco
tempo. As pessoas que estudam estes temas acreditam que as lendas
associadas às bruxas lavadeiras tinham duas funções: a primeira era
impedir que as mulheres continuassem a lavar roupa para além do
entardecer e a segunda conseguir que os aldeões não saíssem à noite
e ficassem em casa. As duas explicações contavam com o apoio social
e religioso, pelo que nunca houve grandes motivos para lutar contra
esta lenda inquietante.

As bruxas lavadeiras aparecem no livro de contos intitulado “Serões da


província” do autor Júlio Dinis no capítulo 7.

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