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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

1
ISBN nº 978-65-00-28702-8

Ribeirão das Neves


2021

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CURSO DE INTRODUÇÃO ÀS
METODOLOGIAS ATIVAS

TEMA - “ESCOLA DOS SONHOS”

Descrição da atividade:

Aplicar metodologias e técnicas para desenvolver a aprendizagem ativa, significativa e


criativa.

Objetivos:

Espera-se que após os três encontros os participantes saibam:

● Determinar um significado para o termo “centrado no estudante”, “Aprendizagem

Criativa”, “Aprendizagem Significativa” e os tipos de atividades associadas à essa


abordagem de ensino e aprendizagem;

● Aplicar uma variedade de técnicas e atividades de aprendizado ativo planejadas

para envolver a equipe técnica da SMED/RN; (Design Thinking, Diagrama SQA,


Rubrica, Cartão de saída, autoavaliação…)

● Distinguir as características e os benefícios dos resultados baseados em

desempenho e das abordagens utilizadas para instigar, envolver e avaliar os


resultados dos alunos.

Público-alvo: Técnicos da Secretaria Municipal de Educação e Dirigentes Escolares

Áreas do conhecimento: Aprendizagem e Ensino

Carga horária total: 15 horas

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SUMÁRIO
“O QUE DAMOS ATENÇÃO, CRESCE...”....................................................................................................... 5
METODOLOGIAS ATIVAS...............................................................................................................................6
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA...................................................................................................................8
APRENDIZAGEM CENTRADA NO ALUNO......................................................................................................8
APRENDIZAGEM POR INVESTIGAÇÃO.........................................................................................................13
DESIGN THINKING (PENSAMENTO CRIATIVO)...........................................................................................15
KIT DE ESTRATÉGIAS...................................................................................................................................17
APRENDIZAGEM CRIATIVA......................................................................................................................... 21
OS 4 PS........................................................................................................................................................22
ESPIRAL DA APRENDIZAGEM CRIATIVA......................................................................................................22
KIT DE ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO..........................................................................................................26
“TODOS PELA EDUCAÇÃO”......................................................................................................................... 31
POR UMA ESCOLA À ALTURA DO SEU TEMPO....................................................................................32
EDUCAÇÃO INCLUSIVA...............................................................................................................................34
PROCESSO AVALIATIVO..............................................................................................................................38
TAXONOMIA DE BLOOM............................................................................................................................40
KIT DE ESTRATÉGIAS...................................................................................................................................42
Referências.................................................................................................................................................... 45

4
1 “O QUE DAMOS ATENÇÃO,
CRESCE...”
“O QUE DAMOS ATENÇÃO, CRESCE ...”
Tudo o que focamos tende a expandir, nessa perspectiva focaremos no estudante,
em investigação e na solução de problemas. No módulo 1, vamos introduzir as
metodologias ativas e refletir sobre a “Escola do futuro”, a escola que queremos construir.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Metodologias Ativas
2. Introdução: Abordagens centrada no aluno e Aprendizagem Ativa
3. Aprendizagem por investigação
4. Atividade em Grupo: Utilizando o 'Design Thinking'
5. Kit de Estratégias Centradas no Aluno

OBJETIVO:

Esperamos que você, ao final desta unidade, seja capaz de:

● Utilizar as metodologias e técnicas de ensino voltadas para uma educação


interativa, significativa e colaborativa;
● Possa ministrar aulas interativas que envolvam e estimulem os alunos ativamente e
que promovam o domínio sobre os resultados da aprendizagem;
● Selecionar abordagens centradas no aluno para se concentrar na aprendizagem,
criar e manter um ambiente acolhedor e seguro;

Criações esperadas: Que os participantes desenvolvam um planejamento, utilizando o


Design Thinking para prosseguir com a atividade prática do 2º encontro.

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Carga horária do módulo 1: 5h

METODOLOGIAS ATIVAS

Caminhos que colocam em foco a aprendizagem por descoberta, por


investigação ou resolução de problemas.

PRECURSORES

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A aprendizagem ativa é uma abordagem metodológica, que visa envolver
ativamente os estudantes por meio de discussões, resolução de problemas, estudos de
caso, dramatizações e outros métodos. As metodologias ativas representam o aumento
de responsabilidades sobre o aluno para a construção da aprendizagem. Já as
abordagens passivas, voltadas para o método tradicional, como aulas expositivas,
memorização, depositam a responsabilidade sobre o professor, de forma a transferir o
conhecimento.

Ressalta-se que a orientação e a instrução do professor são de suma importância


na sala de aula de aprendizagem ativa. As atividades de aprendizagem ativa podem
variar de acordo com os objetivos de cada professor, essas atividades podem ser curtas,
desenvolvidas em uma única aula, ou longas, desenvolvidas em uma sequência de aulas,
em pequenos ou grandes projetos. O tempo apropriado para executar uma atividade ativa
dependerá dos resultados que você deseja alcançar.

ANOTAÇÕES

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APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Aprendizagem significativa é o conceito central da teoria da aprendizagem de


David Ausubel que se baseia em conhecimento prévio como base para novas
aprendizagens. Ela ocorre quando o estudante encontra condições de acionar os
conhecimentos prévios, para estabelecer significado e contexto, dessa forma seu
aprendizado se torna pertinente e interessante. Para Moreira (2000) “é através da
aprendizagem significativa crítica que o aluno poderá fazer parte de sua cultura e, ao
mesmo tempo, não ser subjugado por ela, por seus ritos, mitos e ideologias” (p.07), essa
abordagem valoriza os conhecimentos prévios e possibilita a atribuição de significado
pessoal aos novos conteúdos, contextualização e aprofundamento do conhecimento.

APRENDIZAGEM CENTRADA NO ALUNO

Você se lembra da melhor aula que já teve? A aula em que você se sentiu mais
confiante? Em que você aprendeu mais? Provavelmente, essa foi uma aula na qual você
descobriu novos conhecimentos e se sentiu motivado para aprender, tanto pelo professor
quanto por um desejo intrínseco de saber mais.

A sala de aula centrada no estudante facilita o aprendizado, pois aumenta a


motivação, o esforço e mantém a turma engajada. Essa abordagem exige que o educador
8
perceba seus estudantes como seres individuais e únicos, respeitando o ritmo, tempo e
especificidades de cada educando. Trata-se de um processo construtivo, relevante e
significativo para o discente. Caminha junto com a “Aprendizagem significativa”, pois
associa a construção do conhecimento com as experiências e os conhecimentos prévios
dos alunos.

A abordagem centrada no aluno envolve mudanças nos papéis e


responsabilidades de alunos e educadores. Diferente do método tradicional, o estudante
requer individualização, interação e integração na sala de aula que o tem como centro.
Garantindo a autonomia, autenticidade e interação por meio da aprendizagem
colaborativa.

Aprendizagem centrada no professor X Aprendizagem centrada no aluno

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Sala de aula centrada no aluno

Características da Aprendizagem centrada no aluno:

Aprendizes

● São participantes ativos em sua própria aprendizagem;

● Tomam decisões sobre o que e como eles aprenderão;

● Desenvolvem novos conhecimentos e competências a partir de conhecimentos e


competências atuais;
● Entendem as expectativas e são incentivados a usar medidas de autoavaliação;

● Acompanham seu próprio aprendizado para desenvolver estratégias de


aprendizado;

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● Trabalham em colaboração com outros alunos;

● Produzem trabalhos que demonstram aprendizado autêntico.

Professores

● Reconhecem e acomodam diferentes modalidades de aprendizado;

● Proporcionam estrutura sem ser excessivamente dominadores;

● Ouvem e respeitam o ponto de vista de cada aluno;

● Incentivam e facilitam a tomada de decisões compartilhadas pelos aluno;.

● Ajudam os alunos a superar dificuldades, fazendo perguntas abertas para ajudá-los


a chegar a conclusões ou soluções satisfatórias para eles.
O Aprendizado nessa abordagem é uma busca ativa de sentido e significado por parte
do aluno em prol da construção de conhecimentos. O educando deixa de receber a
instrução pronta, como coadjuvante, e passa a ser protagonista do conhecimento por
meio das experiências.
Estratégias que podem ser aplicadas nessa abordagem:

● Administrar o tempo de maneiras flexíveis para atender às necessidades do aluno;

● Incluir atividades de aprendizagem que sejam pessoalmente relevantes para os


alunos;
● Dar aos alunos uma responsabilidade crescente pelo processo de aprendizagem;

● Proporcionar questões e tarefas que estimulem o raciocínio dos alunos para além
da memorização;
● Ajudar os alunos a aperfeiçoar sua compreensão aplicando sua habilidade de
raciocínio crítico;
● Apoiar os alunos no desenvolvimento e uso de estratégias de aprendizagem
eficazes para cada tarefa;
● Incluir aprendizagem e ensino em duplas e grupos.

Benefícios
O uso de metodologias ativas na sala de aula afeta os relacionamentos, o currículo, a
instrução, o agrupamento de alunos e a avaliação das seguintes maneiras:

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● O relacionamento entre o educador e os alunos se torna mais colaborativo;

● O currículo é mais temático, experiencial e inclui múltiplas perspectivas;

● A instrução permite uma ampla gama de preferências de aprendizado, é construída


a partir dos pontos fortes, interesses e experiências dos alunos, e é participativa;
● O agrupamento não é monitorado conforme as percepções da capacidade, mas
promove a cooperação, a responsabilidade compartilhada e o sentimento de
pertencer ao grupo;
● A avaliação considera as inteligências múltiplas, as avaliações autênticas e
promove a autorreflexão.
Desafios

● Abandonar o controle da sala de aula pode ser uma tarefa assustadora para um
professor. Nesse sentido, o ideal seria implementar essa abordagem de maneira
gradativa, visto que, a experiência e a prática continuada contribuirão para uma
mudança bem-sucedida.

ANOTAÇÕES

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REFLEXÃO

1. Na sua opinião, quais as principais características da aprendizagem centrada no


aluno?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2. Na sua opinião, quais são os benefícios ou recompensas profissionais que um
professor pode obter com a implementação das abordagens de aprendizagem
centrada no aluno?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

3. Na sua opinião, quais os principais benefícios que os alunos obtêm em uma sala
de aula centrada no aluno?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

4. Na sua opinião, além do desafio citado no texto, quais são os desafios que um
professor pode encontrar ao optar por uma sala de aula centrada no aluno?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

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APRENDIZAGEM POR INVESTIGAÇÃO

A aprendizagem por investigação denota-se uma importante metodologia para


desenvolver o pensamento científico dos educandos. Sasseron e Carvalho 1 (2008)
organiza a alfabetização científica por meio dos indicadores:

1. Tratamento de dados: seriação de informações; organização de informações;


classificação de informações;
2. Estruturação do pensamento: raciocínio lógico; raciocínio proporcional;
3. Procura do entendimento da situação analisada: levantamento de hipóteses;
teste de hipóteses; justificativa; previsão; explicação.

CURIOSIDADE
Método científico
Fazer ciência, consiste-se em gerar conhecimento que possa ser
reproduzido.
“Repetir, testar”
Elaborar
Levantar Fazer um
Observar um SIM uma
uma hipótese experimento “deu certo”
fenômeno teoria

“Divulgue os
resultados”
Resposta NÃO
“deu errado”
diferente da
Tente
hipótese
novamente

Proporcionar a Alfabetização Científica dos educandos, em conformidade com as

1
Fonte: Apud Santos, 2020, p. 76, Sasseron e Carvalho (2008, p.338 e 339)
14
competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), exige uma mudança nas
práticas expositivas, desde a infância. Urge a necessidade de formar cidadãos com
pensamentos críticos, capazes de saber questionar e buscar respostas para questões da
sociedade. Para Santos (2020), quando a situação de aprendizagem é apresentada de
forma problematizadora, o processo de elaboração de hipóteses se torna natural e uma
etapa essencial de vínculo entre o conhecimento já consolidado e o que será construído.

ANOTAÇÕES

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DESIGN THINKING (PENSAMENTO CRIATIVO)

Design Thinking é uma abordagem utilizada para a resolução de problemas de


forma prática e criativa. Ele pode se aplicar a qualquer domínio. É uma metodologia que
permite uma abordagem baseada em soluções de problemas. A aprendizagem por
investigação se concentra em encontrar soluções e pensar em algo construtivo para
efetivamente lidar com determinado problema. É o oposto do raciocínio baseado em
problemas, que tende a se fixar em obstáculos e limitações.

Fase 1: Demonstre Empatia

O primeiro estágio, do processo de Design Thinking, é obter uma compreensão empática


do problema que você está tentando resolver. Ocorre quando pequenos grupos se
envolvem em um diálogo aberto e demonstram empatia com seus colegas para obter uma
compreensão pessoal mais profunda das questões envolvidas. Nesta fase são levantados
quais são os problemas, desafios, barreiras e questões.

Fase 2: Forneça uma Definição

Durante esse estágio, organize as informações que foram formuladas e levantadas


durante a fase da empatia. É hora de filtrar qual dos problemas levantados serão
discutidos. Nesta fase será feita uma análise e síntese das observações para definir os

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principais problemas que o grupo identificou. É necessário tentar definir o problema com
um enunciado claro. Esse enunciado, geralmente, começa com "Como podemos...?"

Fase 3: Idealização

Durante o terceiro estágio no processo de Design Thinking, o grupo está se preparando


para começar a gerar ideias. É importante obter tantas ideias ou soluções de problemas
quanto possível no início da fase de idealização. É nesta fase de idealização que a
criatividade emerge. É importante lembrar que esse estágio é uma zona livre de
julgamentos. Capture o máximo de ideias possíveis. Faça um “Brainstorming” , uma
tempestade de ideias.

Fase 4: Protótipo

Neste tópico é hora de examinar todas as soluções possíveis e considerar as limitações e


falhas de cada uma delas. Com esse processo, o grupo reduz para uma, duas ou três
soluções potenciais. Por sua vez, o grupo analisa como cada solução pode ser
melhorada, implementada ou rejeitada. No final do processo, a equipe terá um protótipo
de solução para testar.

Fase 5: Teste e Feedback

No final do processo é essencial que se teste a solução e, com base nos resultados, a
refine, aprimore ou rejeite.

ANOTAÇÕES

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KIT DE ESTRATÉGIAS
Formulário Design Thinking

Você deve aplicar a estrutura do Design Thinking para desenvolver estratégias que visam
a aprimorar o processo de acompanhamento e avaliação do desenvolvimento e do
desempenho acadêmico do aluno. Considere os desafios e problemas com os quais você
tem de lidar atualmente. Identifique novas abordagens para facilitar ou aprimorar o
processo.

EMPATIA: Enunciado do Problema: Obter uma compreensão empática dos problemas que você está tentando
resolver.

DEFINIÇÃO: Organize as informações que você formulou. Você deve tentar definir o problema com um
enunciado claro. O enunciado de um problema geralmente começa com "Como podemos...?"

IDEALIZAÇÃO: Chuva de ideias para possíveis soluções ou minimização do problema. (Brainstorming)

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Protótipo: Examinar todas as soluções possíveis e considerar as limitações e falhas de cada uma delas. Você
reduz para uma, duas ou três soluções potenciais. No final do processo, você terá um protótipo de solução para
testar.

19
Teste e Feedback: No final do processo, você testa a solução e, com base nos resultados, a refina, aprimora ou
rejeita.

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RUBRICA DE AUTOAVALIAÇÃO

GRADUAÇÃO DE QUALIDADE

CRITÉRIOS Não estou ligando Tanto faz Esforcei bastante Arrasei!

Raramente dei ideias Às vezes dei ideias Geralmente dei boas Rotineiramente dei
úteis durante as úteis nas discussões ideias nas discussões boas ideias nas
discussões do grupo. do grupo. Atuei em grupo. Colaborei discussões em
Às vezes recusei satisfatoriamente como um membro grupo. Atuei como
participar. realizando o que foi forte do grupo. um líder e contribui
Contribuições pedido. muito para o grupo.

( )
( ) ( )
( )

Não tentei resolver Não sugeri ou Refinei e contribui Ativamente busquei


ou ajudar os outros refinei soluções, para melhoramento e sugeri soluções
a resolver mas tive boa de soluções para os problemas.
problemas. Deixei vontade em tentar propostas por
que o trabalho fosse aplicar as soluções outros.
feito pelos outros. propostas pelo
Resoluções de grupo.
problemas
( )
( )

( )
( )

Raramente tive foco Apenas em parte do Na maior parte do Consistentemente


na tarefa e no que tempo foquei nas tempo foquei nas fiquei focado na
21
Foco na tarefa precisava ser feito. tarefas e no que tarefas e no que tarefa e no que
Deixei que os outros precisava ser feito. precisava ser feito. precisava ser feito.
fizessem o trabalho. Às vezes outros Outros membros do Tive alta
membros grupo puderam concentração na
precisavam lembrar contar comigo. tarefa.
( ) e me puxar para a
( )
tarefa.
( )
( )

Desenvolvimento de Participei das Participei do Dei ideias, Dei ideias,


trabalho em equipe atividades de forma processo de argumentei e contra argumentei e contra
tímida, com melhoria de ideias argumentei, argumentei,
respostas curtas apresentando melhorando minhas revendo minhas
para não me expor. minhas ideias, mas próprias ideias e as próprias colocações,
aceitei prontamente dos colegas, mas acolhi e incentive a
as ideias dos colegas não contribuí para a participação de
( ) sem argumentar e formação de um outros contribuindo
defender as minhas ambiente rico com para o
participação de compartilhamento e
( )
todos. síntese.

( ) ( )

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QUADRO DE SÍNTESE DO VÍDEO

NOME DO FILME:

FORMAS DE
INTERESSES E TECNOLOGIAS, RELAÇÕES COM OUTROS
QUESTÕES PESSOAIS, DIFUSÃO DE
QUESTÕES QUESTÕES CONFLITOS COM MATERIAIS QUE CAMPOS DO OBSERVAÇÕES
PERSONAGENS INSTITUCIONAIS E
OUTRAS SOLUÇÕES E PERMITEM CONHECIMENTO/CULTUR IDEIAS/PRÁTICAS EXTRAS.
GERAIS: ESPECIFICAS CONTEXTUAIS
ESFERAS. ABORDAGEM. A (Abordagens)

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MULTIMÍDIA
Reflexão com "The Flintstones" - Parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=WhqhWgXNtYc

Outras indicações: Design Thinking para educadores:

https://educadigital.org.br/dteducadores/

ANOTAÇÕES

19
MÓDULO 2

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2 APRENDIZAGEM CRIATIVA

APRENDIZAGEM CRIATIVA
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Introdução: Aprendizagem Criativa


2. Atividade em Grupo: Mão na massa
3. Avaliação do desenvolvimento do estudante
4. Kit Estratégias Centradas no Aluno

OBJETIVO:

Esperamos que você, ao final desta unidade, seja capaz de:

● Utilizar as metodologias e técnicas de ensino voltadas para uma educação

interativa, significativa e mão na massa.

● Possa ministrar aulas interativas que envolvam e estimulem os alunos ativamente e

que promovam o domínio sobre os resultados da aprendizagem;

Criações esperadas: Que os participantes desenvolvam um protótipo, materializando a


escola dos sonhos.

Carga horária do módulo 2: 5h

21
OS 4 PS2 pra PENSAR inovação,
Caetano, Liza Iole S. foram anos de pesquisas.
Vamos dar uma chance então?
Aprendizagem criativa!
Media Lab inovou. Venho aqui te convidar
Focou-se na "espiral", e pra conhecer a "Espiral".
logo 'Scratch', inventou. Construir aprendizagem
Uma programação simples, de uma forma horizontal.
a todos, apresentou. Pra superar desafios
Impostos pelo "Novo normal"
O Seymour Papert, propôs
Usar o construcionismo
Pra descobrir e pensar.
Difere do instrucionismo, ESPIRAL DA APRENDIZAGEM
Porque vai além do ensinar CRIATIVA3
Independente dos "ismos" Caetano, Liza Iole S.

É preciso transformar! Por virtude, imaginar


Um pensador criativo: E poder até ir além
imagina, cria, brinca, a ideia representar
pensa junto em seu convívio, E criar o que convém
não desiste! Arrisca, tenta.
Tem quatro Ps como princípio. E sentirá alegria
Pela realização
Constroem conhecimentos. Já o teste, o desafia
Podem PROJETOS criar, Simbora brincar, então
o que gosta com PAIXÃO.
Por mais tempo dedicar Sozinho! Onde já se viu!?
em jogos, legos, contos, O bom é compartilhar
tudo mais que o interessar! Brincou, testou, sorriu.
É hora de analisar.
Depois do projeto pronto,
Com seus PARES, colaborar Sobre o processo refletir
Num processo social Se não foi como esperado
Interagir, partilhar Vamos já reconstruir
brincar com a criação, Assim vem o aprendizado
PENSAR, testar, arriscar
Olha só, não acabou não.
PROJETOS, PAIXÕES, com PARES, É igual a um espiral
Se é receita? Não é não! Vem girar o ciclo, então
Mas é tempo de trabalho, Imaginar é o sinal.

2
Animação do Cordel “Os 4 Os” https://youtu.be/3tkkp2dsFEg
3
Animação do Cordel “Espiral da Aprendizagem Criativa” https://youtu.be/17wGvSRoThA
22
Síntese – LIVRO - Jardim de infância para a vida toda
Michael Resnick, 2020

A aprendizagem criativa é uma abordagem que reúne várias correntes


pedagógicas, com maior ênfase no Construcionismo (é a construção do conhecimento,
usando a informática). Iniciou a partir de reflexões de Chen Jining, quando ele percebeu
que, embora os estudantes chineses apresentaram notas altas, notas “A”,mas não
estavam preparados para as necessidades da contemporaneidade. É necessária uma
nova geração de estudantes “X”, aqueles dispostos a assumir riscos e a experimentar
coisas novas, ávidos por definir seus próprios problemas em vez de apenas resolver
problemas prontos. Os estudantes “X” estão constantemente explorando, experimentando
e testando limites e se desenvolvendo como pensadores criativos. É preciso saber lidar
com as incertezas e mudanças usando a criatividade, experimentar, explorar e expressar.
A Aprendizagem Criativa é fácil de descrever, mas difícil de implementar. É preciso
engajar muitas pessoas e proporcionar oportunidades de exploração e expressões
criativas.

ESPIRAL DA APRENDIZAGEM (IMACBRICORI – acróstico)

IMAginar Criar  BRIncar  COmpartilhar  Refletir Imaginar

É de suma importância desenvolver o PENSAMENTO CRIATIVO (o pensamento criativo


é resultado de explorações criativas) criar um ambiente onde a criatividade floresça, por
meio do movimento maker = construir, criar, inventar. É necessário ampliar o conceito de
conhecimento.

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4 PS: PROJETOS, PAIXÃO, PARES, PENSAR

Projetos baseados em suas Paixões, em colaboração com os Pares e mantendo o


espírito de Pensar brincando. Seguir o espírito das escolas de samba, que juntam
pessoas de todas as idades e níveis de experiências.

Os professores/mentores nessa abordagem são catalisadores, consultores,


conectores e colaboradores. A melhor forma de acender a faísca é fazendo perguntas.
Brincar com tecnologias deve envolver interação, desenvolvimento, criação,
experimentação e exploração.

A ludicidade é priorizada e brincar não exige espaço aberto ou brinquedos caros,


somente uma combinação de curiosidade, imaginação e experimentação.
Ludicidade(atitude) é atitude da mente X Brincadeira(atividade) é a manifestação externa
momentânea dessa atitude. Quando se explora ludicamente não se segue manual, passo
a passo. Os estudantes se tornam exploradores, “estudantes exploradores” sabem como
improvisar, adaptar e tentar novamente, nunca dependem de planos antigos quando
surgirem situações novas.

É importante assumir riscos e cometer erros, é preciso criar um ambiente em que


os estudantes se sintam confortáveis para errar, em que possam aprender com seus
erros. (sugere o uso do Scratch), compreende o erro como fonte de aprendizagem.
Valorizando o pluralismo epistemológico, que consiste em valorizar e aceitar diferentes
saberes, buscar atender todas as crianças de diferentes históricos e estilos de
aprendizagem de maneira colaborativa, propiciando o envolvimento da sociedade, mães,

24
pais, comunidade como parceiros colaboradores, convidados a participarem como parte
do processo educativo.

O principal desafio dessa abordagem é a avaliação, pois não é possível mensurar


a criatividade com exames padronizados, sugere a avaliação do pensamento criativo por
meio de portfólios, ênfase em avaliações não quantitativas, ao invés de “nº precisos”,
exames – avaliar ilustrações, registros de “O quê? Como? e Por quê?”. Incentivar a
documentar os projetos e ideias.

BIBLIOGRAFIA:

PAPERT, Seymour, A máquina das criaças: repensando a escola na era da informática, Editora
Artmed, 2008

RESNICK, Mitchel, Jardim de Infância para a Vida Toda: Por uma Aprendizagem Criativa, Mão na
Massa e Relevante, Editora Penso, 1ª edição, 2020.

VALENTE, José Armando. A espiral da espiral de aprendizagem: o processo de compreensão do


papel das tecnologias de informação e comunicação na educação. 2005. 238 p. Tese (livre-docência) -
Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Campinas, SP. Disponível em:
http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/284458. Acesso em: 3 Dec. 2020.

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KIT DE ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO

Como posso saber que atividades de aprendizagem ativa são apropriadas para
meus alunos?

Peça feedback aos seus alunos com frequência usando a atividade “Pare-Comece-
Continue” – usando um formulário de pesquisa anônima ou fichas pautadas, peça que
enumerem o que você deve (1) começar a fazer, (2) parar de fazer e (3) continuar
fazendo na aula para ajudá-los a aprender. Os alunos vão lhe dizer se você estiver usado
uma atividade em excesso.

O que devo fazer após uma atividade de aprendizagem ativa?

Após uma atividade de aprendizagem ativa, trabalhe com os alunos para resumir o
que aprenderam com a atividade e como eles podem usá-la em suas tarefas e trabalhos
ou ainda em suas futuras profissões. Essa etapa é chamada de “transferência de
aprendizado para outro contexto”. Você também pode coletar evidências da
aprendizagem do aluno, oferecer feedback (formativo) e alterar sua abordagem
instrucional, dadas as evidências coletadas. Pergunte aos alunos sobre a experiência de
aprendizagem – o que deu certo, o que não deu certo. Incorporar o feedback deles os
ajudará a se sentirem envolvidos na experiência de aprendizado e também lhes dará uma
ideia do valor da atividade em particular. Isso é especialmente útil quando se
experimentam novas estratégias de aprendizagem ativa.

PARE-COMECE-CONTINUE

A técnica pare-comece-continue é um meio de obter feedback rapidamente dos


alunos de maneira não ameaçadora. É uma excelente técnica de pós-avaliação e
funciona muito bem com grupos que você encontrará repetidamente (por exemplo,
durante um workshop de vários dias). Na conclusão da reunião inicial com um grupo, você
pode distribuir três notas autoadesivas (post-it notes) em cores diferentes para cada aluno
(por exemplo, vermelho, verde e amarelo). Cada cor corresponde a uma das opções:
Começar (Verde), Parar (Vermelho) e Continuar (Amarelo). Peça aos alunos que
escrevam as respostas para as seguintes perguntas na folha de cor apropriada:

26
1. O que você gostaria que eu começasse a fazer para o restante de nossas
reuniões?
2. O que você gostaria que eu continuasse a fazer...
3. O que você gostaria que eu parasse de fazer...

Recolha as respostas e revise-as, relatando suas principais descobertas ao grupo no


início de sua próxima sessão.

RESENHA DE 1 MINUTO/CONCEITO MAIS CONFUSO

Esta é outra técnica muito simples de pós-avaliação que pode ser usada no final de
uma aula para avaliar se os alunos alcançaram os resultados desejados e revelar
quaisquer dificuldades ou conceitos errôneos sobre o conteúdo. Neste exercício, os
alunos devem usar uma folha papel rascunho e passar de 1 a 2 minutos respondendo aos
seguintes tipos de perguntas (normalmente você perguntaria qualquer UMA dessas
perguntas)

● Que mensagem principal você levará consigo ao sair desta aula?

● Qual foi a coisa mais útil que você aprendeu hoje? Por quê?

● Em suas próprias palavras, defina brevemente (insira o conceito chave aqui).

● Qual conceito discutido hoje foi mais desafiador para você? Por quê?

● Que conceito discutido hoje lhe preocupa mais se encontrar em um teste futuro?

Em seguida, eles entregam suas respostas ao instrutor, que pode revisá-las depois da
aula para avaliar as áreas de interesse ou dificuldades dos alunos.

PREVISÃO DO APRENDIZADO
CLARO NUBLADO OBSCURO

Ao final da aula, escreva as três palavras acima na parte superior de um flip chart
ou no quadro e peça à turma que adicione uma marca de verificação ao sair da sala,
indicando a previsão de aprendizado do dia:

CLARO: Entendi! Eu entendo claramente o assunto da aula de hoje.


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NUBLADO: Acho que entendo, mas não tenho certeza de algumas coisas. Você pode
rever os pontos-chave?

OBSCURO: Eu não entendi! Estou perdido! Podemos revisar esse assunto?

Essa é uma maneira rápida de descobrir se você pode passar para o próximo conceito ou
se é necessário fazer alguma revisão para facilitar o sucesso dos alunos nessa aula.

QUESTÕES DE TESTES FORMULADAS PELOS ALUNOS

Perto do final da aula, peça aos alunos que formulem perguntas que possam ser
utilizadas em um teste sobre a lição ou tema que acabou de ser concluído. Eles podem
trabalhar sozinhos, em duplas ou em grupos. Recolha as perguntas e use-as no início da
próxima aula para revisão.

Diagrama S-Q-A

Essa atividade introduz o diagrama S-Q-A, uma ferramenta que alguns professores
utilizam em suas salas de aula. Essa ferramenta é um auxílio visual que ajuda os alunos a
organizar as informações antes, durante e depois de uma unidade ou de uma lição. Os
diagramas podem envolver os alunos em um novo tema, ativar o conhecimento prévio,
compartilhar os objetivos da unidade e monitorar o aprendizado dos alunos.

Avalie o que você sabe sobre determinado tema antes e depois de se envolver com
ele. Preencha as colunas abaixo com o que você SABE, e o que você QUER aprender
sobre o tema. No final do dia, você completará a última coluna: o que você APRENDEU
sobre o tema.

TEMA: Aprendizagem Criativa

S Q A

O que você Sabe? O que você Quer aprender? O que você Aprendeu

28
29
MULTIMÍDIA
Os Flintstones e Os Jetsons Parte 2 - teste - em construção
https://youtu.be/AMEurkUpfNc
Os 4 PS em Cordel - Aprendizagem Criativa https://youtu.be/3tkkp2dsFEg
Espiral da Aprendizagem Criativa em Cordel https://youtu.be/17wGvSRoThA
Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa https://aprendizagemcriativa.org/pt-br
Manifesto Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa
https://youtu.be/a6VC3GG01RY
Canal Rede Brasileira de Aprendizagem
https://www.youtube.com/channel/UCxRvvDl25PR8ujIHUpe0VAQ

Construcionismo e Aprendizagem Criativa no Brasil: https://youtu.be/JL0wU8vkyaQ

Escolas Criativas: transformação colaborativa de ambientes de ensino


https://www.youtube.com/watch?v=RXziILcPch8
https://scratch.mit.edu/

Anotações

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TODOS
PELA EDUCAÇÃO

31
3 “TODOS PELA
EDUCAÇÃO”
“TODOS PELA EDUCAÇÃO”
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Prática Reflexiva
2. Atividade em Grupo: Pense/Forme Duplas/Compartilhe
3. Avaliação do desenvolvimento do estudante
4. Kit de Estratégias Centradas no Aluno

OBJETIVOS

Esperamos que você, ao final desta unidade, seja capaz de:

● Aprimorar a prática profissional por meio da autorreflexão e do

desenvolvimento profissional;

● Criar uma sala de aula inclusiva que reconheça e atenda às necessidades

de alunos individualmente;

Criações esperadas: Que os participantes reflitam sobre a prática docente e avaliem as


ações promovidas de forma colaborativa ao longo do curso.

Carga horária do módulo 3: 5h

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POR UMA ESCOLA À ALTURA DO SEU TEMPO4
CAETANO, Liza Iole S.

O que aconteceu? Reconstruímos a nossa cognição e a nossa forma de estudar?


Aprimorar denota-se num caminho irreversível. Dizia Paulo Freire, sobre a necessidade
de mudanças nas escolas: "E pôr a escola à altura do seu tempo, não significa soterrá-la,
sepultá-la. Mas sim, refazê-la!". Suponho que nem Paulo Freire imaginou que essas
mudanças aconteceriam tão subitamente e de forma massiva como ocorreu, não só no
Brasil, sim, em todo o mundo.
Nunca se ouviu falar tanto em: Google Forms; reuniões virtuais; atividades
remotas; teletrabalho; ensino híbrido; ensino remoto; vídeoaulas; teleconferências; grupos
de WhatsApp; Zoom; Google Meet, dentre outros.
Para Anísio Teixeira, a educação do século XXI, era concebida e planejada, para
depois disso, ser executada. Essa concepção e planejamento são perceptíveis em
diversas teorias e pesquisas contemporâneas, em contrapartida, sua execução não é tão
evidente como o esperado. Hoje, deparamo-nos frente a uma pandemia, como falamos na
coluna anterior, que nos impõem a obrigação de uma nova postura e de uma nova forma
de ensino. Então, de forma inesperada, percebemos que não conseguimos acompanhar
os avanços tecnológicos com a mesma agilidade e proporção de crescimento. À nossa
maneira, íamos caminhando a passos lentos, desbravando novos territórios, aprendendo
novas metodologias, percorrendo novos caminhos de maneira tímida e quase
imperceptível, se comparada à expansão tecnológica. Porém, o tempo todo nos
movimentando, articulando-nos e extraindo forças em prol de uma educação pública de
qualidade.
Nessa perspectiva, trago em pauta as Tecnologias Digitais da Informação e
Comunicação-TDICs, notamos que elas sempre foram vistas como um complemento à
educação, como ferramentas possíveis para tornarem as aulas mais atrativas e
compreensíveis. Todavia, nas aulas presenciais, muitas vezes pela falta de infraestrutura
ou de equipamentos tecnológicos, optávamos por trabalhar com as tecnologias
tradicionais, como livros, jogos de tabuleiros, quebra-cabeças, dominós, jogos da

4
Artigo disponível em: https://ribeiraodasneves.net/colunas/178-liza-iole/9080-por-uma-escola-a-altura-do-seu-
tempo

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memória, fantoches, entre outras, que são tão importantes quanto as tecnologias digitais.
Pode-se dizer que no ensino presencial tínhamos a opção de fazer uso dessas
tecnologias tradicionais ou digitais, já no ensino remoto ou híbrido não há flexibilização,
não há possibilidade de sentarmos em uma roda e jogar com nossos estudantes. Nesse
contexto, o uso das TDICs deixou de ser um simples complemento e se tornou o principal
meio de comunicação entre a escola e os estudantes.
É visível a educação se refazendo, sobrevivendo, lutando e se reestruturando.
Infelizmente, de uma forma bem diferente do que esperava Anísio Teixeira e Paulo Freire.
Por que será? Uma pauta que já era preocupação desde os séculos passados, que vem
sendo discutida por uma corrente de pensadores. Há quatro décadas, já dizia Anísio
Teixeira: — A nossa tarefa é hoje muito mais difícil. Primeiro, porque precisamos fazer
algo de semelhante para todos e não apenas para alguns. Segundo, porque já não
estaremos ministrando a cultura clássica, mas a complexa, variada e, sob muitos
aspectos, confusa cultura científica moderna (…). O progresso científico está na tela e
conduz o homem, nenhum de nós sabe para onde. — Conforme pesquisas norte-
americanas “entre crianças de todo o mundo que começarem o ensino fundamental este
ano, 65% acabarão em empregos ainda não inventados.” Nesse aspecto, precisamos nos
preparar e preparar os nossos estudantes para lidarem com as incertezas, assim como
aceitar que esse progresso científico é irreversível. Adentrou nas nossas escolas de
maneira avassaladora e permanente.
Tal como em um jogo, quando se mudam as regras, muitas peças ficam
deslocadas e outras até de fora do jogo. E você? Qual é a sua posição? Nesse "jogo"
quem não acompanhar esses avanços, com toda certeza, ficará de fora. Seja no ambiente
escolar, profissional, religioso, cultural ou social, temos que nos adaptar, reinventar a todo
momento. No mundo real, não há uma carta "curinga" é preciso driblar os obstáculos,
ultrapassar as barreiras e lutar contra qualquer categoria de desigualdade. O mundo
precisa de mentes pensantes, nossos filhos, nossas crianças, nossos jovens e nossos
alunos precisam de uma educação emancipadora "Educação não é privilégio… Educação
é um Direito"!

Referências

PAPERT, Seymour; FREIRE, Paulo. O futuro da escola. Diálogo gravado e documentado


entre Paulo Freire e Seymour Papert. São Paulo: TV PUC-SP, 1995.

34
TEIXEIRA, Anísio. Mestres de amanhã. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio
de Janeiro, v.40, n.92, out./dez. 1963. p.10-19.

LOPES, Rodrigo F. Atualidade do pensamento de Anísio Teixeira e a educação em


tempos de Cibercultura. 2018 - - Universidade Federal da Bahia

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

"A educação inclusiva é fundamental para se chegar a uma educação de alta qualidade
para todos os aprendizes e ao desenvolvimento de sociedades mais inclusivas." Unesco,
2008, p.5. Um projeto universal e uma aula diferenciada são meios eficazes e
interconectados de se atender às necessidades de aprendizagem ou produtividade de
qualquer grupo de estudantes.

Os espaços falam!

Um espaço seguro, instigante e convidativo é de suma importância para a


aprendizagem do estudante. O ambiente atrativo e positivo é possibilita ao estudante a
gerenciar seu próprio comportamento em sala de aula, facilita a comunicação e interação
com outros colegas. Potencializa a valorização e apoio ao estudante, além de auxiliar na
gestão da sala. O que não pode faltar em um ambiente seguro, positivo, instigante e
convidativo?
Uma “vitrine” Ambiente de Estudantes
Envolvimento
Diversão para os aprendizagem como líderes
dos pais estudantes

Ambiente de A voz do Espelha a Parcerias com Ambiente


socioemocional estudante diversidade a comunidade colaborativo

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Princípio 1: RECONHECIMENTO
Oferecer múltiplos meios de representação

Os estudantes têm formas diferentes de perceber e compreender as informações que são


apresentadas a eles

Princípio 2: ESTRATÉGICO
Oferecer múltiplos meios de ação e expressão

Os estudantes têm formas diferentes de navegar por um ambiente de aprendizagem e


expressar o que sabem. Eles têm formas nitidamente diferentes de serem envolvidos ou
motivados a aprender. Alguns estudantes se envolvem fortemente devido à
espontaneidade e às novidades, enquanto outros são desligados, ou até receosos em
relação a esses aspectos, e preferem a rotina de sempre.

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37
ESTRATÉGIAS PARA MANTER UM AMBIENTE POSITIVO
 Conecte novas experiências ao aprendizado anterior
 Conecte conceitos abstratos
 Ofereça feedback construtivo que os ajude em suas tarefas
 Estimule o diálogo reflexivo
 Oriente a definição de metas e as expectativas dos aprendizes

Anotações

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PROCESSO AVALIATIVO5

O processo avaliativo nas metodologias ativas surge como um grande desafio, pois
estamos mensurando dados qualitativos, empíricos e subjetivos. Nesse sentido,
falaremos de alguns instrumentos avaliativos, que poderão auxiliar na tomada de
decisões e adaptações no processo que auxiliarão no cumprimento das metas. O ideal é
utilizar metodologias que combinem abordagens quantitativas e qualitativas.

PORTFÓLIO
O portfólio consiste no registro do processo. O que incluí:

● Anotações
● Esboços dos projetos
● Registros das aprendizagens
● Ilustrações
● Fotografias / vídeos
● Diário de bordo

Por meio dos portfólios é possível avaliar diversos aspectos, dentre eles: a
apropriação da linguagem; a exploração de fenômenos e conteúdos; os temas
socioambientais, a interação com a tecnologia e as relações interpessoais.
RUBRICAS
As rubricas são excelentes ferramentas que possibilitam a autoavaliação, avaliação
por pares, assim como a valorização das especificidades de cada educando. As rubricas
definem-se em um conjunto coerente de critérios e a descrição de níveis de performance
para cada um destes critérios, é possível avaliar desde o manuseio de equipamentos,
realização de ações físicas, comunicação, relacionamentos interpessoais e produção de
conteúdo às discussões reflexivas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Um critério de avaliação é uma ferramenta que indica claramente os parâmetros de


realização em todos os componentes de qualquer tipo de trabalho do aluno, desde a

5
Contribuição da Profª Elaine Silva Rocha Sobreira - elaine@aprendizagemcriativa.org
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escrita até o elemento oral ou visual. Ele pode ser utilizado para pontuar tarefas,
participação em classe ou atribuição de notas em geral.

Os critérios de avaliação são ótimos para os alunos, pois permitem que eles
saibam o que se espera deles e desmistificam as notas, declarando claramente, com
vocabulário adequado à idade, as expectativas de um projeto. Eles também ajudam os
alunos a perceberem que a essência do aprendizado é adquirir competências específicas
(tanto em disciplinas acadêmicas como na resolução de problemas e preparação para a
vida), dão aos alunos a oportunidade de se autoavaliarem e refletirem sobre o processo
de aprendizado. Os critérios de avaliação também ajudam os professores a monitorar
autenticamente o processo de aprendizado de um aluno e, a partir daí, desenvolver e
revisar um plano de aula.

Etapas do Desenvolvimento dos Critérios de Avaliação:

1. Determine os critérios para o sucesso: que desempenho específico você está


buscando?
2. Mantenha cada critério curto e simples: Inclua de 4 a 15 itens; use frases ou
afirmações curtas;
3. Cada critério deve-se focar em uma competência/desempenho/objetivo diferente;
4. Crie uma distinção entre os níveis de desempenho de um critério: Descreva as
características de desempenho identificáveis refletindo diferentes níveis de
desempenho, ou seja, de iniciante até o mais alto nível de desempenho;
5. Certifique-se de que cada nível é distinto e progride em uma ordem clara e lógica;
6. Avalie apenas critérios mensuráveis;
7. O ideal é que o critério completo caiba em uma única folha de papel;
8. Reavalie o critério de avaliação: Deu certo? Ficou suficientemente detalhado?

Adaptado de: http://edweb.sdsu...edu/triton/july/rubrics/Rubric_Guidelines.html.

Estrutura de um Critério de Avaliação

Elementos de Avaliação (coluna da esquerda)

● Identifique os elementos que você estará avaliando;

● Tenha em mente os objetivos de aprendizado ou o resultado da tarefa;

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● É possível dividi-los em elementos de desempenho/avaliação?

Níveis (Padrões) de Desempenho/Realização (na linha horizontal superior)

● Determine os critérios que você utilizará, como: Excelente, Bom, Satisfatório,

Insatisfatório, Perito, Proficiente, Em Progresso, Novato...

● Você pode atribuir valores para cada um, facilitando assim a atribuição de notas

● Defina os vários níveis (padrões) de desempenho;

● Qual é a diferença entre um trabalho excelente, bom e insatisfatório para cada

critério?

● Determine o peso de cada critério na pontuação geral.

Dicas Gerais

● Utilize uma linguagem simples que os alunos entendam;

● Não utilize muitas colunas;

● Compartilhe os critérios de avaliação com seus alunos. Você estará

compartilhando suas expectativas. Eles vão saber o que você espera deles.

● Utilize linguagem descritiva clara;

● Critérios de Avaliação Predefinidos;

● Pesquise mais sobre a Taxonomia de Bloom, ela o auxiliará na criação de

comandos e no entendimento das habilidades.

TAXONOMIA DE BLOOM

A Taxonomia de Bloom6 desenvolve um sistema de classificação para o domínio


cognitivo. A principal ideia dessa taxonomia é que aquilo que os educadores esperam que
6
AZEVEDO, Marília M. e GALHARDI, Antônio César, Avaliações de aprendizagem: o uso da taxonomia de Bloom,
41
os alunos saibam possa ser organizado numa hierarquia do nível de menor complexidade
para o de maior. A Taxonomia de Bloom prevê definições cuidadosas para as seis
principais categorias do domínio cognitivo. Essas categorias são ordenadas da mais
simples para a mais complexa e possui uma hierarquia cumulativa, isto é, uma categoria
mais simples é pré-requisito para a próxima. A cada um dos níveis foi associado um
conjunto de ações (verbos) que auxiliam na classificação de uma questão de avaliação
em um dos níveis da taxonomia.

42
KIT DE ESTRATÉGIAS
RUBRICAS

43
CRÉDITOS: Profª Elaine Silva Rocha Sobreira: elaine@aprendizagemcriativa.org

CRÉDITOS: Profª Elaine Silva Rocha Sobreira

44
CRÉDITOS: Profª Elaine Silva Rocha Sobreira: elaine@aprendizagemcriativa.org

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AUTOAVALIAÇÃO

CRÉDITOS: Profª Elaine Silva Rocha Sobreira: elaine@aprendizagemcriativa.org

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PENSE/FORME DUPLAS/COMPARTILHE

Essa é uma estratégia de aprendizagem cooperativa que pode promover e apoiar o


raciocínio a um nível superior. O instrutor pede que os alunos pensem individualmente
sobre um tema ou problema específico por um período curto de tempo. Em seguida, os
alunos formam duplas para discutir suas ideias e, depois disso, compartilham suas ideias
com o resto da turma, se o tempo permitir.

● Encontre um(a) colega com quem você não trabalhou ainda e compartilhe

seus pensamentos, opiniões e reações sobre a transição para o aprendizado


centrado no aluno.

Referências
AARONSOHN, E. (1996). Going against the grain: Supporting the student-centered
teacher. Thousand Oaks, CA: Corwin Press.
AZEVEDO, Marília M. e GALHARDI, Antônio César. Avaliações de aprendizagem: o uso
da Taxonomia de Bloom, 2013 Disponível:
http://www.pos.cps.sp.gov.br/files/artigo/file/507/ad7a753c51e25c1529d318820a756dd2.p
df

BARR, R., & TAGG, J. (1995, Nov. / Dec.). From teaching to learning—A new paradigm
for undergraduate education. Change, 13–
CANNON, R. (2000). Guide to support the implementation of the Learning and Teaching
Plan Year 2000. Australia: The University of Adelaide.
CAPES- A Sala de Aula inclusiva. Manual do Estudante do Programa de
Desenvolvimento Profissional de Professores da Educação Básica no Canadá. 2019
CAPES- Gerenciamento da Sala de Aula. Guia do Participante do Programa de
Desenvolvimento Profissional de Professores da Educação Básica no Canadá. 2019

LOPES, Rodrigo F. Atualidade do pensamento de Anísio Teixeira e a educação em


tempos de Cibercultura. 2018 - Universidade Federal da Bahia

North Central Regional Educational Laboratory. (2000). Critical issue: Working toward
student self-direction and personal efficacy as educational goals.

47
PAPERT, Seymour; FREIRE, Paulo. O futuro da escola. Diálogo gravado e
documentado entre Paulo Freire e Seymour Papert. São Paulo: TV PUC-SP, 1995.

RESNICK, Mitchel, Jardim de Infância para a Vida Toda: Por uma Aprendizagem
Criativa, Mão na Massa e Relevante, Editora Penso, 1ª edição, 2020.

Rogers, C. (1983). As a teacher, can I be myself? In Freedom to learn for the 80s. Ohio:
Charles E. Merrill Publishing Company.
SANTOS, Verônica Gomes dos. Contribuições da aprendizagem criativa,
aprendizagem significativa e do ensino por investigação para a formação integral
das crianças no ensino público: Contributions of creative learning, significant learning
and research teaching for the integral training of children in public education. 2020. 1
recurso online ( 234 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto
de Física Gleb Wataghin, Campinas, SP.
Stuart, A. (1997, September/October). Student-centered learning. Learning, 26, 53–56.
Weimer, M. (2002). Learner-centered teaching: Five key changes to practice. São
Francisco: Jossey-Bass.
Sobre o Centro TEAL: O Centro TEAL (The Teaching Excellence in Adult Literacy) é
um projeto do Departamento de Educação dos EUA, Office of Career, Technical, and
Adult Education(OCTAE), concebido para melhorar a qualidade do ensino na educação
de adultos nas áreas acadêmicas. Fonte: https://lincs.ed.gov/state-resources/federal-
initiatives/teal/guide/studentcentered
TEIXEIRA, Anísio. Mestres de amanhã. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio
de Janeiro, v.40, n.92, out./dez. 1963. p.10-19
The National Research Centre on the Gifted and Talented, University of Connecticut,
https://nrcgt.uconn.edu/

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