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N° 248 — 27-10-1989 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 4789 CAPITULO IIL Regime contributivo Artigo 15.° Base de incidéncia contributive O montante das contribuigdes correspondentes a cada més a considerar para efeitos de retroaccao é calculado tendo por base o valor da remuneraco minima men- sal garantida ao sector da actividade invocada em vigor & data do requerimento. Artigo 16.° Taxa contributiva A taxa aplicdvel para 0 célculo das contribuigdes ¢ de 18%, Artigo 17.8 Pagamento das contribuigbes 1 —O pagamento das contribuigdes corresponden- tes aos periodos a considerar para a retroaccdo pode ser feito pelo interessado, de uma s6 vez ou em pres- tages mensais de igual montante e em niimero ndo superior a 60. 2 — No prazo de 90 dias a contar da data da noti- ficagdo do despacho que defira o requerimento e fixe © montante das contribuigdes, deve o interessado efec- tuar 0 pagamento ou manifestar a sua opedo relativa- mente ao nuimero de prestagdes a considerar, sob pena de caducar 0 direito a retroaccao. Artigo 18.° Desistencia do pagamento de prestapdes Nos casos de desisténcia do pagamento de prestagdes devem as instituigdes de seguranga social, mediante Fequerimento, devolver as quantias correspondentes as contribuigdes j4 pagas e proceder & anulacdo do res- ectivo registo. Artigo 19.° Produgto de efeitor A retroacgdo efectuada ao abrigo do presente diploma apenas produz efeitos a partir do dia 1 do més seguinte Aquele em que se complete o pagamento inte- gral das contribuigdes que Ihe correspondem, CAPITULO IV Disposigdes finais Artigo 20.° Requlamentacto © presente diploma ser regulamentado mediante decreto regulamentar. Artigo 21.° ‘Avalingdo actuarial Decorridos 12 meses sobre a aplicagdo do presente diploma procede-se & avaliagao actuarial do regime de Pagamento retroactivo de contribuicdes nele estabele- cido, tendo em vista a andlise do seu comportamento financeiro e adequacao das receitas As despesas previ- siveis. Artigo 22.° [Norma suspensiva 1 — O presente diploma suspende, relativamente as situagdes abrangidas no seu campo de aplicagio ¢ durante a sua vigéncia, a aplicacao do disposto no Decreto-Lei n.° 124/84, de 18 de Abril. 2 — A suspensio a que se refere o mimero anterior produz efeitos inclusivamente nas situagdes em que, tendo sido deferido 0 pedido de pagamento retroactivo de contribuigées ao abrigo do Decreto-Lei n.° 124/84, 0 interessado nao tenha procedido ainda ao respectivo pagamento. Artigo 23.° Aplicacio as regides auténomas Este diploma é aplicdvel as Regides Auténomas dos Acores ¢ da Madeira, de harmonia com o disposto no artigo 84.° da Lei n.° 28/84, de 14 de Agosto. Artigo 24.° Vigtucta presente diploma entra em vigor em 1 de Dezem- bro de 1989 e caduca passados cinco anos sobre essa data, Visto € aprovado em Conselho de Ministro de 27 de Julho de 1989. — Anibal Anténio Cavaco Silva — Mi- guel José Ribeiro Cadithe — José Albino da Silva Peneda, Promulgado em $ de Outubro de 1989. Publique-se. © Presidente da Reptiblica, MARIO SOARES. Referendado em 12 de Outubro de 1989. Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. Despacho Normative n.° 99/89 © Decreto-Lei_n.° 30/89, de 24 de Janeiro, veio sujeitar obrigatoriamente a licenciamento prévio a ins- talago e o funcionamento dos estabelecimentos que desenvolvem actividades de apoio social no Ambito da acco social exercida pela Seguranca Social, prevendo no seu artigo 43.° que as normas que regulem as con- digdes de instalacdo e funcionamento constem de diploma auténomo. 4790 ‘Assim, e tendo em conta os principios estabelecidos naquele decreto-lei, s4o aprovadas as Normas Regula- doras das Condigdes de Instalagao e Funcionamento das Creches com Fins Lucrativos, que se publicam em anexo a este despacho normativo. Secretaria de Estado da Seguranca Social, 11 de Setembro de 1989. — O Secretério de Estado da Segu- ranga Social, Arlindo Gomes de Carvalho. NORMAS REGULADORAS DAS CONDIGOES DE INSTALAGAO E FUNCIONAMENTO DAS CRECHES COM FINS LUCAATIVOS Norma I Anmbito 1 — As presentes nocmas visem regulamentar as condigdes mini- mas de instalagao ¢ funcionamento das creches com fins lucativos, Gem completo das disposes contantes 0 Deseo "3/8, Ge 24 de Janeiro. 72) Para efeitos do nimero anterior consideramse creches 0s eta- belecimentos que acolham eriangas em nimero igual ou superior & Norma I Onjectvos das creches Sto objestivos especificos das ereches: ‘@) Proporcionar 0 atendimento individualizado da crianga num lima de seguranga afectiva fsica que contribus para o seu desenvolvimento global; by Colaborar esireitamente com a famfia numa partha de cu- ddados e responsablidades em todo 0 processo evolutivo de cada crianca;, 6) Colaborar no despiste precoce de qualquer inadaptasio ov Geficiencia, encamintando adequadamente as stuagBes dete: tadas, Norma I] Condigdes gerals de localizagdo e lnstaleso 1 — Relatvamente& localizapio ¢ instalaslo, as creches devem obe- decer preferencialmente 5 soguintes condigBes: 4) Inserr-se em zona habitacional no aglomerado urbano, com fil acesso e boa exposiedo solar, y Estar adequadamente afastadas de zonas industriis poluen- tes, ruidosas ov inalubres e outras que pela sua natureza pos- Sam pOr em causa a integridade fisica ou psiquica das crian- ‘as, sem prejulzo da necessdria facilidade de acesso dos pais; «) Setar, de prefereneia, todo 0 edifcio, excepto os pisos situa: dos abaixo do nivel do solo, que deverdo destinar-seexclusi- vamente aos servigos de apoio; Nos casos de instalagdo em parte do edificio, deve, de pr feréncia, ocupar-se 0 rés-do-) ldemtiticagdo do médico assistente ©) Estado vacinal e grupo sanguineo: Todos os elementos resultantes das informasdes familiares, assim como 0 registo da observagdo sobre a evolugio do desenvolvimento da crianga. Norma XV Allmentagio ser variada, bem confescionada ¢ ade- quada qualitativa © quantitativamente a idade das criancas 2— As ementas devem ser afixadas semanaimente em local bem visivel do estabelecimento, por forma a serem consultadas pelos pals ‘ou responsdvels pelas criancas, 3A existncia de dietas expecias terd lugar em caso de prescri eo médica Norma XVI Higlene 72 fssvelecimento deve ter um programa de higene lim peza das instalagdes com normas escritas, 2—O eestabelecimento deve ter um programa de desinfeccio do ater (Gos, elds, ans ¢ ou atria com morse srs €, sempre que possivel, dispor de focal especiico para esta tare! 3 — Os objectos para os cuidados de higiene dat criangas devem Ser individuais, identificados e mantidos em perfeito estado de let peza, conservardo © arrumacio Norma XVII Pessoal dos estabelecimentos Sem prejulzo do que se encontrar estabelevido no referido instru- ‘mento de tegulamentagdo colectiva de trabalho e demais leislacto 4792 laboral ¢ com o objective de assegurar os niveis adequados na qua- lidade de atendimento tendo em conta nio s6 0 elevado mimero de horas de permanéncia das criancas mas principalmente a sua Vulne- Tabildade, os quadros de pessoal destes estabelecimentos devem obe- ‘ect As orientapbestéenicas dot centros regionals de seguranca social Norma XVIII Direce4o técalen 1 —A direcso técnica do estbelecimento deverd ser assumida por tum elemento do pessoal, com formagdo técnica adequada, design damente educador de inflneia ou enfermeiro, a quem competi, ‘romeadamente: 4) Assegurar a colaborapdo com os servigos de saide € outros, {tendo em conta 0 bem-esiar fisico e psiquico das criangas; +b) Promover a articulago com as famlias ou responséveis plas Criangas em ordem a assegurar a continuidade educativa; 6) Zelar pelo conforto das criancas, com particular atene8o 20s aspectos de higiene e alimentacto; ) Sensibilizar todo 0 pessoal face & problemética da inffncia fe promover a sua actualizagdo com Vista 20 desempenho das fungDes exercidas 20 pessoal téenico ¢ auxiliar deverd ser em mimero sufciente, convenientemente seleecionado e preparado para assegurar, no periodo de funcionamento e em estreita cooperaeo com as familias, 0s cu ddados necessirios &s criancas, a manutengdo da higiene ¢ limpeza dd estabelecimento, bem come 0 funcionamento da cozinha ¢ demais servos. 3 Salvaguardados os aspestos fundamentais da estrurura fisca « organizagdo da creche © de acordo com 0 nlimero de criangas di DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N.2 248 — 27-10-1989 ‘wibuidas nas dreas de permanéncia, consideram-se necessirios a0 bor funcionamento de uma creche os seguintes indicadores de pessoal: 42) Um director téenico com preparagdo técnica adequada: 1) Um educador de inflncia afecto a cada grupo de eriancas a parti da aquisgdo da marcha; (6) Um elemento auxliar do pessoal ténico para cada grupo de 10 etiangas: @) Um cozinhe ¢) Empregados auxiliares, de acordo com a dimensto do esta- belecimento 40s estabelecimentos facultarho 0 acesso do seu pestoal téc- nico e auxiiar & frequéncia de acyBes de formagio organtzadas pelas entidades competentes. '5-— Os estabelecimentos devem garantir a observacto médica do pessoal, no minimo anualmente, obtendo dessas observardes ‘documento comprovativo do seu estado sanitario. "6 — Sempre que o estabelecimento no preencha a lotaso para 1 qual fol licenciado, © quadro de pessoal poderd ser ajustado de fcordo com as orientagies técnicas do centro regional de seguranca, Social da respectiva drea Norma XIX Disposigbes transitrias (Os estabelecimentos actualmente em funcionamento deverdo, no prazo maximo de im ano, adaptar-se as condigdes de instalagdo ¢ Funcionamento prevstas nas presentes normas, podendo este prazo ‘ser prorrogad for igual periodo nos easos em que o servo licen: cador © achar conveniente.

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