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SAUDE MENTAL NA ESCOLA 0 QUE 0S EDUCADORES DEVEM SABER gustavo m. ESTANISLAU | rodrigo affonseca gz Se BRESSAN ny Sy Sti g aes VLG? 7 Pa 11 Transtorno de déficit de atengao/hiperatividade ‘Gustavo M. Estanistou Paulo Mattos © QUE E TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENGAO/HIPERATIVIDADE? © transtorno de déficit de atencio/hiperatividade (TDAH) 0 transtorno ‘mental mais comum na inffineia (Jensen ctal., 1999), caracterizado por sin tomas de desatencia/desorganizagio, hiperatividade e impulsividade. E con- ‘siderado um transtorno neurocomportamental, ou seja, a partir de uma dis- fungio cerebral o individuo passa a apresentar problemas de comportamemto, TODO MUNDO TEM TDAH? ‘Nio. Embora a prevaléncia do TDAH seja considerivel, apenas uma pequent pparte da populago apresenta o transtomo. Polanezyk e colaboradores (2007), fem seu importante estudo sobre a frequéncia do TDAH em diferentes paises, ‘constatau que 5,29% das criangas com menos de 18 anos tém TDAH. Com es se dado, podemes concluir que pelo menos 1 em cada 20 alunos tem TDAH. Em relagio & distibuigSo do TDAH por sexo, ele € igual entre meninos emeninas, O QUE CAUSA 0 TDAH? (© TDAH ¢ causado por dlversns fatores. Entre eles, as fatores genéticos © os riscos bioldgices sho os mais conhecidos. Os farores genétlcos slo conside- rados os mais importantes, responsdveis por 7796 da possibilidide de a pes- ‘soa. desenvolver caraeteristicas do espectto do TDAH (Faraone ¢* al., 2005). (Criangas com esse transtomo tém cinco vezes mais chances de ter pals ¢/ou 154 Estanisiow & Breesan orp) lias com caraetersticassemelhantes, Em relagio aos rises biolégios, os ‘mais evidentes 416 o momento aio a prematuridade, o baixo peso a0 nascer © 4 exposicao ao ileal ou a0 tabaco durante a gestagio. A combinagie alea. téria de fatares genéticos ¢ bioldgicos leva a quadrox de TDAH com perfis di- ferentes (mats ou menos graves, mais impulsvos, menos desatentos ett) Nao oxistem evicéncias de que o TDAH seja causaco por algum tipo de dats, aro- blema hormonal, ma educa¢o provinda dos pals ou de quo um ambiente adver 40 (violento,insequro) soja uma causa deta do transiomno, embora wees cartes ‘to poasa agravsr os sintomas apresentados, Os fatores que causam o TDAH afetam desenvolvimento € 6 funcio namento de areas especifias do cérebro, prineipalmente na regiao frontal ¢ suas conexGes. Essas dreas so responsiveis por funcBes exccutivas do vére bro, como 0 autorontrole, o automoniteramento, a memdiria de trabalho, 0 Planejamento, a organizagio 0 controle emoxional ‘COMO O TDAH SE APRESENTA? Geralmente, 0 TDAH passa a ser identificével no momento em que a eianga omega a necesitar de mais eoncentragdo e autocontrae. Isso costuma acon teeer ao fim da pré-escola, por volta dos § anos, ‘A crianca com TDAH apresenta uma combina de és tipas de funcio- Ramentos especificos: desatenglo,/desorganizacio, hiperatividade e impulsivi. . dade (Figura 11.1. Como essas earaeteristcas nfo ao exclusivas do trans. oem si, 2 intensiclade das sintomas, a duragéo minima de seis mesos, nivel 4 prejuiro e a presenga em mais de um ambiente slo especifieadores funds- ‘mentais para-o estabelecimento do diagnéstico (American Psychiatric Assoria- tion, 1994). Existem trés “subtipos"de TDAH: (TDAH com predominio de desatencio (20 a 30% dos easos) @ TDAH com predominio de hiperatividade/impulsividade (até 15% los casos) @ ‘TDAH com sintomas combinados (50 a 75% dos casos) O subtipo desstento & mais comum no sexo ferminino € causa maior pee Juizn acaulémnico. 140 subsipa oombinadlo €o que geta maior prejulao geral = ‘4 assoviado a maior quantidade de encaminftamentos para avalinglo © ape ‘Senta 0 maior niimero de eomorbidades (ver a ego Comorbidades, a scsi) Saidementalna cscaia 155 INTENSIOADE BURAGAG PREJUIZO ‘OCORRENCLA EM Mais DE UM AMBIENTE | MPULSPOADE ‘Saies rerbncia tetarto > Figura 11.1 Triage Ge sintomas do TDAN ¢ espaciicadores de diagnastico, Os sintomas do: TOAN so. chamos “eimensionais” porque variam gs uma di- ‘menabo normal a outa pololigica, So distintoa de siniomes “calegéricas’. que ‘0 particulares de urn transtomno, como, por exampio, a “sustneia de conto wt ‘ual, quo 6 um sinkarna caractorisico da alguns casca de autamno. Outras caracteristicas de criancas @ adolescentes com TDAH Emocionais: imaturidade psicoldgica, dificuldade de controle das emotes. ‘Griangas com TDAH funcionam verbal ¢ emacionalmente como se fossem mais novas (Kendall, 2012). Cognitivas: pouca habilidade para resolver problemas, autoavaliagio ¢ auto- omitoramento pobres. Por isso, criangas com TDAH podem ndo apenas pa- Fecer prestar pouca atencio 40s comands dos adultos, mas também ter pou: a do seu préprio comportamento (Douglas, 1999). ‘Gomportamentais: interagies sociais “Yora de sineronia” Cinterrompem mi: to, parecers nlo respeitar 4 vez dos outros), Inadequadlo: por sex Impulsive \(brincadeiras e comentirias em momentos inadequados, et). ‘A Tabela 11.1 apresenta algumas caracteristias da crianca com TDAH ‘que podem ser observadas-em sala de aula. 156 esisay & Sresssn (ows) TABELA 11.1 Caractoristioas da crianga cam TDAM na sala de aula Leitura Eserita Matematica Organizagae Perde-2e aolongo | Distribulmal otexto | Ewos por ‘Costuma perder Salita no papel esatentongao raters Lomeinor em vox | Falta de planejamento | Gifouldade em far | Costuna eaquecsr ita no toxto tum todo tarefas Esquecs Evita escraver Desoiganizario no | Gastuma nao notar fhequentemente proceso 08 recados oquela Evita ler Caligrats Difculdade de frequentomante ruim Pricrizare que 6 importante Oriograta Costuma perdar-se froquentementa rim Do tempo (Costume “pure paginas Estudos de acompanhamento a longo prazo demonetraram que criangas com “TDAH epresentam desempanno seacémica inferic, mator indice de suspen ‘2038 2 evasi0 espolar, maior indice de rojo de caleg.s, laxas ro tise de depressio # dependéncia de drogas.e maior rise0 do emwoNimani em ac ‘antes (Ou Paul Eckert: McGroey, 1907; Hinshaw, 2000; Hova, 2007). Alem de 50, na adolescéneia, © TOAH est asseciade 4 maicres probiomas nos relaciona ‘mentos afativos @ maiares problemas vocacionass (artey, Fisher, Edelbrock, : 1980), Doenga peiqudtica da mio, fra com ndmera mar da mernbros. pre. ‘song de comorbidaces 9 sinfomas de impulsvidade esto vincuizcos com males Intansidade de prejulz (Biederman; Mick; Faraano, 1936), Trajetoria do TDAH OTDAH costuma apresentar uina trajetirla de longa prazo. Sintomas de be peratividadeimpulsividade podem diminuir celaiivamente com a \dade, ex Guanto os sinais de desatengo costumam permancecr praticamente estiven ‘80 Longo do tempo (Biederman; Mick; Firadne, 2000), Comatbidades (sole ‘Avinhetaa seguir conta um caso de TDAH, Em itilico esto grfacas ‘eristicas eorrelacionadas ao diagnéstice do transtain ¢ As suas comer ~no ease, sintomas depressivos (especialmente bain autoestima), cle! Soto menial na escola 157 de aprendizagem & comportamento desaflador. Os eventos em negrito ressal- ‘ta alguns tipos de prejuizo correlacionados ao TDAH, ‘questionando: "Escotho culdar da Jao ou do resto da turma?”". Alérm disso, rts ‘Tazos, 0-comportamento do merino acabava contaminando outros colegas, famanco ‘Sensino muto del durante algumas mans. ; ‘Alguna meses se passaram, Afamila de menine comegou a se Indispor com 08 Bl da profestore © passou a quekxar-se para a eters, ate fol aprovade pelo consalho do profossores por ids anos consecutvos @ mantarre ‘akiabetizazdo Insabisfatéra. Tom poucos amigas, passou 9 ser dasafiacor« nBo Ho8- ‘ts mala de Ir para a eecols, Tom flado frequentementa que 6 Burr, que ninguém 908 | ta Golo, wth it irtado 6 Yem-8a metido wen multas confuses. Posaietiont,re- ‘potid 0 ano. ‘Além de muitos eventos pessoais em comum, criangas ¢ adolescents ‘com TDAH que nio recehem o devide acompanhamento costumam percorret tum ciclo recorrente, o qual é eepresentado na Figura 11.2 tiperatnde Ingato (Desslongso a « Baie Mau, Rots Problems 60 = a an zs Digciptina >> Figura 11.2 Cido de projulzos e destechos negatvas do TDAH, Fonte Blagenan, Newcom e Sorc (1981). 158 _Esianisiov & Bressan (oro) Como é feito o diagndstico de TDAH? © diagnéstico de TDAH ¢ elinien, ou seja, 0 médieo chega.ao diagndstien pe- la avaliagio citidadosa da histéria e do comportamenta ebservével da erian- ga 0u do adoleseente. Ness processo, a opinido dos professores é decisiva, Fla costuma ser ‘mais precisa do que 2 dos pais e a da crianga, pois professores t@m mais refe- renciais de comportamento (outros alunos), costumam set mais imparciais ¢ tem a possibilidade de observar a crianga “em tarefa”, —_ie O elisgndstica clinico da TDAH 6 confidvel, mame no havende eames: confirmatorios especificos. Escalas. Alguns questiondrios padronizatlos de avaliagfo de fil prcenchimento, camo a SNAP TV (Swanson, Nolan Pelham versao IV), a Escala de Transtomno de Déficit de Atengo/Hiperatividade de Edyleine Benezik e a SDQ (Strenehes and Difficulties Questionnaire), podem sex utilizadlos no processo de avallago € acompanhamenta de casas de TDAH. Eles nao definem o diagndstico, em. bora faclitem a comunicagio entre os profissionais da saiide ¢ da educacio. gerando uma bistéria clinica confidvel. Tambxém podem ser utlizados come parimerras de evolugio ao longo do tratamento. Outro recurso valiose na avaliagio da crianga com suspeita de'TDAH £= testagem neuropsicolégica, Embora ela também nic defina o diagnéstico de ‘TDAH, identifica deficiéncias especificas que a crianga com transtorno pode spresentat. Os dados da testagem neuropsicolégiea 0 muita titel no dese volvimento de tim plano personalizade para.o aluno, oferecendo uma ‘cio ampla das capacidacies da crianga {em que se irveste em busca de refors da autoestima e da motivagio) e das suas-difeuldades (a serem contempin das no plano de asia). Comorbidades Comorbidade é a situagao em que dois ou mais transtornas ocottém taneamente em um individuo, No TDAH, as comorbidades sto bastante: ‘muns. Problemas de comportamento como 0 transtorno de oposi fiante (TOD) e a transtomo da conduta (TC) s8o comorbidade em 30 5 dos casos (Jensen et al, 2007) {para detalhes sobre esses transtornos. sulte 0 Capitulo 13). Cerca de um tergo dos jovens eom TDAH ay lwanstornas emocionais mareadlos por sintomas depressivos ¢/ou1 2 % PRR WW (Biederman; Neweorn; Sprich, 1991), ¢ até um quarto deles apresenta al- ‘gum transtomo de aprendizagem (Plistka; Carlson; Swanson, 1999). Tiques, ‘use de cigarro, dlcool © outras substincias também ocorrem com relativa frequéncia, Em relagko ao uso de substincias, jovens com TDAH tendem ‘a permanecer aditos por mais tempo do que aqueles sem TDAH (Wilens; Biederman; Mick, 1998), ‘As somorbidades podem dificultar o diagnéstico porque transtornas di ferentes podem ter sintomas parecidos, Por exemplo, uma adolescente com sintomas de depressio pode apresentar desaten¢so como consequéncia da depressio (¢ receber um diagndstico desavisado de TDAE), mas pode tam- ‘bém apresentar desatengio pelo quadro de TDAH associado (e no receber © diagndstico correto de TDAH e depressio comérbidos), Em easos desse tipo, 8 avaliagbo cuidadosa € fundamental. Além disso, as eomorbidades costumam Interferir negativamente na resposta a0 tratamiento, @ Nio-considerar os especificadores intensidade, draco (buses 880 08 erros de avaliagdo mais comuns? ‘Como constaramos no inicio do capitulo, a impress de que todos os jorens tém TDAH nio estd correta, Cometemos muitos erros le avaliagio quando niko observamos 0 cendrio em que a crianga esté inserida. Os erres mais co- formagies sobre o comportamento da crianga em anos anteriores), presenca dos comportamentas em diferentes ambientes e prejulzo. @ Nio considerar que uma crianga agitada e impulsive “contamina” ‘0s colegas com comportamentos “difices", que podem ser tomados ferroneamente como sintomas de TDAH. Nio valorizar 0 estgio de desenvolvimento da crianca. Por exem- Plo, eriangas menores cestumam scr mais agitadas, adolescentes podem apresentar impulsividade ¢ sensacio de tédio intenso, simu Jando desatengSo (mais detathes no Capitulo 7) Néo considerar a situagéo de vida da erianca. Por exemplo, sieua- ‘gbes negativas em casa podem torné-la mais agitada, impulsiva ou desatenta. Nio perguntar sobre 0 sono e a alimentagio, Nio considerar problemas elinicas (anemia, problemas de tireoide, problemas newrolégicos, ee.) Unilizar-se de referenciais muito exigentes, sem tolerincia aos erros com pouca flexbilidade ou criatividade na avaliacio do aluno. [Nil considerar seu proprio estado emotional ¢fisico wo avaliar a crian- ‘2. “Sentindo-se cansado, todas as eriangas parccem mais agendas.” Deixar-se influenciar por pais mito exigentes, dvidos por um mot vo pelo qual etianga nilo alcangou as médias, Delxar-se influenciat por pais com perfil disciplinador muito rigito ‘ou muito permissivo. 160. csansious bresssn orgs) @ Confindit TDAH com presnica ou m4 vontade. Uma eriangs pode ppassar longos perfodos jogando videogame e ter muita difieuldade Para se manter em uma tarefa escolar porque, na verdade, o defi ‘it de atencao néo representa uma falta total de atenga, mas uma dificuldade na capaeidade de controlar Voluntariamente a atencao, Ou seja, a erianga costuma ter difculdade-em se manter nas atv dades em que precisa de controle voluntirio e facilidade nas ati dades prazerosas, para as quais esse controle & espontineo. oa Muitas vezes, a percepsiio dos pats © dos professores durante a avaliagso de luma crianga néo & idiefice, Meso assim, Isso nao nviabilza a avaliagso ou 6 siagndstieo, Como se trata o TDAH? © tratamento do TDAH deve ser multimodal, ¢ erientacio de pais ¢ prafesso- res, reforgo escola, psicoterapias individuals e em grupo e acompanhamen to médico siio modalidades a serem consideradas, Em casos mais brandos, diversas ineervengies ¢ atitucles podem auniliar. Casos moderados ¢ raves vem passar por uma avaliagso médica [seni a Os ietamentos mals eficazes pars 0s sntomas cantris do TDAH sto a ferapia comportamental © « uso de medicamentos. Embara evista ceta ciscussio a res. peito dos beneficios da terapia cognitva para criangas oom TDAH, novss pescul ‘8 léon demonstrado resultados promissores com €58e tipe de técnica. Segundo fB8e68 esludos, o uso de meticamventos & considarada a primeita escclha, port geralmente s8o necessirias oulas fentes de tralamento para uma poeta mate consistonte. © estudo sobre os met Mentos que agem no sistema nervaso central ‘evolu: muito nos tikimos anos. A efiedcia para multas condigies ¢ maine © >etfl de efeitos colaterais ¢ mais ameno, «novos medicamentas (em io spre. ‘acos pelo sistoma de vigtlincla (apds passazem por trkmites de alto rigor em. tifco) para beneficareriangas e adolescentes. No casa do TDAH, os itmaces se primeira escolha si os psicoescimulantes fistades na Tabela 11.2. Como mostrado na Tabela 12.2, estdo disponiveis arualmente dots tipos de psicoestimulante (metilfenidato ¢ lisdexanfetamina) em formulagies de ccurta e longa ago ¢ em diferentes dosagens, Todos tém-se mostrado seguros © eficazes (Faraone et al., 2004). Geralmente, 0 médico sugere que a medicagio seja administrada antes «das atividades em. que a crianga tem mais peejuizo (na maioria dos casos, an tes da escola), uma vez ao dia para as de longa aco e de 1 a3 vezes a0 dia para as de curta agio, Como um dos efeitos colaterais mais comuns é a re- go do apetite, ¢sugeride que a erianga alimente-se adequadamente antes de ingerir a medicago, A maioria dos medicaments tém inicio de agi répi do (80 minutos em média), com excesio da lisdexanfetamina (cerca de 2 ho- as). Alguns médicos sugerem que a erianga nio uttlize 0 remédio nos fins de semanas € nas férias. Na maioria dos casos, os efeitos colaterais dos psicocstimulantes . Aces fem: 8 malo 2014. BARKLEY, R.A. FISHER, M.; EDELBROCEK, CS. 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Par’ aqueles ‘que apresentam © quaciro de transtorno de déficit de atenco/hiperatividade CTDALD, em suas diversas express6es clinicas (ver Capitulo 11), a vida esco- lar pode ser ainda mais dif ‘Atualmente, diversas fontes de pesquisa comprovam os beneficios do tea- tamento medicamenteso.adequado para portadaces de TDAH. Porém. sen ‘com 9 auxilio des medicamentos, a resposta dessascriangns ¢ sdatescentes milo ‘costunia ser plenanente satisfatra sem o trabalho de arientagio que mocii- ‘cxoambiente familiar € escolar. A partir disso, os chamados practice guidelines, ‘ou “guias de tratamento", propostos pelas associagées de saide mental © de pediatria, endossam os tratamentos denominados multimodais, ou seja, mer so quando a crianga oo adolescente estio medicados adequadament, ite verges pafcassociais com a familia ¢ a escola sho, em diversos aspectos, mak to importantes, como na qualidade da relagio com os pals e os professores. mz execucio de deveres de casa e no funcionamento dos pals com a crianga. Nee sa linha, diferentes estratégias de mudanga comportamental podem ser weil das por pais ¢ edueadores, dentro e fora da sala de aula, para auiiar em as ppectos académicos ¢ socials, Se implementadas de mancira consistente, a pars dacorientagio de um profissional expecalizado com conhecimento ted 5 doeembasado em evidéncas, elas podem ajudar essas etangas e adolesoentes aenfrentar os desafios ¢ construir wma histdra de sucesso em sua vida escola ‘Atualmente, existem tantos modelos e programas de intervencSo nessa Jrea que nio seria possivel descrevé-los detalhadamente em poucas paginas } 4 1G6_cstanisiou & Grosssn (oes.) Portanto, 0 objetivo deste capitulo & fornecer aos educadores pardmetros pa ra melhor manejo de criangas ¢ adolescentes com TDAH em sala de aul Além disso, sendo o TDAH um transtorne de sietomas dimensionais (ver Ca pitulo 11), diversas orientagSes apresentadas aqui também podem ser eplica- das a crianpas agitadas sem 0 diagndstico de TDAH, NO QUE EXATAMENTE PAIS E PROFESSORES PODEM AJUDAR? © primetro passo para uma estratégis de mudanca comportamental efcar de- \eser sempre estabeleeet quai sia os comportamentos lv, ou seja, os com Portamentos problemiticos espectficos que esperamos que melhorem, im Portante lembrar que o: comportamentos lve podem fazer parte de duns lasses, conforme mostra » Quadro 12.1, -Aigumas caracteristcas apresentadas pelas criangas com TDAH ems la de aula foram descritas ne Capitulo 11, entectanto, os problemas podem surgir em multas outrassituagdes. O Quadro 12.2 exemphifien mais aleumas Jreas de difculdade e como elas podem interfrir nos comportamentos tein cionados 8 eseola Tdentificados esses comportamentos, a proxima etapa é descobrir quale slo 08 fatores que provocam seu surgimento, sua maniatenslo © sua ausencan For exemplo, um aluno s0 apresentava agressvidade durante aividades fa cas (fator preciptance), parteularmente ao jogar futebol; ura luna, xy oe ral poueo participativa, tomava-se muito mais produiva quando 0 professae Utliaava recursos vsuais(fator que determina a auséneia do comportamen indesejado). Mdemtficados as comportamentos probleméticos os fatores inluenciam sua manifestacso e manutengio, segue-se o planejamento de = tratdgia de gio. QUAIS SAQ OS OBJETIVOS DE UMA ESTRATEGIA DE ACAO? De maneira sucinta, podemos dizer que a estratégia pode ser voltads to para diminuit ou aeabar com comportamentos consideradar prejuaics QUADRO12.1 ‘As duas classes do problemas comportamentais ‘Ocorrem excassivamenta em termos de Na aoorram quando deveriam Ou no» fequine, curepéo e inteneicade _ertidos com frequdacla sufcionte, (-8x, interromper os outos) ouestd0 _inlensidaca adequacta ou ta manera Presentos om eondlesee erm que sua apropriada (p. x, prestar aloncto). Fraquéncia socialmente aco & Proxima 8 zero. quanto parm cnsinar novos comportamentos, mais funciona © postvos, Co mo Vimos, alunos com TDAH frequentemente apresentam diferentes grupos de problemas e sintomas, precsando de ambuas as abordagens ‘Raxecugao das tarofas no neque uma logkca ou * ‘um pensamenio em sequincia, Embora ‘Gemonsire conhecimenta, multas vaz06 nO ‘consegue cheyar a uma solugdo adequada, ‘Muda mato de uma atvidede para outa nica ‘hulls stivdsdes «fasts poucss. "No controla bem sau temo: perde tempo em {aretas pouco dis, Perde-se ao tentar rear dferentes torofas. Pordo 6 foco da toofa 0 perde-se. Comala eros, or ditrop0. thos rd Runes sont go. GB Extoniiau & Brosean (ore) & Como AGIR AG PLANEJAR A ESTRATEGIA DE ACAO 1. Saja oxpecice: Defina objtves cars ¢ corpolamontosvo deforma ‘:peciica. Por exemplo,“melhoraro comporamenta’# muito genéca: ‘pda nlerrorper cum pesson quando ele ea flando” 6 maiaeapeclico. 2. Soja relleta: Ame 2 ser akcancada Geve ser scessiveL.Proponhe um ‘objeto por vase wali pequenos ganhos ao longo do camino. 3. Daserwoiva um plan: Defi nao apenas cbetvos, mas earstgies para elcangé-os, as podem sor revise © modicadas so hongo do faminno, mas precsam ser laa 0 bom eelinsadas. 4 Monitors, avale@ reformaie: Faz rogistos do desompento @ do cemgortamento do aluno, Somonta actin sera possivel avai Ge edratéie adc @ a necessidace de mudangas no planejamento, {orvengdet ben-auosddas lambém podem perder eto a0 logo tempo edevem se revisas 65, Trabathe ers conjunto: Trabelhar em squipa ¢ sempre mais promissor, ‘oi conduta que se repete deforma omogénea, independenioments ‘Solocal nde. clangasta 4 mae efits, Porno, envelver es pals © ‘uitas passoas do corpo pedaabaica & fundamental QUAIS SAO OS PRINCIPIOS DE UM PLANO DE MUDANGA COMPORTAMENTAL NO TDAH? ‘A tcoria comportamental é a base para a maioria das intervenstes recomen: dadas para ctiangas com TDAH, Ela prope que os plamnos dever ser centra dos especialmente no eonceito de reforgo. Os tefoncos so consequeéncias que ‘aumentam a possibilidede de um comportamento ocorrer ne Fuso, O refor {0 positive é earacterizado como uma recompensa que estimula a pessoa 3 epetir um comportamento, enquanto 0 reforco negativo € caractetizado pe la retirada de um eatimulo avessivo depois que o comportamento adequado é cexercide, Os dois sao exemplifieados a seguir Exemplo de reforgo positive na escola ‘Apeofaesora de histra passau wm trabalho qua a turma dove ‘anrogar em um més qua vale 1 pono iretoreo postive) na més inal, Ela dvidi|m quatro inpas, que devem ser curmpridas ‘semanslmente sté chogar a0 trabalho hal. Toda sagundafera, os slunos Gaver aore- ‘enter a tape realizada, receendo 0.25 ponte yetorgs postive) em cada uma doles. mia de reforgo negative na escola do fesponder impuisivamente como de costume, gritando ou eae pieerotne ‘com we A groforcrn toca Raa! a de Lauro (reforco negativo), que nto pode mais oovene No primeiro exemplo, a professora optou por dividir 0 reforgo positivo final e mais grandioso {1 ponto na médis final) em pequenose mais frequen: tes roforgos postivas (0,25 a eada etapa cumprids). Dessa forma, ela pide fornecer reforgas mais frequentes imeditos, que vio estimalando‘s alunos. * aé que eles aleancem a meta final (nesse caso, o trabalho completo), € ea: sino, na prtca, © que significa planejamento, Gom esse sistema, no ape: ‘nas a chance de manté-los motivados com o trabalho aumentou, como ta- ‘bém se pide langar mio de outra ferramenta valioss: 0 retornd, 0 feedback, constante A siraagio relatada no segundo exemplo mostra como o comportamen- to de Rafael ~ pedir ajuda a professora- fo reforgado negativamente, ji que sua consequéncia fo a retirada de um estimulo aversivo: a implicincia do.co- lea de eurma a Raterg nagitive & dterante de castigo. Castigo, ou punigho, & um estimalo que Jova a pessoa a reduzi a trequéncia de um comporamerto (p. ex. exigt qua 9 ‘aiange repita uma iyo que fez com desleixa). Ac longa ce uma wstrategia do ‘mudanga da comportamento, a ultzaro de muitos casbgos & um sinal de insu- ‘ceaso do programa, Nessos casos, sugore-se que a extratigiseoja revit. (Como UTILIZAR OS REFORCOS p Unaize um quad ca regseoso: |, Doscreva o comportamento experado objetivamente: A 0 ‘ada comportaments a sor recomponsado dove ser lore, ‘ exgesia 0b a forma amagdes postivas Por exempio, om vez pnt ange 9 cer ce "ante 9 cadena bon, sen 170 __Estarisiou & Brossan (ows) (Canuagto) 2, ‘Saja erterioso na eecotha da recompensa: O que 6 reforgadar para ‘um aluno pode nao sar para out, A eonsequéness dave ser prazerosa [pats ale. ter ores euicle te para motivo. Emit e manter 0 ‘camporiamento-siva (embre-so de ser sistomética!) damanda astorgo, 6, ppotanio, 98 consequtneias devem ser ustedes ao nive! de dinculdade ‘do que esta sand soictado. 3. Mude ou alteme © estimule reforgador: No TOAH, a habiwaglo, ou ‘saniagdo, acorre de forma mais rapids do que am autiat orangas, ov ‘eja, 9 feta reforrador da um -2stimulo dura menos para esses alunos. Iodiique 0 rafereo penodicaments para gue 6 programa mantenha sus efiseia 44, Roforee logo apés 0 comportamento ser smitido: Quor tom TDAH {em difcuidads de aquarser por craticagOes tardias. portato, ‘onsaquéncla postive (ou negative) deve ser oferecia logo aps & ‘ealiza3o do comportamenta, mesmo que em um primeira memento ela ‘S616 sob a forms de panos ou ichas que depois serkotrocacas. ‘5, Revoja o sistema praposte: © quacro de ragistro pade ser reviso até mesmo dlaraments, Esse pede ser 0 momenlo que o professor tam com ‘ino pars he informar @ qui orguthote nstf de seus progresaos © para que 05 dois, juntos, avalors como tem sida o baba, 8. Persiata: Comportamertos dices no “surgem ca nota para o dl, portanto, sus extiieas tambien exage lempo. Saja consistant e insite, Pepa ajuda prafiasional para lidar com as dfculdades que eparegam ‘na langa do caminho, mes nko desis facimentel Converse sabre ‘vomportamenios em mementos bons, sem tom puniiva, Como vimos, 0 reforgo positive éa base do manejo comportamental: Eke pode ser material ou social. Vea, a seguir, algumas sugesties de possiveis m= ‘ forgos no ambiente escolar, bem Como exemplos de palavrase frases de ince tivo que o professor pode usilizar individualmente ow em grupo para reforsae de forma positiva seus alunos, jé que o elogio costuma ser um reforgadoe cial importante para a maioria das pessoas. Alguns possiveis reforcos positivos que podem ser administrados pelo professor @ Serajudante do professor @ Apagaro quadro: @ Bserever na ousa © ‘Receber pontos de comportamenta @ Recolher os exerecios @ anchar proximo a professora @ Obter tempo tive Saide mentaina escola 174 Ganhar adesivos Ser o primeira da fila Ter compo extra de brinsadeira Brinear/jogar Receber elogio do professor Receber eattiato fisico afetuaso Ganhar um certficado de bom desempenho scother brinquedos na caixa hidica Levar carta aos pais com elogios do professor Obter boas notas -Methorar 0 status no quadro de desempenho da turma VRVVIVBVVWVWWF Palavras de incentive para quando 0 elogio é 0 reforgo social . Estou gostando de vert std no-caminho certot Continue trabalhando assirn! Estou orgulhoso de vors! Eu sabia que conseguiria! ‘Voct est methorando cada ver mais! © refargo positive pode ser fornecido de maneira direta ou por melo da iquisigio gradual de fichas ou pontes. Por serem mais concretos, Fichas eade~ ‘sivos so mals adequados para ertangas mais navas. Pontos nao tém Kime de dade e fazem parte inclusive de programas baseados em reforyo positivo da nossa vida adult eotidiana, como pontuacies de cart de crédito, descon- tos apés um determinado mimere de compras em um estabelecimento, etc VRVVVWVVVWVVVVVY © ALUNO PODE PERDER FICHAS/PONTOS? Sim, pode. Muitos estudos sobre o uso de procedimentos motivacionats siste- ‘matizades com pessoas com TDAH defendem, inclusive, que a perda de privi légios conquistados no 55 pade como deve fazer parte do programa. A essa peda, a teoria comportamental do nome de custo de respost. ‘Qs comportamentos que Kevardo a perdas devem ser previamente esta bbelecidos e estar bem claros para‘o aluno, are tanita & Brostan (O78) (Ceuta de resposta dave sor usedo da maneira erterioes, afinal, 0 objetivo & MO- CTIVAR: As perdas apenas tomarso um fouc0 mais df a oblango da resultado final, mas este deve continuar sendo possivel e no muito distante, Caso-contra- fo, 0 resullade 6 0 oposto: 2 daemetivagse. Outra estratégia & focat nos comportamenios adequados do aluno. 0 professor pode registrar durante uma semana as situagdes nas quais seu al. ‘no mostrou bom comportamento ¢ utilizé-las como referéncia, Q aluno 2a- ‘nha um ponto/ficha quando se comporta bem e deixa de ganhar quando se comporta mal, A vantagem dessa estratégla ¢ que, nos dias em que o aluno estiver com mais difituldade de se controlar e inibir comportamentos inside. quadas, nfo terd suas fichas perdidas, aperias deixari.de ser recompensado. Ela também evita que o jovern fique desmotivado au sinta que nao vale a pe na temtar “eontrola-te" 20 DIGAS PARA O MANEJO DO TDAH NA SALA DE AULA ‘Apesar das virias formas de expresso do TDAH (algumas criangas e adoles centes com mals sintomias de desatensio, outras com predaminio de hipera- tividade/impulsividade ou déficits executivas), uma strie de oriencagies pe- ‘ais, ou “dicas", podem ajudar muitos alunos com o transtorno. é 1, Minimiae estimulos ditratores: Guants mais calm 6 com menos distratores for o ambiente dé estudo, melhor. Alunos cam TDAH devem se inter lange de porlas e janelas @ pert do professor. inalize 0 que @ importante: IniornagSea impartantos dover sot nfaizadae,gifados, eolocadas am quadros de exiuos. 3 Use recurs au: Matos vuso pater uc inomerbes importantes fiquern mais acessivels © qua os alunos ‘elas 7 50m quo professor prize lambros, Slits tuema que faga, em cannjunt, um quadrs com as regras da que é edo que nfo permitido na sala de aula, utilizando-se de desenhas que as ropresentem, 4. Lembew onde o&taa intormagoes e instrugéos importantes: Lembre & turma de consular retnetcamente cronogramhes eu quadros, (Conan) Repita instrugGes: Escrove, fae a, evenivaimonte, pega quo ea atunos. eptam 0 que compreenderam da uma instruc. aga contato visual: Um clhar pose taza luna de voa da um

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