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Abner Lucas - XXIII

Medicina Baseada em Evidências:


- Pensamento probabilístico

Pensamento baseado na incerteza. Cálculo estatístico de uma coisa ter a possibilidade de ser
sucedida em comparação a outras. Reduz a “fantasia” de um tratamento ter sucesso mesmo com
as evidências científicas mostrando o contrário. (Ou que podem haver mais riscos).
O Pensamento Probabilístico ocorre via aplicação das evidências científicas na realidade.

- Princípio da hipótese nula*

Princípio do ceticismo preventivo. Um tratamento A (tradicional) só deve ser trocado por um


tratamento inovador B a partir do momento em que essa superioridade seja provada
cientificamente. Ou seja, até que se prove o contrário, A=B.

- Princípio da plausibilidade extrema*

Princípio da evidência do óbvio. Exceções do princípio da hipótese nula. Ressalta coisas que não
necessitam de evidências científicas novas para serem realizadas. Por exemplo, da fibrilação de
assístole (se não fizer vai a óbito), ou na imobilização óssea em caso de fratura. São coisas já
provadas e óbvias que não necessitam de questionamento quanto a evidências. Beaseado no
pensamento Bayesiano. Princípio estatístico que baseia-se mais na plausibilidade do que na
probabilidade.

- Princípio do nível de evidência

De acordo com o nível de evidência, ela pode ser exploratória, que nesse caso apenas sugere
uma conduta mas não refuta a hipótese nula, ou confirmatória, que nesse caso sim, sobrepõe o
princípio da hipótese nula para ser utilizada. Lembrando que esse nível diz a respeito das
evidências apresentadas, podendo ser baixas ou médias, o que não faz diferença visto que ambas
devem ser “desconsideradas” (mantém-se hipótese nula), ou altas, que tornam-se confirmatórias.

- Invenção do P=00,5

Sendo P a probabilidade do resultado ao acaso, P=0,05 é o limiar de significância estatística para


que se refute a hipótese nula, baseado na combinação de eventos que resulte em 1/20 (5%)
oportunidades de sucesso, na qual esse “1”, quando apresentado, é confirmatório (Experimento
das xícaras de café e leite de Ronald Fisher). Com margem para erros, visto que, no meio
científico, há mais de um pesquisador trabalhando em uma mesma hipótese e, nesse caso, há
uma probabilidade maior que 5% de tolerância. Para tanto, há erros aleatórios (Tipo I e II), dos
quais o primeiro é considerado mais grave, por afirmar algo falso, rejeitar a hipótese nula quando
ela é verdadeira, diferente do segundo erro, quando não se encontra um resultado verdadeiro.
Abner Lucas - XXIII

- Princípio da Prova do Conceito:

O conceito de um artigo deve sempre ser individualizado e não reproduzido. Ou seja, utilizando-
se da abordagem e dos métodos demonstrados, o médico não deve fazer a mesma aplicação
com a mesma dosagem nos mesmos pacientes (grupo-controle) como em uma “receita de bolo”,
deve aplicar-se o conceito demonstrado no artigo de forma individual a cada paciente,
adaptando-o conforme a história clínica de cada um.

- Princípio da Complacência*

É o princípio que respalda a utilização de evidências indiretas. Ou seja, uma vez que um conceito
seja aplicado a uma população, este conceito tende a se reproduzir tanto no efeito quando na
magnitude, a não ser que haja uma grande razão para se pensar o contrário. Na prática: Um
resultado demonstrado em artigo deve ser aplicado mesmo que o paciente não corresponda
100% ao grupo-controle (pois é provável que nunca irá), MENOS caso o paciente apresente
riscos ou um perfil muito desviante ao apresentado, que são os trade-offs de risco/benefício, em
que o benefício se reproduz mas o risco é potencializado. - Situações vulneráveis ao erro.

- Princípio da Complementaridade

Princípio que formata o julgamento clínico, afirmando que este é COMPLEMENTAR à ciência, e
não concorrente. Ou seja, visa nortear o julgamento, utilizando-se do conhecimento cientifico,
embasando-se no perfil de ações, atitudes, opniões e susceptibilidades (adequar-se ou não a um
procedimento, uma terapia, etc) de cada paciente quando respectivo aos possíveis tratamentos,
com base na relação médico-paciente de história clínica. Desta forma, a ciência e o julgamento
clínico devem ser SINÉRGICOS para que o melhor resultado possa ser obtido.

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