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Psicofarmacologia
Psicofarmacologia
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Núcleo de Educação a Distância
PSICOFARMACOLOGIA - GRUPO PROMINAS
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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PSICOFARMACOLOGIA - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 10
CAPÍTULO 01
NOÇÕES BÁSICAS DE FARMACOLOGIA
Farmacodinâmica _____________________________________________ 20
Farmacocinética _______________________________________________ 21
CAPÍTULO 02
TOXICOLOGIA
CAPÍTULO 03
A PSICOFARMACOLOGIA
CAPÍTULO 04
AS DROGAS E O SISTEMA NERVOSO
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Drogas que agem sobre o SNC __________________________________ 43
CAPÍTULO 05
ERROS DE MEDICAÇÃO
Referências ____________________________________________________ 60
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Nos últimos anos, as Neurociências têm representado uma das
áreas científicas da medicina com mais desenvolvimento de produtos
em termos de conhecimento cultural e tecnológico. Em particular, algu-
mas disciplinas que pertencem a eles, como a Neuroanatomia, neuro-
química, bem como o Neuropsicofarmacologia, proporcionaram contri-
buições essenciais para uma melhor compreensão do cérebro.
O estudo da base neural de comportamento, o desenvolvimen-
to de modelos de sistemas neurobiológicos e, acima de tudo, a utili-
zação de medicamentos que modificam a atividade neuronal clarificou
muitos dos aspectos funcionais do cérebro.
Nesse sentido, o uso de drogas psicotrópicas na clínica, mui-
tas vezes iniciado empiricamente, posteriormente estimulou pesquisa-
dores a estudar mais e mais, aprofundando as pesquisas para conhecer
o mecanismo de ação dessas drogas, o que nos permitiu conhecer as
alterações moleculares que ocorrem na neurotransmissão das doenças
nervosas e mentais. Ao mesmo tempo, as drogas também têm contribu-
ído significativamente para a compreensão dos aspectos funcionais que
estão na base do cérebro e atividade mental.
Enfim, a pesquisa de campo Neuropsicofarmacológico é tão
importante não só para aplicação terapêutica imediata na clínica, mas
também para compreender os mecanismos moleculares que regulam o
comportamento humano (RISPOLI, 2013).
Tanto por isso, neste módulo, nossos olhos e esforços esta-
rão voltados para as questões que envolvem o uso de medicamentos/
drogas nos tratamentos neuropsicológicos, o que nos requer conhe-
cimentos básicos de Farmacologia e Toxicologia para entendermos o
mecanismo de ação, indicação de uso, efeitos terapêuticos e adversos,
contraindicações clínicas e interações dos neuropsicofármacos.
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Figura 1: Neuropsicofarmacologia.
Fonte: http://www.vincenzorispoli.net/la-neuropsicofarmacologia/
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Define-se Farmacologia como o conhecimento das propriedades
físicas e químicas, composição, efeitos bioquímicos e fisiológicos, meca-
nismos de ação, absorção, distribuição, biotransformação e excreção, e o
uso terapêutico dos medicamentos, sendo um conhecimento importante da
prática de vários profissionais das Ciências da Saúde (SANTANA, 2006).
Em palavras bem simples, Farmacologia ou Ciência das Drogas
“é o seu estudo científico, de onde vêm e como funcionam” (SCHELLA-
CK, 2006, p. 14).
A Toxicologia também tem seu lugar de interesse e importân-
cia bem reservados, portanto, veremos conceitos, divisões e variáveis
de importância envolvidas em Toxicologia. Não nos esquecemos das
contraindicações e dos eventos adversos, bem como de falarmos de
algumas plantas que estão mais envolvidas em intoxicações.
Antidepressivos; neurolépticos; estabilizadores do humor e
anticonvulsivantes; ansiolíticos e hipnóticos; drogas no tratamento de
transtornos de movimento, cefaleia, demências e outras drogas neurop-
siquiátricas serão vistas ao longo do módulo.
Desejamos boa leitura e bons estudos, mas antes algumas ob-
servações se fazem necessárias:
1) Ao final do módulo, encontram-se muitas referências utiliza-
das efetivamente e outras somente consultadas, principalmente artigos
retirados da World Wide Web (www), conhecida popularmente como
Internet, que devido ao acesso facilitado na atualidade e até mesmo
democrático, ajudam sobremaneira para enriquecimentos, para sanar
questionamentos que porventura surjam ao longo da leitura e, mais,
para manterem-se atualizados.
2) Deixamos bem claro que esta composição não se trata de
um artigo original , pelo contrário, é uma compilação do pensamento
de vários estudiosos que têm muito a contribuir para a ampliação dos
nossos conhecimentos. Também reforçamos que existem autores con-
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siderados clássicos que não podem ser deixados de lado, apesar de pa-
recer (pela data da publicação) que seus escritos estão ultrapassados,
afinal de contas, uma obra clássica é aquela capaz de comunicar-se
com o presente, mesmo que seu passado datável esteja separado pela
cronologia que lhe é exterior por milênios de distância.
3) Em se tratando de Jurisprudência, entendida como “Inter-
pretação reiterada que os tribunais dão à lei, nos casos concretos sub-
metidos ao seu julgamento” (FERREIRA, 2005) , ou conjunto de solu-
ções dadas às questões de direito pelos tribunais superiores, algumas
delas poderão constar em nota de rodapé ou em anexo, a título apenas
de exemplo e enriquecimento.
4) Por uma questão ética, a empresa/instituto não defende po-
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sições ideológico-partidária, priorizando o estímulo ao conhecimento e
ao pensamento crítico.
5) Sabemos que a escrita acadêmica tem como premissa ser
científica, ou seja, baseada em normas e padrões da academia, portan-
to, pedimos licença para fugir um pouco às regras com o objetivo de nos
aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem de
maneira clara e objetiva, mas não menos científicos.
Por fim:
6) Deixaremos em nota de rodapé, sempre que necessário, o
link para consulta de documentos e legislação pertinente ao assunto,
visto que esta última está em constante atualização. Caso esteja com
material digital, basta dar um Ctrl + clique que chegará ao documen-
to original e ali encontrará possíveis leis complementares e/ou outras
informações atualizadas. Caso esteja com material impresso e tendo
acesso à Internet, basta digitar o link e chegará ao mesmo local.
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NOÇÕES BÁSICAS DE FARMACOLOGIA
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Toxicologia, por sua vez, é o ramo da Farmacologia que lida
com os efeitos indesejáveis de produtos químicos sobre sistemas vivos,
desde células individuais dos seres humanos até ecossistemas comple-
xos (KATZUNG; MASTERS; TREVOR, 2017).
No esquema abaixo temos as ações de produtos químicos que
podem ser divididas em dois grandes domínios. O primeiro do lado es-
querdo é o da Farmacologia e Toxicologia médicas, que visa compre-
ender as ações de fármacos como produtos químicos em organismos
individuais, em especial, seres humanos e animais domésticos. A Far-
macocinética lida com a absorção, distribuição e eliminação de fárma-
cos. A Farmacodinâmica preocupa-se com as ações do produto quími-
co no organismo. O segundo domínio (lado direito) é o da Toxicologia
Ambiental, que se preocupa com os efeitos de produtos químicos sobre
todos os organismos e sua sobrevivência em grupos e como espécies.
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Assim, a Farmacologia é uma ciência que avalia como as dro-
gas atuam no organismo, ou seja, de que forma as moléculas interagem
para produzir o efeito observado.
De uma forma bem simples, podemos dizer que é o efeito que
a droga produz no organismo e, como exemplo, podemos citar as dro-
gas para reduzir a febre e seu mecanismo de atuação inibindo os fato-
res que a produzem.
Em se tratando das plantas, estas produzem diversas substân-
cias ativas que atuam no organismo para produzir os efeitos terapêuticos.
Abaixo temos uma lista de termos importantes, que, via de re-
gra, fazem parte do cotidiano daqueles que trabalham com Farmacologia.
a) Fármaco (pharmacon = remédio): estrutura química conhe-
cida; propriedade de modificar uma função fisiológica já existente. Não
cria função.
b) Droga (drug = remédio, medicamento, droga): substância
que modifica a função fisiológica com ou sem intenção benéfica.
c) Placebo (placeo = agradar): tudo o que é feito com intenção
benéfica para aliviar o sofrimento – fármaco/medicamento/droga/remé-
dio (em concentração pequena ou mesmo na sua ausência), a figura do
médico (feiticeiro).
d) Nocebo: efeito placebo negativo. O “medicamento” piora a
saúde.
e) Absorção: é a passagem do fármaco do local em que foi
administrado para a circulação sistêmica. Constitui-se do transporte da
substância através das membranas biológicas. Tratando-se da via de
administração intravenosa, não se deve considerar a absorção, uma
vez que, neste caso, o fármaco é administrado diretamente na corrente
sanguínea (GOULART, 2010).
Alguns fatores influenciam a absorção, tais como: característi-
cas físico-químicas da droga, veículo utilizado na formulação, perfusão
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FARMACODINÂMICA
é o modo pelo qual os fármacos produzem, nos seus sítios de ação, alte-
rações que resultam nos seus efeitos terapêuticos e tóxicos, o que é de-
nominado mecanismo de ação, sendo de fundamental importância para o
uso terapêutico racional dos fármacos e para o desenvolvimento de novos
agentes terapêuticos (DELUCIA; PLANETA; OLIVEIRA FILHO, 2008, p. 13).
ou receptores farmacológicos.
Já os fármacos estruturalmente inespecíficos, recebem essa
denominação porque sua ação não é devida a uma interação com ma-
cromoléculas específicas do organismo (receptores), mas resulta de in-
terações inespecíficas entre moléculas de fármaco e tecidos vivos.
Sua atividade pode resultar de transformações químicas com
pequenas moléculas ou íons do organismo, como é o caso dos antiáci-
dos gástricos, que agem por neutralizarem o HCI do estômago (DELU-
CIA; PLANETA; OLIVEIRA FILHO, 2008).
Os receptores são, em termos operacionais, componente ma-
cromolecular funcional do organismo, com o qual o fármaco interage e
modifica as funções fisiológicas. Existem receptores intramoleculares e
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acoplados a proteínas G.
Quando a interação entre as moléculas do fármaco e os sítios
específicos dos tecidos iniciam uma série de eventos que levam a uma
resposta biológica, os componentes celulares envolvidos são chama-
dos receptores farmacológicos.
Podemos então classificar as drogas em agonistas, antagonistas
e dualistas, o que vai depender da habilidade de seus complexos droga-re-
ceptor de extrair ou iniciar respostas celulares ou efeitos celulares ativos.
Em linhas gerais:
a) agonistas são os fármacos que se ligam aos receptores fi-
siológicos e simulam os efeitos dos compostos endógenos. Podem ser
totais, parciais, inversos;
b) antagonistas, grosso modo, exibem atividade intrínseca
igual a zero. Podem ser competitivos, funcionais ou fisiológicos, quími-
cos, metafinoides;
c) dualistas ou conhecidos também por antagonistas-agonis-
tas. Sua atividade varia entre zero e menos que um.
FARMACOCINÉTICA
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Fonte: http://cetaminaffup.wixsite.com/toxicologia/farmacocintica
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TOXICOLOGIA
PSICOFARMACOLOGIA - GRUPO PROMINAS
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Figura 4: Toxicologia.
Fonte: http://www.biomedicinabrasil.com/2016/03/biomedicina-e-toxicologia.html
DIVISÕES DA TOXICOLOGIA
a) Toxicidade
b) Intoxicação
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b.4) Fase Clínica
c) Efeito Tóxico
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c.3) Efeito Crônico, Imediato e Retardado:
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c.6) Efeitos Resultantes da Interação de Agentes Químicos:
tivando-o.
Esse tipo de antagonismo tem um papel muito importante
no tratamento das intoxicações. Exemplo: agentes quelantes como o
EDTA, BAL e penicilamina, que sequestram metais (As, Hg, Pb, entre
outros) diminuindo suas ações tóxicas.
(b) Antagonismo funcional ocorre quando dois agentes produ-
zem efeitos contrários em um mesmo sistema biológico atuando em
receptores diferentes.
Exemplo: barbitúricos que diminuem a pressão sanguínea, in-
teragindo com a norepinefrina que produz hipertensão.
(c) Antagonismo não competitivo, metabólico ou farmacocinético
é quando um fármaco altera a cinética do outro no organismo, de modo
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que menos AT alcance o sítio de ação ou permaneça menos tempo agindo.
Exemplo: bicarbonato de sódio que aumenta a secreção uri-
nária dos barbitúricos; fenobarbital que aumenta a biotransformação do
tolueno, diminuindo sua ação tóxica.
(d) Antagonismo competitivo, não metabólico ou farmacodinâ-
mico ocorre quando os dois fármacos atuam sobre o mesmo receptor
biológico, um antagonizando o efeito do outro. São os chamados blo-
queadores e este conceito é usado, com vantagens, no tratamento clí-
nico das intoxicações.
Exemplo: naloxone, no tratamento da intoxicação com opiáce-
os. Atropina no tratamento da intoxicação por organofosforado ou car-
bamato (LEITE; AMORIM, 2008).
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A PSICOFARMACOLOGIA
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Figura 5: Clorpromazina.
Fonte: http://patentados.com
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Pode-se dizer que a Psicofarmacologia emergiu empiricamen-
te. Por exemplo, a origem dos antidepressivos inibidores da monoami-
noxidase (IMAO) foi a partir da observação de que a iproniazida, usada
no tratamento da tuberculose, era capaz de produzir elevação de humor
e euforia. A iproniazida foi introduzida no tratamento de pacientes hos-
pitalizados com depressão após os estudos iniciais de Crane e Kline,
de 1956 e 1958, respectivamente. Quase simultaneamente à introdução
dos IMAO, a pesquisa de novos compostos anti-histamínicos conduziu
ao aparecimento da imipramina (1958), que foi o primeiro de uma série
de antidepressivos tricíclicos (SCAVONE; GORENSTEIN, 1991).
Assim, até o final da década de 50 já haviam sido descobertos
cinco grupos de drogas capazes de promover efeitos clínicos em trans-
tornos psiquiátricos: antipsicóticos (clorpromazina, haloperidol), antide-
pressivos tricíclicos (imipramina), antidepressivos IMAO (iproniazida),
ansiolíticos (meprobamato e clordiazepóxido) e antimania (lítio).
São avanços da Psicofarmacologia nessas décadas todas:
• em termos de impacto, pode-se dizer que a introdução dos
psicofármacos foi marcante e seu uso disseminou-se amplamente. Uma
consequência quantificável e bastante impressionante foi a inversão
da tendência de crescimento das curvas de frequência de admissão
hospitalar e ocupação de leitos, reduzindo a internação e o tempo de
permanência de pacientes psiquiátricos. Assim, o número de pacientes
psicóticos hospitalizados nos EUA diminuiu de 554.000, em 1954, para
77.000, em 1993, quase 40 anos depois;
• em termos de número de drogas disponíveis, houve uma con-
siderável ampliação do arsenal terapêutico, tanto com a expansão do nú-
mero de compostos dentro do mesmo grupo farmacológico, como com o
surgimento de drogas com perfil de ação diferente das drogas originais;
• já quanto à eficácia, parece que os compostos mais recentes
muito pouco acrescentaram aos originais, embora há de se reconhecer
PSICOFARMACOLOGIA - GRUPO PROMINAS
que muitos deles são realmente mais seletivos, levando a maior tolera-
bilidade e aderência ao tratamento (CRAIG, 1997 apud GORENSTEIN,
SCAVONE, 1999).
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AS DROGAS E O SISTEMA NERVOSO
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Figura 6: Neurotransmissores.
Fonte: http://www.culturamix.com/cultura/ciencia/neurotransmissores
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NEUROTRANSMISSORES DE SIGNIFICÂNCIA FARMACOLÓGICA
a) Analgésicos Opioides
Figura 8: Morfina.
Fonte: http://helpfarmacia.blogspot.com.br
b) Drogas Ansiolíticas:
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Figura 9: Serotonina.
Fonte: http://scienceblogs.com.br/psicologico/2012/03
e) Drogas Antiesquizofrenia:
a) Simpaticomiméticos:
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b) Simpaticolíticos:
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c) Parassimpaticomiméticos:
d) Parassimpaticolíticos:
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ERROS DE MEDICAÇÃO
quer dizer que não basta termos um produto seguro, ele precisa ser
utilizado de maneira correta.
Segundo Rosa, Anacleto e Perini (2008), a segurança dos me-
dicamentos dividiu-se em dois segmentos: a garantia da eficácia do pro-
duto e da margem de segurança de seus efeitos nocivos conhecidos e
aceitáveis, e a garantia de que o uso seja seguro em todas as etapas.
Os mesmos autores explicam que a utilização dos medicamen-
tos nos hospitais envolve de 20 a 30 etapas, a atuação de diversos pro-
fissionais e a transmissão de ordens e materiais entre pessoas. Disso
podemos inferir que cada etapa apresenta potenciais variados de ocor-
rência de erros, e para uma real redução dos riscos, faz-se necessária
uma análise sistêmica desse processo, o conhecimento dos seus pon-
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tos vulneráveis e a implantação de medidas preventivas.
Mas o que é erro de medicação?
O erro de medicação é qualquer erro que se produz em qual-
quer dos processos do sistema de utilização de medicamentos. Esses
erros podem assumir dimensões clinicamente significativas e impor
custos relevantes ao sistema de saúde (BRASIL, 2012).
Os erros de medicação podem estar relacionados à prática
profissional, produtos usados na área de saúde, procedimentos, proble-
mas de comunicação, educação do paciente, monitoramento e uso de
medicamentos.
Em se tratando da terminologia dos efeitos negativos do uso
dos medicamentos podemos falar de maneira ampla que: acidente com
medicamentos são todos os incidentes, problemas ou insucessos, ines-
perados ou previsíveis, produzidos ou não por erro, consequência ou
não de imperícia, imprudência ou negligência, que ocorrem durante o
processo de utilização dos medicamentos. Englobam toda a sequência
de procedimentos técnicos ou administrativos e podem ou não estar
relacionados a danos ao paciente.
Vejamos a ilustração abaixo:
Fonte: Otero e Dominguez-Gil (2000 apud Rosa, Anacleto e Perini, 2008, p. 252).
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KATZUNG, Bertram G.; TREVOR, Anthony J. (Orgs.). Farmacologia bá-
sica e clínica. 13 ed. Porto Alegre: McGraw Hill, 2017.
CORRÊA, J.C. Antibióticos no dia a dia. 4 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2010.
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SANTANA, Adrianne Rita Cardoso Mancuso Brotto Ferreira de. Conhe-
cimento de Enfermeiros de Clínica Médica e Unidade de Terapia Inten-
siva de Hospitais Escola da Região Centro-Oeste sobre medicamentos
específicos. Ribeirão Preto: USP/Escola de Enfermagem de Ribeirão
Preto, 2006. Dissertação de Mestrado.
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