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ARGAN, Carlo Giulio.

GUIA DE HISTORIA DA ARTE

CAMPO DA ARTE
Quanto ao valor artístico das coisas :
O valor artístico de um objeto está na sua forma, ou seja, na configuração visível dada e
relacionada a experiência do real, conseguida mediante uma representação. “Uma forma é
sempre qualquer coisa dada ( uma significante)a perceber, uma mensagem comunicada (o
receptor dá um significado) por meio da percepção” (p.14)
LITERATURA DA ARTE
- A critica do historiador
A FUNÇÃO DA HISTORIA DA ARTE
1. A obra de arte ( é uma realidade histórica) não é um fato estético (ou apenas isso) que
tem também um interesse histórico: é um fato que possui valor histórico porque tem
um valor artístico, é uma obra de arte (p.17)
2. ( O contexto da obra – arte é um elemento constitutivo do sistema cultural )O
historiador não deve, pois, tentar entender como aquela problemática geral se desdobra
na obra do artista e nela constitui o tema ou o conteúdo, mas como aquela
problemática envolve o problema especifico da arte (O Espirito Nacional) e se
apresenta ao artista como problema artístico ( Modernismo).
3. EM SINTESE: a função de estudar a arte não como um reflexo, mas como agente da
historia: ela é, portanto, uma historia especial com historia da filosofia, da economia....
que opera num campo próprio e tem metodologias próprias, mas, como todas as
historias especiais, desemboca e enquadra-se na historia geral da cultura, explicando
como será a cultura elaborada de construída pela arte. (P. 18)

JUIZO CRITICO E VALOR ARTISTICO


Parâmetros anteriores de juízos: o belo, a fidelidade na imitação da natureza,
conformidade com cânones, significado religioso, narração figurada...
Para o historiador da arte... “Uma obra é vista como obra de arte quando tem importância
na história da arte e contribuiu para a formação e desenvolvimento de uma cultura
artística. Enfim: o juízo que reconhece a qualidade artística de uma obra, dela reconhece
ao mesmo tempo a historicidade. (P. 18-19)
AUTENTICIDADE DA OBRA DE ARTE
Influencia difere de originalidade
Citando Cavalcaselle o autor pondera: aquilo que o historiador deve reconstruir , seja no
âmbito das personalidades singulares, seja no âmbito mais lato de uma situação cultural, é
o desenvolvimento de uma experiencia. Os artistas vivem no mundo da arte como os
cientistas no da ciência ....Nas suas obras os artísticas desenvolvem um discurso cultural
precioso, que o historiador deve decifrar e reconstruir: reconhecem ou limitam ou negam a
autoridade dos mestres, aceitam ou discutem ou recusam politicamente os resultados de
outras pesquisas, reexaminam criticamente a sua própria atividade passada. O historiador
decompõe a obra de arte nas seus muitos componentes culturais , analisa-a como um
conjunto de relações, de fatos, interactuantes (P.21)
(Quanto as restaurações) É função do historiador detectar tudo o que resta de autentico e
recompor o tema da obra;...
QUALIDADE DA OBRA DE ARTE
A busca da qualidade requer indubitavelmente sensibilidade, mas a sensibilidade não
ajuda se não for exercitada, e a única maneira de a exercitar ( ou antes, de a formar) é
“LER O MAIOR NUMERO DE OBRAS de arte possível, até se adquirir uma
familiaridade total com os processos expressivos das várias escolas e dos vários artistas.
Muito mais do que nas aulas das universidades e nas bibliotecas, O HISTORIADOR DE
ARTE FORMAR-SE NOS MUSEUS, NAS GALERIAS, NAS IGREJAS, ONDE QUER
QUE EXISTAM OBRAS DE ARTES (P.22)

OS INSTRUMENTOS DO HISTORIADOR DE ARTE


Há depois outro material, precioso para a reconstrução da historia da cultura artística e dos
processos de trabalho dos artistas: OS DESENHOS QUE DOCUEMNTAM OS
ESTUDOS, A PESQUISAS, por vezes as fases dos projetos e da preparação das obras;
AS GRAVURAS; que no passado constituíram um doos principais intermediários para a
difusão do conhecimento da arte dos mestres; as replicas e copias...Há finalmente as
NOTICIAS DAS FONTES LITERARIAS; OS ESCRITOS DOS ARTISTAS, AS
CARTAS, OS DOCUMENTOS RELATIVOS A ECOMENDA, O PAGAMENTOS ...
A ATRIBUIÇÃO
Atribuição e datação são pontos de chegada da pesquisa; a atribuição assume caráter de
juízo critico e histórico;
A CRITICA DE ARTE
A INTERPRETAÇÃO: ...das obras de arte em geral, cada época deu interpretações
diferentes, mas não pode dizer-se que existiam, em absoluto, interpretações corretas ou
erradas...o estudo da história crítica da arte não é auxiliar e colateral, é um processo
metódico da historiografia da arte....Resumindo, pode dizer-se que a historia da arte,
sendo historia dos juízos emitidos sobre obras de arte, é história da critica de arte.
(p.25,26,27)
HISTORIA E CRITICA
Pode fazer-se a história da arte antiga com uma metodologia moderna, e pode fazer-se a
historia da arte moderna com metodologias antigase ultrapassadas. É evidente que o
historiador, expoente responsável pela cultura do seu tempo, deve sempre fazer uma
história moderna, quer o objeto da sua investigação e do seu juízo seja antigo quer
moderno. (p.31)
PERIODIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO
A HISTORRIOGRAFIA MODERNA DA ARTE PREFERE O CRITERIO
PROBLEMATICO AO CIRTERIO MONOGRAFICO. Toda a investigação histórica
delimita um campo próprio, isto é, caracteriza e analisa grupos de fenômenos que, estando
ligados entre si, fomam um sistema de relações, um período. O inicio de um período é
geralmente assinalado por uma mudança mais ou menos profunda em relação ao
precedente: cada período pode incluir-se, com outros, num período mais vasto.

METODOS:
FORMALISTA: Henrich Wolfflin procurou reduzir os sistemas de sinais representativos
a algumas categorias fundamentais: linear-pictórico; superfície-profundidade; forma
fechada-forma aberta; multiplicidade-unidade; clareza-não clareza
SOCIOLOGICO: tem sua origem no pensamento positivista do século passado; e a
primeira história social da arte, a de H. Taine, mais do que uma história da arte é uma
história da sociedade vista no espelho da arte.
ICONOLOGICO:
A. WARBURG - E. PANOVSK
A Iconologia é diferente da iconografia: num caso enoutro, porém, o que conta, porque
tem um siginificado próprio, É A IMAGEM. O ASSUNTO, que a critica formalista
elimina como fato inteiramente contigente, é sempre um componente da obra : uma
interpretação que seria exaustiva não pode desprezá-la [...] Tal como se pode fazer a
história da arte como historia das fomas, também se pode fazê-la como historia das
imagens. A atividade artística é essencialmente atividade da imaginação: mas na
imaginação incluem-se também as imagens sedimentadas na MEMORIA (p.38) [...]
UMA CULTURA DAS IMAGENS; a historia da arte é a historia da cultura elaborada não
pela via dos conceitos mas por meio das imagens. As têm no mundo uma existência
própria ; propagam-se, embora alteradas, em todas as classes sociais, não conhecem
limites de “escolhas” nem de “estilos” nem de nação (p.39)
O METODO ICONOLOGICO x ICONOGRAFIA
Se a iconografia é o estudo da conformidade com uma imagem-tipo, a iconologia é o
estudo das infrações ao modelo, do percurso muitas vezes misterioso da imagem na
imaginação, dos motivos para as suas reaparições por vezes muito distantes do tempo.
(p.39)
UM METODO HISTORICO (porque) estuda e descrve processos peculiares da cultura
artísticas como cultura da imagem, que explicam a sua maneira especificade evoluir e
dinfundir-se (p.40)

CAPITULO 2:

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