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Substituindo Processos Produtivos Complexos Através Do Uso Da Manufatura Aditiva - Wagner Bertolini Junior
Substituindo Processos Produtivos Complexos Através Do Uso Da Manufatura Aditiva - Wagner Bertolini Junior
SÃO PAULO
Maio/2015
RESUMO
Os jornais e revistas anunciam uma nova revolução industrial. Uma tecnologia, aparentemente
inovadora, porém criada no século passado, começa a se espalhar rapidamente entre entusiastas
de tecnologia e indústrias de olho na redução de custos em seus processos de desenvolvimento.
Máquinas que, trinta anos atrás, custavam dezenas de milhares de dólares começam a ser
produzidas em casa e vendidas por poucas centenas de dólares. A era da impressão 3D já
chegou. Neste estudo de caso será mostrado o impacto que a dispersão desta nova tecnologia
traz, principalmente, às pequenas empresas de recursos limitados, que antes tinham dificuldades
em produzir e testar seus protótipos de peças mecânicas durante o desenvolvimento de novos
projetos. Com verba reduzida, estas empresas hoje, conseguem não só produzir seus protótipos
como acelerar este desenvolvimento, e por consequência, acelerar a chegada de novos produtos
ao mercado. Este estudo mostra uma comparação simples, especialmente de custos e prazos,
entre os processos convencionais de manufatura e o uso da manufatura aditiva.
3D Três dimensões
MTBF Mean Time Between Failures, tempo médio entre falhas de um dispositivo
SUMÁRIO
1. Introdução .......................................................................................................................... 15
1.1 Contextualização ........................................................................................................ 15
1.1.1 Protótipo............................................................................................................ 15
1.1.2 Manufatura ........................................................................................................ 15
1.1.3 Confeccionando protótipos ............................................................................... 17
1.1.4 Inovação em pequenas empresas. ..................................................................... 17
1.1.5 Startup ............................................................................................................... 18
1.2 Problema de Pesquisa ................................................................................................. 18
1.3 Objetivo do Trabalho.................................................................................................. 18
1.4 Metodologia................................................................................................................ 19
2. O caso .................................................................................................................................. 21
2.1 Breve histórico da empresa ........................................................................................ 21
2.2 Descrição do mercado ................................................................................................ 22
2.3 O quiosque de gravação ............................................................................................. 23
2.4 O desenvolvimento de peças específicas.................................................................... 23
2.5 A manufatura de peça específica ................................................................................ 25
2.5.1 A tecnologia ...................................................................................................... 25
2.6 Peça exemplo: Suporte do motor................................................................................ 28
2.6.1 Produção do suporte através da manufatura aditiva ......................................... 30
2.6.2 Produção do suporte através da manufatura convencional ............................... 32
2.6.3 Comparativo entre manufaturas ........................................................................ 33
3. Questões para Discussão ................................................................................................... 35
Referências .............................................................................................................................. 37
APÊNDICE A: Entrevista com Técnico em Desenho, empresa X. .................................... 39
APÊNDICE B: Entrevista com Gestor de Negócios, empresa X. ...................................... 42
APÊNDICE C: Entrevista com Marco Aurélio de Paschôa, Empresa NATMAR. .......... 45
ANEXO A - Unilever cuts production times by 40% with 3D printing ............................ 48
ANEXO B - Solidscape and LSR speed up mould-making process ................................... 51
ANEXO C - Winsun: Laying the foundations for 3D printed construction ..................... 53
ANEXO D - Carbon3D Unveils Breakthrough CLIP 3D Printing Technology ............... 57
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1. Introdução
Apesar da diversidade de processos produtivos que hoje existem e a variedade de novas
tecnologias que emergem diariamente, existe ainda grande dificuldade na elaboração de “peças
protótipo”, ou seja, a produção em pequena escala de peças recém-desenvolvidas para uma
determinada função, que não foram ainda testadas, e que, portanto, ainda não tem demanda
suficiente que justifique uma linha de produção específica para elas. Neste estudo de caso
abordaremos como o processo de manufatura aditiva – que hoje ganha grande destaque com a
proliferação das impressoras 3D de baixo custo – efetivamente reduziu o custo de prototipagem
de novas peças mecânicas utilizadas em uma linha de produção de máquinas de gravação de
metal em uma empresa de pequeno porte ainda em estágio inicial de operação.
1.1 Contextualização
Com o intuito de melhor explanar aqui o objetivo do processo relatado neste caso de
uso, teremos de fazer uma breve introdução a alguns termos que são importantes para a total
compreensão deste estudo de caso.
1.1.1 Protótipo
Protótipos são exemplos iniciais, modelos, ou versões de um produto produzidas para
testes de conceito ou processo, ou para atuar como algo a ser replicado ou para se tomar dele
lições aprendidas.
1.1.2 Manufatura
Manufatura é o processo de produção de itens para comercialização ou consumo
utilizando a força de trabalho humana juntamente com máquinas, ferramentas e processos
químicos e biológicos. O termo pode se referir a uma grande quantidade de atividades do ser
humano, desde o artesanato e outros processos produtivos manuais, até o uso de tecnologias de
ponta. Porém, o termo é comumente aplicado à produção industrial em larga escala, na qual as
matérias-primas de diversos tipos são transformadas em produtos acabados.
Para se atingir a geometria desejada em uma peça a partir da matéria prima básica de
forma padronizada e controlada, de acordo com nossa tecnologia atual e processos de
manufatura existentes na atualidade, faz-se necessária a aplicação de um dos processos
seguintes: Moldagem, Usinagem ou Manufatura Aditiva, conhecida também por Impressão 3D.
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1.1.5 Startup
O termo startup é largamente utilizado nos dias de hoje, mas ainda pouco entendido. As
pessoas têm dificuldade de diferenciar uma empresa startup de uma empresa comum nova no
mercado. Uma das frases que melhor define o que é uma empresa startup pode ser encontrada
livro The Startup Owner’s Manual de Steve Blank e Bob Dorf.
A palavra inovação é intimamente ligada à palavra startup, visto que para se considerar
uma nova empresa como sendo uma empresa startup, é necessário que ela tenha algo diferente
do que já existe no mercado seja no seu produto ou serviço, ou ainda em seu modelo de
negócios, de forma que isto seja uma vantagem competitiva.
1.4 Metodologia
Este estudo de caso pretende se basear na experiência anterior já obtida por este
pesquisador durante o acompanhamento e participação da adesão por parte da empresa estudada
da tecnologia de manufatura aditiva.
Para complementar ainda este estudo, serão conduzidas entrevistas com dois
funcionários da empresa estudada - a qual o nome será preservado, e em seu lugar utilizaremos
o nome empresa X, visando manter sua confidencialidade - para ter se uma visão combinada
dos fatores que levam esta experiência a ser reconhecida como bem-sucedida. Os perfis dos
dois funcionários serão diversificados para que se tenha uma visão 360 graus sobre a adoção da
tecnologia.
O primeiro funcionário, cujo nome será preservado, chamaremos de Técnico de
Desenho. Este, que é especialista na área de desenho técnico 3D, projeta as peças a serem
produzidas através de manufatura aditiva, além de operar a máquina de manufatura durante
todo o processo.
O segundo funcionário entrevistado, chamaremos de Gestor de Negócios, tem um perfil
administrativo, mais ligado à gestão do negócio em si, focado no custo e prazo dos projetos,
têm maior influência na decisão de compra do equipamento. Ainda que em menor parte,
participa dos desenvolvimentos, porém, dando apoio no processo criativo, não se envolvendo
tanto no nível técnico das soluções.
Para ampliação do estudo, será entrevistado um terceiro perfil: Marco Aurélio de
Paschôa, proprietário da NATMAR, indústria especializada na confecção de moldes e injeção
de termoplásticos, usuário da tecnologia de manufatura aditiva há cerca de três anos em seus
processos cotidianos.
As perguntas utilizadas nestas entrevistas serão de cunho qualitativo, o que nos permitirá
obter não só respostas sobre a adoção da tecnologia como dar abertura aos entrevistados quanto
à interpretação das questões, e estender as mesmas a outros temas relacionados.
Algumas das perguntas que serão utilizadas serão:
1. Em que ponto você enxerga estarmos dentro da evolução contínua da tecnologia de
manufatura aditiva? Qual a sua visão de futuro para o tema?
2. Por que você optou pelo uso desta tecnologia? Quais foram os principais atrativos
que fizeram você tomar a decisão de aderir à mesma?
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A pesquisa de enfoque qualitativo utiliza a coleta de dados sem medição numérica para
descobrir ou aprimorar as perguntas de pesquisa ou mesmo acrescentar novas perguntas no
processo de interpretação. (Sampieri et al., 2013)
Portanto, para Sampieri, a pesquisa qualitativa nos mostra um caminho mais flexível
onde é possível estender ou modificar as perguntas durante o processo de coleta de dados para
se atingir uma maior qualidade das informações.
Considerando a quantidade de entrevistados encontrados visto a recente inserção deste
tipo de tecnologia no país, a pesquisa qualitativa parece a mais adequada a ser realizada.
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2. O caso
2.1 Breve histórico da empresa
Criada em meados de 2014, a empresa em questão, que a partir deste momento nos
referenciaremos a ela como empresa X para manter a confidencialidade de seus processos
internos, tem como foco dentro do segmento Pet – animais de estimação – o desenvolvimento
de produtos para reduzir o número de perdas de animais de estimação sem devida recuperação
dos mesmos, além de embelezá-los. Para atingir tal objetivo, os fundadores da empresa X,
fizeram uma análise do mercado local para verificar quais produtos existentes poderiam
solucionar tal problema de recuperação dos animais de estimação perdidos. Após analisar os
dados chegaram à conclusão de que não havia um produto que aliasse todos os requisitos que
eram demandados pelo consumidor dos produtos no país: um produto elegante, que além de
proteger o animal, embeleza o mesmo; um produto de fácil uso tanto para quem compra como
para quem encontra o animal; um produto de custo acessível, que pudesse atender boa parte dos
consumidores do segmento; e ainda, um produto que o consumidor comprasse e já tivesse seu
cão identificado na hora, ainda no ponto de venda.
Inspirados na criação de um produto novo para o mercado local brasileiro, e com seu
plano de negócio já montado, os fundadores da empresa X, que preenche todos os requisitos de
uma empresa startup, criaram a mesma com foco neste novo produto: uma placa de
identificação metálica com diversas texturas; e um quiosque de autoatendimento de gravação
das placas para que o consumidor gravasse sua placa no momento da compra. Este quiosque
grava os dados de contato do dono do animal na placa metálica em baixo relevo através de um
processo conhecido como gravação em metal. Este quiosque possui internamente uma máquina
de três eixos comandada por computador, estes eixos guiam uma ponta de desbaste que retira
parte do material fazendo assim a gravação em baixo relevo das informações digitadas pelo
consumidor na tela sensível ao toque.
Além de todos os objetivos que o produto visava atingir, os fundadores desejavam que
o mesmo fosse de fácil usabilidade, não necessitando assim de mão de obra especializada para
operar a máquina. Para isso, grande investimento foi feito na qualidade do produto,
especialmente o software que interage com consumidor final. Processos que em geral são
conhecidamente tortuosos para alguns consumidores como, por exemplo, a leitura de códigos
de barra do produto - que seriam necessários para a operação do quiosque - foram trocados por
processos mais fáceis como a simples aproximação do produto ao quiosque para a leitura e
identificação do mesmo. Estes ganhos foram possíveis através do uso de tecnologias de ponta
como etiquetas eletrônicas de rádio frequência, cujo custo ainda não é dos mais acessíveis no
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Brasil, mas que com o crescimento de seu uso, ficarão mais baratas e, por consequência, mais
presentes em nosso dia-a-dia.
O processo de desenvolvimento desta máquina para uma empresa nova no mercado,
utilizando recursos financeiros próprios, limitados, torna-se altamente complexo e quase
inviabiliza seu nascimento e operação. É neste cenário que veremos como a manufatura aditiva
ajudou esta empresa a vencer seu desafio e lançar com sucesso este produto inovador no
mercado brasileiro.
Disponível em: <http://abinpet.org.br/imprensa/noticias/abinpet-divulgadados-mercado-pet-2013/>. Acesso em:
19 abr. 2015.
23
Todas as etapas envolvidas neste desenvolvimento são extremamente custosas para uma
empresa de pequeno porte nova no mercado.
A etapa de desenho exige mão de obra qualificada capacitada para operar software como
AutoCAD, SolidWorks, Inventor entre outros, que auxiliam no design de peças em duas e três
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“Hoje ainda temos restrições no que se diz respeito ao teste final das
peças usando o próprio protótipo, devido a restrições do material
usado na tecnologia de manufatura aditiva. (...) Eu consigo perceber
essa dificuldade quando preciso fazer um protótipo que será submetido
a testes em ambientes que possuam alta temperatura, contato com
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Uma forma de se obter uma fôrma simples de gelo seria a confecção de uma peça em
alumínio no tamanho e formato exato da fôrma final, através de processos como usinagem,
fresagem e até mesmo eletro-erosão.
Todos estes processos costumam ser caros e muito manuais. Existem processos
automatizados, mas só são viáveis economicamente quando o objetivo é a produção de diversas
peças iguais e não somente uma peça protótipo como desejamos.
“Hoje trabalhamos com uma impressora Airwolf 3D, ela foi importada
por nós diretamente dos EUA cerca de 1 ano atrás, é uma impressora
que tem a tecnologia de extrusão do material, depositando camada a
camada dele através de um bico extrusor. Ela tem uma resolução bem
alta, algo próximo de 0.01mm, e uma mesa de impressão razoável se
comparada as de mercado, cerca de 300mmX200mmX200mm, nos
permitindo fazer peças de tamanho médio, que é justamente o que
necessitávamos.” (GESTOR DE NEGÓCIOS, Entrevista II).
Disponível em: <http://airwolf3d.com/2013/11/15/pr-aw3d-hd-large-3d-printer/>. Acesso em: 19 abr. 15.
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eixos lineares da máquina e manter o motor perpendicular ao eixo que será movimentado. Na
figura 5 e 6 podemos ver o desenho em 3D da peça em questão, a ser produzida.
Nesta imagem fica claro que nossa peça não será produzida maciça, esta é uma escolha
comum em processos de manufatura por deposição que visa economizar a quantidade de
material utilizada, mantendo ainda boa resistência mecânica.
A qualidade com que essa peça será impressa e o volume da mesma, determinarão o
tempo de sua impressão. Mesmo em modo rascunho, onde o objeto é feito de modo acelerado,
a peça demorará cerca de uma hora para ser impressa. Se a mesma peça for impressa em uma
qualidade maior, o que significará camadas mais finas de plástico, e menor velocidade de
impressão, a mesma demoraria cerca de 3 horas e 10 minutos para ser impressa.
Conseguimos intuir então, por estas contas, que uma bobina de um quilograma de ABS
deve conter aproximadamente 147.885mm ou 148m de filamento, como demonstrado a seguir:
1000𝑔
= 147.885𝑚𝑚
0,0067𝑔/𝑚𝑚
A mesma peça que produzimos por manufatura aditiva pode ser feita por diversos outros
processos como: Injeção, Fundição, Artesanato, Usinagem, entre outros. Como desejamos obter
um protótipo, uma peça para testes, decidimos neste estudo utilizar o processo de produção
mais comum para realizar uma comparação com o processo de manufatura aditiva, produzir
esta peça em alumínio através do processo de usinagem.
Foi realizado um orçamento em uma empresa de usinagem para se produzir a peça em
questão. A empresa levou cerca de dois dias úteis para entregar-nos o orçamento que segue
abaixo reproduzido:
“(...) acredito em uma nova revolução industrial que virá pela frente,
onde nós poderemos em nossas casas imprimir objetos de cotidiano ou
corrigir problemas em nossas casas através da impressão de objetos.
Imagine, por exemplo, que você possua um chuveiro antigo o qual teve
uma peça plástica quebrada pelo desgaste, se você não encontra esta
peça no mercado, seu chuveiro estará condenado a virar lixo. Se você
é capaz de desenhar ou mesmo digitalizar em 3D esta peça, você é
capaz de produzir uma peça similar nova, evitando assim o custo da
troca do chuveiro.” (GESTOR DE NEGÓCIOS, Entrevista II).
Já um grupo americano chamado Defense Distributed criou uma arma de fogo que
poderia ser 100% impressa, com exceção de uma agulha metálica, facilmente encontrada no
mercado, que é utilizada para estourar o cartucho de pólvora de uma arma convencional.
Rapidamente restrito pelo departamento de defesa dos EUA, o site do grupo foi retirado do ar
após milhões de downloads do projeto. Mas, como foi baixado por milhares de pessoas, o
conteúdo ainda é facilmente encontrado em sites de compartilhamento de arquivos. Um
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Referências
BLANK, Steve; DORF, Bob. The Startup Owner’s Manual: The Step-By-Step Guide
for Building a Great Company. 1st Edition. California, USA: K&S Ranch, Inc., 2012.
GESTOR DE NEGÓCIOS. Entrevista II. [jan. 2015]. São Paulo, 2015. Entrevista
concedida à Wagner Bertolini Junior. A entrevista na íntegra encontra-se transcrita no Apêndice
B desta monografia.
GRIFFINS, Laura. Unilever cuts production times by 40% with 3D printing. TCT
Magazine: AM & 3D Printing News, Jan. 2015. <http://www.tctmagazine.com/3D-printing-
news/unilever-cuts-production-times-by-40-with-3d-printing/>. Acesso em: 24 jan. 2015.
MILLER, Joe. 'Miniórgãos' feitos com impressora 3D são usados para testar vacinas.
BBC News
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130918_mini_orgaos_impressora_3d_lg
b>. Acesso em: 26 jan. 2015.
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O’CONNOR, Daniel. Winsun: Laying the foundations for 3D printed construction. TCT
Magazine: AM & 3D Printing News, Mar. 2015. <http://www.tctmagazine.com/3D-printing-
news/solidscape-and-lsr-speed-up-mould-making-process/>. Acesso em: 19 abr. 2015.
PASCHÔA, Marco Aurélio de. Entrevista III. [jan. 2015]. São Paulo, 2015. Entrevista
concedida à Wagner Bertolini Junior. A entrevista na íntegra encontra-se transcrita no Apêndice
C desta monografia.
ROBARTS, Stu. "World's first" 3D printed car created and driven by Local Motors.
<http://www.gizmag.com/local-motors-strati-imts/33846/>. Acesso em: 25 jan. 2015.
Entrevistador: Por que você optou pelo uso desta tecnologia? Quais foram os principais
atrativos que fizeram você tomar a decisão de aderir à mesma?
Técnico: Quando eu tive a necessidade de desenvolvimento de protótipos pude optar por quatro
tecnologias disponíveis: o centro de usinagem, peças em madeira, produção em gesso e a
manufatura aditiva. O centro de usinagem CNC é interessante, pois nele é possível utilizar
praticamente qualquer material para desenvolvimento de protótipos desde ligas metálicas até
plásticos comuns. Por outro lado, o centro CNC tem um custo muito elevado e precisa de uma
infraestrutura muito complexa, além do alto nível de treinamento para operar máquinas desse
tipo. Os protótipos poderiam ser desenvolvidos também utilizando blocos de madeira
modelados. Esse processo tem um custo baixo, porém é inviável devido às técnicas de
artesanato necessárias para esse tipo de processo. Peças em gesso possuem um bom
acabamento, porém se tornam inviáveis por causa do custo do molde para produção das peças,
além da fragilidade do produto final. Apesar do custo alto de investimento (ainda baixo
comparado ao centro de usinagem CNC), na manufatura aditiva as peças são desenvolvidas
de forma rápida em material rígido e que aceita esforço mecânico, assim é possível testá-las
na sua função final. Após o teste a peça desenhada já está pronta para o processo de produção
em manufatura comum.
Entrevistador: Você considera a adoção desta tecnologia para o seu uso como bem-
sucedida? Quais principais benefícios ou malefícios o levam a acreditar nisso?
Técnico: Acredito ter sido bem-sucedida. Imaginava fazer peças em baixa quantidade e se
possível que as peças protótipos fossem utilizadas na aplicação. Utilizamos o material ABS
(que é rígido) e ele se mostrou bem fiel a uma peça plástica injetada em um processo de
manufatura comum.
Entrevistador: Como você aplica a tecnologia de manufatura aditiva no seu dia a dia?
Técnico: Eu utilizo a manufatura aditiva quando preciso produzir peças de pouco contato,
grandes ou pequenas. Quando não exige uma precisão muito alta para se encaixar no sistema
onde simulará uma peça real. Quando é um processo de alto contato (precisão) como duas
peças que terão atrito direto, por exemplo, atrito com uma pista de rolamento, não é boa para
isso. O material não permite esse atrito, a máquina não dá a precisão necessária para isso.
Entrevistador: O que você considera inviável de ser realizado hoje através da manufatura
aditiva?
Técnico: Produção de peças em larga escala. A produção de peças simples pode levar horas.
Peças de valor agregado muito baixo. Como as peças possuem um alto tempo de produção,
peças muito ordinárias sem valor agregado não tem custo justificado. Por exemplo, uma tampa
de garrafa pet. Peças muito complexas com muitos detalhes e cavidades internas, também não
vão bem.
Entrevistador: Qual tecnologia você trabalha hoje? Pode me falar um pouco sobre ela?
Técnico: Hoje eu trabalho com uma máquina que tem processo de extrusão de ABS, e do meu
conhecimento de materiais para estes tipos de prototipagem, o ABS que eu uso é o mais
indicado para o meu tipo de produção (peças técnicas de alto impacto). O ABS é o mesmo
material utilizado em peças de lego. Um material rígido, um pouco tóxico, não pode ser inalado
ou ter contato com alimentos. A produção de peças nesse processo exige alguns cuidados.
Primeiramente o posicionamento das peças na máquina, quanto mais distante as peças, maior
é o tempo de impressão, porém quanto maior a distâncias entre as peças melhor fica o
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acabamento de cada camada adicionada no processo, pois o material tem um tempo maior
para estabilizar a temperatura. No desenvolvimento da peça, é necessário evitar detalhes que
não possuem apoios, pois a deposição por extrusão é feita por gravidade e pontos não apoiados
na peça não são impressos corretamente. Outro ponto no desenvolvimento é a adição de
tolerância nas medidas que tem interação com outras peças, devido a propriedades físicas dos
materiais.
Entrevistador: Por que você optou pelo uso desta tecnologia? Quais foram os principais
atrativos que fizeram você tomar a decisão de aderir à mesma?
Gestor: Como toda empresa startup, nós precisamos de velocidade no desenvolvimento para
atingir rapidamente nosso público alvo e testar nossa hipótese de que nosso produto dará
lucro, ainda como startup, temos uma verba muito restrita de desenvolvimento, além de
restrição de pessoal. A impressora 3D veio para nos ajudar nisso, acelerar o desenvolvimento
de peças mecânicas para nossos protótipos de máquinas. Creio que este foi o principal motivo,
aliado ao custo de uma peça impressa, que na nossa tecnologia é bem baixo. Hoje utilizamos
algumas peças impressas como peças finais, vão embora com o produto, e custam entre 10 e
15 reais, muito mais barato do que me custariam usinadas em metal.
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Entrevistador: Você considera a adoção desta tecnologia para o seu uso como bem-
sucedida? Quais principais benefícios ou malefícios o levam a acreditar nisso?
Gestor: Considero a melhor escolha feita por nós em todo o processo de produção desde o
nascimento da empresa. A impressora nos deu grande agilidade na resolução de problemas.
Antes dela sofríamos com o tempo de orçamento de fornecedores para fazer peças de teste e
principalmente com o custo destas peças, principalmente porque boa parte delas, como em
toda prototipagem, acabam no lixo. O ruim da nossa adesão é que esperávamos fazer peças
mais complexas do que fazemos hoje. Não conhecíamos a fundo a tecnologia no momento da
adesão e isso elevou nossas expectativas. As peças mostradas pelos fornecedores como
exemplo são sempre lindas, mas ao ver com maior detalhe, é possível verificar que as peças
que eles constroem são as mais fáceis de serem produzidas nas máquinas que eles vendem.
Hoje, por causa disso, já concebemos as peças pensando em como elas serão impressas.
Entrevistador: Como você aplica a tecnologia de manufatura aditiva no seu dia a dia?
Gestor: Quando estamos desenvolvendo um protótipo ou resolvendo um problema, se
verificamos que alguma peça mecânica poderia nos ajudar na solução, analisamos se esta peça
pode ser facilmente impressa, daí então desenhamos a peça em 3D e fazemos a impressão do
protótipo para testar. Quando existe uma peça de mercado que soluciona o problema, sempre
damos prioridade as de mercado, pois o tempo de desenvolvimento de um desenho e o tempo
gasto até o mesmo ser impresso de forma assertiva pode variar muito.
Entrevistador: O que você considera inviável de ser realizado hoje através da manufatura
aditiva?
Gestor: Tudo depende da tecnologia que você trabalha. Em geral as impressoras 3D têm uma
direção de trabalho, por exemplo, imprimem a peça de baixo para cima, camada a camada. Se
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a sua peça possui uma parte interna que começa no meio da peça, ou seja, não tem contato
com o fundo (primeira camada), e, portanto, ficaria flutuando até que fosse impresso o restante
da peça toda, ela exige o uso de uma tecnologia de suporte. Estes suportes em geral não
funcionam muito bem ou não dão o acabamento esperado nas peças. Os softwares ainda têm
muito a evoluir em seus algoritmos para que consigam gerar suportes mais precisos.
Entrevistador: Qual tecnologia você trabalha hoje? Pode me falar um pouco sobre ela?
Gestor: Hoje trabalhamos com uma impressora Airwolf 3D, ela foi importada por nós
diretamente dos EUA cerca de 1 ano atrás, é uma impressora que tem a tecnologia de extrusão
do material, depositando camada a camada dele através de um bico extrusor. Ela tem uma
resolução bem alta, algo próximo de 0.01mm, e uma mesa de impressão razoável se comparada
as de mercado, cerca de 300mm X 200mm X 200mm, nos permitindo fazer peças de tamanho
médio, que é justamente o que necessitávamos. Uma coisa que ela não faz bem, são peças de
pequeno tamanho e grande detalhamento. Mesmo com uma boa resolução o processo de cura
do material faz com que o mesmo sofra deformações e impossibilita fazer peças com precisão.
Entrevistador: Por que você optou pelo uso desta tecnologia? Quais foram os principais
atrativos que fizeram você tomar a decisão de aderir à mesma?
Marco: O primeiro atrativo foi a redução de custos, antes de trabalhar com a impressora 3D
eu fazia meus protótipos de forma bem artesanal. Utilizava materiais como madeira, nylon,
aço, mas sempre utilizando técnicas de usinagem para chegar à forma desejada. Além disso,
algumas peças levavam cola que demorava horas a secar para que o processo de produção
continuasse. Hoje eu levo cerca de um dia para produzir peças que levavam duas semanas
para serem usinadas. O processo de usinagem é complexo. E existem ainda peças que seriam
impossíveis de se produzir com processos de usinagem somente. Na impressão 3D você
consegue trabalhar o interior da peça. Muito protótipos que eu desenvolvia possuíam encaixes
ou apertos, e estas necessidades não conseguiam ser resolvidas só com usinagem, as peças não
tinham a flexibilidade necessária.
Entrevistador: Você considera a adoção desta tecnologia para o seu uso como bem-
sucedida? Quais principais benefícios ou malefícios o levam a acreditar nisso?
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Entrevistador: Como você aplica a tecnologia de manufatura aditiva no seu dia a dia?
Marco: Hoje eu faço sempre dois protótipos, um para o cliente aprovar e um para a minha
ferramentaria trabalhar. O protótipo na ferramentaria foi muito importante para dar visão do
projeto como um todo a todos os colaboradores envolvidos nele. Antes cada especialista
recebia o desenho técnico referente a sua parte, com a visão do todo, fica mais fácil para eles
entender como fazer a peça do melhor jeito.
Entrevistador: O que você considera inviável de ser realizado hoje através da manufatura
aditiva?
Marco: Hoje ainda temos restrições no que se diz respeito ao teste final das peças usando o
próprio protótipo, devido a restrições do material usado na tecnologia de manufatura aditiva.
Talvez esse seja o grande avanço para um uso mais contínuo de impressoras 3D no dia a dia
de todos. Eu consigo perceber essa dificuldade quando preciso fazer um protótipo que será
submetido a testes em ambientes que possuam alta temperatura, contato com reagentes
químicos ou mesmo estanqueidade e vedação. Quando isso é previsto, volto ao processo
artesanal de usinagem para chegar a uma peça de teste mais resistente usando como matéria
prima o PEEK, o Nylon ou mesmo o Teflon (PTFE) que têm uma boa resistência química,
térmica e no caso do Teflon que oferece uma boa vedação. Esse problema está sempre ligado
a peças de teste que serão fabricadas futuramente em série no processo de injeção de
termoplásticos, no qual existe uma variedade enorme de matéria-prima que serão escolhidas
através do propósito de cada produto.
Entrevistador: Qual tecnologia você trabalha hoje? Pode me falar um pouco sobre ela?
Marco: Hoje nós temos uma impressora Projet 1000 da 3D Systems. Ela trabalha com uma
tecnologia chamada FTI, semelhante ao SLA (Estereolitografia), que utiliza uma resina que é
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curada por luz UV para se solidificar. Após o processo de impressão ainda é necessário lavar
a peça em álcool isopropílico, depois dar um banho de água e então um outro banho de luz UV
o que deixa a peça totalmente solidificada. Hoje o tempo de impressão varia muito da peça,
uma peça pequena como um anel de dedo pode demorar cerca de 1 hora e 30 minutos. Já uma
garrafa de cerca de 200mm de altura pode chegar a 7 horas. Dependendo da forma do objeto,
estão envolvidos no processo de impressão suportes para segurar a peça durante o processo
de solidificação, ou seja, mais partes a serem impressas.
“Before, we would have to wait several weeks to receive prototype parts using our
traditional tooling process; not only would this lengthen lead times, it would also increase costs
if iterations were required,” explains Stefano Cademartiri, R&D, CAD and Prototyping
Specialist at Unilever. “With 3D printing we’re now able to apply design iterations to the mould
within a matter of hours, enabling us to produce prototype parts in final materials such as
polypropylene, 40% faster than before.”
Printing injection mould tools in Digital ABS, chosen for its high temperature resistance
and toughness, Unilever are able to maintain the quality of traditional manufacturing processes
whilst operating at a higher temperature and reducing costs and turnaround time.
Unilever also houses a Stratasys FDM-based Fortus 360mc 3D Production System, to
produce realistic thermoforming mould prototypes using ABS-M30 production-grade plastic
that can endure functional testing environments.
Cademartiri, commented: “Since 3D printing these parts ourselves, we’ve reduced lead
times in the conceptual phase by approximately 35%. The technology has enhanced our overall
manufacturing process, allowing us to evaluate our designs quickly and eliminate those that are
not suitable, before committing significant investment towards mass production.”
50
Nadav Sella, Senior Manager Manufacturing Tools at Stratasys, added: “With the
development of some of our recent, more durable materials, our customers can now enjoy
flexibility in their choice of methods to create their manufacturing tools and test designs in their
final production materials, before investing in costly metal tools.”
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Solidscape’s accuracy and Smooth Curvature Printing with wax provides micro-
precision parts with intricate designs and complex geometries that are 100 per cent castable.
Earlier this year, Solidscape released the MAX2, a fully automated printer with an easy-
to-operate touch screen that allows any skill level to effectively produce high-precision wax
patterns. The company’s 3D solutions are ideal for industries such as aerospace, consumer
products, education, and defense, industrial products, jewellery, medical, dental and
manufacturing.
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Having been in the industry for 25 years and pretty much seen everything it takes a lot
to impress Materialise CEO Fried Vancraen in the world of 3D printing. His keynote address
yesterday pointed out how tiresome he finds the amount of small FDM printers printing useless
objects. But, Fried was suitably impressed with one fellow TCT Asia exhibitor to dedicate a
portion of his talk to their efforts.
That exhibitor is Winsun - the Chinese company who have made mainstream news in
the quick construction of 3D printed houses, apartment blocks and villas. Fried said of the
company: "This is a truly innovative use for 3D printing, there are few high value 3D printed
products but the fact that Winsun uses recycled material, is low cost and is protected by 98
patents means there is potential to create a really valuable 3D printed product for the world."
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Esteemed 3D Printing consultant Graham Tromans concurred with Fried on the prospect
of quickly produced 3D printed houses, stating yesterday: "Imagine a natural disaster zone,
which leaves hundreds or thousands of displaced people displaced from their homes with,
technology like this could create instant infrastructure for the affected areas."
Paying a visit to the Winsun booth at TCT Asia sheds some light on their developments,
which have been in the makings since 2002. The original concept behind Winsun was to create
new eco-friendly materials for use in the construction industry. The creation of six material
including CRG,(Special fibre glass reinforced gypsum board) which is now used in 95% of
theatres across China.
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Figura 14 - Anexo C - The 3D printed material is printed over steel reinforcement poles
The development of these materials coincided with thoughts of 3D printing and the
company set about building a 3D printer to handle their new materials in 2004. Ten years down
the line and the company were throwing up ten 3D printed houses all printed with their patent
pending 3D printer head with automatic feeding.
The items on their stand show the full range of materials including the incredibly named
Crazy Magic Stone. Just by looking at the objects it is easy to understand the process for printing
the houses. The printer head, like a giant FDM machine, extrudes the material around steel
reinforcement poles that have been cemented in the ground. For insulation the printed material
is filled in with tightly packed polystyrene and the rough printed parts can be nicely finished
using traditional moulding methods.
Without actually seeing the parts it was difficult to either understand how Winsun could
achieve what they claimed to have achieved but here in the flesh it is easy to see that this may
well be the future of construction. China are leading the way.
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In what may be one of the biggest stories we have covered this year, a new
company, Carbon3D has just emerged out of stealth mode, unveiling an entirely new
breakthrough 3D printing process, which is anywhere between 25 and 100 times faster than
what’s available on the market today. The privately-held Redwood City, California-based
company, Carbon3D, was founded in 2013, and since then has been secretly perfecting a new
3D printing technology which promises to change the industry forever.
The technology that the company calls Continuous Liquid Interface
Production technology (CLIP) works by harnessing the power of light and oxygen to cure a
photosensitive resin. Sounds an awful lot like Stereolithography (SLA) technology, doesn’t it?
While it uses principles, we see within a typical SLA process, where a laser or projector cures
a photosensitive resin, Carbon3D’s CLIP process strays greatly from the technology that we
are all used to seeing.
Instead of printing an object layer-by-layer, which leads to incredibly slow speeds as
well as a weak overall structure similar to that of shale, this new process harnesses light as a
way to cure the resin, and oxygen as an inhibiting agent, to print in true 3-dimensional fashion.
Figura 17 - Anexo D - CLIP Technology
For those of you who are thinking right now, “This company must be a fluke. After all,
how could they have created such a breakthrough 3D printing technique but we’ve yet to hear
a peep from them,” the next tidbit of information will certainly diminish your doubts.
Carbon3D has managed to partner with Sequoia Capital, one of the oldest and most
successful venture capital firms on the planet, to lead their Series A round of financing in 2013,
and with Silver Lake Kraftwerk for their Series B round. In total, they have raised $41 million
to date, all practically under the radar.
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“If 3D printing hopes to break out of the prototyping niche it has been trapped in for
decades, we need to find a disruptive technology that attacks the problem from a fresh
perspective and addresses 3D printing’s fundamental weaknesses,” said Jim Goetz, Carbon3D
board member and Sequoia partner. “When we met Joe and saw what his team had invented, it
was immediately clear to us that 3D printing would never be the same.”
The CLIP process was originally developed by the company’s CEO, Joseph DeSimone,
along with his colleagues Professor Edward Samulski, and Dr. Alex Ermoshkin. It is going to
be very interesting to see just how this technology ultimately plays out, and when it may come
to Market.