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Quimica Quimica Analitica | Cristiane Maria Sampaio Forte Luisa Célia Melo Pacheco Zilvanir Fernandes de Queiroz Quimica Quimica Analitica | Cristiane Maria Sampaio Forte Luisa Célia Melo Pacheco Zilvanir Fernandes de Queiroz 22 edigdo Fortaleza - Ceara fhe 2019 Artes Plasticas “Couimca Amaiien a0 008 al @ Geografia 1 =x Pedagogia “uimics Amaiien! 92000 ma 2 Copyight ©2019. Taos os crets reservaces cesta eicSo 8 UARUECE. Nenhums pare deste material paders Serroproduzida, anemia egtevada. por qualquer mee elatrico, por flercria @cutos. sem previ eu 4a;de_ po sstio. os autores. Evitora Flags & Presisente da Republics ‘Jer Messae Edeonare Ministro de Ecucagao ‘Abcam Beoganga de Vaeconcelos Welnveu® Presigente da CAPES ‘abin Baste Neves Dietor de Escada Distncia da CAPES Carlos Coz Moderna Lsauzze Ccovemnador do Estado de Cars ‘Peis Sabre 2s Santana Restor ds Universidade Estadual do Cased “ost Jockaon Cosho Serpe Vice Retor Hidebrando cos Sentoe Soares Pro-Reltora de Pés-Graduaeso ‘Nucacia Meye Siva AvaUp (Coordenador da GATE # UABIUECE Franeacs Pana Casto rence ‘Coordenadera Acjunta UABIUECE oe tse ves) Dirge de CEDIUECE Joss Ba orev oe Sales \Coordanadra i iceneatura em Quimies ‘Evanise Basa Fro Coorcenao oe Tara Doct cece Soler de One ere Eeitor da EeUECE Eronmo Mieeso Raz Coordenadora Esitoral Recta ido Ge Ovens Projet Graco «Capa Renene Senes Diagramador Franeese Oise Cconcsihe Eeitoral attri uriano Pontes Evaro Datahy Bezera de Menezes Emanuel Angelo da Fecha Freseso Francisco Herscin da Siva Feta Francisco Jostne Camel Pare (Gasan Nazarene Mota ues ose Fever Nunes Lisuine Fares Almeida da Costa Luci Grangevo Conez lute Cz Lima Mantes Ramee Marcelo Gurgel Caos a Siva Marcony ive Cunha Maria do Socono Ferra Osteme Maria Sse Bassa Jorge ‘Sivia Maris Nebrega-Theren ‘conesine Consuttve Antonio Toes Montenegro (UFPE) lana P Zamtn Brea (GV) Homa Sariago (USP) lege Mana Aves (USP) ‘Mane! Domingos Neto UF) Mavia do Socoo Sve agi (UFC) ata Lids Catou de Arso ® Mendonca (UNIFOR) Pere Salama (Uwessidace de Paris Vil) Romeu Gomes (FOCRUZ) Tio Betis Franco (UFF) ‘Echos da Unveriade Estadual do Coord EALECE 84 Dr Ses Mungube, 1700 Caripus do apa —Retoia Fortaleza —Ceers ‘CEP 6071s.805~ Fone (88) S101589 Inter win. usce or Esmat ecuece@uece br Secretaria de Rocio Tenclogias Eduraceais Fone (65) 5102 9062 Apresentacao 5 Capitulo 1 — Estrutura ¢ ligagao em moléculas orgénicas ~ 7 IntrOdUg80 .nnnnsnnnnnnnnn 9 1.10 Surgimento de Anélise Quimica: 9 1.2.0 Papel da Quimica Analitic....nininnmnsninnsnnnansnnnnnsen Td 113 Eotagios ne Anélise Quimics B Capitulo 2— Fundamentagao Tedrica da Analise Qualitativa .. oo Introdugéo v7 2.1, Tipos de reagdes quimicas 7 2.2. Equacées quimices 18 2.3 Solugées aquosas de substéncias inorgAnICAS on wnnnininnsnnnnenned® 2.4, Reagées e equagées iénicas 20 2.5, Remocdo de ions por reacées idnicas 21 26, Reagées de transferéncia de prétons 2 2.7. Reagoes de precipitacéo.. 24 2.8, Reagdes de complexacéo. . 28 29, Reagoes de oxiderao-reducéo a 2.10 Balenceamento de Reacies RECOK......csinsninnsnnnansnnennnnenindd Capitulo 3 - Introdugo ao Equilibrio Quimico ..... ~ 3 INtPOdUGEO os tninnsnnininninnmnnininineninininnnnnannnnnnnnn dS 3.1 Principios gerais do equilbrio quimico 35 3.2 Fatores que afetam 0 equilibro, 38 3.3 Constantes ce Equllbrio, 40 3.4 Equilibrio lonico 42 Capitulo 4 — Equilibrio écido-base..... wo ~ 45 re 4.1. Revisdo sobre as teorias de cidos ¢ bases AT 4.2, Equilibrio acidos e bases .. 4.3. Autorlonizacée de Agua... 4.4, Hidrdlise. 4.5. Solugdes tempéo.. Capitulo 5 — Equilibrio de Solubilidade.. Introdugso 5.1 Solubilddade dos precipitados 75 5.2 Constante de equilbrio de SolUbIIdCe (,) oe nenninnnnninnnninnnT® “uimics Amaient Nh0bR mae > “jwseanpo aoe? 5.3 Previsdo da precipitacéo. 79 5.4 Efeito do fon comum 81 5.5 Precipitacéo seletive 82 5.5 Dissolurao de precipitados. 83 Capitulo 6 - Equilibrio de Complexa¢ao - 87 Introdugao 89 6.1. Reacéo de complexagéo. 90 6.2, Constante de equilirio 21 6.3. Estabilidede dos fons complexos. 92 64, Influéncia do ph sobre @ concentragao do ligante 93 65 Céiculos envolvenco reacdes de complexecéo 96 6.6, Aplicacao dos complexos em anélise qualitatva, 97 Capitulo 7 — Introdugao a0 Equilibrio Redox... one OT Introdugao 103 7.1 Céiulas eletroquimicas. 104 7.2 Potencial do eletrodo. 106 7.3 Equago de Nemst 107 7.4 Equilbrio de oxiredugao Capitulo 8 — Anélise Qualitativa por Identificacdo de Cations e Anion: Introdugao ns 8.0 Anaiise funcional e sistematica ns 8.1 Técnices de endlise quealitativa semimicro ns 8.2 Clesstficagao dos cations (Ions metélicos) em grupos enaliticos. ww 2.1 Teste para a identficacao de mercério (0: 4 2.2 Teste para identficagao do chumbo (ID: 124 2.3 Teste para a identficagao de bismuto (ll 2s 2.4 Teste para a identficacao do cobre (I) 125 2.5, Teste pare a identificagao de cédmio (I ns 3.1, Teste pare identificarao do Arsénio (ill 127 3.2, Teste pare a identficacéo do entimanio (ll: 128 3.3, Teste pare a identficagéo do estanho (I) 128 2. Subsivieao do 3° grupo 131 3. Identificagao dos hicroxidos bésicos [precipitado A - Fe(OH)3. (Co(OH)3, Ni(OH)3] 131 2. Teste de identficagao de bao (I 136 3 Teste de identficago dos ions céicio (I) ¢ estréncio (I. 137 3. dentificago dos ions sécio (Ie potéssio (D) 40 Sobre o8 autores... - - ee 154 “uimics Anant Nb mat “jwseanpo aoe? Apresentac¢ao A Quimica Analitice € a parte da Quimica que estuda a elaboracao a teoria dos métodos da andlise quimica, a qual permite determinar 2 com- posipo qualitativa e quantitativa des substancies. Na anélise qualitativa, que estudaremos 20 longo deste livro texto, € possivel identficar os elementos presentes em uma emostra e na anélise quantitative podem-se determiner es quantidades relativas dos componentes a partir de métodos e técnicas espe- cialmente desenvolvides. Neste livro-texto, os autores epresentam ao estudente do Curso Licen- ciatura em Quimica os contetidos fundamentals da Quimica Analitica Qua- litative, equi denominada como Quimica Analtica |. Iniciaimente, os autores apresentam uma viséo geral da anélise quimica, 0 surgimento da Quimica Analitica, seu papel e os estégios de uma anélise quimica. Em sequide. é feita uma abordagem das leis que regem o estado de equilibrio das reagdes quimicas, além dos fatores que podem elterar esse equilibrio. Nos capitulos seguintes, s80 apresentados os estuidos dos equilbrios que envolvem rea gdes de acidos € bases; reagdes de precipitacao; reacdes de complexe¢ao € reacdes de 6xico reducéo, todas a partir de suas reagdes de ionizacéo em qua. O ultimo capitulo, € dedicado 20 trabalho experimental da Andlise Que- ltative que neste curso € baseado nes anélises de identificagao e/ou separa- ¢40 de cétions e anions. Exercicios resolvides séo apresentados ao longo dos capitulos, visando feciltar @ compreenséo dos contetidos abordados. Ao final de cade capitulo, além de atividades de aveliagéo que proporcionam go es- tudante verificar 0 seu desenvolvimento no aprendizado dos contetidos, $80 apresentadas sugestées de leituras complementares em revistas e sites, que permite & aproximaeéo da Quimica Analitica com o cotidiano. A resolugao dos exercicios propostos ¢ importante para que o estudante posse contextua- lizar 0 assunto estudado e desenvolver 0 raciocinio analitico O estudante da discipiina de Quimica Analitica |, 20 final do semes- tre, deverd ter adquirido ume boa compreenséo das reacées quimicas que cocorrem no estado de equilfbrio, além de desenvalver novas habilidades em laboratéro. “uimics Anant Nob me = “jwseanpo aoe? “(ouimca Amaiien | a0ha0b& na & “jwseanpo aoe? Fe dD Estrutura e ligagao em moléculas organicas “Gouimca Amaiien | aoPa0b& na & “jwseanpo aoe? Objetivos ‘+ Conhecer come surgiu a Quimica Anaitica: ‘+ Compreender o papel de Quimica Analitice: ‘+ Conhecer estagios de uma anélise quimica Introdugao Tauinicos Anat ncos no veLno OFSTE. Figure 1.1: Quimices enaliicos no velhe oeste Font: htpamwuarc uc bgmewsblarigostqualdade analicatin! Cero estudente, a pertir deste cepitulo comegeremos uma viegem ao mundo da anaise quimica. At aqui voce j&teve Oportunidade de ConheCeT an crac © aprender os fundamentos bésicos da Quimica como ciéncia. Agora 60 te Choa core momento de aplicar os conhecimentos adquiridos na Quimica Geral, Organica puibwv:grefein’, grefie) e Inorganica em uma importante area da Quimica, que € a Quimica Analitica, evolve ome série ce Inicialmente, conheceremos um pouco da historia e do desenvolvimento da Pita aescciseraha anélise quimice bem como 0 significado dos termos comumente utlizados. acontece pela passagem Conheceremos também as etapas envolvidas na enélise quimica e sua $e ume Misture etravés relagao como nosso cotidieno tacionaria (ixe) € ure mével A técnica foi inventada pelo boténico 1.1 0 Surgimento da Analise Quimica russ0, Mikhail Semyonovich A Quimica Analitica envolve diversos processes e técnicas que véo desde Jost £7 1800. curente procedimentos manuals simples até as técnicas mais modernas. Podemos —clorcfla “ouimics Amant Nto0n@it © “jwseanpo aoe? ene Espectroscopia A perceber que. inconscientemente, utlizamos diariamente alguma forma de Seprcroacopis pode oer andlise quimica, como, porexemplo, quando cheiramos acomida para saberse retratagao de qualquer tipo esté estragada ou quando provamos substéncias para saber se s40 doces ou Ge interacao da rediecéo cides. Es9es 380 processos analiticos sé0 muito simples emicomparagaocom eletromagnética com a . eee eee ncsige alguns dos processos mais complexos como cromatografia e espectroscopia, minuciosa do espectro que sé podem ser executados com 0 uso de instrumentos modernos. Porém. observado, pademos obter nem sempre é necessério usar procedimentos instrumentais avangados para informagdes releventes “ eee eee. ier executar anélises ecurades e, muitas vezes, endlises simples e répides so Somodo ce interapao entre mais desejéveis do que processos mais complicados e demorados. molecules Podemos afirmar entéo que @ Quimica Analitica é uma ciéncia que estude @ elaboragao e a teorie dos métodos de enélise quimica, a qual permite determinar a composigao qualitatva e quantitative das substanclas. Portarto, a quimice enalitica € ume ciéncie de medicéo que consiste em um conjunto de ideias e métodos poderosos que séo titeis em todos os campos da ciéncia e medicina. Muitos avancos existentes na mecicina e na biologia néo teriem sido possiveis sem as ferramentas desenvolvidas pelos quimicos enalitcos © primeiro registro de um teste quimico de andlise qualitative data de cerca de 2000 anos atrés. Caius Plinius Secundus (23-79 d.C.) fez 0 primeiro registro de um teste quimico de andlise qualtatva. Esse teste, que visava detecter a conteminacéo de sulfate de ferro(ll) em aceteto de cobre() consistia em tratar uma tia de papiro embebica em extrato de noz de galha {€cido tanico) com @ solueao sob exame. Se a tre adquirisse a cor preta. indicava presenca do sulfato de ferro (I). Jé na segunda metade do século XVII, Robert Boyle (1627-1691) muito contribu pare o desenvohimento da anélise quimica estudando o uso de reacées quimices pera identiicer varias substancias e introduzindo novos reagentes anelitices, sendo pieneiro no Uso do ‘Volatile sulphureous spit” (eufeto de hicrogénic) com fins anelitcos. Até essa época, os métodes de andlise por via Umida eram principalmente uaitativs e baseados nas propriedades quimicas dos elementos. Muitos outros pesquisadores contrbuiram 20 longo dos séculos seguintes para o desenvolvimento da enélise sistemtica dos elementos que foiiintroduzida, como conhecemos hoje. apenas no final do século XIX, através dos trabainos de Heinrich Rose (1795-1864) e de Cari Remigius Fresenius (1818-1897), publicedos em 1829 ¢ 1841, respectivamente Em uma enélise quimica podem surgir informagdes qualitativas e/ou quentitatives; assim, define-se: “ouimicy Amat Shame Wo “jwseanpo aoe? * ANALISE QUALITATIVA: revela a identidade quimica das espécies Atencio: Analicam-se (compostas € elementos) presentes em uma amostra, ~amootrae © determina 2c substéncias, Por exemplo, * ANALISE QUANTITATIVA: indica @ quantidade de cada substancia uma amosira de agua ¢ ‘analisada para determinar Presente em uma amostra ‘a quantidade de variae + ANALITOS:sa0 0s componentes de uma amostra que seréodeterminados. suboténcies, como fone cloreto, ions calcio e ‘+ ESPECIAGAO 'séo procedimentos desenvolvidos por quimicos analiticos Gyicanio ciasaivico para determinacao de varias espécies em uma solucao/amostra. 1.2 O Papel da Quimica Analitica Devido & crescente demanda por agua pura, por melhor controle dos alimentos por ambientes mais puros. 0 quimico de enélises tem um papel cada vez mais importante na sociedade moderna, Do estudo das matérias-primas, como © 6leo cru e os minérios, 20 dos aromas e perfumes refinados, 0 quimico de andlise tua, determinando composipo, pureza e quelidede, As indtistrias de transformacao dependem de anélises qualitetives e quantitatives pare garantr que suas matérias-primas atinjam certas especificacdes e que 0 produto final tenha a qualidade adequada. As matérias-primas s8o enalisadas para que se tenha certeza de que determinadas impurezas que poderiam atrapalhar o processode fabricago ou desquaiificaro produto inainéoestéo presentes.Além disso, como o valor da matéria-prima depende da quantidade de determinados ingredientes, fez-se 2 enélise quantitative da amostra pera estabelecer a concentragao dos composts essenciais. Esse processo é chamado de dosagem. O produto final do processo de fabricacao é submetido ao controle de qualidade pare garantir que os components principais estejem dentro de determinadas falxas de composicao e que as eventuals impurezas no excedam determinados limites. A indtistria de semicondutores € um exemplo de induistia cua existéncia depende da determinago muito acurada de quantidades muito pequenas de substéncias. O desenvolvimento de novos produtos (que pode ser uma mistura como, por exemplo, um compésite polimérico ou uma liga metélica ‘ou compostos puros) também depende de analistas. E sempre necessério estabelecer a composicao da mistura que tem as caracteristicas exigidas pela aplicegéo pare qual o produto foi desenvolvido. As concentragdes de oxigénio © de didxido de cetbono 80 determinadas em milhées de amostras de sangue diariamente ¢ usadas para diagnosticar e tratar doencas. As quantidades de hidrocarbonetos, éxidos de nitrogénio e monéxido de carbono presentes nos gases de descarga veicular 0 determinadas pare se avalier a dos cispositives de controle de poluigao do ar. As medidas quantitativas de célcio iénico no soro sanguineo ajudem no diagnéstico de doences da tireoide em seres humanos. A determinecao quantitativa de nitrogénio em alimentos indica seu valor proteico e, desta “uimics Amaiey! NeaobRmae AY “jwseanpo aoe? Ou OED NRL forma, 0 seu valor nutricional. A anélise do ago durante sua produc&o permite © ajuste nas concentragdes de elementos, como 0 carbono, 0 niquel e 0 cromo, para que se possa atingir 4 resisténcia fisica, @ dureza, a resisténcia & corrosao e @ flexibilidade desejadas. O teor de mercaptanes no gés de cozinha deve ser monitorado com frequéncia pare garantir que este tenha um odor Mercaptanas so rum @ fim de alertar @ ocorréncia de vazementos. Os agricultores planejam compostos organicos a programagao de fertiizago e a imigagéo para satistazer as necessidades sulfurados, sendo 0 tiofenol ; . (SH.oH) um dos mse das plantas, durante 2 estacao de crescimento, que sao avaliadas a partir de conhecides. anélises quantitativas de plantas e nos solos nos quails elas crescem. ‘As medides analiticas quantitetivas também desempenham um papel fundamental em muitas areas de pesquisa quimica, bioquimica, biologia, geologia, fisica e outas 4reas da ciéncia. Por exemplo, determinactes quentitatives de ions potéssio, calcio e sédio em fluidos biolégicos de enimeis permitem aos fisiologistas estudar o papel desses ions na condugao de sinais, ervosos, essim como na contrago e no relaxamento muscular. Os quimicos solucionam os mecanismos de reacdes das reacdes quimicas por meio de estudos da velocidade de reagéo. A velocidade de consumo dos reagentes ou de formaco de produtos em uma reacao quimica pode ser calculada a partir de medidas quantitatives feitas em intervalos de tempo iguais. Os cientistas de materiais confiam muito nas anélises de germanio silicio cristalinos em seus estudos sobre microcendutores. As impurezas presentes nesses dispositives estdo na faixa de concentragéo de 1x 10% a 1x 10%, Os arquedlogos identificam @ fonte de vidros vulcénicos (obsidiana) pelas medides de concentracao de elementos minoritérios em amostras de varios locals. Esse conhecimento tome possivel rastrear as rotas de comércio pré-histéricas de ferramentas e armas confeccionadas a partir de obsidiana Opapelcentral da quimica analitica nas civersas éreas do conhecimento esté ilustrado na figura 2. Todos os ramos da quimice baseiam-se nas ideies @ técnicas da quimica analitica. A Quimica é frequentemente denominada de ciéncia central; sua posi¢éo superior central e @ posic&o central da quimica analitica na figure enfetizam essa importancia. A natureze interdiscipliner da enélise quimice a torne ume ferramenta vital em laboratérios médicos, Obsidiane é ume roche industriais, governamentais ¢ académicos em todo o mundo. conhecida também como vidro vuleanico. E formada pelo restriamento répido do magma antes que (05 minerais possam se cristalizar. Onome vem de Obsius, romano que, segundo Plinius, descobriu e0e8 roche vuleénice na Etiopia, “uimicy Amat wha0n me YD “jwseanpo aoe? Figura 2 - Relagdes entre @ quimica anelitica e outras éreas do conhecimento. A localizacao central da quimice representa sua imporéncia e a abrangéncia de sua interagéo com muitas outras disciplines 1.3 Estagios na Analise Quimica Muitos problemas anaitticos comegam com uma pergunta que néoé epropriada pare um experimento em laboratério. Por exemplo, “Esta agua € propria para consumo?” ou °O teste de emissdes em automéveis diminui @ poluigao do ar?". Um cientista traduz essas questdes em termos de determinadas medi¢ées. Um quimico analitico deve entao escolher, ou mesmo desenvolver. um procedimento capaz de realizar essas medi¢des. Quando a anélise est completa, 0 quimico analitico deve traduzir os resultados em termos que possam ser compreendides por outras pessoas — preferencialmente 0 pilblico em geral, O aspecto mais importante de quaiquer resultado esté em suas limitagdes. Qual a incerteze estatistica dos dados epresentados? Se 89 emostragens forem feltas de maneiras diferentes, os resultados sero os mesmos? Uma pequene quantidade (um trago) de um analito esté realmente presente ou é apenas uma contaminacéo? Somente apés a interpretagao dos resultados e de suas limitagdes podemos tirar conclusées e tomar decisées. “ouimicy Amat wha0nme P2 “jwseanne aoa rnc Uma anélise quimica completa, mesmo quando a substancia uma 56, envolie uma série de etapas e procedimentos. Cada um deles deve ser considerado @ conduzido cuidadosamente, de modo diminuir 20 maximo os eros e manter a acurécia e reprodutiblidade, Essas etapes estao descrites na Tabela 1 Tobele TAPAS DEUMAANALISE QUIMICA Etapas: Exemplos de procedimentos 2.Amestragem Depende do tamanho e da natura fica da amostra, 4, Dissolugo da amostra Aquecimento, ignicao, fuséo, uso de solvente(s),diluicao. 5 Remocdo de intereretes Filta, entacso com sents, toca inc, separa conatogca, 6. Metis ra amosta adonizaio, caret, medida da esos absorb, snl de ‘ecatole de fates ens ptecialconete, instumentis TL Resitaéols) Cal ds) estas) anata) e aang estatisca dos das, ‘8 Apesentago dos resultados Impress de esis, impressao de gs, arqitamento de dado. Podemnos ento efirmar que e endlse quimica é epenes uma pert integrante cde um processo que comere com uma pergunta ¢ termina com ume conciusao Sintese do Capitulo A. Quimica Analitca esté dividida em duas grandes areas: Andlise Qualitativa € Anélise Quantitative. E de grande importancia no avanco da ciéncia bem como no cotidiano dos mais diversos setores da sociedade. Aprendemos neste cepitulo que 2 Anélise Qualitativa revela a identidade quimica das espécies (compostos € elementos) presentes em uma amostre enquanto 2 Analise ‘Quantitativa indica 2 quentidace de cada substancia presente em uma amostra, Esses substancies so chamadas pelos quimicos analticos de Analitos. Vimos que uma anélise quimica € realizada em etepas que vo desde @ escolha do método de endlise até a forma de apresentacao dos resultados. Sugestao de leitura ALVIM, T.R.; ANDRADE, J.C. de. Aimporténcia da quimica analitica quelitativa nos cursos de Quimica des instituigSes de ensino superior brasileires. Quimica Nova, Vol. 29, N°. 1, 168-172, 2006. “uimicy Amat wha0n mt 8 “jwseanne aoa arty 8) Fundamentagao Tedrica da Analise Qualitativa “Gouimca Amaiien 0-00 tl 90 “jwseanne aoa Objetivos ‘+ Identificar os ciferentes tipos de reacdes ionices empregadas em analise qualitative: + Identificer @ diferenca entre um eletrélito forte e um eletrélito fraco: ‘+ Compreender o balanceamento de equacées quimicas. Introdugao Desde 0 inicio dos tempos, 0 homem convive com uma grande variedade de meteriais encontrados na natureza. Esses materiais podem sofrer transformagées fisicas e/ou quimices. Quando um material softe uma trensformagao em que hé alteracéo de seus components, dizemos que ele sofreu uma transformacéo quimica (reag&o quimica). Se no houver alteragdes em seus components, trata-se de ume transformagao fisica. Em ume reaeéo quimica, as substancias que sofrem transformacao 0 chamadas de reagentes as que so geradas desta transformagao s€0 chamadas de produtos. Podemos reconhecer @ ocorréncia de uma Teaco quimica através de alterapdes que podem ocorrer no sistema, tais como mudanga de cor, liberagao de gés (efervescéncia), formagao de um sélido (precipitedo), ou dissolugao de um sélido, aparecimento de chama ou luminosidade, ¢ elteracéo de temperature. Entretento, nem sempre se pode afirmar que ocorreu uma reagao quimica com base nas alteracées ocorridas no sistema, Por exemplo, a mistura de Agua € éicool leva ¢ um aquecimento, porém nao se trata de uma reacdo quimica, e sim de um fenémeno de dissolucao exotérmica, Existem reacdes quimicas em que nada € observado. Nesse caso, é necessério utlizar testes auxiiares como o uso de indicadores ou cispor de técnicas mais avengadas para identificé-las 2.1. Tipos de reagées quimicas Em anélises qualitativas, existem besicemente trés tipos de reacdes: 2) Reacao de dupla troca: Ocorre quando dois ou mais compostos reagem entre si, trocando seus elementos ou radicais € produzindo novos compostos. Gerelmente, ocorrem produzindo precipitados, geses ou compostos moleculeres. “uimicy Amat shan me YP “jwseanne aoa @csuun BELL PDOl, + K,C10,> PbOrO, + 2KO! b) Formacao de complexes: Ocorre quando moléculas neutres carregadas ou fons ligam-se @ um fon metélico central AgClW + 2NH, — Ag(NH,),* + Cr ©) Reagdes de oxidagao-reduao: Sao reagdes que ocomem com transferéncia de elétrons. Uma substancia se oxida (perde elétrons - agente redutor) e a outra se reduz (ganha elétrons ~agente oxidante) |, + 2Br > Br, + 2C Lei de conserva¢ao das massas Laurent Lavoisier (1774} “numa reapéo quimica, que se processa num sistema fechado a soma das masses dos reagentes é igual soma das masses cos procutes Mrrgenes = Morcciee Lei das proporgées constantes Joseph Louis Proust (1797) “a proporcao, em massa, dos elementos que participam da composicao de uma substancia é sempre constante e independe do processo quimico pelo quel a substancia ¢ obtida 2.2. Equagdes quimicas As telacdes quaitativas e quantitativas envolvidas em numa reacéo quimica podem ser expressas com maior preciséo pelas equarées quimicas. As equacées quimicas representam as formulas das substancias reagentes (ocelizadas no primeiro termo da equacao) e as formulas dos produtos da reagao (localizados no segundo term). Assim, as equagées quimicas s80 uma maneira de identificer es substéncias reagentes e produzides em uma reagao, bem como a raz80 e @ proporgao que reagem € que se formam Ao escrever ume equacao quimica, devemos 1. saber quais as substancias consumidas (teagentes) e quais as formadas (Produtos) 2. colocar os reagentes no primeiro termo e os produtos no segundo termo: 3. no caso de reacdes em equilibrio, colocar sempre entre os dois termos uma seta dupla (=); 4, escrever corretamente as formulas individuais, separar as formulas por (+). se houver mais de um reagent: 6. se um niimero maior de moléculas (étomos ou fons) de uma mesma substanciaestiver envolvidonarea¢éo, escreverumnimeroestequiométrico apropriado antes da formula (este nimero é um fator de muitiplicagao que se aplica a todos os étomos da formula): “uimicy Ama! Shab mt “jwseanne aoa 7. escrever as formulas de modo que setisfaga a lei de conservagéo da matéria (todas as equagdes devem ser balanceadas estequiometricamente, fim de igualar © ntimero de 4tomos individuals em ambos os termos da equarao): 8. indicar particules carregadas (ons ou elétrons) envolvidas na reagao (Ex Fe™) em que 0 somatério de cargas do primeiro termo deve ser igual ao do segundo e balanceé-las corretamente, O elétron é uma perticula carregada fe seré representado neste texto por é: 9. assinalar 0 estado fisico dos participentes da reacéo (s, |. g pare sélido, liquido e gasoso, respectivamente). Esses simbolos devem ser colocados entre parénteses apés as formulas (Ex:AgC\.,,. H,0,. NO.) 2.3 Solugées aquosas de substancias inorganicas A anélise qualitativa inorganica basela-se principalmente na observacao de reacdes quimicas conduzidas em solugdes aquosas, por isso é importante ter uma visdo geral des caracteristicas das solugées aquoses Solugdes aquosas sdo misturas homogénees obtidas quendo se dissolve uma substancia, denominada de soluto, num solvente (gue) Asolubilidade de um soluto em um solvente depende de varios fatores tais come: a natureza das particulas do solvente e soluto e as interacdes entre elas: @ temperatura na qual 8 solucao é formada: @ pressdo de um soluto gasoso (sistema gés-liquido) A importancia do estudo das solugdes aquoses € devido & ocorréncia ‘comum das solugdes aquoses na naturezae ao fato de processos vitais ocorrerem em solugéo aquosa. Além disso, @ solugéo aquosa é um meio extememente conveniente pare se conduzir reagdes quimicas de modo controlado. Uma solugao aquosa é uma solu na qual o solvente é agua. E normaimente mostrade em equagées quimicas com o subscrito (eq) derivado de palavra aquoso. Como a agua € um excelente solvente, assim ‘como naturalmente abundente, tornou o solvente universal na quimica As substéncias soltiveis séo representadas em equacées naformaiénica enquanto as substancias pouco soliveis ou insoliiveis so representadas na forma molecular. Assim, as solugdes aquosas estéo classificadas em dois grandes grupos de acordo com o seu comportamento: 1. Os eletiéltos fortes so sélidos ionicos que, em solugdo aquosa, se jonizam completamente, trensformando-se em ions carregados ¢, por isso, possuem uma condutividade eléttica comparativamente elevada As solugdes diluidas de acidos ¢ bases fortes e quase todos os sais sa0 eletrdlitos fortes (Tabela 2.1) “uimicy Ama! Ahan me “jwseanne aoa Ex: NaCl, + H,0, + Na‘, * Cli. 2. 0s eletrdlitos fracos séo substancias presentes em solucéo em geral na forma molecular, com apenas uma pequena fracao na forma de ions: e, por isso, nao s4o boas condutoras de eletricidade. Ex: Numa solugéo de écido acético (CH,COOH). apena uma pequena fragao do fon acetato (CH,COO) se formaré. De 1865 a 1910, Kohirausch, Ostwald e Arrhenius utiizaram a medida de condutividade para determinar 0 produto iénico da gua. as constantes de dissociagao de écidos e bases fracas € 0 produto de solubilidade de sais. Muites cesses medidas foram surpreendentemente precisas, tendo sido Verificadas por estudos modems com 0 uso de técnicas meis sofisticades. Kohirausch, Ostwald e Arrhenius mediram muito cuidadosamente ‘@ conduténcie de ume série de solugées e descobriram que elas estavem classificadas em duas classes: eletrolites fortes e fracos (Tabela 2.1). Tebela 21. _letrlitos Fortes ‘letras Fracos *H.S0, 6 completamente dssociado para fomar es fons ), @H,0e, por ess raze @corsiderado um eletito forte Deve-se obsenar entretato que oon HSD, & um leit ac, send apenas parciamente socio para formar SO, 4,0" Fonie SKOOG, Fundarentos de Quimica Analtica, 2004 Os &cidos HF e CH,COOH tém uma conduténcia equivalente que varia muito com a concentracao da solu¢ao. Estéo dentro da classe de eletrélitos fracos por serem solutos que se ionizam parcialmente em solupéo aquosa: © essas solugdes, por apresentarem-se mais na forma molecular do que na forma idnica, ndo so boas condutoras de eletricidade. 2.4. Reagées e equagées iénicas As equagées iénicas so escritas pare mostrar a remoc&o dos fons em solugao, destacando somente os ions e as moléculas que sofreram modificagao na reagao quimica, As reagdes em solugao acontecem entre fons, nao entre elementos. Nao importa a procedéncia do fon, € sim, se ele esté cisponivel em soluugo. Deste modo, na representagao da reagao 540 “uimicy Ama! Nh me 20 “jwseanne aoa omitidos os fons que nao participam dela, obtendo-se a Equacao lénica Essencial (EE). Para escrever as formulas quimicas para equacées iénices, deve-se seguir as seguintes regras basicas: 1. Escrever na forma iénica eletrélitos fortes em solucao: Ex: NaCl: Na* + CI HNO. H' + NO, 2. User férmulas moleculares pare: a) elementos (N,, = 0). gases, sélides e no eletrélitos: Cu, Cl,, CO,, BaSO, Ager: b) eletrdlitos fracos em solugéo: CH_COOH, NH.OH. H. €)eletrdlitos fortes sélidos ou precipitados: AgNO, Resumo: eletrdlitos fortes, escrever na forma iénica. Demais substéncias/ compostos, escrever ne forma molecular. 2.5. Remogao de ions por reagées iénicas Quando as reagdes entre ions ocorrem, pelo menos uma espécie de fon é retirade (removide) do campo de aco. Esse feto econtece por meio de reagGes de precipitacéo, oxidegao-redupo ou formacéo de eletrdlto fraco, & se processam de trés maneiras: + Formagao de precipitado: Precipitados s8o sais pouco soliveis que se precipitam, separando-se da solucéo. Ex.1 Nitrato de mercurrio (1) ¢ Cloreto de Litio Hg" +2NO, +2Li + 20r > HgOl, + Lr + 2NO; Todos os sais so eletrdlitos fortes, soltiveis e sdo representados por meio de formulas iénices. Entretanto, o HgOl, é ume excecéo. Observe que os ions nitrato ¢ litio nao tomaram parte diretamente ne rea¢ao, sendo. portanto. ions espectadores, por isso podem ser omitidos pare que se focalize a atencao na verdadeira combinagao. Hg* + 2Cl > HgCl, J - equacao iénica essencial (IE) \SPrecipitaco Areagao de precipitagao é & mais utilizada em anélise qualitative. Ex 2 Nitrato de prata e cloreto de niquel 2Ag? + 2NO,-+ NP + 2Ch > 2AGOIL + 2NO.-+ Ne Ambos sao eletrélitos fortes, soltiveis e, portanto, escritos na forma ionica. Os ions ritrato e cloreto dever ser omitides uma vez que no participam da reacdo. “uimics Aman! NhanbRmat 2 “jwseanne aoa Ou SPIEL DEI L Ag'+Ct—Agcl - CIE) Precipitado Ex.3:Cloreto de chumbo e sulfato de sécio (exemplo de uma reagéoem que temos @ conversao de um precipitado em outro) Pocl,l + 2Na’ + SO — PbSO,! +2Na" + 2Ct O primeito é um sal pouco soltivel (ldo) ¢ deve, portanto, ser escrito na formula molecular. © segundo é um eletrélito forte, deve ser escrito na forma iénica. Nesse caso, apenas os fons sédio nao participam da reacéo. devendo ser omitidos. PbCl,! + S0,* > Peso, + 2Cr - EIE) Precipitado ‘+ Formagao de substancias fracamente ionizévels: Nesse caso, acontece 2 formagao de eletrdlitos fracos Ex.1 Cloreto de aménio e hidréxido de sédio, NH," +O + Nat OH NH, + H,0 + Na‘ + Of O sel cloreto de aménio € um eletrdlito forte: @ base hidréxido de sédio, por ser ume base forte, também é um eletidlito forte. Reagem entre si formando aménia e agua, ambas eletrdlitos fracos. Os fons. sédio e cloreto 1ndo so, portanto, parte essencial na reagao e devem ser omitidos. NH," + OH NH, + H,0 - IE) Eletréito traco ‘+ Oxidacao ou redugao de ions’ através da eletrodeposipao, alguns fons metélicos podem ser convertidos em metais lives. Ex.1 Reagao do fon nique! ganhando dois elétrons passando a niquel metélico Ni? + 26> NP Essa 6 uma reagéo de niquelacéo muito useda em metaltirgica para revestimento de pecas metélicas. Nas reagoes de oxidacéo-redugao (redox). a remogao de fons é efetuada pela variagéo do niimero de oxidacao 2.6. Reagées de transferéncia de prétons Essa reagdes se beseiam na decomposi¢go dupla com transferencia de prétons, gerando reagdes de ionizagéo de um Acido fraco ou de uma base fraca, reagdes de neutrelizacao e reagdes de hicrdlise. Para identiicer reagdes com transferencia de protons, devemos relembrar 0 conceito de Acidos bases de BrOnsted, em que acidos s80 doadores de prétons, ¢ bases so receptores. Assim, para cada écido, existe “uimicy Amat whan me 22 “jwseanne aoa uma base conjugada (correspondente), definida por. acido => base + proton NHy <> NH, + HY eed HPO; <+> HPO? + H Assim, a base conjugada de NH," 6 NH, e. para H,PO,. sua base conjugada ¢ HPO,?. Com exce¢ao dos hidretos écidos como H,S, na maioria dos écidos inorgénicos, 0 hidrogénio é ligado covalentemente 20 oxigénio, formando hidréxidos acidos. Assim, o H,SO, é equivalente @ SO,(OH), © cid acético € um dos acidos organicos mais conhecidos podendo ser representado por CH,COOH. O caréter acido dos étomos de hidrogenio ligado covalentemente ao carbone em CH. pode, de modo geral, ser ignorado. ions metélicos hidratados também podem atuar como acidos, AI(H,O),* > AI(OH)(H,O)5* + proton Os Acidos de BrOnsted podem ser. cations (NH,"). moléculas neutras (H,) anions (HSO,. H,PO,) € ions metélicos hidratados (AI(H,0)") Exemplos de reagées transferéncia de protons (protoliticas): 1a) lonizagao de um acido forte: HCl +H,0 > H,0° +Ct proton foi escrito na térmul hidratada meis simples, H,O°, para demons- trar que ele se une @ uma ou a vérias moléculas de solvente (gua). Pata simpiti- ca¢éo, & conveniente empreger o simbolo H’ para representar o préton Usuaimente néo se mostra a hidratagao dos outros ions, assim, a ionizacao de HCl é éscrita: HCl -> H’ + CI ficando subentendido que as trés espécies estdo hidratadas. Essa representacao € vélida para todos os écicos. b) Reacéo de ionizagao de um Acido fraco - Acido acético e agua CH,COOH +H,0 > CH,COO: +H,0" par conjugado para essa reacéo ¢ CH,COOH + Cl @ H,0 + H,0° representando 0 écido com sua base conjugada. Nesse caso, a reacéo de @ xu OED NRL lonizagao nao acontece totalmente. grande parte do écido acético permanece nna forma molecular, uma vez que ele € um 2cido fraco, ) Reacéo de neutralizacao de um écido fraco com uma base forte (Acido acético por hidréxido de sédio}: CH,COOH + OH +CH,COO + HO ) Reagao de hidrélise (fosfato trissédico) Na,PO,* + HO > HPO + OH + 3Ne" PO, + H.0 > HPO; + OH IE) 2.7. Reagées de precipitagao Um grande ntimero de reagées utlizadas em anélise qualtativa inorganica envolve a formacéo de precipitados. Um precipitaco é uma substancia que se separa da outre formando uma fase sélida, Isso acontece quando uma solug4o se tora supersaturada com uma substéncia em particular. Os precipttados podem ser cristalinos ou coloidais. Em geral, so removidos da solugao por centrifugagéo ou por fitragao Ex.1 Nitrato de chumbo e Acido erémico Pp? + 2NO,+2H'-+PbCrO, + 2NO,+ 2H PONO, + C10," > PCO, (EE) Ex.2 Nitrato de prata mais acide cloridrico. Ag’ +NO,+H'+Ct > Agcl +NO,+H* Ag’ +Ct Agel (EE) Atentem para a distingao entre a formagao de um eletrdlto fraco, que envolve uma ligacéo covalente e, a formacao de um precipitado. que, em geral, resuita de um agrupamento de fons numa rede iénica. Dissolver uma substéncia equivale @ romper um cristal em fons, hidraté- Jos e colocé-los em solugo. A solubilidade é obtida a partir de uma pequena diferenca entre duas elevades variagoes de energia. Para isso é importante recorrer &s regras de solubilidade epresentadas na Tabela 2.2 “ouimicy Ama! whan mat 2 “jwseanne aoa

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