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Quimica Fisico-Quimica II Fernando Nobre Furtado Quimica Quimica Fisico-Quimica II Fernando Nobre Furtado 2° Edigao ~ Fortaleza Geografia 2019 Sp Historia x =x pidsticas Pedagogia “fosc Chimica Nome tapi soso veswer ‘foscw Cuimica fl Nowe bapotmit (Copyright ® 2018, Tedos os ciretas reservados desta ecipdo 8 UABIUECE, Nenu pevte deste materi poder sar reproduzida, transmiida e qravada, por quelquer meio elirinico, por ftcespia 8 outros. sem 8 Préviaauiorzagac, por exert, dos alors. Esitora Fiiada & Presidente da Repabiica ‘Sirhinesins Selsonsra Minicto ds Edvengto ‘Abraham Broganra de Vasconcelos Wentvaub Presigente da CAPES Abiko Basta Neves Dieor de Educardo a Dstnciada CAPES (Ease Caner Moderns Lenuas “Govarnador do Estado do Ceara Cano Sobers ce Santana Rettor da Universidade Estadual do Ceara “Jost econ Costa Somes View Reto cetbvango dos Sates Soares PrenReltor de Pés-Graduacio “emteaon Tener de Souza CCoordenacor da SATE @ UABIUECE Franeseo Febo Castle Branco Coerdenadora Adjunta UABIUECE Eos Mais ical Diregdo do CEDIUECE José Abo Morera oe Sales Coordenadora da Licenlatra em Quimica Bronce Bata Poke CCoordenagdo de Tutoria e Docéncia da Lcenciaura em Quimica Selange de OnsitaPrPare Editor da EAUECE rssrns Wiese Ruiz ‘Coordenadors Eelterial Rocylnis Istie de Olvera Projeto Grafico e Capa Roberto Sone Diagramador Franesse Overs Cconzeino Eetteria! ett Luciano Pontes Fuad Ditshy Bezora de Menezes Emerval Angele da Rocha Freposo Francisco Horacio da Sie Frets Francisco Jostro Camelo Parents (Gsefan Nezereno Mote Juce ose Ferera Nunes Louina Fares Amsisa cs Coste Lait Granger Cortez wuz Gruzume avira Rerios Marcelo Gugel Cares de Siva Mareony Siva Gunns Maria ce Socers Ferra Osteme Maria Salote Bessa Jorge ‘Siva Mana Noorega-Themien CConseine Consult ice Tares Mentenegho (UFFE) Bane P.Zamith Bro (FSV) Heme Sasiago (USF) led Mavi Alves (SP) ‘Marvel Domingos Neto (UFF) Maria de Sacer Siva rage (UFC) Mare Lite Calo de Azato e Merdonga (UNFOR) Pere Salma (Universidade de Paris Vl) Romeu Gomes (FIOCRUZ) “ule Batista Franco (UFF) Dads insmacnae de Catlogaréo na Pubicaréo vyarians anos ais Sarne “CRE 765 ‘bicwens trol rererenc, ‘san F200q, Furtado, Femando Nebe Fisice quis l/ Femando Noe Funado - 260. — Fortaiazs, CE EDUECE 2015 208 pik 200 28 Sem ~ (Quimica) 1 Fico quiica | Taub Etre ca Unnverstede Estadual do Geer — EUECE ‘Av Dr Silas Munguts, 1700 Campus do taper ~ ators ~Fotlezs~ Cearé CEP covut90s- Fone (35) 3101-9893 Invamst wav ce br Eat acoacauacebe ‘Secretaria de Apia ae Tecnalogies Educacionais Fone (@5) 3101-8962 Apresentacao. Sumario 5 Capitulo 1 - Estado liquido .. 7 Introducao. 9 1L Histérico 9 2. Grandezas energéticas. 2 3. Estudo do potencial quimico como propriedade de estado do sistema.....17 4, Célculo da presséo de vepor no iagrama PT. 29 5. Analise da tensdo superficial em um liquido em contato com um sdlido....33 6. Viscosidade 36 Capitulo 2 - Solucée: Introdugéo 51 1 Definigées iniciais 51 2. Conceito de solucao idee! 53 3. Estudo das grandezas parciais molares 53 4, Soluce ideal com soluto volati 54 5, Grendezes parciais moleres. 55 6. Célculo de parémetros da solupao ideal 56 7. Anélise fsica da solugao ideal 58 8. Céloulo da solubilidade ideal 59 9, Propriedades coiigatives das solusées ideeis. 61 10. Célculo do abaixamento da presse de vapor do solvente 6 11, Célculo do abeixamento de temperatura de solidiicecéo do solvente ....65 12. Célculo da elevaco da temperatura de ebulicéo do solvente 68 113. Célculo da presséo osmetica 69 114. Com pressao constente 76 15. Estudo de solucao diluida ideel 78 116. Calculo do potencial quimico de ume solugao diluida ideal 81 17. Céleulo do potencial quimico usando a fragéo molar ‘como concentragao 82 18. Célculo do potenciel quimico de ume solugéo diluida ideel em termos de molelidede. 82 19. Solugdo diluida ideal com soluto gasos0 84 20. Solugdo diluida ideal com soluto gasoso e concentrag2o simples ....86 21. Solugées néo ideais 87 22, Soluto volatil com baixa concentraréo. 92 “pouco-Cimica fon 23, Resumo do estudo de solugses. 94 24, Solugbes ionicas ou eletroliticas. 99 25. Atividade dos ions 100 26. Definigo de force ionica. 105 Capitulo 3 - Eletroquimica 15 Introdugao. 7 1. Eletroquimica e 2 condutividade em solugées eletroliticas, u7 2, Perémetros da conducéo qa 3. Mobilidede iénica e numero de trensporte 23 4, Medide experimental da diferenga de potencial 137 5, Convengées pera o potencial quimico das espécies carregades az 6, Tipos de eletrodos 43 Capitulo 4 — Cinética Quimica esse saenene 173 Introdugéo: 75 1. Classificagéo inicial das reagbes pera o estudo da cinética 76 2. Medide de vatiagéo do numero de mols v7 3, Representacéo gréfica da reacéo. 178 4, Estudo dos fatores que influen na velocidade da reagao 180 5, Litlizagao dos fatores na equacéo da velocidade 185 6, Determinago da ordem de cade reagente e @ ordem globel 185 223 Sobre o autor Apresenta¢ao O presente texto vise feciltar 0 estudo e © aprendizado de Fisico-Quimica. Seu contetido deve ser confrontado com outras fontes, pois o modo de ex- plicar certos fenémenos néo é uniforme e deve ser buscado o melhor modo. © aluno deve entender que os pré-requisitos séo essencieis e 05 co- nhecimentos do Calculo e da Fisica so necessérios para 0 entendimento das equacdes € dos fenomenes fisicos. ‘Tentel disponibilizar © maior numero possivel de exercicios de aplica- 980, todavie é necessério utiizer um meior numero de exercicios, hoje dispo- nivel na internet como exercicio resolvido seja do livro de PW. Atkins, do livro de Gilbert Castellan ou notas de aulas dos Professores das diversas Universi- dades Brasileiras, Recebo com satisfacao as criticas e sugestdes que permita melhorar 0 pre- sente trabalho. Oautor “foc Cuimicafl-Nowe bapotmit © soso voswes “foscw Cuimica fl Nowe tapi Capitulo ]) Estado liquido “foscw Cuimicafl-Nowe tayo Fiscal e@ Objetivos + Noestado liquido, as perticulas da matéria estao bem mais préximas entre ‘si, Mas possuem liberdade de movimento. Fazendo uma conexao com @ Fisico-Quimica |, vamos ebordar o assunto matérie e energie e os estados homogéneos ou fases da matéria. + Trensformagao de energia em matéria, desde o inicio do Universo: + Grandezes energétices e suas relacdes. A substéncia pure. Sistema com mais de um componente, potencial quimico: * Diagrama de fases da substancia pura. Diagrama de feses para sistema com mais de um componente. equillbrio entre as fases: + Estado liquido e seus principais parémetros: presséo de vapor, tenséo su- Perficial, viscosidade, ponto de fusao e ponto de ebulieéo. Introdugao AFisico-Quimica surgiu da necessidade de melhor se estudar os trés estedos da matéria e as solugées eletroliticas. Com 0 passar do tempo, novos assun- tos foram adicionados devido & necessidade de se realizar um estudo com maior suporte matemético, o que néo é encontrado em disciplinas como @ Quimica Organica, 2 Quimica Inorganica ou @ Quimica Analitica No manual de Fisico-Quimica |, j& estudamos 0 estado gasoso, @ ener gia da matéria e @ termodinamica. No manual de Fisico-Quimica II, vamos estudar 0 estado liquido, as solupées. a eletroquimica ¢ a cinética quimice. 1. Historico No inicio era tudo energia. A energia do Universo estava concentrada em espaco pequeno. Uma expansao espontanee ocorreu, dando origem & luz, Como ja estudamos, a luz 6 onda e matéria (particulas chamadas fétons) A luz de entio era dirigida pare todes es diregdes. O Universo continuou 2 expandir de modo espontaneo. Com alta energia em pequeno espaco. as par- ticulas primordizis foram formadas. Por fuséo, es particulas primordiais forma ram os prétons, os néutrons e os elétrons que formaram os primeiros étomos. A gravidede fez a matéria dispersa construir os corpos celestes. “foscw Cuimicafl-Nowe tayo 9 soso voswes amis Em 1929, 0 cientista Edwin Hubble, medindo a distancia da Terra para os corpos celestes vizinhos, conseguiu comprovar que o Universo esté em expanséo. Com base no inicio do Universo, podemos concluir que: a) 2 energie do Universo € constante; b) a energia e @ matéria se expandem de forma caética e espontanea, em todas as direcdes do Universo: Para aplicar esses conclusdes aos fenomenos que ocorrem em nosso planeta, foi definido 0 conceito de sistema como sendo um peque- no espago do Universo em estudo no planeta Terre e também as leis da termodinamica. Vamos repetir os contetidos principais des leis da termodinémica para trabalhar com as grandezes utilzadas no estudo de matéria e energia 1° Lel: "Em um sistema isolado de sua vizinhanga, a energia total permanece constante, independente de transformagoes de calor em trabalno ou vice versa Essa 6 a lel da conservagdo da energia; seu estudo define a energia intema U, a energia E, bem como a energia total H. Como 0 Universo esté em expanséo, sua desordem tem que ser asso- cieda a uma grendeza epropriada. Seu estudo define a entropia S. Aentropia fornece uma maneira de medir 0 grau de desordem existente no sistema: ela esté associada a ume temperature, 2° Lel: “A entropia de um sistema isolado de sua vizinhanga aumenta numa transformacao espontanea Esse defini¢ao esté bem adequade pare as conclusées @ que chegemos sobre 0 inicio do Universo, porém nao esta clara para 2s aplicagoes de que necessitamos. © homem sempre observou 0 fogo como uma fonte de energia. Em sue evolugo, sonhava com ¢ utlizecao dessa energie, del a ideia de cons- truir méquings que transformassem a energia térmica em energia mecanica. A segunda lei ficou entéo ligada a uma impossiblidade de ordem experimental 2° Lei: “Como 0 Universo esté em expanséo, sua desordem (entropia) aumen- ta, sendo impossivel construir uma maquine térmica que use calor (energia desorganizada) para converter totalmente essa energia em trabalho (energia mais organizeda). Para que tenhamos valores de tabelas, devemos ter um estado de refe- rencia. No caso da entropia, foi necessérro estabelecer uma lei, chemada de terceira lei 3 Lei: “A matéria no estado sélido, na forma cristaline mais orgenizada e na temperatura de zero grau absoluto, teré a entropia igual a zero. “fosu Cuimiea Nome tayotamat 0 soso voswes

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