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A Natureza Relativa Da Pena Como Fundamento Do Sistema de Justiça Criminal
A Natureza Relativa Da Pena Como Fundamento Do Sistema de Justiça Criminal
Itapetininga-SP
2023
Marcos Roberto de Souza
Itapetininga-SP
2023
AGRADECIMENTOS
● Aos meus queridos pais José Roberto e Luzia, por serem minha inspiração,
meu suporte incondicional e por acreditarem em mim desde o início. Sem o
amor, encorajamento e os valores que vocês me ensinaram, eu não teria
chegado até aqui.
● À minha amada esposa Chris Santiago, por ser o meu porto seguro, minha
companheira incansável e minha maior incentivadora. Obrigado por entender
as noites em que precisei me dedicar aos estudos e por me dar todo o apoio
emocional necessário para superar os desafios.
● Aos meus adoráveis filhos Victor e José e ao meu sobrinho Otávio por serem
a luz da minha vida e me lembrarem diariamente do propósito de minha
jornada acadêmica. Suas risadas, abraços e palavras de incentivo me deram
forças para seguir em frente.
● À minha irmã Cintia, por ser minha melhor amiga e por estar ao meu lado em
todas as ocasiões importantes da minha vida. Sua presença é um verdadeiro
presente que sempre me impulsiona.
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO 1
2. METODOLOGIA 2
3. DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PENA 3
3.1 DA RELAÇÃO DA PENA COM O DIREITO PENAL 4
3.2 DA PENA 5
4. DA NATUREZA RELATIVA OU PREVENTIVA DA PENA 7
4.1 DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 8
4.2 DA PREVENÇÃO GERAL E ESPECIAL 9
5. TEORIA RELATIVA DA PENA NO BRASIL 11
6. CRÍTICAS À TEORIA RELATIVA DA PENA 13
7. ALTERNATIVAS À TEORIA RELATIVA DA PENA 14
8. CONCLUSÃO 15
9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS 17
1
1. INTRODUÇÃO
A Teoria Relativa da Pena baseia-se na ideia de que a pena deve ser aplicada
com base nas circunstâncias específicas de cada crime e do infrator, evitando a
rigidez de uma abordagem única e buscando soluções individualizadas. Ela se
fundamenta em dois princípios interconectados: a prevenção geral e a prevenção
especial.
A prevenção geral visa dissuadir a sociedade como um todo da prática de
crimes, demonstrando que a violação das normas terá consequências negativas.
Essa perspectiva enfatiza a importância de uma punição proporcional e efetiva, que
transmita uma mensagem clara sobre a inaceitabilidade do comportamento
criminoso.
Por sua vez, a prevenção especial concentra-se no infrator individual,
procurando reeducá-lo e reintegrá-lo à sociedade após o cumprimento da pena.
Nessa abordagem, a ênfase recai na possibilidade de transformação e mudança do
comportamento do infrator, visando a sua reinserção produtiva na comunidade e
evitando a reincidência.
Neste trabalho, exploraremos os fundamentos e as implicações da Teoria
Relativa da Pena no sistema de justiça criminal. Analisaremos como essa
abordagem procura equilibrar a prevenção da criminalidade com a garantia dos
direitos do infrator, buscando promover uma sociedade mais segura, justa e
resiliente. Além disso, abordaremos as críticas e os desafios enfrentados na
2
2. METODOLOGIA
3.2. DA PENA
Em seu sentido filosófico, a pena tem sido definida como um castigo a ser
suportado pelo indivíduo de um mal ao seu próximo ou à sociedade. Do
ponto de vista jurídico-penal, a acepção é a mesma: pena é o castigo, é
reprimenda ao indivíduo que agiu com culpa, violando uma norma de
conduta estabelecida pelo Estado, representante dos interesses da coletiva
ou de suas classes sociais.
Podemos defini-la como uma medida de caráter repreensivo, consistente na
privação de determinado bem jurídico, aplicado pelo Estado ao autor de
uma infração.
É o princípio que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas,
mesmo que tenham praticado crimes idênticos. Isto porque, independente
da prática de mesma conduta, cada indivíduo possui um histórico pessoal,
devendo cada qual receber apenas a punição que lhe é devida.
[...] Sustenta que é por meio do direito penal que se pode dar solução ao
problema da criminalidade. Isso se consegue, de um lado, com a cominação
penal, isto é, com a ameaça de pena, avisando aos membros da sociedade
quais as ações injustas contra as quais se reagirá; por outro lado, com a
aplicação da pena cominada, deixa-se patente a disposição de cumprir a
ameaça realizada.
[...] que levou à aparição de uma série de institutos que permitem deixar de
impor ou executar total ou parcialmente a pena em delitos de pouca
gravidade quando as condições do delinquente assim o permitirem – como
a „condenação condicional’, o ‘livramento condicional‟ e a possibilidade de
„substituição das penas privativas de liberdade por outras‟ previstas pelo
atual CP espanhol, assim como outras figuras processuais e penais que
conhece o Direito comparado. Também responde ao esforço da prevenção
especial a „concepção ressocializadora das prisões‟ que se tem propagado
pelas distintas legislações.
intimidação das demais pessoas para que estas não cometam crimes, corrigir o
criminoso esporádico e tornar inofensivo o criminoso incorrigível, o autor assevera
que:
Pela teoria relativa, a pena é uma medida prática que visa impedir o delito.
Esta teoria é dividida em duas: a da prevenção geral e a da prevenção
especial. Para a primeira, o principal escopo e efeito da pena é a inibição
que esta causa sobre a generalidade dos cidadãos, intimidando-os. Para a
segunda, a pena visa a intimidação do delinqüente ocasional, à reeducação
do criminoso habitual corrigível, ou a tornar inofensivo o que se demonstra
incorrigível.
8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Direito penal: parte geral. 3. Ed. Rev., atual.
E ampl. São Paulo: Saraiva, 2003.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Geral. 15ª Ed. São Paulo: Saraiva,
v. 1, 2011.
18
DOTTI, René Ariel. Bases e alternativas para o sistema de penas. 2. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1998.
FALCONI, Romeu. Lineamentos de Direito Penal. 3. Ed, rev., ampl. E atual. São
Paulo: Ícone, 2002.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 4 ª ed. Rev., atual e ampl. Rio
de Janeiro: Impetus, v.1, 2011.
LEAL, João José. Direito Penal Geral. 3. Ed. Florianópolis: OAB/SC Editora, 2004.
MIR PUIG, Santiago. Direito penal: fundamentos e teoria do delito. Tradução por
Cláudia Viana Garcia e José Carlos Nobre Porciúncula Neto. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2007.
ROSA, Antônio José Miguel Feu. Direito Penal. 1. São Paulo: RT, 1995.
SILVA, Haroldo Caetano da, Manual de Execução Penal, 2º edição, Ed. Bookseller,
Campinas, 2002.
TELES. Ney Moura. Direito penal: parte geral, arts. 1º a 120. V.1. 2. Ed. São Paulo:
Atlas, 2006.
___________________________________________________________________
[1] SOUZA, Paulo S. Xavier, Individualização da Penal: no estado democrático de
direito, Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2006, p. 75.
[3] CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Geral. 15ª Ed. São Paulo:
Saraiva, v. 1, 2011, p. 19.
19
[4] LEAL, João José. Direito Penal Geral. 3. Ed. Florianópolis: OAB/SC Editora,
2004, p.379.
[5] JESUS, Damásio E. De. Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 519.
[6] GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 4 ª ed. Rev., atual e ampl.
Rio de Janeiro: Impetus, v.1, 2011, p.473.
[7] TELES. Ney Moura. Direito penal: parte geral, arts. 1º a 120. V.1. 2. Ed. São
Paulo: Atlas, 2006, p.314.
[8] FALCONI, Romeu. Lineamentos de Direito Penal. 3. Ed, rev., ampl. E atual. São
Paulo:Ícone, 2002. P. 33-34.
[9] ROSA, Antônio José Miguel Feu. Direito Penal. 1. São Paulo: RT, 1995,
p.421-422.
[12] NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal - Parte Geral e Parte
Especial. 3ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
[14] MIR PUIG, Santiago. Direito penal: fundamentos e teoria do delito. Tradução por
Cláudia Viana Garcia e José Carlos Nobre Porciúncula Neto. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2007, p. 67.
[15] MIR PUIG, Santiago. Direito penal: fundamentos e teoria do delito. Tradução por
Cláudia Viana Garcia e José Carlos Nobre Porciúncula Neto. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2007, p. 69.
[16] DOTTI, René Ariel. Bases e alternativas para o sistema de penas. 2. ed. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 1998, p. 137.
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[17] SILVA, Haroldo Caetano da, Manual de Execução Penal, 2º edição, Ed.
Bookseller, Campinas, 2002: P. 35.
[18] CARVALHO NETO, Inácio, Aplicação da Pena, Rio de Janeiro: Editora Forense,
1999, p. 15.
[19] BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Direito penal: parte geral. 3. Ed. Rev.,
atual. E ampl. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 434.