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O que é a Psicologia Organizacional?

A psicologia organizacional, inicialmente denominada como Psicologia


Industrial, refere-se ao desenvolvimento e a aplicação de princípios científicos da área
da Psicologia no ambiente de trabalho, com o objetivo de compreender o
comportamento individual, aumentar o bem-estar dos funcionários bem como promover
um maior rendimento do trabalho. Mais especificamente, pode-se dizer que atua sobre
os problemas organizacionais ligados à gestão de pessoas.

Como se deu o surgimento da Psicologia Organizacional?

A Psicologia Organizacional surgiu na segunda metade do século XIX, mas sua


pré-história remonta à Revolução Industrial e à instauração definitiva do trabalho
assalariado. Nesse período, com o surgimento das fábricas, as relações sociais e de
trabalho igualmente se transformaram. Surge então, a necessidade da minimização de
conflitos, fosse pelo acordo, fosse pela ameaça. Neste período, a psicologia emergiu
como área inovadora na análise das condutas humanas, bem como fonte de técnicas
aplicadas à busca do bem-estar mental.

Também o taylorismo, criado por Frederick Winslow Taylor, foi uma das
correntes que influênciou a atuação da psicologia nas organizacões, orientando as
práticas de trabalho para que houvesse um maior rendimento.

Neste período, com a crescente necessidade de incrementar a produção, as


jornadas de trabalho se tornaram ainda mais pesadas, com até 14 horas diárias, as tarefas
também se diferenciavam e, com isso, ficava cada vez mais claro que os funcionários
apresentavam distintas competências e podiam render mais – ou menos – em virtude do
setor em que atuavam. No ritmo intenso exigido pelas indústrias – e sem a existência na
prática de direitos trabalhistas como o descanso semanal –, as baixas começaram a
crescer. A partir dos estudos acerca dessa fatores que a Psicologia Organizacional deu
seus primeiros passos.

De igual modo as duas grandes Guerras Mundiais contribuiram para o seu


avanço. A Primeira ajudou na sua formação como profissão e deu-lhe aceitação social
atravéz das seleções de militares, onde eram investigadas as suas motivações, a moral,
bem como problemas psicológicos decorrentes da incapacidade física e de disciplina.

Já na Segunda Guerra Mundial foram desenvolvidos uma série de testes de


inteligência geral e pesquisas sobre a melhor colocação para os soldados alistados,
sempre de acordo com a sua capacidade física e mental visando um maior desempenho
no trabalho atravéz da eficiência organizacional.

Desta forma a Primeira Guerra Mundial ajudou a Psicologia Organizacional a


formar a profissão e dar-lhe aceitação social enquanto a Segunda Guerra ajudou a
desenvolvê-la. Assim a Psicologia Organizacional, se desenvolveu buscando dar
respostas a desafios específicos postos pelos contextos sociais, econômicos, políticos e
tecnológicos que marcaram o século XX, que também marcaram um novo rumo ao
mundo do trabalho e das relações de produção.

Qual a importância da Psicologia Organizacional?

A partir destes fatos começou a surgir uma nova visão sobre as situações de
trabalho como a preocupação com os fatores psicosociais, dirigindo-se o olhar para as
relações humanas. A Psicologia passou a ter papel fundamental dentro de uma empresa,
pois estas buscam e necessitam de profissionais que as auxiliem a tornarem-se
competitivas e a sobreviverem no vasto mercado.

Dessa forma, o papel do psicólogo organizacional é fundamental, pois possibilita


alcançar níveis excelentes de qualidade por toda a organização. Entre as contribuições
da psicologia organizacional resalta-se a sua importância para o entendimento do
comportamento das pessoas no ambiente de trabalho visando o seu bem estar onde as
mudanças constantes no mundo contemporâneo causam impactos nas dimensões sociais
e individuais do homem.

Qual o papel do psicólogo na Psicologia Organizacional?

O papel do psicólogo organizacional é aplicar princípios e métodos oriundos da


Psicologia à questões relacionadas ao trabalho humano, com o objetivo de promover o
desenvolvimento integral do trabalhador, a satisfação em relação ao trabalho que a
pessoa realiza e, por conseguinte, na promoção da saúde, na integração dos
funcionários, na comunicação da diretoria e funcionário, e atuar na busca de um
atendimento às necessidades das pessoas e um maior rendimento do trabalho.

O Psicólogo deve atuar como um facilitador dentro da empresa:

 Da gestão de mudanças pelas quais a organização tem e terá sempre de passar,


do relacionamento interpessoal;

 Do desenvolvimento pessoal e profissional, identificando, estimulando,


direcionando, criando possibilidades para que as pessoas percebam em que
aspectos podem melhorar;
 Da integração, ajudando e preparando as lideranças para saberem lidar com as
pessoas.
 Da satisfação pessoal, procurando através de pesquisa de clima e intervenções
compatíveis, contribuir para que a organização seja um ambiente propício a
satisfação das necessidades individuais, procurando colocar as pessoas em
atividades que correspondam ao seu perfil e às suas expectativas.

Quais as áreas de atuação do psicólogo?

As principais áreas de atuação do psicólogo organizacional são:


Recrutamento e Seleção de Pessoal: através da análise do ambiente de trabalho e do
cargo, realiza a definição do perfil do profissional a ser escolhido para ocupação do
cargo.

Treinamento, Desenvolvimento e Capacitação de Recursos Humanos: através de


diagnóstico de necessidade de treinamento, planeja, organiza e desenvolve os programas
instrucionais para os colaboradores da organização.

Avaliação de Treinamento: desenvolve e aplica instrumentos de avaliação da reação e


do impacto do treinamento no trabalho.

Avaliação de Desempenho: prepara e treina os gestores em avaliação de desempenho


de suas equipes, elabora o manual dos procedimentos para avaliação, desenvolve os
procedimentos para diagnóstico, acompanhamento e resolução dos problemas de
desempenho no trabalho.

Análise de Cargos e Tarefas: desenvolve procedimentos e instrumentos para descrição


de cargos e tarefas, usa referidos procedimentos e instrumentos seguido de análise dos
resultados obtidos e faz a descrição dos cargos e tarefas.

Diagnóstico Sócio-Ambiental: observa a relação entre homem e ambiente, estuda tanto


a maneira como o ambiente físico influencia no bem estar das pessoas, quanto o
impacto que as ações das pessoas têm sobre o ambiente físico e natural; orienta para a
criação de programas sócio-ambientais como instrumento de conscientização, realização
pessoal e elevação da auto-estima de seus colaboradores, observa e promove
adequações da realidade social com o ambiente do trabalho através da definição de
políticas de benefícios, tais como, transporte, assistência alimentícia, assistência médica,
etc.

Diagnóstico da Saúde Mental no Trabalho: avalia o ambiente de trabalho analisando


os aspectos psicológicos e de salubridade, ou seja, as características do trabalho e suas
conseqüências, por ex: estresse, doenças ocupacionais, etc, intervém no ambiente e na
organização do trabalho para a redução dos riscos, através da implantação e gestão de
programas preventivos de saúde e da proposição de soluções para criação de ambientes
favoráveis para melhoria das condições gerais de trabalho e redução dos custos com
saúde.

Orientação Profissional: aplicação de estratégia para redirecionamento de carreira,


orientando aos colaboradores quanto à adequação e identificação profissional em que
possam atuar.

Diversidade Cultural nas Organizações: planejamento e intervenção em focos de


conflitos internos devido a diferenças de personalidades, grupos étnicos, preferências
sexuais, gênero, idade, religião, entre outros, através de pesquisas do clima interno e da
cultura organizacional.

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