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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL
por
2014
3
elaborado por
Fernanda Saidelles Bataglin
COMISSÃO EXAMINADORA:
_______________________________
Antônio L. Guerra Gastaldini, Dr.
(Presidente/Orientador)
______________________________
Joaquim Pizzutti dos Santos, Dr. (UFSM)
(1º membro)
______________________________
Larissa Kirchhof, Dr. (UFSM)
(2º membro)
AGRADECIMENTOS
RESUMO
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................13
1.1 Justificativa para escolha do tema ............................................................................14
1.2 Objetivos .....................................................................................................................14
1.2.1 Objetivo geral ...............................................................................................................14
1.2.2 Objetivo específico .......................................................................................................14
1.3 Metodologia .................................................................................................................15
1.4 Estrutura do trabalho ................................................................................................15
2. A NORMA ABNT NBR 15.575 ........................................................................16
2.1 Histórico da NBR 15.575 “Edificações habitacionais – Desempenho” ..................17
2.2 Parte 1 – Requisitos Gerais .......................................................................................18
2.3 Parte 2 – Requisitos para os sistemas estruturais ...................................................29
2.4 Parte 3 – Requisitos para os sistemas de piso ..........................................................32
2.5 Parte 4 – Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas..34
2.6 Parte 5 – Requisitos para os sistemas de coberturas ...............................................38
2.7 Parte 6 – Requisitos para os sistemas hidrossanitários ..........................................39
3. PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA ...........................................40
3.1 Histórico ......................................................................................................................40
3.2 Particularidades do PMCMV ...................................................................................41
3.3 Especificações mínimas do PMCMV ........................................................................44
4. CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES ....................................................53
4.1 Exigências do Código de Obras e Edificações de Santa Maria ..............................53
5. RELAÇÃO ENTRE A NORMA, O PMCMV E O COESM ................55
12
1. INTRODUÇÃO
1.2 Objetivos
O objetivo geral deste trabalho consiste na análise dos mais importantes tópicos
abordados na Norma de Desempenho (2013). Uma análise das características do Programa
“Minha Casa, Minha Vida” voltadas para o desempenho das unidades habitacionais foi feita.
O Código de Obras e Edificações da Cidade de Santa Maria também foi analisado no que diz
respeito a especificações mínimas garantidas pela Norma.
Minha Vida (PMCMV) e pelo Código de Obras e Edificações da cidade de Santa Maria
(COESM).
1.3 Metodologia
vigor em 2008, mas sua exigibilidade foi postergada pela ABNT de modo que ainda não se
aplicava aos empreendimentos residenciais que estavam sendo projetados e construídos neste
período e então a comissão de estudos retomou os trabalhos com uma revisão do texto já
publicado.
Assim sendo, os trabalhos foram concluídos em março de 2012 e em novembro foi
encerrada a análise da consulta nacional sobre os textos. Finalmente a norma ABNT NBR
15575:2013 “Edificações Habitacionais – Desempenho” entrou oficialmente em vigor a partir
de julho de 2013, sendo um conjunto normativo que constitui um importante marco para a
modernização tecnológica das construções brasileiras e trará uma melhoria na qualidade das
habitações. Então, tem-se o grande desafio no momento da abordagem de desempenho na
construção civil, que é a tradução das necessidades dos usuários em requisitos e critérios que
possam ser mensurados de maneira objetiva, dentro de determinadas condições de exposição e
uso, e que sejam viável técnica e economicamente dentro da realidade de cada região.
A Norma de Desempenho é composta de seis partes: requisitos gerais, requisitos para
os sistemas estruturais, requisitos para os sistemas de pisos, requisitos para os sistemas de
vedações verticais internas e externas, requisitos para os sistemas de coberturas e por último,
requisitos para os sistemas hidrossanitários, que assim como qualquer novidade traz muitas
dúvidas e críticas por parte de construtores e consumidores.
CATEGORIA EXEMPLOS
1. Requisitos de Resistência mecânica a ações estáticas e dinâmicas, tanto individualmente quanto em
estabilidade. combinação. Resistência a impactos, ações abusivas intencionais ou não, ações
acidentais, efeitos cíclicos.
2. Requisitos de Riscos de propagação de incêndio. Efeitos psicológicos de fumaça e calor. Tempo de
segurança contra acionamento de alarme (sistemas de detecção e de alarme). Tempo de evacuação da
incêndio. edificação (rotas de saída). Tempo de sobrevivência (compartimentalização do fogo).
3. Requisitos de Segurança relativa a agentes agressivos (proteção contra explosões, queimaduras,
segurança em uso. pontos e bordas cortantes, mecanismos móveis, descargas elétricas, radioatividade,
contato ou inalação de substâncias venenosas, infecção). Segurança durante
movimentação e circulação (limitação de escorregamentos nos pisos, vias não
obstruídas, corrimões, etc.). Segurança contra a entrada indevida de pessoas e/ou
animais.
4. Requisitos de Vedação contra a água (de chuva, de subsolo, de água potável, de águas servidas,
vedação. etc.). Vedação de água e de gás. Vedação de poeira e de neve.
5. Requisitos Controle da temperatura do ar, da radiação térmica, da velocidade do ar e da umidade
térmicos e de relativa (limitação de variação em tempo e no espaço, resposta de controles).
umidade. Controles de condensação.
6. Requisitos de Ventilação. Controle de odores
pureza do ar.
7. Requisitos Controle de ruídos internos e externos (contínuos e /ou intermitentes). Inteligibilidade
acústicos. sonora. Tempo de reverberação.
8. Requisitos Iluminação natural e artificial (iluminação necessária, estabilidade, contraste
visuais. luminoso e proteção contra luz muito forte). Luz solar (insolação). Possibilidade de
escuridão. Aspectos de espaço e de superfícies (cor, textura, regularidade,
nivelamento, verticalidade, horizontalidade, perpendicularidade, etc.). Contato visual,
internamente e com o mundo exterior (encadeamentos e barreiras referentes à
privacidade, proteção contra distorção ótica).
9. Requisitos Propriedades das superfícies, aspereza, secura, calor, elasticidade. Proteção contra
táteis. descargas de elasticidade estática.
10. Requisitos Limitação de vibrações e acelerações de todo o conjunto (transientes e contínuas).
dinâmicos. Comodidade dos pedestres nas áreas expostas ao vento. Facilidades de movimentação
(inclinação das rampas, disposição dos degraus de escadas). Margem de manobras
(manipulação de portas, janelas, controle sobre equipamentos, etc.).
11. Requisitos de Instalação para cuidados e higiene do corpo humano. Suprimento de água. Condições
higiene. de feitura de limpeza. Liberação de águas servidas, materiais servidos e fumaça.
Limitação de emissão de contaminantes.
12. Requisitos para Quantidade, tamanho, geometria, subdivisão e inter-relação de espaços. Serviços e
a conveniência de equipamentos. Condições (capacidade) de mobiliamento e flexibilidade.
20
espaços destinados a
usos específicos.
13. Requisitos de Conservação (permanência) de desempenho em relação à necessária vida útil de
durabilidade. serviços sujeitos a manutenção regular.
14. Requisitos Custos de manutenção, operacionais e de capital. Custos de demolição.
econômicos.
Fonte: BORGES, 2010
Termos como vida útil (VU), vida útil de projeto (VUP), prazo de garantia contratual e
prazo de garantia legal devem ser conceituados e esclarecidos, de modo que, geralmente, são
motivos de confusão e causam atrito entre construtores e usuários. Pela Norma de
desempenho, construtor, incorporador e projetista, indubitavelmente, responsabilizam-se pelo
prazo de garantia oferecido, já que a norma indica o tempo de vida útil para cada elemento,
desde que o programa de manutenção seja seguido. A vida útil de projeto é definida pelo
incorporador e projetista e segundo a Norma pode ser entendida como uma definição prévia
da opção do usuário pela melhor relação custo global versus tempo de usufruto do bem (o
benefício).
Vida útil: período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam
às atividades para os quais foram projetados e construídos, com atendimento dos
níveis de desempenho previstos pela Norma, considerando a periodicidade e a
correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo manual
de uso, operação e manutenção (NBR 15.575 – Requisitos Gerais, 2013 p. 10).
Para cada sistema da edificação foi definida uma vida útil que deve ser adotada
visando o padrão construtivo da edificação. A tabela 2 extraída do Anexo C, parte 1, da
Norma mostra a vida útil de projeto mínima e superior (VUP) para estes sistemas.
VUP (anos)
Sistemas
Mínimo Intermediário Superior
Estrutura ≥50 ≥63 ≥75
Pisos internos ≥13 ≥17 ≥20
Vedação vertical externa ≥40 ≥50 ≥60
Vedação vertical interna ≥20 ≥25 ≥30
Cobertura ≥20 ≥25 ≥30
Hidrossanitário ≥20 ≥25 ≥30
M Ti,m n. ≥ Te,m n. 3C
I Ti,m n. ≥ Te,m n. 5C Nestas zonas, este critério não precisa ser verificado.
S Ti,m n. ≥ Te,m n. 7C
M I S
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, são permitidos, para as dependências situadas no pavimento térreo ou em
pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminância ligeiramente inferiores aos valores especificados nesta
Tabela (diferença máxima de 20% em qualquer dependência).
NOTA 2 Os critérios desta Tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham iluminação natural.
NOTA 3 Deve-se verificar e atender às condições mínimas requeridas pela legislação local.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, são permitidos, para as dependências situadas no pavimento térreo ou
em pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminância ligeiramente inferiores aos valores especificados
nesta Tabela (diferença máxima de 20% em qualquer dependência).
NOTA 2 Os critérios desta Tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham iluminação natural.
M I S
Garagens/estacionamentos descobertos ≥ 20 ≥ 30 ≥ 40
LAeq,nT Nível de
dB(A) desempenho
≤ 30 S
≤ 34 I
≤ 37 M
Fonte: Tabela E.7, p. 66 da NBR 15575 – parte 1
26
LASmáx.,nT Nível de
dB(A) desempenho
≤ 36 S
≤ 39 I
≤ 42 M
Fonte: Tabela E.8, p. 66 da NBR 15575 – parte 1
L p
Mobiliário
Circulação
Dimensões Observações
Ambiente M
Móvel ou equipamento M
L p
Mobiliário
Circulação
Dimensões Observações
Ambiente M
Móvel ou equipamento M
L p
lavar
NOTA 1 Esta norma não estabelece dimensões mínimas de cômodos, deixando aos projetistas a competência de
formatar os ambientes da habitação segundo o mobiliário previsto, evitando conflitos com legislações estaduais
ou municipais que versem sobre dimensões mínimas dos ambientes.
NOTA 2 Em caso de adoção em projeto de móveis opcionais, as dimensões mínimas devem ser obedecidas.
Caixilhos, instalações,
vedações e acabamentos
Destacamentos, fissuras L/800
rígidos (pisos, forros, Parcela da flecha ocorrida após a
em vedações ou
etc.) instalação da carga correspondente
acabamentos, falhas na
ao elemento em analise (parede,
operação de caixilhos e
Divisórias leves, piso, etc.)
instalações
acabamentos flexíveis L/600
(pisos, forros, etc.)
NOTA. Não podem ser aceitas falhas, a menos aquelas que estejam dentro dos limites previstos nas normas
prescritivas específicas.
Com
Paredes monolíticas, em L/1000 L/2800 L/800 L/400
aberturas b
alvenaria ou painéis
unidos ou rejuntados com
Sem
material rígido L/750 L/2100 L/600 L/340
aberturas
Com
L/1050 L/1700 L/730 L/330
Paredes em painéis com aberturas b
juntas flexíveis, divisórias
leves, gesso acartonado Sem
L/850 L/1400 L/600 L/300
aberturas
Constituídos
e/ou
revestidos L/700 L/1500 L/530 L/320
com material
rígido
Pisos
Constituídos
e/ou
revestidos L/750 L/1200 L/520 L/280
com material
flexível
Constituídos
e/ou
revestidos L/600 L/1700 L/480 L/300
com material
rígido
Forros
Forros falsos
e/ou
revestidos L/560 L/1600 L/450 L/260
com material
flexível
L é o vão teórico
a
Para vigas e lajes em balanço, são permitidos deslocamentos correspondentes a 1,5 vez os respectivos valores
indicados.
b
No caso do emprego de dispositivos e detalhes construtivos que absorvam as tensões concentradas no
contorno das aberturas das portas e janelas, as paredes podem ser consideradas “sem aberturas”.
c
Para a verificação dos deslocamentos na flecha final, reduzir a rigidez dos elementos analisados pela metade.
Sistema de piso de áreas de uso coletivo (atividades de lazer e esportivas, como home theater,
salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e ≤ 55
lavanderias coletivas) sobre unidades habitacionais autônomas.
≥ 45
Sistema de piso entre unidades habitacionais autônomas, no caso de pelo menos um dos
34
DnT,w
Elemento
dB
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de áreas comuns de uso coletivo,
para atividades de lazer e esportivas, tais como home theater, salas de ginastica, salão de festas, ≥ 45
salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas.
Transmitância térmica U
W/m2.K
Zonas 1 e 2 Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8
a
α é absortância à radiação solar da superf cie externa da parede
kJ/m2.K
Zonas 1, 2 , 3 , 4 , 5 , 6 e 7 Zona 8
As fachadas das habitações devem ter aberturas com dimensões adequadas para
proporcionar a ventilação interna dos ambientes, sendo este requisito aplicado em ambientes
de longa permanência como salas e dormitórios e estes devem ter aberturas para ventilação
com áreas que atendam a legislação especifica do local da obra, incluindo código de obras,
códigos sanitários e outros. Quando não houver requisitos de ordem legal para o local de
implantação da obra devem ser adotados os valores apresentados na tabela 18.
Paredes entre unidades habitacionais autônomas (parede geminação), nas situações onde não haja
≥ 40
ambiente dormitório.
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede geminação), no caso de pelo menos um dos
≥ 45
ambientes ser dormitórios.
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual,
≥ 40
como corredores e escadaria nos pavimentos.
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual,
≥ 30
como corredores e escadaria dos pavimentos.
Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas, atividades
de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de ≥ 45
jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas.
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (DnT,w obtida entre as
≥ 40
unidades).
Nos ensaios realizados em laboratório são obtidos valores para o índice de redução
sonora ponderado (Rw) para os componentes construtivos utilizados nas vedações entre
ambientes. Na tabela 21 são apresentados os valores indicativos para este índice.
38
Paredes entre unidades habitacionais autônomas (parede geminação), nas situações onde não haja
≥ 45
ambiente dormitório.
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede geminação), no caso de pelo menos um dos
≥ 50
ambientes ser dormitório.
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual,
≥ 45
como corredores e escadaria nos pavimentos.
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual,
≥ 35
como corredores e escadaria dos pavimentos.
Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas, atividades
de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de ≥ 50
jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas.
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (DnT,w obtida entre as
≥ 45
unidades).
W/m2K
3.1 Histórico
investimento gera uma renda adicional de R$ 774 mil, de forma direta e indireta, na
construção civil e nos demais setores, como agricultura, pesca, entre outros. Com
investimento de R$ 193 bilhões, o PMCMV sustentou cerca de 1,3 milhão de postos de
trabalho em 2013, o que representa 2,6% da força de trabalho formal da economia brasileira.
% Período %Global
(R$) Período (R$) Acumulado
TOTAL DO ORÇAMENTO GLOBAL : 0,00 0,00
Unidade habitacional com sala / 1 dormitório para casal e 1 dormitório para duas
Projeto
pessoas / cozinha / área de serviço / banheiro
sem contar área das
paredes)
Pé direito mínimo 2,30 m nos banheiros e 2,50 m nos demais cômodos.
Sobre laje, em telha cerâmica ou de fibrocimento (espessura mínima de 5mm), com
Cobertura estrutura de madeira ou metálica. Admite-se laje inclinada desde que coberta com
telhas.
Massa única, gesso (exceto banheiros, cozinhas ou áreas de serviço) ou concreto
Revestimento interno
regularizado com pintura.
Revestimento externo Massa única ou concreto regularizado para pintura.
Revestimento Áreas Azulejo com altura mínima de 1,50 m em todas as paredes do banheiro, cozinha e
Molhadas área de serviço.
Revestimento áreas
Massa única, gesso ou concreto regularizado para pintura.
comuns
Portas internas em madeira. Admite-se porta metálica no acesso à unidade. Batente
em aço ou madeira desde que possibilite inversão do sentido de abertura das portas.
Portas e ferragens Vão livre de 0,80 m x 2,10 m em todas as portas. Previsão de área de aproximação
para abertura das portas (0,60 m interno e 0,30 m externo), maçanetas de alavanca a
1,00 m do piso.
Completa, de alumínio para regiões litorâneas ou meios agressivos e de aço para
Janelas demais regiões. Vão de 1,50 m² nos quartos e 2,00 m² na sala, sendo admissível uma
variação de ate 5%.
Cerâmica em toda a unidade, com rodapé, e desnível máximo de 15 mm. Cerâmica
Pisos
no hall e nas áreas de circulação internas. Cimentado alisado nas escadas.
PINTURAS
Paredes internas Tinta PVA
Paredes áreas
Tinta acrílica
molhadas
Paredes externas Tinta acrílica ou textura impermeável.
Tetos Tinta PVA
Em esquadrias de aço, esmalte sobre fundo preparador. Em esquadrias de madeira,
Esquadrias
esmalte ou verniz
LOUÇAS E METAIS
Louça sem coluna e torneira metálica cromada com acionamento por alavanca ou
Lavatório
cruzeta. Acabamento de registro da alavanca ou cruzeta.
Vaso sanitário Louça com caixa de descarga acoplada.
Capacidade mínima de 20 litros, de concreto pré-moldado, PVC, granilite ou
Tanque mármore sintético com torneira metálica cromada com acionamento por alavanca ou
cruzeta. Acabamento de registro de alavanca ou cruzeta.
Bancada de 1,20 m x 0,50 m com cuba de granilite ou mármore sintético, torneira
Pia cozinha
metálica cromada. Torneira e acabamento de registro de alavanca ou cruzeta.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS / TELEFÔNICAS
Número de pontos de 2 na sala, 4 na cozinha, 2 na área de serviço, 2 em cada dormitório, 1 tomada no
tomadas elétricas banheiro e mais 1 tomada para chuveiro elétrico.
Número de pontos
1 ponto de telefone, 1 de campainha, 1 ponto de antena e 1 ponto de interfone.
diversos
Prever circuitos independentes para chuveiro, dimensionado para a potência usual
Número de circuitos
do mercado local, tomadas e iluminação.
Interfone Instalar sistema de porteiro eletrônico.
Tomadas baixas a 0,40 m do piso acabado, interruptores, interfones, campainha e
Geral
outros a 1,00 m do piso acabado.
DIVERSOS
Para reservatório elevado de água potável, em condomínio, prever instalação de no
Reservatório
mínimo 2 bombas de recalque com manobra simultânea.
Vagas Vagas de garagem conforme definido na legislação municipal.
Cercamento do lote ou
Alambrado com baldrame e altura mínima de 1,80 m no entorno do condomínio.
condomínio
46
Unidade habitacional com sala / 1 dormitório para casal e 1 dormitório para duas
Projeto
pessoas / cozinha / área de serviço / banheiro
Proteção da alvenaria
Em concreto com largura de 0,50 m ao redor da edificação.
externa
Calçadas para
circulação interna no Largura mínima de 0,90 m livre.
condomínio
Máquina de lavar Prever solução para máquina de lavar roupas, ponto elétrico, hidráulica e de esgoto.
Obrigatório para empreendimentos em condomínio, com 60 UH ou mais, devendo
prever recursos de, no mínimo, 1% da soma dos custos de infraestrutura e
edificações. Considerando o valor destinado para este item, serão produzidos os
Equipamentos de lazer
equipamentos a seguir especificados, obrigatoriamente nesta ordem: centro
/ uso comunitário
comunitário, espaço descoberto para lazer/recreação infantil; e quadra de esportes.
Em condomínio, obrigatória a execução de depósito de lixo e local para
armazenamento de correspondência.
Edificações até 3 pavimentos, maior ou igual a 4,50 m. Edificações de 4 e 5
Distâncias mínimas
pavimentos, maior ou igual a 5,00 m. Edificações acima de 5 pavimentos, maior ou
entre blocos
igual a 6,00 m.
Para edificação acima de dois pavimentos, deve ser previsto e indicado na planta o
espaço destinado ao elevador e informado no manual do proprietário. O espaço deve
permitir a execução e instalação futura do elevador. Não é necessária nenhuma obra
Elevador
física para este fim. No caso, do espaço previsto para futura instalação do elevador,
estar no interior da edificação, a estrutura deverá ser executada para suportar as
cargas de instalação e operação do equipamento.
Deverão ser instaladas placas informativas nas edificações de empreendimentos em
Placas informativas
condomínios nos casos de utilização de alvenaria estrutural ou sistemas inovadores.
TECNOLOGIAS INOVADORAS
Aceitáveis as tecnologias inovadoras testadas e aprovadas conforme a Norma de
Desempenho – NBR 15.575 e homologadas pelo SiNAT ou que comprovarem
desempenho satisfatório junto à CAIXA.
SUSTENTABILIDADE
Medição individualizada de água e gás.
INFRAESTRUTURA
Pavimentação definitiva, calçadas, guias, sarjetas e sistemas de drenagem.
Sistema de abastecimento de água.
Solução de esgotamento sanitário.
Energia elétrica e iluminação pública.
ACESSIBILIDADE E ADAPTAÇÃO
Deverá ser garantida a rota acessível em todas as áreas públicas e de uso comum no
Áreas de uso comum empreendimento. Orientações disponíveis na Cartilha de Acessibilidade a
Edificações e Espaços e Equipamentos Urbanos, elaborado pela CAIXA.
Disponibilizar unidades adaptadas ao uso por pessoas com deficiência, com
mobilidade reduzida e idosos, de acordo com a demanda, com kits específicos
Unidades adaptadas
devidamente definidos. Na ausência de legislação municipal ou estadual que
estabeleça regra especifica, disponibilizar no mínimo 3% das UH.
Fonte:
Norma de Desempenho. Pela afirmação feita pelo Governo Federal, o Programa Minha Casa
Minha Vida será o idealizador desta Norma. Então, construtoras e incorporadoras que
trabalham com esses empreendimentos não terão dificuldades na adequação de seus projetos
arquitetônicos.
NBR 15.575 PMCMV COESM
CÔMODO
Móvel/equipamento Dimensões (m) Móvel/equipamento Dimensões (m) Móvel/equipamento Dimensões (m)
Cama de casal 1,40 x 1,90 Cama de casal 1,40 x 1,90
Armário sobre a pia prever Armário sobre a pia prever Não especifica
COZINHA
Gabinete prever Gabinete prever
circular D = 0,95 -
Mesa com 4 cadeiras Mesa com 4 cadeiras
quadrada 1,00
-
SALA DE JANTAR x 1,00 Não especifica
Largura Mínima 2,40 Largura Mínima 2,40
quadrado 0,80
x 0,80 retangular 0,90
Chuveiro (box) Chuveiro (box) Chuveiro (box) -
retangular 0,70 x 0,95
BANHEIRO x 0,90
Para o atendimento à Norma de Desempenho tanto pelo PMCMV como pelo COESM
para níveis de iluminamento natural devem ser realizadas simulações e estudos mais
aprofundados para a medição em lux desse fator.
O fator de luz diurna que é a parcela da luz difusa proveniente do exterior que atinge o
ponto interno de medida também é medido através de ensaios in loco. É a razão percentual
entre a iluminância interna no ponto de referência (centro do cômodo, a 0,75m de altura) e a
iluminância externa disponível, sem incidência da radiação direta do sol.
Para a análise do iluminamento artificial algumas considerações devem ser feitas:
i. Segundo a NBR 5413 (1992) “Iluminância de interiores”, para salas de
estar/jantar e dormitórios são necessários de 100 a 200 lux para uma
iluminação satisfatória destes ambientes.
ii. Para o cálculo dos lux necessários será utilizada a relação entre o número de
lúmens do compartimento e a área total deste, sendo o resultado o número
necessário de lux para a iluminação artificial do ambiente.
iii. Segundo dados da Empresa OSRAM, uma lâmpada fluorescente de 23 W tem
um fluxo luminoso nominal de 1400 lúmens e equivale a uma lâmpada
incandescente de 100 W.
iv. Portanto, quando utilizada uma lâmpada de 23 W na sala com 8 m² tem-se 175
lux e para o dormitório considerada uma área de 7,25 m² obtêm-se 193 lux.
Então, são perceptíveis que com uma lâmpada fluorescente com 1400 lúmens são
atendidas as especificações da NBR 5413 (1992) e também valores da Norma de Desempenho
(2013) que especifica para salas e dormitórios um desempenho mínimo de 100 lux.
de três dias e analisar os dados do terceiro dia, o que nem sempre acontece e prejudica a
análise.
dos ambientes internos dependerão do efeito conjugado destes diversos parâmetros e o clima
de cada lugar.
Com as conclusões obtidas por ROTTA (2009) foi possível identificar claramente as
práticas construtivas adotadas nos antigos prédios do BNH e aquelas que estão sendo
adotadas pelo programa PAR. Embora os prédios do programa PAR possam ser executados
dentro de um espaço de tempo mais curto, e com menor desperdício de material devido ao uso
da modulação e de elementos pré-fabricados, a baixa capacidade térmica atingida pelos seus
edifícios é um fator preocupante. Outro fator preocupante é a falta de cuidado no isolamento
da cobertura nos prédios dos conjuntos analisados. Através da distribuição dos aparelhos de
medição de temperatura em diferentes pavimentos e diferentes orientações; verificou-se que o
efeito exercido pela cobertura nos últimos pavimentos teve maior influência que a orientação
solar nos resultados obtidos de variação da temperatura interna, amplitude e amortecimento
térmico, tanto no período de inverno quanto no período de verão.
Por fim, ROTTA (2009) afirma que a questão da moradia popular engloba vários
aspectos, porém questões relacionadas ao conforto térmico acabam ficando em segundo
plano. Questões econômicas acabam servindo como única justificativa para projetos
arquitetônicos padronizados e uso de materiais inadequados às condições climáticas, quando
pequenos cuidados como a implantação, insolação e ventilação do edifício podem fazer muita
diferença na melhoria das condições de conforto. Dessa forma, este trabalho traz dados
importantes para que se possa conhecer a realidade e avançar em novas propostas que
assegurem uma melhor qualidade de vida aos moradores das habitações de interesse social de
Santa Maria e região.
Densidade
Nº Rw
Produto ensaiado superficial
ensaio (dB)
(kg/m²)
Parede com blocos cerâmicos BV (14cm x 19cm x 29cm)– com
06 226,5 43
revestimento.
07 Parede com tijolo maciço – sem revestimento 190,75 41
Parede de tijolo maciço –com revestimento parcial –emissão
08 238,75 47
(externo).
09 Parede de tijolo maciço (10,5 x 5 x 22cm) – com revestimento. 285,75 50
Parede de blocos vazados de concreto (14cm x 19cm x39cm) – sem
10 242,5 43
revestimento.
Parede de blocos vazados de concreto (14cm x 19cm x39cm) – com
11 255,5 49
revestimento parcial.
Parede de blocos vazados de concreto (14cm x 19cm x39cm) – com
12 240,5 50
revestimento.
Parede de blocos cerâmicos estruturais (14cm x 19cmx 29cm) – sem
13 170 35
revestimento.
Parede de blocos cerâmicos estruturais (14cm x 19cmx 29cm) –
14 217,5 40
revestimento parcial – emissão (externo)
Parede de blocos cerâmicos estruturais (14cm x 19cmx 29cm) – com
15 227,5 41
revestimento.
Fonte: Rigui apud Dondé, 2013, p. 104
Nº Densidade superficial
Produto ensaiado Rw (dB)
ensaio (kg/m²)
sonora ponderado (Rw) é de 35 dB, portanto quaisquer paredes e divisórias pesadas ou leves
apresentadas nas tabelas acima, quando utilizadas como vedação, seguem os valores mínimos
estabelecidos por norma.
Na tabela 30 são apresentados valores do nível de pressão sonora de impacto padrão
ponderado (L’nT,w) encontrados por PEDROSO (2007) através de ensaios laboratoriais os
quais foram relatados em sua dissertação.
Analisando os valores estabelecidos pela Norma 15.575 (2013) para o nível de pressão
sonora de impacto ponderado medidos para diferentes sistemas de pisos verifica-se que o
valor máximo admissível para um desempenho mínimo é de 80 dB. Quando analisados os
valores obtidos por PEDROSO (2007) em suas diferentes composições e que o valor máximo
obtido nas suas medições é de 78 dB, conferimos ser atendida a NBR 15575 por todas as
composições avaliadas.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lei nº 12.424, de 16 de junho de 2011. Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida –
PMCMV. Brasília, 2011.
Portaria nº 465, de 3 de outubro de 2011. Dispõe sobre as diretrizes gerais para aquisição e
alienação de imóveis por meio da transferência de recursos ao Fundo de Arrendamento
Residencial – FAR, no âmbito do Programa Nacional da Habitação Urbana – PNHU,
integrante do Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV. Brasília, 2011.
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