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PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE


CENTRO DE EPIDEMIOLOGIA
COORDENAÇÃO DE DIAGNÓSTICO EM SAÚDE
DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS

PERFIL DAS NOTIFICAÇÕS DE VIOLÊNCIA INTERPESSOAL/AUTOPROVOCADA


NO MUNICÍPIO EM 2018

Elaboração

Liliane Barbosa Corrêa


Telma Elaine Alves Rosa

Colaboração

Dulce Meri Blitzkow


Maria Daguima Moreira
Renata Guedes Kumm

Rede de Proteção

Adriane Wollmann
Emília Satie Sato
Simone Cortiano

CURITIBA
2019
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1 INTRODUÇÃO

A violência é definida como “o uso intencional de força física ou do


poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou
contra um grupo ou uma comunidade que resulte ou tenha
possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico,
deficiência de desenvolvimento ou privação” (OMS, 2002).

A notificação das violências é contemplada na Portaria GM/MS nº 1.271/2014,


(Portaria atualizada: n° 204 de 17 de fevereiro de 2016) de modo a atender a obrigatoriedade
prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela Lei nº 8.069/1990; no
Estatuto do Idoso instituído pela Lei nº 10.741/2003 e alterado pela Lei nº 12.461/2011; e na
Lei nº 10.778/2003, que institui a notificação compulsória de violência contra a mulher.
A vigilância da violência praticada contra crianças e adolescentes e mulheres,
acontece no município, desde o ano de 2002. As notificações desse agravo em pessoas
idosas iniciaram em 2002, a princípio com as mulheres idosas, sendo ampliadas no município,
após a implantação da Rede de Atenção e Proteção à Pessoa Idosa em Situação de Risco
para a Violência, a partir de 2012.
O disparador para a vigilância de proteção do agravo Violência
Interpessoal/Autoprovocada são as notificações, realizadas pela capacitação de uma rede de
estabelecimentos notificadores (atualmente, 800 estabelecimentos). A sistematização e a
análise contínua dos dados obtidos possibilita conhecer e avaliar o perfil das vítimas, dos
autores prováveis da violência e da própria situação de violência, além de subsidiar os
gestores na elaboração de ações.
Os dados analisados neste documento referem-se aos registros de violência
Interpessoal/Autoprovocada realizados no ano de 2018. Refletem o trabalho de notificação
dos equipamentos, e possibilitam uma análise do perfil deste agravo no município ao longo
do tempo, viabilizando que, por meio da visibilidade dos eventos e da reflexão sobre as
circunstancias para que eles se manifestem, se pensem intervenções eficientes e eficazes,
no sentido de atuar em atenção, prevenção, proteção e na redução de sua magnitude.

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Apresentar o perfil da violência praticada contra crianças e adolescentes


(consideradas dos 0 aos 17 anos, de acordo com a definição do ECA), mulheres e pessoas
idosas (60 anos e mais) para subsidiar ações setoriais e intersetoriais voltadas à atenção,
prevenção e proteção desses públicos, no município de Curitiba.
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2.2 ESPECÍFICOS

1) Evidenciar a violência praticada contra crianças e adolescentes, mulheres e


pessoas idosas residentes e não residentes, no ano de 2018.

2) Apresentar a série histórica das notificações de violência, no município.

3) Analisar as informações registradas para elaboração do perfil da violências,


vítimas e prováveis autores.

4) Subsidiar com informações qualificadas, a construção de políticas de


promoção, prevenção, atenção e proteção para pessoas vítimas de
violência/interpessoal/autoprovocada.

3 METODOLOGIA

O método utilizado baseia-se numa análise documental e de dados, realizada


anualmente, considerando as notificações de violência registradas pelos equipamentos
notificadores, tanto os localizados no município, quanto de outros da Região Metropolitana,
particularizando os relativos a residentes em Curitiba.
Os dados de 2002 a 2012 foram extraídos do sistema Epi Info, alimentado pelo Centro
de Epidemiologia da SMS Curitiba. A partir de 2013, os dados foram extraídos de dois
sistemas: o Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN – nacional - e o Epi
Info local. Realizam-se downloads sistemáticos desses bancos de dados, e estes passam por
um processo de qualificação. Todos os campos da ficha de notificação são analisados
criteriosamente, para exclusão de duplicidades, e para completitude e consistência. Ao longo
desse processo, utiliza-se inclusive de registros contidos no prontuário eletrônico (E-Saúde),
no Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM e no Sistema de Informação sobre
Nascidos Vivos - SINASC, de modo a esclarecer eventuais inconsistências. Todo esse
processo de qualificação segue rigorosamente as especificações contidas no Instrutivo para
Preenchimento de Notificações de Violência Interpessoal / Autoprovocada (BRASIL, 2014) e
em documento elaborado pelo município (CURITIBA, 2016), atendendo especificidades de
alguns campos.
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4 RESULTADOS

4.1 ANÁLISE GERAL DOS DADOS DE VIOLÊNCIA NOTIFICADOS

As tabelas abaixo demonstram as séries históricas elaboradas a partir das notificações


de violência para os públicos criança/adolescente, mulher e pessoa idosa, dos anos de 2010
a 2018.
O maior número de notificações de violência realizadas pelos serviços de Curitiba foi
de residentes no próprio município (Gráfico 1). Em 2018, 5.503 (76,5% das 7.198) crianças e
adolescentes, 2.244 (80,4% das 2.791) mulheres e 424 (88,5% das 479) pessoas idosas
notificadas residiam em Curitiba (Tabelas 1, 2 e 3).
No caso de crianças e adolescentes, até o ano de 2016, existe uma relativa
estabilização deste indicador, mantendo-se na casa de 5.000 notificações por ano, o que
sugere a consolidação do número de serviços e de profissionais sensibilizados para a
notificação dos casos suspeitos ou confirmados. A partir de 2017 porém, nota-se uma
retomada do aumento no número de notificações. Um dos fatores envolvidos pode estar
relacionado a capacitação e sensibilização dos profissionais para os eventos relacionados à
violência autoprovocada (Tabela 1 e Gráfico 1).
Nas mulheres, a série histórica evidencia que, no decorrer desses anos, as ações
intersetoriais e integradas do município de Curitiba resultaram em progressivo aumento do
número de notificações de violência contra a mulher, dando maior visibilidade ao agravo
(Tabela 2 e Gráfico 1).
As notificações de pessoas idosas demonstram crescimento gradual ao longo dos
anos, porém ainda com ritmo lento (Tabela 3 e Gráfico 1).

Tabela 1.Número de notificações de violência interpessoal/autoprovocada contra crianças e


adolescentes, por município de residência, de 2010 a 2018.
Munic. residência 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total
Curitiba 4.480 4.684 4.298 4.380 4.465 4.421 4.496 5.152 5.503 41.879
Região Metropolitana 559 625 733 918 1.068 1.194 1.412 1.520 1.516 9545
Outros municípios 72 60 76 52 73 85 108 171 168 865
Outros estados 1 0 0 1 6 5 8 9 11 41
Total 5.112 5.369 5.107 5.351 5.612 5.705 6.024 6.852 7.198 52.330
Fonte:SINAN
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Tabela 2. Número de notificações de violência interpessoal/autoprovocada contra mulheres,


por município de residência, de 2010 a 2018.
Munic. de residência 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total
Curitiba 856 871 1.041 1.311 1.492 1.921 1.736 2.018 2.244 13.490
Reg. Metropolitana. 180 204 195 253 291 339 388 453 520 2823
Outros municípios 8 5 6 19 12 18 13 24 19 124
Outros estados 6 0 3 0 2 2 5 8 8 34
Total 1.050 1.080 1.245 1.583 1.797 2.280 2.142 2.503 2.791 16.471
Fonte:SINAN

Tabela 03. Número de notificações de violência interpessoal/autoprovocada contra pessoas


idosas, por município de residência, de 2013 a 2018.
Munic. residência 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total
Curitiba 210 280 333 349 442 424 2.038
Reg. Metropolitana. 11 22 32 44 54 51 214
Outros municípios 0 0 2 2 5 3 12
Outros estados 0 1 0 2 1 1 5
Total 221 303 367 397 502 479 2.269
Fonte: SINAN

Gráfico 1. Notificações de crianças/adolescentes, mulheres e pessoas idosas residentes em


Curitiba, anos de 2010 a 2018.
n.
6.000 5.503
5.152
4.684
4.480 4.380 4.465 4.421 4.496
4.298

4.000

1.921 2.244
1.736 2.018
2.000 1.492
1.041 1.311
871
856

333 349 442 424


210 280

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Cça/adol Mulher Pessoa idosa

Fonte:SINAN

É possível perceber um progressivo aumento das notificações de residentes em região


metropolitana no período analisado (Gráfico 2).
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Gráfico 2. Notificações de crianças/adolescentes, mulheres e pessoas idosas residentes em


região metropolitana, anos de 2010 a 2018.
Região Metropolitana de Curitiba
1800
1600 1.520 1.516
1.412
1400
1.194
1200 1.068
1000 918
733
800 625
559 520
600 453
339 388
400 253 291
180 204 195
200 11 22 32 44 54 51
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Cça/adol Mulher Pessoa idosa

Fonte:SINAN

Em 2018, os dados reforçam que os serviços de saúde são os principais notificadores:


63,5% das notificações de crianças e adolescentes, 89,5% das de mulheres e 86,8% das de
pessoas idosas. Destacam-se os hospitais como responsáveis pelo maior número de
notificações, com exceção das pessoas idosas, mais notificadas pelas unidades de saúde. Os
serviços de educação perfazem 31,5 % das notificações de crianças e adolescentes. Nas
notificações de mulheres, os serviços da assistência social efetuaram 3,3%; nas de pessoas
idosas, 12,1%, respondendo pelo segundo lugar em número de notificações neste público
(Tabela 4).
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Tabela 4. Número e percentual de notificações por tipo de serviço notificador no ano de 2018.
Criança/adolescente Mulher Pessoa Idosa
Serviço Notificador
n. % n. % n. %
Serviços da Saúde
Hospitais 2.559 56,0 1339 53,6 205 42,8
Unidades de saúde 2.012 44,0 1160 46,4 211 44,1
Subtotal 4.571 63,5 2.499 89,5 416 86,8
Serviços da Educação
Escolas municipais 1.060 46,7 18 42,9 0 0
Escolas estaduais 849 37,4 10 23,8 0 0
Centros mun.de educ.inf. 318 14,0 13 31,0 0 0
Centros de educação infantil 41 1,8 1 2,4 0 0
Contra turnos 1 0,1 0 0,0 0 0
Subtotal 2.269 31,5 42 1,5 0 0

Serviços da Assistência Social 260 3,6 92 3,3 58 12,1

Subtotal 260 3,6 92 3,3 58 12,1


Outros 98 1,4 13 8,2 1 20,0

Casa da Mulher Brasileira 0 0 145 91,8 4 80,0

Subtotal 98 1,4 158 5,7 5 1,0


Total 7.198 100,0 2.791 100,0 479 100,0
Fonte: CE/SMS. Outros: Centro de Referência da Mulher, Conselho tutelar, Escolas de Atendimento Especializado, clínicas.

4.2 ANÁLISE DOS DADOS DE NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA DE RESIDENTES EM


CURITIBA

4.2.1 NOTIFICAÇÕES SEGUNDO PÚBLICO, FAIXA ETÁRIA E SEXO

As tabelas abaixo demonstram o total de notificações segundo a faixa etária e público.


Ressalte-se que as notificações de mulheres contabilizam as faixas de 18 anos e mais,
incluindo-se as idosas.
Nas crianças e adolescentes, do total de 5.503 notificações, cerca de 50,0%
distribuem-se na faixa dos 05 aos 14 anos.
Observa-se que 681 (12,4%) foram realizadas em menores de 1 ano; como esta faixa
corresponde a um ano, diferentemente das demais, que compreendem de dois a quatro anos,
pode-se afirmar que é a faixa de maior número de notificações. Destas 681, 419 (61,5%) dos
registros no banco correspondem a recém nascidos.
Nas mulheres, 56,9% das 2.244 notificações concentram-se dos 20 aos 39 anos.
Nas pessoas idosas, o maior índice de notificações ocorreu na faixa dos 60 aos 64
anos (20% das 424) (Tabelas 5,6 e 7).
8

Tabela 5. Notificações de crianças e adolescentes residentes em Curitiba, por faixa etária, ano
2018 . Curitiba, 2018
Faixa etária n. %
< 1 ano 681 12,4
01 a 04 anos 869 15,8
05 a 09 anos 1.167 21,2
10 a 14 anos 1.582 28,7
15 a 17 anos 1.204 21,9
Total 5.503 100,0
Fonte:SINAN

Tabela 6. Notificações de mulheres residentes, por faixa etária, ano 2018. Curitiba, 2018
Faixa etária n. %
18 a 19 213 9,5
20 a 29 770 34,3
30 a 39 507 22,6
40 a 49 322 14,3
50 a 59 173 7,7
60 a 69 101 4,5
70 a 79 96 4,3
80 e + 62 2,8
Total 2.244 100,0
Fonte:SINAN

Tabela 7.Notificações de pessoas idosas residentes, por faixa etária, ano 2018. Curitiba, 2018
Faixa etária n. %
60 a 64 85 20,0
65 a 69 80 18,9
70 a 74 71 16,7
75 a 79 69 16,3
80 a 84 57 13,4
85 e + 62 14,6
Total 424 100,0
Fonte:SINAN

A tabela abaixo demonstra o número de notificações por sexo em crianças e adolescentes,


mulheres e pessoas idosas, residentes em Curitiba, no ano de 2018(Tabela 8).

Tabela 8. Número e percentual de notificações de residentes segundo sexo. Curitiba, 2018


Masculino Feminino
Notificações n. % n. %
Criança/adolescentes 2.529 93,9 2.974 54,3
Mulher 0 0,0 2.244 41,0
Pessoa Idosa 165 6,1 259 4,7
Total 2.694 100,0 5.477 100,0
Fonte:SINAN
9

4.2.2 NATUREZA DA VIOLÊNCIA POR PÚBLICO

No ano de 2018, do total de 5.503 crianças e adolescentes notificados e residentes em


Curitiba, 77,8% sofreram violência doméstica/ intrafamiliar, ou seja, a que acontece no
ambiente doméstico, no âmbito das relações familiares. A violência extrafamiliar representou
6,1% das notificações, apontando para as situações de violência urbana, de bullying e de
violência sexual cometida por terceiros. A violência institucional contabiliza 1,5% das
notificações.
A violência autoprovocada ou autoinfligida, que compreende as autoagressões,
automutilações, ideação suicida e as tentativas de suicídio, aparece em 13,6% das
notificações.
Nas mulheres, a violência autoprovocada ocupa o primeiro lugar no número de
notificações (42,5%) seguida de perto pela violência doméstica/intrafamiliar (41,9%).
Nas pessoas idosas, a violência doméstica/intrafamiliar tem o maior número de
registros (75,9%). Chama a atenção o aparecimento da violência autoprovocada em segundo
lugar, com 13,2% (Tabela 9).

Tabela 9. Número e percentual de notificações de residentes, segundo a natureza de


violência. Curitiba, 2018
Criança/adolescente Mulher Pessoa Idosa
Natureza da violência n. % n. % n. %
Doméstica/Intrafamiliar 4.280 77,8 941 41,9 322 75,9
Extrafamiliar 337 6,1 337 15,0 41 9,7
Autoprovocada 750 13,6 953 42,5 56 13,2
Institucional 81 1,5 7 0,3 4 0,9
Ignorada 55 1,0 6 0,3 1 0,2
Total 5.503 100,0 2.244 100,0 424 100,0
Fonte: SINAN.

4.2.3 NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA SEGUNDO PÚBLICO, TIPO E FAIXA ETÁRIA

Ao analisar o tipo da violência, observa-se, em crianças e adolescentes, que a


negligência prevalece com 56,4% do total de notificações, seguida da violência autoprovocada
(12,4%); a violência física (12,0%) e a sexual (9,9%) aparecem na sequência. Nas mulheres,
a violência autoprovocada responde pelo maior número de registros (36,3% do total), seguida
da violência física (34,1%). Nas pessoas idosas, a negligência ganha destaque (46,7%) e a
violência física aparece como segundo tipo mais frequente (21,1%).
Na distribuição segundo faixas etárias, nas crianças e adolescentes, a negligência é
a primeira em número de registros, concentrando-se em menores de 1 ano, faixa com intervalo
que contabiliza apenas 1 ano, diferentemente das demais, que são mais amplas. Na faixa de
10

1 a 4 anos, a violência sexual aparece em segundo lugar (14,5%), seguida da violência física
(13,6%). Dos 5 aos 9 anos, estas posições se invertem; a violência física está registrada em
17,4% e a sexual em 13,6% das notificações. A violência autoprovocada é expressiva na faixa
dos 10 aos 14 anos (20,9%) e dos 15 aos 17 anos (29,4%), depois da negligência com 45,0%
e 48,5% respectivamente (Tabela 10).
Nas mulheres, a negligência aparece majoritariamente nas idosas (45,3%). A
violência autoprovocada ocupa a primeira posição em número de registros nas faixas etárias
de 18 a 29 anos (55,1%) e 20 a 29 anos (43,1%). Na faixa de 30 a 39, 40 a 49 e 50 a 59, a
violência física foi a mais incidente, com os seguintes percentuais: 43,4% ,39,0% e 40,1 %
respectivamente (Tabela 11).
Em relação ao total de notificações de pessoas idosas, a negligência aparece como o
tipo de violência mais incidente (46,7%). Na faixa etária de 60 a 64 anos, a violência física
aparece em primeiro lugar (27,7%), seguida pela autoprovocada (26,6%). Dos 65 anos aos
85 anos e mais, a negligência ocupa a primeira posição, com destaque na faixa de 75 a 79
anos (54,9%) e acima dos 85 (70,8%). A negligencia é seguida pela violência física, nas
faixas dos 65 anos aos 85 anos e mais.

Tabela 10. Número e percentual de notificações de crianças e adolescentes residentes,


segundo o tipo da violência. Curitiba, 2018
Faixa Etária
< 01 ano 1a4 5a9 10 a 14 15 a 17 Total
Tipo n. % n. % n. % n. % n. % n. %
Negligência 667 96,8 608 62,6 719 53,6 790 45,0 619 48,5 3.403 56,4
Física 15 2,2 132 13,6 234 17,4 210 12,0 133 10,4 724 12,0
Sexual 3 0,4 141 14,5 183 13,6 204 11,6 67 5,3 598 9,9
Psicológica 2 0,3 79 8,1 168 12,5 144 8,2 70 5,5 463 7,7
Trab. Infantil 2 0,3 11 1,1 29 2,2 40 2,3 11 0,9 93 1,5
Autoprovocada 0 0,0 0 0,0 8 0,6 367 20,9 375 29,4 750 12,4
Total 689 100,0 971 100,0 1341 100,0 1755 100,0 1275 100,0 6.031 100,0
Fonte: SINAN. Obs.: Pode haver mais de um tipo de violência em uma mesma notificação.
11

Tabela 11. Número e percentual de notificações mulheres residentes, segundo o tipo da


violência. Curitiba, 2018
Faixa etária
18 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e + Total
Tipo n. % n. % n. % n. % n. % n. % n. %
Negligência 4 1,6 4 0,5 7 1,2 8 2,1 11 5,3 143 45,3 177 6,7
Física 48 19,8 298 33,7 258 43,4 149 39,0 83 40,1 60 19,0 896 34,1
Sexual 30 12,3 87 9,8 40 6,7 17 4,5 12 5,8 2 0,6 188 7,2
Psicológica 25 10,3 113 12,8 90 15,1 70 18,3 27 13,0 46 14,6 371 14,1
Financeira 2 0,8 2 0,2 4 0,7 2 0,5 4 1,9 29 9,2 43 1,6
Autoprovocada 134 55,1 381 43,1 196 32,9 136 35,6 70 33,8 36 11,4 953 36,3
Total 243 100,0 885 100,0 595 100,0 382 100,0 207 100,0 316 100,0 2.628 100,0
Fonte:SINAN

Tabela 12. Número e percentual de notificações de pessoas idosas residentes, segundo o


tipo da violência. Curitiba, 2018
Faixa etária
Tipo 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 a 84 85 e + Total
n. % n. % n. % n. % n. % n. % n. %
Negligência 24 25,5 39 41,5 37 42,5 45 54,9 39 52,7 51 70,8 235 46,7
Física 26 27,7 23 24,5 22 25,3 16 19,5 11 14,9 8 11,1 106 21,1
Psicológica 14 14,9 9 9,6 9 10,3 10 12,2 15 20,3 6 8,3 63 12,5
Sexual 2 2,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 0,4
Financeira 3 3,2 8 8,5 10 11,5 7 8,5 8 10,8 5 6,9 41 8,2
Autoprovocada 25 26,6 15 16,0 9 10,3 4 4,9 1 1,4 2 2,8 56 11,1
Total 94 100,0 94 100,0 87 100,0 82 100,0 74 100,0 72 100,0 503 100,0
Fonte:SINAN

4.2.4 NOTIFICAÇÕES SEGUNDO DISTRITO SANITÁRIO (DS) DE RESIDÊNCIA

A tabela abaixo refere-se ao número de notificações de crianças/adolescentes,


mulheres e pessoas idosas segundo o DS de residência da vítima (Tabela 13). Não
obrigatoriamente a violência tenha ocorrido no mesmo Distrito, ou mesmo no município.
Reforça-se que os Distritos Sanitários tem perfis populacionais, socioeconômicos e culturais
diferenciados, assim como heterogêneas distribuições de equipamentos públicos de saúde,
educação e assistência social, entre outros.
12

Tabela 13. Número de notificações de crianças/adolescentes, mulheres e pessoas idosas,


segundo Distrito Sanitário de residência. Curitiba, 2018

Distrito Sanitário de Residência n.


DS Matriz
Criança/adolescente 188
Mulher 232
Pessoa Idosa 43
Total 463
DS Boa Vista
Criança/adolescente 832
Mulher 336
Pessoa Idosa 68
Total 1.236
DS Boqueirão
Criança/adolescente 655
Mulher 239
Pessoa Idosa 53
Total 947
DS Portão
Criança/adolescente 420
Mulher 164
Pessoa Idosa 32
Total 616
DS Pinheirinho
Criança/adolescente 359
Mulher 163
Pessoa Idosa 25
Total 547
DS Cajuru
Criança/adolescente 636
Mulher 266
Pessoa Idosa 57
Total 959
DS Bairro Novo
Criança/adolescente 748
Mulher 256
Pessoa Idosa 38
Total 1.042
DS CIC
Criança/adolescente 815
Mulher 286
Pessoa Idosa 60
Total 1.161
DS Tatuquara
Criança/adolescente 492
Mulher 137
Pessoa Idosa 14
Total 643
DS Santa Felicidade
Criança/adolescente 358
Mulher 162
Pessoa Idosa 33
Total 553
Fonte: SINAN.Obs.: em 03 notificações de mulheres e em 01 de pessoa idosa, o distrito de residência é ignorado.
13

A tabela seguinte contabiliza o número de notificações de crianças/adolescentes, mulheres e


pessoas idosas segundo o distrito de residência e o tipo de violência.

Tabela 14. Número de notificações segundo faixa etária, tipo de violência e Distrito Sanitário
de residência. Curitiba, 2018
Tipo de Violência
Negligência Física Sexual Psicológica Trab.Inf Financeira Autoprovocada Total
Faixa etária n. % n. % n. % n. % n. % n. % n. %
DS Matriz
Criança/adolescente 100 48,3 25 12,1 21 10,1 18 8,7 6 2,9 0 0,0 37 17,9 207
Mulher 16 6,3 76 29,8 30 11,8 20 7,8 0 0,0 3 1,2 110 43,1 255
Pessoa Idosa 21 45,7 13 28,3 0 0,0 4 8,7 0 0,0 1 2,2 7 15,2 46
DS Boa Vista
Criança/adolescente 531 58,4 118 13,0 88 9,7 65 7,1 9 1,0 0 0 99 10,9 910
Mulher 23 5,75 153 38,25 26 6,5 57 14,3 0 0 9 2,3 132 33,0 400
Pessoa Idosa 34 38,2 19 21,3 1 1,1 12 13,5 0 0 12 13,5 11 12,4 89
DS Boqueirão
Criança/adolescente 396 55,9 69 9,7 78 11,0 51 7,2 11 1,6 0 0,0 103 14,5 708
Mulher 17 6,3 84 30,9 17 6,3 32 11,8 0 0,0 2 0,7 120 44,1 272
Pessoa Idosa 28 45,9 14 23,0 0 0,0 7 11,5 0 0,0 6 0,8 6 9,8 61
DS Portão
Criança/adolescente 293 66,0 39 8,8 25 5,6 23 5,2 10 2,3 0 0,0 54 12,2 444
Mulher 8 4,3 65 34,6 17 9,0 20 10,6 0 0,0 4 2,1 74 39,4 188
Pessoa Idosa 12 29,3 10 24,4 0 0 7 17,1 0 0 6 14,6 6 14,6 41
DS Pinheirinho
Criança/adolescente 203 50,6 53 13,2 52 13,0 31 7,7 4 1,0 0 0,0 58 14,5 401
Mulher 18 9,4 51 26,7 12 6,3 25 13,1 0 0,0 3 1,6 82 42,9 191
Pessoa Idosa 19 61,3 3 9,7 0 0 4 12,9 0 0 2 6,5 3 9,7 31
DS Cajuru
Criança/adolescente 434 62,7 77 11,1 54 7,8 42 6,1 8 1,2 0 0 77 11,1 692
Mulher 24 7,4 131 40,6 26 8,0 56 17,3 0 0,0 6 1,9 80 24,8 323
Pessoa Idosa 38 55,9 13 19,1 0 0 6 8,8 0 0 5 7,4 6 8,8 68
DS Bairro Novo
Criança/adolescente 443 52,1 100 11,8 94 11,0 97 11,4 8 0,9 0 0 109 12,8 851
Mulher 22 7,1 104 33,3 20 6,4 61 19,6 0 0,0 3 1,0 102 32,7 312
Pessoa Idosa 28 65,1 5 11,6 1 2,3 4 9,3 0 0,0 1 2,3 4 9,3 43
DS CIC
Criança/adolescente 500 57,1 115 13,1 90 10,3 65 7,4 13 1,5 0 0 92 10,5 875
Mulher 31 9,6 93 28,8 17 5,3 47 14,6 0 0,0 7 2,2 128 39,6 323
Pessoa Idosa 30 44,8 15 22,4 0 0 11 16,4 0 0 4 6,0 7 10,4 67
DS Tatuquara
Criança/adolescente 319 57,6 80 14,4 58 10,5 37 6,7 17 3,1 0 0 43 7,8 554
Mulher 6 3,5 57 33,5 12 7,1 28 16,5 0 0,0 3 1,8 64 37,6 170
Pessoa Idosa 8 44,4 5 27,8 0 0 3 16,7 0 0 1 5,6 1 5,6 18
DS Santa Felicidade
Criança/adolescente 184 47,3 48 12,3 38 9,8 34 8,7 7 1,8 0 0 78 20,1 389
Mulher 12 6,3 80 41,9 10 5,2 25 13,1 0 0,0 3 1,6 61 31,9 191
Pessoa Idosa 16 42,1 9 23,7 0 0 5 13,2 0 0 3 7,9 5 13,2 38

Fonte: SINAN. Obs. Pode haver mais de um tipo de violência na mesma notificação.
14

4.2.5 NOTIFICAÇÕES SEGUNDO PÚBLICO E PROVÁVEL AUTOR DA VIOLÊNCIA

O provável autor da violência foi contabilizado nos diversos públicos de notificação;


em crianças e adolescentes, os pais estão presentes em 31,7% dos registros; em segundo
lugar está a mãe, (24,9%) - porém, se considerada como provável autor isolado, ela passa a
ocupar a primeira posição.
Nas mulheres, a própria vítima aparece em primeiro lugar (41,6%), dando ênfase ao
elevado número de ocorrências de violência autoprovocada; em segundo lugar, aparece o
cônjuge, com 17,6%; chama atenção a presença de filhos como prováveis autores em 8,1%
dos registros, refletindo a prática da violência doméstica/intrafamiliar contra mulheres mais
velhas.
Nas pessoas idosas, os filhos são os principais prováveis autores (46,2%).
Pode haver mais de um provável autor em uma mesma notificação; em crianças e
adolescentes, em 78 notificações, e nas mulheres em 11, o provável autor permaneceu como
ignorado – isto ocorre com mais frequência nos casos de violência sexual; nas pessoas
idosas, em 02 casos, não se identificou o provável perpetrador da violência (Tabela 15).
15

Tabela 15. Notificações de residentes, segundo público e provável autor da violência. Curitiba, 2018
Criança/adolescente
Autor da violência n. %
Pais 1839 31,7
Mãe 1446 24,9
Própria vítima 750 12,9
Pai 471 8,1
Avós 295 5,1
Padrasto 222 3,8
Conhecido 213 3,7
Tios 141 2,4
Desconhecido 113 1,9
Pessoa com rel. institucional 81 1,4
Irmão 76 1,3
Outros 41 0,7
Primos 30 0,5
Namorado 24 0,4
Cuidador 13 0,2
Cunhados 11 0,2
Cônjuge 10 0,2
Policial 9 0,2
Madrasta 9 0,2
Ex - namorado 6 0,1
Familiares 6 0,1
Padrinhos 4 0,1
Total 5.810 100,0
Mulher
Autor da violência n. %
Própria vítima 953 41,6
Marido ou companheiro 403 17,6
Desconhecido 204 8,9
Filho 185 8,1
Ex-marido ou ex-companheiro 128 5,6
Amigo ou conhecido 117 5,1
Namorado ou ex-namorado 74 3,2
Irmão 64 2,8
Outros 47 2,1
Netos 29 1,3
Sobrinhos 16 0,7
Cunhados/ex- cunhados 13 0,6
Pai 10 0,4
Padrasto 10 0,4
Genro/ex- genro 9 0,4
Nora/ex - nora 8 0,3
Pais 7 0,3
Pessoa com relação institucional 7 0,3
Mãe 6 0,3
Total 2.290 100,0
Pessoa idosa
Autor da violência n. %
Filho 222 46,2
Própria vítima 56 11,6
Netos 37 7,7
Irmão 27 5,6
Cônjuge/ex - cônjuge 25 5,2
Desconhecido 25 5,2
Familiares 24 5,0
Sobrinhos 21 4,4
Conhecido 10 2,1
Nora 9 1,9
Outros 7 1,5
Genro 7 1,5
Cuidador 7 1,5
Pessoa com relação institucional 4 0,8
Total 481 100,0
Fonte:SINAN.
16

4.3 NOTIFICAÇÕES DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS/TRANSTORNOS

No ano de 2018, as notificações de portadores de deficiências/transtornos totalizaram


917 de crianças/adolescentes (16,7% das 5.503), 911 de mulheres (40,6% das 2.244), e 177
de pessoas idosas (41,7% das 424).
As tabelas abaixo correlacionam o tipo de deficiência/transtorno mais incidentes em
cada um desses públicos, e também demonstram o tipo de violência mais incidente em cada
tipo de deficiência /transtorno (Tabelas 16 e 17).
Observa-se, nas crianças e adolescentes, a maior ocorrência de violência sexual entre
portadores de transtorno mental, enquanto que os portadores de mais de um tipo de
deficiência /transtorno são as maiores vítimas de violência física. A violência autoprovocada,
bem como a negligência e a violência psicológica, incidem principalmente em portadores de
transtorno mental. Em mulheres e pessoas idosas, os mais atingidos por todos os tipos de
violência são também os portadores de transtornos mentais.

Tabela 16. Número e percentual de notificações de portadores de deficiência/transtorno


residentes. Curitiba, 2018
Criança/Adolescente Mulher Pessoa Idosa
Deficiência/Transtorno n. % n. % n. %
Def. Intelectual 31 3,4 9 1,0 1 0,6
Def. Física 23 2,5 18 2,0 23 13
Def. Visual 6 0,7 8 0,9 8 4,5
Def. Auditiva 13 1,4 8 0,9 6 3,4
Trans. Comport. 149 16,2 8 0,9 0 0
Trans. Mental 529 57,7 768 84,3 98 55,4
Outros 52 5,7 18 2 21 11,9
Mais de 1 114 12,4 74 8,1 20 11,3
Total 917 100,0 911 100,0 177 100,0
Fonte: SINAN. Outros: transtornos do espectro autista, sequelas de AVC, déficit do desenvolvimento neuropsicomotor, síndrome
de Levi, etc.
17

Tabela 17. Número e percentual de notificações segundo o tipo de violência em portadores


de deficiências/transtornos residentes. Curitiba, 2018
Tipo de Violência

Negligência Física Psicológica Sexual Trab. Inf. Financeira Autoprovocada Total

Def./Trans. n. % n. % n. % n. % n. % n. % n. % n. %
Def. Intel. 16 4,7 5 8,2 4 8,5 5 15,6 1 20,0 0 0,0 1 0,2 32 3,4

Def. Física 19 5,6 3 4,9 0 0,0 2 6,3 0 0,0 0 0,0 0 0,0 24 2,6

Def. Visual 4 1,2 1 1,6 1 2,1 0 0,0 1 20,0 0 0,0 0 0,0 7 0,7
Criança
Def. Audit. 12 3,6 0 0,0 1 2,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,2 14 1,5
/Adolescente
T. Comport 100 29,7 16 26,2 9 19,1 4 12,5 1 20,0 0 0,0 30 6,6 160 17,1

T. Mental 121 35,9 0 0,0 17 36,2 12 37,5 0 0,0 0 0,0 374 82,2 524 55,9

Outros 43 12,8 8 13,1 4 8,5 5 15,6 2 40,0 0 0,0 1 0,2 63 6,7

Mais de 1 22 6,5 28 45,9 11 23,4 4 12,5 0 0,0 0 0,0 48 10,5 113 12,1

Subtotal 337 100,0 61 100,0 47 100,0 32 100,0 5 100,0 0 0,0 455 100,0 937 100,0

Def. Intel. 3 3,4 2 2,1 0 0,0 4 10,5 0 0,0 0 0,0 0 0,0 9 0,9

Def. Física 12 13,5 4 4,3 2 4,3 0 0,0 0 0,0 2 15,4 2 0,3 22 2,3

Def. Visual 5 5,6 1 1,1 1 2,2 1 2,6 0 0,0 0 0,0 1 0,1 9 0,9

Mulher Def. Audit. 2 2,2 6 6,4 3 6,5 1 2,6 0 0,0 0 0,0 0 0,0 12 1,2

T. Comport. 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 5,3 0 0,0 0 0,0 6 0,9 8 0,8

T. Mental 33 37,1 71 75,5 30 65,2 24 63,2 0 0,0 9 69,2 668 96,4 835 85,8

Outros 2 2,2 0 0,0 9 19,6 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 11 1,1

Mais de 1 32 36,0 10 10,6 1 2,2 6 15,8 0 0,0 2 15,4 16 2,3 67 6,9

Subtotal 89 100,0 94 100,0 46 100,0 38 100,0 0 0,0 13 100,0 693 100,0 973 100,0

Def. Intel. 1 0,9 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,5

Def. Física 20 18,3 2 10,5 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 14,3 0 0,0 24 11,9

Def. Visual 6 5,5 1 5,3 1 7,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 8 4,0
Pessoa
Def. Audit. 4 3,7 2 10,5 1 7,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 7 3,5
Idosa
T..Comport. 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0

T. Mental 45 41,3 9 47,4 7 50,0 1 100,0 0 0,0 10 71,4 41 93,2 113 56,2

Outros 15 13,8 0 0,0 1 7,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 16 8,0

Mais de 1 18 16,5 5 26,3 4 28,6 0 0,0 0 0,0 2 14,3 3 6,8 32 15,9

Subtotal 109 100,0 19 100,0 14 100,0 1 100,0 0 0,0 14 100,0 44 100,0 201 100,0
Fonte:SINAN. Pode haver mais de um tipo de violência em uma mesma notificação.
18

4.4 NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA

A violência autoprovocada compreende as autoagressões, as automutilações, as


tentativas de suicídio e a ideação suicida. Esta classificação foi mantida neste relatório, mas
deve ser modificada por orientação do Ministério da Saúde, que adotará a estratificação em
autoagressões e tentativas de suicídio a partir de 2019.
A violência autoprovocada tem apresentado aumento do número de notificações,
relacionado possivelmente à sensibilização e capacitação dos profissionais responsáveis
pelas notificações ao longo dos anos e também à maior visibilidade proporcionada pela
inclusão das tentativas de suicídio e suicídio na lista de agravos de notificação compulsória
imediata desde a publicação da portaria 1.271, em 2014. Além disto, o cruzamento dos bancos
de dados da Intoxicação Exógena e da Violência Interpessoal/Autoprovocada ampliou a
captação desses registros, antes comunicados isoladamente e não correlacionados.
Pela análise dos registros efetuados no ano de 2018, observa-se que a maior
incidência das tentativas de suicídio, tanto no sexo masculino quanto no feminino (este
numericamente o maior responsável pelo volume de notificações) ocorre na faixa dos 18 a 59
anos. Em contrapartida, as notificações de automutilações incidem, em ambos os sexos, nas
crianças e adolescentes.
As tabelas 18 e 19 demonstram a incidência de cada uma delas e a distribuição por
sexo; procurou-se particularizar a incidência da automutilação e das tentativas de suicídio por
faixa etária (Tabela 20).
O maior número de notificações de violência autoprovocada pertence ao sexo
feminino. A maior incidência de tentativas de suicídio em ambos os sexos, concentra-se na
faixa dos 10 aos 29 anos (64,0%) e a automutilação majoritariamente na faixa dos 10 aos 19
anos.
A incidência de tentativas de suicídio por distrito de residência também foi objeto de
análise (Gráfico 4). Os residentes nos distritos Boa Vista, CIC e Boqueirão foram os mais
notificados.

Tabela 18. Número de notificações de violência autoprovocada de residentes, por público e


faixa etária. Curitiba, 2018
Violência Autoprovocada Criança/adolescente 18 a 59 anos Pessoa idosa Total
Autoagressão 20 20 1 41
Automutilação 264 18 0 282
Ideação suicida 40 24 1 65
Tentativas de suicídio 426 1.334 54 1.814
Total 750 1.396 56 2.202
Fonte:SINAN
19

Gráfico 3. Distribuição de notificações de violência autoprovocada de residentes, por faixa


etária. Curitiba, 2018
n.

54
Tentativas de suicídio 1334
426

1
Ideação suicida 24
40

0
Automutilação 18
264

1
Autoagressão 20
20

0 500 1000 1500

Pessoa idosa 18 a 59 anos Criança/adolescente

Fonte:SINAN

Tabela 19. Número e percentual de notificações de violência autoprovocada de residentes,


segundo sexo. Curitiba, 2018
Sexo masculino Sexo feminino Total
Violência Autoprovocada n. % n. % n. %
Autoagressão 17 2,5 24 1,6 41 1,9
Automutilação 56 8,4 226 14,7 282 12,8
Ideação suicida 28 4,2 37 2,4 65 3,0
Tentativas de suicídio 566 84,9 1.248 81,3 1.814 82,4
Total 667 100,0 1.535 100,0 2.202 100,0
Fonte:SINAN
20

Tabela 20. Número e percentual de notificações de tentativas de suicídio e automutilação de


residentes, segundo sexo e faixa etária. Curitiba, 2018
Tentativas de suicídio
Masculino Feminino Total
Faixa etária n. % n. % n. %
<10 0 0,0 2 0,2 2 0,1
10 a 19 143 25,3 459 36,8 602 33,2
20 a 29 192 33,9 367 29,4 559 30,8
30 a 39 109 19,3 191 15,3 300 16,5
40 a 49 65 11,5 128 10,3 193 10,6
50 a 59 38 6,7 66 5,3 104 5,7
> 60 19 3,4 35 2,8 54 3,0
Total 566 100,0 1.248 100,0 1.814 100,0
Automutilação
<10 0 0,0 4 1,8 4 1,4
10 a 19 54 96,4 216 95,6 270 95,7
20 a 29 2 3,6 5 2,2 7 2,5
30 a 39 0 0,0 0 0,0 0 0,0
40 a 49 0 0,0 1 0,4 1 0,4
50 a 59 0 0,0 0 0,0 0 0,0
> 60 0 0,0 0 0,0 0 0,0
Total 56 100,0 226 100,0 282 100,0
Fonte: SINAN

Gráfico 4. Número de notificações de tentativas de suicídio, segundo Distrito Sanitário de


residência. Curitiba, 2018
n.

Tatuquara 119
Santa Felicidade 124
Portão 148
Distrito Sanitário

n.1.814
Cajuru 155
Pinheirinho 159
Matriz 179
Bairro Novo 190
Boqueirão 234
CIC 243
Boa Vista 263

0 50 100 150 200 250 300

Fonte:SINAN
21

4.5 NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA CONTRA GESTANTES, VIOLÊNCIA FETAL E


TENTATIVAS DE SUICÍDIO EM GESTANTES

A violência fetal é denominada por Santos (2002) como “maus-tratos ao feto”, sendo
que podem ser incluídos nesta categoria não só os atos de agressão deliberados por parte da
mãe, mas também outros tipos de conduta que trazem riscos conhecidos para o feto, como o
alcoolismo, dependência de drogas, automedicação, ausência de cuidados, etc. Este tipo de
violência também é entendida como a violência praticada pela gestante contra o feto (gestante
drogadita, alcoolista e ou negligente com o pré-natal, tentativa de aborto e outros), assim
como quando a gestante sofre alguma forma de violência física por outra pessoa, através de
pontapés, socos na barriga e outras formas de agressões inclusive, a negligência (CURITIBA,
2008).
Deslandes (1994b) aponta alguns sinais para identificação de gestantes de “alto
risco”, entre as quais ser usuária de álcool ou outra droga, ter tentado o aborto, demonstrar
grande apatia diante da gravidez e nascimento da criança, sofrer de problemas
psicossomáticos, entre outros (CURITIBA, 2008).
Desde o ano de 2003 são evidenciados em notificações de violência, casos de
gestantes que apresentaram hábitos ou comportamentos que constituíam negligência ou risco
para a criança. Alguns trabalhos apontam o pré-natal como uma oportunidade adequada para
a atuação em casos de maus-tratos, não só pela possibilidade de detecção de fatores de
risco, como também por ser um momento propício para a orientação de ações preventivas de
violência contra a criança durante o período gestacional. Assim, em 2007 foi incluído, na
notificação obrigatória da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, em Situação de
Risco para a Violência, o campo “violência fetal”.
No final de 2012, foi feita uma adaptação da ficha de notificação individual de
Violência Interpessoal/Autoprovocada, incluindo especificidades do sistema municipal de
notificação já existente, sendo mantido o campo “violência fetal”. A Coordenação de
Diagnóstico em Saúde Doenças e Agravos Não Transmissíveis e a Rede de Proteção, por
meio de seu monitoramento de gestantes em situação de risco passou a dar visibilidade para
situações que geram novas demandas para a gestão pública intersetorial, como por exemplo,
ampliação de ambulatórios de saúde mental, ampliação do número de vagas em centros de
educação infantil, de vagas em acolhimentos, atenção integrada ao uso de álcool e drogas. O
atendimento a estas demandas consiste em um desafio diário para os serviços públicos
municipais. A identificação e quantificação dos casos de risco na gestação evidencia
equações complexas como por exemplo, o tratamento da drogadição, o planejamento familiar
em situações especiais (como na adolescência ou em casos doenças crônicas), exclusão
social entre outros. Os dados obtidos passaram a subsidiar ações da Secretaria Municipal de
22

Saúde como o Comitê de Mortalidade Materno Infantil e a Atenção Primária em Saúde (saúde
da mulher, saúde do adolescente, saúde da criança) e em 2017 iniciaram-se estudos
específicos e inovadores, na questão métodos contraceptivos para situações especiais.
A apresentação dos dados, estabelecendo perfis para as intervenções necessárias
inclui variáveis como faixa etária das gestantes, o tipo de violência (infligida por terceiros
contra a gestante, violência fetal e tentativa de suicídio praticada pela gestante), assim como
o Distrito de residência dessas gestantes. Identificam-se ainda situações que podem colocar
em risco a gestante, a gestação em curso, ou o feto.
As tabelas a seguir contabilizam o número de notificações de violência contra a
gestante por terceiros, violência fetal praticada pela gestante e violência autoprovocada em
gestantes, e a sua distribuição por faixa etária. Na faixa dos 10 aos 17 anos, não há registro
de violência fetal, pois estas gestantes em sua maioria são vítimas de negligência,
concentrando assim o maior número de notificações de violência praticada por terceiros. A
faixa dos 18 aos 29 anos detém o maior número de notificações de violência fetal (66,9%); a
violência autoprovocada tem maior incidência na mesma faixa (66,7%) (Tabelas 21 e 22).

Tabela 21. Número de notificações de violência fetal, violência contra gestante praticada por
terceiros e violência autoprovocada em gestantes. Curitiba, 2018
Notificações n. %
Violência fetal 209 36,0
Violência contra gestante 350 60,3
Violência autoprovocada 21 3,6
Total 580 100,0
Fonte: SINAN/EpiInfo

Tabela 22. Distribuição das notificações de violência fetal, violência contra gestante praticada
por terceiros e violência autoprovocada em gestantes segundo a faixa etária. Curitiba, 2018

Vítimas de violência Violência fetal* Autoprovocada Total


Faixa etária
n. % n. % n. % n. %
10 a 14 54 15,4 0 0,0 0 0,0 54 9,3
15 a 17 206 58,9 0 0,0 2 9,5 208 35,9
18 a 24 41 11,7 90 43,3 9 42,9 140 24,2
25 a 29 17 4,9 49 23,6 5 23,8 71 12,3
30 a 34 23 6,6 36 17,3 2 9,5 61 10,5
35 a 39 7 2,0 24 11,5 2 9,5 33 5,7
40 a 45 2 0,6 9 4,3 1 4,8 12 2,1
Total 350 100,0 208 100,0 21 100,0 579 100,0
Fonte: SINAN/EpiInfo. Obs.: em 01 caso, não houve registro da faixa etária.
23

As tabelas 23, 24 e 25 referem-se aos Distritos Sanitários de residência das gestantes


vítimas de violência por terceiros, violência autoprovocada e violência fetal. O maior número
de notificações de violência contra gestante praticada por terceiros concentra-se nos DS Boa
Vista e Bairro Novo. A violência fetal aparece com maior número de notificações nos DS
Portão e Tatuquara e a autoprovocada é mais notificada pelo DS Matriz.

Tabela 23. Distribuição das notificações de violência contra gestantes praticadas por
terceiros, segundo faixa etária e Distrito Sanitário de residência. Curitiba, 2018
10 a 17 anos 18 anos e mais Total
Distrito Sanitário
n. % n. % n. %
Boa Vista 55 21,2 11 12,2 66 18,9
Bairro Novo 31 11,9 19 21,1 50 14,3
Portão 34 13,1 10 11,1 44 12,6
Boqueirão 35 13,5 8 8,9 43 12,3
Cajuru 29 11,2 7 7,8 36 10,3
CIC 23 8,8 12 13,3 35 10,0
Tatuquara 23 8,8 7 7,8 30 8,6
Pinheirinho 14 5,4 4 4,4 18 5,1
Santa Felicidade 12 4,6 6 6,7 18 5,1
Matriz 4 1,5 6 6,7 10 2,9
Total 260 100,0 90 100,0 350 100,0
Fonte:SINAN

Tabela 24. Distribuição das notificações de violência fetal, segundo Distrito Sanitário de
residência. Curitiba, 2018
Distrito Sanitário n. %
Portão 33 15,8
Tatuquara 32 15,3
CIC 31 14,8
Boa Vista 31 14,8
Bairro Novo 19 9,1
Pinheirinho 17 8,1
Boqueirão 16 7,7
Cajuru 14 6,7
Matriz 13 6,2
Santa Felicidade 3 1,4
Total 209 100,0
Fonte: EpiInfo/CE/SMS
24

Tabela 25. Distribuição das notificações de violência autoprovocada, segundo faixa etária e
Distrito Sanitário de residência. Curitiba, 2018
Faixa etária em anos
Distrito de residência
15 a 17 18 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 45 Total
Matriz 2 1 2 0 0 0 5
Boa Vista 0 0 0 0 0 1 1
Boqueirão 0 0 0 0 0 0 0
Portão 0 2 1 0 0 0 3
Pinheirinho 0 1 2 0 0 0 3
Cajuru 0 0 0 2 1 0 3
Bairro Novo 0 2 0 0 1 0 3
CIC 0 1 0 0 0 0 1
Santa Felicidade 0 0 0 0 0 0 0
Tatuquara 0 2 0 0 0 0 2
Total 2 9 5 2 2 1 21
Fonte:SINAN

Várias situações de risco são evidenciadas nas notificações de violência contra a


gestante por parte de terceiros e nas notificações de violência fetal, evidenciando
circunstâncias que podem levar à vulnerabilidade da gestação e do desenvolvimento do feto.
Em uma mesma notificação pode haver mais de uma situação de risco (Tabela 26).
25

Tabela 26. Situações de risco mais frequentes encontradas nas notificações de violência
praticada contra gestantes por terceiros e violência fetal. Curitiba, 2018
Violência contra a gestante praticada por terceiros n. %
Negligência 254 70,2
Violência física 72 19,9
Violência psicológica 34 9,4
Violência sexual na gestação 2 0,6
Subtotal 362 33,83
Violência fetal em todas as gestações notificadas
Pré-natal tardio ou incompleto 131 41,1
Pré-natal irregular 33 10,3
Sem pré-natal 33 10,3
Uso de álcool e drogas 121 37,9
Tentativa de aborto 1 0,3
Subtotal 319 29,8
Situações de risco que podem levar à vulnerabilidade
Três ou mais gestações 155 39,8
Gestante em situação de rua 21 5,4
Filhos acolhidos ou aos cuidados de outros 34 8,7
Intenção de entregar seu filho para adoção 3 0,8
Transtorno mental sem adesão/com má adesão ao tratamento 75 19,3
Mãe HIV sem adesão/com má adesão a tratamento 20 5,1
Lues sem adesão/com má adesão a tratamento 49 12,6
Doença crônica sem adesão ao tratamento 5 1,3
Gestação por violência sexual 27 6,9
Subtotal 389 36,4
Total 1.070 100,0
Fonte:SINAN/EpiInfo

5 CONCLUSÕES

O número de notificações de crianças/adolescentes e mulheres demonstra uma


retomada da tendência de crescimento nos últimos dois anos. O mesmo não ocorre com as
notificações de pessoas idosas, que na série histórica apresentam um crescimento lento ao
longo do tempo. Este quadro talvez esteja refletindo a dificuldade de percepção da violência
praticada contra idosos. Fatores envolvidos podem estar relacionados a que, muitas vezes,
estes não verbalizam os fatos, dificultando a efetiva realização das notificações, e a
notificação de pessoas idosas, relativamente nova, não ser ainda objeto da atenção dos
profissionais, prioritariamente voltada aos públicos de crianças/adolescentes e mulheres.
O maior número de notificações é de residentes no município, mas observa-se um
aumento nas notificações de residentes em municípios pertencentes à Região Metropolitana,
26

ao longo dos anos. Os principais notificadores ainda são os serviços de saúde, com destaque
para os hospitais.
A violência é mais incidente no sexo feminino; sua natureza em crianças e idosos, é
predominantemente doméstica/intrafamiliar, evidenciando que, em sua maioria, o provável
agressor está em convivência próxima com a vítima. Os prováveis autores da violência em
crianças/ adolescentes são, isoladamente, a mãe, e os pais, quando considerados em
conjunto. Nas mulheres, a própria vítima aparece em primeiro, seguida pelo violência
praticada pelo cônjuge/companheiro. As pessoas idosas, em sua maioria, são vitimadas pelos
filhos.
O tipo de violência mais notificado em crianças/adolescentes e pessoas idosas é a
negligência; em mulheres, a violência autoprovocada ganha destaque, seguida de perto pela
violência física.
Nos portadores de deficiências/transtornos, a violência em toda a sua tipologia, e em
todos os públicos, teve maior incidência naqueles que são portadores de transtornos mentais.
A violência autoprovocada tem apresentado aumento no número de notificações,
sendo mais expressiva na faixa etária dos 18 aos 59 anos, em ambos os sexos. As tentativas
de suicídio ocorrem predominantemente na faixa dos 10 aos 29 anos e a automutilação é
mais incidente na faixa dos 10 aos 19 anos, também em ambos os sexos. Estes dados
permitem acentuar a necessidade de vigilância neste público.
Das gestantes vítimas de violência, em sua maioria estão na faixa dos 10 aos 17 anos,
sendo vítimas de negligência por parte de seus responsáveis. A violência fetal é praticada
principalmente por gestantes na faixa dos 18 aos 29 anos; as tentativas de suicídio
concentram-se nesta mesma faixa etária. Os fatores mais frequentemente envolvidos nas
situações de risco mais comuns nas notificações de violência contra gestante, violência fetal
e tentativas de suicídio por parte de gestantes são, na violência praticada por terceiros, a
negligência, seguida pela violência física. O pré-natal realizado de forma tardia e/ou
incompleta e o uso de álcool e drogas estão envolvidos no maior número de notificações de
violência fetal. Situações de risco relacionadas a gestantes com histórico de três ou mais
gestações, portadoras de transtornos mentais, portadoras de HIV, ou com filhos acolhidos
e/ou aos cuidados de outros aparecem expressivamente nas notificações.
27

6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância de Violência Interpessoal e Autoprovocada


(VIVA/SINAN). Acesso em 17/12/2018. Disponível em:http://portalms.saude.gov.br/vigilancia-
em-saude/vigilancia-de-violencias-e-acidentes-viva/vigilancia-de-violencias/viva-sinan

BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto da Criança e do Adolescente.3. ed. Brasília, 2008


96p.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069/1990. Brasília, 2017.

CURITIBA. Secretaria Municipal da Saúde. Instrutivo para preenchimento de notificações


de violência interpessoal e autoprovocada – SINAN. Curitiba, 2016.

CURITIBA. Prefeitura Municipal. Protocolo da Rede de Proteção à Criança e ao


Adolescente em Situação de Risco para a Violência. 3. ed., rev. e atual, 2008.

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