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Perfil de Notificaçoes de Violencia Interpessoal - Autoprovocada 2018
Perfil de Notificaçoes de Violencia Interpessoal - Autoprovocada 2018
Elaboração
Colaboração
Rede de Proteção
Adriane Wollmann
Emília Satie Sato
Simone Cortiano
CURITIBA
2019
2
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICOS
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
4.000
1.921 2.244
1.736 2.018
2.000 1.492
1.041 1.311
871
856
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte:SINAN
Fonte:SINAN
Tabela 4. Número e percentual de notificações por tipo de serviço notificador no ano de 2018.
Criança/adolescente Mulher Pessoa Idosa
Serviço Notificador
n. % n. % n. %
Serviços da Saúde
Hospitais 2.559 56,0 1339 53,6 205 42,8
Unidades de saúde 2.012 44,0 1160 46,4 211 44,1
Subtotal 4.571 63,5 2.499 89,5 416 86,8
Serviços da Educação
Escolas municipais 1.060 46,7 18 42,9 0 0
Escolas estaduais 849 37,4 10 23,8 0 0
Centros mun.de educ.inf. 318 14,0 13 31,0 0 0
Centros de educação infantil 41 1,8 1 2,4 0 0
Contra turnos 1 0,1 0 0,0 0 0
Subtotal 2.269 31,5 42 1,5 0 0
Tabela 5. Notificações de crianças e adolescentes residentes em Curitiba, por faixa etária, ano
2018 . Curitiba, 2018
Faixa etária n. %
< 1 ano 681 12,4
01 a 04 anos 869 15,8
05 a 09 anos 1.167 21,2
10 a 14 anos 1.582 28,7
15 a 17 anos 1.204 21,9
Total 5.503 100,0
Fonte:SINAN
Tabela 6. Notificações de mulheres residentes, por faixa etária, ano 2018. Curitiba, 2018
Faixa etária n. %
18 a 19 213 9,5
20 a 29 770 34,3
30 a 39 507 22,6
40 a 49 322 14,3
50 a 59 173 7,7
60 a 69 101 4,5
70 a 79 96 4,3
80 e + 62 2,8
Total 2.244 100,0
Fonte:SINAN
Tabela 7.Notificações de pessoas idosas residentes, por faixa etária, ano 2018. Curitiba, 2018
Faixa etária n. %
60 a 64 85 20,0
65 a 69 80 18,9
70 a 74 71 16,7
75 a 79 69 16,3
80 a 84 57 13,4
85 e + 62 14,6
Total 424 100,0
Fonte:SINAN
1 a 4 anos, a violência sexual aparece em segundo lugar (14,5%), seguida da violência física
(13,6%). Dos 5 aos 9 anos, estas posições se invertem; a violência física está registrada em
17,4% e a sexual em 13,6% das notificações. A violência autoprovocada é expressiva na faixa
dos 10 aos 14 anos (20,9%) e dos 15 aos 17 anos (29,4%), depois da negligência com 45,0%
e 48,5% respectivamente (Tabela 10).
Nas mulheres, a negligência aparece majoritariamente nas idosas (45,3%). A
violência autoprovocada ocupa a primeira posição em número de registros nas faixas etárias
de 18 a 29 anos (55,1%) e 20 a 29 anos (43,1%). Na faixa de 30 a 39, 40 a 49 e 50 a 59, a
violência física foi a mais incidente, com os seguintes percentuais: 43,4% ,39,0% e 40,1 %
respectivamente (Tabela 11).
Em relação ao total de notificações de pessoas idosas, a negligência aparece como o
tipo de violência mais incidente (46,7%). Na faixa etária de 60 a 64 anos, a violência física
aparece em primeiro lugar (27,7%), seguida pela autoprovocada (26,6%). Dos 65 anos aos
85 anos e mais, a negligência ocupa a primeira posição, com destaque na faixa de 75 a 79
anos (54,9%) e acima dos 85 (70,8%). A negligencia é seguida pela violência física, nas
faixas dos 65 anos aos 85 anos e mais.
Tabela 14. Número de notificações segundo faixa etária, tipo de violência e Distrito Sanitário
de residência. Curitiba, 2018
Tipo de Violência
Negligência Física Sexual Psicológica Trab.Inf Financeira Autoprovocada Total
Faixa etária n. % n. % n. % n. % n. % n. % n. %
DS Matriz
Criança/adolescente 100 48,3 25 12,1 21 10,1 18 8,7 6 2,9 0 0,0 37 17,9 207
Mulher 16 6,3 76 29,8 30 11,8 20 7,8 0 0,0 3 1,2 110 43,1 255
Pessoa Idosa 21 45,7 13 28,3 0 0,0 4 8,7 0 0,0 1 2,2 7 15,2 46
DS Boa Vista
Criança/adolescente 531 58,4 118 13,0 88 9,7 65 7,1 9 1,0 0 0 99 10,9 910
Mulher 23 5,75 153 38,25 26 6,5 57 14,3 0 0 9 2,3 132 33,0 400
Pessoa Idosa 34 38,2 19 21,3 1 1,1 12 13,5 0 0 12 13,5 11 12,4 89
DS Boqueirão
Criança/adolescente 396 55,9 69 9,7 78 11,0 51 7,2 11 1,6 0 0,0 103 14,5 708
Mulher 17 6,3 84 30,9 17 6,3 32 11,8 0 0,0 2 0,7 120 44,1 272
Pessoa Idosa 28 45,9 14 23,0 0 0,0 7 11,5 0 0,0 6 0,8 6 9,8 61
DS Portão
Criança/adolescente 293 66,0 39 8,8 25 5,6 23 5,2 10 2,3 0 0,0 54 12,2 444
Mulher 8 4,3 65 34,6 17 9,0 20 10,6 0 0,0 4 2,1 74 39,4 188
Pessoa Idosa 12 29,3 10 24,4 0 0 7 17,1 0 0 6 14,6 6 14,6 41
DS Pinheirinho
Criança/adolescente 203 50,6 53 13,2 52 13,0 31 7,7 4 1,0 0 0,0 58 14,5 401
Mulher 18 9,4 51 26,7 12 6,3 25 13,1 0 0,0 3 1,6 82 42,9 191
Pessoa Idosa 19 61,3 3 9,7 0 0 4 12,9 0 0 2 6,5 3 9,7 31
DS Cajuru
Criança/adolescente 434 62,7 77 11,1 54 7,8 42 6,1 8 1,2 0 0 77 11,1 692
Mulher 24 7,4 131 40,6 26 8,0 56 17,3 0 0,0 6 1,9 80 24,8 323
Pessoa Idosa 38 55,9 13 19,1 0 0 6 8,8 0 0 5 7,4 6 8,8 68
DS Bairro Novo
Criança/adolescente 443 52,1 100 11,8 94 11,0 97 11,4 8 0,9 0 0 109 12,8 851
Mulher 22 7,1 104 33,3 20 6,4 61 19,6 0 0,0 3 1,0 102 32,7 312
Pessoa Idosa 28 65,1 5 11,6 1 2,3 4 9,3 0 0,0 1 2,3 4 9,3 43
DS CIC
Criança/adolescente 500 57,1 115 13,1 90 10,3 65 7,4 13 1,5 0 0 92 10,5 875
Mulher 31 9,6 93 28,8 17 5,3 47 14,6 0 0,0 7 2,2 128 39,6 323
Pessoa Idosa 30 44,8 15 22,4 0 0 11 16,4 0 0 4 6,0 7 10,4 67
DS Tatuquara
Criança/adolescente 319 57,6 80 14,4 58 10,5 37 6,7 17 3,1 0 0 43 7,8 554
Mulher 6 3,5 57 33,5 12 7,1 28 16,5 0 0,0 3 1,8 64 37,6 170
Pessoa Idosa 8 44,4 5 27,8 0 0 3 16,7 0 0 1 5,6 1 5,6 18
DS Santa Felicidade
Criança/adolescente 184 47,3 48 12,3 38 9,8 34 8,7 7 1,8 0 0 78 20,1 389
Mulher 12 6,3 80 41,9 10 5,2 25 13,1 0 0,0 3 1,6 61 31,9 191
Pessoa Idosa 16 42,1 9 23,7 0 0 5 13,2 0 0 3 7,9 5 13,2 38
Fonte: SINAN. Obs. Pode haver mais de um tipo de violência na mesma notificação.
14
Tabela 15. Notificações de residentes, segundo público e provável autor da violência. Curitiba, 2018
Criança/adolescente
Autor da violência n. %
Pais 1839 31,7
Mãe 1446 24,9
Própria vítima 750 12,9
Pai 471 8,1
Avós 295 5,1
Padrasto 222 3,8
Conhecido 213 3,7
Tios 141 2,4
Desconhecido 113 1,9
Pessoa com rel. institucional 81 1,4
Irmão 76 1,3
Outros 41 0,7
Primos 30 0,5
Namorado 24 0,4
Cuidador 13 0,2
Cunhados 11 0,2
Cônjuge 10 0,2
Policial 9 0,2
Madrasta 9 0,2
Ex - namorado 6 0,1
Familiares 6 0,1
Padrinhos 4 0,1
Total 5.810 100,0
Mulher
Autor da violência n. %
Própria vítima 953 41,6
Marido ou companheiro 403 17,6
Desconhecido 204 8,9
Filho 185 8,1
Ex-marido ou ex-companheiro 128 5,6
Amigo ou conhecido 117 5,1
Namorado ou ex-namorado 74 3,2
Irmão 64 2,8
Outros 47 2,1
Netos 29 1,3
Sobrinhos 16 0,7
Cunhados/ex- cunhados 13 0,6
Pai 10 0,4
Padrasto 10 0,4
Genro/ex- genro 9 0,4
Nora/ex - nora 8 0,3
Pais 7 0,3
Pessoa com relação institucional 7 0,3
Mãe 6 0,3
Total 2.290 100,0
Pessoa idosa
Autor da violência n. %
Filho 222 46,2
Própria vítima 56 11,6
Netos 37 7,7
Irmão 27 5,6
Cônjuge/ex - cônjuge 25 5,2
Desconhecido 25 5,2
Familiares 24 5,0
Sobrinhos 21 4,4
Conhecido 10 2,1
Nora 9 1,9
Outros 7 1,5
Genro 7 1,5
Cuidador 7 1,5
Pessoa com relação institucional 4 0,8
Total 481 100,0
Fonte:SINAN.
16
Def./Trans. n. % n. % n. % n. % n. % n. % n. % n. %
Def. Intel. 16 4,7 5 8,2 4 8,5 5 15,6 1 20,0 0 0,0 1 0,2 32 3,4
Def. Física 19 5,6 3 4,9 0 0,0 2 6,3 0 0,0 0 0,0 0 0,0 24 2,6
Def. Visual 4 1,2 1 1,6 1 2,1 0 0,0 1 20,0 0 0,0 0 0,0 7 0,7
Criança
Def. Audit. 12 3,6 0 0,0 1 2,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,2 14 1,5
/Adolescente
T. Comport 100 29,7 16 26,2 9 19,1 4 12,5 1 20,0 0 0,0 30 6,6 160 17,1
T. Mental 121 35,9 0 0,0 17 36,2 12 37,5 0 0,0 0 0,0 374 82,2 524 55,9
Mais de 1 22 6,5 28 45,9 11 23,4 4 12,5 0 0,0 0 0,0 48 10,5 113 12,1
Subtotal 337 100,0 61 100,0 47 100,0 32 100,0 5 100,0 0 0,0 455 100,0 937 100,0
Def. Intel. 3 3,4 2 2,1 0 0,0 4 10,5 0 0,0 0 0,0 0 0,0 9 0,9
Def. Física 12 13,5 4 4,3 2 4,3 0 0,0 0 0,0 2 15,4 2 0,3 22 2,3
Def. Visual 5 5,6 1 1,1 1 2,2 1 2,6 0 0,0 0 0,0 1 0,1 9 0,9
Mulher Def. Audit. 2 2,2 6 6,4 3 6,5 1 2,6 0 0,0 0 0,0 0 0,0 12 1,2
T. Mental 33 37,1 71 75,5 30 65,2 24 63,2 0 0,0 9 69,2 668 96,4 835 85,8
Subtotal 89 100,0 94 100,0 46 100,0 38 100,0 0 0,0 13 100,0 693 100,0 973 100,0
Def. Intel. 1 0,9 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,5
Def. Física 20 18,3 2 10,5 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 14,3 0 0,0 24 11,9
Def. Visual 6 5,5 1 5,3 1 7,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 8 4,0
Pessoa
Def. Audit. 4 3,7 2 10,5 1 7,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 7 3,5
Idosa
T..Comport. 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0
T. Mental 45 41,3 9 47,4 7 50,0 1 100,0 0 0,0 10 71,4 41 93,2 113 56,2
Subtotal 109 100,0 19 100,0 14 100,0 1 100,0 0 0,0 14 100,0 44 100,0 201 100,0
Fonte:SINAN. Pode haver mais de um tipo de violência em uma mesma notificação.
18
54
Tentativas de suicídio 1334
426
1
Ideação suicida 24
40
0
Automutilação 18
264
1
Autoagressão 20
20
Fonte:SINAN
Tatuquara 119
Santa Felicidade 124
Portão 148
Distrito Sanitário
n.1.814
Cajuru 155
Pinheirinho 159
Matriz 179
Bairro Novo 190
Boqueirão 234
CIC 243
Boa Vista 263
Fonte:SINAN
21
A violência fetal é denominada por Santos (2002) como “maus-tratos ao feto”, sendo
que podem ser incluídos nesta categoria não só os atos de agressão deliberados por parte da
mãe, mas também outros tipos de conduta que trazem riscos conhecidos para o feto, como o
alcoolismo, dependência de drogas, automedicação, ausência de cuidados, etc. Este tipo de
violência também é entendida como a violência praticada pela gestante contra o feto (gestante
drogadita, alcoolista e ou negligente com o pré-natal, tentativa de aborto e outros), assim
como quando a gestante sofre alguma forma de violência física por outra pessoa, através de
pontapés, socos na barriga e outras formas de agressões inclusive, a negligência (CURITIBA,
2008).
Deslandes (1994b) aponta alguns sinais para identificação de gestantes de “alto
risco”, entre as quais ser usuária de álcool ou outra droga, ter tentado o aborto, demonstrar
grande apatia diante da gravidez e nascimento da criança, sofrer de problemas
psicossomáticos, entre outros (CURITIBA, 2008).
Desde o ano de 2003 são evidenciados em notificações de violência, casos de
gestantes que apresentaram hábitos ou comportamentos que constituíam negligência ou risco
para a criança. Alguns trabalhos apontam o pré-natal como uma oportunidade adequada para
a atuação em casos de maus-tratos, não só pela possibilidade de detecção de fatores de
risco, como também por ser um momento propício para a orientação de ações preventivas de
violência contra a criança durante o período gestacional. Assim, em 2007 foi incluído, na
notificação obrigatória da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, em Situação de
Risco para a Violência, o campo “violência fetal”.
No final de 2012, foi feita uma adaptação da ficha de notificação individual de
Violência Interpessoal/Autoprovocada, incluindo especificidades do sistema municipal de
notificação já existente, sendo mantido o campo “violência fetal”. A Coordenação de
Diagnóstico em Saúde Doenças e Agravos Não Transmissíveis e a Rede de Proteção, por
meio de seu monitoramento de gestantes em situação de risco passou a dar visibilidade para
situações que geram novas demandas para a gestão pública intersetorial, como por exemplo,
ampliação de ambulatórios de saúde mental, ampliação do número de vagas em centros de
educação infantil, de vagas em acolhimentos, atenção integrada ao uso de álcool e drogas. O
atendimento a estas demandas consiste em um desafio diário para os serviços públicos
municipais. A identificação e quantificação dos casos de risco na gestação evidencia
equações complexas como por exemplo, o tratamento da drogadição, o planejamento familiar
em situações especiais (como na adolescência ou em casos doenças crônicas), exclusão
social entre outros. Os dados obtidos passaram a subsidiar ações da Secretaria Municipal de
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Saúde como o Comitê de Mortalidade Materno Infantil e a Atenção Primária em Saúde (saúde
da mulher, saúde do adolescente, saúde da criança) e em 2017 iniciaram-se estudos
específicos e inovadores, na questão métodos contraceptivos para situações especiais.
A apresentação dos dados, estabelecendo perfis para as intervenções necessárias
inclui variáveis como faixa etária das gestantes, o tipo de violência (infligida por terceiros
contra a gestante, violência fetal e tentativa de suicídio praticada pela gestante), assim como
o Distrito de residência dessas gestantes. Identificam-se ainda situações que podem colocar
em risco a gestante, a gestação em curso, ou o feto.
As tabelas a seguir contabilizam o número de notificações de violência contra a
gestante por terceiros, violência fetal praticada pela gestante e violência autoprovocada em
gestantes, e a sua distribuição por faixa etária. Na faixa dos 10 aos 17 anos, não há registro
de violência fetal, pois estas gestantes em sua maioria são vítimas de negligência,
concentrando assim o maior número de notificações de violência praticada por terceiros. A
faixa dos 18 aos 29 anos detém o maior número de notificações de violência fetal (66,9%); a
violência autoprovocada tem maior incidência na mesma faixa (66,7%) (Tabelas 21 e 22).
Tabela 21. Número de notificações de violência fetal, violência contra gestante praticada por
terceiros e violência autoprovocada em gestantes. Curitiba, 2018
Notificações n. %
Violência fetal 209 36,0
Violência contra gestante 350 60,3
Violência autoprovocada 21 3,6
Total 580 100,0
Fonte: SINAN/EpiInfo
Tabela 22. Distribuição das notificações de violência fetal, violência contra gestante praticada
por terceiros e violência autoprovocada em gestantes segundo a faixa etária. Curitiba, 2018
Tabela 23. Distribuição das notificações de violência contra gestantes praticadas por
terceiros, segundo faixa etária e Distrito Sanitário de residência. Curitiba, 2018
10 a 17 anos 18 anos e mais Total
Distrito Sanitário
n. % n. % n. %
Boa Vista 55 21,2 11 12,2 66 18,9
Bairro Novo 31 11,9 19 21,1 50 14,3
Portão 34 13,1 10 11,1 44 12,6
Boqueirão 35 13,5 8 8,9 43 12,3
Cajuru 29 11,2 7 7,8 36 10,3
CIC 23 8,8 12 13,3 35 10,0
Tatuquara 23 8,8 7 7,8 30 8,6
Pinheirinho 14 5,4 4 4,4 18 5,1
Santa Felicidade 12 4,6 6 6,7 18 5,1
Matriz 4 1,5 6 6,7 10 2,9
Total 260 100,0 90 100,0 350 100,0
Fonte:SINAN
Tabela 24. Distribuição das notificações de violência fetal, segundo Distrito Sanitário de
residência. Curitiba, 2018
Distrito Sanitário n. %
Portão 33 15,8
Tatuquara 32 15,3
CIC 31 14,8
Boa Vista 31 14,8
Bairro Novo 19 9,1
Pinheirinho 17 8,1
Boqueirão 16 7,7
Cajuru 14 6,7
Matriz 13 6,2
Santa Felicidade 3 1,4
Total 209 100,0
Fonte: EpiInfo/CE/SMS
24
Tabela 25. Distribuição das notificações de violência autoprovocada, segundo faixa etária e
Distrito Sanitário de residência. Curitiba, 2018
Faixa etária em anos
Distrito de residência
15 a 17 18 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 45 Total
Matriz 2 1 2 0 0 0 5
Boa Vista 0 0 0 0 0 1 1
Boqueirão 0 0 0 0 0 0 0
Portão 0 2 1 0 0 0 3
Pinheirinho 0 1 2 0 0 0 3
Cajuru 0 0 0 2 1 0 3
Bairro Novo 0 2 0 0 1 0 3
CIC 0 1 0 0 0 0 1
Santa Felicidade 0 0 0 0 0 0 0
Tatuquara 0 2 0 0 0 0 2
Total 2 9 5 2 2 1 21
Fonte:SINAN
Tabela 26. Situações de risco mais frequentes encontradas nas notificações de violência
praticada contra gestantes por terceiros e violência fetal. Curitiba, 2018
Violência contra a gestante praticada por terceiros n. %
Negligência 254 70,2
Violência física 72 19,9
Violência psicológica 34 9,4
Violência sexual na gestação 2 0,6
Subtotal 362 33,83
Violência fetal em todas as gestações notificadas
Pré-natal tardio ou incompleto 131 41,1
Pré-natal irregular 33 10,3
Sem pré-natal 33 10,3
Uso de álcool e drogas 121 37,9
Tentativa de aborto 1 0,3
Subtotal 319 29,8
Situações de risco que podem levar à vulnerabilidade
Três ou mais gestações 155 39,8
Gestante em situação de rua 21 5,4
Filhos acolhidos ou aos cuidados de outros 34 8,7
Intenção de entregar seu filho para adoção 3 0,8
Transtorno mental sem adesão/com má adesão ao tratamento 75 19,3
Mãe HIV sem adesão/com má adesão a tratamento 20 5,1
Lues sem adesão/com má adesão a tratamento 49 12,6
Doença crônica sem adesão ao tratamento 5 1,3
Gestação por violência sexual 27 6,9
Subtotal 389 36,4
Total 1.070 100,0
Fonte:SINAN/EpiInfo
5 CONCLUSÕES
ao longo dos anos. Os principais notificadores ainda são os serviços de saúde, com destaque
para os hospitais.
A violência é mais incidente no sexo feminino; sua natureza em crianças e idosos, é
predominantemente doméstica/intrafamiliar, evidenciando que, em sua maioria, o provável
agressor está em convivência próxima com a vítima. Os prováveis autores da violência em
crianças/ adolescentes são, isoladamente, a mãe, e os pais, quando considerados em
conjunto. Nas mulheres, a própria vítima aparece em primeiro, seguida pelo violência
praticada pelo cônjuge/companheiro. As pessoas idosas, em sua maioria, são vitimadas pelos
filhos.
O tipo de violência mais notificado em crianças/adolescentes e pessoas idosas é a
negligência; em mulheres, a violência autoprovocada ganha destaque, seguida de perto pela
violência física.
Nos portadores de deficiências/transtornos, a violência em toda a sua tipologia, e em
todos os públicos, teve maior incidência naqueles que são portadores de transtornos mentais.
A violência autoprovocada tem apresentado aumento no número de notificações,
sendo mais expressiva na faixa etária dos 18 aos 59 anos, em ambos os sexos. As tentativas
de suicídio ocorrem predominantemente na faixa dos 10 aos 29 anos e a automutilação é
mais incidente na faixa dos 10 aos 19 anos, também em ambos os sexos. Estes dados
permitem acentuar a necessidade de vigilância neste público.
Das gestantes vítimas de violência, em sua maioria estão na faixa dos 10 aos 17 anos,
sendo vítimas de negligência por parte de seus responsáveis. A violência fetal é praticada
principalmente por gestantes na faixa dos 18 aos 29 anos; as tentativas de suicídio
concentram-se nesta mesma faixa etária. Os fatores mais frequentemente envolvidos nas
situações de risco mais comuns nas notificações de violência contra gestante, violência fetal
e tentativas de suicídio por parte de gestantes são, na violência praticada por terceiros, a
negligência, seguida pela violência física. O pré-natal realizado de forma tardia e/ou
incompleta e o uso de álcool e drogas estão envolvidos no maior número de notificações de
violência fetal. Situações de risco relacionadas a gestantes com histórico de três ou mais
gestações, portadoras de transtornos mentais, portadoras de HIV, ou com filhos acolhidos
e/ou aos cuidados de outros aparecem expressivamente nas notificações.
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6 REFERÊNCIAS