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Relações Parasitas

• Análise macroscópica das fezes.


e Hospedeiros • Aprender a executar o método direto.
• Aprender a executar o método de
Hoffman.
Análise macroscópica das fezes • Aprender a executar o método de Willis.
e métodos laboratoriais
• Aprender a executar o método de Rugai.

Prof. Dra. Andressa Keiko Matsumoto

Desenvolvimento da prática-Materiais Desenvolvimento da prática-Materiais


 Solução de Lugol
 Microscópio óptico binocular
 Solução salina 0,85%
 Amostra de fezes recém-colhida
 Solução NaCl 30% 50mL
 Pisseta de Água destilada
 Cálice graduado de vidro ou de plástico (cálice cônico)
 Recipiente para coleta de fezes (frasco de Borrel ou copo plástico)
 Parasitofiltro (peneira para fezes)
 Espátula de madeira (palito de sorvete) ou bastão de vidro
 Gazes
 Lâmina
 Luvas de látex descartável (P, M, G)
 Lamínula
 Pisseta de Álcool 70%
 Alça microbiológica (platina ou descartável)
 Pipeta Pasteur

Procedimento
 Local da prática: Laboratório de Multidisciplinar.

Análise
macroscópica das
fezes

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Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes
Os procedimentos e cuidados para coleta são:
Análise macroscópica: aspecto geral, forma, volume, consistência, cor, cheiro,
presença de elementos estranhos. Normal: consistência pastosa, cor castanho-claro,
cheiro sui generis e não pesa mais que 150 gramas.  Coleta antes da intervenção com medicamentos
antiparasitários.
Sintomas não específicos → febre, dor, calafrios, diarreia, fadiga ou perda de  Processamento rápido para manter a morfologia do
vitalidade. parasito.
Disponível em: encurtador.com.br/izVX4

 O exame microscópico de amostras sem conservantes deve


O diagnóstico final das parasitoses depende de
ser feito entre 30 minutos e 1 hora após a coleta, para
localizar e identificar a fase diagnóstica do parasito.
aumentar as chances de localizar as formas móveis.
Amostras: fezes, escarro, aspirados, sangue e tecidos.

Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes
 O recipiente precisa ser de boca larga, deve estar limpo, seco e com tampa
Os procedimentos e cuidados para coleta são:
ajustada.
 Não contaminar as fezes com água ou urina. • Coleta antes da intervenção com medicamentos antiparasitários.
• Processamento rápido para manter a morfologia do parasito.
 Esperar uma semana para coleta após o uso de medicamentos antidiarreicos e • O exame microscópico de amostras sem conservantes deve ser
óleos laxantes. feito entre 30 minutos e 1 hora após a coleta, para aumentar as
chances de localizar as formas móveis.
 Entregar a amostra em até duas horas após a coleta, caso haja a necessidade de • O recipiente precisa ser de boca larga, deve estar limpo, seco e Fonte: Livro didático.

um tempo maior deve-se adicionar conservantes. com tampa ajustada.


• Não contaminar as fezes com água ou urina.
• Esperar uma semana para coleta após o uso de medicamentos
antidiarreicos e óleos laxantes.
Classificar a consistência: aquosa, pastosa, macia ou formada.
• Entregar a amostra em até duas horas após a coleta, caso haja a
Verificar a presença de helmintos, muco ou sangue.
necessidade de um tempo maior deve-se adicionar conservantes

Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes
Entamoeba histolytica
Amebíase PROCEDIMENTO:
Entamoeba coli
• Causada pelo protozoário Entamoeba histolytica. • Coleta de fezes – Utilizar os materiais de proteção individual necessários (ex. luva, jaleco).
A coleta da amostra de fezes que poderá ser realizada diretamente no frasco ou ser evacuada em um
• Entamoeba dispar*
papel limpo e transferida para o pote de coleta (amostra deve ser de um humano, coletada em até
• Essas se locomovem através de pseudópodes.
24 horas antes da realização da aula prática desde que armazenada em geladeira).
Em fezes diarreicas ou disentéricas, predominam as formas Obs: Cuidado ao manipular o material (fezes), pois ele pode ser fonte de material infectado (usar
trofozoíticas; nas fezes formadas predominam os cistos. os procedimentos adequados de biossegurança).

Avaliar a consistência das fezes e a presença


Observar a consistência da amostra
de muco e sangue.

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Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes
PROCEDIMENTO: PROCEDIMENTO:

Fezes moles ou líquidas  sugerem a possível presença de trofozoítos de protozoários intestinais. • Examinar as fezes quanto à presença de sangue e/ou muco.
Fezes formadas  Cistos de protozoários.
a) sangue fresco (vermelho vivo) indica hemorragia aguda no trato intestinal.
Ovos e larvas de helmintos podem ser encontrados tanto em fezes líquidas quanto em
fezes formadas. b) muco sanguinolento sugere ulcerações e uma porção desse material deve, de preferência, ser
examinada, ao microscópio, para a procura de trofozoitos.
• Examinar a superfície da amostra para observar a presença de proglotes
de tênias, ancilostomídeos ou oxiúros adultos, por exemplo.
Os vermes adultos, quando encontrados, devem ser
• Examinar a amostra fecal com auxílio de um palito (sorvete) para verificar imediatamente examinados e identificados.
a presença de outros helmintos adultos.

Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes
Fezes líquidas devem ser examinadas dentro de 30 minutos; semi-sólidas dentro de 1 hora e CONSERVANTES
formadas dentro de 24 horas.
Se o exame for realizado depois de 24 horas a amostra deve ser mantida em A proporção utilizada é de três partes de qualquer um dos conservadores para uma parte
conservadores tais como: de fezes. Essa mistura deve ser bem homogeneizada.

• Formol a 10%;
• Álcool polivinílico (PVA);  O formol e o MIF preservam ovos, cistos e trofozoitos para
• MIF (Mertiolato-Iodo-Formol) conservador muito difundido, exames a fresco;
composto de mertiolato ou mercurocromo, iodo e formol;
• SAF (Acetato de Sódio, Ácido Acético e Formaldeído) que é  PVA e o SAF preservam trofozoitos para coloração
um fixador usado para conservar cistos e trofozoítos. permanente.

Procedimento 01 - Análise macroscópica das fezes


Para um trabalho rotineiro em Parasitologia é recomendável que se realize três exames Análise macroscópica das fezes
parasitológicos em dias alternados

Todos os parasitas observados devem ser relatados pelo nome científico, incluindo
gênero e espécie, quando possível, e o estágio que estão.

Também, deverão constar os métodos executados e a


consistência das fezes.

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Procedimento 02 - Método direto
Os exames de fezes visam, em geral, revelar a presença de protozoários (trofozoítos e cistos) ou de
helmintos (ovos e larvas), habitualmente encontrados parasitando o sistema digestório do homem,
inclusive a mucosa intestinal.
Método direto Análise microscópica: exame direto a fresco, técnicas de concentração e esfregaço com coloração.

Vantagens da técnica

• Rápida de preparar.
• Se utilizada com solução salina, não causa distorções nos parasitas.
• Única maneira de visualizar trofozoítos (obrigatório o uso de
solução salina).
• Útil para examinar fezes de pequenas aves e répteis (onde
trematóides são comuns)

Procedimento 02 - Método direto Procedimento 02 - Método direto

Desvantagens da técnica Procedimento

 Coleta de fezes – Utilizar os materiais de proteção individual


 Como somente se utiliza uma amostra muito pequena das fezes, os parasitas podem não ser necessários (ex. luva, jaleco).
detectados se a sua concentração for muito baixa ou se houver excesso de debris ou gordura;
Fonte: Livro didático.

 Areia, sementes e outros debris fecais podem dificultar a deposição adequada da lamínula; A coleta da amostra de fezes que poderá ser realizada diretamente no
frasco ou ser evacuada em um papel limpo e transferida para o pote de
 Pode requerer muito tempo para um exame adequado coleta (amostra deve ser de um humano, coletada em até 24 horas
antes da realização da aula prática desde que armazenada em
geladeira).

Método direto

Método de
Hoffman

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Procedimento 03 - Método de Hoffman Procedimento 03 - Método de Hoffman
• Essa técnica se baseia no princípio da sedimentação espontânea em água, em que há a combinação da
gravidade e da sedimentação. São indicadas para a pesquisa de ovos, larvas e cistos. Giardíase  Pesquisa de trofozoítos ou cistos nas fezes;

Ovos e larvas de
Amebíase  Em fezes diarreicas ou disentéricas, predominam as formas
2 a 5 g da
Filtre a suspensão helmintos e cistos trofozoíticas; nas fezes formadas predominam os cistos.
Colete uma porção
amostra de pequena do sedimento de protozoários.
fezes inferior e deposite-o em
50-60 mL de Repouso de 1 a 2 horas uma lâmina Ancilostomíase
água corrente e
misture

Disponível em: encurtador.com.br/fnIK2

Fonte: Siqueira-Batista (2020).

Procedimento 03 - Método de Hoffman Procedimento 03 - Método de Hoffman


 Doença causada pelo parasito Hymenolepis nana;
Esquistossomose  Agente etiológico Schistosoma mansoni; Himenolepíase  Popularmente o parasito é conhecido como Tênia anã.

Pesquisa ovos do parasito nas fezes


(Hoffman, Pons e Janer; Kato-Katz) Pesquisa de ovos nas fezes

FEREIRA, Marcelo U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020. FEREIRA, Marcelo U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020.

Procedimento 03 - Método de Hoffman


Ascaridíase
Método de Hoffman

FEREIRA, Marcelo U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020.

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Procedimento 04 - Método de Willis
Cistos e oocistos de protozoários
O Método de Willis parte do princípio da flutuação. e ovos leves.

Método de Willis  Homogeneizar aproximadamente 10 gramas de fezes com solução saturada de sal (NaCl) ou
de açúcar;

 Completar o volume até a borda do frasco;

 Na boca do frasco colocar uma lâmina em contato com o líquido;

 Deixar em repouso por 5 minutos e após retirar rapidamente a


lâmina, deixando a parte molhada voltada para cima;

 Corar com lugol, cobrir com lamínula e examinar no microscópio.

Procedimento 04 - Método de Willis


Ancilostomíase
Método de Willis

 As espécies pertencentes ao gênero Ancylostoma são providas


de dentes na cápsula bucal.
 A espécie incluída no gênero Necator possui lâminas ou placas
cortantes na cápsula bucal.
FEREIRA, Marcelo U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020.

Procedimento 05 - Método de Rugai


Larvas de Strongyloides
stercoralis.

Método de Rugai  Envolver as fezes com gaze simulando pequena “trouxa”;

 Colocar o material preparado anteriormente num cálice de sedimentação, com uma pequena
abertura para baixo, com água aquecida (45 ºc), em contato com as fezes;

 Deixar em repouso por uma hora;

 Coletar o sedimento do fundo do cálice, com ajuda de uma pipeta;

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Procedimento 05 - Método de Rugai
Estrongiloidíase
Causada pelo parasito Strongyloides stercoralis, doença Método de Rugai
intestinal que acomete os seres humanos.

Larva rabditóide de S. stercoralis e ovos

Disponível em: encurtador.com.br/cgsQY

• Compreensão da análise
macroscópica das fezes e da
realização dos métodos de
Hoffman, Willis e Rugai.

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