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Aula 04 (Somente em

PDF)
MPU (Analista - Engenharia Civil)
Conhecimentos Específicos - 2023
(Pré-Edital)

Autor:
Jonas Vale Lara, Equipe Jonas
Vale

11 de Janeiro de 2023

06824304395 - Sabrina costa


Jonas Vale Lara, Equipe Jonas Vale
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APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA DO CURSO ......................................................................................... 4

Resistência do concreto .......................................................................................................................... 7

Porosidade .......................................................................................................................................................... 7

Fator água/cimento (a/c) ................................................................................................................................... 8

Teor de ar incorporado ..................................................................................................................................... 18

Adição de pozolanas ........................................................................................................................................ 19

Cura do concreto .............................................................................................................................................. 19

Cura química ............................................................................................................................................................... 21

Tipos particulares de carregamento e sua influência na resistência do concreto ........................................... 27

Carregamento uniaxial cíclico .................................................................................................................................... 27

Carregamento de longa duração................................................................................................................................ 28

Resistência à compressão ................................................................................................................................ 29

Estado multiaxial de tensões ...................................................................................................................................... 34

Corpos de prova e a Relação altura/diâmetro (h/d) .................................................................................................. 35

Coeficientes médios de crescimento da resistência.................................................................................................... 42

Coeficiente de variação .............................................................................................................................................. 43

Classes de resistência para concretos estruturais ...................................................................................................... 44

Limites para desvio-padrão sd .................................................................................................................................... 46

Moldagem de corpos de prova ........................................................................................................................ 50

Preparo do molde e da amostra ................................................................................................................................. 52

Diferenças de cura ...................................................................................................................................................... 55

Preparação das bases dos corpos de prova no caso de ensaio de compressão axial ................................................ 61

Controle do concreto – Procedimento de aceitação do concreto .................................................................... 72

Controle do concreto por amostragem total .............................................................................................................. 75

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Controle estatístico do concreto por amostragem parcial ......................................................................................... 75

As etapas do controle da resistência do concreto ...................................................................................................... 77

Extração de testemunhos e ensaio de compressão ......................................................................................... 90

Resistência a tração ....................................................................................................................................... 101

Particularidades da elasticidade do concreto ................................................................................................ 104

Dosagem de concreto..................................................................................................................................... 109

Estimando massas a partir do traço ......................................................................................................................... 122

Preparo manual de concreto .................................................................................................................................... 126

Lista de questões .................................................................................................................................128

Referências bibliográficas ....................................................................................................................164

Considerações Finais das Aulas ............................................................................................................165

GABARITO ...........................................................................................................................................166

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APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA DO CURSO


Olá, amigo do Estratégia Concursos, tudo bem?

É um prazer iniciar essa jornada com você nesse curso de Engenharia Civil focado em concursos de
alto nível do país. Faremos uma breve apresentação de nossas origens:

-Jonas Vale Lara: Sou engenheiro do Tribunal de Contas do estado de Minas Gerais, tendo
sido aprovado em 1º lugar no concurso de 2018. Tenho formação em engenharia civil na
UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e fiz mestrado em Saneamento. Atuei em
obras no Brasil e no exterior e sou um apaixonado por esportes e natureza.

-Lineker Max Goulart Coelho: Sou Professor do CEFET-MG, fui aprovado em 4 concursos na
área de engenharia e em 4 concursos para professor em instituições superiores federais.
Formei em engenharia civil na UFMG, e fui agraciado com a medalha de ouro dos formandos
de 2011. Além disso, atuei em obras de grande porte na parte de projetos, tendo
especialização em engenharia de estruturas e fiz mestrado e doutorado em Saneamento,
Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Buscamos fazer um material objetivo e fácil de ler, para que você não só aprenda o que tem em cada
apostila, mas também para que goste de ler todas as páginas. Afinal, o estudo é um parceiro seu, e
não um inimigo. Queremos que qualquer pessoa possa ser um grande engenheiro dos concursos, de
forma que esse curso seja um trampolim para uma vida muito melhor.

A sociedade espera muito de você! Sabia que o conhecimento que passamos é muito melhor do que
você viu na universidade e, no final, você vai concluir que fez uma pós-graduação de altíssimo nível.
Você estará acima de outros engenheiros que não fizeram esse curso, pois o diploma não significa
nada na hora da prova. O que conta é a preparação para o concurso; é cada página que você terá
lido e entendido que resultará no resultado final em um concurso.

Lembre-se: não há conhecimento já produzido que seja impossível de entender!

Quando a matéria parecer cansativa, dê um tempo ao seu cérebro, tente andar um pouco no local
onde você está, pense em outras coisas, fazendo uma pausa de uns 5 minutos. Depois retorne para
os estudos, que já estará com a cabeça mais fresca.

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Mãos à obra rumo ao sucesso?

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Um grande abraço,

Jonas e Lineker

Para tirar dúvidas, não perca tempo, acesse nosso fórum de dúvidas! Buscaremos
responder com o máximo de clareza e rapidez!

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RESISTÊNCIA DO CONCRETO
A resistência do concreto é a propriedade mais importante para um engenheiro, pois ela vai ditar,
sobretudo, se uma estrutura suportará ou não uma dada carga. Como o concreto apresenta
relativamente alta resistência a compressão, é geralmente essa resistência que especificamos
quando trabalhamos com um projeto de uma construção.

Vimos que a resistência do concreto varia com a sua idade, sendo assim, foi padronizada a
classificação dos concretos quanto à resistência a compressão para 28 dias. As propriedades
mecânicas como resistência e módulo de elasticidade dependem de uma série de variáveis, que
veremos a seguir.

POROSIDADE

A resistência no concreto encontra um fator limitante que é a porosidade de seus constituintes. Aí


está incluída não só a eventual porosidade dos agregados, como também da pasta de cimento
endurecida. Se você não enxerga a possibilidade de vazios na pasta de cimento, basta pensar que
poderia haver em seu interior alguma bolha de ar aprisionada pelo lançamento do concreto na
fôrma, ou mesmo evaporação de parte da água da pasta, levando à formação de poros vazios ou
não saturados.

Basicamente, na hidratação ocorre a substituição do espaço antes ocupado pelo cimento e pela água
pelos novos compostos hidratados, tal como os silicatos hidratados. Por isso, em pastas com alta
relação água cimento (chamamos de relação a/c), ou seja, muita água para pouco cimento em
termos de massa (em kg de água por Kg de cimento, por exemplo), haverá com o tempo mais
espaços não preenchidos pelos componentes sólidos da pasta, espaços chamados vazios capilares.

O problema é que o concreto lançado possui inicialmente uma pasta saturada de água, que com o
tempo vai perdendo água para o meio externo por evaporação, pois o meio externo possui uma
umidade bem mais baixa que a da pasta. Assim, parte daquela água que ocupa os vazios capilares
evapora, deixando poros na pasta, afetando posteriormente a resistência do concreto endurecido.
Com a perda de água, observa-se não só o aumento da porosidade, como também a retração da
pasta e consequentemente do concreto, pois os seus constituintes se reacomodam para o
preenchimento dos vazios deixados. Essa retração é chamada de retração por secagem.

Então, com a perda de água por evaporação, o peso da estrutura concretada se reduz? A água é o
componente mais leve do concreto, por isso sua perda praticamente não vai impactar no peso do
concreto estrutural. A isso soma-se o fato de que não é toda água incorporada ao concreto que é

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perdida, mas uma fração, sendo o ideal que se perca o mínimo possível de água, para se reduzir a
formação de poros vazios ou não saturados no concreto. No longo prazo, esses poros podem ser
caminho de infiltração para gases e líquidos que poderão danificar o concreto e o aço.

FATOR ÁGUA/CIMENTO (A/C)

A relação inversa entre o fator água/cimento (a/c) e a resistência mecânica do concreto foi
demonstrada por Abrams em 1918, recebendo o nome de lei de Abrams (Figura 1). A explicação
para essa relação inversa é justamente o efeito da adição de água sobre o aumento da porosidade
do concreto. Abrams disse que, para um dado grau de hidratação do cimento, a resistência da
mistura depende da relação a/c, obtendo a fórmula a seguir e presente na Figura 1.

𝐵
𝑓𝑐𝑗 = 𝑎
𝐷𝑐

Em que:

-B e D: constantes empíricas que variam com o tipo de concreto;

-𝑓𝑐𝑗 : resistência a compressão do concreto em MPa a idade j (em dias);

-a/c: relação água-cimento em massa, por exemplo, em kg/kg.

Figura 1: relação inversa entre proporção a/c e resistência a compressão do concreto

Perceba que a relação água-cimento (a/c) é dada em massa, ou seja:

𝑎 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
=
𝑐 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Porém, se dermos um zoom numa das curvas da figura precedente, que relaciona tensão a
compressão com relação a/c, veremos que há um pequeno aumento da resistência com o aumento
da relação a/c, conforme a figura a seguir. Por que isso acontece? Há uma problema prático: na

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época Abrams tinha dificuldade em moldar corpos de prova para fatores a/c muito baixos,
geralmente menores do que 0,40. Hoje em dia há aditivos que permitem a moldagem com fatores
de a/c mais baixos ainda. Porém, continua havendo esse pico inicial na resistência e o motivo é que,
em concretos muito secos, o fator a/c deixa de ser determinante para a porosidade do concreto,
passando a influenciar muito utros parâmetros como o atrito interno entre os grãos, a hidratação
do cimento e o grau de adensamento do concreto. Por isso, se fixarmos uma relação a/c muito baixa,
eventuais aumentos no teor de água levarão ao aumento direto na quantidade de cimento que se
hidrata, além de maior compactação da mistura, com redução na porosidade total do concreto. O
resultado é esse aumento inicial na resistência do concreto. Portanto, a lei de Abrams é válida,
desde que o concreto não esteja muito seco.

Figura 2: variação da resistência a compressão com a relação a/c

Qual a dificuldade em se reduzir a relação a/c no concreto? O problema é que precisamos de água
para a hidratação do cimento e consequente ganho de resistência e para conferir trabalhabilidade
ao concreto para envolver toda a fôrma, preenchendo os espaços do elemento estrutural a se
concretar.

Geralmente, a relação água/cimento para se garantir uma ótima hidratação do cimento é em torno
de 0,28. Como vimos, precisamos ainda adicionar água para que o concreto fresco deslize por toda
a forma preenchendo todos os vazios da peça estrutural que será concretada. Essa é a propriedade
do concreto fresco chamada trabalhabilidade. Se não adicionássemos esse teor extra de água, o
concreto fresco seria como uma pedra, não preenchendo todo o espaço da fôrma, gerando
futuramente vazios, que chamamos de bicheiras e que podem compromenter seriamente a
resistência da peça estrutural. Em poucas palavras, adicionamos água ao concreto para garantir a
hidratação do cimento e também para lubrificar seus constituintes, permitindo o transporte e
lançamento do concreto.

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A porosidade no concreto é basciamente influenciada pela presença de água e ar. Assim, em


concretos que não possuem aditivo incorporador de ar (estudaremos esses aditivos
posteriormente), a relação a/c é também um indicador de medida da porosidade do concreto.
Dados os parâmetros da quantidade de água necessária para a hidratação do cimento e da
trabalhabilidade (“fluidez necessária”) da mistura, quanto maior a relação a/c que excede esses 2
parâmetros, maior a porosidade do concreto e menor a sua resistência. Por isso, a NBR 12655 limita
a relação água/cimento, que, em geral, não pode ser superior a 0,65.

Em geral, buscamos dosar o concreto com um fator água/cimento que leva a uma consistência seca,
a fim de economizarmos em cimento. A desvantagem desses concretos secos seria um dificil
lançamento nas formas e posterior preenchimento, o que é contornado por meio da adição de
aditivos que o tornem mais fluido sem prejudicar sua relação água/cimento, ou por meio
simplesmente do uso de equipamentos que façam o adensamento do concreto, como os vibradores
pneumáticos. Além disso, quanto mais água no concreto, maior a probabilidade de se ter vazios
nesse concreto no longo prazo, o que prejudica a sua durabilidade, visto que poderá haver maior
infiltração de gases e líquidos neste concreto.

CESPE – Eng. Civil – PF – Exercício para fixação

O concreto utilizado em obras civis deve atender a requisitos que garantam propriedades e
desempenho adequados, bem como ser submetido a controle de qualidade.

A respeito de concretos, julgue o seguinte item.

A Lei de Abrams associa a resistência à compressão axial do concreto de uma determinada


idade à relação água/cimento.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: isso mesmo, Abrams descobriu que a resistência do concreto para uma dada
idade variava inversamente com a relação água/cimento.

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Gabarito: “Certo”.

CESPE – Min. Justiça – Eng. Civil – Exercício para fixação

Sabendo que areia normal é um material utilizado em análises comparativas de resistências


entre cimentos diferentes, julgue o próximo item.

Desconsiderando a presença dos sais solúveis na areia de praia, a sua reduzida granulometria
dificulta o emprego desse material na confecção de elementos de concreto, exigindo uma
quantidade maior de cimento para se obter a mesma resistência de uma peça de concreto que
utiliza uma areia normal.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: correto, vamos analisar passo a passo: tendo agregados mais finos, precisaremos
manter um concreto com a mesma trabalhabilidade. Como o agregado mais fino possui maior
superfície específica, precisaremos de mais água para manter a mesma trabalhabilidade de um
agregado mais grosso. Como mais água presente significa concreto com menos resistência, pois
estaríamos aumentando a relação água/cimento, a única forma de evitar a queda na
resistência é adicionando mais cimento. Com isso, fazemos com que a relação água/cimento
mantenha-se constante.

Gabarito: “certo”.

BIO-RIO – 2016 - Pref Manga - Eng. Civil

Em relação à variação da resistência do concreto com o fator água-cimento utilizado, pode-se


dizer que:

a) quanto maior o fator água-cimento, maior a resistência do concreto.

b) quanto menor o fator água-cimento, maior a resistência do concreto.

c) A resistência do concreto é a mesma, independente do fator água-cimento aplicado.

d) A resistência do concreto aumenta até determinado valor de fator água-cimento,


diminuindo em seguida à medida que o fator segue aumentando.

e) A resistência do concreto diminui até determinado valor de fator água-cimento,


aumentando em seguida à medida que o fator segue aumentando.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

a) Errado, em geral, quanto maior o fator a/c, menor a resistência do concreto.


b) Quase sempre, sim, quanto menor o fator a/c, maior a resistência. Vejamos as demais
alternativas se nenhuma fala daquele pico inicial na resistência do concreto.

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c) Errado, a resistência do concreto se altera com o fator a/c.


d) Essa alternativa é melhor do que a alternativa “b”, pois ela explicita o aumento inicial da
resistência com o incremento da relação a/c e posterior trecho de validade da lei de
Abrams. Correto.
e) Não, é o contrário, a resistência do concreto aumenta até determinado valor da relação a/c,
depois diminui com o aumento de a/c. Errado.

Gabarito: “d”.

FCC - TRT 6 - Eng. Civil – Exercício para fixação

A resistência mecânica do concreto pode ser considerada, principalmente, como função das
resistências da pasta de cimento endurecida, do agregado e da ligação pasta-agregado.

Por sua vez, a resistência da pasta de cimento endurecida

a) depende do seu grau de hidratação e da porosidade, que pode ser medida, em concretos
sem aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto mais alta for esta
relação, menor será a resistência.

b) depende do seu grau de hidratação e da porosidade, que pode ser medida, em concretos
com aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto menor for esta
relação, menor será a resistência.

c) depende do seu grau de hidratação e da porosidade, que pode ser medida, em concretos
com aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto mais alta for esta
relação, maior será a resistência.

d) independe do seu grau de hidratação e depende da porosidade, que pode ser medida, em
concretos com aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto mais alta
for esta relação, menor será a resistência.

e) independe do seu grau de hidratação e depende da porosidade, que pode ser medida, em
concretos sem aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto menor for
esta relação, menor será a resistência.

Comentários: vamos analisar uma por uma as alternativas:

a) Correto, pois a resistência da pasta de cimento endurecida depende tanto da hidratação


quanto da porosidade do concreto. De fato, a relação água/cimento (a/c) é um indicador
da porosidade no concreto, pois quanto maior a relação a/c, mais água evaporará, havendo
a formação de mais poros. Em concretos com aditivo incorporador de ar, haverá outro fator
de forte influência sobre a porosidade, o ar. Assim, nesse caso, a relação a/c perde
significância, já que não considera o ar presente no meio. Por fim, sabemos que quanto
maior o fator a/c, menor a resistência do concreto. Item correto.

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b) A relação a/c medirá a porosidade em concretos sem aditivo incorporador de ar. Além
disso, o fator a/c é inversamente proporcional à resistência da pasta, e não diretamente.
Errado.
c) Novamente, a incorporação de ar prejudica a representatividade do fator a/c quanto à
porosidade da pasta de concreto. Da mesma forma, a relação a/c é inversamente
proporcional a resistência da pasta, e não diretamente.
d) Pelo contrário, a resistência do concreto e também da pasta dependem do grau de
hidratação da mistura.
e) Também está errado, pois a resistência da pasta depende da sua porosidade.

Gabarito: “a”.

CESPE – PF - Cargo 8 - Área 7 – Exercício para fixação - Adaptado

Quando ocorre o ingresso de água, pura ou com íons agressivos, oxigênio e dióxido de carbono
no concreto, a durabilidade desse material é extremamente afetada. Com relação a alguns
mecanismos de transporte desses fluidos no concreto (permeabilidade e difusão), julgue os
itens subsequentes.

A permeabilidade do concreto é reduzida quando se aumenta o tempo de hidratação do


material e com a relação água/cimento.

Comentários: De fato a permeabilidade do concreto é reduzida quando se aumenta o tempo


de hidratação do concreto, pois com o tempo, vão se formando mais cristais de C-S-H,
preenchendo vazios do concreto. Esse é até um dos motivos do aumento da sua resistência
com o tempo. Contudo, o aumento da relação água/cimento contribui para uma maior
permeabilidade do concreto, pois parte da água se evapora, deixando vazios na pasta.

Gabarito: “errado”.

IBFC – EBSERH-HUAP – Eng. Civil - 2016

Assinale a alternativa correta:

Para se obter um concreto de maior resistência é necessário:

a) 40 litros de água por saco de cimento

b) 60 litros de água por saco de cimento

c) Quanto mais água melhor para o concreto

d) O mínimo de água possível

e) Não importa o volume de água utilizado

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Comentários: vamos analisar cada alternativa:

a) Adicionando água, vamos obter uma menor resistência, devido à lei de Abrams. Errado.
b) Não é aumentando a quantidade de água que iremos melhorar a resistência do concreto.
Errado.
c) Pelo contrário, a lei de Abrams mostra uma relação inversa entre relação água/cimento e
resistência mecânica do concreto. Errado.
d) Correto, para maximizar a resistência do concreto, buscamos reduzir ao máximo a
quantidade de água presente, por esta se relacionar com a porosidade. Contudo, somos
obrigados a garantir no concreto um teor de água mínimo que seja suficiente a hidratação.
e) O volume de água utilizado no concreto é crucial para a evolução da resistência mecânica
do concreto ao longo de sua hidratação. Errado.

Gabarito: “d”.

CESPE – Min. Justiça – Eng. Civil – Exercício para fixação

A respeito da concretagem em obras de edificações e do controle tecnológico dos agregados


do concreto, julgue o item subsecutivo.

O fator água/cimento deve ser sempre o mais alto possível, uma vez que, devido ao processo
de exsudação, tanto a resistência como a durabilidade da peça concretada tendem a aumentar
com o passar do tempo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: o fator água/cimento deve ser o mais baixo possível, desde que garantida a
hidratação do cimento e a trabalhabilidade do material, permitindo-se maximizar a resistência
mecânica do concreto. Assim economiza-se em cimento e garante-se menor porosidade na
mistura, aumentando sua durabilidade.

Gabarito: “errado”.

CESPE - TCU - Auditoria de Obras Públicas – Exercício para fixação

Considerando que as especificações dos materiais e serviços para a execução de uma


edificação, em conjunto com o controle exercido durante a execução, proporcionam maior
garantia da qualidade da obra, julgue o item que se segue.

No preparo do concreto, o fator água/cimento necessário para que ocorra a reação química
desejada corresponde a aproximadamente 0,28, mas, para se garantir a trabalhabilidade da
mistura, esse fator deve ser significativamente superior.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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Comentários: é isso mesmo, como vimos, precisamos de água no concreto para a hidratação
do cimento, valor próximo de 0,28. Contudo, se adicionarmos somente essa água ao concreto,
ele dificilmente preencherá facilmente as fôrmas das peças que serão concretadas, pois será
muito viscoso. Assim, adicionamos uma quantidade extra de água para viabilizar a
concretagem da peça estrutural.

Gabarito: “certo”.

CESPE – PCF- Área 7 – Exercício para fixação

O bom desempenho de uma obra de concreto depende da qualidade dos materiais de


construção e da qualidade da execução. No que diz respeito a obras em concreto, julgue o item
a seguir.

A resistência do concreto à compressão depende do grau de hidratação do cimento e da


relação água/cimento.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: quanto maior o grau de hidratação do concreto, mais silicatos de cálcio


hidratados (C-S-H) teremos, logo, maior será a resistência do concreto. A relação água/cimento
(a/c) também afeta a resistência do concreto, porém inversamente, pois, pela lei de Abrams,
quanto maior a/c, menor a resistência mecânica do concreto.

Gabarito: “certo”.

CESPE – PF - Área 7 – Exercício para fixação

O bom desempenho de uma obra de concreto depende da qualidade dos materiais de


construção e da qualidade da execução. No que diz respeito a obras em concreto, julgue o item
a seguir.

Para um mesmo valor de resistência à compressão final, a mudança das características físicas
dos agregados influencia a relação água/cimento a ser utilizada na mistura.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: influencia sim, pois a forma, granulometria e dimensão dos agregados afeta a
trabalhabilidade do concreto. Como a concretagem tem que ser viável do ponto de vista da
facilidade em preencher a fôrma da estrutura, adicionamos mais água ao concreto
aumentando sua relação a/c, melhorando sua trabalhabilidade. Nesse caso, teríamos também
que adicionar mais cimento ao concreto.

Gabarito: “certo”.

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Preste atenção nessa próxima questão, pois nem sempre vamos poder analisar a influência
da água na resistência do concreto somente pela relação inversa entre a relação a/c e a
resistência a compressão.

FCC – 2014 - Téc. Sistemas de Saneamento – SABESP - Edificações

Com a finalidade de confirmar a influência da superfície aparente dos agregados na resistência


à compressão do concreto, três corpos de prova foram executados com a mesma quantidade
de água e de cimento. No primeiro foi utilizado areia com granulometria fina e pedra nº 1, no
segundo areia com granulometria grossa e pedra no 2 e nº terceiro areia com granulometria
fina e pedra no 2. Quando submetidos ao ensaio de resistência à compressão, obtiveram- se
valores, respectivamente, de:

a) 18 MPa, 18 MPa e 18 MPa.

b) 15 MPa, 20 MPa e 18 MPa.

c) 18 MPa, 15 MPa e 20 MPa.

d) 20 MPa, 18 MPa e 15 Mpa.

e) 20 MPa, 15 MPa e 18 MPa.

Comentários: nesse caso, a relação média água/cimento é praticamente a mesma entre os 3


tipos de concretos, portanto, não podemos simplesmente observar a relação inversa entre o
fator a/c e a resistência do concreto. Teremos então que analisar a influência do agregado
sobre a água disponível no concreto.

O agregado muito fino possui alta superfície específica, atraindo muita água para sua
superfície, reduzindo a água disponível para hidratar o cimento. Assim, como resultado do uso
de areia fina e pedra nº1 (que também é de granulometria pequena) em um concreto, teremos
maior percentual de cimento sem hidratação para uma dada idade, resultando em um concreto
com fraca resistência.

Já no caso do concreto com areia grossa e brita nº2 (brita com dimensões maiores que a nº1),
teremos menor superfície específica dos agregados, liberando mais água para a hidratação do
cimento. O resultado desse concreto é uma maior resistência para uma dada idade. No caso
do concreto com brita nº2 e areia fina, teremos uma resistência intermediária aos 2 casos.

Gabarito: “b”.

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CESPE – Eng. Civil – PF - Questão para fixação

O concreto utilizado em obras civis deve atender a requisitos que garantam propriedades e
desempenho adequados, bem como ser submetido a controle de qualidade.

A respeito de concretos, julgue o seguinte item.

O consumo de cimento, por metro cúbico de concreto adensado, diminui com o aumento da
relação água/cimento utilizada.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: para aumentarmos a relação água/cimento temos que, ou aumentar a


quantidade em massa de água, ou reduzir a quantidade em massa de cimento. Lembre-se, a
relação água-cimento é dada em massa.

Gabarito: “Certo”.

CESPE - Perito Criminal Federal - Área 7 – 2018

Na construção de um edifício de dois pavimentos em concreto armado, a fiscalização verificou


que alguns cuidados não foram tomados na execução da estrutura de concreto. Foi observado
que o concreto preparado na obra era seco em excesso, o que prejudicava o seu adensamento;
e o cimento utilizado no preparo do concreto era o portland da classe 40, inadequado para o
referido tipo de obra. Além disso, a armadura longitudinal das vigas era demasiadamente
grossa, o que não permitia dobrá-las nas extremidades com um raio de curvatura adequado.

A respeito das observações do fiscal dessa obra, julgue o item subsequente.

O fator água-cimento ideal para o traço geralmente proporciona um concreto seco, podendo-
se adotar vibradores pneumáticos para facilitar o adensamento e cuidar para não se colocar
água em excesso na massa com o objetivo de melhorar a sua trabalhabilidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: quando dosamos um concreto, buscamos um fator água-cimento que leva a uma
consistência seca, a fim de economizarmos em cimento, visto que a adição de água prejudica
a sua resistência e também a sua durabilidade, já que podem se formar vazios no longo prazo
nos locais onde havia água. Os problemas de trabalhabilidade do concreto que advêm de um
baixo fator água-cimento são contornados por meio da aplicação de aditivos e do uso de
vibradores pneumáticos, que expulsam o ar aprisionado no concreto.

Gabarito: “Certo”.

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TEOR DE AR INCORPORADO

Como vimos, a porosidade da pasta de cimento não é somente determinada pela relação a/c, mas
também pela presença de ar na pasta. Muitas vezes o ar é incorporado intencionalmente para tornar
a pasta mais trabalhável (como veremos posteriormente), ou aleatoriamente por erros de
lançamento. Há um procedimento a ser executado no lançamento de concreto que visa evitar a
presença de ar no concreto, denominado adensamento ou consolidação.

O adensamento é normalmente feito logo após o lançamento do concreto na fôrma com o uso de
vibradores, processo chamado de adensamento mecânico. A vibração, feita rapidamente com
movimento vertical (para cima e para baixo) dentro do concreto, reduz o atrito entre as partículas
dos agregados maiores, tornando a mistura do concreto mais fluida e facilitando a expulsão do ar
de seu interior. Essa movimentação vertical do vibrador induz o concreto a se movimentar,
expulsando o ar aprisionado, de forma que, assim que o vibrador é retirado do concreto, bolhas de
ar aparecem na superfície (Figura 3).

Existe também o adensamento manual, que pode ser feito com o uso de soquete, porém trata-se de
um método pouco viável em concretagens, pois exige experiência do operador e possui baixa
eficiência quanto à quantidade adensada por unidade de tempo. Em contraposição, nas
concretagens temos quantidades significativas de concreto que necessitam de adensamento em
pouco tempo, antes da pega inicial da mistura.

Figura 3: adensamento mecânico do concreto

Atenção, o excesso de vibração pode causar exsudação no concreto, pois a partir do momento em
que praticamente “todo” o ar é expulso do concreto, os materiais mais leves como a água passam a
se segregar dos demais constituintes, ascendendo à superfície. Assim, o equipamento que antes
separava ar, passa a separar água também.

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ADIÇÃO DE POZOLANAS

Vimos que pozolanas reagem com o hidróxido de cálcio no concreto, formando cristais de silicatos
hidratados (C-S-H), que são os grandes responsáveis pela resistência mecânica e também por
preencherem vazios no concreto, reduzindo sua porosidade. Se não houvesse pozolana no concreto,
aquele hidróxido de cálcio existente não produziria os cristais resistentes de C-S-H, então conclui-se
que a pozolana é uma adição que contribui para o incremento da resistência mecânica do concreto.

CURA DO CONCRETO

O controle das condições ótimas do concreto para a hidratação do cimento consiste nos
procedimentos denominadas cura do concreto. Basicamente, são controlados o tempo, a
temperatura do concreto e a umidade, variáveis muito importantes para se ter uma efetiva
hidratação do cimento. Com isso, busca-se que o espaço que antes era ocupado pela água seja
preenchido com produtos de hidratação na quantidade requerida em projeto.

Como a hidratação de cada constituinte do cimento ocorre a diferentes velocidades, haverá um


acréscimo de resistência com a idade do concreto. Não há um prazo fixo para a cura, havendo a
necessidade de que ela ocorra até que o concreto atinja a resistência mínima de 15 Mpa, de acordo
com a NBR 14931.

A umidade da mistura e do meio externo influenciarão sobremaneira a perda de água do concreto


por evaporação, afetando a hidratação e gerando retração do concreto, podendo ocorrer fissuras
no material. Por isso, é recomendado nos primeiros 7 a 14 dias a chamada cura úmida ou por
membrana, que pode ser feita em climas quentes por várias formas:

• Cura úmida
o Umedecimento da superfície de concreto, que envolve processos como:
➢ Aspersão, borrifamento;
➢ Represamento ou imersão;
• Essa técnica de criar ambiente de contato permanente com água pelo
represamento ou imersão é mais eficiente que a simples aspersão,
sobretudo quando a relação a/c é baixa (menor que 0,40).
o Cobertura com areia úmida, serragem ou até sacos de aniagem;
• Cura por membrana
o Evitar perda de água da superfície sem ingresso de água do meio externo;
o Cobrimento da peça concretada com uma membrana impermeável branca por refletir
a radiação. São exemplos:
o Mantas de polietileno;
o Compostos formadores de membrana de cura (cura química).

O concreto do interior da estrutura está pouco sujeito à perda de umidade como está a região das
bordas da estrutura, em contato com o meio externo. Portanto, é a região do concreto em contato

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com o meio externo que deve sofrer ação prioritária da cura, para evitar problemas futuros de
durabilidade.

Quando temos concreto em climas frios, a cura deve buscar aumentar a temperatura do concreto
para garantir maior velocidade de hidratação e evitar o congelamento da água. Assim, usamos como
principais métodos:

• Aplicação de mantas termoisolantes de cor escura;


• Cura com vapor d’água e aquecimento das fôrmas por meio de resistências elétricas.

Esses métodos evitarão a perda de água para o meio externo. Porém, durante a cura é muito
importante o controle da temperatura do concreto, pois a hidratação é uma reação exotérmica e
eventuais aumentos na temperatura ou mesmo grandes quedas podem gerar trincas no maciço
concretado, ou até a segregação do concreto. A cura incorreta pode gerar problemas de exsudação,
uma vez que a água, no caso de se aumentar a temperatura do elemento estrutural, poderá se
deslocar até a superfície da peça concretada, se separando do restante dos constituintes.

Climas Climas
quentes frios
Cura úmida Aquecimento das
• Aspersão, fôrmas
borrifamento
• Evitar congelamento
• Represamento,
da água
imersão
• Garantir maior
velocidade de
hidratação
-Cobertura das
peças
• Areia, serragem
• Mantas de
polietileno
• Membranas de cura -Usar mantas
(cura química) temo-isolantes

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A temperatura é essencial para fornecer energia de ativação para que a hidratação do cimento se
inicie. Por mais que a reação seja exotérmica, ela precisa de uma energia de ativação para que
ocorra. Além disso, como a temperatura é uma medida indireta da energia cinética das moléculas,
aumentar a temperatura do concreto de forma controlada significa aumentar a velocidade da
hidratação; logo, também significa aumentar a resistência do concreto com a idade.

Uma técnica comumente utilizada para se equilibrar temperaturas maiores com umidade é a cura a
vapor. Esse método permite acelerar a hidratação do cimento, permitindo que o concreto
desenvolva mais rapidamente resistência mecânica, podendo ser desformado em um tempo menor.

Podemos dividir os métodos de cura em 3 grandes grupos:

• Cura úmida: aplicação de água sobre a superfície concretada seja por meio de aspersão,
imersão, formação de névoas ou mesmo mantas com água retida (ex: manta umedecida);
• Cura com materiais selantes: é a aplicação simples de barreiras a perda de água, tal como
uso de filme plástico de polietileno e membranas impermeáveis;
• Cura química: aplicação de agente de cura que retarda a perda de água pela superfície. Esses
agentes são diluídos em água ou solvente, que se evaporam após a aplicação, deixando o
agente (geralmente uma cera ou resina) na peça concretada, o qual forma uma membrana
que reduzirá a evaporação, bem como a retração.

A cura não exige simplesmente a escolha do método, nem sua simples aplicação. É necessário
também a manutenção da proteção da superfície, pois o tráfego, por exemplo, sobre um pavimento
concretado, pode remover o agente de cura, prejudicando a qualidade do processo.

Cura química

Feita através da aplicação de um agente de cura, geralmente parafina ou resina acrílica, a cura
química é mais vantajosa quando há grandes superfícies concretadas a se curar, como por exemplo
em pavimentações de concreto, aeroportos e barragens. O agente químico de cura é aplicado após
a concretagem (não é durante o preparo do concreto), em até 12 horas do lançamento. Basicamente
na cura química, a adição do agente leva à formação de uma película impermeável, que:

• Evitará a perda de água por evaporação;


• Aumentará a resistência superficial do concreto;
o Importante no caso de pisos e pavimentos;
• Protegerá a superfície de sujeitas durante o endurecimento do concreto.

A adição de açúcar ao concreto permite retardar a formação de silicatos de cálcio hidratados (C-S-
H). Como resultado, reduz-se o calor de hidratação e evita-se assim a evaporação de água,

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retardando a pega do concreto. Por outro lado, a adição de sal grosso acelera a hidratação,
reduzindo o tempo de pega.

Quer guardar o impacto do açúcar no concreto? Assim como o açúcar nos acalma, ele também
“acalma” o cimento, pois retarda a formação do C-S-H. Agora, por lógica deduzimos os outros
impactos: com formação mais lenta de C-S-H, haverá menor calor de hidratação sendo liberado,
retardando a pega do concreto. E o sal grosso? É o contrário do açúcar, em vez de retardar a pega,
acelera a hidratação.

Porém, cuidado com esses 2 produtos, pois eles não influenciam somente a pega, alterando também
a trabalhabilidade do concreto, sua resistência a ataques químicos e a velocidade de hidratação,
influenciando a resistência mecânica no longo prazo.

Cura úmida Aspersão,


imersão, névoas
Mantas com água
retida

Cura com
mantas Barreiras a perda
de água
Filme de
polietileno
selantes
Agente de cura Vantajoso
Cura •Parafina ou resina
acrílica
•Grandes superfícies
•Diluição em solvente
química •Formação de
membrana

FCC - DPE RS – Edificações - 2017

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Em linhas gerais, um maior consumo de cimento no concreto acarreta

a) menor retração.

b) menor calor de hidratação.

c) redução da resistência.

d) maior segregação.

e) menor exsudação.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

a) Um maior consumo de cimento no concreto gerará muito mais reação de hidratação por
unidade de tempo, aquecendo mais o concreto, levando à evaporação de mais água e, por
isso, gerando mais retração. Item errado.
b) Pelo contrário, a hidratação do cimento é exotérmica; logo, se adicionamos mais cimento,
será liberada mais energia, levando a um maior calor de hidratação. Errado.
c) Não, a resistência provém da hidratação do cimento. Se há mais cimento no concreto,
haverá também a formação de mais silicatos de cálcio hidratados (C-S-H). Logo, haverá
maior resistência.
d) A segregação é reduzida com o acréscimo de cimento, sobretudo a exsudação, pois o
cimento se combina com a água disponível no concreto pela reação de hidratação. Item
errado.
e) Correto, a adição de maior teor de cimento ao concreto reduz a exsudação, ao diminuir a
quantidade de água livre para ascender à superfície.

Gabarito: “e”.

FCC - TRF 2 - Eng. Civil – Questão para fixação

Dentre os vários cuidados a serem observados na obra para a obtenção de um bom concreto,
situa-se em plano relevante a cura do concreto, cuja finalidade é

a) manter o concreto saturado.

b) evitar o endurecimento precoce do concreto.

c) evitar a evaporação de água que deverá hidratar o cimento.

d) aumentar a resistência superficial.

e) aumentar a resistência à tração do concreto.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

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a) A cura não é perfeita a ponto conseguir manter o concreto saturado, ela apenas reduz a
perda de água. Contudo, poderia ser uma alternativa válida, caso não achemos outra
melhor. Vamos ver as demais.
b) A importância da cura é para permitir uma boa hidratação do cimento, permitindo
consequentemente um melhor ganho de resistência mecânica do material. O
endurecimento precoce está ligado à adição de gesso e aluminato ao cimento. Item errado.
c) De fato, a cura atua diretamente evitando que a água evapore da superfície do concreto,
gerando trincas e prejudicando a hidratação do cimento. Essa alternativa é perfeita,
tornando a alternativa “a” errada. Correto.
d) A cura não está ligada à resistência superficial, propriedade que depende mais dos
agregados e sua ligação à pasta. Errado.
e) A finalidade da cura é garantir uma melhor hidratação do cimento, porém não é
especificamente para aumentar a resistência à tração do concreto, até porque não é a
resistência mais utilizada no concreto (lembre-se que utilizamos sobretudo a resistência a
compressão quando falamos de concreto). Errado.

Gabarito: “c”.

FCC – Técnico – MPU – Edificações – Questão para fixação

A cura do concreto confeccionado com cimento Portland em seu processo de hidratação e


endurecimento é

a) a transformação dos compostos mais solúveis do cimento em menos solúveis.

b) o processo de endurecimento quando a pasta não sofre mais deformações sob o efeito de
pequenas cargas.

c) o início de seu endurecimento algumas horas após a adição da água.

d) o ato de adicionar água ao cimento.

e) a medida que evita a fuga e evaporação de água necessária a hidratação do cimento.

Comentários: vejamos cada alternativa:

a) A cura é a medida para proteção da hidratação do concreto, que visa a evitar a evaporação
da água de constituição de seu interior. Não corresponde a nenhuma mudança de
composto mais solúvel para um menos solúvel, que se aproximaria da transformação que
ocorre com a hidratação. Errado.
b) Não se trata de um processo de endurecimento, que seria a pega. Errado.
c) Analogamente ao caso anterior, a cura não é o início do endurecimento. Este seria o início
da pega. Item errado.
d) Cura não é adição de água ao cimento, mas sim a minimização da sua evaporação. Item
errado.

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e) Correto, pois a cura busca evitar a perda de água por evaporação a fim de se maximizar a
hidratação do cimento.

Gabarito: “e”.

CESPE –EMAP - Eng. Civil - 2018

Durante a execução da estrutura em concreto de um edifício, o engenheiro fiscal responsável


pela fiscalização da obra determinou que o ensaio de abatimento fosse realizado no início de
cada etapa de lançamento da massa, que as armaduras de aço estivessem limpas e isentas de
graxa ou óleo e que fosse aplicado um agente químico de cura.

A respeito dos cuidados apresentados pelo engenheiro fiscal, julgue o próximo item.

O agente químico de cura deve ser aplicado no concreto durante o seu preparo, para que haja
uma distribuição homogênea do produto em toda a massa.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: o agente químico é aplicado após a concretagem, portanto, após o preparo do


concreto. Cuidado, a questão tenta de confundir, ainda justificando que é para se ter melhor
distribuição do produto.

Gabarito: “errado”.

CESPE - Aud CE - TCE-PA – Eng. Civil - 2016

Durante a concretagem de uma laje em concreto armado, o engenheiro responsável pela


execução determinou que fosse salpicado sal grosso na superfície logo após seu adensamento,
mediante vibração mecânica.

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

Por reter umidade, o sal grosso aplicado na superfície da laje contribui para a hidratação do
concreto durante a cura.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: o sal grosso não retém umidade do concreto, ele na verdade acelera o seu
endurecimento. Quem retém umidade é o açúcar.

Gabarito: “errado”.

ESAF – TSIET – DNIT - Lab. - 2013

O efeito da adição de substâncias contendo açúcares no concreto é

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a) aceleram a pega.

b) elevam a temperatura.

c) incorporam bolhas de ar.

d) retardam a pega.

e) reduzem a exsudação.

Comentários: vejamos cada alternativa:

a) O que acelera a pega é o sal, não o açúcar. Errado.


b) Pelo contrário, o açúcar reduz a formação de C-S-H, reduzindo a temperatura do concreto.
Item errado.
c) Não há incorporação de ar com a adição de açúcar no concreto, embora ele possa se tornar
mais poroso no longo prazo. Item errado.
d) Correto, a adição de açúcar resulta em um retardo na pega do concreto.
e) O açúcar não afeta diretamente a exsudação, mas sim a pega, reduzindo a taxa de formação
do C-S-H. Errado.

Gabarito: “d”.

UFC-CCV – Eng. Civil - 2017

Denomina-se concreto um material formado pela mistura de cimento, água, agregado graúdo
(brita ou cascalho) e agregado miúdo (areia). O concreto fresco tem consistência plástica,
podendo ser moldado, na forma e dimensões desejadas, bastando lançar a massa fresca no
interior de formas de madeira ou outro material adequado. O concreto endurecido tem
elevada resistência à compressão, mas baixa resistência à tração. Denomina-se concreto
armado o material misto obtido pela colocação de barras de aço no interior do concreto. As
armaduras são posicionadas, no interior da forma, antes do lançamento do concreto plástico.
Este envolve as barras de aço, obtendo-se, após o endurecimento uma peça de concreto
armado. Sobre o material concreto massa, obtido pela mistura de aglomerante, agregados,
água e aditivos, é correto afirmar:

a) os cimentos pozolânicos apresentam as propriedades de alta velocidade na liberação de


calor de hidratação com baixa resistência a águas sulfatadas e ácidas.
b) a adição de água aumenta a resistência da pasta, sendo necessário empregar uma
proporção crescente das quantidades de água em relação ao cimento para se obter um
concreto de resistência alta.
c) o cimento e a água formam a pasta, que enche a maior parte dos espaços vazios entre os
agregados. Algum tempo depois de misturado o concreto, a pasta endurece, formando um
material sólido.

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d) os cimentos portland são cimentos hidráulicos produzidos pela pulverização de clínquer


formado essencialmente por carbonatos de cálcio hidratados, com adição de nitratos de
cálcio e outros compostos.
e) os cimentos são moídos em pó muito fino, sendo possível determinar sua composição
granulométrica por meio de peneiras, o aumento da finura produz menor velocidade de
hidratação, resultando em maior resistência inicial e consequentemente menor geração de
calor.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

a) Pelo contrário, os cimentos pozolânicos apresentam baixa velocidade na liberação de calor,


ou seja, baixo calor de hidratação. Além disso, esses cimentos resultam na formação de um
material menos poroso e com mais C-S-H, portanto, mais resistente ao ataque de sulfatos
e de ácidos. Item errado.
b) Como vimos, a relação água cimento é inversamente proporcional a resistência da pasta ou
do concreto. Assim, quanto mais água, menos resistência terá a pasta. Inversamente,
quanto mais cimento, para uma quantidade fixa de água, mais resistência terá o cimento,
até o limite da disponibilidade de água para a hidratação do cimento. Item errado.
c) Isso mesmo, a pasta, formada pela água e cimento, preenche os vazios entre os agregados,
devido sobretudo à sua maior fluidez. O endurecimento do concreto se dá na pasta, uma
vez que os agregados já se apresentam no estado sólido, rijos. Correto.
d) Não há nitratos de cálcio no cimento, são sulfatos de cálcio (gesso) que encontramos no
cimento em pequenas quantidades para regular a pega, mas não nitratos. Errado.
e) O aumento da finura do cimento resulta em maior velocidade de hidratação, ao contrário
da questão, que diz “menor velocidade”. Como resultado de uma maior hidratação, temos
um maior ganho de resistência inicial. A questão também erra ao dizer que haverá “menor
geração de calor”, pois uma maior finura resultará em mais rápida hidratação do cimento,
liberando muito mais energia do que em um cimento mais grosso, gerando, pois, mais calor.
Errado.

Gabarito: “c”.

TIPOS PARTICULARES DE CARREGAMENTO E SUA INFLUÊNCIA NA RESISTÊNCIA DO CONCRETO

Medimos a resistência do concreto a compressão por meio de um ensaio de compressão uniaxial,


ou seja, comprimimos geralmente um cilindro de concreto, chamado corpo de prova, ao longo de
uma única direção, um único eixo. Essa força vai aumentando, até o momento em que se observa
seu rompimento. Contudo, as condições reais de carregamento nem sempre são uniaxiais e
constantes no tempo, podendo afetar a resistência do concreto.

Carregamento uniaxial cíclico

Caso o carregamento de uma peça de concreto ocorra de forma cíclica ou repetida, verifica-se que
o rompimento ocorre por uma tensão menor que a tensão de compressão uniaxial. O motivo é que

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os ciclos de carregamento induzem microfissuras progressivas no concreto, que vão se ligando até
formarem zonas de fraqueza significantes na peça estrutural, que se romperão. Dizemos que trata-
se de uma ruptura por fadiga.

Carregamento de longa duração

A resistência do concreto varia com a duração do carregamento. Enquanto em um ensaio temos


ações momentâneas, na realidade de uma construção temos estruturas solicitadas por cargas
permanentes, reduzindo a resistência do concreto. Mas como se dá essa redução na resistência do
material?

Quando aplicamos carga a uma peça de concreto, produzimos fissuras nessa peça, muitas vezes
visíveis somente a nível microscópico. Caso tenhamos aplicado cargas sobre uma peça de concreto
durante um longo intervalo de tempo, teremos a propagação de fissuras, que poderão se
interconectar, levando à ruptura do concreto mesmo sob uma tensão menor que a sua resistência
a compressão. O tempo de duração da carga para levar à ruptura do concreto é menor quanto maior
for a proximidade da carga aplicada perante a resistência a ruptura do material. Chamamos esse
fenômeno de efeito Rusch.

CESPE – Auditor União FC – TCU – Exercício para fixação

Em construções de edifícios, a concretagem é uma etapa em que se concentram recursos


significativos, e que afeta diretamente a segurança, a funcionalidade e o custo da obra. O
auditor deve conhecer como ela é projetada e executada, para avaliar possíveis erros e suas
consequências. A respeito desse assunto, julgue o item subsequente.

Além de aumentar a resistência com a idade, o concreto também tem sua resistência maior
para cargas de longa duração do que para carregamentos rápidos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: como vimos, a resistência do concreto aumenta com a idade, como resultado de
uma maior hidratação e consequente formação de silicatos, sobretudo C-S-H. Contudo, quando
temos cargas de longa duração atuantes, temos o fenômeno da propagação de trincas no
concreto, que podem se interconectar, levando ao rompimento do concreto mesmo abaixo da
sua resistência de ruptura.

Gabarito: “errado”.

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RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

A resistência a compressão simples do concreto é um índice geral da resistência mecânica do


concreto, pois reflete várias propriedades mecânicas do material, permitindo inclusive a estimativa
dessas outras propriedades por correlação. São exemplos a elasticidade (pelo módulo de
deformação), a impermeabilidade do concreto, sua resistência a tração e resistência a agentes
agressivos. Além disso, o ensaio para se verificar a resistência a compressão simples é de fácil
execução e praticamente todo laboratório de concreto dispõe de uma prensa para rompimento de
corpos de prova por compressão.

A resistência a compressão do concreto é representada por fc e é regulamentada por 2 normas:

• NBR 5738 Versão corrigida: 2016, para moldagem e cura de corpos de prova;
• NBR 5739, para o ensaio de compressão uniaxial.

O corpo-de-prova padrão nesse ensaio no Brasil é o cilíndrico, com dimensões variáveis, geralmente
com 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura (Figura 4), portanto, tendo uma relação ideal de altura (h)
dividida por diâmetro (d) igual a 2, o que possibilita um estado de compressão mais uniforme a
meia altura do corpo de prova. Na verdade, considera-se que já acima de uma relação de 1,7 para
h/d, a influência do atrito entre as bases do corpo de prova e a prensa que lhe aplica carga é nula.

Figura 4: corpo de prova padrão em um ensaio de compressão simples

Portanto, o que é constante nos corpos de prova é essa relação entre altura e diâmetro que tem
que ser o mais próximo possível de 2. Essa relação h/d pode variar ligeiramente, implicando
correções no ensaio, conforme veremos mais a frente nessa aula.

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Em alguns países são ensaiados corpos-de-prova cúbicos e, como resultado, as resistências são
maiores para um mesmo concreto com corpo de prova cilíndrico, pois cubos possuem geralmente
menor valor para h/d, resultando em uma maior quantidade de material próximo às bases do que
no caso do cilindro. Isso ocorre, pois, o maior atrito existente nas bases do corpo de prova em cubo
com a prensa dificulta a transmissão das forças pelo material, necessitando de uma maior carga para
seu rompimento.

Já no caso de se alterar apenas as dimensões do corpo de prova, estaremos alterando também


outras variáveis, como a influência do procedimento de adensamento e eventualmente do estado
multiaxial de tensões (várias tensões aplicadas ao mesmo tempo ao longo de diferentes direções).
Portanto, são parâmetros importantes para o ensaio a compressão a execução do adensamento do
concreto e o confinamento do corpo de prova.

A idade dos corpos de prova começa a ser contada a partir da sua moldagem e eles são curados em
câmara úmida ou saturada a 23 ºC e umidade acima de 95%. O rompimento para o cálculo do fck
ocorre a 28 dias, idade de referência adotada para o fck, sendo essa a idade convencionada como
indicadora de uma hidratação já significativa do concreto. Contudo, são feitos rompimentos para
várias idades intermediárias, principalmente nas idades de 3 e 7 dias, para verificar se a hidratação
está se processando da forma prevista e a capacidade de resistência já atingida pela estrutura.
Existem também várias curvas de modelos para se prever a evolução da resistência a compressão
do concreto em idades específicas, com certa confiabilidade.

A amostra deve ser coletada do caminhão após a retirada dos primeiros 15% a antes de
completados 85% do volume retirado, feita 2 a 3 vezes igualmente espaçadas. Alguns livros chamam
essa faixa de coleta de terço médio do caminhão e o motivo para essa coleta não ser nem no início
nem no final da betonagem é para se evitar a influência da eventual segregação dos constituintes
do concreto sobre o ensaio. Como os constituintes do concreto possuem diferenças de densidade,
a segregação é um problema que sempre o construtor deverá buscar minimizar. Com o transporte
do concreto, seja no caminhão ou manual empurrando o carrinho, são produzidas vibrações sobre
o material, que podem induzir uma segregação ainda maior.

Após coletado, esse corpo de prova sofrerá hidratação da mesma forma que a construção e será,
então, levado a uma prensa. Serão aplicados esforços ao material, tendo medidas suas deformações
relacionadas às tensões aplicadas de forma crescente, até seu rompimento. O carregamento deve
possuir velocidade de variação constante, sem provocar choques, nem vibrações. Como a força vai
aumentando com o tempo, seu aumento é de (0,45 + 0,15) MPa/s, devendo esse parâmetro ser
mantido constante em todo o ensaio. Chamamos esse parâmetro medido em MPa/s de velocidade
de carregamento, ou seja, o quanto a tensão aplicada varia na unidade de tempo.

Contudo, se fizermos vários ensaios com amostras de uma mesma estrutura, obteremos resistências
com valores relativamente distantes entre si. Isso acontece porque a distribuição de agregados, água
e cimento no concreto não é uniforme, tornando a resistência a compressão e a tração como
variáveis aleatórias, diferentemente das variáveis chamadas determinísticas, cujos valores
podemos calcular com certeza. Por isso, utilizamos a Teoria das Probabilidades para interpretar os

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resultados das medidas da resistência, sabendo-se de antemão que variam. Como premissa, devido
a essa variação nas resistências dos corpos de prova, admite-se que os dados de medida de
resistência vão seguir uma curva de distribuição normal de Gauss, conforme a seguir.

Figura 5: Curva de distribuição de probabilidade para resistência a compressão do concreto

No estudo da resistência como variável aleatória, trabalhamos com 2 parâmetros:

• Resistência média, fcm, que é a média de todas as resistências medidas nos corpos de prova;
• Resistência característica à compressão, fck, que é um valor para o qual 5% das amostras
terão resistências menores. Por isso, dizemos que no fck temos um nível de confiança de
95%, que é justamente a parcela de certeza que possuímos sobre o valor obtido.

Utilizando o modelo de distribuição normal de probabilidades obtemos a fórmula para relacionar


fcm e fck, que é válida quando o número de exemplares coletados (n) é significativo, o que ocorre
para “n” maior que 20 exemplares. Assim, temos:

𝑓𝑐𝑘 = 𝑓𝑐𝑚 − 1,645. 𝑠𝑑 (1)

𝑠𝑑 : desvio padrão das resistências obtidas no ensaio.

Para se trabalhar com a fórmula (1) são necessários no mínimo 20 exemplares. Faz sentido essa
exigência, pois a curva mostrada (Figura 5) possui uma série de pontos; logo, para se descrever os
principais parâmetros dessa curva com precisão (fcm e fck), precisamos de no mínimo uma quantidade
significativa de dados, que são 20 amostras.

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O desvio padrão da equação (1) vem daquelas fórmulas que aprendemos em estatística, que
relacionam várias amostras coletadas com a média entre elas. Se queremos reduzir esse desvio
padrão (sd), basta melhorarmos o controle de qualidade de elaboração do concreto.

Atenção, perceba que a resistência característica não é a mesma coisa que a resistência média. A
resistência característica é um valor mais conservador, pois há apenas 5% de chance de se obter
amostras com resultado inferior ao valor característico. Isso cai muito em concursos!

O fck é de extrema importância como indicador da resistência do concreto para os cálculos


estruturais pelo projetista. Portanto, não caia na história de que o fck, com o seu prazo de 28 dias, é
importante para balizar a extração de testemunhos (porções de concreto extraídas de uma estrutura
por broca). Nada disso, existe até um procedimento de extração de testemunhos para casos em que
o fck não tenha sido atingido. Da mesma forma, se a questão disser que os corpos de prova somente
são rompidos com 28 dias, é mentira. Quando concretamos, já moldamos vários corpos de prova e
levamos para o laboratório. Esses corpos de prova vão simular a estrutura concretada, sendo
rompidos a várias idades, como por exemplo a 7 dias da concretagem.

FAE – EC - Pref. Gov. Celso Ramos – 2017 - Adaptado

Julgue o item seguinte:

O parâmetro fck diz respeito à resistência característica do concreto à compressão, e é um


valor de referência adotado pelo projetista para o cálculo de estruturas. O fck está relacionado
a um nível de confiança de 90%.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: a alternativa estaria correta se dissesse nível de confiança de 95%, porém não
foi o que ocorreu.

Gabarito: “errado”.

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A banca vai ainda tentar confundi-lo dizendo que o fck é importante para se definir a data da
desfôrma ou desmoldagem do concreto. Esse processo de retirada de fôrma é geralmente
executado nas primeiras idades do concreto e tem importância econômica, pois quanto mais tempo
se usam as fôrmas, mais caro fica, devido a elas poderem ser alugadas ou reaproveitadas em outras
concretagens, esse último caso ocorre quando as fôrmas são próprias. Saiba que o procedimento de
desforma não precisa esperar 28 dias para ser feito.

Da mesma forma, o escoramento é uma etapa executada praticamente conjuntamente com a


colocação da fôrma e tem como objetivos:

• Permitir o tráfego de pessoas e equipamentos à preparação e execução da concretagem;


• Evitar solicitação do elemento estrutural concretado enquanto ainda não possui resistência
suficiente para suportar as cargas vigentes;

Podemos retirar as fôrmas da estrutura concretada quando tivermos cumprido os requisitos a


seguir:

• Capacidade suporte das cargas vigentes na estrutura: é vital que, ao se proceder com a
retirada da fôrma e do escoramento, o concreto já possua resistência para suportar os
esforços já vigentes no elemento estrutural. Porém essa resistência não se refere ao fck, mas
sim aos esforços atuantes à época na estrutura, que quase sempre são anteriores à idade de
28 dias e inferiores aos esforços de projeto, correspondentes à situação do fck.
• Elasticidade da viga: imagine que retiremos a forma antes da viga atingir certo grau de
endurecimento e elasticidade. A elasticidade permite que a viga se deforme
proporcionalmente à força aplicada e volte completamente a sua posição inicial (sem
deformação), após cessada a força. Representamos essa propriedade pelo módulo de
elasticidade. Se retirarmos a fôrma muito cedo, a viga poderá se deformar muito (dizemos
formar uma flecha muito grande). Por isso, esperamos que o módulo de elasticidade cresça
a um nível de segurança que não cause deformações excessivas na estrutura. O
desenvolvimento do módulo de elasticidade ocorre paralelamente à resistência a
compressão, mas a um ritmo menor.
• Cura: aplicável quando as fôrmas são parte integrante do sistema de cura, sobretudo no caso
de pilares e laterais de vigas, pois a forma atua como uma barreira evitando a evaporação de
água para o meio. Assim, não adianta a viga ter pouca deformação, mas perder muita água
ao ficar exposta ao sol com a retirada de sua forma. O aquecimento excessivo removerá a
água da estrutura, levando o concreto a trincar, causando sérios prejuízos à construção.
Assim, é necessário o respeito a um tempo mínimo de cura, que idealmente deve considerar
as particularidades locais, tais como ventos, exposição solar, área da peça, etc. Em linhas
gerais, a cura é importante principalmente nos primeiros 7 a 14 dias, porém, como vimos, a
NBR 14931 recomenda a cura até que o concreto atinja fck maior ou igual a 15 MPa, o que
representa um prazo geralmente maior do que 7 dias. È prática usual se fazer o rompimento
do concreto a 7 dias para justamente se verificar se o valor da resistência atingiu os 15 Mpa
preconizados.

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• Resistência a danos na superfície: o processo de retirada de fôrmas pode danificar a


superfície do concreto, necessitando, pois, de um grau de endurecimento suficiente para se
evitar esse desgaste.

Por causa de todos esses parâmetros, a retirada de escoramento e fôrmas deve ser feita sem
produzir choques e vibrações na estrutura, obedecendo a plano de desforma apropriado para
aquele tipo de estrutura. Esse plano tem o objetivo de não comprometer a segurança nem o
desempenho da estrutura em serviço.

Retirada de escoramento e desfôrma

Capacidade suporte das cargas vigentes


Resistência do concreto

Elasticidade da viga
Módulo de deformação do concreto

Cura
fck>15MPa

Resistência a danos na superfície


Endurecimento do concreto

Obedecendo a plano de desfôrma


Segurança e desempenho da estrutura

Estado multiaxial de tensões

Algumas questões mencionarão o estado de tensões multiaxial, que, como o nome indica, trata-
se da aplicação de esforços a um corpo-de-prova ao longo de diferentes eixos ao mesmo tempo.
Um exemplo seria a imersão de um corpo-de-prova em água, onde ocorreriam pressões ao longo
de toda a superfície do corpo-de-prova. Quando trabalhamos com materiais sob tensões
multiaxiais, sua resistência mecânica também é diferente daquela ensaiada no rompimento por
compressão simples. Essa é a uma área complexa da engenharia e que ainda carece de ensaios
padrões para seu estudo.

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Corpos de prova e a Relação altura/diâmetro (h/d)

A NBR 5.739 estipula que o ensaio de compressão uniaxial pode ser feito a partir corpos de
prova moldados, ou seja, feitos com o concreto fresco, ou a partir de testemunhos, oriundos do
concreto endurecido. Vimos que a relação entre altura (h) e diâmetro (d) deve ser 2, porém nem
sempre isso será possível, sobretudo para testemunhos, que são mais difíceis de se obter.

No caso de termos uma relação h/d menor que 1,94, diz a norma que a força aplicada ao corpo-
de-prova deverá ser corrigida por um chamado fator de correção, dado em função da relação
h/d da amostra, conforme tabela a seguir, que permite interpolação para valores intermediários.

Tabela 1: Fator de correção da força aplicada ao corpo de prova em função de h/d

Relação h/d 2,00 1,75 1,50 1,25 1,00


Fator de
1,00 0,98 0,96 0,93 0,86
correção

É inviável decorar essa tabela anterior, apenas enxergue que a norma trabalha com relação h/d
igual a até 1. Saiba também que, caso a relação h/d esteja entre 2,06 e 1,94, dispensa-se a
correção da força aplicada. Como dica, perceba que h/d flutua sem correção 0,06 para cima e
para baixo.

-0,06 2,00 +0,06


• 1,94 • Ideal • 2,06

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Também é normalizada a tolerância para a hora em que o corpo-de-prova será rompido. Por
exemplo, o que acontece se eu romper o corpo-de-prova com 28 dias e 12 horas? Poderei obter
o fck?

Tabela 2: tolerância de tempo para rompimento de corpos-de-prova

Idade de ensaio Tolerância permitida (h)


24 h 0,5
3d 2
7d 6
28 d 24
63 d 36
91 d 48

Perceba que a tolerância para o fck em um concreto com idade de 28 dias é de 1 dia (24 horas),
portanto, no nosso caso do rompimento com 12 horas de atraso, não haverá problema na
obtenção do fck. Essa tolerância permitida se refere tanto ao atraso como ao adiantamento do
rompimento em relação à idade de ensaio; logo, a tolerância é para maios (+) ou para menos (-).

No caso de concretos com idades menores do que 28 dias, fazemos uma proporção linear na
tolerância de 24 horas relativa aos 28 dias. Saiba que, para idades maiores, a resistência vai
sempre aumentando, assim como a tolerância de atraso permitida.

CESPE - ATI - ABIN – Edificações – Exercício para fixação

Julgue o próximo item, relativo aos ensaios a que o aço e o concreto - materiais que compõem
o concreto armado - são submetidos na etapa de controle tecnológico.

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A resistência característica do concreto é definida como o valor da resistência com 5% de


probabilidade de não ser obtido, calculado mediante ensaios de corpos de prova de um lote
de concreto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: é isso mesmo, a regulamentação admite uma probabilidade de 5% dos


resultados da resistência a compressão serem inferiores à resistências característica a
compressão (fck).

Gabarito: “certo”.

ESAF – Min. TUR – Eng. - Exercício para fixação de 2014 - Adaptado

Sobre Tecnologia de concreto, assinale a opção correta.

a) Resistência à tração simples é a avaliação da resistência do concreto quando submetido a


ação de cargas repetidas.

b) Para a fabricação ou dosagem do concreto é importante ter a especificação exclusivamente


da relação água / cimento.

c) O controle da resistência à compressão do concreto permite avaliar se o que está sendo


produzido corresponde ao que foi especificado no dimensionamento da estrutura. Durante a
retirada da amostragem para o ensaio de resistência, utilize o concreto situado no terço médio
do caminhão, ou seja, não permita que a amostra seja retirada nem no princípio nem no final
da descarga da betoneira.

d) O concreto de uma estrutura deve ser especificado através de sua resistência característica
à compressão (fck), estimada pela moldagem e ensaios de corpos de prova cilíndricos aos 21
dias de idade.

Comentários: vejamos cada alternativa:

a) A resistência a tração simples não inclui carregamento cíclico ou repetitivo, que leva ao
rompimento por fadiga do material. A resistência à tração simples busca um carregamento
estático, com pouca variação ao longo do tempo. Errado.
b) Para a fabricação ou dosagem de qualquer concreto é necessário muito mais do que a
relação água/cimento, sendo um exemplo a massa específica dos agregados. Errado.
c) Correto, buscamos reduzir o efeito da segregação do concreto ao fazermos a coleta de
amostras no terço médio do caminhão.
d) O fck tem como base uma idade de 28 dias, e não 21. Errado.

Gabarito: “c”.

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IESES – BAHIAGÁS – Eng. Civil - 2016

Definição de critérios para dimensionamentos estruturais implicam em seguir normas


específicas, dessa forma os cálculos estruturais baseiam-se na resistência do concreto com
idade de 28 dias, isto significa que:

a) A desforma dos elementos estruturais só podem acontecer após 28 dias da concretagem.

b) A extração de testemunhos não deve ser realizada com idades inferiores a 28 dias.

c) Os corpos de prova só poderão ser rompidos aos 28 dias para que os resultados não sofram
qualquer tipo de alteração.

d) Os testemunhos só podem ser obtidos após o concreto atingir a resistência máxima.

e) Os cálculos estruturais baseiam-se na resistência do concreto aos 28 dias, mas a resistência


aumenta com a idade do concreto.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

a) Nada disso, a desforma vai depender sim da resistência enquanto se mede a capacidade
suporte de cargas vigentes. Contudo, essa capacidade é muitas vezes atingida antes dos 28
dias. Errado.
b) A extração de testemunhos pode sim ser feita para idades inferiores a 28 dias. Errado.
c) Não, rompemos também corpos de prova antes de se atingir os 28 dias, para se verificar a
hidratação do concreto e sua evolução. Item errado.
d) Não, podemos obter testemunhos a diferentes idades. Errado.
e) Sim, foi convencionado trabalhamos com a resistência do concreto a 28 dias de idade,
porém sabemos que a resistência continuará aumentando com o tempo. Correto.

Gabarito: “e”.

CESPE – Téc. - MPU - Edificações

Julgue o item subsequente, acerca das propriedades mecânicas do concreto e dos ensaios para
a avaliação dessas propriedades.

As propriedades mecânicas do concreto não são influenciadas pelo tipo de agregado utilizado
nem pela relação entre as quantidades de agregado e de cimento, mas são fortemente
influenciadas pelas condições de adensamento e cura do concreto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: pelo contrário, as propriedades mecânicas são muito influenciadas pelo


agregado, como por exemplo o módulo de deformação, que confere parcialmente estabilidade

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dimensional ao concreto. Além disso, o cimento influencia diretamente a resistência do


concreto, por participar da hidratação. Item errado.

Gabarito: “errado”.

UFMT - Pref. Cáceres - Eng. Civil - 2017

Sobre a resistência dos concretos, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) A variação da resistência do concreto com o tamanho do corpo-de-prova, cúbico ou


cilíndrico, decorre das condições de adensamento durante a confecção do corpo-de-prova e
das condições de solicitação multiaxial durante o ensaio.

( ) A resistência de longa duração de um concreto sofre a ação de dois processos antagônicos:


com o passar do tempo, há o aumento da resistência pela maturação e, com a permanência da
carga, existe redução dessa resistência.

( ) A decisão pelo emprego de um corpo-de-prova cilíndrico com altura igual ao dobro do


diâmetro da seção transversal decorreu da ideia de existir na seção situada à meia altura um
estado de compressão uniforme.

( ) Consegue-se antecipar a resistência de uma peça pré-moldada de concreto pela redução da


temperatura da peça durante a etapa da cura.

Assinale a sequência correta.

a) V, V, V, F

b) F, F, F, V

c) V, F, V, V

d) F, V, F, F

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

I) É isso mesmo, o adensamento é diferente quando se altera a forma e o tamanho do


corpo de prova, além dos esforços que chegam a esse material. Correto.
II) Correto, ao mesmo tempo em que se tem uma queda na resistência no longo prazo
devido à ação de cargas permanentes sobre uma estrutura, temos a hidratação do
concreto que torna o material mais resistente mecanicamente.
III) Quando se trabalha com corpos de prova com altura sendo o dobro do diâmetro, busca-
se um estado de compressão uniforme no centro do corpo de prova, menos afetado
pelo atrito com a prensa existente nas bases do corpo-de-prova. Correto.

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IV) Se a temperatura da peça for reduzida durante a cura, a velocidade das reações de
hidratação também diminuirá, limitando o desenvolvimento da resistência mecânica.
Item errado.

Gabarito: “a”.

FGV - Ana Jud. - TJ GO - Eng. Civil - 2014

Um engenheiro acompanhou a realização de um ensaio de compressão de um corpo de prova


cilíndrico de concreto, de 30 cm de altura e 15 cm de diâmetro, para a obtenção de sua
resistência aos 07 dias. Sabe-se que a moldagem do espécime fora realizada exatamente seis
dias e 20 horas antes do ensaio; que o ensaio foi conduzido numa prensa universal com taxa
de carregamento de 0,40 MPa/s, e que a força máxima alcançada no ensaio foi corrigida por
um fator de 0,96 para compensar a relação altura/diâmetro do espécime. Tendo o engenheiro
validado o ensaio, pode-se afirmar que a sua conduta foi:

a) incorreta, porque o ensaio deveria ter sido realizado com uma tolerância de apenas uma
hora em relação à idade em que se desejava inferir a resistência do concreto;

b) incorreta, porque a taxa de carregamento deveria ser de 30MPa ± 5MPa;

c) incorreta, porque sendo a relação altura/diâmetro igual a dois, não é necessária a correção
da força máxima observada;

d) correta, porque a taxa de carregamento do ensaio de compressão de corpos de prova


cilíndricos deve ser de 40MPa ± 10MPa;

e) correta, porque a tolerância em relação à idade do concreto para a obtenção de sua


resistência ao sétimo dia é de 12 horas.

Comentários: a relação h/d do corpo-de-prova é igual a 2. O que fazemos com a correção da


força aplicada? Nada, pois não há distorção da resistência obtida para h/d entre 1,94 e 2,06.
Só com isso, já sabemos que a resposta é a letra c, mas vamos analisar cada alternativa:

a) Tolerância de 1 hora para 7 dias não é possível, pois por proporção linear, deve ser um
período de cerca de 6 horas. Errado.
b) Taxa de carregamento para ensaio de compressão prevê uma unidade de tempo, pois se
trata da variação do carregamento. Não foi dada a unidade de tempo e sabemos que a
velocidade de carregamento é de 0,15 MPa por segundo. Item errado.
c) Item correto, pois a relação h/d é igual a 2, está, pois, no valor ideal.
d) Análogo à letra b), pois não foi citada a unidade de tempo e, mesmo que fosse, a variação
seria de 0,15 MPa por segundo. Errado.
e) Errado, pois a tolerância para 7 dias, como vimos, é de 6 horas.

Gabarito: “c”.

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CESPE – Auditor Federal Controle Externo – Questão para fixação de 2009

Entre os ensaios utilizados para o controle do concreto empregado em estruturas de concreto


armado, a avaliação da resistência à compressão é essencial para a garantia da segurança da
edificação. Os procedimentos para a execução desse ensaio são padronizados, e a análise dos
resultados permite tomadas de decisões importantes para a obra.

A esse respeito, julgue o item seguinte.

Durante a execução das estruturas, a produção de concreto resulta em um produto


homogêneo, fato que justifica o estabelecimento do único procedimento existente para o
controle da resistência.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: O concreto é um produto heterogêneo, pois possui várias fases. Além disso, são
diversos os parâmetros utilizados para seu controle de resistência, até porque as correlações
da resistência a compressão com as demais variáveis mecânicas não é perfeita.

Gabarito: “errado”.

CETRO - Analista Administrativo – ANVISA - Área 4 – Questão para fixação de 2013 - Adaptado

No que tange às propriedades mecânicas do concreto, analise as assertivas abaixo.

A resistência à compressão simples é a característica mecânica mais importante de um


concreto. Geralmente sua determinação se efetua mediante o ensaio de corpos de prova. A
resistência do concreto não é uma grandeza determinística, mas está sujeita a dispersão, cujas
causas principais são variações aleatórias da composição, das condições de fabricação e da
cura. Além desses fatores, existem influências sistemáticas, como as variações atmosféricas, a
mudança da origem de fornecimento das matérias-primas e as turmas de trabalho.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: como vimos, a resistência do concreto é uma grandeza aleatória, pois flutua
conforme a amostra obtida, uma vez que o concreto é um material muito heterogêneo. Dessa
forma, não é possível calcular exatamente o valor da resistência do concreto, devendo ensaiar
cada corpo de prova e obter o valor característico por distribuição de probabilidades, no caso,
utilizamos a curva de Gauss.

Gabarito: “certo”.

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CONSULTEC – Técnico – Pref. Ilhéus - Edificações - 2016

O ensaio para a determinação da resistência à compressão do concreto é realizado


empregando-se corpos de prova cilíndricos cujas dimensões do diâmetro e da altura são, em
cm, respectivamente,

a) 10,0 e 15,0

b) 10,0 e 25,0

c) 10,0 e 30,0

d) 15,0 e 30,0

e) 15,0 e 45,0

Comentários: O que é fixo no corpo de prova cilíndrico no ensaio a compressão é a relação


entre altura sobre diâmetro igual a 2. Vamos ver então qual alternativa contempla essa relação:

a) Altura / diâmetro = 1,5. Errado.


b) Altura / diâmetro = 2,5. Errado.
c) Altura / diâmetro = 3,0. Errado.
d) Altura / diâmetro = 2,0. Correto.
e) Altura / diâmetro = 3,0. Errado.

Gabarito: “d”.

Coeficientes médios de crescimento da resistência

A NBR 7680 em sua versão antiga, de 1987, estabelecia alguns coeficientes médios de crescimento
da resistência para vários tipos de cimento, conforme tabela a seguir. A versão atual da norma não
incluiu essa tabela, porém os coeficientes continuam válidos para análise técnica da evolução da
resistência com o tempo, sobretudo no caso de não se ter outras informações e ensaios disponíveis.
Na Tabela 3, a resistência aos 28 dias corresponde ao fator 1,00, ou seja, 100%.

Tabela 3: Coeficientes de crescimento para diferentes cimentos (NBR 7680, 1987)

Tipo de Idade
cimento < 7 dias 14 dias 28 dias 3 meses 1 ano > 2 anos
Portland
0,68 0,88 1,00 1,11 1,18 1,20
comum
ARI 0,80 0,91 1,00 1,10 1,15 1,15
Alto forno ou
- 0,71 1,00 1,40 1,59 1,57
pozolânico

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CESPE – TCE-PR - Analista de Controle Externo - Eng. Civil - 2017

Assinale a opção que apresenta o coeficiente médio de crescimento estimado para a


resistência característica do concreto à compressão por um período de sete dias, considerando
o emprego de cimento de alta resistência inicial, um coeficiente de 1,0 para um período de
vinte e oito dias e a inexistência de correlação real com um número representativo de ensaios
de campo.

a) 0,48

b) 0,80

c) 0,95

d) 1,00

e) 1,10

Comentários: checando na Tabela 3, vemos que o coeficiente de crescimento da resistência

para o cimento ARI aos 7 dias é 0,8.

Gabarito: “b”.

Coeficiente de variação

A NBR 5.739 traz um conceito cobrado em provas, o coeficiente de variação (CVe), que é a razão
entre o desvio-padrão e a resistência média:
𝑠𝑑
𝐶𝑉𝑒 = 𝑥 100
𝑓𝑐𝑚

sd: desvio-padrão

fcm: resistência média

Esse parâmetro indica o percentual de dispersão das medidas de resistência em torno da média,
sendo um indicador da regularidade do processo de elaboração do concreto. Esse coeficiente ditará
inclusive a eficiência da operação do ensaio, que varia de “deficiente” a “excelente”, conforme
tabela a seguir:

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Tabela 4: Coeficiente de variação versus eficiência do ensaio

Coeficiente de variação em % (CVe)


Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
Excelente Muito bom Bom Razoável Deficiente
CVe<3,0 3,0< CVe<4,0 4,0< CVe<5,0 5,0<CVe<6,0 CVe>6,0

Classes de resistência para concretos estruturais

O concreto para fins estruturais pode ter várias resistências à compressão, a depender de sua
composição, adensamento, hidratação, etc. Contudo, o concreto estrutural deve ter resistência
característica a compressão acima de 20 MPa. Portanto, todos os concretos com fck menor que 20
MPa não são estruturais. As classes estruturais vão de C20 até C100, podendo haver valores
intermediários, conforme Tabela 5. Assim, a compra de um produto do tipo C20 indica se tratar do
concreto estrutural com fck igual a 20 MPa. Observe nessa tabela que o concreto estrutural se divide
em 2 grupos:

• Grupo I: fck entre 20 e 50 MPa;


• Grupo II: fck entre 55 e 100 MPa.

Tabela 5: Classes de resistência de concreto para fins estruturais

Classe de Resistência Classe de Resistência


fck em MPa fck em MPa
do Grupo I do Grupo II
C20 20 C55 55
C25 25 C60 60
C30 30 C70 70
C35 35 C80 80
C40 40 C90 90
C45 45
C100 100
C50 50

Você não tem que decorar essa tabela, mas saber que o concreto para fins estruturais se inicia com
fck igual a 20 MPa, indo até o tipo C100. Esses vários concretos são divididos em 2 grupos, um de
menor resistência e, por isso, mais comum de sem encontrar, o grupo I, e outro mais raro, mas
presente em grandes obras, o grupo II.

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Você sabia que o concreto de alta resistência é aquele que se encaixa no Grupo II, com resistência
a compressão maior que o C50? Essa foi uma forma encontrada pela NBR 12655 para padronizar a
nomenclatura, já que, a depender da situação, uma resistência como 50 MPa poderia dar a entender
como tratando de um concreto de alta resistência. Agora sabemos que um concreto com f ck igual a
50 MPa não pode ser considerado como de alta resistência.

CESGRANRIO - TCE-RO - Eng. Civil - Questão de fixação – Atualizada com a nova NBR

Na classificação dos concretos, de acordo com a NBR 8953 – Concreto para Fins Estruturais –
Classificação por Grupos de Resistência, pertencem ao grupo I os concretos com resistência à
compressão, em MPa, variando entre 20 e:

a) 30

b) 40

c) 50

d) 60

e) 70

Comentários: como se percebe na tabela anterior, o cimento do tipo I possui resistência indo
de 10 até 50 MPa.

Gabarito: “c”.

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Limites para desvio-padrão sd

Como a resistência é uma variável aleatória devido à heterogeneidade das amostras, trabalhamos
com desvio-padrão (sd) para entender a dispersão obtida com as medições. Esse desvio pode variar
de acordo com o controle tecnológico aplicado à produção do concreto, influenciando a resistência
obtida.

Por ter grande importância sobre o valor da resistência fck que servirá de base para o projeto
estrutural, a NBR 12.655 estipula limites a esse parâmetro, devendo sempre ser superior a 2 MPa.
O desvio-padrão pode ser calculado pelo método de controle estatístico amostral a partir de um
mínimo de 20 amostras no período máximo de 30 dias. Lembra quando vimos a necessidade de 20
amostras para se obter os parâmetros da fórmula do fck?

No caso do desvio ser desconhecido para a resistência do concreto, foram propostas 3 categorias
para se dividir os métodos de preparo de concreto, do mais rigoroso (A) para o menos (C), como se
segue:

• Condição A: os cimentos e agregados são medidos em massa, enquanto a água pode ser
medida em volume. Porém, a água é aplicada por dispositivo dosador e corrigida para
considerar o teor de umidade já presente nos agregados. Perceba que nesse método tem-se
pleno controle da umidade dos agregados, ao contrário dos demais.
o Aplicável a todas as classes de concreto
• Condição B: os cimentos são medidos em massa, porém os agregados são medidos pelo
método de massa combinada com volume, enquanto a água é medida em volume por
dispositivo dosador.
o Aplicável somente às classes C10 a C20
o Atenção, o termo “massa combinada com volume” é explicado pela norma como:
▪ “Por massa combinada com volume, entende-se que o cimento seja sempre
medido em massa e que o canteiro deva dispor de meios que permitam a
confiável e prática conversão de massa para volume de agregados, levando em
conta a umidade da areia”;
▪ Assim, não há problema na medição apenas em volume do agregado, desde que
haja o cálculo de seu inchamento, para a posterior conversão para massa.
• Condição C: o cimento é medido em massa, os agregados e a água, em volume. A quantidade
de água é corrigida em função de estimativa da umidade dos agregados.
o Aplicável somente às classes C10 e C15.

Perceba que somente concretos sem função estrutural podem ser fabricados na condição C, sendo
no caso da B, é permitido apenas a fabricação do concreto estrutura C20. Observe também que o
método de maior confiança para se medir os constituintes do concreto (chamamos esse
procedimento de dosagem) é por massa, pois se evitam incertezas de inchamento do agregado e
da temperatura que afetam as quantidades aferidas por volume. O método de massa combinada
com volume apresenta precisão intermediária, pois se mede o cimento em massa e os demais
constituintes em volume, corrigidos para a proporção em massa necessária.

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Considerando então essas diferentes formas de elaboração de concretos, do ponto de vista da


medição de quantidades, foi elaborada a tabela a seguir, que indica o desvio padrão para cada
condição de elaboração. Como dito no início, o valor mínimo para o desvio padrão é de 2,0 MPa e,
pela tabela, o máximo é 7,0 MPa. Quando teríamos um desvio padrão diferente do da tabela
seguinte, por exemplo com o valor 2,0 MPa? Quando houver o ensaio de resistência com no mínimo
20 resultados ao longo de no máximo 30 dias. Esses corpos de prova ensaiados devem ser elaborados
sob as mesmas condições e, logicamente, com os mesmos materiais.

Tabela 6: Desvio padrão versus condição de preparo (NBR 12655)

Condição de preparo do concreto Desvio-padrão MPa


A 4,0
B 5,5
C 7,0

VUNESP – Ana. Técnico - MPE SP - Eng. Civil - 2016

Na dosagem de concreto de cimento portland com finalidade estrutural, quando não é possível
determinar o valor do Desvio Padrão a partir de resultados de ruptura de exemplares, adotam-
se valores determinados a partir

a) da composição do traço.

b) das características dos agregados.

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c) das características dos cimentos.

d) das condições de preparo.

e) do treinamento da equipe.

Comentários: o desvio padrão, quando desconhecido, é dado pelas condições A, B e C, que


refletem diferentes condições de preparo e controle.

Gabarito: “d”.

FUNRIO - INSS - Analista – Eng. Civil - 2014

O controle da resistência à compressão de corpos de prova cilíndricos de concreto obteve para


36 ensaios os seguintes resultados:

I. Resistência média à compressão igual a 33,5 MPa.

II. O desvio padrão igual a 2,9 MPa.

Considerando-se um quantil de 5% na curva normalizada de Gauss, pode-se afirmar sobre esses


resultados que

a) o desvio padrão está acima do valor máximo prescrito pela NBR 6118.
b) a razão entre a resistência característica à compressão e a resistência média à compressão
é igual a 1,17.
c) a resistência característica à compressão desse concreto é igual a 28,7 MPa.
d) o coeficiente de variação dos resultados desses ensaios é 12%.
e) a resistência característica desse concreto é igual a 36,4 MPa.

Comentários: vejamos cada alternativa:

a) Não é a NBR 6118 que limita o valor do desvio padrão, mas sim a NBR 12655 - “Concreto
de cimento Portland — Preparo, controle, recebimento e aceitação — Procedimento”. O
foco da NBR 6118 é mecânico, do ponto de vista da estabilidade das estruturas, e não do
ponto de vista do controle de qualidade. Além disso, o desvio-padrão é muito baixo, 2,9
MPa, sendo menor inclusive do que o correspondente a qualquer condição de preparo de
concreto. Item errado.
b) Vamos calcular a resistência característica a compressão (fck). Como vimos, trata-se do
controle estatístico para amostras maiores que 20 unidades. Assim, temos:

𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 𝑓𝑐𝑚 − 1,65 𝑥 𝑠𝑑 = 33,5 − 1,65 𝑥 2,9 = 28,7 𝑀𝑃𝑎

𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑠𝑡 28,7
= = 0,857
𝑓𝑐𝑚 33,5

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Item errado.

c) Correto, conforme cálculo feito na letra b, o fck,est é igual a 28,7 MPa.


d) O coeficiente de variação (CVe) é a divisão do desvio-padrão pela resistência média,
indicando o percentual de dispersão das medidas de resistência:

𝑆𝑑 2,9
𝐶𝑉 = = = 0,087 = 8,7%
𝑓𝑐𝑚 33,5

Item errado.

e) Como vimos, a resistência característica do concreto (f ck) é 28,7 MPa, e não 36,4 MPa.
Errado.

Gabarito: “c”.

CCV - UFC - Eng. Civil – Questão de fixação de 2013

Um projetista de estruturas determinou que o fck do concreto a ser usado numa estrutura é
de 30 MPa. Se o desvio-padrão de um lote de corpos de provas desse concreto, submetido ao
ensaio de resistência à compressão, é de 5,5 Mpa, ou seja, controle razoável, o valor médio da
resistência desse lote deve ser, em MPa, no mínimo, igual a

a) 24,50

b) 30,00

c) 35,50

d) 37,15

e) 39,08

Comentários: o enunciado pede a resistência média fcm, vamos então calculá-la:

𝑓𝑐𝑘 = 𝑓𝑐𝑚 − 1,65 𝑥 𝑠𝑑

𝑓𝑐𝑚 = 𝑓𝑐𝑘 + 1,65 𝑥 𝑠𝑑 = 30 + 1,65 𝑥 5,5 = 39,08 𝑀𝑃𝑎

Portanto, letra “e”.

Gabarito: “e”.

CESPE - Técnico do MPU - Edificações – Exercício para fixação

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Julgue o item subsequente, acerca das propriedades mecânicas do concreto e dos ensaios para
a avaliação dessas propriedades.

A resistência à compressão característica de um determinado lote de concreto corresponde ao


valor médio da resistência medida em ensaios de corpos de prova do concreto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: não, a resistência a compressão característica (fck) não é a resistência média, mas
sim aquela com chance de 5% de não ser obtida. A fórmula para encontrá-la, no caso de
amostras superiores a 20, é:

𝑓𝑐𝑘 = 𝑓𝑐𝑚 − 1,65 𝑥 𝑠𝑑

Como o fck subtrai um valor da resistência média a compressão, percebe-se que a resistência
característica é menor do que a compressão.

Gabarito: “Errado”.

MOLDAGEM DE CORPOS DE PROVA

A moldagem de corpos de prova, ou seja, a coleta do concreto e seu lançamento nas fôrmas,
para se fazer o controle tecnológico do material comprado por uma obra, deve ser feita no
próprio canteiro de obras, com as mesmas condições do momento da concretagem. Assim,
garante-se maior representatividade do material coletado, pois caso se colhesse, por exemplo, o
concreto ainda na usina, não se teria a relação água/cimento do material de fato aplicado na
estrutura no local da construção. Com o transporte até o canteiro, o concreto perde água e sofre
segregação, alterando suas características. Por isso, a importância do material ser coletado sob
as mesmas condições de sua concretagem. Outra consequência desse problema de se
transportar o concreto é que devemos evitar transportar os moldes coletados de um local para
o outro, pois pode-se induzir a segregação de seus constituintes. A NB 33 estipula que se colete
cerca de 30 litros para ensaios de resistência a compressão.

Os moldes de concreto podem ser cilíndricos ou prismáticos, variando de acordo com o ensaio
que será feito deles. Assim, no caso de ensaio de compressão simples, serão ensaiados corpos
de prova cilíndricos.

Como as dimensões do material alteram a resistência obtida na ruptura, a NBR 5738 fixa as
dimensões padrão para cada corpo de prova. Para tanto, é utilizada a dimensão básica do corpo
de prova, chamada de “d”, que é a dimensão de referência adotada, sendo no caso do corpo de
prova cilíndrico o diâmetro e, no caso do prismático, a menor aresta.

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Figura 6: dimensão básica no molde cilíndrico (A) e no prismática (B)

Os corpos de prova cilíndricos devem ter altura igual ao dobro do diâmetro, sendo o diâmetro
igual a uma das seguintes dimensões: 10, 15, 20, 25, 30 ou 45 cm. Já os corpos de prova
prismáticos devem ter seção transversal quadrada, com superfícies lisas. Como esses corpos de
prova em prisma são ensaiados sobre um vão no ensaio de flexão (normatizado pela NBR 12142),
suas dimensões são dadas em função do vão e da dimensão básica, conforme Tabela 7 a seguir.

Tabela 7: Dimensões padronizadas para molde prismático em concreto

Dimensão básica (mm) Comprimento mínimo (mm) Vão de ensaio (mm)*


100 350 300
150 500 450
250 800 750
450 1400 1.350
*De acordo com ensaio de tração na flexão normatizado pela NBR 12142

Você não precisa decorar essa tabela, mas deve saber:

• a dependência das dimensões do corpo de prova prismático quanto ao vão do ensaio de


tração na flexão;
• a importância do uso do conceito da dimensão básica para a padronização de moldes de
concreto;
• que a menor e maior dimensão básica do corpo de prova cilíndrico e prismático são iguais,
sendo, respectivamento, 100 e 450 mm.

A depender do agregado graúdo utilizado, pode ser necessário alterar a dimensão do corpo de
prova. Isso acontece, porque a dimensão básica do corpo de prova deve ser no mínimo 3 vezes
maior que a dimensão nominal máxima do agregado graúdo do concreto. Por que essa
exigência? Para se evitar que agregados muito grandes distorçam a sua própria
representatividade no corpo de prova. Afinal, o concreto é formado também por cimento, água

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e agregados miúdos, tendo seu comportamento definido por todos esses insumos combinados.
Como agregados têm grande resistência a compressão, geralmente superior à do concreto, a sua
presença em maior quantidade por prejudicar a análise da resistência a ruptura do maciço
concretado.

Dimensão
Dimensão 3x máx. do
básica d agregado
graúdo

Figura 7: dimensão básica tem que ser, no mínimo, igual a 3 vezes a dimensão máx. do agregado
graúdo

CESPE – FUB – Tecnólogo - 2015

Acerca dos ensaios necessários à verificação da resistência do concreto, julgue o item seguinte.

Para a realização dos ensaios de resistência à compressão axial, os corpos de prova devem ter
relação altura/diâmetro máxima de 3,5, e o diâmetro do corpo de prova deve ser duas vezes a
dimensão característica do agregado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: a relação altura/diâmetro máximo do corpo de prova deve ser 2, com variação
de +0,06, ou seja, atingindo no máximo 2,06. A relação do diâmetro com a dimensão máxima
do agregado é de 3 vezes, e não 2, como sugerido pela questão.

Gabarito: “errado”.

Preparo do molde e da amostra

Os moldes de concreto são geralmente em aço, por ser resistente e não reagir com o cimento.
Mesmo assim, antes de receber o concreto, esses moldes devem ser revestidos internamente
com óleo mineral ou outro lubrificante para evitar eventuais reações do molde com o cimento.

Antes de colocada no molde, a amostra deve ser misturada para se ter maior uniformidade e
colocada no molde em número de camadas definido conforme a tabela a seguir. Perceba que é

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estipulado não somente o número de camadas, mas também o tipo de adensamento possível e
o número de golpes, no caso de adensamento manual.

Para terminar, é inviável decorar essa tabela, devendo focar mais no número máximo de
camadas que cada adensamento exige. Perceba também que o corpo de prova cilíndrico exige
sempre 3 ou mais camadas para o adensamento manual, exceto no caso da dimensão básica
igual a 100 mm.

Tabela 8: Número de camadas para moldagem de corpos de prova pela NBR 5738

Número de camadas em função do Número de


Tipo de corpo Dimensão tipo de adensamento golpes para
de prova básica (d) mm adensamento
Mecânico Manual
manual
100 1 2 12
150 2 3 25
200 2 4 50
Cilíndrico
250 3 5 75
300 3 6 100
450 5 - -
100 1 1 75
150 1 2 75
Prismático
250 2 3 200
450 3 - -

Pela tabela você já viu que há 2 tipos de adensamento, e a escolha do método a se utilizar
dependerá da fluidez da amostra, medida pelo ensaio de abatimento, que veremos
posteriormente em mais detalhes. Basicamente no ensaio de abatimento, quanto maior o
abatimento “A” medido no concreto fresco, mais fluido é o concreto, ou seja, mais líquido é o
material. De acordo com essa medida de abatimento, dizemos que o concreto possui uma classe,
que refletirá a consistência do material, conforme tabela a seguir.

Tabela 9: Classes de concreto de acordo com sua consistência medida pelo abatimento (NBR 8953)

Classe Abatimento (mm) Consistência e aplicações


S10 10 < A < 45 Seca, aplicável a máquinas de extrusão
Pouco trabalhável, adequada para
S50 50 < A < 100
elementos de fundação e pavimentos
Adequada para lançamento
S100 100 < A < 160
convencional
Adequada para concreto plástico
S160 160 < A < 220
aplicado por bombeamento

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S220 A > 220 Adequada para concreto fluido

Observe nessa tabela anterior que o nome da classe (o seu número) corresponde justamente ao
limite inferior do abatimento do concreto dessa classe. Saiba que classes menores, por exemplo
S10 e S50, correspondem a concretos mais secos, menos trabalháveis.

Na moldagem dos corpos de prova, o método de adensamento será escolhido em função da


consistência do material coletado, que terá um dado abatimento que se encaixa em uma classe,
conforme Tabela 10. Perceba que concretos mais secos, como o S10, precisam de adensamento
mecânico, por ser um adensamento mais eficiente perante um material mais viscoso. Por outro
lado, concretos mais fluidos admitem os 2 métodos, até o limite de dispensar completamente o
adensamento mecânico no caso do S160 e S220.

Tabela 10: Escolha do tipo de adensamento em função da consistência do concreto (NBR 5738)

Classe Abatimento (mm) Método de adensamento


S10 10 < A < 50 Mecânico
S50 50 < A < 100
Mecânico ou manual
S100 100 < A < 160
S160 160 < A < 220
Manual
S220 A > 220

Como o adensamento manual é muito utilizado, tem sido cobrado em provas. A NBR 5738
estabelece que, para esse adensamento, deve ser utilizada haste de socamento cilíndrica em
aço. Além disso, cada camada deve ser adensada individualmente com camadas de volumes
iguais.

FGV – Técnico Superior Especializado - DPE RJ - Eng. Civil - 2014

Segundo a NBR 8953 (Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por
grupos de resistência e consistência), um concreto normal, com resistência característica à
compressão de 50 MPa e abatimento entre 50 e 100 mm é classificado como

a) CN 50 A50.

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b) CP II-F 32.

c) CP II-E 40.

d) CL50 S50-100.

e) C50 S50.

Comentários: um concreto de 50 MPa de fck se encaixa na classe C50 e, quanto à


trabalhabilidade, percebe-se, pela tabela anterior, ser a classe S50.

Gabarito: “e”.

Diferenças de cura

Após o adensamento, fazemos o rasamento da superfície do molde, para nivelá-la, eliminando o


material sobrante. Em seguida, passamos à cura inicial do material, a qual durará 24 horas para
corpos de prova cilíndricos e 48 horas para os prismáticos. Terminado esse prazo, será adotado
o procedimento que se encaixar ao tipo de finalidade do controle tecnológico que está sendo
feito, conforme a seguir:

• Verificar qualidade e uniformidade do concreto


o Nesse caso, será feita cura complementar a 23°C até o momento de realização do
ensaio, sendo que a cura também é realizada de 2 maneiras:
▪ Solução saturada de hidróxido de cálcio;
▪ Câmara úmida a 95% de umidade relativa.
• Analisar condições das condições de proteção ou de cura do concreto, por exemplo, como
está evoluindo a resistência a compressão do concreto de uma ponte.
o Em vez de se fazer a cura complementar, o corpo de prova deve ser então levado até
a estrutura concretada, permanecendo exposto às mesmas condições climáticas que
a peça concretada.
o A partir daí, a remoção desse corpo de prova do local só ocorrerá para seu envio para
rompimento em laboratório, segundo os seguintes prazos:
▪ Caso o rompimento ocorra somente aos 28 dias, o corpo de prova deverá
permanecer ao menos 21 dias na construção.
▪ Para demais idades, o tempo de permanência será de ¾ da idade do ensaio.
o Chegando ao laboratório para rompimento, esses corpos de prova devem ser mantidos
em câmara úmida até seu definitivo ensaio.

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Verificar qualidade Cura 23ºC e 95%


e uniformidade complementar umid.

Cura
inicial: Colocar corpo de
24 e 48 prova próximo a
hs estrutura
concretada
Analisar condições Romper a Remover com 21
de proteção e cura 28 dias: dias da construção
Remoção somente
para rompimento
Remover com 3/4
Demais
da idade da
idades
construção

Falamos anteriormente de consistência e ensaio de abatimento. Na próxima aula estudaremos


esses conceitos, porém é importante já sabermos que o ensaio de consistência é tão importante
que é obrigatório para concreto estrutural em qualquer construção assim como o ensaio de
resistência, de acordo com a NBR 12.655 (concreto - preparo, controle e recebimento). O ensaio
de consistência pode ser feito de várias formas, porém para aceitação do concreto em uma obra,
há apenas 2 métodos permitidos, que são:

• Ensaio de abatimento do tronco de cone ou slump;


o Adequado para concretos com consistência plástica, que são os concretos
convencionais feitos no Brasil.
• Ensaio de espalhamento do tronco de Abrams (ou Método do tronco de Abrams) e ensaio
de habilidade passante em fluxo livre (ou Método do anel J)
o Adequado para misturas de consistência mais fluida, como os concretos
autoadensáveis (CAA), que estudaremos depois.
▪ Quando estudarmos esses CAAs, veremos que há alguns outros métodos
opcionais para análise de consistência.
o Algumas questões antigas consideravam um ensaio que não existe mais na
regulamentação da ABNT, era o chamado ensaio de espalhamento na mesa de
Graff. A norma que regia esse ensaio foi revogada.

Não se preocupe com detalhes sobre esses ensaios agora. Basicamente, eles nada mais são do
que a moldagem de uma amostra de concreto fresco (portanto, concreto “bem mole”) no
formato de um cone, cuja deformação ou espalhamento será medido após a retirada do molde.
Esses ensaios de consistência fornecem um indicador indireto do teor de água no concreto.

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Além disso, a consistência de um concreto fresco é um dos mais importantes indicadores da


trabalhabilidade do concreto. A trabalhabilidade será importante para a mistura, transporte,
lançamento e adensamento do concreto, pois influencia indiretamente na qualidade de cada
uma dessas etapas. De forma geral, uma consistência adequada do concreto evita segregação e
permite uma compactação mais efetiva. Cada tipo de transporte (no caminhão, no carrinho de
mão ou por bombeamento), de lançamento (manualmente com pás ou por calhas), de
adensamento (manual ou mecânico) requer diferentes trabalhabilidades.

Por essa influência da consistência sobre a qualidade de uma concretagem, o ensaio de


abatimento, juntamente ao ensaio de resistência, cuja importância nós vimos anteriormente,
são conhecidos como controle tecnológico do concreto estrutural ou ensaios de controle de
aceitação, segundo a NBR 12.655, sendo obrigados a qualquer construção.

Devemos tomar cuidado ao selecionar a porção do caminhão betoneira de onde será coletada a
amostra. No caso do ensaio de abatimento (ensaio importante, pois é aplicado a concretos
convencionais), fazemos essa coleta no início do descarregamento do caminhão na obra, após a
saída de pelo menos 15% de concreto (equivalente a 0,5 m³ no caso de um caminhão com 3 m³,
que é o volume mínimo permitido para transporte), para se evitar coletar um material com muita
água, já segregado.

Cuidado com pegadinhas, pois tem questão que diz que o ensaio de slump é obrigatório para
toda obra, o que é errado, pois podemos substituir o slump pelo ensaio de espalhamento e de
habilidade passante. Veremos em maiores detalhes posteriormente por que o slump aplica-se
aos concretos convencionais, enquanto os 2 demais ensaios são utilizados para os concretos
denominados autoadensáveis.

É importante guardar que é obrigatório o ensaio de consistência e não um tipo específico de


ensaio para medir esta propriedade, que pode ser abatimento (slump) ou espalhamento e
habilidade passante.

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Ensaios de
controle de
recebimento e
de aceitação

Controle Obrigatório
tecnológico em qualquer
do concreto construção
estrutural Ensaios de
resistência a
compressão

2 tipos Indicador de Coleta,


trabalhabilida Abati após a
de do concreto mento descarg
Ensaio de a de 0,5
ou
consistência 3 tipos de m³
slump
ensaio de
tronco de Espalha-
cone: mento

Método do
Anel J

CESGRANRIO – PETROBRAS - Téc. Projetos, Construção e Montagem Júnior – Edificações –


2014 - Adaptado

Acompanhando a moldagem de um corpo de prova de concreto para ensaio de resistência à


compressão, um técnico observou que o laboratorista estava realizando adensamento por
vibração. Ele verificou, ainda, que o concreto apresentou abatimento de 170 mm.

De acordo com a norma NBR 5738:2003/Emd.1:2008 (Concreto – Procedimento para


moldagem e cura de corpos de prova), esse procedimento está

a) correto, pois para abatimento entre 100 mm e 200 mm o adensamento deve ser por
vibração.

b) correto, pois para abatimento superior a 150 mm o adensamento deve ser por vibração.

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c) correto, pois para abatimento entre 100 mm e 200 mm o adensamento pode ser por
vibração ou com haste (manual).

d) incorreto, pois para abatimento entre 30 mm e 180 mm o adensamento deve ser com haste
(manual).

e) incorreto, pois para abatimento superior a 160 mm o adensamento deve ser com haste
(manual).

Comentários: para abatimento de 170 mm, o adensamento correto deve ser manual, de
acordo com a Tabela 10, pois o abatimento é maior que 160 mm. Com dica, lembre-se,
concretos mais fluidos não necessitam de adensamento mecânico. A letra d não está correta,
pois concretos com abatimento até 160 mm podem ter adensamento mecânico. Portanto, o
procedimento adotado pelo técnico é incorreto.

Gabarito: “e”

CESPE - Técnico Regulação de Aviação Civil - Área 3 - Questão de fixação

No que se refere à normatização da moldagem e à cura de corpos de prova cilíndricos ou


prismáticos de concreto, julgue o item abaixo.

Para a realização de ensaios em corpos de prova cilíndricos de concreto, são utilizados moldes
cilíndricos padronizados com 25 cm de altura e 15 cm de diâmetro. Em relação aos moldes
cilíndricos ou prismáticos, a cura dos corpos-de-prova de concreto ocorre em 24 h.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: as dimensões do corpo de prova devem ter altura sendo o dobro do diâmetro,
estando, pois, as dimensões fornecidas (25 x 15) desrespeitando a norma NBR 5738. Sabemos
que há 2 tipos de cura no ensaio com corpos de prova, que possuem diferentes durações, não
se encaixando no prazo de 24 horas fornecido pela questão.

Gabarito: “errado”.

Para a próxima questão, sugiro que pense em quais fatores afetam mais a resistência do
concreto em uma dosagem. É comum a banca fazer questões cujas respostas podem ser
qualquer alternativa, a depender da interpretação. Nesse caso, devemos nos ater àquela
mais intimamente ligada à propriedade solicitada no enunciado da questão.

FCC – Ana. Jud. - TRT 12ª Região - Eng. Civil - Exercício para fixação

Na dosagem do concreto, o objetivo fundamental é atingir um equilíbrio entre a


trabalhabilidade, a resistência, a durabilidade e o custo do concreto. Para a dosagem,
considera-se que a resistência do concreto é função da

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a) consistência da mistura.

b) umidade do agregado.

c) relação água/cimento e do teor de ar incorporado no concreto.

d) relação água/cimento e da exposição a ciclo de congelamento/descongelamento.

e) exposição à água sulfatada.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

a) A consistência da mistura é um parâmetro para se auferir a qualidade e trabalhabilidade do


concreto. Não é utilizada para a resistência do concreto na dosagem. Errado.
b) A umidade do agregado é utilizada na dosagem para se estimar o quantidade extra de água
a se adicionar diretamente na mistura, mas não para se estimar a resistência do concreto.
O que acontece é que alteramos a relação água/cimento para acomodarmos um agregado
com uma dada umidade. Errado.
c) Correto, essas 2 variáveis impactam diretamente a resistência do concreto. Tanto o
aumento da relação a/c quanto do teor de ar incorporado leva à redução da resistência a
compressão do concreto.
d) Cuidado, ciclos de congelamento e descongelamento afetam a durabilidade. Apenas por
uma interpretação bem larga poderíamos dizer que esses parâmetros afetam a resistência.
Temos que limitar a interpretação à questão e marcar a alternativa mais correta, senão
vamos concluir que todas as características do concreto afetam sua resistência. Errado.
e) De forma similar, águas sulfatadas também afetam a durabilidade do concreto, não sendo
um fator de importância direta para a dosagem. Errado.

Gabarito: “c”.

FCC – ACI - CGM São Luís - Eng. Civil - 2015

Sobre as condições de proteção e cura de corpos de prova de concreto, se os corpos de prova


forem ensaiados aos 28 dias, devem permanecer na obra pelo menos X dias. No caso de outras
idades, devem permanecer na obra pelo menos durante Y partes da idade de ensaio. Os valores
de X e Y são

a) 45 e duas quartas.

b) 30 e uma quarta.

c) 21 e duas quartas.

d) 35 e duas quartas.

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e) 21 e três quartas.

Comentários: como vimos na teoria, o prazo mínimo para o corpo de prova ensaiado aos 28
dias é de 21 dias em cura, enquanto para as demais idades, deve-se respeitar no mínimo três
quartas partes da idade.

Gabarito: “e”.

Preparação das bases dos corpos de prova no caso de ensaio de compressão axial

A finalidade em se preparar as bases dos corpos de prova é para torná-las planas e


perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo de prova. Assim, garante-se que os esforços de
compressão da prensa serão mais igualitariamente distribuídos ao longo do material, solicitando-
o por inteiro. Há 2 métodos para se preparar as bases:

• Retificação: é a remoção de uma fina camada do corpo de prova por máquinas abrasivas
próprias de forma a tornar sua base mais nivelada;
• Capeamento: revestimento da base com fina camada de material (geralmente com
enxofre) de espessura menor que 3 mm. Limitamos a espessura, pois se o material fosse
muito grosso, dificilmente ele transmitiria toda a carga incidente para o corpo de prova.
Além disso o material do capeamento deve ter as características a seguir:
o Aderência ao corpo de prova;
o Compatibilidade química com o concreto;
o Fluidez durante sua aplicação;
o Acabamento liso e plano depois de endurecido;
o Resistência a compressão próxima da obtida normalmente no concreto.
▪ Todas essas características citadas buscam garantir uma transferência de
cargas uniforme para o corpo de prova.

A NBR 5738 ainda admite outros processos de preparação de bases de corpos de prova, desde
que se apresentem compatíveis com os existentes. Um exemplo são as bases em neoprene, que
tem a vantagem em relação ao enxofre tradicionalmente empregado por não gerar gases tóxicos
durante o ensaio, o que afetaria a saúde do laboratorista.

Esse molde será posteriormente apoiado sobre superfícies (pratos) rígidas e horizontais, que lhe
aplicarão os esforços até seu rompimento.

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Retificação

• Remoção de fina camada na base do corpo de prova por:


• Máquinas abrasivas

Capeamento

• Revestimento com fina camada


• Espessura < 3 mm
• Funções
• Aderênciao ao corpo de prova
• Compatibilidadquímica com o concreto
• Fluidez
• Acabamento liso e plano
• Resistência a compressão ≈ concreto

FCC – Téc. – MPU - Edificações - Questão de fixação

Com relação aos procedimentos aplicados na confecção de corpos de prova cilíndricos de


concreto, moldados na própria obra com 150 mm de diâmetro e 300 mm de altura, NÃO é
recomendável que

a) a superfície de apoio dos moldes seja rígida e horizontal.

b) o número de camadas, considerando um adensamento manual, seja igual a 3.

c) o número de golpes para adensamento manual seja igual a 25.

d) sejam transportados da obra ao laboratório para serem ensaiados imediatamente após sua
cura.

e) sejam dispensados do processo de cura já que seu volume é muito pequeno e dispensa tal
processo.

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Comentários: vejamos cada alternativa:

a) Os moldes devem estar apoiados sobre superfície rígida e horizontal para se buscar uma
distribuição uniforme dos esforços no corpo de prova, sem criar atritos com a prensa.
Correto.
b) Checando na Tabela 8, vemos que o número de camadas para o adensamento manual é de
3. Correto.
c) Novamente checando na Tabela 8, vemos que o número de golpes é, de fato, 25. Correto.
d) Quanto mais rápido for o translado do corpo de prova da obra para o laboratório, melhor,
pois haverá menos interferências do ambiente sobre o comportamento do concreto.
Quanto ao ensaio do corpo de prova, deve-se executá-lo assim que se atingir o prazo
mínimo de cura, que é estabelecido pela NBR 5738 em função da idade do concreto que
será ensaiado. Correto.
e) Errado, pois o corpo de prova deve receber a mesma cura e proteção que a estrutura que
ele representa estará recebendo, para que haja um reprodução fidedigna da hidratação do
material aplicado. Errado.

Gabarito: “e”.

FGV – Ana. Ambiental – INEA - Eng. Civil – Questão para fixação de 2013 - Adaptado

As alternativas a seguir apresentam características do ensaio de compressão de corpos‐de‐


prova cilíndricos de concreto, à exceção de uma. Assinale‐a:

a) A carga de ensaio deve ser aplicada continuamente e sem choques, com velocidade de
carregamento de 0,45 ± 0,15 MPa/s.

b) Até o momento do ensaio, os corpos‐de‐prova devem armazenados ao ar, em área com


sombra e ventilação.

c) A porosidade das fases componentes do concreto está inversamente relacionada à sua


resistência.

d) As fissuras não se iniciam na matriz da argamassa antes de se atingir aproximadamente 50%


da tensão de ruptura.

e) São técnicas de preparo das bases dos corpos‐de‐prova cilíndricos o capeamento e a


retificação.

Comentários: vejamos cada alternativa:

a) É isso mesmo, a velocidade de carregamento deve ser constante, sem choques nem
vibrações, com valor de 0,45 + 0,15 MPa/s. Correto.
b) Não, os corpos de prova devem ser armazenados junto à estrutura concretada, exposto às
mesmas condições climáticas que a estrutura. A remoção do corpo de prova só se dará

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quando se tiver transcorrido no mínimo ¾ da idade de rompimento do corpo de prova.


Errado.
c) Sim, a porosidade do concreto é inversamente relacionada a sua resistência. Correto.
d) Isso mesmo, as fissuras não se iniciam na matriz da argamassa, pois há uma zona mais frágil
ainda: a zona de transição. Geralmente, quando a carga aplicada atinge 50% da carga de
ruptura, é que então as fissuras chegam à matriz da argamassa. Correto.
e) Como vimos, capeamento e retificação são ambos técnicas de preparo de bases de corpos
de prova. Correto.

Gabarito: “b”.

CESGRANRIO - Técnico (PETROBRAS) - Projetos, Construção e Montagem Júnior - Edificações


- Questão para fixação de 2014 - Adaptado

Acompanhando a moldagem de um corpo de prova de concreto para ensaio de resistência à


compressão, um técnico observou que o laboratorista estava realizando adensamento por
vibração. Ele verificou, ainda, que o concreto apresentou abatimento de 170 mm.

De acordo com a norma NBR 5738:2003/Emd.1:2008 (Concreto – Procedimento para


moldagem e cura de corpos de prova), esse procedimento está

a) correto, pois para abatimento entre 100 mm e 200 mm o adensamento deve ser por
vibração.

b) correto, pois para abatimento superior a 150 mm o adensamento deve ser por vibração.

c) correto, pois para abatimento entre 100 mm e 200 mm o adensamento pode ser por
vibração ou com haste (manual).

d) incorreto, pois para abatimento entre 30 mm e 180 mm o adensamento deve ser com haste
(manual).

e) incorreto, pois para abatimento superior a 160 mm o adensamento deve ser com haste
(manual)

Comentários: como vimos na Tabela 10, abatimentos acima de 160 mm requerem


adensamento manual, diferente do empregado por vibração, que é um tipo de adensamento
mecânico.

Gabarito: “e”.

VUNESP – Arquiteto - SAP SP - 2014

No acompanhamento de uma obra com estrutura em concreto armado, utilizando-se concreto


usinado, está sendo definida a sistemática de controle tecnológico da resistência do concreto

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à compressão. O procedimento adequado corresponde à moldagem e ensaio de corpos de


prova

a) na usina, previamente ao lançamento de água, para garantir fluidez para o embarque nos
caminhões.

b) dos diferentes componentes do concreto – cimento, areia e pedra – separadamente, para


ensaios específicos de cada material.

c) na usina, após o lançamento de água, para garantir fluidez para o embarque nos caminhões.

d) no canteiro, previamente ao lançamento nas fôrmas e à adição de água, para melhorar a


trabalhabilidade.

e) no canteiro, nas mesmas condições de utilização na estrutura, especialmente em relação à


proporção entre cimento e água.

Comentários: a moldagem dos corpos de prova deve ser feita seguindo as mesmas condições
da concretagem, para os posteriores ensaios corresponderem ao produto que foi de fato
aplicado na estrutura. Vejamos cada alternativa:

a) Não se pode utilizar o concreto coletado na usina, pois não representa as mesmas
características do concreto que chega a obra. Durante o transporte, o concreto pode perder
água e sobretudo sofrer segregação, problemas que não são refletidos na amostra coletada
já na usina. Item errado.
b) As características de cada insumo do concreto não correspondem ao mesmo
comportamento do material resultante de sua mistura, pois ocorrem reações químicas
como hidratação, que alteram o produto resultante. Errado.
c) A amostra coletada antes do transporte não corresponde exatamente àquela que chega ao
local de concretagem, prejudicando a qualidade dos dados obtidos de seus futuros ensaios.
Afinal, durante o transporte ocorre segregação e perda de água. Errado.
d) Não adianta coletar amostra de concreto no canteiro e posteriormente alterar o concreto
que será lançado na estrutura, pois haverá grande diferença entre o material concretado e
o coletado. Dessa forma, a estrutura se comportará diferentemente da amostra coletada.
Errado.
e) Exato, coletando o material sob as mesmas condições de sua utilização, garantimos que a
amostra corresponda ao máximo ao concreto lançado para concretar a estrutura. A água e
o cimento são particularmente importantes, por afetarem a porosidade e o
desenvolvimento da resistência do concreto ao longo do tempo. Correto.

Gabarito: “e”.

CESPE- Auditor Fiscal de Controle Externo – Questão para fixação de 2009

A esse respeito, julgue o item seguinte.

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O adensamento dos corpos de prova é feito com uma haste de socamento, com a moldagem
em camadas iguais e adensadas individualmente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: correto, o adensamento do corpo de prova deve ser feito separadamente para
cada camada de igual volume com uma haste do socamento.

Gabarito: “certo”.

CESPE – Auditor Fiscal de Controle Externo - 2009

No capeamento dos corpos de prova, a superfície a ter contato com a prensa deve receber
tratamento especial após a moldagem do corpo de prova.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: isso mesmo, o capeamento é a adição de uma camada de revestimento no topo


do corpo de prova, devendo atender às características:

-Aderência ao corpo de prova;

-Compatibilidade química com o concreto;

-Fluidez durante sua aplicação;

-Formação de acabamento liso e plano após o endurecimento;

-Resistência a compressão próxima da do concreto.

Logicamente, a norma NBR 5738 limita a espessura dessa camada para não distorcer os
ensaios, permitindo a sua comparabilidade. Assim, a espessura do capeamento não pode
ultrapassar 3 mm.

Gabarito: “certo”.

CESPE-Auditor Fiscal de Controle Externo – Questão para fixação de 2009

A moldagem dos corpos de prova deve ser feita em fôrmas com qualquer geometria, desde
que a área de contato na prensa seja igual a 176 cm2.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: os corpos de prova ou são cilíndricos, ou prismáticos, portanto, não podem ser
de qualquer geometria. Além disso, nos corpos de prova cilíndricos e prismáticos, não são
permitidas quaisquer dimensões, mas somente aquelas padronizadas na NBR 5738.

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Gabarito: “errado”.

UFPR-NC - COPEL - Téc. Industrial de Edificações I - 2017

A preparação de corpos de prova de concreto para os ensaios de controle de qualidade deve


ser feita conforme as especificações da NBR 5738. Sobre o manuseio, cura e execução de
ensaios com esses corpos de prova, assinale a alternativa correta.

a) Os moldes de corpos de prova deverão estar limpos e secos antes de receber o concreto.
b) Corpos de prova de concreto com abatimento menor que 50 mm deverão ser adensados
com vibrador mecânico.
c) Os corpos de prova de Ø150 mm são preenchidos em 4 camadas, adensadas manualmente
com 25 golpes cada uma.
d) A espessura da camada de capeamento, no ensaio de compressão axial, não deve
ultrapassar 5 mm em cada base.
e) Após o rasamento, o topo do corpo de prova deverá ser tratado com nata de cimento para
proteção durante a cura.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

a) Não, pois temos que passar óleo nos moldes de corpos de prova antes de receber o
concreto. Errado.
b) Lembre-se que concretos mais secos, ou seja, pouco trabalháveis, com baixo valor de
abatimento, deverão ser adensados com vibradores mais eficientes, ou seja, os mecânicos.
Correto.
c) Essa é uma alternativa de decoreba, sugiro que tente fazer esse tipo de questão por
eliminação, já que sempre haverá uma questão ou outra de memorização desse jeito, sendo
uma dificuldade que atinge igualmente todos candidatos. Vamos analisar a teoria:
checando na Tabela 8, corpos de prova de 150 mm de diâmetro são adensados
manualmente por 3 camadas de 25 golpes e não, 4. Portanto, a alternativa está errada.
d) Como vimos na teoria, a espessura do capeamento é de no máximo 3 mm por base. Errado.
e) A nata de cimento era uma prática de preparação de base da antiga versão da NBR 5738,
não sendo mais adotada. Errado.

Gabarito: “b”

ESAF - 2012 – CGU - Ana. de Finanças e Controle - Prova 3 - Infraestrutura

Sobre o controle tecnológico do concreto, assinale a opção correta.

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I. Os ensaios de abatimento (slump) e resistência à compressão são conhecidos como controle


tecnológico do concreto estrutural e são obrigatórios para qualquer construção.

II. À construtora cabe verificar se recebeu da concreteira o que foi adquirido e especificado.

III. Conforme esclarece a NBR 5.738 de moldagem de corpo de prova, a forma, a quantidade
de camadas e o número de camadas não alteram o resultado do ensaio de resistência à
compressão.

a) Apenas o item I está correto.


b) Apenas o item II está correto.
c) Apenas os itens I e III estão corretos.
d) Apenas os itens I e II estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

I. De fato, o controle tecnológico do concreto é uma denominação dada ao controle do


concreto estrutural por meio dos ensaios de abatimento e de resistência a compressão,
sendo obrigado para toda construção. Porém, o slump não é obrigatório, pois pode ser
substituído pelo ensaio de espalhamento. Assim, o que é obrigatório é o ensaio de
consistência, seja ele realizado por meio do slump (abatimento) ou por espalhamento.
Errado.
II. A construtora possui responsabilidade direta sobre a obra que ela executa, devendo sim
ser responsável por verificar se o concreto adquirido corresponde ao especificado.
Correto.
III. Altera sim, pois o material a ser rompido se altera quando se colocam mais camadas ou
se muda a forma do corpo de prova. Afinal, se o corpo de prova é diferente, a
transmissão de esforços no material também será diferente, alterando a carga e
deformação do material quando em ruptura. Não à toa, a NBR 5.738 fixa o número de
camadas, a forma e número de golpes a se aplicar na moldagem do corpo de provas,
permitindo-se comparabilidade entre os ensaios de diferentes amostras. Errado.

Gabarito: ”b”.

FUMARC – Téc. Jud. - TJ MG - Eng. Civil – Questão para fixação de 2012

O capeamento do corpo de prova consiste no revestimento dos topos dos corpos-de-prova


com uma fina camada de material apropriado com as seguintes características: marque a
alternativa incorreta:

a) aderência ao corpo-de-prova.

b) compatibilidade química com o concreto.

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c) rigidez, no momento de sua aplicação.

d) resistência à compressão compatível com os valores normalmente obtidos em concreto.

Comentários: analisemos as propriedades que o material de capeamento deve possuir:

o Aderência ao corpo de prova;

o Compatibilidade química com o concreto;

o Fluidez durante sua aplicação;

o Acabamento liso e plano depois de endurecido;

o Resistência a compressão próxima da obtida normalmente no concreto.

A única propriedade que não se refere a uma característica do material de capeamento é a


letra “c”, o que é compreensível, pois, caso o capeamento trouxesse rigidez ao corpo de prova,
poderia alterar a transmissão de cargas ao concreto, influenciando sua resistência mecânica
no ensaio de rompimento por compressão simples.

Gabarito: “c”.

Perceba na próxima questão como os conhecimentos são muitas vezes cobrados de forma
misturada. Essa a seguir mistura conceito de matriz com mistura do concreto,
trabalhabilidade e consistência.

CONSULPLAN - Venda NI – Pref. VN Imigrante – Eng. Civil - 2016

O concreto fresco é constituído de agregados miúdo e graúdo envolvidos por pasta de cimento
e espaços cheios de ar. A pasta, por sua vez, é composta essencialmente de uma solução
aquosa e grãos de cimento. Com relação às propriedades do concreto fresco, é INCORRETO
afirmar que:

a) O conjunto pasta e espaços cheios de ar é modernamente chamado de matriz.

b) A consistência do concreto fresco é o mais importante dos fatores que influenciam na sua
trabalhabilidade. Para determinadas situações, o concreto deverá ter consistência adequada.

c) No caso da produção do concreto, por exemplo, merecem atenção a necessidade de


obtenção de uma mistura homogênea e o tempo de mistura. Esse tempo varia de acordo com
os tipos de agregados existentes no concreto.

d) Cada processo de mistura, transporte, lançamento e adensamento, exige que a


trabalhabilidade do concreto fresco fique dentro de determinados limites, para que não haja
segregação e possa ser realizada uma conveniente compactação.

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Comentários: vamos analisar cada alternativa:

a) Como vimos no início dessa aula, a matriz é pasta somada a eventuais volumes de ar
aprisionado no concreto fresco. Correto.
b) Isso mesmo, a importância da consistência é sobretudo para a trabalhabilidade do concreto
fresco, devendo ter valores adequados para não inviabilizar a mistura, transporte,
lançamento e adensamento do concreto. Correto.
c) O tempo de mistura, como vimos também no início dessa aula, varia com o tipo de
betoneira a taxa de revoluções aplicadas, não sendo tão influenciado pelos tipos de
agregados. Errado.
d) Exato, cada tipo de mistura (manual ou mecânica), bem como de transporte, lançamento e
adensamento requerem consistências diferentes, a fim de se evitar a segregação e garantir
uma melhor compactação. Correto.

Gabarito: “c”.

FADECIT – Eng. - Pref Coqueiral - 2016

Sobre a importância da água na mistura do concreto é correto afirmar, exceto:

a) A água é o elemento fundamental para a hidratação do cimento;

b) A água em falta impede a completa hidratação do cimento, diminuindo a resistência final do


concreto.

c) A falta de água leva à um concreto de difícil trabalhabilidade;

d) Não existe um mínimo de água para hidratação do cimento;

Comentários: vejamos cada item:

a) A hidratação não ocorre sem a água, pois é justamente a reação entre da água com o
cimento, ou seja, a hidratação do cimento, que resultará na formação de substâncias com
grande resistência, destacando-se entre os produtos o silicato de cálcio hidratado (também
chamado de C-S-H). Item correto.
b) Logicamente, se a água é um dos reagentes na hidratação, a falta de água limitará a
ocorrência da hidratação do cimento. Item correto.
c) A trabalhabilidade é ligada a diversos fatores, dentre eles à presença de água livre, que
lubrifica os constituintes do futuro concreto, tornando-o mais trabalhável ou maleável.
Logo, a falta de água pode dificultar a trabalhabilidade do concreto.
d) Existem sim teores mínimos de água para garantir a hidratação do cimento, que vai
depender de fatores como teor de cimento e sua finura. Há várias técnicas para isso, tais
como a análise térmica e termogravimétrica, que medem a quantidade de água
quimicamente combinada com relação aos produtos da hidratação. Item errado.

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Gabarito: “d”.

CESPE – PF - Área 7 - Exercício de fixação

O acompanhamento da execução de uma obra permite identificar eventuais problemas que


poderão comprometer o desempenho da edificação. Nesse acompanhamento, os diversos
ensaios executados permitem a tomada de decisão.

Com relação a esses ensaios, julgue o item subsequente.

Na confecção dos corpos de prova para ensaio do concreto, adiciona-se enxofre à mistura para
garantir distribuição das tensões durante o ensaio.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: não adicionamos enxofre à mistura de concreto, pois o enxofre não é um


constituinte do concreto. O enxofre é utilizado no capeamento do corpo de prova,
regularizando seu topo e base para distribuir uniformemente as tensões de compressão axial.

Gabarito: “errado”.

Instituto AOCP – Ana. Jud. - TRE AC - Eng. - 2015

Julgue o item a seguir.

O ensaio para a determinação da resistência à compressão fck é muito importante parase


reconhecer a qualidade do concreto. Sua realização depende de moldagem de corpo de prova
cilíndrico durante a fase final de cura do concreto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: a moldagem do corpo e prova não é feita durante a fase final da cura do
concreto, mas sim com o concreto fresco.

Gabarito: “errado”.

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CONTROLE DO CONCRETO – PROCEDIMENTO DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO

A aceitação do concreto é um procedimento que se baseia em 2 ensaios de controle: ensaio de


consistência e ensaio de resistência a compressão. Nessa seção focaremos na aceitação com base
no critério da resistência, que ensaia um concreto no estado já endurecido, e na próxima aula
passaremos ao estudo da consistência, que analisa o concreto ainda em seu estado fresco.

A norma 7212 divide a aceitação do concreto em 2 fases:

• Verificação e aceitação do concreto fresco: etapa em que se constata, na ocasião da entrega


do concreto fresco, o atendimento a todas especificações do pedido.
o Realiza-se, sobretudo, ensaio de consistência (em poucas palavras, esse ensaio mede
a fluidez do material);
• Recebimento do concreto endurecido: constatação do atendimento às especificações do
pedido para o concreto endurecido.
o Realiza-se geralmente o ensaio de resistência a compressão, com o cálculo do fck.

Aceitação do
concreto
fresco
• Ensaio de
consistência

Procedimento
de aceitação
do concreto

Recebimento
do concreto
endurecido
• Ensaio de
resistência a
compressão

Figura 8: método de aceitação do concreto divide-se em 2 etapas

Focaremos no recebimento do concreto endurecido e na próxima aula abordaremos o controle do


concreto fresco. No caso da resistência a compressão, que é uma variável aleatória, fazemos o
controle estatístico dos lotes de concreto produzidos na usina.

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Aula 04 (Somente em PDF)

Mas o que é um lote de concreto?

O lote é qualquer volume definido de concreto, que possui características comuns, tal como mesma
classe, mesmo procedimento de preparo e mesmo teor de componentes. Veja como a NBR 12655
define lote:

“Volume definido de concreto, elaborado e aplicado sob condições consideradas uniformes (mesma
classe, mesma família, mesmos procedimentos e mesmo equipamento)”

Existem limites para o tamanho de um lote de concreto que será controlado em uma obra? Será que
se a quantidade de concreto for muito grande, terei que dividi-la em 2 ou mais lotes? A resposta é
sim, conforme a tabela a seguir. No caso, por exemplo, de uma peça estrutural sujeita a flexão
simples, cada lote deve ter no máximo 100 m³ de concreto, sendo concretado no máximo em 3 dias
e não podendo o lote envolver mais de 1 andar.

Tabela 11: Critérios para tamanhos máximos de um lote de concretoa (NBR 12655)

Solicitação principal dos elementos da estrutura


Identificação (o mais exigente
Compressão ou compressão e
para cada caso) Flexão simplesb
flexão
Volume de concreto 50 m³ 100 m³
Número de andares 1 1
c
Tempo de concretagem 3 dias de concretagem
a) No caso de controle por amostragem total, cada betonada deve ser considerada um lote
b) No caso de complemento de pilar, o concreto faz parte do volume do lote de lajes e vigas.
c) Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de sete dias, que inclui eventuais interrupções
para tratamento de juntas.

Você não precisa decorar essa tabela, pois os exercícios dessa aula já te direcionarão para aquilo que
é importante. Perceba que a limitação do lote é, em qualquer caso, para 1 andar e 3 dias de
concretagem.

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Para controlar o concreto produzido na usina, devo retirar amostras, que são o volume de concreto
retirado do lote, justamente para se atestar por meio de ensaios a conformidade do lote. Com o
material de uma amostra, fazemos 2 corpos de prova em um mesmo momento, com uma mesma
betonada,. Esses 2 corpos de prova são chamados de exemplar, que serão rompidos em uma
mesma idade. Dizemos que o exemplar é um elemento da amostra ou do lote.

A NBR 12655 diz que cada exemplar é formado por 2 corpos de prova para cada idade de
rompimento (ou de ensaio). Leia a definição a seguir de exemplar dessa NBR:

“Elemento da amostra ou da população (lote) constituído por dois corpos de prova da mesma
betonada, moldados no mesmo ato, para cada idade de ensaio.”

Assim, quando rompermos os corpos de prova, por exemplo, da idade de 7 dias, teremos 2 valores
de resistência obtidos. Qual resistência consideraremos, uma vez que teremos diferentes valores? A
NBR 12655 diz que a resistência do exemplar será o maior valor obtido dos 2 corpos de prova
rompidos.

2 corpos de
prova
1 exemplar • Moldados para
cada idade de
rompimento

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No controle da resistência do concreto em uma obra, trabalha-se com um valor estimado da


resistência característica a compressão, chamado fck,est.

Qual a diferença do fck para o fck,est?

O segundo é obtido estatisticamente de amostras a partir de ensaios para se estimar a resistência


característica a compressão do concreto. Já o fck é definido pelo projetista nos cálculos do concreto
necessário para sustentar a estrutura. O valor do fck,est é obtido por diferentes fórmulas matemáticas,
uma vez que a quantidade de amostras pode variar de um método para outro de controle de
resistência.

Há 2 tipos de controle da resistência do concreto:

• Controle do concreto por amostragem total: o controle é feito nesse caso em cada betonada,
ou seja, toda vez que a betoneira for utilizada para produção de concreto são coletadas
amostras.
• Controle estatístico do concreto por amostragem parcial: trabalha-se com uma quantidade
de amostras menor do que as operações de produção de concreto, chamadas de betonadas.

Controle do concreto por amostragem total

Nesse caso, todas betonadas são amostradas e possuem um exemplar específico para o concreto ali
produzido, naquele momento. O valor da resistência característica à compressão do concreto
estimada (fck,est) é dado por:

𝒇𝒄𝒌,𝒆𝒔𝒕 = 𝒇𝒄,𝒃𝒆𝒕𝒐𝒏𝒂𝒅𝒂

𝑓𝑐,𝑏𝑒𝑡𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎 : valor obtido no rompimento do exemplar que representa o concreto da betonada

Esse método é praticado quando o concreto é dosado em central, pois se terá o controle sobre cada
caminhão de concreto comprado.

Controle estatístico do concreto por amostragem parcial

Quando fazemos esse tipo de controle, as amostras são coletadas para concretos de betonagens
diferentes. Conforme vimos, existem os grupos I e II para as classes de concreto para fins estruturais,
aqui utilizaremos esse conceito para definir o número mínimo de exemplares de concreto a se
coletar:

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• Grupo I (até classe C50): mínimo de 6 exemplares;


• Grupo II (Demais classes): mínimo de 12 exemplares.

O valor da resistência a compressão característica estimada (fck,est) terá fórmulas distintas, a


depender do número total de exemplares (n), conforme a seguir:

a) 6 < n < 20:


𝑓1 +𝑓2 +⋯+𝑓𝑚−1
𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 2𝑥 − 𝑓𝑚
𝑚−1

m: igual a n/2, ou seja, metade do número de exemplares. Se n for ímpar, despreza-se o valor mais
alto de n.

𝑓1 , 𝑓2 , … , 𝑓𝑚 : valor de resistência de cada exemplar em ordem crescente.

b) n > 20:
𝒇𝒄𝒌,𝒆𝒔𝒕 = 𝒇𝒄𝒎 − 𝟏, 𝟔𝟓 𝒙 𝒔𝒅

Para obtermos sd de uma análise estatística de exemplares, utilizamos a seguinte fórmula:

𝑛
1
𝑠𝑑 = √ ∑(𝑓𝑖 − 𝑓𝑐𝑚 )2
𝑛−1
𝑖=1

Como sabemos, as variáveis utilizadas são:

• fcm é a resistência média a compressão dos exemplares do lote, em MPa;


• sd é o desvio padrão da amostra de n exemplares, em MPa.

Para termos a aceitação do concreto, é necessário que o valor estimado da resistência característica
(fck,est) obtido na amostragem total ou parcial seja maior que a resistência característica do concreto
a compressão especificada no projeto estrutural. Em outras palavras:

𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑠𝑡 > 𝑓𝑐𝑘 (2)

Mas em uma obra, quem é o responsável por aceitar o concreto?

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Nada mais do que 2 pessoas, o proprietário da obra e o responsável técnico por ela, que é designado
pelo proprietário. Todos esses controles na obra vão gerar uma papelada de ensaios e de
rastreabilidade do material aplicado que deve ser armazenada por no mínimo 5 anos.

A aceitação do concreto quando chega na obra inclui a conferência de todas as características do


material descritas no documento de entrega do produto, comparando-as com o que foi pedido. Se
houver divergência, o concreto não deve ser aceito, exceto por concordância do responsável da
obra, devendo estar registrada essa concordância no documento de entrega.

Observe a tabela seguir, comparando do número de exemplares para cada tipo de controle de
resistência do concreto por amostragem.

Amostragem Grupo I (até C50) Grupo II (Classe > C50)


Parcial 6 12
Total Amostragem em cada betonada

Controle de
aceitação para
resistência

Controle por
Lote
amostragem

Qualquer volume
definido de concreto Critérios para
Amostra Total Parcial
com características tamanho máx.
comuns

3 dias de Volume retirado de núm. amostras = núm. amostras <


Exemplar
concretagem um lote núm. de botanadas núm. de betonadas

Resistência do Grupo I: > 6


1 andar 2 corpos de prova
exemplar exemplares

Maior valor obtido


Grupo II: > 12
50 ou 100 m³ dos 2 corpos de
exemplares
prova

As etapas do controle da resistência do concreto

A aceitação do concreto quanto à resistência a compressão envolve 4 etapas básicas:

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1. Definição da extensão do lote de concreto: a primeira etapa é dividir a estrutura em porções


menores, que formarão diferentes lotes, observando a limitação de andar, quantidade de
concreto e prazo de concretagem. A partir disso, vamos pensar no tipo de amostragem desses
lotes;
2. Definição do tipo de amostragem: devemos definir se vamos amostrar todas as betonagens
(amostragem total) ou se será feito um controle estatístico por amostragem parcial;
3. Coleta e moldagem dos exemplares de concreto: com a informação do tipo de amostragem,
calculamos então a quantidade de amostras necessárias, passando a sua coleta e moldagem
dos corpos de prova para formação dos exemplares;
4. Análise dos resultados: aplicamos o critério de controle da NBR 12655, que compara a
resistência característica a compressão estimada (𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑠𝑡 ) ou a obtida em cada corpo de prova
(fi) com a resistência característica de projeto.

Análise dos
Tipo de Coleta e
resultados para
Definir tamanho do lote amostragem: moldagem dos
aceitação ou
total ou parcial corpos de prova
rejeição

Figura 9: Etapas do controle da resistência do concreto

FUMARC – Técnico - 7 Lagoas - Edificações - 2014

Quando da amostragem de concreto estrutural em uma obra, a estrutura avaliada deve ser
dividida em tantos lotes quantos os inicialmente identificados durante a concretagem, ou em
função da importância das peças que compõem a estrutura. O tamanho máximo do lote de
concreto a ser analisado deve atender a:

a) Área construída em planta não superior a 100 m2.

b) Quando se tratar de um edifício, no máximo 1 andar.

c) Volume de concreto não superior a 150 m3.

d) Volume de concreto produzido no período de 30 dias.

Comentários: vejamos cada alternativa:

a) A norma não limita a área construída para a definição do lote, mas sim o volume concretado
(até 100 m³), o tempo de concretagem (3 dias) e os andares envolvidos no lote (1 andar).
Errado.

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b) Correto, o lote não pode ter mais de 1 andar.


c) O volume de concreto não pode ser superior a 100 m³, ao contrário da alternativa que disse
150 m³. Errado.
d) O tempo de concretagem é de 3 dias. Errado.

Gabarito: “b”.

CESPE – FUB – Tecnólogo - 2015

Para a concretagem de elementos estruturais de concreto armado em um edifício, deve-se


verificar se o fornecedor de concreto dosado em central atende às prescrições das normas
técnicas pertinentes. Para tanto, o contratante deve exigir que, na nota fiscal do fornecedor,
estejam registradas informações como: tipo de cimento, traço utilizado, resistências
características, consistência, fator água-cimento, existência de aditivos, horário de saída do
==7f9ce==

caminhão-betoneira da central. Acerca desse assunto, julgue o item a seguir.

Para a aceitação do concreto usinado entregue na obra, deve-se realizar o ensaio de resistência
característica à compressão, cujas normas técnicas determinam a confecção de, pelo menos,
seis corpos de prova para cada idade de rompimento, retirados do mesmo caminhão-
betoneira.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: para cada idade de rompimento, moldamos 2 corpos de prova, retirados de uma
mesma betonada. Portanto, não são 6 corpos de prova, estando, por isso, errada.

Gabarito: “errado”.

COMPERVE - UFRN - Analista - MPE RN - Eng. Civil - 2017

As condições de preparo, controle, recebimento e aceitação do concreto de cimento Portland


são fundamentais para a garantia da qualidade do concreto empregado em estruturas. A NBR
12655, que trata do assunto, define alguns termos e condições para o controle e a aceitação
do concreto.

Assim, com base nessa NBR, considere as afirmativas a seguir.

Concreto de alta resistência é o concreto com classe de resistência à compressão


I
igual ou superior à classe C60.
A resistência característica à compressão do concreto estimada (fck,est) é o valor
II estatisticamente determinado e expresso como o valor médio de ensaios de 6 corpos de
provas de concreto, que tenham obtido desvio padrão inferior a 10%.
Exemplar é o elemento da amostra de concreto constituído por dois corpos-de-prova
III
da mesma betonada.

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O lote de concreto é um volume definido de concreto, elaborado e aplicado sob


IV condições consideradas uniformes, ou seja, mesma classe de concreto, mesma
família, mesmos procedimentos e mesmo equipamento.

Das afirmativas, estão corretas

a) II e IV.

b) III e IV.

c) I e II.

d) I e III.

Comentários: seguem os comentários para cada alternativa:

a) Como vimos anteriormente, concreto de alta resistência é aquele que se encaixa no grupo
II, com resistência a compressão maior que C50, ou seja, 50 MPa. A questão fala que é
aquele com resistência maior ou igual a 60 MPa, desconsiderando, pois, a resistência de 55
MPa, que é o C55, pertencente ao grupo II. Portanto, a questão está errada, pois não incluiu
o C55 nos concretos de alta resistência.
b) O fck,est não é a média das resistências obtidas para 6 corpos de prova, pois, no caso de n
igual a 6, teríamos a fórmula a seguir, que não corresponde a uma média aritmética, pois
há a duplicação dessa média e posterior subtração do valor fm:

𝑓1 + 𝑓2 + ⋯ + 𝑓𝑚−1
𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 2𝑥 − 𝑓𝑚
𝑚−1

Importante frisar que o cálculo da resistência característica à compressão do concreto


estimada depende do método de amostragem utilizada, que será total ou parcial. Portanto,
item errado.

c) Exemplar é um elemento da amostra ou do lote constituído por dois corpos de prova de


uma única betonada, moldados em um mesmo procedimento, para uma dada idade do
ensaio. Correto.
d) Lote é um volume definido de concreto com características comuns, tais como mesma
classe, mesmo procedimento de elaboração e adensamento. Correto.

Gabarito: “b”.

FGV - Técnico de Nível Superior - SME Cuiabá - Eng. Civil - 2015

O engenheiro responsável pela execução de uma estrutura de concreto armado planejou e


realizou o controle por amostragem total do concreto lançado.

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O projeto estrutural determina a adoção de resistência característica à compressão do


concreto (fck) maior ou igual a 40 MPa.

A tabela a seguir apresenta a resistência à compressão dos corpos de prova de cada lote de
concreto da estrutura em questão.

De acordo com a tabela, atendem à resistência especificada no projeto estrutural (fck = 40


MPa) os lotes

a) 2, 3, 4 e 5, apenas.

b) 1, 3, 4 e 5, apenas.

c) 1, 4 e 5, apenas.

d) 1, 2, 3 e 5, apenas.

e) 1, 2, 3, 4 e 5.

Comentários: inicialmente observamos que há 2 corpos de prova para cada lote, o que nos
remete ao conceito de exemplar. Temos que lembrar que, quando trabalhamos com
exemplares, consideramos que a resistência do exemplar será a maior resistência de cada
grupo de 2 corpos de prova rompidos. Assim, teremos:

Lote CP 1 CP 2 fc do exemplar
1 41,0 43,5 43,5
2 37,0 41,0 41,0
3 30,0 42,3 42,3
4 39,0 42,0 42,0
5 44,3 43,0 44,3

A questão menciona que o engenheiro fez o controle por amostragem total, ou seja, coleta de
amostras para 100% das betonadas. Sabemos que a NBR 12655 diz que:

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𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 𝑓𝑐,𝑏𝑒𝑡𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎

Essa fórmula diz que o fck de cada betonada corresponde ao fck,est. Como o fck no projeto
estrutural é igual a 40 MPa, o fc de cada betonada (ou de cada exemplar) deve ser sempre
superior a 40 MPa. Assim, teremos:

fc do Comparando
Lote Conclusão
exemplar com fck
1 43,5 > 40 MPa OK
2 41,0 > 40 MPa OK
3 42,3 > 40 MPa OK
4 42,0 > 40MPa OK
5 44,3 > 40MPa OK

Logo, todos os lotes atenderam à resistência característica de projeto (fck) de 40 MPa.

Gabarito: “e”.

CESPE – ACE - TCE-PA – Eng. Civil - 2016

Quando do estacionamento dos caminhões bomba e betoneira em determinada obra, o


engenheiro da construtora responsável pela obra realizou alguns procedimentos para garantir
que o concreto estivesse de acordo com o que fora encomendado à empresa fabricante e com
o especificado no projeto. Ao iniciar os procedimentos, ele verificou que o lacre do caminhão
betoneira não coincidia com o código da nota fiscal. Ainda assim, ele aceitou o lote porque as
outras informações da nota estavam de acordo com as especificações de projeto. Em seguida,
pediu para o condutor do caminhão betoneira, que estava ligado ao caminhão bomba, gerar
um primeiro jato com uma pequena quantidade de concreto, para realizar o ensaio de
abatimento (slump test).

O engenheiro solicitou ao ajudante que confeccionasse três corpos de prova que serviriam para
testar a resistência do concreto em laboratório para a concretagem de pilares de um andar da
edificação com volume correspondente a 9 m3. Durante a concretagem da laje, para acelerar
o adensamento do concreto, o encarregado colocou o vibrador de imersão em contato com as
paredes das fôrmas e ferragens já concretadas.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.

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Para a realização dos ensaios de resistência do concreto dos pilares em laboratório, o


engenheiro deveria ter confeccionado pelo menos um corpo de prova para cada metro cúbico
de concreto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: não caia nessa história que a banca te conta, que para pilares em laboratório a
coleta de corpos de prova será para cada metro cúbico, não existe isso. Como vimos na NBR
12655, as amostras serão coletadas durante a operação de concretagem, devendo para cada
idade ser coletado um exemplar constituído de 2 corpos de prova. Um novo exemplar poderia
ser coletado caso houvesse um concreto produzido de outra amassada, por exemplo, de outro
caminhão betoneira. Porém, isso não é dito na questão, pelo contrário, ela fala que a coleta de
corpos de prova deveria se dar na proporção de 1 corpo de prova para cada metro cúbico de
concreto, o que não existe na norma brasileira.

Gabarito: “Errado”.

CESPE – ACE - TCE-PA – Eng. Civil - 2016

O engenheiro contrariou recomendação de procedimento de recebimento de concreto ao


indicar o uso do primeiro jato de concreto para o ensaio de abatimento.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: como vimos, o recomendado para a coleta do concreto para abatimento é


esperar que se descarregue ao menos 0,5 m³ de concreto, para então se coletar o material para
o ensaio. Portanto, não se pode coletar o primeiro jato.

Gabarito: “Certo”.

CESPE – ACE - TCE-PA – Eng. Civil - 2016

O engenheiro deveria ter devolvido o lote devido à incompatibilidade do lacre do caminhão e


o código na nota fiscal, por questões de segurança.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: Se o engenheiro verificou o lacre do concreto no caminhão e viu que não


coincidia com as informações da nota fiscal, ele não poderia ter aceitado o concreto, pois
adquiriu um material cujas propriedades ele desconhece. Afinal, qual informação é a
verdadeira: a do lacre ou a da nota fiscal? Assim, o engenheiro não pode garantir que o
concreto comprado é de fato aquele estipulado para a obra.

Gabarito: “Certo”.

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FGV – Pref. De Paulínia - Eng. Civil - 2016

Durante a execução de uma determinada estrutura de concreto armado, foi realizado o


controle da resistência à compressão do concreto por amostragem total. Ao final da
construção, constatou-se que foram necessários 10 lotes de concreto para concluir a estrutura
em questão.

Assinale a opção que apresenta a quantidade de corpos de prova que foi produzida para a
verificação da resistência à compressão do concreto da referida estrutura.

a) 5

b) 10

c) 15

d) 20

e) 30

Comentários: a questão fala que foi feito o controle do concreto por amostragem total e que
foram necessários 10 lotes de concreto para se concluir a estrutura, ou seja, 10 volumes
definidos de concreto que, então, geraram 10 amostras. Assim, foram moldados 20 corpos de
prova, pois devemos moldar o dobro de corpos de prova em relação à quantidade de amostras.

Gabarito: “d”.

FGV - DPE-RJ - Eng. Civil - 2019

O controle da resistência à compressão do concreto, na construção de uma estrutura de


concreto armado, foi realizado por amostragem total. No final da execução da estrutura,
constatou-se que foram produzidos ao todo 46 corpos de prova para a verificação da
resistência à compressão do concreto.

A quantidade de lotes de concreto usados para a construção da estrutura em questão é igual


a:

a) 12;
b) 23;
c) 46;
d) 92;
e) 104.

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Comentários: questão análoga à anterior. Se temos 46 corpos de prova, quer dizer que foi
coletado em volume de concreto que é a metade em amostras, ou seja, 23. Como a amostra é
um volume coletado do lote, temos no mínimo 23 lotes.

Gabarito: “b”.

FGV - DPE-RJ - Eng. Civil - 2019

O controle tecnológico do concreto lançado, na construção de uma estrutura, pode ser


realizado por meio de uma amostragem total. Nesse tipo de controle, todas as betonadas são
amostradas e representadas por um exemplar. A resistência característica à compressão
(estimada) de cada betonada corresponde à resistência de compressão do exemplar que a
representa.

Em uma obra que adota o controle do concreto por amostragem total, foi recebida uma
betonada cujos corpos de prova apresentaram resistências de compressão de 32 MPa e de 28
MPa.

A resistência característica à compressão da betonada supracitada é de:

a) 28 MPa;
b) 30 MPa;
c) 32 MPa;
d) 40 MPa;
e) 60 MPa.

Comentários: a questão fala do método de amostragem total e de uma betonada com dois
corpos de prova. Sabemos que a resistência a compressão do exemplar é a maior da resistência
dos 2 corpos de prova, portanto, 32 MPa. A NBR 12655 diz que a resistência característica a
compressão estimada corresponde à resistência a compressão de cada exemplar. Assim, a
resistência característica a compressão estimada é igual a 32 MPa.

Gabarito: “c”.

CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – Questão de fixação

Em construções de edifícios, a concretagem é uma etapa em que se concentram recursos


significativos, e que afeta diretamente a segurança, a funcionalidade e o custo da obra. O
auditor deve conhecer como ela é projetada e executada, para avaliar possíveis erros e suas
consequências. A respeito desse assunto, julgue o item subsequente.

No controle do concreto por amostragem, o emprego de pares de corpos de prova tem o


objetivo de atenuar a variabilidade de ensaio.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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Comentários: isso mesmo, trabalhamos com 2 corpos de prova para o exemplar a fim de
justamente termos uma ideia da variabilidade do ensaio. Antes da NBR 12655, tomava-se a
média dos 2 corpos de prova, enquanto que com a nova versão, toma-se o maior valor. Essa
questão pode parecer desatualizada por isso, porém o trabalho com pares de corpos de prova
contribui mesmo assim para se ter um maior controle sobre a dispersão dos dados de
resistência de cada volume ensaiado, pois as 2 resistências são conhecidas com o ensaio.

Gabarito: “Certo”.

CESPE - Arquitetura – CEF – Questão para fixação

O controle tecnológico do concreto usinado deve ser feito para cada lote de 100 m³, ou quando
variar a dosagem. Desprezando-se os casos específicos, o número de corpos de prova para cada
lote amostrado é igual a

a) 5.

b) 4.

c) 3.

d) 2.

e) 1.

Comentários: como vimos, cada volume de concreto deve ter 2 corpos de prova, conforme
NBR 12655.

Gabarito: “d”.

FGV – Analista – IBGE - Eng. Civil - 2016

Considere as seguintes informações sobre tipos de controle da resistência do concreto, X e Y:

X: são retirados exemplares de algumas betonadas de concreto, cujas amostras apresentem no


mínimo seis ou doze exemplares, de acordo com a classe do concreto;

Y: consiste no ensaio de exemplares de cada betonada de concreto, sem haver limitação para
o número de exemplares do lote.

Analisando as informações de cada uma, conclui-se que:

a) X e Y são controles estatísticos do concreto por amostragem parcial;

b) X é o controle estatístico do concreto por amostragem parcial e Y, o controle do concreto


por amostragem total;

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c) Y é o controle estatístico do concreto por amostragem parcial;

d) X é o controle do concreto por amostragem total;

e) X e Y são controles estatísticos do concreto por amostragem total.

Comentários: vejamos as informações fornecidas:

X: trata-se de controle estatístico por amostragem parcial, pois são amostradas apenas
algumas betonadas. Os mínimos de 6 e 12 exemplares estão de acordo com o que vimos sobre
essa amostragem, confirmando tratar-se da parcial.

Y: são ensaiados exemplares de todas betonadas (“cada betonada”), logo, refere-se à


amostragem total.

Gabarito: “b”.

FCC – Analista de Controle - TCE-PR - Eng. Civil – Questão para fixação

No recebimento de um produto ou serviço, a partir do ensaio de uma amostra, são verificadas


as condições para sua aceitação ou rejeição, em função de características associadas à
qualidade que podem ser atributos ou variáveis. No caso do concreto, a característica é, em
geral, a resistência à compressão simples, portanto, uma variável. Os critérios de aceitação
podem ser determinísticos ou probabilísticos. Conforme critérios determinísticos, não se
admite, no conjunto, nenhuma peça, unidade ou fração não conforme, isto é, que não atenda
à especificação. Na aceitação por critério probabilístico admite-se

a) 50% dos produtos da amostra não conformes.

b) toda a amostra do produto não conforme.

c) nenhuma fração do produto não conforme.

d) nenhum produto não conforme.

e) uma fração do produto não conforme.

Comentários: sabemos que utilizamos para a resistência a compressão simples do concreto o


modelo probabilístico de Gauss com 5% de probabilidade de não se atingir a resistência
estipulada. Vejamos então cada alternativa:

a) Não é 50% de produtos não conformes que se aceita, mas 5% apenas. Errado.
b) Não é toda amostra não conforme que se aceita, mas apenas 5%. Errado.
c) Aceitamos sim uma fração dos produtos não conformes, 5%, ao contrário do que diz a
alternativa. Errado.
d) Aceitamos 5% dos produtos não conformes. Errado.

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e) Sim, uma fração do produto não conforme é aceita para o concreto, 5%. Correto.

Gabarito: “e”.

ESAF – Analista de Finanças e Controle – CGU - Obras Públicas/Adaptado – Exercício para


fixação

Considerando-se três tipos de controle de qualidade do concreto, no aspecto de resistência à


compressão: por amostragem total (caso a) e por controle estatístico por amostragem parcial
(caso b), assinale a opção incorreta.

a) O caso a é o mais recomendável devido tratar-se de amostragem 100 %, onde todas as


betonadas são inspecionadas.

b) No caso a, o valor representativo da amostra é o da resistência obtido diretamente em cada


exemplar.

c) No caso b, os resultados ficam sujeitos a amostradores estatísticos que aumentam a


grandeza do valor obtido.

d) No caso b, o tamanho da amostra é estipulado em função do volume a ser produzido.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

a) Sim, a amostragem total é a mais segura, pois são obtidos corpos de prova de todas as
betonadas. Correto.
b) Correto, pois obtemos a resistência diretamente no exemplar, ao romper os corpos de
prova de cada amostra.
c) Não, os amostradores estatísticos, justamente por fornecerem incerteza sobre os valores,
reduzem as medições para se garantir um maior nível de confiabilidade sobre o parâmetro
estudado. Errado.
d) Sim, o tamanho da amostra depende da quantidade de lotes, que por sua vez está ligado à
quantidade de concreto a se controlar, números de andares e duração da concretagem.
Correto.

Gabarito: “e”.

FGV – Analista – IBGE - Eng. Civil - 2016

A ordem correta, da esquerda para direita, para o controle de aceitação do concreto, é:

a) definição da extensão do lote de concreto - coleta e moldagem dos exemplares de concreto


- definição do tipo de amostragem a ser adotado - análise dos resultados;

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b) coleta e moldagem dos exemplares de concreto - definição da extensão do lote de concreto


- definição do tipo de amostragem a ser adotado - análise dos resultados;

c) definição da extensão do lote de concreto - definição do tipo de amostragem a ser adotado


- coleta e moldagem dos exemplares de concreto - análise dos resultados;

d) coleta e moldagem dos exemplares de concreto - definição da extensão do lote de concreto


- análise dos resultados - definição do tipo de amostragem a ser adotado;

e) coleta e moldagem dos exemplares de concreto - análise dos resultados - definição do tipo
de amostragem a ser adotado - definição da extensão do lote de concreto.

Comentários: como vimos, primeiro definimos o “tamanho do controle”, ou seja, a extensão


dos lotes, para então podermos definir como será feito o controle, ou seja, o tipo de
amostragem a ser adotado. Com isso, calculamos a quantidade necessária de amostras e
realizamos a coleta e moldagem dos exemplares de concreto. Finalmente obtermos os
resultados e fazemos sua análise.

Gabarito: “c”.

FGV – Analista – IBGE - Eng. Civil - 2016

Com relação aos procedimentos de preparo, controle e recebimento do concreto, analise as


afirmativas a seguir.

I. As etapas de preparo do concreto são: a caracterização dos materiais componentes do


concreto; o estudo de dosagem do concreto; o ajuste e comprovação do traço de concreto; e
a elaboração do concreto.

II. O cálculo da resistência de dosagem do concreto depende, entre outras variáveis, das
condições de preparo do concreto, que são duas: A e B.

III. O ensaio de abatimento do tronco de cone é o único previsto em norma para a avaliação da
consistência do concreto.

Está correto o que se afirma em:

a) somente I;

b) somente II;

c) somente I e II;

d) somente I e III;

e) I, II e III.

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Comentários: vamos comentar cada alternativa:

I) É isso mesmo, o preparo do concreto envolve a caracterização dos materiais, o estudo


de dosagem, a comprovação de que o traço resultante atenda aos parâmetros de
projeto e, por último, a fabricação do concreto. Correto;
II) Errado, pois as condições de preparo do concreto são três: A, B e C;
III) Errado, não há somente o ensaio de abatimento do tronco de cone, temos também o
ensaio de espalhamento do tronco de cone.

Gabarito: “a”.

EXTRAÇÃO DE TESTEMUNHOS E ENSAIO DE COMPRESSÃO

A análise da resistência à compressão de testemunhos de concreto é um ensaio destrutivo, pois


retira amostras da estrutura concretada e rompe esse material. Por isso, em todos os casos em que
se fizer extração de testemunhos de uma estrutura, é necessária a aprovação prévia do engenheiro
responsável, afinal a estrutura perderá um pedaço, reduzindo sua capacidade portante. Assim, a
extração de testemunhos traz uma perda estrutural à construção, sendo a autorização do
engenheiro responsável uma forma de se evitar danos desnecessários. Obviamente deve ser
previsto um posterior processo de reparo do local de onde foi retirado o testemunho, preenchendo
o espaço com concreto compatível com o elemento estrutural.

São basicamente 2 as situações em que a extração de testemunhos pode ser requerida:

• Não-conformidade no fck obtido no ensaio de compressão em corpos de prova;


o Essa não-conformidade ocorre quando o fck obtido nos corpos de prova é menor do
que o fck do projeto estrutural. Assim, o concreto aplicado aparentemente não possui
condições de suportar as cargas dimensionadas no projeto. Nesse caso, caso o fck
obtido no ensaio de testemunhos seja maior que o de projeto, dizemos que houve
aceitação definitiva do concreto.
o O ensaio de testemunho também é utilizado neste caso não somente para se ter aceite
do concreto, mas também para se avaliar a segurança daquela estrutura cujo concreto
não apresenta resistência adequada.
• Necessidade de avaliação da segurança estrutural de obras em andamento ou existentes,
incluindo casos de reformas, incêndios e colapsos.

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Não-conformidade no Necessidade de
fck obtido nos corpos
de prova moldados
Extração e avaliação da
segurança estrutural
• Aceitação definitiva ensaio de de construções já
existentes
• Avaliação de
segurança estrutural testemunhos • Casos de reforma,
incêndio e colapso

Figura 10: Aplicações práticas da extração e ensaio de testemunhos

Na prática, os testemunhos são muitas vezes extraídos quando já se tem uma ideia do f ck da
estrutura, resultando em idades diferentes entre os corpos de prova e os testemunhos. Assim, estes
últimos frequentemente vão apresentar idade mais avançada do que 28 dias.

O equipamento de extração deve utilizar broca rotativa ou oscilante, refrigerada a água, sem uso
de percussão para não danificar a estrutura. A obtenção dos testemunhos é feita por meio de uma
extratora, que fará a amostragem por lotes pelo método total ou parcial, conforme vimos. Entre os
parâmetros que influenciam a quantidade de amostras está a existência de controle de
rastreabilidade do concreto, ou seja, onde na obra foi aplicada o concreto de cada corpo de prova
ensaiado. Já no caso de estruturas sem histórico de controle tecnológico, a divisão por lotes se dará
em função da importância dos elementos estruturais que compõem a construção.

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Extração e ensaio de
testemunhos

Ensaio destrutivo

Necessário:

Aprovação prévia do
engenheiro
responsável

Reparo com concreto


compatível

Extração por broca


Amostragem por
2 situações clássicas rotativa refrigerada a
lotes
água

Não-conformidade
Total ou parcial
no fck

Avaliar segurança
estrutural de
edificação existente

A definição do local de extração de testemunhos é tão complexa que deve ser feita por consenso
entre o projetista, o construtor e o tecnologista do concreto. Além disso, o ensaio deve ser
acompanhado de fotos do processo de extração e posicionamento dos furos e croqui de localização.
Apesar de toda essa complexidade, há algumas diretrizes cobradas em prova:

• Os testemunhos devem ser extraídos a uma distância igual ao seu diâmetro em relação tanto
às bordas do elemento estrutural quanto às juntas de concretagem.

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o O objetivo é obter a resistência do concreto que reflita o interior da estrutura, e não


suas bordas.
• A distância entre as bordas das perfurações deve ser maior ou igual que o diâmetro do
testemunho (Figura 11);
o Com isso, evita-se que uma extração possa influenciar as propriedades do concreto de
outro testemunho.
• Nenhuma armadura pode ser cortada;
o Para isso, utilizamos um detector de metais, o pacômetro.
• Podem ser aceitos testemunhos com barras de aço, desde que ortogonais ao testemunho e
com diâmetro menor do que 10 mm;
o Na norma anterior sobre extração de testemunhos não se aceitava barras presentes
no testemunho.
• Em elementos críticos quanto à exsudação, como pilares e paredes, a extração deve ser no
mínimo 30 cm distante dos limites superior e inferior das etapas de concretagem e dos
trespasses das barras longitudinais;
o Pilares e eventualmente paredes são críticos quanto à exsudação devido a possuírem
a maior dimensão na direção vertical e se caracterizarem por serem finos, com
dificuldades para se executar um bom adensamento.
o O objetivo aqui é obter a resistência do interior da estrutura, sem envolver materiais
de diferentes concretagens ou sob influência da zona de aderência do aço.
• Extração de pilares
o Retiradas de uma mesma prumada, ou seja, alinhadas a um mesmo eixo vertical;
o Respeitar a distância mínima de 1 diâmetro entre furos;
o Deve-se buscar uma redução da área da seção transversal menor que 10%;
o Segurança estrutural deve ser assegurada, quando necessário, com escoramentos.

Figura 11: distâncias para perfuração, todas no mínimo iguais ao diâmetro do testemunho

Os testemunhos são cilíndricos, devendo possuir diâmetro:

• > 100 mm;


o Exceto em elementos com grande concentração de aço, em que o diâmetro reduz para
75 mm;
• 3 vezes dimensão máxima característica do agregado graúdo;

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o Essa relação é a mesma que aplicamos para um corpo de prova moldado, lembra?

Definição do Extração Extração de Testemunhos são


local e extração é •Nenhuma armadura pilares cilíndricos
complexa pode ser cortada •Em uma mesma •diâmetro D >
•Testemunho pode prumada (eixo •100 mm
•Consenso entre
conter barras vertical)
projetista, construtor •3 x dim. máx. caract.
ortogonais •Feita com
e tecnologista agregado graúdo
•Elementos críticos escoramentos, se
quanto à exsudação necessário para
(pilares e paredes) segurança
•extração a 30 cm da
transição de
concretagens e do
trespasse do aço

Figura 12: diretrizes básicas para a extração de testemunhos

Os testemunhos devem guardar a proporção do dobro da altura em relação ao diâmetro, podendo


essa relação variar entre 1 e 2. Para se atingir essa relação, muitas vezes cortam-se os testemunhos
com serra diamantada.

Assim como os corpos de prova, os testemunhos podem ter preparação de suas bases por retificação
ou capeamento. Posteriormente, vão permanecer, antes de seu rompimento, 72 horas em:

• Contato com o ar, se a estrutura de onde provém o testemunho assim estiver;


• Tanque de cura ou câmara úmida, se a estrutura de origem assim estiver.

Uma grande vantagem do ensaio de testemunhos é que ele reflete deficiências do processo
construtivo, o que não ocorre no corpo de prova moldado em obra. Nesse caso do corpo de prova,
este teria facilmente seu adensamento e cura bem controlados, pois trata-se de pouca quantidade
de concreto para se controlar. Diferentemente, o testemunho é concretado junto com toda
estrutura, estando disperso na peça, tendo a qualidade de seu concreto dependendo do concreto
que foi realmente lançado, adensado e curado na estrutura real. Por isso, dizemos que o resultado
dos testemunhos é mais representativo da resistência real da estrutura.

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Como limitações do ensaio por testemunhos, tem-se o efeito por broqueamento, que está ligado à
formação de microtrincas no concreto devido à penetração da broca no momento da extração. Além
das microtrincas, a broca também parte os agregados do concreto ao penetrar, podendo ainda gerar
ondulações na amostra. Esse fenômeno é maior nos testemunhos de menor diâmetro, sendo este
um dos motivos para se buscar um diâmetro maior ou igual a 100 mm. Um resultado prático é que
o efeito por broqueamento é um dos responsáveis por tornar a resistência de um testemunho
menor que a resistência de um corpo de prova, dada uma mesma idade.

Os corpos de prova moldados são rompidos na mesma direção em que ocorreu a


moldagem/concretagem deles. Diferentemente, no caso da extração nem sempre é possível retirar
a amostra na mesma direção em que o concreto foi lançado, sobretudo em pilares e vigas. Afinal,
acima do pilar há uma viga ou laje e acima da viga, geralmente há uma laje, dificultando o acesso
direto ao elemento estrutural para extração do testemunho verticalmente. Contudo, a direção da
extração influencia a resistência obtida, possuindo valor menor no caso de extração ortogonal à
direção da concretagem, devido às maiores dificuldades de se fixar o equipamento de
broqueamento, gerando ondulações na amostra.

Por isso, a norma NBR 7680-1 prevê coeficientes de correção para a extração que ocorre em direção
ortogonal à de lançamento do concreto daquela estrutura. Para lajes, a extração ocorre em sentido
paralelo ao lançamento do concreto, enquanto para pilares, cortinas e vigas, a extração é
geralmente feita perpendicularmente à direção de lançamento.

São aplicados coeficientes de correção para o resultado da resistência dos testemunhos quando:

• k1: Relação altura/diâmetro ≠ 2;


• k2: Efeito do broqueamento em função do diâmetro do testemunho;
o Lembre-se, quanto menor o diâmetro, maior esse efeito de broqueamento;
• K3: Direção da extração em relação à direção do lançamento;
• K4: Efeito da umidade do testemunho;
o Esse efeito de umidade está ligado ao fato de se ter feito ou não a cura úmida durante
72 horas no testemunho;

A resistência de um testemunho será dada por:

𝑓𝑐𝑖,𝑒𝑥𝑡 = [1 + (𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 + 𝑘4 )]𝑥𝑓𝑐𝑖,𝑒𝑥𝑡,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

𝑓𝑐𝑖,𝑒𝑥𝑡,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 : resistência à compressão axial de um testemunho extraído;

𝑓𝑐𝑖,𝑒𝑥𝑡 : resultado corrigido de resistência de um testemunho extraído.

Trabalha-se com a resistência do lote no caso de se avaliar a segurança estrutural, ou seja, se a


estrutura vai cair ou não. Essa resistência para um lote de n testemunhos será dada pela simples
divisão do resultado corrigido da resistência pelos n testemunhos, conforme a seguir.

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∑𝑛𝑖=1 𝑓𝑐𝑖,𝑒𝑥𝑡
𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑥𝑡,𝑠𝑒𝑔 =
𝑛

𝑓𝑐𝑘,𝑒𝑥𝑡,𝑠𝑒𝑔 : resistência característica do lote para fins de verificação da segurança estrutural

Fatores de
Testemunho Vantagens Limitações
correção
• h/d ideal = 2 • Reflete • Efeito por • k1: h/d≠ 2
• Pode variar deficiências do broqueamento • k2: efeito de
entre 1 e 2 processo • Microtrincas broqueamento
• Preparação construtivo • resistência • k3: direção da
das bases por menor do extração X
retificação ou que no corpo direção do
capeamento de prova lançamento
• Se estrutura moldado • k4: influência
estiver em de eventual
ambiente seco cura aplicada
• Testemunho 72 hs antes da
não sofre ruptura
cura

A depender do resultado da resistência dos testemunhos, o projetista pode fazer uma revisão de
projeto e constatar que não há problemas quanto à segurança estrutural. Caso não se prove a
segurança estrutural com o resultado da resistência dos testemunhos, então pode-se realizar novas
avaliações com metodologias apropriadas, como ensaio de prova de carga ou outros métodos
especiais. Contudo, a prova de carga não é recomendada no caso de ruptura frágil da estrutura,
devido aos riscos de desmoronamento. Na hipótese de não se poder recorrer a outras
metodologias, a estrutura deverá ter seu uso restringido ou deverá ser recuperada ou ainda
reforçada.

Perceba que o ensaio de testemunhos é muito útil no caso de não aceitação do concreto devido a
não se atingir o fck requerido de projeto pela resistência a compressão com base em corpos de prova
moldados (NBR 12655). Para esse caso específico, haverá um novo teste de aceitação, agora com o
ensaio de testemunhos. Nesse novo teste de aceitação (aceitação definitiva) não se trabalha com a
resistência para um lote, mas sim com o maior valor da resistência dos testemunhos extraídos de
cada lote (fc,ext,pot), modificada pelos coeficientes de correção (k1 a k4). O concreto será aceito
quando:

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𝑓𝑐,𝑒𝑥𝑡,𝑝𝑜𝑡 ≥ 𝑓𝑐𝑘

Perceba que, na hora de se verificar uma nova aceitação para o concreto que foi rejeitado na NBR
12655, não utilizamos mais aquela média das resistências de um lote, como fizemos no caso da
verificação da segurança estrutural. Isso ocorre, porque na nova aceitação para o concreto rejeitado
com base na 12655:2015, analisou-se aspectos de resistência mecânica do material, influenciados
pela qualidade em sua elaboração. Em nenhum momento é analisada a estrutura e seu
comportamento frente as cargas solicitantes. Então, nesse caso da reavaliação com base na
12655:2015, é utilizada a mesma consideração feita nessa norma de 2015 quanto às resistências dos
lotes, que é considerar a maior resistência de cada lote ou amostra com base nos 2 corpos de prova
que formam o exemplar, e não a sua média.

Em oposição, na avaliação da segurança estrutural, consideramos a construção como um todo. Logo,


é importante que a resistência de cada lote reflita a dispersão das resistências de rompimento de
cada testemunho, sendo, por isso, utilizada a média aritmética.

fck baixo

Ensaio com
testemunhos •Sim
•Ensaio de prova de
carga
•Outros métodos
especiais
•Não: não-conformidade
da estrutura
Outros •Uso restrito da
métodos? estrutura
•Recuperação ou
reforço da estrutura

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AOCP – Ana. jud. - TRE AC - Eng.

Julgue a alternativa a seguir:

Dentre os ensaios em concreto, a extração de corpo de prova endurecido é realizada quando


se necessita de conhecimento mais genérico sobre a resistência do concreto, não sendo
possível reconhecer sua composição ou fazer a contagem da taxa de armadura interna.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: a extração de corpo de prova endurecido somente é realizada quando se


necessita de maior conhecimento sobre a resistência do concreto, já que considera fatores
como o processo construtivo e a hidratação real sobre a estrutura da obra. Uma das principais
aplicações do ensaio com testemunhos é justamente quanto o fck medido nos corpos de provas
moldados é inferior à resistência característica de projeto. Nesse caso, o ensaio com
testemunho vem justamente agregar informação mais precisa e confiável sobre o material
extraído.

Gabarito: “errado”.

FGV - COMPESA - Analista de Saneamento – Eng. Civil - 2018

Os procedimentos para a realização do ensaio e análise de testemunhos de estruturas de


concreto são estabelecidos em norma pela ABNT. Sobre o assunto, analise as afirmativas a
seguir.

I. A distância mínima entre as bordas das perfurações não pode ser inferior a um diâmetro
do testemunho.
II. Durante a extração de testemunho não podem ser cortadas as armaduras da estrutura
de concreto.
III. Não pode ser realizada a extração de mais de um testemunho em um mesmo pilar.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

Comentários: vamos analisar cada alternativa:

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Jonas Vale Lara, Equipe Jonas Vale
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I) Correto, a distância mínima entre perfurações consecutivas não pode ser inferior a um
diâmetro do testemunho. Certo.
II) Isso mesmo, o corte na armadura pode comprometer não só a região cortada, já que o
atrito ao longo de toda barra é uma das suas principais fontes de aderência. Cortando-
a, vamos reduzir em muito a capacidade de resistência do aço ao longo da estrutura,
sendo por isso proibidos os cortes. Certo.
III) Errado, pode sim haver um testemunho sendo extraído do pilar, devendo-se respeitar
uma distância mínima entre eles e buscando-se não reduzir mais do que 10% da área
transversal do pilar após a extração.

Gabarito: “c”.

Essa questão a seguir possui uma diferença muito sutil que torna alternativa errada. Se não
a acertar, não tem problema. O importante com essa questão específica é ver as matérias
que caem na prova.

UFMG - 2016 - UFMG - Eng. Civil - Adaptado

Analise as seguintes opções sobre não conformidade de uma estrutura de concreto armado e
assinale a afirmativa INCORRETA.

a) Visando ao aceite da estrutura, pode ser feita a revisão do projeto, considerando valores
obtidos nos ensaios.
b) O ensaio de resistência a compressão de testemunhos da estrutura visa confirmar que o
desempenho da estrutura está em conformidade com o disposto em projeto.
c) A prova de carga não é recomendada quando há possibilidade de ruptura frágil.
d) Extraídos e ensaiados testemunhos e constatada deficiência de resistência do concreto,
procede-se a seguir, nova verificação da estrutura.

Comentários:

a) A revisão do projeto para determinar se há risco quanto a segurança estrutural, no todo ou


em parte, é uma forma de se garantir o aceite da estrutura. Correto.

b) O ensaio de testemunhos da estrutura não busca verificar o desempenho da estrutura, mas


sim sua resistência a compressão. O desempenho da estrutura abrange muitos outros
parâmetros, como conforto e atendimento das necessidades dos usuários ao longo do ciclo de
vida do elemento da construção. Errado.

c) Correto, no caso de ruptura frágil, não se deve recorrer ao teste de prova de carga.

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d) Foi utilizado um termo muito genérico, “nova verificação da estrutura”. A NBR 7680 fala que,
constatada deficiência na resistência dos testemunhos, devem ser realizadas novas avaliações
com metodologias apropriadas, termo a que se referiu a expressão “nova verificação da
estrutura”. Correto.

Gabarito: “b”.

VUNESP – 2015 - Auditor Mun. Controle Interno- SP

Para a aceitação do concreto, a partir dos resultados de ensaios em testemunhos extraídos de


uma estrutura, destacando as diferenças entre corpos de prova moldados e testemunhos,
considera-se que

a) os resultados dos testemunhos são menos representativos da resistência real do concreto.

b) na moldagem, o corpo de prova é adensado de forma enérgica e homogênea o que nem


sempre ocorre em todos os pontos da estrutura.

c) o testemunho não reflete deficiências do processo construtivo.

d) a idade da ruptura dos corpos de prova moldados e dos testemunhos não é diferente.

e) no processo de extração não ocorre o efeito do broqueamento.

Comentários: vamos a cada alternativa:

a) Como o próprio nome sugere, os testemunhos são muito mais representativos do que o
corpo de prova moldado, pois são pedaços já hidratados da estrutura existente que são
amostrados. Errado.
b) Correto, pois é fácil controlar o adensamento em um corpo de prova, que geralmente é
bem pequeno. Por outro lado, garantir um adensamento homogêneo em uma estrutura de
grandes dimensões é praticamente impossível. Correto.
c) O testemunho tem a vantagem de ser uma amostra já obtida da estrutura concretada,
refletindo todos os processos por que passaram a estrutura e seu concreto, como
lançamento, adensamento e cura. Uma vez que o item fala que o testemunho não reflete
as deficiências do processo construtivo, ele está errado.
d) A decisão pela obtenção de testemunhos ocorre geralmente quando no rompimento do
corpo de prova moldado não se obtém a resistência característica necessária. Por isso,
temos uma diferença temporal entre os ensaios dessas 2 amostras (corpo de prova e
testemunho), impactando em uma diferença na idade de ruptura. Errado.
e) Errado, o efeito do broqueamento ocorre na extração de testemunho devido à penetração
da broca para obtenção da amostra.

Gabarito: “b”.

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FCC – Ana. Jud. - TRE PE - Arquitetura – Questão para fixação - Adaptado

A extração de testemunhos, para fins de avaliação da resistência à compressão de pilares, deve


ser feita sempre que possível:

I. na direção ortogonal à direção de lançamento.

II. na direção de lançamento.

III. distanciada das juntas de concretagem de pelo menos um diâmetro do exemplar.

IV. com broca rotativa ou oscilante, refrigerada a água, sem uso de percussão.

É correto o que consta APENAS em

a) II e IV.

b) I e III.

c) III e IV.

d) II, III e IV.

e) I, III e IV.

Comentários: vamos a cada alternativa:

I. Como vimos, a extração de testemunhos de pilares deve ser feita preferencialmente na


direção ortogonal à de lançamento. Certo;
II. Errado, na mesma direção de lançamento é feita a extração de lajes;
III. Isso mesmo, a distância até a borda da estrutura ou até a junta de concretagem deve
ser de, no mínimo, um diâmetro;
IV. É isso mesmo, broca refrigerada a água, ser percussão para não danificar a estrutura,
podendo ser do tipo rotativa ou oscilante.

Gabarito: “e”.

RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

A tensão de tração no concreto relaciona-se com o valor da tensão a compressão, ou seja, se a


resistência a compressão é alta, esse concreto tende a ter uma alta resistência a tração, geralmente
em torno de 10% da compressão. Assim como a resistência a compressão aumenta com a hidratação
do cimento, da mesma forma aumenta a resistência a tração, mas a um ritmo decrescente. Os
ensaios para se determinar a resistência a tração no concreto não são muito utilizados, porém são
cobrados em prova. Temos 2 grandes tipos de ensaios de tração:

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1. Ensaio indireto
a. Tração por compressão diametral ou ensaio brasileiro ou ensaio de tração simples;
i. Como o nome diz, esse ensaio foi desenvolvido pelo engenheiro brasileiro Lobo
Carneiro, em 1943. É o tipo de ensaio mais comum no Brasil para tração.
Resumindo, um corpo de prova cilíndrico geralmente com 15 cm x 30 cm (o
ideal é altura ser o dobro do diâmetro) é deitado entre 2 calços de madeira,
onde são aplicadas 2 prensas com uma força de compressão até a ruptura
indireta do corpo de prova, por fendilhamento. Assim, a ruptura não ocorre por
tração, mas calcula-se a resistência a tração de forma indireta.

A B

Figura 13: Ensaio de compressão diametral

b. Tração por flexão com carregamento nos terços de vão, submetendo o corpo-de-
prova prismático ao carregamento por flexão.
i. Geralmente é feito quando se estuda pavimentos de concreto, aeroportos,
lajes e vigas

Figura 14: Ensaio de tração por flexão

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2. Ensaio direto
a. Ensaio feito quando se estuda tirantes, sendo raramente utilizado. Trata-se de um
ensaio que se determina a tração axial até a ruptura do corpo-de-prova. Basicamente
são utilizados corpos de prova com seção central retangular e extremidades quadradas
nas quais se aplicam esforços de tração até a ruptura (Figura 15).

Figura 15: ensaio de tração direta

Nesses 3 ensaios é obtida a resistência a tração do concreto. Outros parâmetros do comportamento


elástico ou plástico do material, tal como módulo de elasticidade, são obtidos por outros métodos,
como veremos posteriormente.

Apesar da existência desses ensaios para se obter a resistência a tração no concreto, o ensaio de
resistência a compressão é de fácil execução e apresenta boa correlação com as outras resistências
mecânicas, inclusive a tração. Por isso, a própria NBR 6118 permite a obtenção da resistência média
a tração direta (fct,m) a partir do fck, por meio das fórmulas:

𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3. 𝑓𝑐𝑘 2/3 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡. 𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑡é 50 𝑀𝑃𝑎

𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 2,12. ln(1 + 0,11 . 𝑓𝑐𝑘 ) 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡. 𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 50 𝑒 90 𝑀𝑃𝑎

CESPE – ABIN – Agente Téc. De Inteligência – Edificações – Questão de fixação

Julgue o próximo item, relativo aos ensaios a que o aço e o concreto - materiais que compõem
o concreto armado - são submetidos na etapa de controle técnológico.

Para estimar a resistência à tração simples do concreto, devem ser moldados, para um lote de
concreto, corpos de prova cilíndricos, com as seguintes dimensões: 150 mm de diâmetro e 300
mm de altura.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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Comentários: aquela relação de altura igual ao dobro do diâmetro para corpos de prova
cilíndricos no ensaio a compressão também é válida para ensaios de resistência a tração por
compressão diametral. Assim, a questão está correta.

Gabarito: “certo”.

PARTICULARIDADES DA ELASTICIDADE DO CONCRETO

Em um ensaio geral de tração ou compressão, obtemos vários parâmetros, como:

• Módulo de elasticidade ou de Young: relação entre a deformação sofrido pelo material e a


tensão aplicada, em sua fase de comportamento elástico.
• Limite de
o Proporcionalidade: a deformação do material deixa de ser proporcional à força
aplicada a partir do momento em que se atinge esse limite;
o Escoamento: tensão que leva o material a sofrer deformações permanentes, ou seja,
mesmo que cessada a carga, o material não recuperará essas deformações. Pode
ocorrer o escoamento mesmo sem aumentos da carga aplicada;
o Resistência: valor máximo da tensão que material sofre;
o Ruptura: valor da tensão que leva o material até sua ruptura;
• Percentual de estricção no caso da tração: percentual de estreitamento da seção transversal
do material devido à ruptura por tração;
• Coeficiente de Poisson: relação entre deformação longitudinal e transversal que o material
sofre.

Embora essas propriedades sejam obtidas no ensaio de tração, temos que saber que o concreto
é frágil e heterogêneo, sendo um material composto e, por isso, não apresentando
comportamento elástico, mas sim plástico ou pseudo-plástico, segundo alguns autores. O
resultado é que o concreto não possui vários dos parâmetros normais de um material sob tração
e compressão, tal como o limite de proporcionalidade. Fique tranquilo, veremos esse conteúdo
em mais detalhes na próxima aula. Saiba ao menos que o comportamento elástico do concreto
é diferente do de um material homogêneo como é o caso de um metal.

CESPE – Ana. Jud. - TRT 5 - Eng. Civil

Julgue o item que se segue, relativo a estruturas de concreto.

A resistência característica à tração de concretos simples é tipicamente maior ou igual a 30%


da resistência característica do concreto à compressão.

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( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: Como vimos, a tensão de tração é geralmente de cerca de 10% da tensão de


compressão. Geralmente com o aumento da idade do concreto, esse percentual se reduz ainda
mais, pois a taxa de crescimento da resistência a tração vai se reduzindo até estabilizar.

Gabarito: “errado”.

CESPE – 2015 - Ana. Jud. - TRE MT – Eng. - Adaptado

Considerando que um prédio de cinco pavimentos, construído há dez anos e executado em


concreto armado, tenha passado por uma avaliação estrutural, assinale a opção que apresenta
um fato possível de acontecer nessa construção com o passar do tempo.

a) aumento da resistência à tração das armaduras de aço devido à formação de uma camada
passivadora na superfície das barras

b) redução significativa do peso próprio da estrutura devido à perda da água de hidratação

c) aumento da resistência da estrutura devido ao efeito da permanência da carga

d) aumento da resistência da estrutura devido aos efeitos da maturação do concreto

e) redução da resistência da estrutura por efeito da perda do calor de hidratação

Comentários: vamos a cada alternativa:

a) O aço não tem sua resistência aumentada com o tempo quando está no concreto armado,
apenas o concreto que terá como resultado da sua hidratação. No caso do concreto, tanto
a resistência a tração quanto a compressão aumentarão com o tempo, porém a resistência
à tração cresce em um ritmo bem menor e decrescente. Errado.
b) Obviamente há uma redução no peso da estrutura com a evaporação da água, mas não é
nada significativo, tanto que não se considera esse “alívio” nos cálculos. Errado.
c) Pelo contrário, o efeito da permanência da carga é justamente a redução da resistência, é
o chamado efeito Rüsch. Item errado.
d) Com o tempo, ocorre a cristalização dos silicatos no concreto, levando a um lento aumento
da resistência à compressão do concreto. Item correto.
e) Não ocorre redução da resistência do concreto pela perda do calor de hidratação, mas
justamente o aumento dessa resistência por meio de uma reação exotérmica, que é a
hidratação. O maior aumento de temperatura ligado à liberação do calor de hidratação
ocorre durante a cura, e não 10 anos após a construção. Se houvesse geração de trincas
com um sobreaquecimento do concreto, esse problema não ocorreria 10 anos após a
construção, mas sim próximo ao dia de sua concretagem. Assim, não há porque se falar em
redução de resistência ligada a calor de hidratação.

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Gabarito: “d”.

CESPE - FUB – Tecnólogo - 2015

Acerca dos ensaios necessários à verificação da resistência do concreto, julgue o item seguinte.

No ensaio de resistência à tração por compressão diametral, utilizado para determinar a


resistência à tração ou a resistência à tração por compressão diametral, coloca-se um corpo de
prova cilíndrico, de 15 cm × 30 cm, com o eixo horizontal entre os pratos da prensa e, em
seguida, aplica-se uma força a esse corpo até que ocorra sua ruptura por meio de tração
indireta.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: isso mesmo, o ensaio se baseia na aplicação de compressão diametral em um


corpo de prova deitado entre 2 pratos de uma prensa, ocorrendo sua ruptura por
fendilhamento, ou seja, tração indireta.

Gabarito: “certo”.

CESPE - Auditor Municipal de Controle Interno/CGM João Pessoa/2018

No que se refere às especificações de materiais e serviços, cadernos de encargos e normas


técnicas, julgue o item.

A resistência à compressão característica do concreto é obtida a partir do ensaio de


compressão diametral em corpo de prova cilíndrico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: o ensaio brasileiro ou ensaio de compressão diametral é um método de


obtenção da resistência a tração em concretos.

Gabarito: “errado”.

CESPE – MPU – Edificações – Questão para fixação

Julgue o item subsequente, acerca das propriedades mecânicas do concreto e dos ensaios para
a avaliação dessas propriedades.

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O ensaio de tração na compressão diametral e o ensaio brasileiro são utilizados na


determinação da resistência à tração de corpos de prova de concreto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: a questão tem uma pegadinha, pois ela considera o ensaio de compressão
diametral diferente do ensaio brasileiro, quando na verdade sabemos se tratar da mesma
coisa. Esse tipo de questão não mede muito conteúdo, mas sim o português, que vai ser um
critério utilizado pela banca na hora de se definir se essa questão é certa ou não. Portanto,
fique atento com essas pegadinhas. Se não fosse pela conjunção aditiva “e”, a questão estaria
certa.

Gabarito: “errado”.

CESPE – Tec. – MPU – Edificações - Questão para fixação

Julgue o item subsequente, acerca das propriedades mecânicas do concreto e dos ensaios para
a avaliação dessas propriedades.

Para a realização de um ensaio de tração na flexão, um corpo de prova de seção prismática é


submetido ao esquema estático de uma viga biapoiada, com dois carregamentos concentrados
aplicados em seus terços.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: é isso mesmo, o ensaio de tração na flexão considera uma viga bi-apoiada que é
o próprio corpo de prova com 2 apoios. As cargas são aplicadas nos seus terços de vãos.

Gabarito: “certo”.

UFMT - Ana. Jud. - TJ MT – Eng. Civil – 2016

Por que há interesse em correlacionar as propriedades mecânicas e de resistência do concreto


com a resistência à compressão simples?

a) Porque as peças de concreto armado estão sempre sujeitas à compressão.

b) Em virtude dessa resistência ser a de maior valor numérico.

c) Porque o ensaio à compressão é fácil de ser executado e a resistência à compressão


apresenta boa correlação com as propriedades mecânicas do concreto.

d) Em decorrência do controle de qualidade ser feito em função dessa resistência.

Comentários: vamos analisar cada uma das alternativas:

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a) Nem sempre as peças de concreto estão sujeitas a compressão. É perfeitamente possível


que um vento forte bata na lateral do último andar de um prédio muito alto, causando algum
levantamento da fundação nesse lado do prédio, gerando tração nos pilares e na fundação do
prédio. Errado.

b) Não é porquê trata-se da maior resistência mecânica do concreto, que então essa
propriedade pode representar bem todas suas propriedades mecânicas. Item errado.

c) como vimos, a resistência a compressão possui ensaio normalizado, com equipamentos


geralmente disponíveis em qualquer laboratório de concreto. Afinal, trata-se da resistência que
é a mais solicitada no concreto em obras. Além disso, várias propriedades mecânicas do
concreto possuem boa correlação com a resistência a compressão, tal como a resistência a
tração, o módulo de deformação, a impermeabilidade do concreto e resistência a agentes
agressivos do meio. Correto.

d) O controle de qualidade do concreto não é feito em função da resistência a compressão


simples. O controle é muito mais amplo, abrange desde a fluidez do concreto aplicado,
passando pelo procedimento de lançamento, adensamento, desforma do concreto e vai
seguindo por todo período da obra, abrangendo inclusive o período pós-obra. Portanto, o item
está errado, pois não há vínculo entre controle de qualidade e importância da resistência a
compressão.

Gabarito: “c”.

Essa questão que se segue é bem polêmica, portanto, procure o lado bom da questão, que é
tentar pegar algum conhecimento que ela possa te despertar para fixar mais. Estudaremos o
conteúdo da questão em mais detalhes na próxima aula.

CESPE – ATI – ABIN - Edificações – Questão para fixação

Julgue o próximo item, relativo aos ensaios a que o aço e o concreto - materiais que compõem
o concreto armado - são submetidos na etapa de controle tecnológico.

Entre as propriedades mecânicas avaliadas por meio do ensaio de tração, incluem-se o módulo
de Young, o coeficiente de Poisson, a tensão de escoamento e a tensão de ruptura.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: como vimos, embora todas essas propriedades sejam possíveis de se obter em
um ensaio de tração, o enunciado, em sua introdução menciona o concreto. Bom, sabemos

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que o concreto é frágil, não possuindo elasticidade como a conhecemos nos outros materiais,
nem escoamento. Por isso, não podemos dizer que no ensaio de tração do concreto vamos
analisar o módulo de Young ou a tensão de escoamento. O módulo de Poisson é muitas vezes
estimado para o concreto, por variar pouco, não necessitando do ensaio. Já, a tensão de
ruptura pode, sim, ser avaliada no ensaio de tração do concreto.

Gabarito: “errado”.

DOSAGEM DE CONCRETO

Vimos que o concreto possui uma série de propriedades que podem gerar problemas se não
planejadas já no momento de estudo da dosagem do concreto. Mas o que é estudar a dosagem de
um material? É basicamente analisar qual proporção (ou traço) entre os constituintes do concreto
que permite atender às condições de serviços (tais como as cargas que atuarão sobre a estrutura)
da forma mais econômica, com os materiais disponíveis naquela região. Em poucas palavras, é o
proporcionamento ou a busca do traço mais adequado e econômico dos constituintes do concreto:
cimento, água, agregados e eventuais aditivos. Afinal, não podemos utilizar o mesmo concreto em
uma casa popular e em uma barragem, não é? Por aliar os aspectos técnicos com o econômico, o
estudo de dosagem é uma etapa essencial do preparo do concreto de uma obra, conforme esquema
abaixo.

A elaboração do concreto inicia-se com a caraterização dos futuros componentes da mistura, que
depois são misturados e ensaiados no estudo de dosagem, para se avaliar as propriedades da
mistura resultante. Encontrada a melhor proporção, passa-se à fase de eventuais ajustes e
comprovação do traço no local da obra, finalizando com a elaboração do concreto e concretagem
da estrutura (Figura 16).

Caracateriszação
Ajuste e
dos materiais Estudo de Elaboração do
comprovação do
componentes do dosagem concreto
traço
concreto
•São priorizados os •Estudo da melhor •Procedimento de
materiais disponíveis proporção entre os amassada de concreto
na região constituintes do feito logo antes do
concreto início da concretagem
•Pode resultar na
proposta de ajustes no
traço

Figura 16: etapas da produção de concreto (NBR 12655)

A dosagem é tão importante que a NBR 12655 diz que a composição de todos concretos de classe
C20 ou superior, isto é, todos concretos para fins estruturais, deve ser definida por métodos de
dosagem. Não somente isso, sempre que se alterar o cimento, mesmo que só a sua marca, ou se
alterar o tipo ou a jazida do agregado, o cálculo de dosagem deve ser refeito.

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Como vimos, os materiais em uma dosagem podem ser medidos em volume ou em massa. Muitas
vezes é mais fácil a medida em volume em uma obra, embora a mais precisa seja em massa, uma
vez que a massa não é distorcida por fenômenos como o inchamento. Por isso, na elaboração do
concreto para estudo de dosagem são permitidas 2 formas de medição:

• Em massa: todos materiais do concreto medidos em massa. Essa é a situação ideal;


o Concretos de classe C25 ou superior devem sempre ser medidos em massa
o Sílica ativa, metacaulim e outros materiais pozolânicos devem sempre ser medidos
em massa
• Em massa combinada com volume: nesse caso, o cimento é medido em massa e o canteiro
deve dispor de estrutura suficiente para fazer medidas e correções de umidade e
consequente inchamento dos agregados, fazendo-se as conversões da massa dos agregados
para o proporcional volume de material necessário.

Por ser o material de maior importância para a resistência do concreto e também o mais caro, o
cimento deve ser medido em massa.

São basicamente dois os métodos de dosagem:

• Dosagem empírica: método com base em valores médios que provêm da experiência dos
tecnologistas quanto às propriedades físicas e mecânicas dos materiais e em bibliografia
específica sobre o assunto. Devido ao menor rigor, é mais indicado para obras de pequeno
porte.
o Aplica-se aos concretos C10 e C15;
▪ Atenção, não se pode utilizar dosagem empírica para concreto estrutural!
o Consumo mínimo de cimento: 300 Kg/m³.
• Dosagem experimental ou racional: são feitas misturas experimentais com amostras dos
materiais que serão utilizados na obra. Esses materiais são caracterizados por uma série de
ensaios e utilizam modelos científicos como base, daí o nome “racional” para o método.
o Métodos experimentais ou racionais têm com base a:
▪ Lei de Abrams e Lei de Lyse (esta última lei trabalha com a relação entre
trabalhabilidade e relação água/agregados);
▪ Granulometria do concreto: busca-se determinar o desdobramento do traço,
ou seja, a quantidade de cada agregado, miúdo e graúdo, relacionando-as com
a granulometria fixada para o concreto, a proporção ideal de cimento e
agregados e a relação a/c.

Para a dosagem de agregados, a propriedade mais importante que se tem é massa específica
aparente, que é a divisão da massa do material pelo volume que ocupa em estado natural, com
umidade natural. Assim, o volume desse material inclui já os vazios intrínsecos, já indicando a sua
porosidade, importante para se estimar posteriormente a absorção da pasta.

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Você sabe como se estipula um traço para um concreto? Uma forma é estipular em quantidades de
materiais por metro cúbico de concreto, por exemplo, 7,5 sacos de cimento, mais 0,3 m³ de areia,
mais 0,4 m³ de brita e 190 litros de água.

Contudo, existe também o traço unitário, que se baseia na simples indicação da proporção dos
agregados para 1 umidade de massa de cimento, conforme esquema a seguir. A expressão do traço
na forma unitária em massa para todos os constituintes do concreto é muito mais confiável para a
dosagem, pois as influências da temperatura e umidade manifestam-se sobretudo na medição do
volume.

• 1: massa de cimento em relação a


massa de cimento:
• Mc/Mc=1
• a: massa de areia em relação a
massa de cimento:
1:a:b:A/C • Ma/Mc=a
• b: massa de brita em relação a
massa de cimento:
• Mb/Mc=b
• A/C: relação água/cimento:
• Mágua/Mc

Figura 17: Esquema do traço unitário

Veja que há uma ordem na apresentação de cada constituinte do concreto. Assim, caso tenhamos
um traço como 1:2:3:0,5, será, por exemplo, 1 Kg de cimento, para 2 Kg de areia, para 3 Kg de brita
para 0,5 Kg de água. Perceba que o traço é sempre expresso do material mais fino para o mais
grosso, ou seja, primeiro vem a areia, depois a brita.

Como fazemos para transformar um traço originalmente em massa para quantidades em volume?
Afinal, na obra muitos materiais são comprados em volume, tal como areia, que é comprada em m³.
Basta fazer a conversão com a massa específica do material, considerando eventuais alterações de
volume como o inchamento, muito comum em agregados miúdos. Se a dosagem não considerar o
inchamento, haverá acréscimo de mais água e menos areia do que o preconizado no traço.

Existe também o traço misto, que é o traço em massa para o cimento e em volume para os demais
insumos. Mais uma vez, lembre-se, o trabalho com volumes reduz a precisão na dosagem.

Em uma dosagem, o principal parâmetro a se observar é a resistência a compressão, chamada


resistência de dosagem, que é dada pela fórmula que relaciona a resistência média a compressão a
idade de j dias (fcmj) com a resistência característica a compressão a idade j (fckj), que já conhecemos:

𝑓𝑐𝑚𝑗 = 𝑓𝑐𝑘𝑗 + 1,65. 𝑠𝑑

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Observe que, no caso da dosagem, permite-se trabalhar com fckj não somente para a idade de 28
dias. Assim, a questão poderia lhe informar o fck14dias e o desvio padrão, pedindo que se calculasse o
fcm14dias. Saiba que esse estudo com fck para diferentes idades só é permitido quando expressamente
indicado em norma, como é o caso para comprovação do traço em dosagens, OK?

Por fim, além da resistência, deve-se também atentar em uma dosagem a uma série de outros
parâmetros, tais como trabalhabilidade do concreto para ser transportado, lançado e adensado sem
segregação, além de propriedades como durabilidade e permeabilidade.

O traço é tão importante que, no momento da compra, pode-se simplesmente entregar à


concreteira o traço do concreto que se deseja utilizar na obra em quantidades por metro cúbico.
Chamamos esse tipo de compra de pedido pela composição do traço. Quando o concreto é entregue
em uma obra por uma concreteira, o documento de entrega contém um código de identificação do
traço. Sempre que solicitada, a concreteira deve emitir um documento chamado carta de traço para
o cliente, que contém toda a composição do traço do material vendido, bem como demais
parâmetros e especificações técnicas solicitadas pelo contratante.

A importância desse documento é para, no caso de patologias ou mesmo do surgimento de trincas


durante a execução da obra, ter-se maior rastreabilidade sobre o material encomendado e o que
foi entregue. O profissional responsável pelo traço responde pelo desempenho do concreto e a
concreteira responde pela reprodução do traço.

Uma das principais formas de comercialização do cimento no Brasil é a granel para grandes
consumidores e em sacos de 50 Kg para os demais. Portanto, se uma questão disser que foi
empregada uma quantidade de 3 sacos de cimento em um concreto, você já saberá calcular qual é
a massa correspondente, OK?

As questões vão muitas vezes misturar as propriedades dos diferentes constituintes do concreto e
perguntar se suas interações são consideradas na elaboração do concreto. A dosagem racional
permite sim considerar essas interferências entre as propriedades. Por exemplo, o uso de agregados
úmidos possibilita a redução da adição direta de água, uma vez que já haverá um aporte indireto de
umidade pelo agregado. Muitas vezes a banca vai citar fatores que não afetam diretamente a
dosagem, porém seriam considerados em alguns casos particulares, por serem importantes para a
durabilidade do concreto, como por exemplo:

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• Exposição a ciclo de congelamento/descongelamento, que gera trincas no concreto no longo


prazo, facilitando a infiltração de líquidos e penetração de gases;
• Exposição a águas sulfatadas, que atacam o concreto, levando ao seu desplacamento.

Em geral, esses fatores não devem ser considerados pontos importantes em uma dosagem, a menos
que a questão direcione a análise para o caso específico de dosagem. Se a questão disser que se
trata de um concreto especial para ambientes agressivos ou com temperaturas ambientais que
levem ao congelamento da água, então a dosagem avança especificamente sobre aspectos da
durabilidade do concreto.

Há ainda uma relação importante a se fazer com a resistência: ela depende não só da relação a/c,
mas também do teor de ar incorporado. Já sabemos que a água em excesso, ou seja, a quantidade
de água que ultrapassa o teor para a hidratação do cimento e para a trabalhabilidade do concreto,
provoca exsudação e porosidade no elemento estrutural. A presença de ar também causa esse
impacto, pois as bolhas de ar diminuem o contato entre os grãos de cimento, reduzindo a
possibilidade de se hidratarem.

COSEAC UFF – UFF - Eng. Civil - 2017

A dosagem de concreto pode ser de dois tipos. Existe um tipo de dosagem onde tanto os
materiais constituintes como o produto resultante são previamente ensaiados em laboratório.
Esta se baseia numa série de elementos, como variação das propriedades fundamentais do
concreto endurecido com o fator água-cimento, quantidade de água total em função da
trabalhabilidade e granulometria do concreto. Este tipo de dosagem é denominado de
dosagem:

a) racional.

b) empírica.

c) por traços.

d) pela resistência.

e) pela plasticidade.

Comentários: como vimos, a dosagem em que os constituintes são previamente ensaiados em


laboratório é a racional, como o próprio nome sugere, por seguir critérios lógicos no
proporcionamento da mistura. Nesse método, busca-se a análise de diversas propriedades do
concreto, visando à otimização de suas características.

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Gabarito: “a”.

UFMT – UFMT - Eng. Civil - 2017

Na construção da estrutura de um edifício em concreto armado, serão empregados cimento


CP II F 32, areia de rio e brita granítica. A resistência característica à compressão do concreto
adotada no projeto é 25 MPa. O concreto será produzido na obra na condição de controle tipo
A, com desvio-padrão de 4,0 MPa. A resistência de dosagem à compressão, em MPa, aos 28
dias é:

a) 31,6

b) 38,4

c) 32,6

d) 29,0

Comentários: vejamos a fórmula da resistência de dosagem a compressão:

𝑓𝑐𝑚𝑗 = 𝑓𝑐𝑘 + 1,65. 𝑠𝑑

A questão fala do fck igual a 25 MPa e também menciona o valor de sd de 4,0 MPa, uma vez que
foi aplicada a condição A de preparo de concreto. Assim, temos:

𝑓𝑐𝑚28 = 25 + 1,65 𝑥 4,0 = 31,6 𝑀𝑃𝑎

Gabarito: “a”

FCC - TRE-PE - Analista Judiciário – Arquitetura – Questão para fixação

Quanto à dosagem do concreto, analise:

I. O concreto deverá ser dosado de modo a assegurar, após a cura, a resistência indicada no
projeto estrutural.

II. A resistência padrão terá de ser a de ruptura de corpos de prova de concreto simples aos 21
dias.

III. O cimento deverá ser dosado em sacos ou fração dos mesmos.

IV. A relação água-cimento não poderá ser superior a 0,4.

É correto o que consta em

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a) I, II, III e IV.


b) I e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, apenas.

Comentários: vamos analisar cada item:

I) A resistência do projeto estrutural é um dos principais parâmetros a se observar na


dosagem de um concreto. O atingimento dessa resistência deve ser assegurado até a
idade padrão de 28 dias. Além disso, em uma obra, a cura dura geralmente 7 dias, sendo
exigida pela norma até o momento em que o concreto atinge 15 MPa. Correto.
II) Não, a resistência padrão considera a ruptura a 28 dias, e não, a 21. Errado.
III) Não, o cimento deve ser dosado em massa. Imagine a pouca precisão em se estipular
uma dosagem como, por exemplo, 25% de um saco. Não se teria confiabilidade sobre a
quantidade de fato medida e colocada no concreto. Errado.
IV) Errado, pela NBR 12655, a relação a/c não poderá ser superior a 0,65.

Gabarito: “e”.

Tente fazer essa questão um pouco longa a seguir para fixação de conceitos como traço e
coeficiente de inchamento. Tente não usar calculadora para se acostumar no dia da prova.

FGV - CODEBA - Ana. Portuário - Eng. Civil - 2016

Para a execução de um revestimento, uma argamassa de traço 1:8 em massa de cimento e


areia secos será produzida na obra. A areia disponível possui massa específica aparente seca
igual a 1600 kg/m³ e, na obra, apresenta teor de umidade de 2%.

Sabendo-se que nessa umidade o inchamento da areia é de 24%, o volume (aparente) dessa
areia úmida a ser utilizado para cada saco de 50 kg de cimento deverá ser de

a) 250 litros.
b) 260 litros.
c) 280 litros.
d) 300 litros.
e) 310 litros.

Comentário: A questão quer saber quanto de areia se gastará para cada saco de cimento de
50 Kg. É dito que o traço é 1:8, ou seja, 8 partes de areia em massa para 1 parte de cimento em
massa. Por exemplo, para 1 kg de cimento, teremos 8 kg de areia. No caso de 1 saco de cimento
de 50 Kg, para esse saco teremos a seguinte massa de areia (Ma):

𝑀𝑎 = 50 𝑥 8 = 400 𝐾𝑔

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Porém a questão nos pede a quantidade de areia em volume, não em massa. Vamos então
converter nossa quantidade de massa para volume. É dito que a densidade da areia é de 1.600
Kg/m³ em estado seco. Porém, sabemos que a areia sofre inchamento, que, como vimos, é o
aumento de volume provocado pela absorção de água livre pelos grãos do agregado. Como a
densidade de 1.600 kg/m³ foi dada em estado seco, percebemos que ela não considera a
umidade, logo, não considera também o inchamento, que é provocado pela umidade. Sabemos
que o coeficiente de inchamento (CI) é a razão entre o volume úmido (Vh) e o volume seco (Vs):

𝑉ℎ
𝐶𝐼 = 124% 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 1,24 =
𝑉𝑠

O valor de 1.600 Kg/m³ refere-se a 1 m³ de areia seca, que corresponde a quanto em volume
de areia com inchamento? Conhecemos nosso volume seco (Vs) que é igual a 1 m³. Temos
então que calcular o volume úmido (Vh) correspondente. Vejamos:

𝑉ℎ 𝑉ℎ
= = 1,24
𝑉𝑠 1 𝑚³

𝑉ℎ = 1,24 𝑥 1 𝑚3 = 1,24 𝑚³

Vamos calcular então a densidade para a areia com inchamento. A massa não muda e vale
1.600 Kg para 1,24 m³ de areia com inchamento. Logo, a densidade com inchamento será:

1.600
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑛𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 1.290,32 𝐾𝑔/𝑚³
1,24

Sabemos que cada saco de cimento de 50 kg irá requerer 400 Kg de areia. Esteja seca ou com
inchamento, a massa de areia não muda (na verdade muda um pouco, pois a água da umidade
também tem massa). O volume correspondente de areia com inchamento (Va) será calculado
em função da densidade:

𝑀𝑎 400
1.290,32 = =
𝑉𝑎 𝑉𝑎
400
𝑉𝑎 = = 0,31 m³
1.290,32

Sabemos que 1 m³ é igual a 1.000 litros. Logo:

𝑉𝑎 = 0,31 𝑚3 = 0,31 𝑥 1.000 = 310 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎

Gabarito: “e”.

CESPE - Analista Administrativo – ANATEL – Eng. Civil - 2014

Acerca de projetos de obras civis, julgue o item que se segue.

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O concreto deverá ser dosado de modo a assegurar, após a cura, a resistência indicada no
projeto estrutural. Para tanto, deve-se avaliar a resistência padrão de ruptura de corpos de
prova de concreto simples aos quatorze dias de idade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: a resistência padrão é a característica (fck), obtida aos 28 dias, conforme


definição da NBR 12655.

Gabarito: “errado”.

CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-ES - Eng. Civil - Questão para fixação adaptada

A respeito das características físicas dos materiais, julgue o item que se segue.

Para fins de dosagem de concretos, é essencial conhecer a massa específica aparente dos
agregados.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: é isso mesmo, para dosar agregados especificamente, basta sabermos sua massa
específica. É para calcularmos a adição de água que temos que saber, por exemplo, a umidade
do agregado.

Gabarito: “certo”.

VUNESP – Ana - MPE-SP - Eng. Civil - 2016

O traço de concreto pode ser estabelecido empiricamente para o concreto das classes

a) C10 a C15.

b) C10 a C18.

c) C15 a C20.

d) C18 a C22.

e) C20 a C25.

Comentários: como vimos, a NBR 12655 estabelece a possibilidade da dosagem empírica para
os concretos C10 e C15.

Gabarito: “a”.

CEV UECE - ACI - COGE CE - Auditoria de Obras Públicas – Questão para fixação de 2013

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Diversas vezes é necessário tomar algumas providências durante a execução da obra. Uma das
decisões que acontecem é relativa ao consumo de cimento antes da concretagem. Sabendo-se
que um concreto dosado, sem ar incorporado, consome 170 litros de água a cada metro cúbico
de concreto e tem relação água cimento de 0,68, pode-se afirmar corretamente que o número
de sacos de cimento que esse concreto consome é

a) 2.

b) 3.

c) 4.

d) 5.

Comentários: primeiro é importante saber que a densidade da água é de 1 litro por quilo, ou
seja, 1 litro de água pesa 1 kg em condições normais. Logo, se temos 170 litros de água em 1
metro cúbico de concreto, essa quantidade de água pesará 170 quilos. Sabemos que a relação
água/cimento é de 0,68. Utilizamos então esse conceito para calcularmos a quantidade de
cimento:

𝑎 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 170 𝐾𝑔 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎


0,68 = = =
𝑐 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
170 𝐾𝑔
0,68 =
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
170 𝐾𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 250,00 𝐾𝑔
0,68

Sabemos que 1 saco de cimento tem 50 Kg. A partir disso, teremos:

250
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑐𝑜𝑠 = = 5 𝑠𝑎𝑐𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
50

Gabarito: “d”.

ESAF – TSIET – DNIT – Laboratório – Questão para fixação de 2013

Deseja-se dosar experimentalmente um concreto com resistência característica, aos 28 dias de


idade, de 20 MPa. Sabe-se que na obra o cimento será dosado em massa e a água e os
agregados em volume, com correção de umidade e inchamento da areia. Nessas condições a
resistência de dosagem que deve ser adotada (arredondada para uma casa decimal) é:

a) 26,6 MPa.

b) 31,6 MPa.

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c) 24,90 MPa.

d) 29,1 MPa.

e) 28,9 MPa.

Comentários: quando falamos de resistência de dosagem, devemos pensar nas condições de


elaboração do concreto. Vamos lembrar a fórmula da resistência a compressão dada por:

𝑓𝑐𝑚𝑗 = 𝑓𝑐𝑘𝑗 + 1,65𝑥𝑠𝑑

A questão menciona que os agregados serão medidos em volume, portanto eliminamos a


condição de controle A. É mencionado que os agregados terão suas quantidades corrigidas em
função da umidade e do inchamento. Esse processo é muito mais rigoroso do que se fazer uma
correção da quantidade de agregados por uma estimativa de umidade, conforme prevê a
condição C. Ademais, lembre-se do que diz a NBR 12655:

“Por massa combinada com volume, entende-se que o cimento seja sempre medido em massa
e que o canteiro deva dispor de meios que permitam a confiável e prática conversão de massa
para volume de agregados, levando em conta a umidade da areia”

É justamente o nosso caso. Por isso, a condição aplicável é a B, com s d igual a 5,5 MPa. Assim,
temos que a resistência será:

𝑓𝑐𝑚𝑗 = 20 + 1,65𝑥5,5 = 29,075 𝑀𝑃𝑎 ou 29,1 MPa

Gabarito: “d”.

FCC - AJ - TRF 4 – Eng. Civil

Instrução: Para responder à questão, considere os dados abaixo, que se referem à dosagem e
ao controle de qualidade do concreto.

Simbologia adotada:

− relação água/cimento em massa;

fcj − resistência à compressão do concreto a j dias de idade;

fck − resistência característica à compressão do concreto especificada no projeto estrutural;

Sd − desvio padrão de dosagem.

A resistência de dosagem é dada pela fórmula fcj = fck + 1,65Sd. Os valores mínimo e máximo,
em MPa, de Sd são, respectivamente,

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a) 2,0 e 7,0

b) 4,0 e 8,0

c) 5,5 e 10,0

d) 7,0 e 9,0

e) 8,0 e 8,0

Comentários: como vimos, a NBR 12655 limita o valor inferior de s d é 2 MPa, mesmo que o
valor conhecido seja inferior a este. Como limite máximo, a norma estipula 7 MPa,
correspondente à condição de elaboração do nível C, que se baseia na medição em massa
apenas para o cimento, estando todos outros componentes do concreto medidos em volume.

Gabarito: “a”.

CESPE – Min. Da Integração Nacional – Eng. Civil – Questão para fixação de 2013

Após a concretagem de uma ponte, o engenheiro fiscal recebeu relatório da supervisora da


obra, contendo as seguintes observações:

a) a resistência média do concreto, obtida por ensaio sob compressão, foi de 50 Mpa, valor
muito superior à resistência característica de projeto, que é de 45 Mpa;

b) o engenheiro executor reduziu a espessura das armaduras de aço constantes no projeto


executivo para atender à densidade mínima de ferragens prevista em norma e facilitar a
dobragem das barras;

c) no preparo da massa, um aditivo redutor de permeabilidade foi aplicado para acelerar o


endurecimento das peças de concreto.

Com base nessas informações, julgue o item que se segue.

Aplicando-se um elevado controle tecnológico no preparo da massa, a resistência do concreto


relatada estaria de acordo com o previsto em projeto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: como vimos, um elevado controle tecnológico, como mencionado na questão,


corresponde ao nível de controle mais rigoroso, que é a condição A. Sabemos que o desvio
padrão dessa condição é de 4 MPa, devendo então aplicarmos a fórmula abaixo para encontrar
o fck:

𝑓𝑐𝑘 = 𝑓𝑐𝑚 − 1,65 𝑥 𝑠𝑑 = 50 − 1,65 𝑥 4 = 43,40 𝑀𝑃𝑎 < 45 MPa

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Como a resistência obtida para o fck é menor que a resistência de projeto de 45 MPa, a
resistência do concreto não está de acordo com a prevista em projeto.

Gabarito: “errado”.

CESPE - TRE-MT - Ana. Jud. – Eng - 2015

No projeto de estrutura de concreto de determinada edificação, a resistência característica do


concreto à compressão (fck) deve ser igual a 30 MPa. Durante a execução da obra, foram
realizados ensaios de rompimento de corpos de prova vinte e oito dias após a concretagem, a
fim de se verificar se a resistência estrutural atendia ao que foi projetado.

Tendo essa situação hipotética como referência inicial, assinale a opção correta acerca de
estruturas de concreto.

a) Para estruturas com resistência característica de projeto iguais ou inferiores a 30 MPa,


ensaios de rompimento de corpos de prova são dispensáveis.

b) As condições de preparo do concreto afetam o cálculo da resistência média à compressão


prevista.

c) As resistências obtidas dos ensaios de rompimento dos corpos de prova seguem uma
distribuição do tipo beta.

d) Corpos de prova rompidos com resistência superior a 30 MPa representam


obrigatoriamente consumo excessivo de cimento, devendo haver redução do seu teor nas
concretagens futuras.

e) Na situação em apreço, todos os corpos de prova deverão ter resistência igual a 30 MPa.

Comentários: vamos a cada alternativa:

a) Os ensaios de rompimento de corpos de prova são obrigatórios a qualquer concreto para


fins estruturais, a fim de se verificar se o material atinge a resistência de projeto, não
comprometendo a estrutura. Errado.
b) Temos a fórmula entre resistência característica a compressão (fck) e resistência média a
compressão (fcm), que é:

𝑓𝑐𝑘 = 𝑓𝑐𝑚 − 1,65𝑥𝑠𝑑

A questão fala que as condições de preparo afetam o cálculo da resistência média (fcm), mas o
que são essas condições de preparo? São as condições A, B e C que vimos, que vão impactar
no valor do desvio padrão, que vai variar de 4,0 a 7,0 MPa. Na fórmula anterior, essa condição
e preparo é, pois, representada pelo desvio padrão sd. Vamos então isolar a resistência média
dessa equação anterior:

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𝑓𝑐𝑚 = 𝑓𝑐𝑘 + 1,65𝑥𝑠𝑑

Vemos que a resistência média é influenciada tanto pela resistência característica do concreto,
quanto pelo desvio padrão relacionado ao método de preparo do concreto. Portanto, o item
está correto.

c) A distribuição da resistência é do tipo normal ou de Gauss e não, beta. Errado.


d) É perfeitamente possível se fazer uma dosagem para um concreto de alta resistência a
compressão sem consumo excessivo de cimento. Item errado.
e) A análise da resistência a compressão característica do concreto envolve um modelo
probabilístico com uma curva de Gauss. Portanto, há sim a possibilidade de uma dada
amostra possuir resistência inferior ao fck do projeto. A definição de fck já diz isso, já que a
resistência característica possui 5% de probabilidade de não ser obtida nos ensaios de
corpos de prova. Por fim, a maior parte dos ensaios deve possuir resistência superior ao fck,
mas não a totalidade dos ensaios.

Gabarito: “b”.

FAE – EC - Pref Gov Celso Ramos – 2017 - Adaptado

Julgue a afirmação a seguir:

A dosagem racional ou experimental de um concreto é feita com base na curva de Abrams,


construída com o mesmo cimento e mesmos agregados que serão utilizados na produção do
concreto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: é isso mesmo, como o próprio nome sugere, a dosagem racional ou experimental
se baseia em relações obtidas cientificamente como a Lei de Abrams e Lei Lyse para o estudo
de misturas experimentais de concreto.

Gabarito: “certo”.

Estimando massas a partir do traço

Nós vimos o conceito do traço e sua aplicação, porém em projetos nós sabemos geralmente a
quantidade de concreto como um todo de que o projeto precisa e o traço a se aplicar. Assim,
precisamos inicialmente calcular a massa de cimento a se comprar para a obra.

Para isso, vamos ter que obter uma fórmula que demora um pouco para você entender. Caso queira
poupar tempo, pode pular direto para a equação 4, essa fórmula é tudo que você precisa saber dessa
seção.

Vamos lá calcular passo a passo?

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Sabemos que o volume de concreto (Vconcr.) é aproximadamente igual à soma dos volumes de seus
constituintes, ou seja:

𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟 = 𝑉𝑐𝑖𝑚 + 𝑉𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 + 𝑉𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 + 𝑉á𝑔𝑢𝑎 (1)

Sendo que:

Vcim: volume do cimento; Vbrita: volume de brita;


Vareia: volume de areia; Vágua: volume de água;

Utilizando a fórmula da densidade a seguir, podemos expressar o volume em função da massa


específica (𝜌)e da massa (M), como se segue:

𝑀
𝜌=
𝑉
𝑀
𝑉= (2)
𝜌

Podemos então expressar a fórmula (1) trocando todos os volumes do 2º membro pelas razões
M/𝜌.

𝑀𝑐𝑖𝑚 𝑀𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝑀𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 𝑀á𝑔𝑢𝑎


𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟 = + + + (3)
𝜌𝑐𝑖𝑚 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝜌𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 𝜌á𝑔𝑢𝑎

Você lembra do traço unitário nessa figura?

• 1: massa de cimento em relação a


massa de cimento:
• Mcim/Mcim = 1
• a: massa de areia em relação a
massa de cimento:
1:a:b:A/C • Mareia/Mcim = a
• b: massa de brita em relação a
massa de cimento:
• Mbrita/Mcim=b
• A/C: relação água/cimento:
• Mágua/Mcim

Figura 18: Definição de traço unitário

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Sabemos que a massa dos constituintes do concreto quando trabalhamos com o traço unitário é
estipulada para 1 unidade de cimento, dada a relação 1:a:b:A/C. Assim, as massas são dadas por:

𝑀𝑐𝑖𝑚 𝑀𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝑀𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 𝑀á𝑔𝑢𝑎


= 1; = 𝑎; = 𝑏; = 𝐴/𝐶
𝑀𝑐𝑖𝑚 𝑀𝑐𝑖𝑚 𝑀𝑐𝑖𝑚 𝑀𝑐𝑖𝑚

Se consumíssemos 2 unidades de cimento, as quantidades dos demais insumos (a, b e A) seriam,


cada uma, multiplicadas por 2, caso mantivéssemos o mesmo traço. Assim, caso consideremos o
consumo de cimento (Cc) diferente de 1 unidade do traço, teríamos:

𝑀𝑐𝑖𝑚.𝑎 𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑟
= 1 𝑥 𝐶𝑐
𝑀𝑐𝑖𝑚 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎ç𝑜

Como a proporção entre os constituintes do concreto é sempre constante para um mesmo traço, se
alteramos a quantidade de cimento em Cc, mudamos na mesma proporção a quantidade dos demais
insumos, ou seja, de areia, brita e água. Logo, teremos as seguintes quantidades:

𝑀𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 𝑎 𝑥 𝐶𝑐 𝑀𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 = 𝑎 𝑥 𝐶𝑐 𝑀á𝑔𝑢𝑎 = 𝐴 𝑥 𝐶𝑐

Com essa nova relação que descobrimos para areia, brita e água em função de Cc, alteramos, então,
a expressão das massas na equação (3), ficando conforme a seguir:

𝐶𝑐 𝐶𝑐 𝐶𝑐 𝐶𝑐
𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟 = 1 𝑥 +𝑎𝑥 +𝑏𝑥 + 𝐴/𝑐 𝑥
𝜌𝑐𝑖𝑚 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝜌𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 𝜌á𝑔𝑢𝑎

Podemos isolar Cc, pois aparece no numerador de todos os números do segundo membro. Vamos
lá:

1 𝑎 𝑏 1
𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟 = 𝐶𝑐 𝑥 ( + + + 𝐴/𝑐 𝑥 )
𝜌𝑐𝑖𝑚 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝜌𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 𝜌á𝑔𝑢𝑎

Como a densidade da água é aproximadamente 1 g/cm³ em condições normais, substituímos 𝜌á𝑔𝑢𝑎


por 1, ficando assim:

1 𝑎 𝑏
𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟 = 𝐶𝑐 𝑥 ( + + + 𝐴/𝑐)
𝜌𝑐𝑖𝑚 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝜌𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎

Queremos calcular a massa de cimento para se comprar para a obra, então devemos isolar o fator
Cc (que é a quantidade de cimento a se consumir que queremos saber):

𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟
𝐶𝑐 = (4)
1 𝑎 𝑏
( + + + 𝐴/𝑐)
𝜌𝑐𝑖𝑚 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝜌𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎

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Jonas Vale Lara, Equipe Jonas Vale
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Essa questão a seguir é de nível difícil para memorizar e efetuar os cálculos na hora da prova.
Sugiro que tente fazer 1 só vez, não conseguindo, olhe a resolução e avance com o conteúdo.
Quando terminar de ver todas as aulas, aí sim vale a pena retornar aqui para tentar acertar
de primeira a questão. A importância dessa questão é perceber como se manipulam os
coeficientes do traço unitário na fórmula que vimos, pois a aplicação desses coeficientes
pode ainda ser cobrada.

FCC – 2015 - Ana. Jud. - TRE RR - Eng. Civil

Pretende-se estimar a massa de brita necessária para a execução de concreto com traço em
massa de (1:2:3:0,6).

A massa de brita necessária para a produção de 6 m3 de concreto é, em kg, igual a:

Dados:

- Concreto a ser executado na obra com agregados secos;

- Desprezar o volume de vazios com ar do concreto fresco adensado;

- Cimento: massa específica dos sólidos = 2,50 g/cm3;

- Areia: massa específica dos sólidos = 2,00 g/cm3;

- Brita: massa específica dos sólidos = 3,00 g/cm3.

a) 1 000.

b) 4 000.

c) 6 000.

d) 2 000.

e) 3 000.

Comentários: para essa questão temos que saber a fórmula (4):

𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟
𝐶𝑐 = (4)
1 𝑎 𝑏
( + + + 𝐴/𝑐)
𝜌𝑐𝑖𝑚 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝜌𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎

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A primeira coisa a fazer é inserir os coeficientes a, b e A/C. Vamos lá:

𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟
𝐶𝑐 =
1 2 3
( + + + 0,6)
𝜌𝑐𝑖𝑚 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝜌𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎

Sugiro fazermos os cálculos na própria unidade da massa específica, que é g/cm³. Importante
saber que 1 m³ é igual a 1.000.000 cm³, ou seja, 106 cm³. Assim, 6 m³ correspondem ao volume
de:

6 𝑚3 = 6 𝑥 106 𝑐𝑚³

Assim, temos:

6𝑥106
𝐶𝑐 = = 2.000.000 𝑔 = 2.000 𝐾𝑔
1 2 3
( + + + 0,6)
2,50 2,00 3,00

Calculamos a quantidade de cimento, mas a questão nos pede a quantidade de brita, que é 3
vezes a quantidade de cimento, pois b é igual a 3. Assim, temos:

𝑀𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 = 𝑎 𝑥 𝐶𝑐 = 3 𝑥 2.000 = 6.000 𝐾𝑔

Gabarito: “c”.

Preparo manual de concreto

Você sabe o que é preparo manual de concreto? É aquele que não utiliza máquina (logo, não tem
betoneira), que é desprovido mecanização. Embora seja permitido, o preparo manual traz junto
consigo um baixo controle do processo, exigindo maiores valores para o desvio padrão adotado
para a resistência. Por isso, adota-se nesse processo um traço diferente do empregado com a
betoneira, já que a mistura não é mecanizada.

Um efeito do maior desvio-padrão do concreto manual é o maior consumo de cimento para se


atingir o mesmo fck de projeto do que no preparo mecanizado. Perceba na fórmula a seguir que isola
o fck, quanto maior o desvio-padrão, maior tem que ser a resistência média (𝑓𝑐𝑚 ) necessária para se
obter o mesmo fck.

𝑓𝑐𝑚 = 𝑓𝑐𝑘 + 1,65. 𝑠𝑑

𝑓𝑐𝑘 = 𝑓𝑐𝑚 − 1,65. 𝑠𝑑

Como exemplo de menor confiabilidade na elaboração manual, temos as medições de agregados,


que são feitas em volume. Por essa menor confiabilidade, que resulta também na obtenção de
resistências de valor limitado, o uso do preparo manual é permitido apenas para pequenas obras e
reformas. Dificilmente também se atinge grande escala de produção no método manual, resultando

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em maiores dificuldades para se acelerar a obra no caso de se buscar antecipar o cronograma de


finalização de alguma concretagem.

CESPE – 2014 - Ana. Jud. - TJ CE - Eng. Civil - Adaptado

Ao se fiscalizar as condições de um canteiro de obras para a execução de concreto armado, foi


verificado que parte do cimento estava contaminado por umidade, que o preparo do concreto
era manual e que as barras de aço estavam expostas ao tempo, tendo sido iniciado processo
de oxidação.

Com base nessa situação, julgue a sentença a seguir.

O traço da massa exige um consumo de cimento menor no preparo do concreto executado


mecanicamente que no preparo manual do concreto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Comentários: é isso mesmo, o preparo mecânico resulta em maior eficiência nas misturas dos
constituintes do concreto, resultando em um produto com maior resistência para uma menor
quantidade de cimento do que no preparo manual.

Gabarito: “certo”.

CESPE – 2016 - Ana. Jud. - TRT 8 - Eng. Civil

Considerando que, durante a construção de uma edificação simples, a betoneira tenha


apresentado uma falha e o concreto tenha sido preparado manualmente, é correto afirmar
que

a) em obras não é permitido preparo manual de concreto.

b) o traço do concreto adotado no preparo com betoneira deve ser mantido no preparo
manual.

c) o desvio padrão a ser considerado deve ser maior no cálculo da resistência do concreto
preparado manualmente.

d) o desvio padrão a ser considerado deve ser mantido no cálculo da resistência do concreto
preparado manualmente.

e) o cronograma da obra deve ser antecipado, pois o preparo manual é mais rápido.

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Comentários: vamos a cada alternativa, perceba que o enunciado compara o tempo todo o
método manual com o preparo mecanizado utilizando betoneira para a mistura:

a) É permitido sim o uso do concreto manual em obras, porém não é qualquer concreto que
é possível de se fazer no modo manual; Errado.
b) Não é possível manter o mesmo traço do concreto elaborado com betoneira no preparo
manual, pois a betoneira é muito mais eficiente na mistura, resultando em um produto mais
resistente no longo prazo. Errado.
c) Sim, o desvio padrão para o cálculo da resistência no preparo manual deve ser maior, pois
há menos confiabilidade no processo. Correto.
d) Não é possível manter o mesmo desvio padrão do preparo com betoneira no preparo
manual, pois são métodos com precisões e confiabilidades diferentes. Errado.
e) Com o preparo manual, é mais difícil se atingir escalas maiores de produção, dificultando,
por exemplo, antecipações de cronograma, ao contrário do que diz a alternativa. Errado.

Gabarito: “c”.

LISTA DE QUESTÕES
1. CESPE – Eng. Civil – PF – Exercício para fixação
O concreto utilizado em obras civis deve atender a requisitos que garantam propriedades e
desempenho adequados, bem como ser submetido a controle de qualidade.
A respeito de concretos, julgue o seguinte item.
A Lei de Abrams associa a resistência à compressão axial do concreto de uma determinada
idade à relação água/cimento.
( ) CERTO ( ) ERRADO

2. CESPE – MJ – Eng. Civil – Exercício para fixação de 2013


Sabendo que areia normal é um material utilizado em análises comparativas de resistências
entre cimentos diferentes, julgue o próximo item.
Desconsiderando a presença dos sais solúveis na areia de praia, a sua reduzida granulometria
dificulta o emprego desse material na confecção de elementos de concreto, exigindo uma
quantidade maior de cimento para se obter a mesma resistência de uma peça de concreto que
utiliza uma areia normal.
( ) CERTO ( ) ERRADO

3. BIO-RIO – 2016 – Pref. Manga - Eng. Civil

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Em relação à variação da resistência do concreto com o fator água-cimento utilizado, pode-se


dizer que:
a) quanto maior o fator água-cimento, maior a resistência do concreto.
b) quanto menor o fator água-cimento, maior a resistência do concreto.
c) A resistência do concreto é a mesma, independente do fator água-cimento aplicado.
d) A resistência do concreto aumenta até determinado valor de fator água-cimento,
diminuindo em seguida à medida que o fator segue aumentando.
e) A resistência do concreto diminui até determinado valor de fator água-cimento,
aumentando em seguida à medida que o fator segue aumentando.

4. FCC - TRT 6 - Eng. Civil – Exercício para fixação de 2012


A resistência mecânica do concreto pode ser considerada, principalmente, como função das
resistências da pasta de cimento endurecida, do agregado e da ligação pasta-agregado.
Por sua vez, a resistência da pasta de cimento endurecida
a) depende do seu grau de hidratação e da porosidade, que pode ser medida, em concretos
sem aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto mais alta for esta
relação, menor será a resistência.
b) depende do seu grau de hidratação e da porosidade, que pode ser medida, em concretos
com aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto menor for esta
relação, menor será a resistência.
c) depende do seu grau de hidratação e da porosidade, que pode ser medida, em concretos
com aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto mais alta for esta
relação, maior será a resistência.
d) independe do seu grau de hidratação e depende da porosidade, que pode ser medida, em
concretos com aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto mais alta
for esta relação, menor será a resistência.
e) independe do seu grau de hidratação e depende da porosidade, que pode ser medida, em
concretos sem aditivo incorporador de ar, pela relação água/cimento, pois quanto menor for
esta relação, menor será a resistência.

5. CESPE – PF - Cargo 8 - Área 7 – Exercício para fixação - Adaptado


Quando ocorre o ingresso de água, pura ou com íons agressivos, oxigênio e dióxido de carbono
no concreto, a durabilidade desse material é extremamente afetada. Com relação a alguns
mecanismos de transporte desses fluidos no concreto (permeabilidade e difusão), julgue os
itens subsequentes.
A permeabilidade do concreto é reduzida quando se aumenta o tempo de hidratação do
material e com a relação água/cimento.

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( ) CERTO ( ) ERRADO

6. IBFC – EBSERH-HUAP – Eng. Civil - 2016


Assinale a alternativa correta:
Para se obter um concreto de maior resistência é necessário:
a) 40 litros de água por saco de cimento
b) 60 litros de água por saco de cimento
c) Quanto mais água melhor para o concreto
d) O mínimo de água possível
e) Não importa o volume de água utilizado

7. CESPE – Min. Justiça – Eng. Civil – Exercício para fixação de 2013


A respeito da concretagem em obras de edificações e do controle tecnológico dos agregados
do concreto, julgue o item subsecutivo.
O fator água/cimento deve ser sempre o mais alto possível, uma vez que, devido ao processo
de exsudação, tanto a resistência como a durabilidade da peça concretada tendem a aumentar
com o passar do tempo.
( ) CERTO ( ) ERRADO

8. CESPE - TCU - Auditoria de Obras Públicas – Exercício para fixação


Considerando que as especificações dos materiais e serviços para a execução de uma
edificação, em conjunto com o controle exercido durante a execução, proporcionam maior
garantia da qualidade da obra, julgue o item que se segue.
No preparo do concreto, o fator água/cimento necessário para que ocorra a reação química
desejada corresponde a aproximadamente 0,28, mas, para se garantir a trabalhabilidade da
mistura, esse fator deve ser significativamente superior.
( ) CERTO ( ) ERRADO

9. CESPE – PCF- Área 7 – Exercício para fixação


O bom desempenho de uma obra de concreto depende da qualidade dos materiais de
construção e da qualidade da execução. No que diz respeito a obras em concreto, julgue o item
a seguir.
A resistência do concreto à compressão depende do grau de hidratação do cimento e da
relação água/cimento.

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( ) CERTO ( ) ERRADO

10. CESPE – PF - Área 7 – Exercício para fixação


O bom desempenho de uma obra de concreto depende da qualidade dos materiais de
construção e da qualidade da execução. No que diz respeito a obras em concreto, julgue o item
a seguir.
Para um mesmo valor de resistência à compressão final, a mudança das características físicas
dos agregados influencia a relação água/cimento a ser utilizada na mistura.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Preste atenção nessa próxima questão, pois nem sempre vamos poder analisar a influência
da água na resistência do concreto somente pela relação inversa entre a relação a/c e a
resistência a compressão.
11. FCC – 2014 - Téc. Sistemas de Saneamento – SABESP - Edificações
Com a finalidade de confirmar a influência da superfície aparente dos agregados na resistência
à compressão do concreto, três corpos de prova foram executados com a mesma quantidade
de água e de cimento. No primeiro foi utilizado areia com granulometria fina e pedra nº 1, no
segundo areia com granulometria grossa e pedra no 2 e nº terceiro areia com granulometria
fina e pedra no 2. Quando submetidos ao ensaio de resistência à compressão, obtiveram- se
valores, respectivamente, de:
a) 18 MPa, 18 MPa e 18 MPa.
b) 15 MPa, 20 MPa e 18 MPa.
c) 18 MPa, 15 MPa e 20 MPa.
d) 20 MPa, 18 MPa e 15 Mpa.
e) 20 MPa, 15 MPa e 18 MPa.

12. CESPE – Eng. Civil – PF - Questão para fixação


O concreto utilizado em obras civis deve atender a requisitos que garantam propriedades e
desempenho adequados, bem como ser submetido a controle de qualidade.
A respeito de concretos, julgue o seguinte item.
O consumo de cimento, por metro cúbico de concreto adensado, diminui com o aumento da
relação água/cimento utilizada.
( ) CERTO ( ) ERRADO

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13. CESPE - Perito Criminal Federal - Área 7 – 2018


Na construção de um edifício de dois pavimentos em concreto armado, a fiscalização verificou
que alguns cuidados não foram tomados na execução da estrutura de concreto. Foi observado
que o concreto preparado na obra era seco em excesso, o que prejudicava o seu adensamento;
e o cimento utilizado no preparo do concreto era o portland da classe 40, inadequado para o
referido tipo de obra. Além disso, a armadura longitudinal das vigas era demasiadamente
grossa, o que não permitia dobrá-las nas extremidades com um raio de curvatura adequado.
A respeito das observações do fiscal dessa obra, julgue o item subsequente.
O fator água-cimento ideal para o traço geralmente proporciona um concreto seco, podendo-
se adotar vibradores pneumáticos para facilitar o adensamento e cuidar para não se colocar
água em excesso na massa com o objetivo de melhorar a sua trabalhabilidade.
( ) CERTO ( ) ERRADO

14. FCC - DPE RS – Edificações - 2017


Em linhas gerais, um maior consumo de cimento no concreto acarreta
a) menor retração.
b) menor calor de hidratação.
c) redução da resistência.
d) maior segregação.
e) menor exsudação.

15. FCC - TRF 2 - Eng. Civil – Questão para fixação de 2012


Dentre os vários cuidados a serem observados na obra para a obtenção de um bom concreto,
situa-se em plano relevante a cura do concreto, cuja finalidade é
a) manter o concreto saturado.
b) evitar o endurecimento precoce do concreto.
c) evitar a evaporação de água que deverá hidratar o cimento.
d) aumentar a resistência superficial.
e) aumentar a resistência à tração do concreto.

16. FCC – Técnico – MPU – Edificações – Questão para fixação


A cura do concreto confeccionado com cimento Portland em seu processo de hidratação e
endurecimento é
a) a transformação dos compostos mais solúveis do cimento em menos solúveis.

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b) o processo de endurecimento quando a pasta não sofre mais deformações sob o efeito de
pequenas cargas.
c) o início de seu endurecimento algumas horas após a adição da água.
d) o ato de adicionar água ao cimento.
e) a medida que evita a fuga e evaporação de água necessária a hidratação do cimento.

17. CESPE –EMAP - Eng. Civil - 2018


Durante a execução da estrutura em concreto de um edifício, o engenheiro fiscal responsável
pela fiscalização da obra determinou que o ensaio de abatimento fosse realizado no início de
cada etapa de lançamento da massa, que as armaduras de aço estivessem limpas e isentas de
graxa ou óleo e que fosse aplicado um agente químico de cura.
A respeito dos cuidados apresentados pelo engenheiro fiscal, julgue o próximo item.
O agente químico de cura deve ser aplicado no concreto durante o seu preparo, para que haja
uma distribuição homogênea do produto em toda a massa.
( ) CERTO ( ) ERRADO

18. CESPE - Aud CE - TCE-PA – Eng. Civil - 2016


Durante a concretagem de uma laje em concreto armado, o engenheiro responsável pela
execução determinou que fosse salpicado sal grosso na superfície logo após seu adensamento,
mediante vibração mecânica.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Por reter umidade, o sal grosso aplicado na superfície da laje contribui para a hidratação do
concreto durante a cura.
( ) CERTO ( ) ERRADO

19. ESAF – TSIET – DNIT - Lab. - 2013


O efeito da adição de substâncias contendo açúcares no concreto é
a) aceleram a pega.
b) elevam a temperatura.
c) incorporam bolhas de ar.
d) retardam a pega.
e) reduzem a exsudação.

20. UFC-CCV – Eng. Civil - 2017

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Denomina-se concreto um material formado pela mistura de cimento, água, agregado graúdo
(brita ou cascalho) e agregado miúdo (areia). O concreto fresco tem consistência plástica,
podendo ser moldado, na forma e dimensões desejadas, bastando lançar a massa fresca no
interior de formas de madeira ou outro material adequado. O concreto endurecido tem
elevada resistência à compressão, mas baixa resistência à tração. Denomina-se concreto
armado o material misto obtido pela colocação de barras de aço no interior do concreto. As
armaduras são posicionadas, no interior da forma, antes do lançamento do concreto plástico.
Este envolve as barras de aço, obtendo-se, após o endurecimento uma peça de concreto
armado. Sobre o material concreto massa, obtido pela mistura de aglomerante, agregados,
água e aditivos, é correto afirmar:
a) os cimentos pozolânicos apresentam as propriedades de alta velocidade na liberação de
calor de hidratação com baixa resistência a águas sulfatadas e ácidas.
b) a adição de água aumenta a resistência da pasta, sendo necessário empregar uma
proporção crescente das quantidades de água em relação ao cimento para se obter um
concreto de resistência alta.
c) o cimento e a água formam a pasta, que enche a maior parte dos espaços vazios entre os
agregados. Algum tempo depois de misturado o concreto, a pasta endurece, formando um
material sólido.
d) os cimentos portland são cimentos hidráulicos produzidos pela pulverização de clínquer
formado essencialmente por carbonatos de cálcio hidratados, com adição de nitratos de cálcio
e outros compostos.
e) os cimentos são moídos em pó muito fino, sendo possível determinar sua composição
granulométrica por meio de peneiras, o aumento da finura produz menor velocidade de
hidratação, resultando em maior resistência inicial e consequentemente menor geração de
calor.

21. CESPE – Auditor União FC – TCU – Exercício para fixação


Em construções de edifícios, a concretagem é uma etapa em que se concentram recursos
significativos, e que afeta diretamente a segurança, a funcionalidade e o custo da obra. O
auditor deve conhecer como ela é projetada e executada, para avaliar possíveis erros e suas
consequências. A respeito desse assunto, julgue o item subsequente.
Além de aumentar a resistência com a idade, o concreto também tem sua resistência maior
para cargas de longa duração do que para carregamentos rápidos.
( ) CERTO ( ) ERRADO

22. FAE – EC - Pref. Gov. Celso Ramos – 2017 - Adaptado


Julgue o item seguinte:

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O parâmetro fck diz respeito à resistência característica do concreto à compressão, e é um


valor de referência adotado pelo projetista para o cálculo de estruturas. O fck está relacionado
a um nível de confiança de 90%.
( ) CERTO ( ) ERRADO

23. CESPE - ATI - ABIN – Edificações – Exercício para fixação


Julgue o próximo item, relativo aos ensaios a que o aço e o concreto - materiais que compõem
o concreto armado - são submetidos na etapa de controle tecnológico.
A resistência característica do concreto é definida como o valor da resistência com 5% de
probabilidade de não ser obtido, calculado mediante ensaios de corpos de prova de um lote
de concreto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

24. ESAF – Min. TUR – Eng. - Exercício para fixação de 2014 - Adaptado
Sobre Tecnologia de concreto, assinale a opção correta.
a) Resistência à tração simples é a avaliação da resistência do concreto quando submetido a
ação de cargas repetidas.
b) Para a fabricação ou dosagem do concreto é importante ter a especificação exclusivamente
da relação água / cimento.
c) O controle da resistência à compressão do concreto permite avaliar se o que está sendo
produzido corresponde ao que foi especificado no dimensionamento da estrutura. Durante a
retirada da amostragem para o ensaio de resistência, utilize o concreto situado no terço médio
do caminhão, ou seja, não permita que a amostra seja retirada nem no princípio nem no final
da descarga da betoneira.
d) O concreto de uma estrutura deve ser especificado através de sua resistência característica
à compressão (fck), estimada pela moldagem e ensaios de corpos de prova cilíndricos aos 21
dias de idade.

25. IESES – BAHIAGÁS – Eng. Civil - 2016


Definição de critérios para dimensionamentos estruturais implicam em seguir normas
específicas, dessa forma os cálculos estruturais baseiam-se na resistência do concreto com
idade de 28 dias, isto significa que:
a) A desforma dos elementos estruturais só podem acontecer após 28 dias da concretagem.
b) A extração de testemunhos não deve ser realizada com idades inferiores a 28 dias.
c) Os corpos de prova só poderão ser rompidos aos 28 dias para que os resultados não sofram
qualquer tipo de alteração.

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d) Os testemunhos só podem ser obtidos após o concreto atingir a resistência máxima.


e) Os cálculos estruturais baseiam-se na resistência do concreto aos 28 dias, mas a resistência
aumenta com a idade do concreto.

26. CESPE – Téc. - MPU - Edificações


Julgue o item subsequente, acerca das propriedades mecânicas do concreto e dos ensaios para
a avaliação dessas propriedades.
As propriedades mecânicas do concreto não são influenciadas pelo tipo de agregado utilizado
nem pela relação entre as quantidades de agregado e de cimento, mas são fortemente
influenciadas pelas condições de adensamento e cura do concreto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

27. UFMT - Pref. Cáceres - Eng. Civil - 2017


Sobre a resistência dos concretos, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A variação da resistência do concreto com o tamanho do corpo-de-prova, cúbico ou
cilíndrico, decorre das condições de adensamento durante a confecção do corpo-de-prova e
das condições de solicitação multiaxial durante o ensaio.
( ) A resistência de longa duração de um concreto sofre a ação de dois processos antagônicos:
com o passar do tempo, há o aumento da resistência pela maturação e, com a permanência da
carga, existe redução dessa resistência.
( ) A decisão pelo emprego de um corpo-de-prova cilíndrico com altura igual ao dobro do
diâmetro da seção transversal decorreu da ideia de existir na seção situada à meia altura um
estado de compressão uniforme.
( ) Consegue-se antecipar a resistência de uma peça pré-moldada de concreto pela redução da
temperatura da peça durante a etapa da cura.
Assinale a sequência correta.
a) V, V, V, F
b) F, F, F, V
c) V, F, V, V
d) F, V, F, F

28. FGV - Ana Jud. - TJ GO - Eng. Civil - 2014


Um engenheiro acompanhou a realização de um ensaio de compressão de um corpo de prova
cilíndrico de concreto, de 30 cm de altura e 15 cm de diâmetro, para a obtenção de sua
resistência aos 07 dias. Sabe-se que a moldagem do espécime fora realizada exatamente seis
dias e 20 horas antes do ensaio; que o ensaio foi conduzido numa prensa universal com taxa

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de carregamento de 0,40 MPa/s, e que a força máxima alcançada no ensaio foi corrigida por
um fator de 0,96 para compensar a relação altura/diâmetro do espécime. Tendo o engenheiro
validado o ensaio, pode-se afirmar que a sua conduta foi:
a) incorreta, porque o ensaio deveria ter sido realizado com uma tolerância de apenas uma
hora em relação à idade em que se desejava inferir a resistência do concreto;
b) incorreta, porque a taxa de carregamento deveria ser de 30MPa ± 5MPa;
c) incorreta, porque sendo a relação altura/diâmetro igual a dois, não é necessária a correção
da força máxima observada;
d) correta, porque a taxa de carregamento do ensaio de compressão de corpos de prova
cilíndricos deve ser de 40MPa ± 10MPa;
e) correta, porque a tolerância em relação à idade do concreto para a obtenção de sua
resistência ao sétimo dia é de 12 horas.

29. CESPE – Auditor Federal Controle Externo – Questão para fixação de 2009
Entre os ensaios utilizados para o controle do concreto empregado em estruturas de concreto
armado, a avaliação da resistência à compressão é essencial para a garantia da segurança da
edificação. Os procedimentos para a execução desse ensaio são padronizados, e a análise dos
resultados permite tomadas de decisões importantes para a obra.
A esse respeito, julgue o item seguinte.
Durante a execução das estruturas, a produção de concreto resulta em um produto
homogêneo, fato que justifica o estabelecimento do único procedimento existente para o
controle da resistência.
( ) CERTO ( ) ERRADO

30. CETRO - Analista Administrativo – ANVISA - Área 4 – Questão para fixação de 2013 -
Adaptado
No que tange às propriedades mecânicas do concreto, analise as assertivas abaixo.
A resistência à compressão simples é a característica mecânica mais importante de um
concreto. Geralmente sua determinação se efetua mediante o ensaio de corpos de prova. A
resistência do concreto não é uma grandeza determinística, mas está sujeita a dispersão, cujas
causas principais são variações aleatórias da composição, das condições de fabricação e da
cura. Além desses fatores, existem influências sistemáticas, como as variações atmosféricas, a
mudança da origem de fornecimento das matérias-primas e as turmas de trabalho.
( ) CERTO ( ) ERRADO

31. CONSULTEC – Técnico – Pref. Ilhéus - Edificações - 2016

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O ensaio para a determinação da resistência à compressão do concreto é realizado


empregando-se corpos de prova cilíndricos cujas dimensões do diâmetro e da altura são, em
cm, respectivamente,
a) 10,0 e 15,0
b) 10,0 e 25,0
c) 10,0 e 30,0
d) 15,0 e 30,0
e) 15,0 e 45,0

32. CESPE – TCE-PR - Analista de Controle Externo - Eng. Civil - 2017


Assinale a opção que apresenta o coeficiente médio de crescimento estimado para a
resistência característica do concreto à compressão por um período de sete dias, considerando
o emprego de cimento de alta resistência inicial, um coeficiente de 1,0 para um período de
vinte e oito dias e a inexistência de correlação real com um número representativo de ensaios
de campo.
a) 0,48
b) 0,80
c) 0,95
d) 1,00
e) 1,10

33. CESGRANRIO - TCE-RO - Eng. Civil - Questão de fixação – Atualizado com a nova NBR
Na classificação dos concretos, de acordo com a NBR 8953 – Concreto para Fins Estruturais –
Classificação por Grupos de Resistência, pertencem ao grupo I os concretos com resistência à
compressão, em MPa, variando entre 20 e:
a) 30
b) 40
c) 50
d) 60
e) 70

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34. VUNESP – Ana. Técnico - MPE SP - Eng. Civil – 2016


Na dosagem de concreto de cimento portland com finalidade estrutural, quando não é possível
determinar o valor do Desvio Padrão a partir de resultados de ruptura de exemplares, adotam-
se valores determinados a partir
a) da composição do traço.
b) das características dos agregados.
c) das características dos cimentos.
d) das condições de preparo.
e) do treinamento da equipe.

35. FUNRIO - INSS - Analista – Eng. Civil - 2014


O controle da resistência à compressão de corpos de prova cilíndricos de concreto obteve para
36 ensaios os seguintes resultados:
I. Resistência média à compressão igual a 33,5 MPa.
II. O desvio padrão igual a 2,9 MPa.
Considerando-se um quantil de 5% na curva normalizada de Gauss, pode-se afirmar sobre esses
resultados que
a) o desvio padrão está acima do valor máximo prescrito pela NBR 6118.
b) a razão entre a resistência característica à compressão e a resistência média à
compressão é igual a 1,17.
c) a resistência característica à compressão desse concreto é igual a 28,7 MPa.
d) o coeficiente de variação dos resultados desses ensaios é 12%.
e) a resistência característica desse concreto é igual a 36,4 MPa.

36. CCV - UFC - Eng. Civil – Questão de fixação de 2013


Um projetista de estruturas determinou que o fck do concreto a ser usado numa estrutura é
de 30 MPa. Se o desvio-padrão de um lote de corpos de provas desse concreto, submetido ao
ensaio de resistência à compressão, é de 5,5 Mpa, ou seja, controle razoável, o valor médio da
resistência desse lote deve ser, em MPa, no mínimo, igual a
a) 24,50
b) 30,00
c) 35,50
d) 37,15
e) 39,08

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37. CESPE - Técnico do MPU - Edificações – Exercício para fixação


Julgue o item subsequente, acerca das propriedades mecânicas do concreto e dos ensaios para
a avaliação dessas propriedades.
A resistência à compressão característica de um determinado lote de concreto corresponde ao
valor médio da resistência medida em ensaios de corpos de prova do concreto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

38. CESPE – FUB – Tecnólogo - 2015


Acerca dos ensaios necessários à verificação da resistência do concreto, julgue o item seguinte.
Para a realização dos ensaios de resistência à compressão axial, os corpos de prova devem ter
relação altura/diâmetro máxima de 3,5, e o diâmetro do corpo de prova deve ser duas vezes a
dimensão característica do agregado.
( ) CERTO ( ) ERRADO

39. FGV – Técnico Superior Especializado - DPE RJ - Eng. Civil - 2014


Segundo a NBR 8953 (Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por
grupos de resistência e consistência), um concreto normal, com resistência característica à
compressão de 50 MPa e abatimento entre 50 e 100 mm é classificado como S50.
a) CN 50 A50.
b) CP II-F 32.
c) CP II-E 40.
d) CL50 S50-100.
e) C50 S50.

40. CESGRANRIO – PETROBRAS - Téc. Projetos, Construção e Montagem Júnior – Edificações


– 2014 - Adaptado
Acompanhando a moldagem de um corpo de prova de concreto para ensaio de resistência à
compressão, um técnico observou que o laboratorista estava realizando adensamento por
vibração. Ele verificou, ainda, que o concreto apresentou abatimento de 170 mm.
De acordo com a norma NBR 5738:2003/Emd.1:2008 (Concreto – Procedimento para
moldagem e cura de corpos de prova), esse procedimento está
a) correto, pois para abatimento entre 100 mm e 200 mm o adensamento deve ser por
vibração.
b) correto, pois para abatimento superior a 150 mm o adensamento deve ser por vibração.

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c) correto, pois para abatimento entre 100 mm e 200 mm o adensamento pode ser por
vibração ou com haste (manual).
d) incorreto, pois para abatimento entre 30 mm e 180 mm o adensamento deve ser com haste
(manual).
e) incorreto, pois para abatimento superior a 160 mm o adensamento deve ser com haste
(manual).

41. CESPE - Técnico Regulação de Aviação Civil - Área 3 - Questão de fixação


No que se refere à normatização da moldagem e à cura de corpos de prova cilíndricos ou
prismáticos de concreto, julgue o item abaixo.
Para a realização de ensaios em corpos de prova cilíndricos de concreto, são utilizados moldes
cilíndricos padronizados com 25 cm de altura e 15 cm de diâmetro. Em relação aos moldes
cilíndricos ou prismáticos, a cura dos corpos-de-prova de concreto ocorre em 24 h.
( ) CERTO ( ) ERRADO

Para a próxima questão, sugiro que pense em quais fatores afetam mais a resistência do
concreto em uma dosagem. É comum a banca fazer questões cujas respostas podem ser
qualquer alternativa, a depender da interpretação. Nesse caso, devemos nos ater àquela
mais intimamente ligada à propriedade solicitada no enunciado da questão.
42. FCC – Ana. Jud. - TRT 12ª Região - Eng. Civil - Exercício para fixação
Na dosagem do concreto, o objetivo fundamental é atingir um equilíbrio entre a
trabalhabilidade, a resistência, a durabilidade e o custo do concreto. Para a dosagem,
considera-se que a resistência do concreto é função da
a) consistência da mistura.
b) umidade do agregado.
c) relação água/cimento e do teor de ar incorporado no concreto.
d) relação água/cimento e da exposição a ciclo de congelamento/descongelamento.
e) exposição à água sulfatada.

43. FCC – ACI - CGM São Luís - Eng. Civil - 2015


Sobre as condições de proteção e cura de corpos de prova de concreto, se os corpos de prova
forem ensaiados aos 28 dias, devem permanecer na obra pelo menos X dias. No caso de outras
idades, devem permanecer na obra pelo menos durante Y partes da idade de ensaio. Os valores
de X e Y são
a) 45 e duas quartas.
b) 30 e uma quarta.

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c) 21 e duas quartas.
d) 35 e duas quartas.
e) 21 e três quartas.

44. FCC – Téc. – MPU - Edificações - Questão de fixação


Com relação aos procedimentos aplicados na confecção de corpos de prova cilíndricos de
concreto, moldados na própria obra com 150 mm de diâmetro e 300 mm de altura, NÃO é
recomendável que
a) a superfície de apoio dos moldes seja rígida e horizontal.
b) o número de camadas, considerando um adensamento manual, seja igual a 3.
c) o número de golpes para adensamento manual seja igual a 25.
d) sejam transportados da obra ao laboratório para serem ensaiados imediatamente após sua
cura.
e) sejam dispensados do processo de cura já que seu volume é muito pequeno e dispensa tal
processo.

45. FGV – Ana. Ambiental – INEA - Eng. Civil – Questão para fixação de 2013 - Adaptado
As alternativas a seguir apresentam características do ensaio de compressão de corpos‐de‐
prova cilíndricos de concreto, à exceção de uma. Assinale‐a:
a) A carga de ensaio deve ser aplicada continuamente e sem choques, com velocidade de
carregamento de 0,45 ± 0,15 MPa/s.
b) Até o momento do ensaio, os corpos‐de‐prova devem armazenados ao ar, em área com
sombra e ventilação.
c) A porosidade das fases componentes do concreto está inversamente relacionada à sua
resistência.
d) As fissuras não se iniciam na matriz da argamassa antes de se atingir aproximadamente 50%
da tensão de ruptura.
e) São técnicas de preparo das bases dos corpos‐de‐prova cilíndricos o capeamento e a
retificação.

46. CESGRANRIO - Técnico (PETROBRAS) - Projetos, Construção e Montagem Júnior -


Edificações - Questão para fixação de 2014 - Adaptado
Acompanhando a moldagem de um corpo de prova de concreto para ensaio de resistência à
compressão, um técnico observou que o laboratorista estava realizando adensamento por
vibração. Ele verificou, ainda, que o concreto apresentou abatimento de 170 mm.

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De acordo com a norma NBR 5738:2003/Emd.1:2008 (Concreto – Procedimento para


moldagem e cura de corpos de prova), esse procedimento está
a) correto, pois para abatimento entre 100 mm e 200 mm o adensamento deve ser por
vibração.
b) correto, pois para abatimento superior a 150 mm o adensamento deve ser por vibração.
c) correto, pois para abatimento entre 100 mm e 200 mm o adensamento pode ser por
vibração ou com haste (manual).
d) incorreto, pois para abatimento entre 30 mm e 180 mm o adensamento deve ser com haste
(manual).
e) incorreto, pois para abatimento superior a 160 mm o adensamento deve ser com haste
(manual)

47. VUNESP – Arquiteto - SAP SP - 2014


No acompanhamento de uma obra com estrutura em concreto armado, utilizando-se concreto
usinado, está sendo definida a sistemática de controle tecnológico da resistência do concreto
à compressão. O procedimento adequado corresponde à moldagem e ensaio de corpos de
prova
a) na usina, previamente ao lançamento de água, para garantir fluidez para o embarque nos
caminhões.
b) dos diferentes componentes do concreto – cimento, areia e pedra – separadamente, para
ensaios específicos de cada material.
c) na usina, após o lançamento de água, para garantir fluidez para o embarque nos caminhões.
d) no canteiro, previamente ao lançamento nas fôrmas e à adição de água, para melhorar a
trabalhabilidade.
e) no canteiro, nas mesmas condições de utilização na estrutura, especialmente em relação à
proporção entre cimento e água.

48. CESPE- Auditor Fiscal de Controle Externo – Questão para fixação de 2009
A esse respeito, julgue o item seguinte.
O adensamento dos corpos de prova é feito com uma haste de socamento, com a moldagem
em camadas iguais e adensadas individualmente.
( ) CERTO ( ) ERRADO

49. CESPE – Auditor Fiscal de Controle Externo - Questão para fixação de 2009
No capeamento dos corpos de prova, a superfície a ter contato com a prensa deve receber
tratamento especial após a moldagem do corpo de prova.

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( ) CERTO ( ) ERRADO

50. CESPE-Auditor Fiscal de Controle Externo – Questão para fixação de 2009


A moldagem dos corpos de prova deve ser feita em fôrmas com qualquer geometria, desde
que a área de contato na prensa seja igual a 176 cm2.
( ) CERTO ( ) ERRADO

51. UFPR-NC - COPEL - Téc. Industrial de Edificações I - 2017


A preparação de corpos de prova de concreto para os ensaios de controle de qualidade deve
ser feita conforme as especificações da NBR 5738. Sobre o manuseio, cura e execução de
ensaios com esses corpos de prova, assinale a alternativa correta.
a) Os moldes de corpos de prova deverão estar limpos e secos antes de receber o concreto.
b) Corpos de prova de concreto com abatimento menor que 50 mm deverão ser adensados
com vibrador mecânico.
c) Os corpos de prova de Ø150 mm são preenchidos em 4 camadas, adensadas manualmente
com 25 golpes cada uma.
d) A espessura da camada de capeamento, no ensaio de compressão axial, não deve
ultrapassar 5 mm em cada base.
e) Após o rasamento, o topo do corpo de prova deverá ser tratado com nata de cimento para
proteção durante a cura.

52. ESAF - 2012 – CGU - Ana. de Finanças e Controle - Prova 3 - Infraestrutura


Sobre o controle tecnológico do concreto, assinale a opção correta.
I. Os ensaios de abatimento (slump) e resistência à compressão são conhecidos como controle
tecnológico do concreto estrutural e são obrigatórios para qualquer construção.
II. À construtora cabe verificar se recebeu da concreteira o que foi adquirido e especificado.
III. Conforme esclarece a NBR 5.738 de moldagem de corpo de prova, a forma, a quantidade
de camadas e o número de camadas não alteram o resultado do ensaio de resistência à
compressão.
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas o item II está correto.
c) Apenas os itens I e III estão corretos.

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d) Apenas os itens I e II estão corretos.


e) Todos os itens estão corretos.

53. FUMARC – Téc. Jud. - TJ MG - Eng. Civil – Questão para fixação de 2012
O capeamento do corpo de prova consiste no revestimento dos topos dos corpos-de-prova
com uma fina camada de material apropriado com as seguintes características: marque a
alternativa incorreta:
a) aderência ao corpo-de-prova.
b) compatibilidade química com o concreto.
c) rigidez, no momento de sua aplicação.
d) resistência à compressão compatível com os valores normalmente obtidos em concreto.

Perceba na próxima questão como os conhecimentos são muitas vezes cobrados de forma
misturada. Essa a seguir mistura conceito de matriz com mistura do concreto,
trabalhabilidade e consistência.
54. CONSULPLAN - Venda NI – Pref. VN Imigrante – Eng. Civil - 2016
O concreto fresco é constituído de agregados miúdo e graúdo envolvidos por pasta de cimento
e espaços cheios de ar. A pasta, por sua vez, é composta essencialmente de uma solução
aquosa e grãos de cimento. Com relação às propriedades do concreto fresco, é INCORRETO
afirmar que:
a) O conjunto pasta e espaços cheios de ar é modernamente chamado de matriz.
b) A consistência do concreto fresco é o mais importante dos fatores que influenciam na sua
trabalhabilidade. Para determinadas situações, o concreto deverá ter consistência adequada.
c) No caso da produção do concreto, por exemplo, merecem atenção a necessidade de
obtenção de uma mistura homogênea e o tempo de mistura. Esse tempo varia de acordo com
os tipos de agregados existentes no concreto.
d) Cada processo de mistura, transporte, lançamento e adensamento, exige que a
trabalhabilidade do concreto fresco fique dentro de determinados limites, para que não haja
segregação e possa ser realizada uma conveniente compactação.

55. FADECIT – Eng. - Pref Coqueiral - 2016


Sobre a importância da água na mistura do concreto é correto afirmar, exceto:
a) A água é o elemento fundamental para a hidratação do cimento;
b) A água em falta impede a completa hidratação do cimento, diminuindo a resistência final do
concreto.

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c) A falta de água leva à um concreto de difícil trabalhabilidade;


d) Não existe um mínimo de água para hidratação do cimento;

56. CESPE – PF - Área 7 - Exercício de fixação


O acompanhamento da execução de uma obra permite identificar eventuais problemas que
poderão comprometer o desempenho da edificação. Nesse acompanhamento, os diversos
ensaios executados permitem a tomada de decisão.
Com relação a esses ensaios, julgue o item subsequente.
Na confecção dos corpos de prova para ensaio do concreto, adiciona-se enxofre à mistura para
garantir distribuição das tensões durante o ensaio.
( ) CERTO ( ) ERRADO

57. Instituto AOCP – Ana. Jud. - TRE AC - Eng. - 2015


Julgue o item a seguir.
O ensaio para a determinação da resistência à compressão fck é muito importante parase
reconhecer a qualidade do concreto. Sua realização depende de moldagem de corpo de prova
cilíndrico durante a fase final de cura do concreto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

58. FUMARC – Técnico - 7 Lagoas - Edificações - 2014


Quando da amostragem de concreto estrutural em uma obra, a estrutura avaliada deve ser
dividida em tantos lotes quantos os inicialmente identificados durante a concretagem, ou em
função da importância das peças que compõem a estrutura. O tamanho máximo do lote de
concreto a ser analisado deve atender a:
a) Área construída em planta não superior a 100 m2.
b) Quando se tratar de um edifício, no máximo 1 andar.
c) Volume de concreto não superior a 150 m3.
d) Volume de concreto produzido no período de 30 dias.

59. CESPE – FUB – Tecnólogo - 2015

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Para a concretagem de elementos estruturais de concreto armado em um edifício, deve-se


verificar se o fornecedor de concreto dosado em central atende às prescrições das normas
técnicas pertinentes. Para tanto, o contratante deve exigir que, na nota fiscal do fornecedor,
estejam registradas informações como: tipo de cimento, traço utilizado, resistências
características, consistência, fator água-cimento, existência de aditivos, horário de saída do
caminhão-betoneira da central. Acerca desse assunto, julgue o item a seguir.
Para a aceitação do concreto usinado entregue na obra, deve-se realizar o ensaio de resistência
característica à compressão, cujas normas técnicas determinam a confecção de, pelo menos,
seis corpos de prova para cada idade de rompimento, retirados do mesmo caminhão-
betoneira.
( ) CERTO ( ) ERRADO

60. COMPERVE - UFRN - Analista - MPE RN - Eng. Civil - 2017


As condições de preparo, controle, recebimento e aceitação do concreto de cimento Portland
são fundamentais para a garantia da qualidade do concreto empregado em estruturas. A NBR
12655, que trata do assunto, define alguns termos e condições para o controle e a aceitação
do concreto.
Assim, com base nessa NBR, considere as afirmativas a seguir.
Concreto de alta resistência é o concreto com classe de resistência à compressão
I
igual ou superior à classe C60.
A resistência característica à compressão do concreto estimada (fck,est) é o valor
II estatisticamente determinado e expresso como o valor médio de ensaios de 6 corpos de
provas de concreto, que tenham obtido desvio padrão inferior a 10%.
Exemplar é o elemento da amostra de concreto constituído por dois corpos-de-prova
III
da mesma betonada.
O lote de concreto é um volume definido de concreto, elaborado e aplicado sob
IV condições consideradas uniformes, ou seja, mesma classe de concreto, mesma
família, mesmos procedimentos e mesmo equipamento.
Das afirmativas, estão corretas
a) II e IV.
b) III e IV.
c) I e II.
d) I e III.

61. FGV - Técnico de Nível Superior - SME Cuiabá - Eng. Civil - 2015
O engenheiro responsável pela execução de uma estrutura de concreto armado planejou e
realizou o controle por amostragem total do concreto lançado.

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O projeto estrutural determina a adoção de resistência característica à compressão do


concreto (fck) maior ou igual a 40 MPa.
A tabela a seguir apresenta a resistência à compressão dos corpos de prova de cada lote de
concreto da estrutura em questão.

De acordo com a tabela, atendem à resistência especificada no projeto estrutural (fck = 40


MPa) os lotes
a) 2, 3, 4 e 5, apenas.
b) 1, 3, 4 e 5, apenas.
c) 1, 4 e 5, apenas.
d) 1, 2, 3 e 5, apenas.
e) 1, 2, 3, 4 e 5.

62. CESPE – ACE - TCE-PA – Eng. Civil – 2016


Quando do estacionamento dos caminhões bomba e betoneira em determinada obra, o
engenheiro da construtora responsável pela obra realizou alguns procedimentos para garantir
que o concreto estivesse de acordo com o que fora encomendado à empresa fabricante e com
o especificado no projeto. Ao iniciar os procedimentos, ele verificou que o lacre do caminhão
betoneira não coincidia com o código da nota fiscal. Ainda assim, ele aceitou o lote porque as
outras informações da nota estavam de acordo com as especificações de projeto. Em seguida,
pediu para o condutor do caminhão betoneira, que estava ligado ao caminhão bomba, gerar
um primeiro jato com uma pequena quantidade de concreto, para realizar o ensaio de
abatimento (slump test).
O engenheiro solicitou ao ajudante que confeccionasse três corpos de prova que serviriam para
testar a resistência do concreto em laboratório para a concretagem de pilares de um andar da
edificação com volume correspondente a 9 m3. Durante a concretagem da laje, para acelerar

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o adensamento do concreto, o encarregado colocou o vibrador de imersão em contato com as


paredes das fôrmas e ferragens já concretadas.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.
Para a realização dos ensaios de resistência do concreto dos pilares em laboratório, o
engenheiro deveria ter confeccionado pelo menos um corpo de prova para cada metro cúbico
de concreto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

63. CESPE – ACE - TCE-PA – Eng. Civil - 2016


O engenheiro contrariou recomendação de procedimento de recebimento de concreto ao
indicar o uso do primeiro jato de concreto para o ensaio de abatimento.
( ) CERTO ( ) ERRADO

64. CESPE – ACE - TCE-PA – Eng. Civil - 2016


O engenheiro deveria ter devolvido o lote devido à incompatibilidade do lacre do caminhão e
o código na nota fiscal, por questões de segurança.
( ) CERTO ( ) ERRADO

65. FGV – Pref. De Paulínia - Eng. Civil - 2016


Durante a execução de uma determinada estrutura de concreto armado, foi realizado o
controle da resistência à compressão do concreto por amostragem total. Ao final da
construção, constatou-se que foram necessários 10 lotes de concreto para concluir a estrutura
em questão.
Assinale a opção que apresenta a quantidade de corpos de prova que foi produzida para a
verificação da resistência à compressão do concreto da referida estrutura.
a) 5
b) 10
c) 15
d) 20
e) 30

66. FGV - DPE-RJ - Eng. Civil - 2019


O controle da resistência à compressão do concreto, na construção de uma estrutura de
concreto armado, foi realizado por amostragem total. No final da execução da estrutura,

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constatou-se que foram produzidos ao todo 46 corpos de prova para a verificação da


resistência à compressão do concreto.
A quantidade de lotes de concreto usados para a construção da estrutura em questão é igual
a:
a) 12;
b) 23;
c) 46;
d) 92;
e) 104.

67. FGV - DPE-RJ - Eng. Civil - 2019


O controle tecnológico do concreto lançado, na construção de uma estrutura, pode ser
realizado por meio de uma amostragem total. Nesse tipo de controle, todas as betonadas são
amostradas e representadas por um exemplar. A resistência característica à compressão
(estimada) de cada betonada corresponde à resistência de compressão do exemplar que a
representa.
Em uma obra que adota o controle do concreto por amostragem total, foi recebida uma
betonada cujos corpos de prova apresentaram resistências de compressão de 32 MPa e de 28
MPa.
A resistência característica à compressão da betonada supracitada é de:
a) 28 MPa;
b) 30 MPa;
c) 32 MPa;
d) 40 MPa;
e) 60 MPa.

68. CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU – Questão de fixação


Em construções de edifícios, a concretagem é uma etapa em que se concentram recursos
significativos, e que afeta diretamente a segurança, a funcionalidade e o custo da obra. O
auditor deve conhecer como ela é projetada e executada, para avaliar possíveis erros e suas
consequências. A respeito desse assunto, julgue o item subsequente.
No controle do concreto por amostragem, o emprego de pares de corpos de prova tem o
objetivo de atenuar a variabilidade de ensaio.
( ) CERTO ( ) ERRADO

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69. CESPE - Arquitetura – CEF – Questão para fixação


O controle tecnológico do concreto usinado deve ser feito para cada lote de 100 m³, ou quando
variar a dosagem. Desprezando-se os casos específicos, o número de corpos de prova para cada
lote amostrado é igual a
a) 5.
b) 4.
c) 3.
d) 2.
e) 1.

70. FGV – Analista – IBGE - Eng. Civil - 2016


Considere as seguintes informações sobre tipos de controle da resistência do concreto, X e Y:
X: são retirados exemplares de algumas betonadas de concreto, cujas amostras apresentem no
mínimo seis ou doze exemplares, de acordo com a classe do concreto;
Y: consiste no ensaio de exemplares de cada betonada de concreto, sem haver limitação para
o número de exemplares do lote.
Analisando as informações de cada uma, conclui-se que:
a) X e Y são controles estatísticos do concreto por amostragem parcial;
b) X é o controle estatístico do concreto por amostragem parcial e Y, o controle do concreto
por amostragem total;
c) Y é o controle estatístico do concreto por amostragem parcial;
d) X é o controle do concreto por amostragem total;
e) X e Y são controles estatísticos do concreto por amostragem total.

71. FCC – Analista de Controle - TCE-PR - Eng. Civil – Questão para fixação
No recebimento de um produto ou serviço, a partir do ensaio de uma amostra, são verificadas
as condições para sua aceitação ou rejeição, em função de características associadas à
qualidade que podem ser atributos ou variáveis. No caso do concreto, a característica é, em
geral, a resistência à compressão simples, portanto, uma variável. Os critérios de aceitação
podem ser determinísticos ou probabilísticos. Conforme critérios determinísticos, não se
admite, no conjunto, nenhuma peça, unidade ou fração não conforme, isto é, que não atenda
à especificação. Na aceitação por critério probabilístico admite-se
a) 50% dos produtos da amostra não conformes.
b) toda a amostra do produto não conforme.
c) nenhuma fração do produto não conforme.

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d) nenhum produto não conforme.


e) uma fração do produto não conforme.

72. ESAF – Analista de Finanças e Controle – CGU - Obras Públicas/Adaptado – Exercício para
fixação
Considerando-se três tipos de controle de qualidade do concreto, no aspecto de resistência à
compressão: por amostragem total (caso a) e por controle estatístico por amostragem parcial
(caso b), assinale a opção incorreta.
a) O caso a é o mais recomendável devido tratar-se de amostragem 100 %, onde todas as
betonadas são inspecionadas.
b) No caso a, o valor representativo da amostra é o da resistência obtido diretamente em cada
exemplar.
c) No caso b, os resultados ficam sujeitos a amostradores estatísticos que aumentam a
grandeza do valor obtido.
d) No caso b, o tamanho da amostra é estipulado em função do volume a ser produzido.

73. FGV – Analista – IBGE - Eng. Civil - 2016


A ordem correta, da esquerda para direita, para o controle de aceitação do concreto, é:
a) definição da extensão do lote de concreto - coleta e moldagem dos exemplares de concreto
- definição do tipo de amostragem a ser adotado - análise dos resultados;
b) coleta e moldagem dos exemplares de concreto - definição da extensão do lote de concreto
- definição do tipo de amostragem a ser adotado - análise dos resultados;
c) definição da extensão do lote de concreto - definição do tipo de amostragem a ser adotado
- coleta e moldagem dos exemplares de concreto - análise dos resultados;
d) coleta e moldagem dos exemplares de concreto - definição da extensão do lote de concreto
- análise dos resultados - definição do tipo de amostragem a ser adotado;
e) coleta e moldagem dos exemplares de concreto - análise dos resultados - definição do tipo
de amostragem a ser adotado - definição da extensão do lote de concreto.

74. FGV – Analista – IBGE - Eng. Civil - 2016


Com relação aos procedimentos de preparo, controle e recebimento do concreto, analise as
afirmativas a seguir.
I. As etapas de preparo do concreto são: a caracterização dos materiais componentes do
concreto; o estudo de dosagem do concreto; o ajuste e comprovação do traço de concreto; e
a elaboração do concreto.

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II. O cálculo da resistência de dosagem do concreto depende, entre outras variáveis, das
condições de preparo do concreto, que são duas: A e B.
III. O ensaio de abatimento do tronco de cone é o único previsto em norma para a avaliação da
consistência do concreto.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente II;
c) somente I e II;
d) somente I e III;
e) I, II e III.

75. AOCP – Ana. jud. - TRE AC - Eng.


Julgue a alternativa a seguir:
Dentre os ensaios em concreto, a extração de corpo de prova endurecido é realizada quando
se necessita de conhecimento mais genérico sobre a resistência do concreto, não sendo
possível reconhecer sua composição ou fazer a contagem da taxa de armadura interna.
( ) CERTO ( ) ERRADO

76. FGV - COMPESA - Analista de Saneamento – Eng. Civil - 2018


Os procedimentos para a realização do ensaio e análise de testemunhos de estruturas de
concreto são estabelecidos em norma pela ABNT. Sobre o assunto, analise as afirmativas a
seguir.
I. A distância mínima entre as bordas das perfurações não pode ser inferior a um diâmetro
do testemunho.
II. Durante a extração de testemunho não podem ser cortadas as armaduras da estrutura de
concreto.
III. Não pode ser realizada a extração de mais de um testemunho em um mesmo pilar.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

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Essa questão a seguir possui uma diferença muito sutil que torna alternativa errada. Se não
a acertar, não tem problema. O importante com essa questão específica é ver as matérias
que caem na prova.
77. UFMG - 2016 - UFMG - Eng. Civil - Adaptado
Analise as seguintes opções sobre não conformidade de uma estrutura de concreto armado e
assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Visando ao aceite da estrutura, pode ser feita a revisão do projeto, considerando valores
obtidos nos ensaios.
b) O ensaio de resistência a compressão de testemunhos da estrutura visa confirmar que o
desempenho da estrutura está em conformidade com o disposto em projeto.
c) A prova de carga não é recomendada quando há possibilidade de ruptura frágil.
d) Extraídos e ensaiados testemunhos e constatada deficiência de resistência do concreto,
procede-se a seguir, nova verificação da estrutura.

78. VUNESP – 2015 - Auditor Mun. Controle Interno- SP


Para a aceitação do concreto, a partir dos resultados de ensaios em testemunhos extraídos de
uma estrutura, destacando as diferenças entre corpos de prova moldados e testemunhos,
considera-se que
a) os resultados dos testemunhos são menos representativos da resistência real do concreto.
b) na moldagem, o corpo de prova é adensado de forma enérgica e homogênea o que nem
sempre ocorre em todos os pontos da estrutura.
c) o testemunho não reflete deficiências do processo construtivo.
d) a idade da ruptura dos corpos de prova moldados e dos testemunhos não é diferente.
e) no processo de extração não ocorre o efeito do broqueamento.

79. FCC – Ana. Jud. - TRE PE - Arquitetura – Questão para fixação - Adaptado
A extração de testemunhos, para fins de avaliação da resistência à compressão de pilares, deve
ser feita sempre que possível:
I. na direção ortogonal à direção de lançamento.
II. na direção de lançamento.
III. distanciada das juntas de concretagem de pelo menos um diâmetro do exemplar.
IV. com broca rotativa ou oscilante, refrigerada a água, sem uso de percussão.

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É correto o que consta APENAS em


a) II e IV.
b) I e III.
c) III e IV.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.

80. CESPE – ABIN – Agente Téc. De Inteligência – Edificações – Questão de fixação


Julgue o próximo item, relativo aos ensaios a que o aço e o concreto - materiais que compõem
o concreto armado - são submetidos na etapa de controle técnológico.
Para estimar a resistência à tração simples do concreto, devem ser moldados, para um lote de
concreto, corpos de prova cilíndricos, com as seguintes dimensões: 150 mm de diâmetro e 300
mm de altura.
( ) CERTO ( ) ERRADO

81. CESPE – Ana. Jud. - TRT 5 - Eng. Civil


Julgue o item que se segue, relativo a estruturas de concreto.
A resistência característica à tração de concretos simples é tipicamente maior ou igual a 30%
da resistência característica do concreto à compressão.
( ) CERTO ( ) ERRADO

82. CESPE – 2015 - Ana. Jud. - TRE MT – Eng. - Adaptado


Considerando que um prédio de cinco pavimentos, construído há dez anos e executado em
concreto armado, tenha passado por uma avaliação estrutural, assinale a opção que apresenta
um fato possível de acontecer nessa construção com o passar do tempo.
a) aumento da resistência à tração das armaduras de aço devido à formação de uma camada
passivadora na superfície das barras
b) redução significativa do peso próprio da estrutura devido à perda da água de hidratação
c) aumento da resistência da estrutura devido ao efeito da permanência da carga
d) aumento da resistência da estrutura devido aos efeitos da maturação do concreto
e) redução da resistência da estrutura por efeito da perda do calor de hidratação

83. CESPE - FUB – Tecnólogo - 2015


Acerca dos ensaios necessários à verificação da resistência do concreto, julgue o item seguinte.

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No ensaio de resistência à tração por compressão diametral, utilizado para determinar a


resistência à tração ou a resistência à tração por compressão diametral, coloca-se um corpo de
prova cilíndrico, de 15 cm × 30 cm, com o eixo horizontal entre os pratos da prensa e, em
seguida, aplica-se uma força a esse corpo até que ocorra sua ruptura por meio de tração
indireta.
( ) CERTO ( ) ERRADO

84. CESPE - Auditor Municipal de Controle Interno - CGM João Pessoa - 2018
No que se refere às especificações de materiais e serviços, cadernos de encargos e normas
técnicas, julgue o item.
A resistência à compressão característica do concreto é obtida a partir do ensaio de
compressão diametral em corpo de prova cilíndrico.
( ) CERTO ( ) ERRADO

85. CESPE – MPU – Edificações – Questão para fixação


Julgue o item subsequente, acerca das propriedades mecânicas do concreto e dos ensaios para
a avaliação dessas propriedades.
O ensaio de tração na compressão diametral e o ensaio brasileiro são utilizados na
determinação da resistência à tração de corpos de prova de concreto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

86. CESPE – Tec. – MPU – Edificações - Questão para fixação


Julgue o item subsequente, acerca das propriedades mecânicas do concreto e dos ensaios para
a avaliação dessas propriedades.
Para a realização de um ensaio de tração na flexão, um corpo de prova de seção prismática é
submetido ao esquema estático de uma viga biapoiada, com dois carregamentos concentrados
aplicados em seus terços.
( ) CERTO ( ) ERRADO

87. UFMT - Ana. Jud. - TJ MT – Eng. Civil – 2016

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Por que há interesse em correlacionar as propriedades mecânicas e de resistência do concreto


com a resistência à compressão simples?
a) Porque as peças de concreto armado estão sempre sujeitas à compressão.
b) Em virtude dessa resistência ser a de maior valor numérico.
c) Porque o ensaio à compressão é fácil de ser executado e a resistência à compressão
apresenta boa correlação com as propriedades mecânicas do concreto.
d) Em decorrência do controle de qualidade ser feito em função dessa resistência.

Essa questão que se segue é bem polêmica, portanto, procure o lado bom da questão, que é
tentar pegar algum conhecimento que ela possa te despertar para fixar mais. Estudaremos o
conteúdo da questão em mais detalhes na próxima aula.

88. CESPE – ATI – ABIN - Edificações – Questão para fixação


Julgue o próximo item, relativo aos ensaios a que o aço e o concreto - materiais que compõem
o concreto armado - são submetidos na etapa de controle tecnológico.
Entre as propriedades mecânicas avaliadas por meio do ensaio de tração, incluem-se o módulo
de Young, o coeficiente de Poisson, a tensão de escoamento e a tensão de ruptura.
( ) CERTO ( ) ERRADO

89. COSEAC UFF – UFF - Eng. Civil - 2017


A dosagem de concreto pode ser de dois tipos. Existe um tipo de dosagem onde tanto os
materiais constituintes como o produto resultante são previamente ensaiados em laboratório.
Esta se baseia numa série de elementos, como variação das propriedades fundamentais do
concreto endurecido com o fator água-cimento, quantidade de água total em função da
trabalhabilidade e granulometria do concreto. Este tipo de dosagem é denominado de
dosagem:
a) racional.
b) empírica.
c) por traços.
d) pela resistência.
e) pela plasticidade.

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90. UFMT - Eng. Civil - 2017


Na construção da estrutura de um edifício em concreto armado, serão empregados cimento
CP II F 32, areia de rio e brita granítica. A resistência característica à compressão do concreto
adotada no projeto é 25 MPa. O concreto será produzido na obra na condição de controle tipo
A, com desvio-padrão de 4,0 MPa. A resistência de dosagem à compressão, em MPa, aos 28
dias é:
a) 31,6
b) 38,4
c) 32,6
d) 29,0

91. FCC - TRE-PE - Analista Judiciário – Arquitetura – Questão para fixação


Quanto à dosagem do concreto, analise:
I. O concreto deverá ser dosado de modo a assegurar, após a cura, a resistência indicada no
projeto estrutural.
II. A resistência padrão terá de ser a de ruptura de corpos de prova de concreto simples aos 21
dias.
III. O cimento deverá ser dosado em sacos ou fração dos mesmos.
IV. A relação água-cimento não poderá ser superior a 0,4.
É correto o que consta em
a) I, II, III e IV.
b) I e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, apenas.

Tente fazer essa questão um pouco longa a seguir para fixação de conceitos como traço e
coeficiente de inchamento. Tente não usar calculadora para se acostumar no dia da prova.
92. FGV - CODEBA - Ana. Portuário - Eng. Civil - 2016
Para a execução de um revestimento, uma argamassa de traço 1:8 em massa de cimento e
areia secos será produzida na obra. A areia disponível possui massa específica aparente seca
igual a 1600 kg/m³ e, na obra, apresenta teor de umidade de 2%.
Sabendo-se que nessa umidade o inchamento da areia é de 24%, o volume (aparente) dessa
areia úmida a ser utilizado para cada saco de 50 kg de cimento deverá ser de
a) 250 litros.

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b) 260 litros.
c) 280 litros.
d) 300 litros.
e) 310 litros.

93. CESPE - Analista Administrativo – ANATEL – Eng. Civil - 2014


Acerca de projetos de obras civis, julgue o item que se segue.
O concreto deverá ser dosado de modo a assegurar, após a cura, a resistência indicada no
projeto estrutural. Para tanto, deve-se avaliar a resistência padrão de ruptura de corpos de
prova de concreto simples aos quatorze dias de idade.
( ) CERTO ( ) ERRADO

94. CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-ES - Eng. Civil - Questão para fixação adaptada
A respeito das características físicas dos materiais, julgue o item que se segue.
Para fins de dosagem de concretos, é essencial conhecer a massa específica aparente dos
agregados.
( ) CERTO ( ) ERRADO

95. VUNESP – Ana - MPE-SP - Eng. Civil - 2016


O traço de concreto pode ser estabelecido empiricamente para o concreto das classes
a) C10 a C15.
b) C10 a C18.
c) C15 a C20.
d) C18 a C22.
e) C20 a C25.

96. CEV UECE - ACI - COGE CE - Auditoria de Obras Públicas – Questão para fixação de 2013
Diversas vezes é necessário tomar algumas providências durante a execução da obra. Uma das
decisões que acontecem é relativa ao consumo de cimento antes da concretagem. Sabendo-se
que um concreto dosado, sem ar incorporado, consome 170 litros de água a cada metro cúbico
de concreto e tem relação água cimento de 0,68, pode-se afirmar corretamente que o número
de sacos de cimento que esse concreto consome é
a) 2.
b) 3.

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c) 4.
d) 5.

97. ESAF – TSIET – DNIT – Laboratório – Questão para fixação de 2013


Deseja-se dosar experimentalmente um concreto com resistência característica, aos 28 dias de
idade, de 20 MPa. Sabe-se que na obra o cimento será dosado em massa e a água e os
agregados em volume, com correção de umidade e inchamento da areia. Nessas condições a
resistência de dosagem que deve ser adotada (arredondada para uma casa decimal) é:
a) 26,6 MPa.
b) 31,6 MPa.
c) 24,90 MPa.
d) 29,1 MPa.
e) 28,9 MPa.

98. FCC - AJ - TRF 4 – Eng. Civil


Instrução: Para responder à questão, considere os dados abaixo, que se referem à dosagem e
ao controle de qualidade do concreto.
Simbologia adotada:
− relação água/cimento em massa;
fcj − resistência à compressão do concreto a j dias de idade;
fck − resistência característica à compressão do concreto especificada no projeto estrutural;
Sd − desvio padrão de dosagem.
A resistência de dosagem é dada pela fórmula fcj = fck + 1,65Sd. Os valores mínimo e máximo,
em MPa, de Sd são, respectivamente,
a) 2,0 e 7,0
b) 4,0 e 8,0
c) 5,5 e 10,0
d) 7,0 e 9,0
e) 8,0 e 8,0

99. CESPE – Min. da Integração Nacional – Eng. Civil – Questão para fixação de 2013
Após a concretagem de uma ponte, o engenheiro fiscal recebeu relatório da supervisora da
obra, contendo as seguintes observações:

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a) a resistência média do concreto, obtida por ensaio sob compressão, foi de 50 Mpa, valor
muito superior à resistência característica de projeto, que é de 45 Mpa;
b) o engenheiro executor reduziu a espessura das armaduras de aço constantes no projeto
executivo para atender à densidade mínima de ferragens prevista em norma e facilitar a
dobragem das barras;
c) no preparo da massa, um aditivo redutor de permeabilidade foi aplicado para acelerar o
endurecimento das peças de concreto.
Com base nessas informações, julgue o item que se segue.
Aplicando-se um elevado controle tecnológico no preparo da massa, a resistência do concreto
relatada estaria de acordo com o previsto em projeto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

100. CESPE - TRE-MT - Ana. Jud. – Eng - 2015


No projeto de estrutura de concreto de determinada edificação, a resistência característica do
concreto à compressão (fck) deve ser igual a 30 MPa. Durante a execução da obra, foram
realizados ensaios de rompimento de corpos de prova vinte e oito dias após a concretagem, a
fim de se verificar se a resistência estrutural atendia ao que foi projetado.
Tendo essa situação hipotética como referência inicial, assinale a opção correta acerca de
estruturas de concreto.
a) Para estruturas com resistência característica de projeto iguais ou inferiores a 30 MPa,
ensaios de rompimento de corpos de prova são dispensáveis.
b) As condições de preparo do concreto afetam o cálculo da resistência média à compressão
prevista.
c) As resistências obtidas dos ensaios de rompimento dos corpos de prova seguem uma
distribuição do tipo beta.
d) Corpos de prova rompidos com resistência superior a 30 MPa representam
obrigatoriamente consumo excessivo de cimento, devendo haver redução do seu teor nas
concretagens futuras.
e) Na situação em apreço, todos os corpos de prova deverão ter resistência igual a 30 MPa.

101. FAE – EC - Pref Gov Celso Ramos – 2017 - Adaptado


Julgue a afirmação a seguir:
A dosagem racional ou experimental de um concreto é feita com base na curva de Abrams,
construída com o mesmo cimento e mesmos agregados que serão utilizados na produção do
concreto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

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Essa questão a seguir é de nível difícil para memorizar e efetuar os cálculos na hora da prova.
Sugiro que tente fazer 1 só vez, não conseguindo, olhe a resolução e avance com o conteúdo.
Quando terminar de ver todas as aulas, aí sim vale a pena retornar aqui para tentar acertar
de primeira a questão. A importância dessa questão é perceber como se manipulam os
coeficientes do traço unitário na fórmula que vimos, pois a aplicação desses coeficientes
pode ainda ser cobrada.
102. FCC – 2015 - Ana. Jud. - TRE RR - Eng. Civil
Pretende-se estimar a massa de brita necessária para a execução de concreto com traço em
massa de (1:2:3:0,6).
A massa de brita necessária para a produção de 6 m3 de concreto é, em kg, igual a:
Dados:
- Concreto a ser executado na obra com agregados secos;
- Desprezar o volume de vazios com ar do concreto fresco adensado;
- Cimento: massa específica dos sólidos = 2,50 g/cm3;
- Areia: massa específica dos sólidos = 2,00 g/cm3;
- Brita: massa específica dos sólidos = 3,00 g/cm3.
a) 1 000.
b) 4 000.
c) 6 000.
d) 2 000.
e) 3 000.

103. CESPE – 2014 - Ana. Jud. - TJ CE - Eng. Civil - Adaptado


Ao se fiscalizar as condições de um canteiro de obras para a execução de concreto armado, foi
verificado que parte do cimento estava contaminado por umidade, que o preparo do concreto
era manual e que as barras de aço estavam expostas ao tempo, tendo sido iniciado processo
de oxidação.
Com base nessa situação, julgue a sentença a seguir.
O traço da massa exige um consumo de cimento menor no preparo do concreto executado
mecanicamente que no preparo manual do concreto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

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104. CESPE – 2016 - Ana. Jud. - TRT 8 - Eng. Civil


Considerando que, durante a construção de uma edificação simples, a betoneira tenha
apresentado uma falha e o concreto tenha sido preparado manualmente, é correto afirmar
que
a) em obras não é permitido preparo manual de concreto.
b) o traço do concreto adotado no preparo com betoneira deve ser mantido no preparo
manual.
c) o desvio padrão a ser considerado deve ser maior no cálculo da resistência do concreto
preparado manualmente.
d) o desvio padrão a ser considerado deve ser mantido no cálculo da resistência do concreto
preparado manualmente.
e) o cronograma da obra deve ser antecipado, pois o preparo manual é mais rápido.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto — Procedimento para
moldagem e cura de corpos de prova. 2 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2015. 12 p.
ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto — Ensaio de compressão de
corpos de prova cilíndricos. 3 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2018. 13 p.
ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto —
Procedimento. 3 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2014. 256 p.
ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7680-1: Concreto — Extração, preparo,
ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto Parte 1: Resistência à compressão axial.
1 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2015. 29 p.
ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8953: Concreto para fins estruturais –
Classificação pela massa específica, por grupos de resistência e consistência. 3 ed. Rio de Janeiro:
Abnt, 2015. 7 p.
ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12142: Concreto — Determinação da
resistência à tração na flexão de corpos de prova prismáticos. 3 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2010. 5 p.
ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655: Concreto de cimento Portland —
Preparo, controle, recebimento e aceitação — Procedimento. 3 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2015. 29 p.

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14931: Execução de estruturas de concreto


- Procedimento. 2 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2004. 59 p.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULAS


Meus parabéns por terem chegado até aqui! Se você leu tudo e fez todos os exercícios, com certeza
adquiriu uma ótima base para qualquer concurso de engenharia civil. Concreto é uma matéria muito
cobrada nos concursos!

Esse é nosso diferencial, prever nas aulas tudo que pode cair na prova, ensinar com todos os detalhes
para não ficar nenhuma dúvida. Mas se você ainda tem alguma pergunta, por favor, entre em
contato com nosso time no fórum de dúvidas. Será um prazer respondê-los.

Parabéns por mais essa missão cumprida!

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GABARITO

1. certo 42. c 83. certo


2. certo 43. e 84. errado
3. d 44. e 85. errado
4. a 45. b 86. certo
5. errado 46. e 87. c
6. d 47. e 88. errado
7. errado 48. certo 89. a
8. certo 49. certo 90. a
9. certo 50. errado 91. e
10. certo 51. b 92. e
11. b 52. b 93. errado
12. certo 53. c 94. certo
13. certo 54. c 95. a
14. e 55. d 96. d
15. c 56. errado 97. d
16. e 57. errado 98. a
17. errado 58. b 99. errado
18. errado 59. errado 100. b
19. d 60. b 101. certo
20. c 61. e 102. c
21. errado 62. errado 103. certo
22. errado 63. certo 104. c
23. certo 64. certo
24. c 65. d
25. e 66. b
26. errado 67. c
27. a 68. certo
28. c 69. d
29. errado 70. b
30. certo 71. e
31. d 72. e
32. b 73. c
33. c 74. a
34. d 75. errado
35. c 76. c
36. e 77. b
37. errado 78. b
38. errado 79. e
39. e 80. certo
40. e 81. errado
41. errado 82. d

MPU (Analista - Engenharia Civil) Conhecimentos Específicos - 2023 (Pré-Edital)


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