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[ome] A avaliagao da conformidade e as atividades do SINMETRO: Perspectivas para o direito comercial I em 2024 ¢ faturar RS100k por 5? Clique aqui seu lugar na mentoria experimental! ara reservar 0 Resumo: 0 presente estudo disserta sobre as atividades de Avaliagao da Conformidade nas peculiaridades brasileira (perspectivas do. SINMETRO) e os seus desnudamentos no Direito Comercial. Aborda a Avaliacao da Conformidade como um processo sistematizado, com regras pré-estabelecidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar adequado grau de confianga de que um produto, processo ou servico ou ainda um profissional, atende a requisitos pré- estabelecidos por normas ou regulamentos, com 0 menor custo possivel para a sociedade. Analisa a sua classificacao e seus mecanismos e os seus impactos no comércio internacional e faz uma breve reflexao sobre a representacao deste contexto para 0 Direito Comercial. é uma pesquisa de natureza exploratéria. Palavras-Chave: Avaliacio da Conformidade. SINMETRO. Direito Comercial Sumiério: 1. Consideracées iniciais. 2. Definigées, conceitos e principios gerais de avaliagao da conformidade (AC). 2.1. Principios de AC. 3. Classificagao da atividade de AC. 3.1 Quanto ao agente econdmico. 3.2. Quanto ao campo de utilizagao. 4. Mecanismos de AC. 4.1. Certificacao (por terceira parte). 4.2, Declaragao da conformidade do Fornecedor (por 1? parte). 43. Inspegdo. 4.4, Etiquetagem. 4. Ensaio. 5. SINMETRO = Sistema Nacional de Metrologia e Qualidade Industral (Lei 5966/73). 6 impacto da AC no comércio internacional. 6.1. Acordos de Reconhecimento Muituo (MRA). 7. Consideraces finais. Referéncias. 1. CONSIDERAGOES INICIAIS A Avaliacdo da Conformidade (AC) situa-se no contexto da qualidade competitividade, em que a questdo técnica torna-se também uma questao estratégica, Atua como ferramenta estratégica nas relacdes econémicas, faclitando o livre comércio entre paises blocos econémicos © Direito Comercial & 0 conjunto de normas juridicas que regula as atividades dos comerciantes, no exercicio da sua profissao, ¢ os atos considerados mercantis por forca de lei (REQUIAO, 2009). Neste contexto, conforme Tomazette (2005, p.11), atente-se que o Cédigo Civil classifica o estabelecimento empresarial como uma coisa coletiva ou estabelecimento de fato, posto que permite que seja como um todo objeto unitério de direitos e negécios juridicos, sem, contudo, proibir a negociacao isolada dos bens integrantes do mesmo. Assim, os bens integrantes do estabelecimento podem ser objeto de relagdes juridicas auténomas ou podem ser negociados de forma unitéria A presente pesquisa faz uma abordagem exploratéria sobre a Avaliacdo, da Conformidade e brevemente sobre as atividades do SINMETRO para aferir consideragdes sobre estes assuntos no campo do Direito Comercial uma pesquisa de natureza exploratéria, pois tém como principal finalidade desenvolver, esclarecer e/ou modificar conceitos e idéias, tendo em vista “a formulagao de problemas mais precisos ou hipéteses pesquisaveis para estudos posteriores" (SANTOS, 2008, p.43) conformidade (AC) AAC & um processo sistematizado, com regras pré-estabelecidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar adequado grau de confianca de que um produto, proceso ou servigo ou ainda um profissional, atende a requisitos pré-estabelecidos por normas ou regulamentos, com 0 menor custo possivel para a sociedade (INMETRO, 2007), De maneira geral, “é qualquer atividade com o objetivo de determinar, direta ou indiretamente, 0 atendimento a requisitos aplicaveis” (OMC apud INMETRO, 2007) Busca atingir dois objetivos: deve atender preocupagées sociais, estabelecendo com 0 consumidor uma relagao de confianga de que o produto, proceso ou servico est em conformidade com os requisitos especificados. E no pode se tornar um énus para a produgéo (nao deve envolver recursos maiores do que aqueles que a sociedade est disposta a investi) AC é a “demonstragao de que os requisitos especificados relativos a um produto, processo, sistema, pessoa ou organismo sao atendidos” (NBR ISSO/IEC 17000). AC interage com outros campos, tais como sistemas de gestao, metrologia, normalizacao e estatistica. Um produto com conformidade avaliada atende a requisitos minimos estabelecidos em uma norma ou regulamento técnico (proporciona confianca na conformidade). Cabe ao gestor do programa de AC analisar as nao conformidades sistémicas identificadas, mapear sua origem e definir as ages de melhoria aplicaveis (acompanhamento no mercado, com énfase preventiva) Os sistemas de AC podem ser operados a nivel internacional, regional, nacional ou sub-nacional. Muitos produtos so constituidos de elementos pertencentes a diferentes categorias genéricas de produtos. Quatro categorias genéricas so definidas em funcao do elemento dominante: servicos (ex transporte), software (ex: programa de computador, diciondrio), hardware (ex: motor, parte mecanica) e materiais processados (ex: lubrificante), ‘Avaliagao entre pares ¢ a avaliagéo de um organismo em relagao a requisito especificado por representantes de outros organismos que fazem parte de um grupo de acordo ou por candidatos a esse grupo de acordo, Aafirmacao resultante da atestacio (afirmacao da conformidade) da a garantia de que os requisitos especificados foram atendidos, mas néo procura, em si, alguma garantia contratual, juridica ou outra © termo acreditacao substitui credenciamento, £ a atestacao realizada por terceira parte relativa a um organismo de AC, exprimindo demonstragao formal de sua competéncia para realizar tarefas, especificas de AC. Reciprocidade € 0 relacionamento entre duas partes onde os dois tem 05 mesmos direitos e obrigacées entre si, As oportunidades advindas podem ser diferentes, isto pode levar a relacionamentos desiguais entre as partes. Reciprocidade pode existir dentro de um convénio muttilateral compreendendo uma rede de relacdes bilaterais reciprocas. 2.1 Principios de AC ‘AC é uma série de trés fungdes: selecdo, determinagao, e, andlise critica @ atestagdo (INMETRO, 2007). A Selecao coleta ou produz todas as informagées e entradas necessérias para a fungo determinacao, Variam amplamente em rnimero e complexidade e, em certas situacées, muito pouca atividade de selegao pode ser necesséria Atividades de determinacao séo conduzidas para desenvolver informagées completas relativas ao atendimento dos requisitos especificados pelo objeto de AC ou sua amostra, Sao tipos de atividades de determinacao: ensaio, inspegio, auditoria e avaliagao entre pares. Virias atividades de determinagao nao tém nome ou designacao especificos. Nao hé termos genéricos usados na pratica que represente todas as atividades de determinacao. A anilise critica constitui estagio final de verificacao, antes da decisio se 0 objeto de AC demonstrou atender aos requisitos especificados. Ea atestacdo é a emissao de uma afirmacao de conformidade feita de uma maneira que alcance mais rapidamente todos os potencias usuarios So tipos de atestacao: declaracao, certificagao e acreditacio, AAC pode terminar quando a atestacao é efetuada. Contudo, em alguns casos, interacdes sistemiticas das funcdes podem ser necessérias para manter a validade da afirmacao resultante da atestacao. Tais atividades so conduzidas pelas necessidades dos usuarios, Uma repeticao completa da avaliagao inicial néo é normalmente necesséria a cada interacdo de supervisdo, as atividades em cada fungdo durante a supervisao podem ser reduzidas, ou podem ser diferentes das atividades realizadas na avaliagao inicial. Atividades de selegao sio realizadas tanto na avaliacao inicial quanto na supervisdo. Contudo, escolhas inteiramente diferentes podem ser feitas na supervisio. Escolhas relativas aos requisitos especificados também podem ser diferentes. Assim, diferentes escolhas na selecéo podem levar a diferentes atividades de determinagio para propésitos de supervisio, Contudo, tanto na avaliaco inicial quanto na supervisio, a saida da selegdo define as atividades de determinacdo e como elas sero conduzidas. AA fungao analise critica e atestagao também é usada tanto na avaliagao inicial quanto na supervisdo. 3 Classificagao da atividade de AC 3.1 Quanto ao agente econémico Por primeira parte: AC realizada por pessoa ou organizacao que fornece © objeto (fabricante ou fornecedor). Por segunda parte: AC realizada por pessoa ou organizagao que tem interesse de usudrio no objeto (comprador/cliente/organizacées de clientes), Por terceira parte: AC realizada por pessoas ou organizacao que independente da pessoa ou da organizacao que fornece o objeto e de interesses de usuarios nesse objeto (nao tem interesse na comercializagao do produto). Neste caso, deverd haver a acreditagao. Para cada uma dessas categorias: as atividades de AC estdo sob 0 controle ow direcdo do tipo de individuo ou organismo expresso na definicao e a deciséo critica na qual a atestacdo se baseia é feita pelo tipo de individuo ou de organismos expresso na definicao. 3.2 Quanto ao campo de utilizagao ‘AC é voluntaria quando parte de uma decisdo do fornecedor. Agrega valor a0 produto (vantagem competitiva). Vem crescendo como forma de superar barreiras técnicas ou de acesso a mercados exigentes. Si baseados em uma norma ‘AC é compulséria quando exercida pelo Estado através de uma atividade regulamentadora, quando se entende que 0 produto, processo ou servico pode oferecer riscos & seguranca do consumidor ou ao meio ambiente ou o desempenho inadequado pode trazer prejuizos econémicos a sociedade. Tem como elemento de referéncia um regulamento técnico, que pode referenciar uma norma técnica, tomando seus critérios ou parte deles de cardter compulsério. 4 Mecanismos de AC Para a selecdo do mecanismo & necessario levar em consideragéo diversos aspectos como 0 risco oferecido em um eventual acidente de consumo, 0 impacto e a referéncia da falha, o volume de producao, aspectos técnicos, sociais, legais, particulares do mercado interno e do internacional. Com base nestes dados se determina o agente econémico, o mecanismo, a compulsoriedade ou nao e as ferramentas. Sdo ferramentas freqentemente utilizadas: ensaio de tipo, ensaio de rotina, avaliacéo do sistema da qualidade de fabricacao, julgamento de um servico executado, amostragem e auditoria (INMETRO, 2007), ‘Apesar de nao ser comum no Brasil, podem ser utilizados diferentes mecanismos concomitantemente para a AC de um mesmo objeto, em fungéo de suas especificidades. 4.1 Certificacéo (por terceira parte) Na certificagio de produtos, processos e servigos existem os seguintes modelos a serem utilizados: Modelo 1: Ensaio de tipo, fornece uma comprovacao de conformidade de um item, em um dado momento (limitando ai seus efeitos) = Modelo 2: Ensaio de tipo seguido de verificagao através de Ensaios em Amostras retiradas no comércio, A avaliagao cobre também a influéncia exercida pelo comércio de distribuigao e as condigées em que 0 comprador final recebe o produto, mas nao tem cardter preventivo (ndo leva em consideracao controle da qualidade da fabrica. = Modelo 3: Ensaio de tipo seguido de verificagao através de Ensaio em amostras retiradas no fabricante. Proporciona supervisao permanente da producao do fabricante que podem desencadear acées, corretivas. Modelo 4: Ensaio de tipo seguido de verificacao através de Ensaio em Amostras retiradas no comércio € no fabricante. Modelo 5: Ensaio de tipo, Avaliacdo e Aprovacao do Sistema de Gestéo da Qualidade do fabricante, acompanhamento através de auditoria no fabricante. Modo mais utilizado no SBAC. Proporciona um sistema confidvel e completo de AC de uma producio em série e em grande escala Modelo 6: Avaliagao e aprovacdo do SGQ do fabricante, Nao & adequado para a certificacdo do produto, ja que nao avalia a conformidade do produto final Modelo 7: Ensaio de Lote. Baseia-se no método “passa, nao passa’. Submete-se a ensaios amostrais retiradas de um lote. = Modelo 8: Ensaio 100%. Todo 0 universo de produtos é atestado. Utilizado quando envolve muitos riscas. A Certificagao de Sistemas de Gestéo pode abranger a empresa como um todo ou partes da mesma, podendo limitar-se a um tinico departamento. A responsabilidade pela certificagdo é do organismo acteditado e do acreditador. A Certificagao de Pessoal avalia as habilidades, os conhecimentos ¢ as competéncias de algumas ocupagses profissionais. Os resultados dos exames devem ser oferecidos aos profissionais que alcancaram ou néo a certificagao para induzi-los ao aperfeicoamento profissional 4.2 Declaragao da conformidade do Fornecedor (por 1" parte) Processo pelo qual um fomecedor, sob condligdes pré-estabelecidas, di garantiaescrita. E aplicado a produtos, processos e servos que oferegam de médio a baixo risco a satde e seguranga do consumidor e do meio ambiente. Quando da implementacao de programas de 1* parte, tornam-se necessérias aces mais intensificadas de avaliagdo no mercado, particularmente através da verificagao da conformidade. As verificagées de acompanhamento séo exercidas pelos IPEM (Orgaos Estaduais de Pesos e Medidas) que atuam de forma delegada pelo INMETRO. 43 Inspecdo Eo exame de um projeto de produto, produto, processo ou instalacao determinacao de sua conformidade com requisitos especificos ou com. base no julgamento profissional, com requisitos gerais. Pode incluir a inspedo de pessoas, de instalacées, da tecnologia e da metodologia Eo mecanismo de AC pela observacao e julgamento, acompanhando, conforme apropriado, por medigdes, ensaios ou uso de calibres. E 0 mecanismo mais utilizado para avaliar servigos, apés sua execucao, ‘A inspecdo pode ser aplicada com foco em seguranga, desempenho operacional e manutenco da seguranca, ao longo de todos os estagios da vida util do produto. O objetivo principal é reduzir o risco do comprador, proprietério, usuério ou consumidor quando do uso do produto, Os organismos de inspecdo devem ter competéncia, imparcialidade e integridade. E muito praticado por 2* parte, quando compradores a executam, quer seja quando o produto sai da fabrica ou quando da chegada nas instalagdes do comprador. Através de ensaio é determinada e informada ao consumidor uma caracteristica do produto, especialmente relacionada ao seu desempenho. O uso da etiqueta é um mecanismo de conscientizacao dos consumidores e estimula um constante aprimoramento tecnolagico. 45 Ensaio Ea determinacio de uma ou mais caracteristicas de um objeto de AC de acordo com um procedimento especificado. O termo ensaio se aplica tipicamente a materiais, produtos ou processos. Normalmente esta associado a outros mecanismos de AC, em especial inspegio cettificagao. Os laboratérios de ensaio podem ser operados por uma variedade de organizacées e dividem-se em: laboratérios que produzem dados que serdo utilizados por terceiros, e, laboratérios para Uso interno das organizacées. S80 requisitos essenciais a qualidade e repetibilidade do ensaio 5 SINMETRO - Sistema Nacional de Metrologi Industrial (Lei 5966/73) Qualidade Constituido por entidades puiblicas e privadas, Exerce atividades relacionadas com a metrologia, normalizagao, qualidade industrial e avaliagio da conformidade. Séo organizagdes que compe o SINMETRO: 0 CONMETRO, os Comités assessores do CONMETRO, 0 INMETRO, organismos acreditados, laboratérios acreditados, ABNT, a RBMLQ-1, meios de producéo (fomecedores, fabricantes etc), ¢, entidades civis e érgaos piblicos da defesa dos consumidores. Esta estrutura de servicos tecnoldgicos esté formada para atender as necessidades da industria, do comércio, do governo, das entidades reguladoras e do consumidor. © férum politico do SINMETRO é 0 CONMETRO. £ presidido pelo ministro do MDIC. 0 CONMETRO é constituido das seguintes instituigdes: MMA, MTE, MS, MCT, MRE, MJ, MAPA, MD, CNI, ABNT e IDEC. Possui comités técnicos assessores que séo abertos & sociedade: CBN, CBM, CCAB, CBTC, CBR, CPCon, CBAC. ‘Ao INMETRO cabe a secretaria executiva do CBAC, que tem por fungao estruturar, para a sociedade, um sistema de avaliacéo da conformidade harmonizado internacionalmente, na proposicao de principios e politicas a serem adotados no ambito do SBAC. © INMETRO desenvolve os programas de AC com o assessoramento de comissées técnicas especialmente constituidas, que so estruturadas a partir da criacao de grupos de trabalho para estudo e desenvolvimento de tarefas especificas, coordenadas pela entidade reguladora e secretariadas pelo INMETRO. © INMETRO atua no SINMETRO com as seguintes atribuigdes: organismo acreditador (com clara separagio entre atividades de certificagao e acreditacio), secretaria executiva do CONMETRO e dos seus comités técnicos assessores, e, supervisio dos organismos de fiscalizagao (modelo descentralizado, em que o INMETRO delega através de convénio, a execugao do controle metrolégico e da fiscalizagao dos produtos aos IPEM que compée a RBMLQ). 6 Impacto da AC no Comércio Internacional E cada vez mais usual a utilizagao de avaliagao da conformidade compulséria para a comercializacao de produtos, processos ou servicos que se relacionam com a satide, a seguranga e o meio ambiente no Ambito dos blocos econémicos e das relacées bilaterais. No comércio internacional, a livre circulagdo de bens e servicos sé se viabiliza integralmente se os paises envolvidos mantiverem sistemas de AC compativeis e mutuamente reconhecidos. A.OMC 6 0 forum mais importante voltado para negociagées comerciais. Possui o principio da néo-discriminacio que se reveste em duas clausulas: a da Nacdo Mais Favorecida (NMF) e a do Tratamer Nacional. A NMF estende qualquer vantagem, privilegio ou imunidade as outras partes contrat intes. A do Tratamento Nacional estabelece que produtos importados de paises contratantes nao podem ser submetidos a impostos internos ou outros encargos que sejam superiores aos aplicados aos produtos domésticos (INMETRO, 2009). Barreira Técnicas as Exportacdes sdo barreiras comerciais no tarifarias derivada da utilizacao de normas ou regulamentos nao transparentes ou que nao se baseiam em normas internacionalmente aceitas. Ou, ainda, decorrentes da adogio de procedimentos de AC nao transparentes e/ou demasiadamente dispendiosos, bem como de inspegdes excessivamente rigorosas (exigéncias contidas vao além do aceitavel). No Ambito da OMC, as discussées sobre barreiras técnicas serao analisadas estritamente a luz do TBT (Agreement on Technical Barriers to Trade) e do SPS (Sanitary and Phytosanitary Agreement) As disposigdes do TBT definem que os paises signatérios néo devem produzir exigancias técnicas que criem obstaculos ao comércio internacional. So principios do TBT: a no-discriminagao, a harmonizagao das exigéncias técnicas com base em normas internacionais, a equivaléncia (aceitar como equivalentes os regulamentos e 0s procedimentos de AC que proporcionem resultados satisfatérios) © TBT prevé que para assegurar transparéncia os paises membros devem estabelecer pontos focais (centro de informacao) para disponibilizar o projeto de regulamento, sua cobertura, acessibilidade & concessao de prazo para comentarios e criticas das partes interessadas. No Brasil, é de responsabilidade do INMETRO e de denomina-se Ponto Focal de Barreiras Técnicas as Exportagdes. Nao se limita a executar atividades obrigatérias do TBT, busca também trabalhar de maneira a auxiliar especialmente a micro, a pequena e media empresa que disputam os mercados internacionais. Os servigos so prestados em portugués, ex: “Alerta Exportador!”. O pafs que emite o regulamento nao esté obrigado a adiar ou suspender a aplicacéo das medidas, mas & obrigado a explicé-la de maneira conveniente. 6.1 Acordos de Reconhecimento Miituo (MRA) Podem se apresentar sob trés formas: 1 acordos politicos entre governo, 2 acordos entre organismos de acreditagao e 3 acordos entre laboratérios e organismos de certificagao. (INMETRO, 2009), Acordos de Reconhecimento Mtituo (MRA) sao os instrumentos que trazem elementos e procedimentos praticos para o estabelecimento e manutencao de cooperacées para aceitacao da confianga no trabalho de organismos de acreditacao, de AC e, de forma mais geral, de organismos de todos 0s usuérios de um sistema de AC. Os MRA podem facilitar 0 comércio internacional por reduzirem ou eliminarem a repeticao de testes, reduzindo custos e dando reconhecimento aos resultados obtidos por testes conduzidos no exterior. Lei 7 CONSIDERAGOES FINAIS Atos de Comércio sio todos os atos praticados habitualmente com 0 objetivo de lucro, para mediacao, circulagao e intermediagao de bens e servicos. Sao atos juridicos, composto de dois elementos: causa € motivo, Sao atos de intermediagéo mercantil; visam lucros para os agentes que os realizam; sao praticados habitualmente; so realizados em fungao da profisso (COELHO, 2009). ‘A Avaliagao da Conformidade encontra, necessariamente, vinculos diretos com os atos de comércio, justamente por ser um processo sistematizado, com regras pré-estabelecidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar adequado grau de confianga de que um produto, processo ou servigo ou ainda um profissional, atende a requi tos pré-estabelecidos por normas ou regulamentos, com o menor custo possivel para a sociedade. Avalia-se que a presente pesquisa logrou éxito ao tratar dos temas de forma exploratéria e, possivelmente, subsidia futuras pesquisas académicas. Como sugestao, acredita-se ser vidvel operacionalizar pesquisas futuras com questées particulares da Avaliagao da Conformidade, ligando-as aos temas especificos do Direito Comercial Referéncias BRASIL. Lei 5966/73. Institui _o Sistema Nacional de Metrologia, Normatizagao e Qualidade Industrial, e dé outras providéncias. Brasilia: Planalto, 2009. COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa 21° Ed, Sao Paulo: Saraiva, 2009. Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Normalizagao e Qualidade Industrial. Manual de Barreiras Técnicas ds Exportacées: 0 que séo e como supera-las. Rio de Janeiro: INMETRO, 2009, Avaliagdo da Conformidade: Diretoria da Qualidade 5. ed, Rio de Janeiro: INMETRO, 2007. NBR ISO/IEC17000, Avaliago de conformidade - Vocabulario & principios gerais. ABNT: 2009. REQUIAO, Rubens. Curso de Direito Comercial. Vol. 1. 28% Ed. Sao Paulo: Saraiva, 2009, SANTOS, Ezequias Estevam dos. Manual de Métodos e Técnicas de Pesquisa Cientifica, 8.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2008. TOMAZETTE, Marlon. Direito societdrio. 2 ed. Sdo Paulo: Juarez de Oliveira. 2005, Informagées Sobre o Autor Manoel Valente Figueiredo Neto Mestre em Politicas Puiblicas -UFPI. Especialista em Gestao Publica Especialista em Direito Civil. Professor de Direito, Bacharel em Direito € Licenciado em Letras. Quer escalar seu escritério no digital em 2024? Clique aqui para reservar o seu lugar na mentoria experimental: Como vender servicos e mentorias e faturar R$100k por més. Deixe um comentario Deixe seu coment Nome Email Site Salar meus dados neste navegador para a préxima vez que eu comenta.

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