You are on page 1of 8
Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEIN® 4.829, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1965 Mensagem de veto Institucionaliza 0 crédito rural Regulamento © PRESIDENTE DA REPUBLICA, fago saber que o CONGRESO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Capitulo i Disposigdes Preliminares Art. 1° O crédito rural, sistematizado nos térmos desta Lei, sera distribuido e aplicado de acérdo com a politica de desenvolvimento da producao rural do Pais e tendo em vista o bem-estar do povo. Art. 2° Considera-se crédito rural o suprimento de recursos financeiros por entidades publicas e estabelecimentos de crédito particulares a produtores rurais ou a suas cooperativas para aplicagdo exclusiva em atividades que se ‘enquadrem nos objetivos indicados na legislagao em vigor. Art. 3° So objetivos especificos do crédito rural: | estimular 0 incremento ordenado dos investimentos rurais, inclusive para armazenamento beneficiamento e industrializagao dos produtos agropecuarios, quando efetuado por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural Il -favorecer 0 custeio oportuno e adequado da produgao e a comercializagao de produtos agropecuarios; IIL - possibilitar o fortalecimento econémice dos produtores rurais, notadamente pequenos e médios; IV - incentivar a introdugao de métodos racionais de produgéo, visando ao aumento da produtividade e a melhoria do padrao de vida das populagoes rurais, © a adequada defesa do solo; ‘Art. 4” O Conselho Monetério Nacional, de acérdo com as atribuigdes estabelecidas na Lei n® 4.595. de 31 de dezembro de 1964, disciplinara o crédito rural do Pais e estabelecerd, com exclusividade, normas operativas traduzidas nos seguintes t6picos: avaliagao, origem e dotagao dos recursos a serem aplicados no crédito rural; II diretrizes instrugdes relacionadas com a aplicagao ¢ contréle do crédito rural; Ill -critérios seletivos e de prioridade para a distribuigao do crédito rural; IV - fixagao © ampliacao dos programas de crédito rural, abrangendo t6das as formas de suplementagao de recursos, inclusive refinanciamento Ar 5° O cumprimento das deliberacées do Conselho Monetério Nacional, aplicavels ao crédito rural, sera dirigido, coordenado e fiscalizado pelo Banco Central da Republica do Brasil Art. 6° Compete ao Banco Central da Republica do Brasil, como érgao de contréle do sistema nacional do crédito rural: | - sistematizar a agdo dos érgaos financiadores e promover a sua coordenagao com os que prestam assisténcia técnica e econémica ao produtor rural; II - elaborar planos globais de aplicacao do crédito rural e conhecer de sua execugao, tendo em vista a avaliacao dos resultados para introdugao de corregdes cabiveis; Ill - determinar os meios adequados de selegao e prioridade na distribuigao do crédito rural e estabelecer medidas para 0 zoneamento dentro do qual devem atuar os diversos érgaos financiadores em fungao dos planos elaborados; IV - incentivar a expans&o da réde distribuidora do crédito rural, especialmente através de cooperativas; \V - estimular a ampliago dos programas de crédito rural, mediante financiamento aos érgdos participantes da réde distribuidora do crédito rural, especialmente aos bancos com sede nas areas de produgao e que destinem ao crédito rural mais de 50% (cingiienta por cento) de suas aplicages. Capitulo tt Do Sistema de Crédito Rural Art. 7° Integrardo, basicamente, o sistema nacional de crédito rural: © Banco Central da Republica do Brasil, com as fungGes indicadas no artigo anterior; lO Banco do Brasil S. A., através de suas carteiras especializadas; Ill - © Banco de Crédito da Amazénia S. A. e 0 Banco do Nordeste do Brasil S.A., através de suas carteiras ou departamentos especializados, e IV - 0 Banco Nacional de Crédito Cooperativo. § 1° Serdo vinculados ao sistema: de conformidade com o disposto na Lei n? 4.504, de 30 de novembro de 1964: a) 0 Instituto Brasileiro de Reforma Agraria - IBRA; b) 0 Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrario - INDA; ) 0 Banco Nacional do Desenvolvimento Econémico - BNDE; I- como érgéos auxiliares, desde que operem em crédito rural dentro das diretrizes fixadas nesta Lei: a) Bancos de que os Estados participem com a maioria de agdes; b) Caixas Econémicas; ) Bancos privados; 4d) Sociedades de crédito, financiamento e investimentos; ©) Cooperativas autorizadas a operar em crédito rural. § 2° Poderdo articular-se no sistema, mediante convénios, érgaos oficiais de valorizado regional e entidades de prestagao de assisténcia técnica e econdmica ao produtor rural, cujos servigos sejam passiveis de utilizar em conjugagao com o crédito, § 3° Poderdo incorporar-se ao sistema, além das entidades mencionadas neste artigo, outras que 0 Conselho Monetario Nacional venha a admit. Capitulo tl Da Estrutura do Crédito Rural Art. 8° O crédito rural restringo-se ao campo especifico do financiamento das atividades rurais © adotard, basicamente, as modalidades de operagGes indicadas nesta Lei, para suprir as necessidades financeiras do custeio e da comercializagao da produgao propria, como também as de capital para investimentos e industrializacao de produtos agropecuarios, quando efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural. Art. 9° Para os efeitos desta Lei, 0s financiamentos rurais caracterizam-se, segundo a finalidade, como de: |.- custeio, quando destinados a cobrir despesas normais de um ou mais periodos de produgéo agricola ou pecuaria; II investimento, quando se destinarem a inversées em bens e servigos cujos desfrutes se realizem no curso de varios periodos; lil - comercializag3o, quando destinados, isoladamente, ou como extensdo do custeio, a cobrir despesas proprias da fase sucessiva a coleta da produgao, sua estocagem, transporte ou a monetizacao de titulos oriundos da venda pelos produtores; IV - industrializagao de produtos agropecuarios, quando efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural Art. 10. As operagées de crédito rural subordinam-se as seguintes exig&ncias essenciais: idoneidade do proponente; Il apresentagao de orgamento de aplicagao nas atividades especificas; Il -fiscalizagao pelo financiador. Art. 11. Constituem modalidade de operagbes: Crédito Rural Corrente a produtores rurais de capacidade técnica e substancia econémica reconhecidas; Il - Crédito Rural Orientado, como forma de crédito tecnificado, com assisténcia técnica prestada pelo financiador, diretamente ou através de entidade especializada em extensao rural, com 0 objetivo de elevar os niveis de produtividade e melhorar 0 padrao de vida do produtor e sua familia; ‘eslabelecidas para 3es-dicstas_de_crédite sural_os_trabalhos de custoio, coleta_transportes, -ostoca Il - Crédito as cooperativas de produtores rurais, como antecipagéo de recursos para funcionamento e aparelhamento, inclusive para integralizagao de cotas-partes de capital social, destinado a programas de investimento & outras finalidades, prestago de servigos aos cooperados, bem como para financiar estes, nas mesmas condicoes estabelecidas para as operagées diretas de crédito rural, os trabalhos de custeio, coleta, transportes, estocagem e a comercializagao da produgdo respectiva @ os gastos com melhoramento de suas propriedades. (Redagdo dada pelo Decreto-Lei n® 784, 25/08/69.) IV - Crédito para Comercializagao com o fim de garantir aos produtores agricolas pregos remuneradores para a colocagao de suas safras e industrializacdo de produtos agropecudrios, quando efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural; V - Crédito aos programas de colonizagao e reforma agréria, para financiar projetos de colonizagao e reforma ‘agraria como as definidas na Lei ntimero 4.504, de 30 de novembro de 1964, Art. 12. As operagées de crédito rural que forem realizadas pelo Instituto Brasileiro de Reforma Agraria, pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrério e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econémico, diretamente ou através de convénios, obedecerdo as modalidades do crédito orientado, aplicadas as finalidades previstas na Lei n° 4.504, de 30 de novembro de 1964 Ar 13. As entidades financiadoras participantes do sistema de crédito rural poderdo designar representantes para acompanhar a execucao de convénios relativos a aplicagao de recursos por intermédio de érgaos intervenientes. § 1° Em caso de crédito a cooperativas, poderdo os representantes mencionados neste artigo prestar assisténcia técnica e administrativa, como também orientar e fiscalizar a aplicagao dos recursos. § 2° Quando se tratar de cooperativa integral de reforma agraria, aplicar-se-4 0 disposto no § 2° do art. 79 da Lei n® 4.504, de 30 de novembro de 1964, Art. 14. Os térmos, prazos, juros e demais condigies das operagdes de crédito rural, sob quaisquer de suas modalidades, serdo estabelecidos pelo Conselho Monetério Nacional, observadas as disposigdes legais especificas, nao ‘expressamente revogadas pela presente Lel, inclusive o favorecimento previsto no art. 4° 31 de dezembro de 1964, ficando revogado o art. 4° do Decreto-ei n® 2.611, de 20 de setembro de 1940, Pertgrafe-inice ¥EFABS (Revogado pelo Decreto-Lei n® 784, 25/08/69.) Capitulo IV Dos Recursos para o Crédito Rural Art. 18. O crédito rural contaré com suprimentos provenientes das seguintes fontes: intermas: a) recursos que so ou vierem a ser atribuldos ao Fundo Nacional de Refinanciamento Rural instituldo pelo Decrato n° 54.019, de 14 de julho de 1964; b) recursos que so ou vierem a ser atribuidos ao Fundo Nacional de Reforma Agrétia, instituido pela Lei n® 4.504, novembro de 1964; ©) recursos que so ou vierem a ser atribuidos ao Fundo Agroindustrial de Reconverséo, instituldo pela Lei n? 4.504, de 30 de novembro de 1964; d) dotagdes orgamentarias atribuidas a érgaos que integrem ou venham a integrar o sistema de crédito rural, com destinagao especttica; ) valores que 0 Conselho Monetério Nacional venha a isentar de recolhimento, na forma prevista na Lei n® 4.595, de 31 de dezembro de 1964, art. 4°, item XIV, letra "c", VETADO #) recursos préprios dos érgaos participantes ou que venham a participar do sistema de crédito rural, na forma do art. 7°; 4g) importancias recolhidas ao Banco Central da Reptiblica do Brasil pelo sistema bancario, na forma prevista no § 1° do art. 21; h) produto da colocagdo de bénus de crédito rural, hipotecario ou titulos de natureza semelhante, que forem ‘emitidos por entidades governamentais participantes do sistema, com caracteristicas e sob condicées que 0 Conselho Monetario Nacional autorize, obedecida a legislacao referente a emissao e circulagao de valores mobiliarios; i) produto das multas recolhidas nos trmos do § 3° do art, 21; j) resultado das operagées de financiamento ou refinanciamento; 1) recursos outros de qualquer origem atribuidos exclusivamente para aplicagao em crédito rural; m) VETADO, 1) VETADO. Il externas: a) recursos decorrentes de empréstimos ou acdrdos, especialmente reservados para aplicagao em crédito rural; b) recursos especificamente reservados para aplicagao em programas de assisténcia financeira ao setor rural, através do Fundo Nacional de Reforma Agraria, criado pelo art, 27 da Lei n® 4,504, de 30 de novembro de 1964: ©) recursos especificamente reservados para aplicagao em financiamentos de projetos de desenvolvimento agroindustrial, através do Fundo Agroindustrial de Reconversao, criado pelo art. 120 da Lei n° 4.504, de 30 de novembro do 1964; d) produto de acérdos ou convénios celebrados com entidades estrangeiras ou internacionais, conforme normas que 0 Conselho Monetério Nacional tragar, desde que nelas sejam especificamente atribuidas parcelas para aplicagao em programa de desenvolvimento de atividades rurais. Art. 16. Os recursos destinados ao crédito rural, de origem externa ou interna, ficam sob o controle do Conselho Monetario Nacional, que fixara, anualmente, as normas de distribuicéo aos érgaos que participem do sistema de crédito tural, nos térmos do art. 7°, Paragrafo Unico. Todo e qualquer fundo, ja existente ou que vier a ser criado, destinado especificamente a financiamento de programas de crédito rural, tera sua administragao determinada pelo Conselho Monetario Nacional, respeitada a legislagao especifica, que estabelecerd as normas e diretrizes para a sua aplicagao. Art. 17. Ao Banco Central da Republica do Brasil, de acdrdo com as atribuigdes estabelecidas na Lei numero 4.595, de 31 de dezembro de 1964, caberd entender-se ou participar de entendimentos com as instituigSes financeiras estrangeiras e intemacionais, em assuntos ligados a obtengao de empréstimos destinados a programas de financiamento 4s atividades rurais, estando presente na assinatura dos convénios e apresentando ao Conselho Monetario Nacional sugestées quanto as normas para sua utiizagao. Art. 18. © Conselho Monetério Nacional podera tomar medidas de incentivo que visem a aumentar a participagao da réde bancaria no oficial na aplicagao de crédito rural Art. 19. A fixago de limite do valor dos empréstimos a que se refere 0 § 2° do art. 126 da Lei n® 4.504, de 30 de novembro de 1964, passa para a competéncia do Conselho Monetario Nacional, que levara em conta a proposta apresentada pela diretoria do Banco do Brasil S. A. Art. 20. © Conselho Monetario Nacional, anualmente, na elaboracdo da proposta orgamentaria pelo Poder Executivo, incluird dotagao destinada ao custeio de assisténcia técnica e educativa aos beneficiatios do crédito rural. _ Parsg-ato-t ee adae-ne-caput-que-apresentarem deficiéncia-ne-apheagio-derecursos dePder pele Med Viegneia encerrada de-eréditorroral perativas-percentagem,a-ser fade pelo-Goncel Monetétie- Necional-dos-rectrsos-com-que-operarem: § prin 3 ides no-pre: artigo tecotherso-as-soma: entrat-de-Repa pare-aphcaga fineprevistos neste ter § forme dete: jencerie jars & fore sé § rator-d-malte-varisvete tery . {eingtiente-por-cento}-sébre-os-velores nde epleados-enrerédito rah § te paris Prazo-de-45-{ i Art. 21. As instituiges referidas nos incisos II 6 Ill do caput do art. 72, na alinea “c” do inciso I do § 12 do art. 72.6 nas alineas *a’ @ "8" do inciso I do § 12 do art. 7° desta Lei manterdo aplicados recursos no crédito rural, observadas a forma e as condigées estabelecidas pelo Conselho Monelario Nacional. (Redagao dada pela Lei n? 13,506, de 2017) § 12 As instituigées referidas no caput deste artigo que apresentarem deficiéncia na aplicagao de recursos no periodo do 12 de julho de 2016 a 30 de junho de 2017 recolherao as somas correspondentes em depésito no Banco Central do Brasil, remuneradas na forma estabelecida pelo Conselho Monetério Nacional, para aplicagao nos fins previstos nesta Lel. (Redac3o dada pela Lei n® 13.506, de 2017) § 22 As insttuigdes referidas no caput deste artigo que apresentarem deficiéncia na aplicagao de recursos estarao sujeitas, a partir de 12 de julho de 2018, relativamente ao ano agricola iniciado em 12 de julho de 2017, aos custos financeiros estabelecides pelo Banco Central do Brasil, (Redacao dada pela Lei n? 13.508, de 2017, § 3° (Revogado). (Redapdo dada pela L: go. (Revogado). (Redago dada pela L Art. 22. 0 depésito que constitui o Fundo de Fomento a Produgao, de que trata o art, 7° da Lei niimero 1,184, de 30 de agdsto de 1950, fica elevado para 20% (Vinte por cento) das dotages anuals previstas no art. 199 da Constituicdo Federal, e sera efetuado pelo Tesouro Nacional no Banco de Crédito da Amaz6nia S.A., que se incumbira de sua aplicacao, direta e exclusiva, dentro da area da Amaz6nia, observadas as normas estabelecidas pelo Conselho Monetario Nacional e autras disposig6es contidas nesta Lei § 1° 0 Banco de Crédito da Amaz6nia S.A., destinara, para aplicago em crédito rural, pelo menos 60% (sessenta por cento) do valor do fundo, podendo © Conselho Monetario Nacional alterar essa percentagem, em face da circunstancia que assim recomende. § 2° Os juros das aplicagées mencionadas neste artigo serdo cobrados as taxas usuais para as operacées de tal natureza, conforme 0 Conselho Monetario Nacional fixar, ficando abolido o limite previsto no art, 7°, §§ 2° e 3°, da Lei n® 1.184, de 30 de agasto de 1950, Capitulo V Dos Instrumentos de Crédito Rural ‘Art. 23. VETADO § 1° VETADO § 2° VETADO Ant. 24. VETADO capitulo vi Das garantias do crédito rural Art. 25. Poderdo constituir garantia dos empréstimos rurais, de conformidade com a natureza da operago crediticia, em causa: Penhor agricola; - Penhor pecuario; lil - Penhor mercantil; IV - Penhor industrial; \V-Bithete de mercadoria; VI- Warrants; VII - Caugao; Vill - Hipoteca; IX Fidejusséria; X-- Outras que o Conselho Monetario venha a admitir. § 1 A instituigo financeira que exigir a contratagéo de apélice de seguro rural como garantia para a concesséo de crédito rural fica obrigada a oferecer ao financiado a escolha entre, no minimo, duas apélices de diferentes seguradoras, sendo que pelo menos uma delas néo podera ser de empresa controlada, coligada ou pertencente a0 mesmo conglomerado econémico-financeiro da credora. (Incluido pela Lei n® 13.195, de 2015} § 22 Caso 0 mutudrio ndo deseje contratar uma das apélices oferecidas pela insttugso financeira, esta ficar& obrigada @ aceitar apélice que 0 mutuério tenha contratado com outra seguradora habiltada a operar com 0 seguro rural {Incluido pela Lei n’ 13.195, de 2045) § 3° A instituigdo financeira deverd fazer constar dos contratos de financiamento ou das cédulas de crédito, ainda que na forma de anexo, comprovacao de que foi oferecida ao mutuario mais de uma opgéo de apdlice de sequradoras diferentes ¢ que houve expressa adesao do mutuario a uma das apdlices oferecidas ou, se for o caso, que ele optou por apélice contratada com outra seguradora, na forma estatulda nos §§ 1° e 2° deste artigo. (Uncluido pela Lei n? 13.196, de 2015) Art. 26. A constituigo das garantias previstas no artigo anterior, de livre convengao entre financiado e financiador, observard a legislagao propria de cada tipo, bem como as normas complementares que o Conselho Monetério Nacional estabelecer ou aprovar. ‘Art. 27. As garantias reais serao sempre, preferentemente, outorgadas sem concorrén Art. 28. Exceto a hipoteca, as demais garantias reals oferecidas ora seguranga dos financiamentos rurais valerao centre as partes, independentemente de registro, com todos os direitos e privilégios. Art. 29 - A critério da entidade financiadora, os bens adquiridos @ as culturas custeadas ou formadas por meio de crédito rural poderdo ser vinculados ao respectivo instrumento contratual, inclusive titulo de crédito rural, como garantia especial (Redago dada pelo Decreto-Lei n° 784, 25/08/69.) Paragrafo Unico. Em qualquer caso, os bens e culturas a que se refere este artigo somente poderdo ser alienados ou gravados em favor de terceiros, mediante concordancia expressa da entidade financiadora (Incluido pelo Decreto-Lei n® 784, 25/08/69.) Art. 30, © Conselho Monetario Nacional estabelecera os térmos e condigées em que poderao ser contratados os seguros dos bens vinculados aos instrumentos de crédito rural Capitulo Vil Disposigées transitérias Art. 31. © Banco Central da Repiblica do Brasil assumir4, até que o Conselho Monetério Nacional resolva em contrario, 0 encargo dos programas de treinamento de pessoal para administragao do crédito rural, inclusive através de cooperativas, podendo, para tanto, firmar convénios que visem a realizagao de cursos e @ obtengao de recursos para cobrir os gastos respectivos. Paragrafo Unico. As unidades interessadas em treinar pessoal concorrerao para os gastos com a contribuigéio que {or arbitrada pelo Banco Central da Repablica do Brasil Capitulo Vil Disposigées gerais Art. 32, Os drgaos de orientagao e coordenacao de atividades rurais, criados no ambito estadual, deverdo elaborar seus programas de agéo, no que respeita ao crédito especializado, observando as disposigées desta Lei e normas ‘complementares que o Conselho Monetario Nacional venha a baixar. Art 33. Estendem-se as instituigées financeiras que integrem basicamente, o sistema de crédito rural, nos térmos do art. 7°, itens | a IV, desta Lei, as disposi¢Ges constantes do artigo 4°, da Lei n® 454, de 9 de julho de 1937, do art, 3° do nlimero 2.611, e do art. 3° do Decreto-lei n® 2.612, ambos de 20 de setembro de 1940, e dos arts. 1° € 2° do Art. 34. As operagées de crédito rural, sob quaisquer modalidades, de valor até 50 (cingllenta) vézes o maior salério-minimo vigente no Pais, pagaréo sémente as despesas indispensdveis, ficando isentas de taxas (VETADO) relativas aos servigos bancérios. § 1° VETADO § 2° Fica revogado o art, 53 da Lei n® 4.595, de 31 de dezembro de 1964. Art. 36. VETADO Art. 36. Ficam transferidas para 0 Conselho Monetério Nacional, de acdrdo com o previsto nos arts. 3° e 4° da Lei n° 4.595, de 31 de dezembro de 1964, as atribuigSes conferidas & Comissao de Coordenagao do Crédito Agropecuario pelo art. 15 da Lei Delegada n° 9, de 11 de outubro de 1962, artigo ésse que fica revogado. Art. 37. A concess&o do crédito rural em tédas as suas modalidades, bem como a constituigao das suas garantias, pelas instituigdes de crédito, publicas e privadas, independera da exibicao de comprovante de cumprimento de obrigagées fiscais ou da previdéncia social, ou declaragaio de bens ou certiddo negativa de mullas por infrigéncia do Cédigo Florestal, Pardgrafo Unico. A comunicagao da repartigao competente, de ajuizamento da divida fiscal, de multa florestal ou previdencidria, impediré a concessao do crédito rural ao devedor, a partir da data do recebimento da comunicagao pela instituigao de crédito, exceto se as garantias oferecidas assegurarem a solvabilidade do débito em litigio e da operagao proposta pelo interessado. Art. 38. As operagées de crédito rural terdo registro distinto na contabilidade dos financiadores e sero divulgadas com destaque nos balangos e balancetes. ‘Art. 39. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicagio. Art. 40. Revogam-se as disposigées em contrario. Brasilia, 5 de novembro de 1965; 144° da Independéncia e 77° da Republica. H. CASTELLO BRANCO Octavio Bulhdes Hugo de Almeida Leme Este texto ndo substitui o publicado no D.O.U. de 9.11.1965 e retificado em 22.11.1965

You might also like