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ELEMENTOS GRAFICOS, RITMICOS E MELODICOS asians tptemdare lane? nals: pln de camino «nae; linda: aides comadrn: nce a epresso © plier nbd de mets smpnt singe composers nega © tong na Imo: feral ques rma dante Pier fleece te lado rats seas tre, menor ends emrodaans teal Plt ant, PAUTA E LINHAS SUPLEMENTA\ A classe cantaré a pequena melodia al trada por manossolfa ou aprendida por audi tye 2 la le laa la Ia das Assim como a linguagem escrita constifui um meio para representar a linguagem falada, na misica também ‘h um processo para representar grificamehte os. sons: pelas notes. | Esias, como outros sinais musicais, sfo jgrafadas s6- bre um grupo de cinco linhas e quatro espagos, denomi- nado pauta, Pauta ou Pentagrama (do grego: penta cinco; grama = linha) é pois o conjunto de cinco linhas © quatro espagos, sdbre 0 qual se escrevern os sinais mu- sicais. Essas linhas so horizontais, paralelas e eqiiidistantes, Nem sempre teve a penta ésse mémeso de linhas ¢ expaon. Os repos fixaran os son, tendo por ave oie nica linha deneminada ‘om Désico; apts constantee evolugbon, wtimentandose 0 némere de ‘has median da ‘nooosidade, chegoua'pauta a ter one linhes © doz is iia a inka da clave, em we gue ae atribula'@entougto de.d6" contrat gue se geatava a Toten © an progresado: Ge ontros Kons sues ‘onto depart vs centreteito, © diffeyldade (oa leltura musical corzent, devigol uo clovado ‘nimere’ do linhas do endecagruma, 0, flere, telor® aeimticdlogs Guide, D'Areaso, smonge beneditine do Pompost, resokven fhat'peobleina, suprmings & bert, linha © trameformando,conalente~ Sonus endacagrame om dois Dentarramas: o pentagrama, superi® fon EHD dtatinado nce sons mais agodas, enquanto que 0 infer0E 50 Feervod E teagmento aa sexta Tihs a que’ athalments contim 0 dé contrat © ae sins fo dlemento de Rensto entra os dois pentagramas ‘Partindo do dé central, aparesom:excendentemente as moked rf rh 16.0 ol tate na segunda Linha do poategrame soperor, 0 ave Levou: Guido 1 eattear te Jetta G, qoe apée constantes evolustes ao transforma 2a a ectrgee ds: tok Taversnmente, tomendo-se como ponte de para 0 Beato conten aparesom.deecondentomente ax notes sh 1d aol ¢ fy Fees Gonres Tithe Jo pentagram Inferior, mu qual se Joenlicoa lotr ' origem da clave de 78. ‘Pontagramas Bndecagrama So quisermos indicar sons mais graves ou mais agu- dos do que aquéles cuja representacdo a pauta possa com ter, adotaremos pequeninas linhas suplementar Linhas suplementares sio, portanto, pequenas Tinbas que se grafamn acima ou abaixo da pauta, quando esta no comportar a representagio de determinados sons musicais. ‘Surgem assim, conseqiientemente, 08 espacos suple- mentares superiores e inferiores. Contam-se as linhas e espagos da pauta de baixo para cima; os suplementares superiores so também contades de aixo. para cima, enquanto que 0s inferiores|contam-se de cima para baixo, tanto Tinhas como espagos. niimero de linhas ¢ espagos suplementares & inde- terminado, max em geal adotam-se no méxime cinco su- périores ¢ cinco inferiores, a fim de se evitarem dificul- dades na leitura corrente de um texto musica LINHAS E ESPAGOS SUPLEMENTARES | Superiores: CLAVES Claves sio sinais que se grafam no inicio da pauta fe que servem para determinar o nome dag notas ¢ esta: Delecer a altura dos sons. ‘Como antiganente as sons exam indlcagos poles Irae Ay B,C, Dy 4, 53, Takoponeaten rnpctivamente an atte not Uy 4, 6 Be ee tot ecu ina tarde slave) od ora repreontad Ya et Br e08 set gor @'e nde fe por Fe ‘Onno decorer do tempo cosas letras ne foram tranformando, 00 tttuindo inj ov tls lta donominades ives. fBsses sinais, colocados em diferentes posigées, dio- nos oito claves: duas claves de sol, assinaladas na I" ¢ 2° Tinhas e representadas pelo sinal duas claves de é, assinsladas na 3* ¢ 4 9: Tinhas © representadas pelo sinal = — A utilidade das claves ¢ patente: elas, além| de si plificarem a escrita musical, evitando aglometagio de li- thas suplementares, facilitam, por isso mesmo} a. leitura corrente das, pegas musicais. quatro claves de dé, assinaladas na 1°, 2%, 3 ¢ 4? linhas e representadas pelo sinal b ‘A-clave de sol na 14 linha caiu em desuso; as outras sete sfo ainda adotadas, porém atualmente tenta-se reduzir ‘ainda o mimero de élaves, escrevendo-se partes, para quase todos 08 instrumentos ¢ para vozes, nas claves de sol na, 2 linha e fé na 4" linha. A clave de sol é adotada para sons de regio média e aguda, tais como vores femininas e infantis, flauta, violino, setor central e agudo do piano, harménio, érgéo etc.; a de fa & adotada para sons da regido média e grave, como vo- zes de tenor e baixo, violoncelo, contrabaixo, setor médio ¢ grave do piano, harménio e érgio etc.; as claves de dé nas quatro‘linhas ¢ a de fé na 3* linha sfo pouco utiliza- das, mas airids hoje adotam-se em partituras de orques- tras, para alguns instrumentos, tais como a viola, violon- Nets ig] eek Gis een poe eee ce colo © outros. ion. Embora seja muito grande o nimero dé sons utili Cte ao 800, EE cave tok BESDES sados na mist, eampeegaivee ebmente eto homes EZ designé-los, nomes ésses correspondentes a wina série de NOTAS . O mesmo pequeno manossolfa que servili como in trodugio & nogiio de pauta, e que foi cantarolido 1é-1é-1d, poderd ser adotado para a nogfo de notas, ubla ver que omeemos os seus sons. Temos entéo: c= sol a6 36-6 a6 cal ddd Sse sete notas, que se repetem nas mais diversas alturas. Clave de DO 3 pe Na ordem ascendente, isto & do grave para o agudo, fe das sete notas 6 a seguinte: dd, ré, mi, fé, sol, ld, em progressio descendente, isto’ &, do agudo para o ‘As claves, como jé foi dito, dio nome as notas. As- sim, a de sol na-2# linha d& o nome de sol & nota locali- 1 grave, a série é si, Id, sol, fa, mi, ré, dé. zada nessa mesmia linha; 0 nome das outras é determina- A A origem da atual nomenclatura dos sons é atribui- do por essa nota inicial: aparecem ascendentemente J da ao beneditino Guido D’Areao, que a foi buscar no si, dé ré ete., © descendentemente, fé, mi, ré, dé etc. * Hino a Séo Joao. —Ww— = 16 ‘Tonou fe «fim de faclltar aoa peur ixefpuloe a memorizagho ‘dor intervalog primeira flabe de cada wm dos veraee do Hino gS. JoRo, muito pepolar no sea tompe, pols a entoagto das sis sflabes nicais Feapendia exatamonte aoa graue da egoela datinien ascmndents, of: qoute att entio eran tndlcados por ltean Recomendando exteutar o Hino cola una forte seéntusgto tas et, labas iniclais, obteve logo dor alamor grande renalado na fingio. dos ‘sons-da escal, que a tase tempo era heracorda, ito & composta de pis otas, Sepuindo ce coutemporincos de Gado © meamo precise, alatrow {> ripidamente 0 novo sistoma, suetcuindo defiaitivamente au letras elas labos que aleangarem noses dias, © referido Hino, que antecedin ax carimdniae om que se! pedia. a cena doo miles dn gurganta, era 0 sepuinte Ut queant Jexis Resonare fibeis Mira gextoram Paull tworars Salve pollatt abit reatam Sancte Jounnes (SF 6 fgual a St) ‘raducdo de Vilatoo Junior Para que possam oa teus servos propaler a largos pulmes © maravitboso dor teor tllagres, nbwolve 0 crime do labio impure, 8 Bo dodo A sfiube UT fot substitida yor DO no sfculo XVIL, por Tote Ba: tista Dont, quo a fomou da eflaba inilal do seu nome. A sflabe ST 96 eparecon multe mats tarde, oranda dao iniials de Suucte Jouve, yuis na Hdade Sede, yucinds Guido me utitans Oo Five ‘are nowear os soma 36 ae usavam seis notes, Sendo. portant indtll & onominagte para um atmo gra No sistema musical moderno as notas das linhas na clave de sol so mi, sol, si, ré, {63 as dos éspaces slo fé, 1a, d6, mi. mi Bol lespacos’ suple- Eis algumas. das notas de linhas e| rmentares: | . b._Inferiores ee a ee Superiores Sc =s a Série ascendente das notas adotadas em nosso es- Ss = = Bequoant la xis RE.so.na.re fi.bris ME. . 3a gestoc ramFA.mui-i tu. . o-rumSOL . vo pollu LARA re. - o-tumSen'. ste Jo.an.nos. 1s — Observamos que-na misica hé sons mais longos mais breves, bem assim como ha monientos de siléncio, em que as voues interrompem a emissfo do som ou os instrumentos cessam momentineamente a exeougéo. Para representarmos a maior ou menot|duragio dos sons, ou para indicarmos 6 maior ou metor! prolonga- mento do siléneio, adotamos figuras especih i das valores. VALORES Margarida Z v Que é da. Margarida? Uma pedra 6 néo chega. mane, O que, que, 0 que? O que, o que, 0 que? - determi Que 6 da Margarida? Uma pedra 86 néo chega, Seger ‘roan, ifs ropreseutados que se vai fazer? 0 que se vai fazer? que alguns teéricos denominam figuras ma u vi “sas figuras mais antigas sho x maxima, a Tonga, a breve © 2 a0 Margarida esté no castelo. Tirando duas pedras. ene fi i. cada uma, duas ou trés figuras * valor imediate- que, 0 que, o que? O que, 0 que, 0 que? ‘Sargin no sfeulo XIV outra figura de menor valog: mini Margarida est4 no castelo, Tirando duas pedras, que se vai fazer? © que se vai fazer? —ir mF 7 nes Maxima Longa Breve Semibreve | Minima O castolo 6 muito alto. ‘Achei a Margarida, Inicihmente prota, soe pinion do sale XY mec ox 0 que, o que, o que? 0 que, o que, 0 que? bee a seetrhen ager EE a 0 castelo 6 muito alto, Achei a Margarida, No stulo XVI Franco Anti Iatoduaa «rome ¢ sien 0 que se vai fazer? que se vai fazer? ake Geers naiicere © nisioay «prota oe chia a beafaoer roe - ai oomereas, Tirando uma pedra. Vamos fazer a festa juntos. a a, fat at O que, o que, o que? O que, 0 que, 0 que? ‘Maxima Longa Breve Semibreve i a Tiraido uma pedra, Vamos fazer a festa juntos, 7. © que se vai fazer? E 0 que so vai inser. at ee Coma 'o tmp srredondaramse ag. figuras aus. a0 toenaram tala como ‘to ath hoje gratedac, urgindo outeas de menor valor ands, ito 6,8 fasn a sentase ; 'No sSeulp XV 44 existim os| pausar da méxime, lone, breve, wits breve, misina © semana? A misica atual conta com as seguintes figuras: ow a dd Gomi Minima |Semi- Colcheia rove ‘imal Seninima, Come & pause da somata tense ume aepe ( Dy Ae pauens da croma ¢ semicroma (hoje eolehela © ssiaicoleheia), ina por cg ‘A figura:‘de maior, daragho &.@ seinibreve;-segusee ‘Wrancaeo Aderio, devstiam ter duae” ¢ er aspas, arpootvamento 4 minima, com a metade do valor da semibreve; e assim tddas as outras, cada uma’ com a metade da duragéo da figura anterior, Nas figuras da misica modema notam-se a cabeca, a haste © 0 colchéte (sinal da colcheia). CR 0 Fr Bait, pero eran tea hia ure kd pac yosa'an sine (8S mem egativas an caracterfetieas corresponduntes ax das ‘Crom, tramoformada em colchen, tove tim colette ® ftpa;'s semlenlcela tere doig cilchites ¢'sua Dauea hos aspaa. ‘ks aspan parsarama x anr-adotadas do lado esquerds, 0 que 36 we aya até entdote dal por diante, aperecendo es figuras] postivas de me- [pera as figuras ste for valor, contlavare a oer abrbuldas As suas pans cantas ‘spas P= haste Atuantes colebites ees. Sguras poatuieo, i j—colakite | Na imisicn modema temos as, seguintes figuras nega- 4 Partes da figura i tivas: Pausa da semibreve, localizada abaixo da Pausa da fusa. HG pausas correspondentes a cada uma das figuras Pausa da semifusa. positivas. thee PAUSAS quarta linha, Os valores negativés, que determinam a maior ou me- \ Pausa da mfnima, localizada acima da ter: 1 nor duragio do siléncio, também conhecidos por figuras \ ceira linha, negativas, so, como podemos observar na melodia inicial C i do capitulo anterior, representados.por sinais gréficos de- You y Pause da‘ seminima. rnominados pausas. 7 Pausa da colcheia. 4 Pausas sio, portanto, sinais musicais que repre- ¥ — Pausa da semicoleheia. sentam a maior ou menor duragdo do siléncio. t ¥ \ | t + 22 — — 3 — Jor a da semibreve. | sa, respectivamente. E NEGATIVOS | crscunas © PaAUSAS) Como as figuras, eseas_pausas tém, cada wma, a: me- “tade da duragéo da pausa anterior, sendo a de maior va- Conélui-se que a maior ou menor-duragéo do valor positivo ou negativo depende da forma da figura ou pau QUADRO DOS VALORES POSTTIVOS Semibrove Minima Seminima Colcheis ee =z petit \ Semicotoheia. __Fusa_Somifuse ES S as ¥ o \ Long Breve \ Monos usadas ¥ =e PONTO DE AUMENTO Andantino. SSS SS Vitw — Vem cd, Vitu; vem of, Vitu; |! Vem cé, meu belo par! | — Nao you 14, nfo vou 14, néo vor Tenho médo de apanhar... Notamos, na melodia acima, que alghmas figures tém sua duragZo aumentada, em virtude de ym ponto que aparece & sua’ direita. O mesmo se dé com relagdo as pausas: podem ter seu valor aumentado se lateralmente apresentarém um ponto, que entiéo se denominaré ponto de aument Ponto de aumento é portanto, aquéle que, co- locado a.direita de uma figura ou pausa, aumenta-lhe a metade da duragio, Assim, uma semibreve pontuada fica- rd valendo uma:semibreve mais uma minima, que corres- ponde & metade da semibreve: Podese adotar ainda um segundo ponto de aumen- to. direita do primei © primero ponto continuard va- — 25 — Tendo & metade da figura, enquanto que.o segundo vale ‘a metade do primeiro. Isso. se observa tanto em relagio ‘as figuras. positivas como as negativas (pausas): PE ID SS Os valores, quanto ao mimero de pontos de aumen- to, so simples, compostos ou irtegulares. | Valores simples séo as figuras ou pauses desa- : companhadas de ponto de aumento. Valores compostos séo as figuras ou pausas ‘acompanhadas de um s6 ponto de aumento. Valores irregulares sio as figuras ou’ pausas acompanhadas de dois pontos de aumento, PONTO DE DIMINUIGAO | Allegretto, Ainda néo comprei Ainda néo comprei, Mas hei de comprar Um lencinko branco Pra papai luxar. 1 6 — Quando as figuras! aparecem com un| jonto grafado acima ou abjaixo, devem ser executadas como se tivessem sdmente a metade do seu valor real, isto |é, separando-se 8 sons, como se houvesse pausas intercalhdas.| Ponto de diminuicéo ma ou absixa das figuras, muéle qub, colocado aci- tacados. ‘Aim do desscade, (ou stcooto).sitiples, prodaside pelo ponto de diminuigéo, hé ainda o dettacado ligado © o.destacado séco. i cados: a) destacado ou staccato simples -1- cuja execugio eorresponde a metade da duragio das figuras e se repre- senta por um ponto: b) meio destacado ou staccato ligndo — em cuja execugdo tita-se um quarto do valor das| figuras ¢ se re- Pfesenta por pontos com uma ligadurs ©) desticado séco ou picado — em cuja execugio tiram-se trés quartos do valor das figuras e se representa ‘por um acento acima ou abaixo das mesmas: LIGADURAS Andantino. Sempre eu sentava na, réde Para ver meu canério cantar; ‘Agora eu vento ne réde Sé p'ra ver meu canério penar. 1 Meu canério esté doente, Co'uma doenga de inflamagto; Mandei chamar 0 doutor Para lhe fazer a operacéo. uL Na primeira lancetada O canarinho tremeu; ‘Na segunda lancetada Bateu asas ¢ logo morren. ae Chamam-se ligaduras as linhas curvas que se grafam acima ou abaixo das figuras, ditas ‘entao liguidas. A ligadura, sdbre ou sob notas da mesma entoagio, faz com que seus valores sejam somados: a segunda nota nko é repetida, mes sustentada segundo sua diiragio: As. sim podemos, também, sustentar .notas de uh) compasso, para outro seguinte. Grafada acima ou abaixo de notas dife gadura indica uma execugéo bastante unida, fraseado musical. ACIDENTES Allegretto. 0. Cachorrinko i Cachorrinho esta latindo Lé no fundo do quintal. Cala’ a béca, cachorrinho, Deis o meu benzinho entrar. Crioula Crioulla Crioula Nio sou eu que caio la. u Mew potinho de melado, Meu cestinho de cara; Quem quiser comer comigo, Feche a porta ¢ venha 4. Grioula... 16 ete. ul ‘Atirei, um cravo négua, De pesado foi ao fundos Os peixinhos. responderam: — Viva D. Pedro II! Grioula... lé"ete. ‘Ao entoarmos a cantiga popular presente, notamos que 6 som de certas notas & alterado devido @ um sinalzi- ho que as precede e que se denomina um acidente. Dentre os acidentes, alguns elevam e outros abaixam fa entoagio das notas, — 30 — ‘Acidentes ou Sinais de alteracio — sio, por tanto, aquéles: que alteram a entoagio das nolas, elevan: do-as ou abaixando-as. HA cinco acidentes: Sustenido # Bemol b Dobrado sustenido x Dobrado bemol bh Bequadro § 0 ‘sustenido eleva a entoagio um semitdin-e 0 do- brado sustenido um tom, equivalendo a dois |gustenidos; (@ bemol abaiza a entoagao meio tom ¢ 0 cae bemol uum tom, equivalendo a dois beméis; 0 bequgdro anula © efeito dos outros acidentes, tornando a nota natural. © bequadro faz parte dos dois géneros dé alteracd ascendente ¢ descendente. Se a nota estiver aliersda por um sustenido ou dobrado sustenido, o bequadro anula 0 efeito désses acidentes, realizando uma -alteragdo descen- dente; se a nota estiver alterada por um bemol ou dobra- do bemol, 0 bequadro anula o seu efeito, realizando uma alteragio dscendente, sustenido © o bemol aparécem na misica sob tres, aspectos — fixos, ocorrentes ¢ de precaugdo'— enquan- to que os outros “(dobrado sustenido ¢ dobrado bemol) 36 se apresentam como ocorrentes ¢ de precaucso. Sao fizos ou tonais 03 sustenidos e beméis que apa- rrecem junto & clave; seu efeito atinge tédas as notas do mesmo nome, durante téda a pega. se ‘Sio ocorrentes| ou acessérios os avidentes que -apare- ein junto as notas, no decorrer de win trecho musical, du. rando seu efeito’ simente no compasso em que se encom. tram. Sio de precaugdo os acidentes que se grafam antes das notas, com o fim de evitar equivocos na leitura cor. Tente de um texto musical, vendo se sempre entre “arénteses, ay omen ARMADURA Moderato, Sapo Caruru I Sapo carura Na beira do rio. - { Sapo quando grita, maninha, Diz que esta com frio, qt Sapo carura Na beira do mar. mis { Sapo quando grita, maninha, Diz que quer casar. ay aaa A snulher do sapo Diz que esté 1 dentro, { Fazendo rendinha, maninha, Bis | >, ara 0 casamento. Armadura é, entio, o conjunto de acid acham junto & clave ¢ que so necessérios a f ‘uma tonalidade ou escala. ! A clave pode estar armada com sustenidos ou be- méis, em mimero de um a sete. O efeito déssts acidentes atinge tédas as notas do mesmo nome, durdnte todo o trecho musical. Havendo na clave, por exemplo, trés sus- tenidos (f, dé e sol), todos os fé, dé € sol serio suste- nizados, isto é, executados meio tom acima da nota na- tural. A ordem em que ésses acidentes aparecem na arma- dura 6 fixax os sustentdos ordenam-se por quintas ascen- dentes, a partir do /é (f4, dé, sol, ré, Id, mi, $i), enquan- to que os beméis aparecem em ordem de quintas descen- dentes, a comegar pelo si (si, mi, 14, ré, sol, dé, fa). Notese que a ordem dos sustenidos é inversa & dos beméis. Quando compéem a armadura, os acidentes sio cha- mados fixos ou tonais. Sustenidos _Beméis Ordem dos avidontes fixos SINAIS DE EXPRESSAO, ‘Moderato. rail. Nesta Rua Nesta rua, nesta rua existe um bosque, Que se chama, que se chama solida ‘ag {Dentro déle, dentro déle mora um anjo, S| Que roubou, que roubou meu coragao. Se eu roubei, se eu roubei tout coracio, Tu roubaste, tu roubaste o meu também; wis {F, eu roubei, se eu roubei teu coragéo, E porque, & porque te quero bem. Se esta rua, se esta rua fésse minha, Eu faria, eu faria ladrilh: a {c= pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes, P’ra o meu bem, p’ra o meu, bem vir passear. aa Se as pegas’ f0ssem exccutadas atendendo-se rigoro- samente 4 duragio dos valores ¢ com igualdade sonore absoluta, a miisica perderia seu encanto e finalidade. FE necessirio variarem-se as. excougdes| de acérdo om 0 sentido das frases musicais, acentuatk nados sdns, articulando suavemente outros, 40 texto aquilo que se chama coloridv, expi Essa expressdo, que da vida e alma & dicada por sinais especiais e térmos italia dos, que.o autor grafa no decorrer do texto, principais: piano, abreviado por p «+ pianissimo, abreviado por pp . = forte, abreviado por f ....- fortissimo, abreviado por ff . + mezzo forte, abreviado por mf = MEZA VOCE apne rrr! sotto vice crescendo, crese. ou =< = diminuendo, dim. ov ——>= rinforzando, rinf., rf. sforzando, sfz., > ou A forzato, fix, sforzato on sf com mujta forca pouco forte a meia yor ‘com apigada aumentando. gradual- mente a forga diminuindo gradual- mente a forge esforgando acentuar fortemente Além désses, ainda outros térmos sfo adotadés para indicar a expresso: dolce, cantabile, agitao, leggiero (leve), giocoso (alegre), grazioso, ad libitum ou a pia cere (a vontade), etc. — 35 — SINAIS DE REPETIGAO Andantino. Senhor. Capitiio I ur Baoalalio, Bio-balalo, Senhor Capitiéo, Senhor Capitéo, Espada na cinta Espada na cinta E ginete na mio. E ginete na mio. u Vv Em terra de mouro -Béo-balalio, Morreu seu irmfo; _Senhor Capito, E foi enterrado Orelha de poreo Na cruz do patrio, ‘Pra comer com feijéo. A fim de facilitar a escrita © a leitura da misica, adotam-se determinados sinais, denominados sinais de re- petigdo, dentre os quais se notam os seguintes:, — 36 — Barra dupla com dois pontos |= locada no fim do trecho ou. de sua primeiza parte, indica volta: a0 principio, como acontece com 'a jinelodia acima: E’ também conhecida por ritornellg, © | Barra dupla duplicada petigio de todo o treeno contido dentro do: Primeira vez, segunda vez — C timos compassos de um trecho repetido apak chaves, a primeira contendo a indicagéo de primeira vez, e a outra de segunda 7 Isso significa que, na primeira vez, ekeciita-se 0 tre- até onde se encontra a primeira chavd; na repetigéo, (. suprime-se 0 trecho sob a chave de primeira vez, passan.” \.dose diretamente a de segunda vez. Da capo, abreviadamente D.C, indica que se deve voltar ao prinefpio da pega. Chamada, sepresentada pelo sinal $° ou @, determina a repetigéo do trecho, desde onde se acha o sinal até a palavra Fim (dal segno al Fine). 37 — Brunciado: Unidade do movimento = 4 Figuras a ser utfizadas: 4, de @ (4, Ye 04h) UNIDADES DE MOVIMENTO earats [thtatots [tana Jt tata [us tat 12 aa ise lerere er] o aoe Tutu Marambé I Dorme, nené, Se néo o bicho vem. Papai foi A roga, Mamie logo vem. 1 Tata Marambé, Nao venhas mais cé, Que © pai do menino ‘Te manda matar. I Aranha tatanha, Aranha tatinha; Tatu é que arranha A tua casinha, A unidade de movimento « em se tomar tuna figura como toda, iranés do. qua, Wetbrekna Executa-se da seguinte forma: Enunciado: unidade de movimento + figuras a ser wtilizadas: 4), 4) (inteiro, melo e quarto fespectivamenta, Exeteicio: taa / tota / teata / tata / ete. Uma vez realizado 0 exercicio compreendido na uni- dade de movimento acima proposta, a ela se ajustaré a fragéo, equivalente, neste caso 2/4 ou 4/8, Ficaré transformada, assim, a unidade de movimen- to realizada, num exercicio em determinaflo’ compasso. As unidades de movimento podem sex bindrias, como é 0 caso da meloilia presente, ow serndrits, Séo bindrias aquelas as quais se adaptam fragées correspondentes a compassos binérios ou quaternérios, sendo simples a fi- gura tomada como todo. Sao unidades de movimento ternérias aquelas a que se ajustam fragdes vorrespondentes a compassos ternérios, devendo ser compose, io 6, pontade, fire tomade como todo, O emprégo da unidade de movimento deve sempre preceder quaisquer trabalhos gréficos da classe, princi- palmente os ditados em qualquer de suas modalidades, isto sejam ritmicos, tonais ou melédicas. —39— “COMPASSOS, SIMPLES Na Bahia tem I E u ‘Na Bahia tem, Eu andei, andei, Tem, tem tem, En andei no mar, ‘Na Bahia tem, morena, - Procurando agulha, baiana, Céco de vintém. S6 encontrei dedal. mw Eu passei na ponte, A ponte tremeu ‘A gua tem veneno, baiana; Quem bebeu, morreu. Com 0 fim de facilitar a leitura 6 a execugio de uma peca musical, nés a dividimos em partes iguais em dura- gio, a que chamamos. compassos. Compasso ¢, pois, a divisio de um.trecho musical em partes de igual duragio. Cada compasso é por sua vez dividido em um certo nimero de partes, também iguais em duragio e que se denominam tempos. Tempo é, portanto, cada uma das partes iguais em duragio que perfazem 0 compasso. ‘A origem dos compassos renionta & antigiiidade: jé 8 cristios, para entoar os salmos e hinos em conjunto, batiam palmas em tempos certos, tal comio) hoje, marea- mos os compassos. Os corifens (dirigentes dos| cores gre- gos) também mareayam 0: tempos com suas sandélias douradas, que possuiam grandes saltos metilicos, Mais tarde comegou-se a bater 0 compasso por njeio de sinais feitos com os bragos e-méos, adotando-se ulleriormente batuta, | Como na linguagem falada hé sflabas|jnicas e dto- nas, também na miisica hé tempos fortes ¢|fracos. além dos semifortes (ou meio fortes). Os compassos mais comuns 840.0 binarjo, 0 terndrio e 0 quaternério, sendo pouco usados 0 quitirio © o-sete- do o primeiro forte o segundo fraco. 0 compasso terndrio é formado por trds tempos, sen- do o primeiro forte © 0 segundo e terceiro fyacos. © compasso quaternério 6 formado por quatro tem- pos: o primeiro é.forte, o segundo e quartd fracos, o ter- ceiro meio forte. Os compassos so separadés uns dos oittros por meio de linhas divisérias chamadas travessoes ou barras de di: visdo, que se apresentam perpendicularmente as cinco li- nhas da pauta, 0 travessao final, isto & 0 que fecha o iiltimo com paso, duplo e indica 0 término do trecho musical. © compasso 6 representado comumeite por fragGes ordinérias, que aparecem no inicio do texto, logo apés. a clave e sua armadura (se esta existir) ; chama-se essa re- presentagdo signo do compasso. 0 compasso bindrio & formado por ‘I tempos, sen- a 0. numerador ‘indica 0 nimerode tempos do .cont- COMPASSOS._COMPOSTOS asso: pelo numerador 2, 3 ou 4, sabemos 0 0 compasso Nderato; 6 respectivamente bindrio, ternério ou quaternétio. a : z - O denominador indica a qualidade, isto é, a espécie de figura (minima, seminima, colcheia, ‘etc.) adotada ‘como unidade de tempo no compass. Unidade de tempo 6, portanto, x figure que vale w tempo. 0 denominador 1 6 usado para indicar a semibreve, 2 para a minima, 4 para a seminima (é 0 mais comum), & para a colcheia e 16 para a semicolcheia. Assim, por exemplo, 3/2 lé-se arés por dois e signi fica: tomaramse trés mfnimas para cada compasso,. sen do uma para cada tempo; 2/8 lése dois por oito © sig- nifica: duas colcheias para cada compass, sendo uma para cada tempo. Podese também representar o compasso, substituin- do 0 denominador pela figura correspondents: 3 em vea de 3/4; 2 em ver de 2/2, ete. Alguas compasses podem ainda ser represchtados por letras: C, que se-1é compasso de C, em ver de 4/4; ¢, que se 1é compasso de C cortado, alla breve ou binério de capella, em ver de 2/2. Compasso simples & aquéle cujos tempos se di- yidem em duas partes. Assim, tendo éle, por exemplo, uma seminima por unidade de tempo, essa unidade pode ser substituida por dnas cdlcheias, ou quatro semicol- cheias, ou oito fusas, etc. ; Conelui-se que a unidade de tempo dos compassos simples seré sempre uma figura simples. Viuvinha I — Senhora viuvinha, néo dizes com quem te queres casar? | Se é com 0 filho do conde, ‘Ou 6 com o senhor general? | — Vem ca, 6 meu bem, Que quero te contar: Saudades de amor Querem me mater, ul —/Néo quero, néo quero ésses homens, Que éles néo séo para mim, Eu sou uma triste vinvinha, Ail pobre, coitada de mim! Vem ¢4, 6 meu bem,.etc. —2— — 43 Na Viuvinha, notamos que cada tempo se divide em trés partes ignais; dizemos entao que essa. melodia popu- lar esta eserita em compasso composto. Compassos compostos sio os que. tém como unidade de tempo. uma figura composta ou ternéria, isto 6, uma figura pontuada, que 6 divisivel por trés. Conse, qientemente, os numeradores dos’ compassos compostos constam sdmente de nimeros divisiveis por trés: 6, 9, 12, 15 © 21. Os denominadores sfo 0s mesmos que os dos compassos simples: 2, 4, 8, 16, 32 ¢ 64. Nos compassos compostos, 0: denominador indica mimero de partes em que a semibreve foi dividida, mas no diz, como nos compassos simples, qual a figura ado- tada como unidade de tempo. O numerador indica quan: tas dessas partes da semibreve foram tomadas para pre- encher 0 compasso, mas nfo diz o mimero de tempos dés- fs compas Aeces 2 featiga ues a capes la co poe de seis oitavos da sémibreve, ou seja, seis: colcheias, Qual, entio, serd a unidade de tempo? Para se encontrar a unidade de tempo de um compas 0 composto, procttra-se 0 signo do simples corresponden- te, dividindo o numerador por trés ¢ o denominador por dois, ¢ acrescenta-se um ponto: 2 6 slo ate adit, Seeds - significam, portanto, duas seminimas pontuadas para cada compasso, sendo uma seminima pontuada para cada tempo. aod 8 zZ z Quaterndrios: Bice, 2 ase, Ba Quindtios: Setenarios: at a B sites zo Bard., Ve 2 DeBerd Praticamenté, para s¢ encontrar a unidade de tempo de um compasso composto, dividese 0 numerador por trés; procura-se o valor imediatamente superior aquele ine dicado pelo denominador ¢ acrescenta-se um ponto: Os compasses, simples ou compostos, bitem-se igual- mente: i iaremxinios: oe Nos compassos quinérios, muito “poco usados, bae tem-se um terndrio e um bindrio alternadamente; nos se- tendrios, mais raros ainda, batem-se um quaternério e um terndrio alternadamente. "Bsses so chamados compassos mistos 01 de amélgama, CORRELAGAO ENTRE COMPASSOS SIMPLES E COMPOSTOS ‘Todos os compassos simples, como vimos no capitulo anterior, tém seus correspondentes campastos, podenda-se formar tantos compassos compostos quanttas so os simples existentes ¢ vice-versa, Tendo-se 0 signo de um compasso simples, para se obter a fragdo indicadora de seu correspondents compos- to, multiplica-se 0 numerador do simples por 3 ¢ 0 deno- minador por 2.. : axa-6 Bet Gxd-8 Logo, 0 compasso simples 2 tem como correspond te composto o -©. P e Inversamente, tendo-se o signo de iim compasso com posto, obterse-d 0 do seu simples correspondente dividin- do-se o numerador por 3 e 0 denominadbr por 2 Ex: ge4 33 ie a=-% 8 Assim, © composto 2 tem como 4 les o ples 0 passo, sendo ume para cada teinpo; o signo : correspon dea seis colcheiss para cada compassd, sendo trés para cada tempo, ou seja, uma semininia puntuads para cada tempo: AA AAAS “re ale composto 6 a mesma do simples corresporidente, acrescida t . Resultado: a unidade de tempo de um compasso t- Goum pte Compassos simples e seus. correspondentes compostos. Quaternirios: Binirios: : fee | erent ‘Simpies Compostos a i | toe fen e- fusd) Ay 224d. (one d) : ' Sond Saad. (usd) | Bard lind) $ Tt Sad ued) geat | gece Sa 2D ued) 4d & ‘ Ged Sas) ss - Jo Terndtios: : S{NCOPA Simptes Compostos * tempo de Valea, Pavel era fesd Reud. Gord) ee ee ae Baod Saod. nod) | 2 Baad D (wos) gerd gaoh od) i — 48 — Neste trecho do Daniibio Azul, de Johann Strauss, algumas noias so oxecutadas ‘no tempo fraco (terceiro tempo) e terminam no tempo forte, isto & no primeiro, tempo do, compasso seguinte. A ésse fato denominamos sincopa. Sincopa é, portanto, a articulagéo de um som no tempo fraco do compass, qué’ se. prolonga até o tempo forte seguinte. ‘A primeira parte de um tempo qualquer 6 denomi- nada parte forte do-tempo, enquanto que a segunda é cha- mada parte fraca do tempo. - ‘A sincopa. pode também prolongar-se de uma parte fraca até uma parte forte do mesmo tempo ou do tempo seguinte: a oye ‘A sincopa: separa, portanto, © som em duas partes: uma fraca ¢ uma forte. Se essas duas partes forem iguais em duragio (v. a), a sincopa se chama regulars em caso contrario, diz-se irregular (v. b). Nas sincopas, no raro os sons so reunidos por li- gaduras, as quais so muitas vézes obrigatérias, inclusive no caso de o som se prolongar até o compasso seguinte (vee). ‘As sincopas sfio muito comuns na miisica brasileira: podem-se observar nas nossas melodias populares, mar- chas ¢ valsas, @ principalmente nos sambas, em que 0 rit: ‘mo sincopado é elemento indispensével. CONTRATEMPO ‘Moderato. Cangéo de Aniversério Parabéns 2 voo8, parabéns Téda a felicidade! Muitos anos de vida, também, E sempre a nossa amizade| Nesta Cangiio de Aniversério, de autpria de Joubert de Carvalho, a parte forte do 1° iempuy no primeiro e quinto compassos, é preenchida por uma| pausa, seguida de notas nas partes fracas désse mesmo tempo. E 0 que chamamos contratempo: um som articulado no tempo fra co ou na parte fraca do tempo, precedid® de pausa. ANDAMENTOS Observemos que tddas as melodias que encabegam (6s capitulos déste trabalho tém, no inicio, acima da pau- ta, expresses como estas: Moderato, Andante, Allegro, eee + ete. Séo t&rmos apropriados, de que nos servimos para indiear a velocidade, pouca ou muita, que se deve impr mir a execugio désses trechos, 0 que se denomina anda- ‘mento ou movimento. Andamento ¢, pois, o grau de presteza ou de len- tiddo com que se executa um trecho musical Os andainentos sfo geralmente indicados por térmos italianos apropriados e classificam-se em principais e par cinis, Andamentos principais so os que esto anota- dos logo no inicio da miisica, acima da pauta, atingindo, seu efeito, todo o trecho musical. Podem, ser’ vagarosos, moderados ox répidos. Vacarosos: Grave, Largo, Laighetto, Adagio, Lento. ‘Moperavos: Moderato, Andante, Andantino, Allegretto. Riptoos: Allegro, Vivace, Presto, Prestissimo. Podem-se também adotar nomes de dangas: Temoo de Valsa, Tempo de Mazurca, Marcial, etc. Andamentos parciais s40 os que aparecem no decurso dos textos musicais, indicando uma altefagdo. momentanea no andamento principal, isto é, uma. acele- ragio:ou um retardamento maior ou menor na execugio. Indicam aceleragio as expresses: accellerando, af fretando, stringendo, stretto, etc. Indicam retardamento: rallentando, rattenendo, rilae seiando, allargando outros. Para fazer cessar 0 efeito dos andamentos parciais, adotam-se as expresses in tempo ou 1° tempo, na altura ‘em que se desejar retomar o andamento primitivo. ee ‘As expressées indicadoras dos andamentos, embora traduzam aproximadamente a intengio dos compositores, estiio sujeitas as variagGes temperamentais dos diversos in- térpretes. Houve entéo a necessidade de se procurar um meio seguro e prética, que indicasse 0 grau do movimen- to das composigses; 0 problema foi resolvido pelo me- trénomo, inventado ou pelo menos aperfeigoado por Maél- zal, em 1815. —33 — Consiste numa caixa de madeira, em forma de piré- mide quadrangular, contendo na base um mecanismo de relojoaria, 0 qual p6e em movimento uma haste que, os- ‘ilando para um e para outro lado, produz'o ruido de pe- quenas pancadas destacadas ¢ sécas. A caixa tem, na frente, uma régua graduada com os niimeros de 40 a 208. Hi na haste um péso corredigo, que se ajustaré aos mimeros dessa tégua graduada, conforme a quantidade de oscilagées que se desejar por minuto: quanto mais, alto se coloque o péso, mais lentas serio as. oscilagées. Nos textos musicais as indicagées. metronémicas se referem sempre a’ uma figura, que pode corresponder a ih 86 tempo ou um compasso todo, Assim, a indicagéo seguinte: Allegro —M.at.= 4 192 significa: Metronomp Maélzel, 132 seminimas por minu- to, Ajusta-se, ento, 0 péso corrédigo ao mimero 132 da régua graduada e ter-se-é uma oscilagio para cada sem{ nima a executar, Constanca Constanca, meu bem, Constaria, Constante sempre serei, Constante até'a morte, | Constante eu morrerei, Para se suspender 0 movimento do compasso ado- ta-se a fermata, coroa ou ponto de.repouso, que consiste no sinal_™, 0 qual indica « prolongagio de uma figura ‘ow pausa por tempo indeterminado, isto é a vontade do intérprete. Bela Pastéra I No alto daquela montanha Avistei uma bela pastora, Que dizia em sua linguagem Que queria se casar. 1 Bela pastira, entrai na roda, E vereis 0 que é dangar; Uma volta, meia volta E escolhei 0 vosso par. Na melodia acima, escrita em compasso 2/4, cada tempo deveria ser preenchido apenas por duas colcheias. Tal, porém, nfo acontece: em varios compassos existem trés colcheias em cada tempo, cuja execugéo deve ter a mesma duragfo que duas. £ 0 que se chama quidltera, Quidlteras ou Grupos alterados sio pois os grupos formados por maior ou menor mimero de figuras que 0 estabelecido pelo compasso. 56 Cada grupo alterado apresenta-se sempre acima ou -abaixo de uma ligadura contendo o niimero das figuras do gruy , Sao trés as espécies dos grupos alterados: ternérios, bindrios ¢ irregulares. fo terndrios os formados por trés, guras em vex de duas, quatro ou oito da Sto bi dez, onze, treze, ete, figuras, isto é, todo}|os que nio se incluem nos dois primeiros casos. ‘As quidlteras podem também apareder com valores desiguais © com pausas. Exemplo: Os grupos altcrados reocbem varia} denominagSee, segundo 0 niimero de figuras néles contidlas: tresquilte- ras, seisquidlteras, setequiélteras, etc. Grupos alterados 1° Caso, ternérios: i144, TTT. WE Ne — 57 = 29. Caso, bindrios: Udell. STI ~~ nal soit. i 3° Ciso, irregulares: id ddd, Gad, STG é fries it acetate ieee see ieee of ep eee RITMOS Allegro maestoso, tle Notamos que @ Hino Nasional comega por um com- ppasso incompleto, bem como o’da Independéncia ¢ o da Proclamago da Repiblica. Diz-se que ha, ento, af uma ‘anacruse ou um ritmo anacriisico, que & aquéle em que fa frase musical se inicia num compasso incomplete, na parte fraca do mesmo, : Quando, _porém,-essa frase comega |no movimento forte do compasso, como se observa na marcha “Brasil”, diz-se que ela apresenta o ritmo tético: ‘Marcial: Quando inicia com um contratempo, 6, com pau- sas, dinse que seu ritmo 6 acéjalo ou detppitado, como ‘acontece na “Cangéo do Marinheiro”: at eS Fie NOTA: Bata nogio we desonvlverd ¢ fimnard px melo d6 penuenos itadoe podegigicos adexnados. | DECLAMAGOES RITMICAS Jamaglo riomica, ne redituglo da tetra subordinada ‘ato & A duragio dae Sguras, podondoss 0 mesmo tempo npaseo. “t de grande eficicin no preparo de quaiequer hinos ou cangtes, pols ‘brign oo altos & perfelte diogto (eallfaia), um dos princpeis elementos pera bom resultado do canto em coujonte, nlém- de Thes faciltar a fompreneto do sentido do toxto em etude. Brita, asim, que ot clases cantom letras erradss ou palavran to cadas, ome lo’ raramente acontece, pela tasio de mio conheostem, awitiengto. do toxto Titer. Eg Soja um hino de gléria-que fa-ale : tes De opera gas de um no-vo porvisiir 4 re Com vives ‘ triun-fos "cob -ale a pakaslae We aad co Quem por éle lutan-do surgiir —. Litherda-a-de Li-berda-ade - errs a tes Arbre as asus sé-bre né-éés ents) Das lewis na tem-pesta-a-de of nn tas Mf que ouga-mos tua voz ot ns Sai aie Wl Do Lpiramgh ¢ preciso que o bra-ndo Sej ja umn grito soberbo de 1ee-6 eta sa das © Bont j6 surgiu Irbertarwede a er ek ereearisar So-bre as piir-puras ré-gias de pé — — Evia pois bra-sileiros avanante tors at es Ver-dealan-on colha-mos lou-gaios eee eas Se-ja o nosso pais triunfan-an-ante ee ve Li-vre terra de li-vres irma-dos — ee ey Licberda-a-de Liberda-a-de ete. INTERVALOS Andante. A Canoa A canoa virou, Por deixarem-na virai Foi por causa da Maria, Que no soube remar. | Intorvalo é « diferenga de entoagio lexistemte entre dois sons, O intervalo pode ser melédico ou harménico. Tntervalo melédico & aquéle cujos sons so executa- dos um apés outro. E harménico o intérvalo cujos sons so executados simultineamente, isto é, ao mesmo tempo, como acontece no sétimo compasso da melodia acima. © menor intervalo compreendido entre duas notas na ica moderna & 0 semitom ou meiotom, que pode ser eromatico ou diatdnico, — 6 E cromético 0 semitom formado por notas de nomes iguais como fé 2 fé sustenido, si a si bemol. E diaténico o semitom existente entre notas de nomes diferentes: fé sustenido a'sol, 14 a si bemol. Os intervalos so elassificados segundo 0 niimero de graus que contém, isto 6, de acérdo com os extremos de ‘uma série de notas diferentes ¢ eonsecutivas: intervalo de segunda (d6-ré, mi-fé, lé-si), de terceira (dé-mi, solsi, mivsol), de quarta (dé-fé, Ié-ré), de quinta, sexta, sétima, oftava, nona, ete. Existem entretanto diversas espécies de sogundas, ter- ceiras, sextas etc., as quais variam conforme 0 mimero de tons ¢ semitons que contém e se distinguem pelas denomi- nagées maior, menor, aumentada e diminuta; a oitava 6 justa, aumentada ou diminuta. Tomando por base 0 dé central, tenios os seguintes intervalos maiores, que podem também ser obtidos sdbre qualquer nota, uma vez que se verifique a mesma medida 4Metons —Ytons —§ tonsa, ea ya Acrescentando-se um semitom aos intervalores maio- res, éles se tornaréo aumentados: 28 maior se af I 1 tom te tom | Diminuindo-se um semitom aos interyalos. maiores, les se tornarfo menores: | atime stan os = ‘442 tons 4 tons Diminuindo-se ainda um semitom aos|intervalos me- nores, éles se transformaréo em diminutos} 62 diminuta| aS “tons 8% tons 6 Qs intervalos siio ainda chamados ascendentes on descendentes: ascendentes ou superiores quando a segunda nota for a mais aguda; descendentes ou inferiores quando a segunda nota for a mais grave. Para se designar, porém, qualquer intervalo, nomeia- se, sempre, em primeiro lugar, a nota mais grave. Sio intervalos simples os que néo ultrapassam a oi- tava; 08 outros so compostos. Quando duas notes tém a mesma entoagéo, formam sum unissono. ae as ESCALA | i fete | = : A scala 6 uma verdadeira escada dt! ns, cujos de- | = graus sfio formados pelas sete notas e aos|quais sio dados Seeleid be beside eaiets hk ows es nomes de primeiro, segundo, terceiro. Kotani, quinto, gem de sua nota inferior para a oitava acima, ou da sua. | eerie ejséine grant, nota superior para a oitava abaixo, Ex. Embora possam as escalas comegar yor uma das sete notas, naturais ou acidentadas, em qualgier dela a pri- meira nota é sempre considerada 0 primbiro grau, a,se- gunda nota o segundo grau, etc. Graus sio, portanto, as notas de 1 que formam as escalas. Cada um dos graus recebe uma denominagio’ espe- cial, que indica exatamente a posigéo de cada nota na escala: i anvertidos 03 intervalos, encontraremos os seguintes resultados: as segundas tornam-se sétimas; as lerceiras tornam-se sextas; as quartas tornam-se quint fas quintas tornam-se quartas; as sextas tornam-se terceiras; as sétimas tornam-se segundas; as oltavas tomam-se unissonos. yjomes diferentes 1 gran ou ténica; AL grau ou sobretdnicas UL grau ou mediante; TV grau ou subdominante; V grau ou dominantes ‘VI grau ou sobredominante; VIT gra ou sensivel. Deduz-se que, somando-se qualquer dos intervalos & sua inversio, obtém-se niimero nove: uma terceira -+ uma sexta = nove; uma quarta + uma quinta = nove. s intervalos maiores, quando invertidos, tornam-se menores, e vice-versa; os aumentados tornam-se diminu- tos, e vice-versa; 0s justos permanecem justos. Sé se podem inverter os intervalos simples, isto é, 08 que ndo ultrapassam a oitava. © primeito grau denomina-ce ténica porque dio tore da escala: se a ténica for o mi, por exemplo, a escala seri de mi; se for sol, serd de sol. ag 2 O segundo grau ¢ a sobreténica, por estar localizado ‘acima da tonica. A mediante foi assim denominada, por se encontrar , no meio dos dois graus mais importantes: tonica e domi- nante. E também chamada grau modal, por determinar'o modo maior ou menor da ceoala. © quarto gran 6 a subdominante, por estar colocado abaizo da dominante. Devido a exercer ago preponderante na escala, 0 quinto gran foi chamado dominante, sexto grau recebeu o nome de’sobredominante, por se achar acima da dominante. A sensivel teve ésse nome porque o sétimo grau faz sentir a nota.que a seguiré (t6nica), atraindo-a quase que inresistivelmente e da qual esté separada por apenas um semitom. Em geral, ao se exeoutar uma escala repete-se a to nica na oitava superior, que, entao, se denominaré VII grau, repetigéo da ténica ou olrava, usual na misica indicarem-se os graus por alga- rismos romanos. | Ton mw v ww vm 2 £22 2 4 5 43 Seg 2 ee 222 24 42 38 8 3 se E 3 Ss ee a a ESCALAS MAIORES E SUAS RELATIVAS, Moderato. | SS Observando-se a melodia acima, vé-se qud ela 6 com- posta de sons que procedem por graus conjintos, como ee féese uma escada, cujos degraus ora vio bnbindo, ora descendo. ‘A essa verdadeira escada de sons é que na misica denominamos escala. Escala 6, portanto, uma sucesso de sdus em graus conjuntos. | Quando ésses sons vio do grave para o|agudo, a es. cala se diz ascendente; quando se sucedem d4 agudo para © grave, a escala é descendente. ‘As escalas tomam 0 nome de seu primeiro grau ou tonica: se esta for dé, a escala seré de db; se for mi, a es- cala seré de mi; ¢ assim por diante, podendo a tOnica ser também acidentada (dé sustenido, si bemol, etc.) ‘As escalas podem ser erométicas ou diaténicas. Séo cromitieas aquelas cujos sons se suicedem s3- mente por semitons que, como j4 vimos, constituem 0 me- nor intervalo entre dois sons. Sao diatnicas as escalas formadas por tons ¢ se- mitons, aparecendo aquéles em maioria, nies ae Conforme’a localigagdo dos semitons, as escalas dia- ténicas so do modo maior ou do modo menor, ou simples: mente maiores ou. menores: nas escalas maiores os semi tons se encontam. entre o terceiro ¢ quarto ¢ o sétimo ditavo graus, enquaito que nas escalas menores os semi tone ee localizam entre 0 segundo e tereeiro ¢ 0 quinto € sexto. graus. Distinguemse auditivamente os modos pela sua ex: preseio prépria: 0 modo maior é de cardter alegre ¢ jo- ‘Vial, enquanto que 0 menor faz trausparecer tristeza, dor @ melancolia, A modalidade 6 que fixa a constituigéo inte: tior da escala, sua maneira de ser, enfim sua vida. 'A sobredominante (sexta nota ou grau) de cada es gala maior pode vir a ser a tonica de uma escala menor, ‘ambas contendo precisamente os mesmos acidentes tonais ou fixos. ‘Assim, por exemplo, & escala de dé maior tem ld co- ino sobredéminante, a qual, tomada como t6nica, dé o gem A escala de 1d menor, sendo ambas desprovidas de acidentes tia clave. Essas escalas, que tém no riodo mettor os mesmos acidentes tonais da maior que a derivou, chamam-se lativas. Escalas relativas so pois aquelas que, nos dois modos, tém a mesma armadura de clave, Assim, téda es cala maior tem uma relativa menor e, conseqilentemente, téda eseala menor tem uma relative maior. Praticamente, encontra-se a relativa menor uma ter ceira abaixo da escala maior; e, inversamente, tendo-se @ fescala menor, encontra-se sua relativa maior uma tereeira 7% — = v= Tania v vi viva vinvs WIV Wit It 1 BSOALA MBNOR aaa imei 1 tax clases cantar ta eacaan das varias tonelidadee roa Delo mestre; as elativan monores sorto pritieament Peiprion alunos, que ew witosnto Togo apa a execugto) aw maloren: CONHECIMENTO MAIS COMPLETO DAS SCALAS MAIORES E MENORES (TEORICA E PRATICAMENTE) | Reveindo 0 capitulo anterior, temos: Escala é uma sucesso de sons em graus conjuntos, ascendente ou descendente. A escala pode ser cromética ou diaténica: é cromética aqquela cujos sons procedem por semitons; & diatdnica aquela cujos sons procedem por tons f semitons, construida sob os modos maior ou menor, de- endendo ‘da localizagéo déstes mesmos tons. ¢ semitone. Hé um tinico tipo de escala maior, que é a que tem ‘os semitons entre 0 3° ¢ 4° eo 7° ¢ 8° graus. Entre 0s outros graus hé um tom. = — FORMACAO DAS ESCALAS MAIORES Se dividirmos.a escala em duas partes iguais, nota- remos que as duas metades so idénticas em sua cons- truco, Essas metades chamam-se tetracordes (do grego: tetra = quatro.e cordes = modulagées, sons, entoagies) © ficam separadas por um tom: 7 St (“Witaceie 1a tetracore SS Depreende-se que, sendo Dé (*) a iinica escala cons- trufda 66 com notas natorais, as outras escalas deverio ter pelo menos uma nota alterada. Para se formarem as outras escalas, toma-se 0 2° te- tracorde da escala jé construida para 1° da nova escala, isto é comega-se uma outra escala pelo 5? grau da prece- dente. Dessa forma, o 2° tetracorde de Dé viré a ser 0 1° de Sol. Construido 0 2° tetracorde desta, observa-se que de mi a fé hé um tom, ¢ de fa a sol ha wn semitom, contra- riando 0 tipo fundamental; surge onto a necessidade de clevar.o fé meio tom, aparecendo assim 0 primeiro sus- tenido: (7) Quando nto se designd o modo da eacla, entende-eo que 6 malor age 26 maior ng $ TP totracorde | (29 fotraccnte z oS Oo ie tetraconle | | 2? tatraoonl 50L maior T Prosseguindo, 0 2° tetracorde da escala| de Sol sera 1° da de Ré, surgindo 0 dé sustenido; © agsim séo for madas tédas as escalas com sistenidos, rest tes se sucederdo por quintas ascendentes. Procedendo-se inversamente, isto é, tetracorde de Dé maior para 2° de uma no dentes: isto porque houve necessidade de al tom, a fim de impedir que entre 0 3° ¢ 4° um tom, e entre 0 4° ¢ 0 5° apenas meio, scala tipo fundamental, 26 maton aneaconio“1 (Brabant | ee = oe se 9 racorde, (se etrnconta 5 BE ttzacorde + PA maior FORMAS DE ESCALAS MENORES ‘Vimos anteriormente que se encontra uma escala me- nor uma terceira absixo da maior, ambas mantendo o3 oe mesmos acidentes, isto é, conservando a mesma armadura i de clave. & 9 Essa escala menor assim encontrada & a conhecida por antiga ou bacheana (baqueana), ¢ tem os semitons entre 0 2 3° ¢ 0 5° ¢ O° graus, Ha ainda outras’ duas formas de escalas menores: a° forma harménica ¢ a melédica. A esciala menor harménica tem, além dos acidentes da clave, 0 7° grau elevado meio tom, © os semitons.locali- zados entre 0 2% e 3°, 0 5° e 6°, ¢ 0 7° ¢ 8° graus, ascen- dente ou descendente. A escala menor melédica sobe com 0 6° ¢ 0 7° graus clevados meio tom, além dos acidentes da clave, desce naturalmente, iste é s6 com os acidentes da clave; tem os semitons entre 0 2° ¢ 3°. 0 7° e 8° graus quando ascen- dente, ¢ entre 0 5° ¢ 6° € 0 2° © 3° quando descendente. Escala menor bacheana (de BACH) re T iia v vevuvur pba menor harminica NOTA? — Aprendidas evtas oreslas menores fondamentais, ox” casees Doderdo entonr qualoquer outram, dada a tonia, ean ESCALA CROMATICA Se dividirmos, na escala diaténica, todgs 0s tons em. semitons, obtetemos a escala eromética, confendo|7 semi- ‘tons diaténicos e 5 cromaticos. Escala cromdtica é pois a formada exclusivamente por semitons. | © modo mais simples de se construir uth excala cxo- He mética 6 usarem-se os sustenidos na escala dfcendente © 08 a bemdéis na descendente: ESCALAS ENARMONICAS Escalas enarménicas so as que, embora representa- das por notas diferentes, tém a mesma chtoagio, isto encontram-se em idéntica altura: ‘Assim, ‘as escalas de fa sustenido ¢ sol bemol so mnarménicas. igi ESCALA GERAL Escala geral é aquela que abrange todos os sons pré- priamente musicais, em mimero de 97. Os sons demasia- damente graves ou agudos no sao perceptiveis ao ouvido, nao podendo por essa Yaz ser adotados.na midsica: A eseala geral consta de oito oitavas designadas por ‘um ‘niimero de ordem, tendo por base o dé da 2* linha sue plementar inferior (clave de fd na 4# linha), que se deno-. mina d6 1 (dé um). pé4 Dai contam-se para o agudo: dé 2, dé 3 (que 6 0 d6 central), dé 4, dé 5, dé 6 © d6 7; para o grave, partindo- se novamente do dé 1, contam-se dé — 1 (dé menos um) edé—2. ‘As notas componentes de cada oitava levain o nimero da nota dé inicial. Assim, tratando-se por exemplo da oi- tava central, temos: dé 3, fd 3, sol 3, ete: Consta a escala geral de cinco regises de diferentes extensées: | regifio subgrave, que vai do dé—2 a0 regio grave, que vai do dé 1 a0 dé 2; regifio média, que vs fo da ae Ay regio aguda, que vai do dé 4 a0.dé6 5; regiéo superaguda, que vai do dé 5 ao| dé Distinguem-se ainda, ha escala geral, trés regist registro grave, que corresponde & regido| subgraves registro médio, que abrange as regides grave, média e aguda; fr Registro agudo, que corresponde & regidig superaguda. or ‘REGIORS js <1 _=_= >, eS ORNAMENTOS Ornamentos Go certas notas ou grupos de notas de valor muito eurto, que se acrescentam & melodia para embelezé-la, Os mais comuns apojatura (appogiatura), mor- dente, grupeto, floreio (fiaritura) trinado. Aposaruna'— consiste em uma ou duas notinhas (a) que precedem a nota da'melodia, dita entdo nota prin- cipal. A apojatura pode ser breve ou longa, conforme seu valor relativo; a breve (b) tem a haste cortada por uma pequena linha transversal, o que ndo se dé com a longa (c). Ex: b ° Morven — consta da combinagéo da nota prin- cipal com a segunda superior on inferior, sendo repre- sentada pelo sinal- av (segunda superior) ott 4h (se- ginda inferior). Ex.: Indicagio ( Bxoougo Gaurero — é geralmente um grupo dé 4 notas com posto da nota principal ¢: suas. segundas suyjerjor ¢ infe- rior. & indicado pelas préptias notas ou pelos sinais oe (grupeto superior) eo (grupeto inteid), colocados: sébre a nota real ou & sua direita. SSS Oy wo || = i -SS ae Fiorgto — é o ornamento constituid po de pequeninas notas, quase-sempre em tos, que terminam na nota prineipal. ‘Trivapo ov Taio — consiste em_se repetir rapide- mente a nota principal e a sua segunda superior. £ repre- sentado pelas letras ir, colocadas sObre @ nota principal. ELEMENTOS HARMONICOS Interoole harménisn; tonalidaie; orpejos; avordes: de trés ons, coordes perflte| matores © wienores @ wae inversGer} scordes de quatro sons; nogdes de tone eizinkes INTERVALOS HARMONICOS Allegretto. 2. A Gatinha Parda Ai! minha gatinha pardd, Que em janeiro me fugiu Quem roubou minha gatinha? Voc’ sabe? vocé sabe? voc8 viu? _ Chamam-se intervalos harménicos aquéles cujas notas esto dispostas verticalmente, sendo os sons executados si- ‘multincamente, isto é ao mesmo tempo, como observamos na melodia acima. _ Quando as notas estio dispostas horizontalmente, os intervalos chamam-se melédicos; neste caso os sons ‘sfo executados separadamente, isto é, um apés 0 outro. eee Os intervalos harménicos dividem-se em consonantes, dissonantes e semiconsonantes. { Os intervalos consonantes, ou simplesmente consondn- cias, sio aquéles que, quando executados, satisfazem ple- namente 0 ouvido, como acontece com as tercdiras, sextas, quintas ¢ oitavas. | Sao intervalos dissonantes ou dissoniaytias aquéles que deixam alguma' coisa a desejar ao ouvido, como as segundas e sétimas; procisam ser resolvidos, ipto é, exigem apés si a execugio de um intervalo consonante,| Chamam-se também intervalos de movimento. r ‘As dissondncias séo comparaveis a ums) pergunta € as consoniincias a uma resposta. i So intervalos semiconsonantes ou. semtconsondncias aquéles que ora soam como consoniincia, oq como disso- -- naneia: alguns intervalos de quarta, como [por exemplo sol-do, so semiconsonantes. | Na melodia popular inicial temos exemplos de todas esas espécies de intervalos harménicos: cotisondincias no primeiro compasto, semiconsondncias no sexto e dissonin- cias no décimo. TONALIDADE Andante. Acordei de Madrugada 1 Acordei de madrugada, Fui varrer a Conceigéo; Encontrei Nossa Senhora Com sen raminho na mao. u Pedi logo 0 raminho, Ela me disse que ndo; E tomando a pedir, Ela me dew seu cordio. atte Numa ponta Santo Antdnio, Noutra ponta Sio Jodo; Bem no meio a Senhora, Com seu tercinho na mio. | Esta cantiga de roda esté bascada na escala do fé maior; isto é, as notas que a compéem foram tomadas dessa escala. Diz-se entdéo que esta cancio esta escrita no tom ou na tonalidade de fé maior. Assini, quaisquer pe- gas ou trechos musicais estdo baseados em uma determi- nada escala, da qual advém o nome da tonalidade. Tonalidade %, entéo, 0 conjunto dos sons constitu: tivos de uma determinada escala em relagdo & sua to- nica, sébre a qual essa escala repousa, Conhece-se a tonalidade um trecho musical, cuja ‘clave steja armada com sustenidos, contando-se um grau aci- ‘ma do iiltimo sustenido: eg Una tonalidade em beméis conhece-se pelo pentltimo hemol da armadura, ou contando-se uma sine acima do ‘iltimo bemol: i ‘Mibemel La bemol Fé Estando a clave desprovida de armadura, a tonali- dade seré de dé, cuja escala nao contém 4cidentes. Uma vez encontrada a tonalidade min procure-se verifiear se a dominante désse tom maior tparece, no tre- cho musical, constantemente clevada meio tom, isto 6, se & alterada ascendentementes se 0 f6r, a tonalidade nao seré ‘a maior encontrada, mas a sua relativa meor. Priticamente, distinguem-sn as tonalidades maiores menores pela sua expressio propria: as maiores so de teariter alegre e jocoso, sendo as menores| em geral mais, tristes e melancdlicas. ARPEJOS Arpejo & a execugio sucessiva, ¢ no simultinea, das notas de um acorde. Tem ésse nome porque sta exe- ccugdo tem o caracteristico da harpa, a qual néo comporta a vibragéo concomitante des sons, mas apenas sucessiva. eo arpejo é quase sempre indicado por uma pequena Tisha resol, gretadn anor do aorde, as também pode aparecer indicado por um semicireulo (em geral quando 86 ha dois sons) ou por pequeninas notas, ou ainda pelas préprias palavras arpejo ou arpejado, abreviadas por arp. Assim: arp. Obsenvacho, A. clase podert exerctar alguns sepajon fees, como = ame poder tar alga feels, ACORDES DE TRES SONS Inicialmente a classe se dividing em trés grupos, os ‘quais cantardo simulténeamente sons diferentes, reunidos como os que se seguem: 'A Gases sons simultineos, geralmente-em niimero de trés, quatro ou cinco, chamamos acordes.” ‘Acorde é portanto, a éxecugHo concomitante de trés ot mais sons diferentes, combinados dé acdrdo com determinadas'regras estabelecidas pela Harynonia, Hi acordes que néo soam bem ao ouvido, gue nos so desagradéveis, produzindo em nés uma serfiagso de insa tisfagio: denominam-se dissonantes; os agraifaveis, que sa- tisfazem plonamente o ouvide ¢ que nos did uma sensagio de repouso, chamam-se consonartes. Quando formados por trés sons, os acgtdes tém'o no- me de triades. Fstando as notas de um scorde dispoptas de modo a formarem dois intervalos de tereeira, sobyepostos, dizse que 0 acorde se encontra em estado fundamental. Quando 0 intervalo inferior fOr uma lerceira e 0 su- perior uma quarta, 0 acorde se diz em estado de primeira inversio; em caso contrério, isto é quando 0 intervalo in- ferior for uma quarta ¢ 9 superior uma tereeira, 0 acorde se encontra em estado de.segunda inverséo: Fundamental 4 Inversiio 22 Inversto. Sempre que se analisa um acorde, contam-so’o inter- valos de baixo para cima. —a1— | ‘ACORDES PERFEITOS MAIORES E- MENORES E SUAS INVERSGES Os acordes podem soar a6 ouvidé de maneira mais, ou menos agradével, recebendo por isso os nomes de con sonantes ow dissonantes, respectivamenite. Dentre todos 08 acordes, hé apenas dois perfeitamente consonantes ¢ que por ésse motivo sao chamados perfeitos: 0 acorde perfeito maior, constituido de 8* maior e 5* justa ‘ou maior, e 0 acorde. perfeito menor, constituido de 3* menor ¢ 5 justa ow maior (considerando-se ésses inter- valos em rélag&o ao baixo). Acorde perfeito maior - Acorde perfeito menor = Eis alguns exemplos de acordes perfeltps e.guas in- vorsbes: | Ss ‘Acordes perfeitos maiores|} SF maior GE oe atae Pm Oar aloe Os acordes perfeitos maiores encontramse no I, TV ¢ V graus das esealax maiores eno V e VI das menores, enquanto que os perfeitos menores se acham no I, III ¢ VI graus das esealas maiores ¢ no I ¢ IV das menores. Nos demais graus das escalas encontram-se os seguin- tes acordes: acorde de quinta diminuta, no VII grau das aiores ¢ no Il e VII das menores, ¢ acorde de quinta au- ‘mentada, no IIL grau das escalas menores. Como jé vimos antoriormente, estando as notas de um corde dispostas em ordem de térea sébre térca, 0 acorde se diz em estado fundamental; estando a 3° do acorde fimn- damental na parte inferior, o acorde se diz em estado de 1° inversio; e estando a 5¢ do acorde fundamental na parte inferior, 0 acorde se encontra em estado de 2° inversio. ole SS) ¥ Acordes perfeitos menores ‘ACORDES DE QUATRO SONS: Os acordes de quatro sons so obtides acrescentan- do-se uma 3° a uma das triades; e tém 0 nome de tétrades fou de acordes de sétima, devido as suas notas extremas constituirem um intervalo de 7. Tomam, além disso, denominagéo do grau ew que se acham: sétima da domi- ante quando sobre 0 5° grau, sétima da sensivel quando sobre 0 7° grau, sétima do 3° grau, ete.; sbbre a sensivel do modo menor toma o nome de sétima diminuta. — 93 — ee | ‘As tétrades mais ‘importantes so: a sétima da domi- nante de ambos os inodos, a sétima.diminuta e a sétima da sensivel (modo maior), Os acordes de quatro sons também podem apresen- tarse em estado fundamental ou em estado de 1°, 2° ou 3° inverséo: Acorde de 7 da dominante Acorde de 7 da sensivel NOGOES DE TONS ViZINHOS iy ‘Tons vizinhos so aquéles que tém em ¢bmuin'd.maiot “ parte das notas. Cada tom tem seis vizinho5} 4 tom homé- nimo,.o relativo menor, os tons baseados no|IV ¢ V graus (© que déle diferem por um acidente fixo-a| ntis bu a me: nos) € 08 respectivos menores. ‘Tomemos como exemplo o tom de dé en Dé menor | | Dé aro. | Ré menor —— | a La menor (relative) Depreende-se entdo que os tons viz que nfo contém acidentes, so: seu hom: © relative 14 menor, 0 IV ¢ V graus ({é maior, com um bemol, ¢ sol maior, com um sustenido) ¢ seus relatives ré @ si menores, respectivamente, |

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