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china antiga

As primeiras comunidades agrícolas chinesas começaram a se desenvolver há


cerca de 12 mil anos, principalmente às margens do rio Huang-Ho. Os povos
instalados no vale desse rio se beneficiavam do solo da região, chamado de loess.
Esse tipo de solo é rico em calcário e torna- -se bastante fértil quando úmido. Por
causa da cor amarelada do solo de loess, o rio Huang-Ho pode ser também
chamado rio Amarelo.

Dinastia Shang

Historiadores costumam dividir a história chinesa de acordo com as dinastias que


exerceram o poder. Os governos dinásticos surgiram no segundo milênio a.C. e se
mantiveram até a instalação da República, em 1911.
As primeiras cidades chinesas foram fundadas às margens do rio Amarelo por
volta de 1800 a.C. Nesse período, desenvolveram-se distintas técnicas de irrigação
do solo que possibilitaram o aumento da produção agrícola e, consequentemente,
da população.
Por volta de 1500 a.C., os núcleos populacionais foram, de certo modo, unificados
politicamente em um reino, dando início à dinastia Shang. Durante essa dinastia, a
civilização chinesa dominou a metalurgia do bronze e desenvolveu os primeiros
registros da escrita.
Os Shang permaneceram no poder até o século XI a.C., quando foram derrubados
pelos membros da dinastia Zhou, povo originário do centro-oeste da China, na
região do vale do rio Wei.

Dinastia Zhou

Os Zhou foram a dinastia com maior duração em toda a história chinesa. Estiveram
no poder até o século III a.C. Para garantir sua permanência no poder, os Zhou
realizaram guerras e invocaram sua autoridade como um “Mandato do Céu”
Os reis da dinastia Zhou distribuíram terras à nobreza local em troca de apoio
militar.
A doação era confirmada em cerimônias político-religiosas registradas em placas
de bronze. Com o tempo, essas práticas rituais foram ganhando cada vez mais
importância na legitimação do poder político na China.
Depois de um longo período, alguns nobres ampliaram seus poderes locais e
contestaram o controle da dinastia Zhou. Essa fragmentação administrativa levou
à formação de vários reinos que guerreavam entre si, os chamados Reinos
Combatentes.
Formação do império chinês

Um dos Reinos Combatentes era o reino de Ch’in, do qual provavelmente deriva o


nome China. Em cerca de 221 a.C., seu líder, Ch’in Che, conseguiu unificar os Reinos
Combatentes e tornou-se o primeiro imperador da China. Enquanto esteve no
poder, Ch’in Che promoveu diversas realizações para garantir a unificação do
Estado.
Entre elas, podemos citar: a nomeação de pessoas de sua confiança para
administrar as províncias, a padronização da escrita, a construção de novos canais
de irrigação e o estabelecimento de uma moeda única, na tentativa de eliminar
diferenças regionais e facilitar o comércio. Outra importante realização de Ch’in
Che foi o início da construção da Grande Muralha da China, que visava defender o
país contra ameaças de invasões vindas do norte.

Confucionismo

Confúcio é considerado um dos filósofos mais importantes da história chinesa. Ele


viveu, provavelmente, entre 551-479 a.C. Sua inteligência e conduta despertaram a
atenção de quem o conhecia. Não demorou para que sua fama de sábio chegasse
às autoridades administrativas da província, que lhe ofereceram cargos públicos.
Confúcio se decepcionou com a política da província de Lu, onde havia nascido.
Abandonou seu cargo e percorreu a China, divulgando seus ensinamentos,
compilados por discípulos nos chamados Analectos.
A doutrina de Confúcio defendia a conduta inspirada em princípios como o
altruísmo, a cortesia, a fidelidade e a busca da sabedoria. O filósofo acreditava que
a conduta honrada e firme do governante seria capaz de despertar nos
governados o consenso necessário para a convivência pacífica e próspera da
sociedade.

Taoismo

De acordo com a tradição popular, Lao Tsé teria vivido na China entre os séculos VI
e V a.C. Seu nome significa “velho filósofo”. Apesar poucos relatos, não se sabe
muito sobre Lao Tsé. Sua vida está envolta em lendas e controvérsias. Algumas
pessoas consideram que ele pode até mesmo ter sido um personagem mitológico,
uma criação lendária.
O taoismo possui uma visão intimista do ser humano, recolhe elementos da
sabedoria popular e da crença nos espíritos da natureza. Além disso, propõe o
retiro da vida pública e a meditação como formas de o ser humano atingir a
harmonia consigo mesmo e com o universo
Dinastia Han

A dinastia Han estabilizou as fronteiras do império ao norte, contra os hunos, e


conquistou territórios ao sul.
Durante a dinastia Han, em meados do século II a.C., calcula-se que a população da
China tenha atingido cerca de 60 milhões de pessoas. O crescimento da população
aconteceu ao mesmo tempo em que o território chinês se expandiu e novas
tecnologias foram aperfeiçoadas, entre elas a do papel.
Entre os anos 88 e 168 d.C., porém, a dinastia Han enfrentou adversidades políticas
e econômicas, como a invasão do território por povos não chineses, o
enfraquecimento do exército, revoltas sociais e intrigas de poder entre os
membros da burocracia imperial. Esses acontecimentos ocasionaram crises das
quais a dinastia Han não conseguiu se reerguer.
Com o fim da soberania dos Han, muitas outras dinastias de governantes
exerceram o poder na China. A sucessão das dinastias no comando do Estado
manteve-se até o século XX.

A escrita e o papel

Os chineses começaram a desenvolver um sistema de escrita há mais de 3 mil


anos. Essa escrita é formada por caracteres, que representam os diversos
conteúdos da linguagem. Calcula-se que o conjunto total dos caracteres chineses
ultrapasse os 40 mil sinais. À medida que a linguagem escrita se difundiu, ela tornou-
se um fator determinante para a unidade cultural da China.
Antes da invenção do papel, os chineses escreviam sobre pedaços de madeira,
especialmente de bambu
Na China antiga, a produção do papel envolvia várias etapas: cozimento de fibras
vegetais, obtenção de uma pasta, depuração e secagem da pasta até a obtenção
da folha de papel.
índia antiga

Primeira civilização Indiana

Por volta de 3000 a.C., no vale fértil do rio Indo, estabeleceram-se aldeias
camponesas sedentárias que produziam cereais, algodão, frutas e criavam bois,
galinhas, patos, cabras e perus.
As maiores cidades do vale do Indo foram Harapa e Mohenjo-Daro. Segundo
pesquisas, elas tinham cerca de 40 mil habitantes e contavam com um meticuloso
planejamento urbano. Havia sistemas de água, esgoto, transporte e comércio. Além
disso, seus habitantes possuíam um sistema de escrita que ainda não foi
completamente decifrado.
A civilização que surgiu nessa região do vale do rio Indo ficou conhecida como
civilização Harapeana ou dravidiana. Os Harapenses desenvolveram um artesanato
variado. Produziram peças como martelos, facas, machados, panelas, jarros, joias
ornadas com ouro, pérolas, turquesas etc. Por volta do II milênio a.C., a civilização
Harapeana começou a entrar em declínio.

Arianos e Período Védico

Ao longo do II milênio a.C., povos seminômades chamados árias, ou arianos,


partiram do atual Irã e de regiões do mar Cáspio e invadiram o vale do Indo em
busca de pastos para o gado. Com a invasão dos arianos, a vida urbana na Índia
sofreu certo declínio até pelo menos 1000 a.C. Mas o longo contato dos arianos
com os harapeanos favoreceu mescla cultural intensa que está na origem da
formação da civilização hindu.

Hinduísmo

A literatura védica é formada por extensa coletânea de textos, elaborados em


diferentes épocas e divididos em quatro partes: Rig-Veda, Sama-Veda, Yajur-Veda
e Atharva-Veda. Com base nesses livros, estruturou-se o hinduísmo, religião
predominante na Índia até os dias atuais, professada por cerca de 73% da
população.
Em sua origem, o hinduísmo cultuava diversos deuses associados às forças da
natureza, destacando-se o deus Brahman, que representava o Todo, o princípio
absoluto do Universo. Por essa razão, o hinduísmo passou a ser chamado também
de bramanismo.
De acordo com a tradição hinduísta, o domínio das paixões, por meio de orações e
meditações, seria o caminho capaz de levar os seres humanos a unir sua alma com
a realidade suprema de Brahman. A existência humana percorreria um ciclo de
reencarnações (sansara), em que nascemos, morremos e renascemos em outras
vidas. As reencarnações seriam regidas pelo karma, que representa a bagagem que
trazemos das vidas anteriores. As reencarnações somente cessariam quando a
alma da pessoa estivesse plenamente purificada, integrando-se à realidade
absoluta de Brahman.
Sistema de castas

No período védico, a sociedade foi dividida em quatro grandes castas:

Brâmanes: grupo social dominante, formado por sacerdotes e líderes dos clãs;
Xátrias: grupo formado por aristocratas e guerreiros;
Vaixás: grupo formado por agricultores, artesãos e comerciantes;
Sudras: grupo formado por servos que trabalhavam e cumpriam ordens de
seus senhores.

Budismo

No século VI a.C, surgiu na Índia uma doutrina que se contrapunha à autoridade


incondicional dos Vedas e do sistema de castas, o budismo.
O budismo tem como fundador Sidarta Gautama (Buda), cujos ensinamentos foram
transmitidos oralmente a seus discípulos. Essa doutrina está baseada nas seguintes
concepções:

Existe sofrimento na vida, como o sofrimento de adoecer, envelhecer, morrer


etc.
A origem do sofrimento está nos desejos, que nos impedem de reconhecer as
mudanças que constituem a realidade da vida.
O fim do sofrimento só pode ser atingido com a extinção dos desejos, dos
apegos, da ambição, da ansiedade.
O caminho da libertação está expresso na chamada “senda óctupla”, apontada
pelos budistas como um caminho de oito etapas de transformação pessoal,
envolvendo correção em: concepções e pensamentos, palavras e ações,
vivências e esforços, reflexão e meditação profunda.

Para atingir o fim do sofrimento e renunciar aos desejos, seria necessário que os
praticantes do budismo atingissem o nirvana, estado de completo equilíbrio
emocional. No século III a.C., a doutrina budista conheceu um momento de grande
expressão na Índia, com a conversão do rei Asoka ao budismo. Depois da morte de
Asoka, seu reino fragmentou-se e o budismo perdeu vigor na Índia

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