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LEI ORGANICA DO MUNICIPIO SERRA REDONDA PARAIBA Nés, Vereadores da Camara Municipal de Serra Redonda ("Casa Luiz Biu Pinheiro”), Estado da Paraiba, reunidos sob a protecao de Deus e sob a vontade soberana do Povo deste Municipio, em Assembléia Municipal Constituinte nos termos e principios das Constituicdes da Reptiblica e do Estado, tendo por fim a consolidacdo e 0 fortalecimento democratico do Municipio que, inspirado na liberdade, na justia, na fraternidade, no pluralismo, na organizagio e participagio popular, e na defesa das instituigges democraticas, assegure a sua populacdo 0 pleno exercicio dos direitos e garantias fundamentais, promulgamos, amparados na proteco de Deus, a LEI ORGANICA DO MUNICIPIO DE SERRA REDONDA. 1 EMENDA A LEI ORGANICA N° 01 de 10 de dezembro de 2009 TARCIZO FRANCISCO DE ANDRADE, Presidente da Camara Municipal de Serra Redonda, no uso de suas atribuigles legais, FAZ SABER que a Camara Municipal elaborou, aprovou em dois turnos e a Mesa promulga a seguinte Emenda 4 Lei Organica: Art. 1° - A Lei Organica do Municipio de Serra Redonda, revista, atualizada por inteiro e emendada, passa a ter a seguinte redacdo: LEI ORGANICA DO MUNICIPIO TITULOT Disposicées Preliminares Art. 1°. 0 Municipio de Serra Redonda, criado pela Lei n° 274, de 05 de Abril de 1990, é dotada de autonomia politico-administrativa, financeira ¢ legisiativa, nos termos das Constituicées Federal e do Estado da Paraiba e desta Lei Organica, visando, nos limites de seu territério, construir uma sociedade democratica, solidaria e humanistica. ‘Art. 29, Todo Poder do Municipio emana do Povo, que o exerce através de representantes eleitos na forma direta, conforme assegura a Carta Magna do Pais e a Constituicdo deste Estado. § 1° - 0 exercicio da soberania popular se dé, na forma desta Lei Organica, através de: I= plebiscito; II - referendo; TIT - iniciativa popular. § 2° - O exercicio indireto do poder pelo povo se dé por representantes eleitos através de sufrégio universal, por voto direto e secreto com igual valor para todos e na forma que dispée a legislacéo federal. § 3° - A participacdo das entidades associativas dar-se-4 na forma que dispée esta Lei Organica, assegurando-se as seguintes instdncias: I - Assembléia Geral do Municipio; II - Confer€ncias Municipais de Politicas Administrativas Setoriais; TIT - Conselhos Populares e de Politicas Administrativas Setoriais. Art.3°. S80 poderes constituidos do Municipio, independentes € harménicos entre si, 0 Legislativo e 0 Executivo. ‘Art.4°, Constituem metas fundamentais dos poderes constituidos deste Munic{pio, como parte integrante da Reptiblica Federativa do Brasil: I - promover o bem-estar da comunidade sob sua direta responsabilidade, fora de qualquer preconceito ou discriminacdes; 2 CAPITULO I Da Competéncia Municipal Art. 5°. Compete ao Municipio: I-- legislar sobre assuntos de interesse local; II - elaborar e executar seus orgamentos anuais, plurianuais e de investimentos; IIT - estabelecer relagdes com a Unido, os Estados Federados, 0 Distrito Federal e os demais Municipios; IV - organizar, regulamentar e executar seus servigos administrativos patrimoniais; V- firmar acordo, convénio, ajuste e instrumento congénere; VI - difundir a seguridade social, a educacao, a cultura, o desporto, a ciéncia e a tecnologia; VII - proteger 0 meio ambiente; VIII - instituir, decretar e arrecadar os tributos de sua competéncia e aplicar as suas receitas, sem prejuizo da obrigatoriedade de prestar contas € publicar balancetes; IX - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesséio ou permisso, os servicos piblicos de interesse local, incluido o de transporte coletivo, que tm cardter essencial; X - promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento da acupagéo e do uso do solo; XI - administrar seus bens, adquiti-los e aliend-los, aceitar doacées, legados e dispor de sua aplicacao; XI - desapropriar, por necessidade ou utilidade publica ou por Interesse social, nos casos previstos em lel; XIII - estabelecer serviddes administrativas e, em caso de iminente Perigo ou calamidade publica, usar de propriedade particular, assegurada ao proprietario. indenizago ulterior, se houver dano; XIV - estabelecer os quadros e o regime juridico de seus servidores; XV = associar-se a outros municipios do mesmo complexo geoeconémico e social, mediante convénio previamente aprovado pela Camara, para a gestdo e planejamento de fungies piiblicas ou servicos de interesse comum, de forma Permanente ou transitéria; XVI - cooperar com a Unido e o Estado, nos termos de convénio ou consércio previamente aprovado pela CAmara, na execuco de servicos e obras de interesse para o desenvolvimento local; XVII - participar, autorizado por lei municipal, da criagao de entidade intermunicipal para realizaclo de obra, exercicio de atividade ou execucio de servicos espectficos de interesse comum; XVIII - interditar edificagdes em ruinas ou em condicées de insalubridade e fazer demolir construdes que ameacem ruir; XVIII - interditar edificagdes em rufnas ou em condicdes de insalubridade e fazer demolir construges que ameacem rulr; XIX - regulamentar a fixacdo de cartazes, antincios, emblemas € quaisquer outros meios de propaganda; XX - regulamentar e fiscalizar, na érea de sua competéncia, os jogos esportivos, os espetéculos e os divertimentos piblicos; Od - fiscalizar a produggo, a conservacéo, 0 comércio € o transporte de género alimenticio € produto farmacéutico, destinados ao abastecimento pablico e de substancias potendialmente nocivas ao meio ambiente, & salide e ao bem-estar da populacao; OMT - licenciar estabelecimento industrial, comercial, de servicos € outros e cassar 0 alvara de licenca dos que se tornarem danasos ao meio ambiente, @ satide e ao bem-estar da populacao; YOMIII - fixar 0 horério de funcionamento dos estabelecimentos referidos no inciso XXII; OAV - administrar o servico funerdrio e cemitérios e fiscalizar os que pertencerem a iniciativa privada; XV - estabelecer em lei as planilhas de calculo para fixacdo dos custos dos servicos piblicos de interesse local e as normas de reajuste a serem adotadas; XXVI - estabelecer em lei normas, regulamento e cédigo de posturas urbanas; XXVII - zelar pela guarda da Constituicio, das leis e das institulgées democraticas e preservar 0 patriménio piiblico; XXVIII - organizar, executar e controlar os servicos de transito e tréfego na drea de seu Territério; - YOUX - exercer o poder de policia administrativa; XX - dispor sobre 0 comércio ambulante; 300A - fixar as datas de feriados municipais. CAPITULO II Da Divisdo Politico-Administrativa ‘Art.6°, O Municipio de Serra Redonda faz parte da divisdo administrativa do Estado da Paraiba. Art.7°, A cidade de Serra Redonda é a sede do Governo e do Municipio. ‘Art.8°, O Municipio é dividido em distritos, tendo por objetivo € descentralizacdo do poder e desconcentraco dos servicos piiblicos. f Paragrafo Unico. A criacSo, a organizacdo administrativa e a supressdo de distritos, serdo objeto de lei municipal, respeitada a legislagéo estadual, dependendo de consulta prévia, mediante plebiscito, &s populacées diretamente afetadas. CAPITULO IIT Da Politica de Desenvolvimento Municipal Art. 9°, © Municipio de Serra Redonda integra, com autonomia politica, administrativa, financeira e legislativa, a Reptiblica Federativa do Brasil e o Estado da Paraiba, tendo por fundamento: 1- a ordem juridica democrética; IT- a cidadania; TIT - a dignidade da pessoa humana; IV - 0s valores socials do trabalho e da livre iniciativa; V - 0 pluralismo politico; VI - a organizaco e participaco popular. Pardgrafo Unico - O Municipio se organiza e se rege por esta Lei Organica e demais que adotar, observados os principios constitucionais da Republica e do Estado. CAPITULO IV Das Competéncias SECAO I Das Competéncias Comuns Art.10. E competéncia do Municipio, comum & Unido e ao Estado, além do disposto no art. 23 da Constituicdo Federal, fomentar as atividades econdmicas e estimular, particularmente, o melhor aproveitamento da terra. Art.11. Inexistindo lei federal ou estadual sobre normas gerais, 0 Municipio exerceré a competéncia legisiativa plena para atender as suas peculiaridades. Paragrafo tinico - A superveniéncia da lei federal ou estadual sobre normas gerais suspende a eficdcia da lei municipal, no que for contrério. io firmaré convénios, contratos, acordos, ajustes ou outros quaisquer instrumentos legais, mediante autorizaco legislativa, para cumprir as competéncias comuns com a Unido e 0 Estado. SECAO IIT Das Competéncias Suplementares Art.13. No dominio da legislacZo corrente, 0 Municipio exerceré competéncia de legistar de forma suplementar. Art.14. Compete, ainda, 20 Municipio suplementar as legislacées federal e estadual, objetivando 0 exercicio de autonomia e a consecucao do interesse local, especialmente sobre: I — realizago do ordenamento territorial, através de planejamento e controle de uso, da diviséo ocupago do solo, a par de outras limitacdes urbanisticas gerais, respeitadas as diretrizes do plano diretor; II - plano municipal de educacdo; III — licitar e fazer contratacdo, em todas as formas legals, para a administracao publica direta, indireta ou fundacional; IV = defesa e conservacio do meio ambiente, bem como do solo; V = impedir todas e qualquer formas de acéo poluidora do meio ambiente; VI— uso e estocamento de agrotéxicos; VII — defender o consumidor de especulacao; VIII — proteger o patriménio histérico, cultural, artistico, turistico € paisagistico; IX — seguridade social. SECAO IV Das Proibigées Art.15. E vedado ao Municipio: 1 implantar cultos religiosos ou igrejas subvencioné-los, embaragar- | hes seus atos normais ou manter com eles os seus representantes relacionamento de dependéncia ou acordo expresso ou tdctico, ressalvada, no forma da lel municipal, @ colaboraco de interesse piiblico; 11 — negar fé aos documentos piiblicos; III = estabelecer privilégios entre nacionais ou preferéncias entre si; IV — dar nome de pessoa viva a préprios e logradouros piiblicos municipais, assim como modificar-Ihes a denominacdo sem consulta prévia @ comunidade interessada, na forma expressa em lei; V— cobrar ou aumentar tributo sem que a lei o estabeleca; VI — adotar tratamento desigual entre contribuintes que tenham situaco igual perante o erério municipal; VII — cobrar tributos: 1a) em fatos geradores ocorridos em periodo que anteceder 0 inicio de vigéncia da lei que as houver instituido ou aumentados sua aliquota; b)no mesmo exercicio financeiro em que haja sido publicada a lel que 0s instituiu ou acresceu sua aliquota; VIII — usar 0 tributo com efeito confiscatério; ‘IX -— instituir impostos sobre: a) patriménio, renda ou servigo federal ou estadual; b) templos de qualquer culto; ) patriménio, renda ou servigos de partidos politicos, inclusive fundacdes, das entidades sindicais, das instituiges de educagéo, pesquisas em geral, de assisténcias social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 4) livros, jomais, periédicos e o painel destinado & sua impressao; X = contratar com pessoa juridica em débito com o sistema da seguridade social e prestar-lhe beneficios ou incentivos fiscais. THTULO IL Da Organizacao dos Poderes CAPITULO I Do Poder Legislativo SECAO I Disposiges Gerais Art.16. O Poder Legislativo é exercicio pela Camara Municipal, “Casa Luiz Biu Pinheiro”, composta de representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, de acordo com os dispositivos da legislacao federal, para uma legislatura com quatro anos de duracao. Pardgrafo Unico. O niimero de Vereadores atenderé aos limites estabelecidos na Constituicao Federal, art. 29, IV e alineas, observando o que dispuser, para cada legislatura, a lei estadual. SECAO II Das Atribuicdes da Camara Municipal Art.17. Cabe & Camara Municipal, com a sangéo do Prefeito, dispor sobre todas as matérias de competéncia do Municipio: I - plano plurianual e orcamentos anuais; II -- diretrizes orgamentarias; III - sistema tributdrio municipal, arrecadacao e distribuiclio de rendas; 1V - divida publica, abertura e operacao de crédito; V - concesséo e permisséo de servicos puiblicos do Municipio; VI - fixago e modificacao do efetivo da Guarda Municipal; VII - criacdo, transformacdo e extingdo de cargo, emprego e funcao pblicos na administrago direta, autdrquica e fundacional e fixacdo de remuneracdo, observados os parametros estabelecidos na lei de diretrizes orcamentarias; VIII - fixacio do quadro de empregos das empresas piiblicas, sociedade de economia mista e demais entidades sob o controle direto ou indireto do Municipio; 1X - servidor piiblico da administragéo direta, autérquica e fundacional, seu regime juridico, provimento de cargos, estabilidade, disponibilidade e aposentadoria; X - criago, estruturagio e definigao de atribuiges das Secretarias Municipais; XI - diviséo territorial do Municipio, respeitadas as Legislagdes Federal e Estadual; XII - diviséo regional da administrac&o publica; XIII - bens do dominio puiblico; XIV - aquisic&o, compra e alienacdo de bem imével do Municipio; XV - cancelamento da divida ativa do Municipio, autorizagéo de suspenséo de sua cobranca e de elevacao do Gnus e juros; XVI - transferéncia temporaria da sede do Governo Municipal; XVII - matéria decorrente da competéncia comum prevista no art.23 da Constituicao Federal. ‘Art.18. Compete privativamente & Camara Municipal: 1-- eleger a Mesa e constituir Comissdes; I1- elaborar o Regimento Interno e dispor sobre suas alteragées; TIT - dispor sobre sua organizaco, funcionamento e policia; IV - dispor sobre a criacio, transformacao ou extinggo de cargo, emprego e fungdo de seus servicos e fixacéo da respectiva remuneracdo, observados os pardmetros estabelecidos na lei de diretrizes orcamentarias; V - aprovar crédito suplementar ao orgamento de suas Secretarias nos termas desta Lei Organica; VI - fixar a remuneracao do Vereador, do Prefeito, Vice-Prefeito, do Secretério Municipal e do servidor Municipal; VII - conhecer da rentincia do Prefeito e do Vice-Prefeito; VIII - conceder licenca ao Prefeito para interromper 0 exercicio de suas fungées; 1X - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se ausentarem do Municipio; X - destituir do cargo, Prefeito, Vice-Prefeito € Secretério Municipal por crime comum apés sentenca transitada em julgado ou por infracdo politico administrativa, devidamente comprovada; XI - proceder & tomada de contas do Prefeito n&o apresentadas dentro de sessenta dias da abertura do Periodo Legislativo; XII - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito e apreciar 05 relatirios sobre a execugéo dos planos de Governo; XII - solicitar, por qualquer dos seus membros, informacies sem a apreciago do Plendrio; XVI - solicitar, pela maioria absoluta de seus membros, a intervencao estadual; XV - suspender, no todo ou em parte, a execucao de qualquer ato normative municipal, que tenha sido, por deciséo definitiva do Poder Judiciario, declarado infringente das Constituigdes ou da Lei Organica; XVI - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do Poder regulamentar; XVII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclufdos os da administracdo indireta e fundacional; XVIII - dispor sobre limites e condigbes para a concesséo de garantia do Municipio em operagées de crédito; XIX - autorizar a realizacio de empréstimo, operacio ou acordo extern, de qualquer natureza, de interesse do Municipio, regulando as suas condicdes e respectivas aplicagées, observada a Legislacdo Federal; XX - zelar pela preservacdo de sua competéncia legislativa em face da atribuiggo normativa do Poder Executivo; 20K - aprovar, previamente, a alienaco de sua competéncia de bem imével puiblico; XXII - autorizar referendo e convocar plebiscito; XXIII - autorizar a participaco do Municipio em convénio, consércio ou entidade intermunicipais destinados & gestdo de funco publica, ao exercicio de atividade ou a execugo de servicos e obras de interesse comum; XXIV - mudar, temporéria ou definitivamente, a sua sede; Paragrafo tinico - O nao encaminhamento & Camara de convénio a que refere o inciso XIII, nos dez dias subseqtientes 2 sua celebragio, para deliberacdo obrigatéria neste prazo, implica em nulidade dos atos jé praticados em virtude de sua execuco. SECAO Tt Dos Vereadores Art.19. O Vereador é inviolavel por suas opinides, palavras e votos proferidos no exercicio do mandato e na circunscri¢éo do Municipio. Art.20. E defeso ao Vereador: I - desde a expedicao do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa juridica de direito piiblico, autarquia, fundaco publica, empresa pibblica, sociedade de economia mista, empresa concessionétia ou permissionéria de servico piiblico municipal, salvo quando o contrato obedecer as cléusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, fungdo ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissivel ad nutum, nas entidades indicadas na alinea anterior. II - desde a posse: a) ser proprietério, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa juridica de direito publico ou nela exercer funcéo remunerada; b) ocupar cargo ou funcéo de que seja demissivel ad nutum nas entidades indicadas no inciso I, alinea a; ¢) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso 1, alinea a; d) ser titular de mais um cargo ou mandato piblico eletivo. Art.21, Perderé o mandato o Vereador: 1 - que infringir proibicdo estabelecida no artigo anterior; II - que se utilizar do mandato para a prética de atos de corrupgao ou de improbidade administrativa; THI - que proceder de modo incompativel com a dignidade da Camara ou faltar com decoro na sua conduta publica; IV - quando o decretar a Justica Eleitoral, nos casos previstos na Constituigéo Federal; \V- que perder ou tiver suspensos seus direitos politicos; VI - que sofrer condenacdo criminal com sentenca transitada em julgado, desde que a pena seja superior a dois anos; VII - que deixar de comparecer, em cada Periodo Legislativo, a terga parte das SessGes Ordindrias da CAmara, salvo licenga ou miss&o por esta autorizada; VIIE - que fixar residéncia fora do Municipio. § 1° - E incompativel com 0 decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regime Interno, 0 abuso de prerrogativa assegurada ao Vereador ou a percepcéo de vantagem indevida. § 2° - Nos casos dos incisos I, I, IH, Vie VIII, a perda de mandato serd decidida pela Camara por voto secreto e maloria de seus membros, por provocacao da Mesa ou de partido politico representado na Camara Municipal, assegurada ampla defesa. '§ 3° - Nos casos dos incisos IV, Ve VII, a perda sera declarada pela Mesa da Camara, de oficio ou por provocacao de qualquer de seus membros ou de partido politico representado na Amara Municipal, assegurada ampla defesa. 4° - O Regimento Interno disporé sobre 0 processo de julgamento, assegurada ampla defesa e observados, entre outros requisitos de validade, 0 contraditério, 2 publicidade e 0 despacho ou deciséo motivados e o despisto no nesta lei, no que couber. ‘Art.22. Nao perderé o mandato 0 Vereador: I - investido em cargo de Ministro de Estado, Governador de Territério, Secretério de Estado, do Municipio ou de chefe de missio diplomatica, desde que se afaste do exercicio da Vereanca; TI - licenciado por motivo de doenga ou para tratar, sem remuneracio, de interesse particular, desde que, neste caso, 0 afastamento néo ultrapasse cento e vinte dias por Periodo Legislativo. § 1° - O suplente seré convocado nos casos de vaga, de investidura em cargo mencionado no caput deste artigo, ou de licenca superior a cento e vinte dias por Perfodo Legislativo. § 2° - Se ocorrer vaga e nao houver suplente, far-se-4 eleicéo para preenché-la, se faltarem mais de quinze meses para 0 término do mandato. § 3° - Na hipétese do inciso I, 0 Vereador poderd optar pela remuneracao do mandato. ‘Art.23. A remuneracio do Vereador ser fixada, em cada Legislatura para ter vigéncia na subseqilente, pela Camara, por voto da maioria de seus Membros, € 10 corresponderé, no maximo, a setenta e cinco por cento daquela estabelecida em espécie, para os Deputados Estaduais, vedado a percepcao, a qualquer titulo que excedem os limites fixados nos incisos V e VI do Artigo 29 da Constituicao Federal. Paragrafo tinico - Deixando de a Camara de exercer a competéncia de que trata este artigo, ficaréo mantidos, na Legislatura subseqliente, os valores de remuneragao vigentes em dezembro do Ultimo exercicio da Legislatura anterior, mantida apenas a atualizacao dos mesmos. Art.24. O Vereador deverd prestar deciaracdo de bens nos mesmos termos exigidos ao Prefeito e Vice-Prefeito. Art.25. O servidor piiblico eleito Vereador pode optar entre a remunerago do respectivo cargo e a da Vereanca, antes de entrar no exercicio do mandato, desde que legislacao especifica 0 assegure. Paragrafo tinico. Havendo compatibilidade de hordrios, 0 servidor investido no mandato de vereador, percebera as vantagens do cargo publico ou funcao sem prejuizo da remuneracéo do cargo eletivo. SECAO IV Das Reunides Art.26. A Cémara reunir-se-4 em sesso ordinaria independentemente de convocaco, nos dias titeis, exceto nos dias destinados para reuniao Ordindria das Comissdes Permanentes, na sede do Municipio, na primeira quinta-feira de marco a dltima quinta-feira de maio e da primeira quinta-feira de setembro & Gltima quinta-feira de novembro. Art.27. No primeiro ano de cada Legislatura, cuja duracao coincide com 0 mandado dos Vereadores, a Camara reunir-se-4 no dia 1° de janeiro para dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito e eleger a sua Mesa Diretora. § 1° - A Mesa Diretora sera composta de Presidente, Primeiro Vice- Presidente, Segundo Vice-Presidente, Primeiro Secretdrio e Segundo Secretdrio, com mandato de dois anos, permitindo a recondugio para o mesmo cargo na eleico subseqilente. § 2° - A eleico da Mesa se dard por chapa, que poderd ser ou néo ‘completa e inscrita até vinte e quatro horas antes da eleicao por qualquer Vereador. § 3° - O voto sera secreto e far-se-do tantos escrutinios quanto necessarios, até que a chapa vencedora obtenha maioria absoluta de votos. Art.28. A convocagio de periodo extraordindrio da CAmara serd feita: I-- pelo Prefeito, em caso de urgéncia e interesse puiblico relevante; IE - por seu Presidente, quando ocorrer intervengdo no Municipio, para o compromisso e posse do Prefeito e Vice-Prefeito ou, em caso de urgéncia de interesse ptblico relevante, a requerimento de um terco dos membros da Camara e pela Comissao Representativa. it ‘Art.29. Na Sessio Extraordindria, a Camara somente delibera sobre ‘a matéria objeto da convocacao. ‘Art.30. A Camara e suas Comissées funcionam com a presenga, no minimo, da maioria dos seus membros e as deliberagdes so tomadas por maloria de votos dos presentes, salvo os casos previstos nesta Lei Orgénica. § 1° - Quando se tratar de matéria relativa a empréstimo, 2 concesséo de privilégios ou que verse sobre interesse particular, além de outras referidas nesta Lei, as deliberagdes da Camara sero tomadas por dois tercos de seus membros. § 2° - O Presidente da Camara participa somente nas votagdes secretas e quando houver empate nas votacbes piiblicas. Art.31. As reuniées da CAmara sero puiblicas, e, somente, nos casos previstos em lei, serdo secretas. § 19 - A CAmara funcionaré no seu prédio sede, ou em quaisquer locais publicos, a requerimento de vereador, aprovado por dois tergos dos seus membros: Paragrafo Gnico. E assegurado o uso da palavra por representante de entidade na tribuna da CAmara durante as reunides, na forma e nos casos definidos pelo Regimento Interno. Art.32. A Camara ou qualquer de suas Comissées a requerimento aprovado pela maioria dos seus membros, pode convocar Secretérios do Municipio ou dirigentes de entidade da administracao indireta e fundacional para comparecer perante as mesmas a fim de prestarem informacdes sobre assunto previamente designado e constante da convocagao. § 19 - Trés dias antes do comparecimento deverd ser enviada & Camara exposicao referente as informacies solicitadas. § 2° - 0 secretério poderé comparecer & Camara ou a qualquer de suas Comissies, por sua iniciativa e apés entendimento com a Mesa, para expor assunto de relevancia de sua Secretaria. § 3° - A Mesa da Cmara pode, de oficio ou a requerimento do Plenério, encaminhar a Secretério, a dirigente de entidade da administracdo indireta e fundacional e a outras autoridades municipais, pedido, por escrito, de informacao. § 4° - A prestacdo de informacio falsa, 0 nao atendimento & convocacio, no prazo de 30 (trinta) dias sem motivo justo, aceito pela maioria da Camara ou a recusa, implicardo em crime de responsabilidade e nas suas cominaces previstas em lei. Art.33. Nos interregnos das sessdes Legislativas Ordinarias da Camara Municipal, seré constituida Comissdo Representativa, composta de membros da Mesa Diretora e do Plendrio, com 0 objetivo de: I - convocar extraordinariamente a Camara; IT- tomar medidas urgentes de competéncia da Camara Municipal; TIT - zelar pela observancia da Lei Organica do Municipio; 12 IV - convocar Secretérios do Municipio ou dirigentes de entidades da administraao ptiblica municipal. Pardgrafo tnico - 0 Regimento Interno disporé sobre as normas relativas ao funcionamento da Comissio Representativa da Cémara Municipal que, quando do reinicio da Sess&o Legislativa, deverd apresentar relat6rio dos trabalhos por elas desenvolvidos. SECKOV Das Comissées Art.34, A Cémara teré comissées permanentes e temporérias, constituidas na forma do Regimento Intern, e com as atribuigdes nele previstas, ou conforme os termos do ato de sua criacao. § 1° - Na constituicio da Mesa e na de cada Comissao é assegurada, tanto quando possivel, a participacio proporcional dos partidos politicos ou dos blocos parlamentares representados na Camara. § 2° - As Comissdes, em razao da matéria de sua competéncia, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competéncia do Plendrio, salvo se houver recurso de um sétimo dos membros da C&mara; II - realizar audiéncia publica com entidades representativas da sociedade civil; TIT - realizar audiéncia publica em regies do Municipio, para subsidiar 0 Proceso Legislativo; IV - Convocar autoridade ou servidor municipal para_prestar informacao sobre 0 assunto inerente as suas atribuicBes, constituindo infracéo administrativa a recusa ou no atendimento no prazo de 30 (trinta) dias; V = receber peticgo, reclamacdo, representacfo ou queixa de qualquer pessoa contra ato ou omissa0 de autoridade ou entidade da administrac&o publica; VI - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado; VIE - apreciar planos de desenvolvimento e programa de obras do Municipio; VIII - acompanhar a implantacdo dos planos ou programa de que trata 0 inciso anterior e exercer a fiscalizagio dos recursos municipais neles investidos. § 3° - As Comissdes Parlamentares de Inquérito, observada a Leaislagio especifica, no que couber, tero poderes de investigacSo préprios das autoridades judiciarias, além de outros previstas no Regimento Interno e sero criadas a requerimento de 1/3 (um tergo) dos membros da Camara, para apuracao de fato determinado e por prazo certo, e suas conclusdes, se for 0 caso, sero encaminhadas ao Ministério Publico ou a outra autoridade competente, para que se promova a responsabilidade civil, criminal ou administrativa do infrator. SECAO VI Do Processo Legislative SUBSECAO I 13 Disposicio Geral Art.35. 0 proceso legislative compreende a elaboragao de: I= emenda a Lei Organica; II — leis complementares; III ~ leis ordinarias; IV - decreto legislativo; V - resolucao. Pardgrafo tinico - Sdo ainda objeto de deliberacdo da Cémara, na forma do Regimento Interno: I- a autorizacio; IL - a indicacao; TIT - o requerimento. SUBSECAO IT Da Emenda a Lei Organica Art.36. Lei Organica poderé ser emendada mediante proposta: I— de 1/3 (um tergo) dos vereadores; ‘II — do Prefeito Municipal; TIT = de 5% (cinco por cento) do eleitorado do Municipio. § 1° A Lei Orgnica nao poder ser emendada em situacdo anormal ou extraordinéria. § 2° A proposta serd discutida e votada pela Camara, em 02 (dois) tumos, com intersticio minimo de 10 (dez) dias, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 2/3 (dois tercos) dos votos dos vereadores que a compdem. § 3° A emenda a Lei Orgénica seré promulgada pela Mesa da camara. § 4° A matéria constante de proposta de emenda rejeitada, nao pode ser novamente na mesma sesso legislativa, SUBSECAO III Das Leis ‘Art.37. A iniciativa das leis complementares e ordindrias caberd a qualquer Vereador, ou Comisso da Camara, ao Prefeito e aos (Cidadaos. ‘Art.38. A lei complementar sera aprovada por maloria absoluta dos membros da Camara, observados os demais termos de votacdo das leis ordinarias. 14 Pardgrafo nico - Consideram-se lei complementar, entre outras matérias previstas nesta Leis Organica: nesta Lei Organica: resolucao: I- 0 Cédigo Tributario; IE-- 0 Cédigo de Obras; III - 0 Cédigo de Posturas; IV - 0 Cédigo Municipal de Defesa do Meio Ambiente; V-- 0 Estatuto dos Servidores Pdblicos; VI - a lei de parcelamento, ocupacao e uso do solo; VII - a lei instituidora do regime juridico dos servidores; VIET - a lel instituidora da Guarda Municipal; IK - a lei de organizacéo administrativa; X- a lei de criac&o de cargos, fungées ou empregos publicos; XI - a lei da diviséo politico-administrativa, Art.39. Sao matérias de iniciativa privativa, além de outras previstas 1 - da Mesa da Camara, formalizada por meio de projeto de a) © regulamento geral que disporé sobre a organizacdo das Secretarias da Camara, seus funcionamentos, sua policia, criacéo, transformaco ou exting#o de cargo, emprego ou funcao, regime juridico de seus servidores e fixacio da respectiva remuneracio, observados os parametros estabelecidos na lei de diretrizes orcamentérias e o disposto nesta Lei Organica; b) a autorizacdo para o Prefeito ausentar-se do Municipio; ¢) a mudanca tempordria da sede da Camara. IE - do Prefeito: a) a fixac&o e a modificacao dos efetivos da Guarda Municipal; b) a criaco de cargo e fungSo piblicos da administracéo direta, autérquica e fundacional e a fixagdo da respectiva remuneracio, observados os parémetros da lei de diretrizes orcamentérias; ) © regime juridico dos servidores piblicos dos érgios da administracéo direta, autarquica_e fundacional, incluindo 0 provimento de cargo, estabilidade e aposentadoria; d) 0 quadro de empregos das empresas piiblicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do Municipio; €) a criacdo, estruturago e extinggo de Secretarias Municipais e de entidade da administragao direta; f) a organizacio dos demais érgaos da administracéo publica; 15 4g) 0s planos plurianuais; h) as diretrizes oramentérias; 1) 0s orcamentos anuais; j) a matéria tributéria que implique em redugo da receita publica. ‘Art.40. Pode ser proposto por meio de iniciativa popular, projeto de lei apresentado & Cémara, subscrito por no minimo 5 (cinco) por cento do eleltorado do Municipio, ainda, de distrites afora o distrito sede, conforme interesse ou abrangéncia da proposta, em lista organizada por entidade representativa legalmente constituida, que se responsabilizaré pela idoneidade das assinaturas. § 1° - Na discussio do projeto de iniciativa popular, & assegurada a sua defesa, em Comissao e em Plenario, por um dos signatérios. § 2° - 0 disposto neste artigo se aplica @ iniciativa popular de emenda a projeto de lei em tramitacdo na Camara. Art.41. Nao seré admitido aumento da despesa prevista: 1 - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefelto, exceto disposigéo constitucional em contrério; TZ - nos projetos sobre organizagio dos servigos administrativos da Camara, ‘Art.42. © Prefelto pode solicitar urgéncia para a apreciagdo de projeto de sua iniciativa. § 1° - Se a Camara néo se manifestar em até 45 (quarenta e cinco) dias sobre 0 Projeto, seré ele incluido na Order do Dia, sobrestando-se a deliberacdo quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votacao. § 2° - 0 prazo estabelecido pelo § 1°, ndo corre durante 0 perfodo de recesso da Cémara, tampouco é aplicado em projeto que dependa de quorum especial, determinado na presente Lei. Art.43. A proposicio resultante do projeto aprovado pela Camara, seré enviada 3e-Prefeito que, no prazo de 15 (quinze) dias, contades da data de seu recebimento, aquiescendo, a sancionard. § 1° - O Prefeito se a considerar, no todo ou em parte, inconstitucional ou contréria ao interesse piiblico, veta-la-d, total ou parcialmente, § 2° - 0 siléncio do Prefeito, decorrido o prazo, importa em sano. § 3° - A sangio expressa ou técita supre a iniciativa do Poder Executive no processo legisiativo. § 4° - 0 Prefeito publicard 0 veto e, dentro de quarenta e oito horas, comunicaré seus motives ao Presidente da Camara. 16 § 5° - O veto parcial abrangeré texto integral de artigo, de parégrafo, de inciso ou de alinea. § 6° - A Camara dentro de 30 (trinta) dias contados do recebimento da comunicago do veto, sobre ele decidird, em escrutinio secreto e sua rejeicdo sé ocorrerd pelo voto da maioria absoluta de seus membros. § 7° - Se 0 voto nao for mantido, seré a proposigo de lei enviada ao Prefeito para a sangio. § 8° - Esgotado 0 prazo estabelecido no § 6°, sem deliberacdo, 0 veto sera inclufdo na Ordem do Dia da reunido imediata, sobrestadas as demais Pproposicées, até votacéo final. § 9° - Se, nos casos dos §§ 1° e 6°, a lei néo for, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, promulgada pelo Prefeito, o Presidente da Cémara a promulgard, e, ‘se nao 0 fizer em igual prazo, cabe ao Vice-Presidente fazé-lo, § 10 - O referendo a projeto de lei seré realizado, se for requerido, no prazo maximo de 90 (noventa) dias da promulgacdo, pela maioria dos membros da Camara, pelo Prefeito ou por no minimo 5 (cinco) por cento do eleitorado do Municipio. Art.44, Seré dada ampla divulgaco a projeto referido no art. 40, facultado a qualquer cidadio, no prazo de 15 (quinze) dias da data de sua publicacio, apresentar sugestdo ao Presidente da Camara, que a encaminharé & Comissao respectiva, para apreciacdo. Art.45. A requerimento de Vereador, aprovado pelo Plendrio, os projetos de lei, decorridos 30 (trinta) dias do seu recebimento, sero incluidos na Ordem do Dia, mesmo sem parecer. Paragrafo tnico - O projeto somente pode ser retirado da Ordem do Dia a requerimento do autor, aprovado pelo Plendrio. : Art.46. A matéria constante no projeto de lei rejeitado, somente Poderd constituir objeto de novo projeto, no mesmo Periodo Legislativo, mediante proposta da maioria dos membros da Camara ou de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do Municipio, SUBSECAO IV Da Fiscalizacao Contabil, Financeira e Orcamentaria Art.47. A fiscalizacéo ou controle contabil-financeiro e orgamentario, das contas dos poderes do Municipio, seré exercida pela Camara Municipal, Tribunal de Contas do Estado e pelos municipios, isso na forma em que estabelecem as leis que regem a matéria, § 1° - O controle extemo, a cargo da Camara, ser exercido com 0 auxilio do Tribunal de Contas do Estado. § 2° - Os poderes Legislativo e Executivo e as entidades da administracao indireta manterao, de forma integrada, sistema de controle interno, com finalidade de: 17 I - avaliar 0 cumprimento das metas nos respectivos Planos Plurianuais e a execuco dos programas de Governo e orgamentos; IT - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficacia e eficiéncia da gestéo orgamentéria, financeira e patrimonial dos érgaos da administracao indireta e aplicacao de recursos piblicos por entidade de direito privado; III - exercer controle de operagbes de crédito, avals e garantias, € 0 de seus direitos e haveres; IV - apolar 0 controle externo no exercicio de sua misséo institucional; Paragrafo nico - Os responsaveis pelo controle interno, a0 tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dardo ciéncia ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidaria. Art.48. As contas do Municipio ficarao, durante 60 (sessenta) dias, anualmente, a disposicgo de qualquer municipio, para exame e apreciacao, 0 qual poderé questionar-Ihes a legitimidade e legalidade. Pardgrafo dinico. As contas estardo & disposicio dos municipes, em igual periodo, em locais de facil acesso 20 piblico, na Camara e na Prefeitura Municipal. CAPITULO IT Do Poder Executivo SECAOL Do Prefeito e do Vice-Prefeito Art.49. A eleicdo do Prefeito e Vice-Prefeito, para mandato de 4 (quatro) anos, se realizara até 90 (noventa) dias antes do término do mandato de seus antecessores, mediante pleito direto e simultineo realizado em todo o Pais e a posse Scorrer no dia primelro de janeiro do ano subseqilente, observado, quanto 20 mais, 0 disposto no art. 77 da Constituicgo Federal. ‘Art.50. Perderé 0 mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou funciona administrac3o piblica direta ou indireta, ressalvada a posse_em virtude de concurso publico observado o disposto no art. 38, I, IV e V, da Constituicao Federal. Art.51. A eleicgo do Prefeito importaré, para mandato correspondente, a do Vice-Prefeito com ele registrado. § 19 - 0 Prefeito € 0 Vice-Prefeito tomardo posse em reuniéo da Camara, prestando 0 seguinte compromisso: “SOB A PROTECAO DE DEUS, PROMETO MANTER, DEFENDER E CUMPRIR AS CONSTITUICOES DA REPUBLICA E DO ESTADO, A LEI ORGANICA DO MUNICIPIO, OBSERVAR AS LEIS, PROMOVER O BEM GERAL DO POVO SERRAREDONDENSE E EXERCER 0 MEU MANDATO SOB A INSPIRACAO DO INTERESSE PUBLICO, DA LEALDADE E DA HONRA”. § 2° - No ato da posse e anualmente, em data coincidente com a da apresentaco para fins de Imposto de Renda e ainda ao término do mandato, o Prefeito € 0 18 Vice-Prefeito fargo declaracao publica de seus bens, em cartério de titulos e de documentos, sob pena de responsabilidade e impedimento para o exercicio futuro de qualquer outro cargo no Municipio, nos termos da lei. § 3° - O Vice-Prefeito substituird 0 Prefeito no caso de impedimento, e Ihe sucederd, em caso de vacancia do cargo. § 4° - O Vice-Prefeito auxiliaré o Prefeito sempre que por ele convocado para missdes especiais. Art.52. No caso de impedimento do Prefeito e Vice-Prefeito ou no de vacdncia dos respectivos cargos, seré chamado ao exercicio do Governo o Presidente da Camara. § 1° - Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-4 elei¢ao 90 (noventa) dias depois de aberta a ttima vaga. § 2° - Ocorrendo a vacdncia nos tltimos dois anos do periodo dos mandatos do Prefeito e do Vice-Prefeito, a eleic&o, para ambos os cargos, serd feita, 30 (trinta) dias apés, pela Camara Municipal. § 3° - Em qualquer dos casos, os eleitos deverio completar o periodo de seus antecessores. Art.53. Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, 0 Prefeito ou Vice-Prefeito, salvo motivo de forca maior, reconhecido pela Camara, no tiver assumido 0 cargo, este seré declarado vago. Art.54. O Prefeito e 0 Vice-Prefeito residiréo no Municipio de Serra Redonda ou Municipio limitrofe de Serra Redonda. Paragrafo dnico - O Prefeito e o Vice-Prefeito nfo poderdo ausentar-se do Municipio, sem autorizagéo da Camara, por mais de 15 (quinze) dias consecutivos, sob pena de perder o mandato. SECAO It Das Atribuigdes do Prefeito Municipal Art.55. Compete privativamente ao Prefeit I- nomear e exonerar Secretério Municipal; IZ- exercer com auxilio dos Secretérios Municipais, a dirego superior do Poder Executivo; TI - prover e extinguir os cargos piblicos do Poder Executivo, observado 0 disposto nesta Lei Organica; IV - prover os cargos de diregio ou administragio superior de autarquia piiblica e fundacao publica; V-- iniciar 0 proceso legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Organica; VI - fundamentar os projetos de lei que remeter 4 Camara; 19 VII - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e, para sua fiel execugéo, expedir decretos e regulamentos; VIII - vetar proposicées da lei; 1X - remeter mensagem e planos de Governo & Camara, quando da reunio inaugural da Sess0 Legisiativa Ordinéria, expondo a situacdo do Municipio, especialmente o estado das obras e dos servicos municipais; X - enviar A Cémara a proposta de plano plurianual, 0 projeto de lel de Diretrizes Orcamentarias e as propostas de orgamento; XI - prestar anualmente, dentro de 60 (sessenta) dias da abertura da Sessdo Legislativa Ordindria, as contas referentes a0 exercicio anterior; XAT - extinguir cargo desnecessério, desde que vago ou ocupado por servidor ptiblico nao estavel, na forma da lel; XII - dispor, na forma da lei, sobre a organizacéo e a atividade do Poder Executivo; XV - celebrar convénio, ajustes e contratos de interesse municipal; XV - contrair empréstimo, externo ou interno e fazer operagéo ou acordo externo de qualquer natureza, mediante prévia autorizagao da Camara, observados os parémetros de endividamento regulados em lei, dentro dos principios da Constituicéo Federal; XVI - convocar, extraordinariamente, a Camara, em caso de urgéncia e interesse pubblico relevante; XVII - deciarar estado de calamidade piiblica; XVIII - transferir, tempordria ou definitivamente, a sede da Prefeitura Municipal; XIX - delimitar o perimetro urbano, nos termes da lei; XX - fixar e modificar 0 efeito da Guarda Municipal. SECAO IIL Das Incompatibilidades Art.56. 0 Prefeito perderé o mandato: I- quando infringir: a) no que couber, disposicdes do art. 50; IT-- quando atentar contra: a) a existéncia e autonomia do Municipio; b) 0 livre exercicio da Camara Municipal; €) 0 exercicio dos direitos politicos individuals e sociais; ) a probidade na administracdo; e) 0 cumprimento das leis e decisdes judiciais; fa transferéncia, até o dia 20 (vinte) de cada més, do duodécimo ao Poder Legislativo. 20 IIT - por extingao declarada pela Mesa da Camara Municipal, quando: a) sofrer condenacéo criminal em sentenca transitada em julgado; ) perder ou tiver suspensos os direitos politicos; ) 0 decretar a Justica Eleitoral, nos casos previstos na Constituicéo da Repiblica; d) reniincia por escrito, considerada também como tal o ndo comparecimento para posse no prazo previsto nesta Lei Organica. Art.57. Constituem crime de responsabilidade os atos do Prefeito atentatérios contra a Constituico da Repiblica, a Constituiggo do Estado, esta Lei Orgnica e, especialmente, aqueles previstos no § 4° - do art. 32. SECAO IV Do Julgamento do Prefeito Art.58. O Prefeito seré julgado pelo pleno do Tribunal de Justica do Estado da Paraiba. SECAOV Dos Secretarios e Assessores Art.59. Os secretérios e Assessores Municipais ocuparao cargos em comissdo, de livre nomeaco e exoneraco, na forma da lei. Art.60. © Secretério Municipal seré escolhido dentre brasileiros, maiores de 21 (vinte e um) anos de idade e no exercicio dos direitos politicos e esta sujeito, desde a posse, aos mesmos impedimentos do Vereador. § 1° - Além de outras atribuigdes conferidas em lei, compete ao Secretario Municipal: I - orientar, coordenar e supervisionar as atividades dos érgdos de Sua Secretaria e das entidades da administraco indireta a ela vinculadas; II - referendar ato e decreto do Prefeito; TIT - expedir instruges para a execucéo de lei, decreto e regulamento; IV - apresentar ao Prefeito relatério anual de sua gestéo; V - comparecer & Camara, nos casos e para os fins previstos nesta Lei Organica; VI - praticar os atos pertinentes as atribuigées que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito. 21 ‘Art.61. 0 Secretério & processado e julgado perante o Juiz de Direito da Comarca, nos crimes comuns e de responsabilidade e perante a Camara, nas infragdes politico-administrativas. Art.62. Secretério do Municipio, no ato de sua posse no cargo, a0 ser exonerado a pedido ou n&o, ou ao término do periodo de Governo, deve apresentar declarago publica de bens. SECAO VI Dos Atos Administrativos Art.63. A forma do Prefeito estabelecer os atos administrativos sera feita através de decretos e portaria, obedecidas as limitacdes legais e a pratica da vida politico-administrativa. Paragrafo dnico. Os atos de competéncias do Prefeito no produzirdo efeitos antes de serem publicados. TITULO 01 Da Administracao Tributaria, Financeira e Orgamentaria dos Tributos Art.64. Cabe ao Municipio estabelecer a cobranca dos tributos municipais, nos termos contidos nos artigos 163 e 164 da Constituiao do Estado, com seus incisos e pardgrafos, e 156 da Constituicdo Federal. Art.65. Qualquer cidadéo, partido politico, associacgo legalmente constituida ou sindicato é parte legitima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade de ato de agente piiblico. Paragrafo tnico - A dentincia poderd ser feita, em qualquer caso, a Camara ou sobre o assunto da respectiva competéncia, ao Ministério Publico ou ao Tribunal de Contas. Art.66. As contas do Prefeito, referentes a gestdo financeira do ano anterior, sero julgadas pela Camara mediante parecer prévio do Tribunal de Contas, que 0 emitira dentro de trezentos e sessenta e cinco dias, contados do seu recebimento, nos termos da Constituiggo Federal. § 1° - As decisées do Tribunal de Contas, de que resulte imputacao de débito ou multa, terao eficdcia de titulo executivo. § 2° - No primeiro e no Ultimo ano de mandato do Prefeito, o Municipio enviaré ao Tribunal de Contas inventdrio de todos os seus bens méveis e iméveis, remetendo cépia para a Camara Municipal. ‘Art.67. Anualmente, dentro de 60 (sessenta) dias do inicio do Periodo Legislativo, a Camara receberd, em reunigo especial, 0 Prefeito, que informaré, por meio de relatério, 0 estado em que se encontram os assuntos municipais. Pardgrafo dnico - Sempre que o Prefeito manifestar propésito de expor assuntos de interesse ptiblico, a Camara o receberé em reunldo previamente designada. 22 CAPITULO I Da Receita e da Despesa Art.68, A receita do Munic{pio constituir-se-4 de: I — arrecadagio dos tributos municipais; I - participacao em tributos da Unido e do Estado, atendendo o que estabelece ou determina a Constituicao Federal; THI — recursos advindos do F.P.M. (Fundo de Participacdo dos Municipios); IV — utilizagdo de seus bens, servicos e atividades; V — outros ingressos. Paragrafo dnico. A fixacdo dos precos ptiblicos oriundos da utilizago de bens, servicos e atividades municipais, ser procedida por decreto, com base em critérios estabelecidos em lei. § 1© Nenhuma despesa seré ordenada ou satisfeita sem que existam recursos disponiveis e crédito orgamentario. § 20 Nenhuma lei que crie ou aumente despesa serd executada, sem que nela consista a origem dos recursos para atendé-la no que se refere ao seu encargo financeiro. § 3° A despesa com pessoal ativo ¢ inative do Municipio ndo poderé exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal. Art.69. Disponibilidades de caixa do Municipio, de suas autarquias fundagées e das empresas por ele controladas sero depositadas em instituigdes financeiras oficiais. CAPITULO IT Dos Orcamentos Art.70. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerao; I~ plano plurianual; II —as diretrizes orgamentarias; III — os orgamentos anuais. Art.71. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual 8s diretrizes orcamentérias, ao orcamento anual e aos créditos adicionais sero apreciados pela Camara Municipal, na forma do seu Regimento Interno. Paragrafo Unico. Quando do encaminhamento de matérias de que trata 0 artigo anterior, obrigatoriamente, o Executivo teré que atender as exigéncias constitucionais. i § 1° As emendas ao projeto de lei de diretrizes orcamentérias no Poderdo ser aprovadas quando incompativeis com o plano plurianual. Art.72. No poderdo tramitar projetos que no estejam incluldos na lel orgamentéria anual, a realizago de despesas ou assumi-las, quando excedem os créditos orcamentarios ou adicionais. § 1° A abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia autorizacio legislativa e sem a nomeacaio dos recursos correspondentes. § 2° A transferéncia de recursos de um érgo para outro e de uma programacéo para outra, sem a prévia anuéncia ou autorizacao legisiativa. § 3° A instituico de fundos de qualquer natureza, sem a prévia autorizagio legisiativa. § 4° Nenhum investimento que ultrapasse em sua execucéo um exercicio financeiro poder ser iniciado sem que tenha sua inclusdo no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusdo, sob pena de crime de responsabilidade. § 5° A abertura de crédito extraordindrio somente ser admitida para atender despesas imprevisiveis e urgentes, como decorrentes de calamidade piblica, mediante ato do Executivo, ad referendum do Legislative Municipal. TITULO IV Da Ordem Econémica e Social CAPETULO I Da Ordem Econémica - DOS PRINCIPIOS - Art. 73 - O Municipio de Serra Redonda integra, com autonomia politica, administrativa, financeira e legislativa, a Repdblica Federativa do Brasil e o Estado da Paraiba, tendo por fundamento: 1- a ordem juridica democratica; I - a cidadania; Ti - a dignidade da pessoa humana; TV - 0s valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V- 0 pluralismo politico; VI- a organizacao e participacdo popular. Paragrafo Unico - 0 Municipio se organiza e se rege por esta Lei Organica e demais que adotar, observados os principios constitucionais da Republica e do Estado. SECAOT Do Desenvolvimento Econémico Art.74, O municipio realizaré seu progresso econémico, com fundamentos nos preceitos do artigo anterior, com seus recursos e com coopera¢éo com a Unido e o Estado. 24 Art.75. O Municipio, visando 0 desenvolvimento econémico e social, justo, incentivara prioritariamente as iniciativas sobre: I~ implantar uma politica de criagéo de novos empregos; I — realizar pesquisas econémicas, que visem aumentar a produtividade do trabalho e melhoria da qualidade dos produtos; III — apoiar as formas cooperativas de produgo, consumo e venda, assegurando espaco econémico-social para plena expansio dos empreendimentos de Pequeno e médio porte nas areas agropecusrias, industrial e comercial; IV ~ defesa permanente do meio ambiente e dos recursos naturais; V— aumento da producao e consumo dos municipes; VI - defesa da economia do povo; VII — acabar com entraves burocraticos, quando da legalizacéo de empresas; VIII — acao coordenada com as instituicies federais e estaduais, com vistas & implementago, no territério deste Municipio, no tocante ao desenvolvimento das seguintes politicas destinadas a estimular os setores produtivos: a) assisténcia técnica; b) crédito barato e facil; €) incentivos fiscais; Art.76. O municipio dispensaré as microempresas e 4s empresas de Pequeno porte, assim caracterizadas em lei, tratamento governamental diferenciado, objetivando incentivé-las e promové-las, assegurando-lhes viabilidade econémica. ‘Art.77. O Municipio cooperaré para a criacSo de grupos de producao na sua area territorial, objetivando a: I- usar e promover a mao-de-obra existente; II — aproveitar e incentivar 0 uso de matérias-primas locais; TIT — promover a comercializacao da produc local, por intermédio de instituigdes vinculadas ao setor artesanal; IV — promover as condigies existentes da populacdo, notadamente das camadas mais carentes; V - implantar centros de formacao e aperfeicoamento da mao-de- obra local; VI— priorizar a atividade artesanal. Art.78. O municipio faré uma politica de incentivo e promogSo do turismo, com vistas ao seu aproveitamento econdmico e social. SECAO II Da Politica Urbana Art.79. A politica de desenvolvimento urbano, executada sob a responsabilidade do Poder PUblico Municipal, de conformidade com a legislagio federal, visa 25 ordenar o pleno progresso das fungées e atividades sociais da cidade e assegurar 0 bem estar da comunidade citadina, por meio de: I~ gerir democratizacao a vida piblica; I — acesso & casa prépria, com equipamentos indispensaveis a uma existéncia simples, decente, higignica e moderna; TEI — reprimir, dentro da lei, a especulacgo imobilidria; IV - condicionar o direito de propriedade ao bem-estar comunitério; V— proteger o patriménio ambiental e cultural; VI = aplicar uma politica de solo urbano, com fundamento no interesse coletivo e na legislacéo federal; VII = procurar assegurar 8 comunidade municipal os seguintes beneficios; a) transporte coletivo; b) saneamento basico; ) iluminagao elétrica; d) educaggo,satide e lazer; VIII — urbanizacio e regularizagio de loteamentos urbanos; 1X — preservacio de areas periféricas de producgo agropecuéria; X = implantacSo de parques, pracas, jardins e areas de interesse urbanistico, social, ambiental e de utiliza publica; XI — utilizagZo racional do territério e de seus recursos naturals, através de controle do funcionamento das atividades industriais, agricolas, comercials, residenciais e vidrias; ‘XdI — reserva de reas urbanas destinadas a projetos de finalidade social; XIII — descentralizacao administrativa. ‘Art.80. © poder Paiblico Municipal, para garantir 0 principio de prevaléncia dos direitos urbanos utilizaré, na forma de lei, os seguintes instrumentos: I — desapropriado por interesse social ou utilidade piblica; II — tombamento de iméveis; TIT — regime especial de protesio urbanistica e de preservacdo da satide ambiental; IV = direito de preferéncia na aquisic&o de iméveis; V — na rea urbana, na hipétese de pratica especulativa, adotar imposto progressivo. § 1° 0 direito de propriedade urbana no confere o de construir, 0 qual deveré ser autorizado pelo Poder Puiblico Municipal. SECAO III 26 Da Politica Agricola e Fundiaria ‘Art.81. O municipio adotard programas de desenvolvimento do meio rural, de acordo com suas aptidées e recursos econdmicos, com objetivos socials e de proteco a0 meio ambiente, isso em cooperacdo com as governos do Estado e da Unido, visando fomentar as culturas: I— agropecuaria; IL — hortigranjeira; IIT - fruticuttura. Art.82. Nao se beneficiard de programas de incentivos municipais o produtor rural que se exclua dos planos de manejo integrado de solos e agua. SECAO IV Da Ordem Social SUBSECAO I Disposicao Geral Art.83. A Ordem social tem como fundamento o primado do trabalho como meta o bem-estar e a justica sociais. SECAO V Da Seguridade Social SUBSECAO I Da Satide Art.84. A satide é direito constitucional de todos e dever do Estado de um modo geral, a qual deverd ser implantada, garantida mediante aplicacio de politicas socials e econémicas, que visem & reducdo da incidéncia de risco de doenga e outros agravos e ao acesso universal e igualitério as acdes e servicos para sua efetiva promocdo, protego e recuperacéo. Paragrafo nico. O direito a satide implica na garantia de: I — condigdes dignas de trabalho, moradia, alimentac&o, educacéo, transporte, lazer e saneamento basico; II — meio ambiente ecologicamente equilibrado; TIT — dignidade, gratuidade e boa qualidade no atendimento e no tratamento da satide; IV — participacio da comunidade, através de suas entidades representativas. Art.85. O atendimento as necessidades de satide é de responsabilidade do Poder PUblico, todavia, poderdo participar das mesmas entidades de direito privado. 27 Art.86. As ates de saide integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem o Sistema Unico de Satide (SUS), organizado com as seguintes diretrizes; I — descentralizago dos recursos, servicos e acées, com direcao nica no Municipio; II — atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuizo dos servicos assistencials; IIT — valorizacdo do profissional da area de satide. Paragrafo Gnico. E expressamente proibida a destinacdéo de recursos pilblicos para auxilio ou subvencées a instituigées privadas de saiide que tenham fins lucrativos. ‘Art.87. Ao Municipio, no ambito do Sistema Unico de satide, cabe toda a iniciativa no sentido de implanté-lo, organizé-lo, isso através de lei complementar. ParAgrafo tinico. O Municipio poderé depender com até 10% (dez por cento) com a satide. SUBSECAO II Da Assisténcia Social Art.88. A assisténcia social seré prestada a quem dela necessitar, com recursos do Municipio, do Estado e da Unido, com 0 objetivo de: I= protegdo a familia, & maternidade, a infancia, & adolescéncia ¢ 8 velhice; IT — Amparo as criancas e aos adolescentes carentes; TIT — promocéo e integracdo das pessoas no mercado de trabalho; 1V — habilitacdo e reabiltacZo das pessoas portadoras de deficiéncias ea promocdo delas na vida produtiva e social da comunidade; V = em todos os trabalhos de cunho promocional e assisténcia haverd a participago das entidades representativas dos diversos segmentos sociais. SUBSECAO IIT Da Educacao Art.89. A educacdo no Municipio de Serra Redonda, reger-se-d pelos ideais democraticos de igualdade, liberdade e solidariedade, voltada para a formacao de seres humanos desenvolvidos e capazes de exercerem a cidadania, conscientes dos seus direitos e dos seus deveres. ‘Art.90. O ensino do Municipio se basearé em principios que assegurem a pratica democratica e que possam proporcionar: I-igualdade de condigies para o acesso e permanéncia na escola; II - liberdade de ensino, de aprender e de expressar 0 pensamento; TIT - pluralidade de idéias e de concepcdes pedagdgicas; 28 IV ~ gratuidade do ensino nos estabelecimentos pertencentes ao Municipio, sem cobranca de matricula ou taxas de quaisquer natureza; V — valorizacéo dos profissionais do ensino, com garantia de um plano de carreira para o Magistério Publico Municipal, na forma da lei, com piso salarial profissional e ingresso, exclusivamente, por concurso de provas ou de provas e titulos; VI - gesto democratica do ensino piblico municipal e da instituico escolar, na forma da lei; VII - garantia de padrao de qualidade do ensino; VIII — erradicacao do analfabetismo. Art.91. O ensino piiblico e gratuito, de obrigacéo do Municipio, é direito de todos, sem distingéo de sexo, etnia e idade, confisso religiosa, filiagao politica ou classe social. Art.92. O Municipio se responsabilizar4, prioritariamente, pelo ensino fundamental e pelo atendimento a criancas na faixa etdria de zero a seis anos, em creches e pré-escola, Paragrafo Unico - 0 Poder Executivo deverd estabelecer cursos e programas de reciclagem, treinamento e gerenciamento administrative especializado, visando & melhoria e ao aperfeicoamento dos trabalhadores em creches municipais. Art.93. Cabera ao Municipio, articulado com 0 Governo do Estado, recensear os educandérios para o ensino fundamental e proceder chamada didria, zelando pela freqiiéncia & Escola. Art.94. O ensino fundamental ptiblico e gratuito, da competéncia do Municipio, seré ministrado, também, aos jovens e adultos, que néo tiverem acesso a ele, na idade prépria. estabeleceré em lei especial os critérios para promogéo de ensino noturno, propiciando, nos limites de sua competéncia, condicdes didatico-pedagdgicas compativeis com as especificidades do educando a que se destinard a oferta de vagas. Art.96. O transporte de alunos carentes, matriculados na rede Publica de ensino, seré prioridade nos programas municipais de assisténcia ao estudante. Paragrafo Unico - O disposto no caput deste artigo aplica-se, especialmente, aos alunos da segunda fase do primeiro grau, residentes na zona rural, nos casos de inexisténcia de oferta de vaga nos estabelecimentos de ensino a nivel secundario, nos distritos em que residem. Art.97. © Municipio promoveré 0 atendimento educacional especializado, de nivel fundamental, em articulacdo com o Estado, aos portadores de deficiéncia, em qualquer idade, preferencialmente na rede regular de ensino e, no caso de deficiente mental, a terapia, f Art.98. O Poder Puiblico Municipal aplicard os recursos previstos nas Constituicdes Federal e Estadual, com absoluta prioridade, na rede escolar municipal. 29 Art.99. O Municipio cuidaré, na medida de suas possibilidades, da alfabetizagéio de adultos em articulacdo com os érgaios puiblicos dos Governos Federal e Estadual. Art.100. Os curriculos escolares deverdo ser adequados a realidade sécio-econémico e cultural da regio e adotardo instrumentos que integrem o aluno da escola publica municipal e a universalidade do conhecimento. Par4grafo Unico - Devem ser priorizadas as disciplinas relativas as relacdes humanas e meio ambiente, dentro do curriculo minimo. Art.101. O Poder Ptiblico Municipal cuidaré de providenciar a transformacSo progressiva das escolas em centros integrados de ensino, dotados de Infra- estrutura fisica, técnica e de servicos necessdrios ao desenvolvimento de todas as etapas da educacdo fundamental. ‘Art.102. © Poder Pablico Municipal tomaré as providéncias cabiveis para que as escolas adotem, progressivamente, o sistema de ensino de tempo integral. Art. 103. Sera estimulada a pratica de esportes individuais e coletivos como complemento a formaco integral do alunos. Art. 104. A politica municipal de educac0, formalizada no plano de educagéo do Municipio, ter4 como inst&ncias de programacao, consulta e fiscalizacéo a Conferéncia Municipal de Educacéo e o Conselho Municipal de Educacao. § 1° - A Conferéncia Municipal de Educacéio sera convocada de dois em dois anos e obedecera as diretrizes do art. 90. § 2° - 0 Conselho Municipal de Educaco seré drgio permanente de consulta e fiscalizago da aplicacio do Plano de Educacéo do Municipio, devendo sua organizaco, funcionamento, composicao e detalhamento de atribuigdes ser definidos por lei municipal. § 3° - O Municipio orientara as Escolas da Rede Municipal de Ensino a criar 0 Conselho de Pais, érgao consultivo, forum de debates e aces propositivas relativas a educacdo e especialmente ao processo Ensino aprendizagem. Art. 105. Os érgéos educacionais do Municipio procurarao integrar- se as atividades da cidade com vista a uma aco conjunta voltada para programas que implementem a boa qualidade do ensino. Art. 106. E dever do Municipio o provimento em seu territ6rio, de vagas nas escolas piblicas em niimero suficiente para atender 4 demanda da primeira fase do primeiro grau. Art. 107. 0 nio oferecimento do ensino obrigatério pelo Poder Publico, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente, sendo nas mesmas circunstncias obrigatéria: 1 — oferta de creches para criancas de 00 (zero) a 06 (seis) anos, especialmente aquelas de familia de baixa renda; 30 @ garantia de educacdo, mediante 0 provimento de condicées apropriadas, em instituicbes especificas ou na rede regular de ensino, para os portadores de deficiéncia fisica, mental ou sensorial, em qualquer idade, Art. 108. A organizagdo democratica das instituicées municipais de ensino garantiré: I — eleicées diretas para as fungdes de direcdo nas instituicbes de ensino do primeiro grau, considerando: a) na escolha dos dirigentes prioridade a professores com Licenciatura Plena em Pedagogia e demais habilitagdes na érea de educacéo; b) processo de escolha, mediante ampla participacdo de todos os segmentos da comunidade escolar, esgotando-se no interior da instituicao; Il — participagéo de representantes dos diversos segmentos da comunidade escolar da instituigéo como membros dos seus érgdos colegiados. Paragrafo Unico - entende-se por comunidade escolar da rede ‘municipal de ensino de primeiro grau, o universo de professores, funcionarios no docentes, alunos e especialistas de educacdo, pais de alunos e sécios da Associacao de Pais e Mestres, na forma do Estatuto do Magistério. Art. 109. E livre a organizacdo dos diversos segmentos da comunidade escolar, segundo sua prépria determinacdo e possivel a utilizac3o das. instalagdes do estabelecimento de ensino, para fins determinados na respectiva organizacdo, sem prejuizo das atividades didético-pedagégicas. Art. 110. O Municipio aplicaré, anualmente, vinte e cinco por cento, no minimo, da receita tributdria resultante de transferéncias ou repasses da Unido e do Estado, na manutencéio e no desenvolvimento do ensino. ‘SUBSECAO IV Da Cultura : Art. 111. O Municipio proporcionaré a todos os seus habitantes, na medida de suas possibilidades, pleno exercicio dos direitos culturais e o acesso as fontes de cultura. Art. 112. © Conselho Municipal de Cultura, organizado e regulamentado por lei, devera contar com a participacdo ativa e efetiva de categorias envolvidas com a produco cultural de um modo geral. SUBSECAO V Do Desporto e do Lazer Art. 113. O Municipio fomentara praticas esportivas que tenham tradic&o popular, observados: I — a destinacao de recursos ptiblicos para a promogao prioritéria do desporto educacional, especialmente nas escolas municipais; II — colocar em primeirissimo plano o esporte amador; III — apoiar o esporte de massas; 31 IV — criar, manter e descentralizar as instalagdes e equipamentos desportivos. Art. 115. © Municipio promoverd e incentivaré 0 avango cientifico, @ pesquisa e a capacitacao tecnolégica, objetivando alcangar: 1-0 bem-estar social; II —a elevacdo do padrao de vida, da populacao municipal; III — modernizar, permanentemente, o seu sistema produtivo local, SUBSECAO VI Da Habitagdo e do Saneamento Basico Art. 115. © Municipio realizaré uma politica habitacional, em colaboracdo e integrago com a Unio e o Estado, com 0 que diz respeito as camadas de baixa renda desta municipalidade, estabelecendo as seguintes metas a atingir: I- oferta de lotes urbanizados; IT-= incentivo & formaco de cooperativas populares de habitacao; III - dar prioridade as familias carentes; IV = riar programas habitacionais pelo sistema de mutirées, visando a construcéo de casas populares; \V— assegurar projeto-padréo para moradia popular; Vi-= oferecer incentivos piblicos municipais para as empresas que se comprometem a conceder moradia para parcela de seus empregados. Paragrafo Gnico. A lei instituird fundo para financiamento da politica de habitago do Municipio, com a participacdo deste e dos interessados em empresas locais. SUBSECAO VII Do Meio Ambiente ‘Art.116. Todos tém direito a0 meio ambiente, ecologicamente equilibrado, bem como de uso do povo e essencial & sadia qualidade de vida, cabendo 20 Municipio ¢ & comunidade o dever de defendé-lo e preservé-lo para a presente e futuras geracies. ‘Art.117. O sistema municipal de defesa do meio ambiente, na forma da lel, encarregar-se-é da elaboracio e execucdo da politica local de preservacéo ambiental. Paragrafo Ginico. Fazem parte do sistema a que se refere 0 caput deste artigo: I = 6rgdo piiblico, localizado neste Municipio, relacionado a este setor; II— Conselho Municipal do Meio Ambiente; III — entidades locais comprometidas com a protegéo ao meio ambiente. 32 Art, 118. O Municipio participard na elaboraco e implantacao de programas de interesse coletivo, que visem & defesa dos recursos naturais renovaveis ¢ da salide ambiental. SUBSECAO VIII Da Familia, da Crianga, do Adolescente e do Idoso Art. 119. A familia receberé protecio do Municipio, numa acéo conjunta com a Unido e o Estado. Paragrafo unico. Com amparo nos principios da dignidade humana e da paternidade responsdvel, e o planejamento familiar é de livre decisdo do casal, cabendo a0 Municipio proporcionar meios educacionais com vistas ao pleno exercicio desse direito, proibida qualquer forma coercitiva por parte das instituicBes publicas municipais. Art. 120. O Municipio, na medida de suas possibilidades, associado a Unido, ao Estado e a sociedade, terd de garantir a crianca e ao adolescente os direitos contidos no caput do artigo 227 da Constituicéo Federal. § 1° Os programas de assisténcia integral 4 satide da crianca incluiréo, em seus objetivos, a assisténcia materno-infantil. § 2° O Municipio nao concederé incentivos nem beneficios 4 empresa e entidades privadas que obstaculem o acesso do trabalhador adolescente a escola. § 3° A lei criaré normas de construcao dos de uso piiblico e tipo de transporte coletivo, para garantir acesso facil &s pessoas portadoras de deficiéncia. Art. 121. O municipio, em associac3o com o Estado e a Unido, a sociedade e a Familia, tem o dever de amparar as pessoas idosas. § 1° Os programas de amparo aos idosos serdo realizados preferencialmente em seus lares. § 2° Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos é garantido o direito de gratuidade nos transportes coletivos urbanos. : Art. 122. Seré criado, para assegurar a efetiva participacio da comunidade, nas questées constantes desta ‘subse¢ao, 0 Conselho Municipal da Familia, da Crianga, do Adolescente do Idoso. SUBSECAO IX Da Defesa do Cidadao ss Art. 123. © Municipio assegurard, no seu territério e nos limites de sua _competéncia, os direitos fundamentais que a ConstituicSo confere aos cidadaos e Cidadis brasileiros, especialmente: I — isonomia ou igualdade perante a lei; I= garantir de: a) protecdo aos locais de culto e as suas liturgias; 33 b) reunio em locais abertos ao puiblico; TIT — defesa do consumidor, na forma da lei, observado 0 que dispée esta Lei Organica; IV ~ garantia do direito de: a) peticionar aos érgéos da administracao piiblica em defesa de conquistas sociais e politicas e esclarecimento de fatos de interesse pessoal; bb) obter certid&es em repartiges piiblicas municipais, para assegurar direitos contra ilegalidade ou abuso de poder; c) obter informagées junto aos érggios publicos municipais. § 1° Independendo de pagamento de taxa ou de emolumento 0 uso dos direitos a que se referem as alineas do inciso IV do caput deste artigo. § 2° Por litigar com o poder publico, nenhum cidaddo ou cidada poder, sob pena qualquer forma, ser prejudicado. § 3° Nos processos administrativos, observar-se-o a publicidade, 0 contraditério, a defesa ampla e 0 despacho ou deciséo motivada. § 4° E passivel de punicio, nos termos da lei, o servidor piblico municipal que, no desempenho de suas atribuicGes e independentemente das fungées que exerca, violar direitos constitucionais do cidadao. TETULOV Da Administracao Publica CAPETULO I Disposigées Gerais Art. 124. A administracao piblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes deste Municipio, voltada para a realizacdo do bem-estar coletivo e a construg3o de uma sociedade democratica, fraterna, soli € justa, comportar-se-4 de acordo com os principios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da transparéncia publicitéria e, ainda, obedeceré as seguintes normas; I — 0s cargos, empregos e fungbes pibblicas sio acessiveis aos brasilelros e brasileiras que preenchem os requisitos estabelecidos em lel; II — a investidura em cargo ou emprego piiblico, depende de aprovacéo prévia em concurso de provas ou de provas e titulos, ressalvada as nomeacées para cargo em comisséo, deciarado em lei de livre escolha, nomeaco e exoneraco; III ~ 0 prazo de validade de concurso piiblico seré de até 02 (dois) anos, prorrogével 01(uma) vez, por igual perfodo; IV — durante 0 prazo improrrogavel, previsto no edital de convocaco, aquele aprovado em concurso piblico de provas ou de provas e titulos seré preferencialmente convocado sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; V = 0s cargos em comisséo e as fungdes de confianca seréo exercidos, de preferéncia, por servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional, conforme a lei estabelece; 4 VI — € garantido ao servidor publico municipal o direito a livre associacao sindical, sendo proibida ao poder pubblico a interferéncia e a intervencao na organizacao dos seus servidores; VII - é assegurado 0 direito de greve, competindo aos servidores piblicos municipais decidir sobre o direito de exercé-lo, nos termos definidos em lei complementar federal; VIII — a lei reservaré percentual dos cargos e empregos ptiblicos para as pessoas portadoras de deficiéncia, estabelecendo critérios para seu aproveltamento; 1X ~a lel indicara os casos de contratacao por tempo determinado, a fim de atender necessidade tempordria de excepcional interesse publico, satisfeitas as seguintes exigéncias: a) realizar teste seletivo, com ressalva dos casos do calamidade publica; b) contrato improrrogével, com prazo maximo de 01 (um) ano, proibida a recontratacéo; X — a revisio geral e a reposicao da remuneragio dos servidores pliblicos municipais e a concesséo de aumentos reais, far-se-do sempre na mesma data, sem distingdo de indices; Xd — a lei fixard o limite e a relagdo de valores entre o maior e a menor remuneracdo dos servidores pliblicos municipals, observando, como limite, o valor percebido como subsidios, em espécie, pelo Prefeito; XII — os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo néo poderéo ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIEI = 0s vencimentos dos servidores piiblicos municipais séo irredutiveis e a remunerago observard 0 que dispdem os incisos XI e XII deste artigo e os artigos 150, Il, 153, Ill, e 153, § 2°, I, da Constituicéo Federal; XVI — & vedada a acumulagéo remunerada de cargos piblicos, exceto quando houver compatibilidade de horérios: a) a de 02 (dois) cargos de professor; b) @ de 01 (um) cargo de professor com outro técnico ou cientifico; €) a de 02 (dois) cargos privativos de médico; XV = a prolbicéo de acumular, estendendo-se administracao direta e indireta, autarquias e fundacdes; ‘ XVI - s6 por lei, criar-se-o empresa publica, sociedade de economia mista, autarquia e fundago publica, bem como subsidiérias delas e participacdo das mesmas em empresas privadas; XVII ~ ressalvada as excegGes legals, todos os contratos de obras, servigos, etc., neste Municipio, sero feitos através de licitacdo, a qual permitiré as exigéncias de qualificacdo técnica e econdmica com vistas a garantir o interesse coletivo; ; XVIII - além das exigéncias acima mencionadas, também dever-se- 4 incluir, obrigatoriamente, o prego maximo a ser aceito; XIX — 6 proibida a publicidade dos atos e fatos da administracao como propaganda pessoal, podendo-se fazé-la para informar e esclarecer a comunidade; XX — 08 atos de improbidade administrativa implicam em suspensio de direitos politicos, sendo punidos de acordo com a legislac3o que rege a matéria; 35 XX = a sonegacéo € 0 fornecimento incompleto, incorreto ou a demora, por mais de 15 (quinze) dias, na prestac3o de informagées piblicas importam em responsabilidade, com punigéo na forma da lei; XXII — os vencimentos dos servidores ptiblicos municipais devem ser pagos até o tiltimo dia do més vencido, corrigindo-se seus valores, quando esse prazo for ultrapassado; YOCIII — a empresa piiblica e a sociedade de economia mista esto sujeitas ao regime juridico préprio das privadas, incluindo-se as obrigagées trabalhistas e tributacdes. Art. 125. Ao servidor pitblico em exercicio, de mandato eletivo, aplicam-se as disposighes do artigo 38 da Constituicéo Federal. ‘Art. 126. Nenhum servidor piiblico municipal podera ser proprietario, diretor ou integrar conselho de fornecedores ou que realize qualquer modalidade de contrato com 0 Municipio, salvo quando o contrato obedecer a cldusulas uniformes. § 1° E passivo de demissdo, cumpridas as formalidades legais, 0 servidor que nao cumprir 0 disposto no caput deste artigo. § 2° Aplica-se ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores, a proibicao contida neste artigo. Art. 127. E vedada a delegacio de poderes ao Executivo para ctiagdo, extingdo ou transformacao de entidades de sua administracao indireta. Art. 128. Lei municipal, observadas as normas gerais estabelecidas pela Unido, disciplinara 0 processo de licitagao obrigatério para a contrataco de obra, servigo, compra, alienaco e concessao. Pardgrafo Gnico. Nas licitacées serio observados, sob pena de nulidade, os princfpios de igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculando 20 instrumento convocatério e julgamento objetivo. Art. 129. Ao Municipio 6 vedado realizar contrato com empresas que, comprovadamente desrespeitaram normas de seguranca, de satide, de higiene e de defesa e preservagio do meio ambiente. Art. 130. Os concursados piblicos, para preenchimento de cargos, empregos, ou funges na administracdo municipal, obedecerdo, na sua aplicacdo, os critérios que se seguem: I — realizacéo posterior a 30 (trinta) dias do encerramento das inscriges, as quais devergo estar abertas por, pelo menos, 20 (vinte) dias tteis; II — ampla divulgacao de suas normas; TIT — adequag3o das provas a fungéo dos cargos a serem preenchidos; IV = indicacao pelos inscritos de, pelo menos 01 (um) representante para acompanhar as diversas fases do concurso ptiblico, até a proclamacao do resultado final; 36

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