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Dissertacao Nelma Oliveira Parte2 Seg
Dissertacao Nelma Oliveira Parte2 Seg
CAPÍTULO 2
Uma vez que a atuação dos promotores imobiliários e empresas de construção pode
89
CAPEL, Horacio. Capitalismo y Morfología Urbana en España. Barcelona: Círculo de Lectores,
1990. p.83. Tradução nossa.
133
ser considerada inexpressiva, é possível afirmar que apenas a classe dos detentores
Entretanto, pode-se constatar que essas normas não passaram de simples discurso
90
Esse plano nunca foi sequer apreciado pela Câmara de Vereadores para sua aprovação.
134
urbano é a de agir como mediador dos conflitos existentes entre os diversos agentes
cumprir a lei quando ela vai de encontro aos interesses da classe detentoras do
capital, principalmente quando os agentes dessa classe são aqueles que lhe
pública tem dificultado a própria interpretação da lei e a fiscalização para que seja
técnico responsável pelas grandes obras empreendidas pelo poder público. Nestas
obter a aprovação final do loteamento junto a este órgão. Entretanto, o que se tem
91
ITAPETINGA. Lei Municipal N.º 362 de 1982. Dispõe sobre o parcelamento do solo da Cidade de
Itapetinga e dá outras providências. Itapetinga, 1982.
136
da sua aprovação, e esta aprovação, bem como as das edificações, é feita, via de
federal.
córregos ou fundos de vales; obras de proteção contra erosão; instalação das redes
estes serviços foram executados à custa do proprietário. Nos outros casos, ficou a
No que tange à reserva mínima de 35% dos espaços loteados para áreas
comunitários, bem como a espaços livres de uso público, conforme assegurado pela
legislação federal na Lei 6.766/1979 e ratificada na Lei Municipal n.º 362 de 1982, o
exigência legal.
92
Ibid.
137
margem da legislação, por dois motivos. Inicialmente, porque, qua ndo foram
destes espaços pela população de baixa renda. Entretanto, essa ocupação ocorreu
sem nenhum tipo de planejamento, com obje tivos meramente eleitoreiros e sem que
Vila Suzano (painel 15 – foto 64), reservas públicas do loteamento Vila Nery (ver
este panorama se torna uma tarefa de difícil solução técnica. Nestas áreas são
encontrados lotes construídos sob rede elétrica de alta tensão; localizados em áreas
dessa profissão. Além disso, não existe nenhum tipo de fiscalização para verificar se
a venda dos lotes está realmente de acordo com o projeto apresentado. Vale
ressaltar ainda que, sendo José Vaz Espinheira também o engenheiro responsável
enquanto eram avaliados os projetos de sua autoria, e voltar ao cargo logo após sua
aprovação.
Esta estratégia foi adotada com o loteamento Quintas do Norte, cuja venda de
lotes foi questionada em juízo, pelo decreto n.o 1.229, de 02/03/1983, da Prefeitura
de áreas mínimas para equipamentos sociais e comunitários, bem como, por ocupar,
com edificações, áreas com declividade acima dos padrões estabelecidos nessas
93
SAMPAIO, Antônio Heliodório Lima. Parecer Técnico sobre a área afetada pelo decreto n.o 1.229
de 02/03/1983, da Prefeitura Municipal de Itapetinga.
140
constitui ndo-se, portanto, em solo rural não passível de ser parcelado para
urbano de Itapetinga, não está presente apenas no que se refere aos loteamentos,
“habite-se” fornecidos pela prefeitura nos anos de 1997 e 1998. Em 1997, com 76
Esta situação fica ainda mais grave se considerarmos que a grande maioria
8 pode ser vista a discrepância existente entre os números, fornecidos pelo SAAE,
últimas duas décadas nesta cidade. Observando todos os anos em que os dados
foram disponibilizados, pode ser visto que sempre menos que 50% das residências
que solicitaram ligações de água tiveram sua construção legalizada pela prefeitura.
141
Quadro este mais evidente no último período em estudo neste trabalho, de 1996 a
11.365 prédios, e o número dos que efetivamente pagaram o IPTU nesse mesmo
(painel 13 – foto 52) podem ser consideradas como os elementos estruturantes que
Por outro lado, a maneira como essas rodovias se inserem no seu tecido urbano
94
Ver Introdução: Alguns aspectos relevantes sobre Itapetinga.
143
avenida que leva ao cruzamento das duas vias. Por último, ainda a rodovia Ilhéus-
encontra-se delimitado pela rodovia em seu antigo e atual traçado (ver mapas
temáticos 09 e 13).
inexpressiva ou inexistente, como foi o caso dos bairros Clodoaldo Costa, Otávio
grandes colégios como o Alfredo Dutra, Noralice Gusmão, CAIC, Colégio Polivalente
e Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães (painel 13 – foto 53) enquanto em vários
locais a demanda por sala de aula não consegue ser atendida. A localização destes
Parque da Eternidade.
vezes, não está atrelada à questão técnica, mas depende da relação política entre o
subsidiário para atender as demandas não satisfeitas pela iniciativa privada, ou seja,
95
CAPEL, Horacio. Capitalismo y Morfología Urbana en España. Barcelona: Círculo de lectores, 1990.
145
indispensável à força de trabalho e como seu elevado déficit pode repercutir na “paz
sendo baixa ao longo da história. Dessa forma, poucas foram as iniciativas do poder
oferecidas durante estes 50 anos de estudo não ultrapassa a 1000 moradias. Assim
que leva as pessoas a ficarem desabrigadas a cada vez que este rio sofre uma
enchente.
146
propriedade do solo assume dois aspectos que merecem ser considerados: o solo
rural, a fazenda de pecuária, entendida como bem natural onde se deposita trabalho
estudo, o que se pode observar em relação à propriedade do solo, seja ele urbano
arrobas. Portanto, sua compra só tem sido acessível a determinadas classes sociais,
aquelas que detêm o capital. O fato de terem investido capital na compra da terra
91). Em relação ao solo urbano, observando o mapa temático 06 e a tabela 09, vê-
seu irmão Alípio Espinheira e, mais tarde, através da imobiliária Astrolina que foi
assumida pelos herdeiros de José Vaz após a sua morte – é responsável pelo
da área loteada.
terra é um bem não produzido que, portanto, não tem valor, mas que adquire um
preço” 96. Entretanto, como argumenta este autor, “um bem não produzido não pode
ter seu preço regulado pela oferta, pois não há lei regulando a sua oferta” 97. Esta
este controle.
96
RIBEIRO, L. C. de Q. Dos Cortiços aos Condomínios Fechados: As Formas de Produção de
Moradia na Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira: IPPUR, UFRJ: FASE,
1997. p 39.
97
Ibidem. p. 39.
98
Ibidem. p. 39.
149
física dos espaços ocupados, ruas desencontradas, lotes muito pequenos, vendas
planialtimétrico.
zoneamento são favoráveis à exploração com residências de alto padrão, têm uma
maior valori zação. Nesta situação, torna-se vantajoso realizar o loteamento dentro
Decreto de Lei n.o 1.094 de 04 de Janeiro de 1979 – assinado pelo então prefeito
urbana durante o período da década de 70, que separa as duas propostas, ter sido
no mesmo período.
referido decreto de lei e pela elaboração do último plano, a aprovação, dentro dos
Quinze, além de uma parte do Jardim Morumbi (painel 14 – fotos 59, 61 e 62), o que
e o Centro Alternativo 99, que podem ser vistos no mapa temático 08, bem como o
Como resultado, observa -se o traçado desses espaços urbanos com lotes
com a rodovia e sua topografia mais acidentada, como é o caso dos bairros
chegam a 5 metros de testada com 100 m2 de área, dimensões muito inferiores aos
pelo Plano Diretor de Zona de Expansão Clerolândia e Vila Isabel, devido ao seu
valor do solo atinge valores bem inferiores. Nestas áreas, a própria legislação
99
Esses equipamentos não foram implementados.
100
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPETINGA. Lei N.º 361/1982. Dispõe sobre o ordenamento do
uso e ocupação do solo da área de atuação do Plano Diretor Urbano da Cidade de Itapetinga.
Itapetinga: Câmara de Vereadores, 1982. Anexo 5 – quadro do ordenamento do uso e ocupação do
solo.
152
nestas áreas podem chegar até a 100 m2 de área e 4m de testada. Este é o caso
das expansões ocorridas nos bairros de Vila Rosa, Vila Nery e Vila Riachão. Nos
dois últimos casos a situação, ainda mais grave, pode ser vista no mapa temático
06 onde se observa que a maior parte da Vila Riachão e a totalidade da Vila Nery e
próprio José Vaz Espinheira, este prefeito ainda conseguiria aprovar e registrar o
loteamento Quintas do Sul (mapa temático 06), de sua propriedade, com uma área
total de 683.363 m2, mesmo com 79% desta área total encontrando-se fora do
estes loteamentos fora do perímetro urbano é a venda dos primeiros lotes como área
rural, bastando, para esta caracterização, que a parcela seja registrada na escritura
de até 100 m2, ou seja, 0,01 ha. O poder público, conivente com a situação, finge
101
BRASIL Lei 6.766 de 19 de Dezembro de 1979 que dispõe sobre o parcelamento do solo e dá
outras providências.
153
conseqüentemente, agregando valor ao solo nas áreas em seu entorno. Isso gera
uma situação de conflito, uma vez que tais áreas, apesar de esta rem servidas por
(IPTU).
Por outro lado, os poucos terrenos vazios ainda existentes nas áreas centrais
outras áreas da cidade. Enquanto o metro quadrado do solo urbano é vendido por
valores que variam de 10 a 15 reais nas regiões periféricas, nas áreas centrais
(painel 14 – foto 60) estas construções são vendidas por valores que podem chegar
a 700 reais por metro quadrado, o que representa até 7.000% do valor obtido nas
áreas periféricas.
154
ESPAÇO URBANO
barganha, possui uma série de exigências quanto ao uso do solo e, devido a este
da área para sua localização, que atenda melhor às necess idades de amplos
espaços para suas instalações e, se possível, para instalações futuras, além de uma
mapas temáticos 08 e 09), sem um prévio estudo dos possíveis efeitos de impacto,
qualquer viajante que passe pela estrada, a cidade de Itapetinga fica imediatamente
urbana em seu entorno que permitam a moradia e fácil deslocamento dos operários
da região.
espaço de tempo e a baixos custos, facilitando a sua mobilidade espacial para onde
será visto no capítulo 3. Por outro lado, o grande movimento de terra realizado, além
ambiental.
102
Ver Capítulo 3
156
Esse caso torna-se ainda mais grave, quando se considera que toda a área
hectares do terreno, apenas 60% da área total – e que, até o presente momento, ou
seja, mais de quatro anos depois, apenas mais uma nova empresa, produtora de
surjam novas empresas na cidade, optem por outra localização, como é o caso da
com infra-estrutura fornecida pela prefeitura para famílias com rendimento de até
três salários mínimos. O valor das prestações das casas da Ecosane, entretanto, se
legal só se tem prestado a ser cumprida quando atende os interesses dos agentes
conveniente, não só no que diz respeito à obediência ou não da lei como também
52 53
2
1
54
55
56 57
Fotos: Dom Fontinelli (2000)
58 59
60 61
62
63
Fotos: Dom Fontinelli (2000)
64 65
66
67 68 69
Fotos 64,65,67,68 e 69: Dom Fontinelli (2000); foto 66: Nelma Gusmão de Oliveira (2002).
CAPÍTULO 3
Nordeste S/A. Esta euforia não é exclusiva a Itapetinga. Como atestam Teixeira e
Guerra 106, ela é compartilhada por amplos setores da sociedade baiana, a partir da
103
BENKO, Georges e LIPIETZ, Alain O Novo Debate Regional: Posições em Confronto In: BENKO,
Georges e LIPIETZ, Alain(Org.). As regiões Ganhadoras. Distritos e Redes: os Novos Paradigmas
da Geografia Urbana. Oeiras: Celta Editora, 1994.p.4.
104
A TARDE. Itapetinga vive uma nova etapa de desenvolvimento. Salvador, 12 dez. 2000.
Municípios, caderno 4, p.1, 4, 5 e 6.
105
A TARDE. Itapetinga emerge como pólo de desenvolvimento do Sudoeste. Salvador, 16 dez.
2000. Municípios, caderno 4, p.3.
106
TEIXEIRA, Francisco e GUERRA, Osvaldo. 50 Anos da Industrialização Baiana: do enigma a uma
dinâmica exógena e espasmódica .In: Bahia Análise e Dados, V. 1. Salvador: Superintendência de
Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, 2000. p. 87-98.
165
planta industrial da Ford em Camaçari. Para os autores, essa euforia decorre não
e Lipietz algumas questões podem ser colocadas: Seria a região de Itapetinga uma
finais, mesmo porque este distrito encontra-se ainda em implantação. Contudo, com
levantar algumas considerações que possam contribuir para uma melhor análise da
situação.
tema cada vez mais presente nas discussões contemporâneas sobre o espaço e a
acadêmico, que não podem ser ignoradas em qualquer trabalho de pesquisa que
envolva a sua utilização. Por outro lado, merece ser analisada a utilização
num curto período de tempo e sem grandes prejuízos ao sistema produtivo, o que
economia.
relações de trabalho.
“integração” das tarefas como resultado dos avanços tecnológicos – criando uma
fragmentada.
localização espacial.
107
HARVEY, David. A Condição Pós -Moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992. p.140.
168
como Boddy110, afirmam que esta tentativa é prematura e, na pior das hipóteses
também por Gottdiener 111 e Santos 112, que chamam a atenção para a complexidade
complexas.
108
PIORE, Michel e SABEL, Charles. The second industrial divide. New York: Basic Books, 1984.
109
STORPER, Michael. A industrialização e a questão regional no Terceiro Mundo. In: VALADARES,
Lícia e Preteceille, Edmond (Coord.) Reestruturação urbana: tendências e desafios. São Paulo:
Nobel; [Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Universitárias do Rio de Janeiro]. 1990.p.120 – 148.
110
BODDY, Martin. Reestruturação industrial, pós-fordismo e novos espaços industriais: uma crítica.
In: VALADARES , Lícia e Preteceille, Edmond (Coord.) Reestruturação urbana: tendências e
desafios. São Paulo: Nobel; [Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Universitárias do Rio de
Janeiro]. 1990.p.120 – 148.
111
GOTTDIENER, Mark. A teoria da crise e a reestruturação sócio-espacial: o caso dos Estados
Unidos. In: VALADARES , Lícia e Preteceille, Edmond (Coord.) Reestruturação urbana: tendências
e desafios. São Paulo: Nobel; [Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Universitárias do Rio de
Janeiro]. 1990.p.59 – 78.
112
SANTOS, Milton. A metrópole: modernização, involução e segmentação. In: VALADARES , Lícia e
Preteceille, Edmond (Coord.) Reestruturação urbana: tendências e desafios. São Paulo: Nobel;
[Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Universitárias do Rio de Janeiro]. 1990. p.183-191.
113
HARVEY, David. A Condição Pós -Moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992. 351p.
169
114
Ibid. p179.
115
LEBORGNE, Danielle e LIPIETZ, Alain. Flexibilidade defensiva ou flexibilidade ofensiva: os
desafios das novas tecnologias e da competição mundial. In: VALADARES , Lícia e Preteceille,
Edmond (Coord.) Reestruturação urbana: tendências e desafios. São Paulo: Nobel; [Rio de
Janeiro: Instituto de Pesquisas Universitárias do Rio de Janeiro]. 1990. p.183-191.
170
até que ponto podem ser reproduzidos em condições tão adversas. Como já dito, os
econômico e social. Esse modelo talvez encontre suas origens nos distritos
Nordeste da Itália (a chamada 3.ª Itália), que acabou por difundir a expressão.
tem surgido acompanhada por uma tentativa de demonstração de que essa forma
116
AMIN, Ash. e ROBINS, Kevin. Regresso das Economias Regionais? A Geografia Mítica da
Acumulação Flexível. In: BENK O G. e LIPIETZ A.(Org). As regiões Ganhadoras. Distritos e Redes:
os Novos Paradigmas da Geografia Urbana. Oeiras: Celta Editora, 1994. p.
117
Ibid. p. 89.
172
“As idéias estão fora do lugar”, como afirma Schwarz118, para ilustrar a
permitir maior agilidade nos seus prazos de entrega. Essa meta ainda se encontra
longe de ser cumprida, pois a única empresa atraída com taL objetivo, e que se
118
SCHWARZ, Roberto. As Idéias fora do lugar. São Paulo, Estudos CEBRAP, n.3, (1973).
173
atualmente, 150 mil pares de calçados por dia, que totalizam produção de 45
milhões de pares por ano, a empresa conta com quase 14 mil empregados e possui
possui capacidade instalada para produzir 50.000 pares por dia, o que representa
119
CALÇADOS AZALÉIA S/A. Gerência Setorial de Bens e Consumos não Duráveis. O Caso da
Azaléia do Nordeste: Uma Experiência de Benefícios Sociais Gerados em Projetos Privados. [S.l],
2001. p.3.
175
específicas; fato agravado nas empresas que produzem calçados de couro que,
de empregos da contemporaneidade.
qualificados”, o que, por sua vez, também contribui para dificultar a difusão da
marca própria serem determinantes para um maior valor agregado, o principal fator
120
BAHIA. Secretaria do Planejamento, Ciência e tecnologia – SEPLANTEC. Superintendência de
Planejamento Estratégico. A indústria Calçadista na Bahia. Salvador: Superintendência de
Planejamento Estratégico, 2000. p.14.
176
do mercado.
trabalho. Portanto, como o artigo 9.º da CLT123 estabelece que “serão nulos de
empregatício”.
121
BRASIL. Lei nº 5.764 de 1971. Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime
jurídico das sociedades cooperativistas e dá outras providências.
122
BRASIL. Decreto de Lei n.º 5.452 de 1.º de maio de 1943. Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT).
123
Ibid.
178
Calçados viu-se obrigada a recuar no seu projeto inicial, quando o Estado já havia
investido todos os recursos para a construção dos galpões para implantação das
organizacional em grupos, e os grupos, por sua vez, em células. Porto et al. 124
argumenta, entretanto, que sua experiência nas fábricas situadas no Rio Grande do
qualidade, uma vez que estes passam a ser multifuncionais, ou seja, envolvem-se
124
PORTO, Edgar et al. O Empreendimento da Azaléia em Itapetinga. Não publicado. 21 p.
179
viu obrigada a mudar o nível de exigência devido à pouca oferta de mão -de-obra que
além dos baixos salários praticados125, sistemas como jornadas de trabalho que
125
Os salários dos envolvidos na produção direta se aproximam do mínimo.
180
Para garantir essa situação, durante todo o tempo tem estado presente a forte
pressão por melhores salários através do sindicato, haverá uma migração dos
investimentos para outras regiões e que “Itapetinga não consiga se consolidar como
Por sua vez, esta ameaça só se torna possível devido ao modelo “flexível” adotado
que permite a mobilidade locacional da empresa a qualquer momento para onde lhe
for mais lucrativo. Atrelada a isto, ainda existe a pressão política de perda dos
S/A, aponta uma série de riscos á saúde, aos quais os trabalhadores desta empresa
atenção para os efeitos toxicológicos das substâ ncias utilizadas. Dentre os efeitos,
nos maquinários da empresa. A empresa busca explicar parte dos acidentes com
constante de trabalho.
126
BAHIA. SESAB – Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. Centro de Estudo da Saúde do
.o
Trabalhador –CESAT. Documento Técnico n 032/2000. Mapeamento Preliminar de na empresa
Calçados Azaléia Nordeste S/A. Salvador: CESAT, 2001.
127
Ibid. p. 34.
182
adequação para que estes riscos sejam minimizados. Entretanto, até o presente
Itapetinga não corresponde a uma ação isolada; está inserida numa movimentação
Estado da Bahia a partir dos anos 90. Em relação ao setor calçadista, um dos
1996/1997, sejam elas: Azaléia, Ramarim, Bibi, Piccadilly, Daiby, Fortik, Sisa,
infra-estrutura e dos incentivos fiscais e creditícios, mais três fatores que motivaram
128
BAHIA. Secretaria de Planejamento, Ciência e tecnologia - SEPLANTEC. Superintendência de
Planejamento Estratégico. Quatro Cantos da Bahia. Salvador: Superintendência de Planejamento
Estratégico, 2001. p.38.
183
já visto, a pressão pelo aumento dos salários, em grande parte exercida por
entidades sindicais, tem sido, sem dúvida, o principal elemento responsável pelas
Esta política, que leva à migração do capital produtivo para regiões fora do
do território.
129
Ibid. p.39
185
de empresas propicia.
“benefícios” que podem ser conquistados quando se elege forças alinhadas a este
administração municipal.
acabou por escolher a cidade de Itapetinga. O fato de ter passado por um período
região, dotaram esta cidade das condições necessárias para oferecer um bom
Rio Grande do Sul. Apesar de não ter sido determinante, esta condição também
investimento.
Governo do Estado.
Serviços (ICMS)132.
escoamento de produtos.
130
FUNDESE– foi criado pelo decreto de 25.321/76, passando a funcionar efetivamente a partir da
Lei 6.445/92, sendo regido pelas Leis n.º 7.5737/99 e 7.599/00 e regulado pelo Decreto no.
7.780/00.
131
PROCOMEX– , estando regulamentado pelas Leis 7.024/97 e 7.138/97. Seu objetivo é estimular
as exportações (exclusive o setor automotivo) de produtos fabricados no estado e financiar o
imposto incidente sobre a importação (somente para as empresas do setor automotivo) de produtos
destinados à comercialização e industrialização, promovidas por novas indústrias sediadas no
Estado.
132 s
Crédito Presumido do ICMS – regulamentado pelas Leis n.º 7. 025/97 e 7.138/97, concede crédito
presumido de ICMS, incidente sobre as operações de saída de produtos montados ou fabricados
por estabelecimentos industrias sediados no Estado, conforme as atividades e limites definidos.
188
133
BAHIA. Secretaria de Planejamento, Ciência e tecnologia - SEPLANTEC. Superintendência de
Planejamento Estratégico. Quatro Cantos da Bahia. Salvador: Superintendência de Planejamento
Estratégico, 2001.p. 85.
189
dessa mão-de-obra.
134
FINOR- criado pelo Decreto-Lei n.º 1.376/1974.
190
2013 – 10 %.
a esses benefícios federais, com direito a pedido de prorrogação, a ser julgado pela
SUDENE, por mais 5 anos, com direito a 50% da alíquota concedida. Entretanto as
apenas 50% (R$ 58.320.000) representam recursos próprios. Os outros 50% vêm do
empresa.
FINOR 15.137 13
135
CALÇADOS AZALÉIA S/A. Gerência Setorial de Bens e Consumos não Duráveis. O Caso da
Azaléia do Nordeste: Uma Experiência de Benefícios Sociais Gerados em Projetos Privados. [S.l],
2001. p.3.
136
LUBAMBO, Catia Wanderley. Urbanização e Desenvolvimento Regional: a Dinâmica Recente da
Região Nordeste. In: Anais do Encontro Nacional da ANPUR 6. FARRET, R. (Org.).Brasília:
IPPUR/UFRJ, 1995.p. 347.
137
SANTOS, Milton. Guerra dos Lugares. In: Jornal Folha de São Paulo, 08 de set. de 1999. Caderno
Mais.
193
tendência das indústrias deixarem de se localizar nos lugares centrais, em si, não
ou fusão de capitais individuais sob o mesmo controle” 139. Para ela, a centralização é
Esta centralização poderia se dar, mesmo nos casos das subcontratações, quando a
contratada.
Dessa forma o que pode ser observado nestes casos, como é a situação da
138
LENCIONI, S. Reestruturação urbano-industrial no Estado de São Paulo: a região da metrópole
desconcentrada. In: Revista Espaços e Debates, S. Paulo, 1988. p. 57-58.
139
Ibid. p 57.
140
Ibid. p.59.
194
INDUSTRIAL
geográfica e de infra-estrutura.
Além disso, o município dispõe de uma densa malha rodoviária que o articula
Itarantim, sem contar um novo trecho que foi inaugurado recentemente, ligando o
pela SEI141 que visa medir a participação da renda produzida em cada município do
141
BAHIA.Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia - SEI. Cidades da Bahia.
Salvador: SEI, 1997 (Série Estudos e Pesquisas, 35).
195
50% da população, quase 3/4 dos médicos, 60% dos dentistas e 90% das emissoras
Itapetinga, das cidades compreendidas nos dois pólos regionais que influenciam a
rebaixa Itapetinga da 27a para a 34.a posição dentro da Economia do Estado, o que
capítulo 1. Segundo informações da SEI novos valores estão sendo calculados para
2002. Provavelmente, com base nestes valores, que ainda não estão disponíveis,
cercanias, e Itororó, cujo setor terciário tem um peso significativo na sua base
industrial, já tinha uma base instalada nos municípios de Itapetinga, Itororó e Itambé,
serviços médicos e hospitalares esta cidade, que oferece 167 leitos em dois
Há, entretanto, uma tendência, de que a renda gerada pela massa salarial
devida à implantação do pólo calçadista (embora grande parte dos salários esteja na
faixa do mínimo), venha dinamizar o comércio das cidades da região, bem como a
oferta de alguns serviços que podem causar uma maior independência das cidades
Itapetinga.
segundo grau seja em menor escala. O censo do IBGE de 2000 aponta 15.634
ler. Apesar de ainda elevado, este índice coloca a cidade de Itapetinga entre os 57
escolaridade.
televisão.
com 3 agências, os demais contam com apenas uma agência, geralmente do Banco
divide parte das operações de crédito com Itapetinga, porém num volume bem
menor.
199
sanitário com esgotamento sanitário ligados à rede geral e 97,9 % dos domicílios
são ligados à rede geral de abastecimento de água. Estes dados colocam a cidade
média do Nordeste, onde estes índices atingem ainda valores mais baixos, 34,7% e
66,4%, Itapetinga, que supera até mesmo os índices alcançados na região Sudeste
com 92,1% do seu lixo coletado, supera as médias da Bahia (85,6%), do Brasil
do País (92,3%). Entretanto, vale salientar a deficiência no destino final dos resíduos
de risco.
200
horizontes de duração, tal como ocorria com investimentos até alguns anos atrás.
não só devido ao seu caráter flexível, mas também porque se encontra ainda em
142
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas Empresas . Perfil Empresarial
Itapetinga. Salvador: SEBRAE/BA, 1996,
201
economicamente ativa desta cidade – com idade entre 15 e 64 anos – pelo censo do
IBGE de 2000 que somam 36.991 pessoas, pode ser visto que apenas os empregos
Aceitando as alternativas levantadas por Porto et al.144, de que para cada emprego
direto podem ser gerados entre zero e três empregos indiretos, teríamos, na
evidente, considerando que além destes 3.309 empregos em seu território, mais
143
CALÇADOS AZALÉIA S/A. Gerência Setorial de Bens e Consumos não Duráveis. O Caso da
Azaléia do Nordeste: Uma Experiência de Benefícios Sociais Gerados em Projetos Privados. [S.l],
maio de 2001 p.3
144
PORTO, Edgar et al. O Empreendimento da Azaléia em Itapetinga. Não publicado. 21 p.
145
CALÇADOS AZALÉIA S/A. Gerência Setorial de Bens e Consumos não Duráveis. O Caso da
Azaléia do Nordeste: Uma Experiência de Benefícios Sociais Gerados em Projetos Privados. [S.l],
maio de 2001 p.3
202
cidade de Itapetinga, melhor equipada para receber estes investimentos, o que pode
da região causando uma maior independência de suas cidades com os dois maiores
regionais. Para eles, entretanto, isto não significa uma redefinição da hierarquia
dentro da Região Sudoeste em relação a Vitória da Conquista visto que seu porte é
por demais elevado frente a Itapetinga, mas será uma alteração importante, uma vez
que, como já citado, esta última cidade possuía uma forte dependência do comércio
tabela 13, que indica, no período compreendido entre janeiro de 1997 e março de
146
PORTO, Edgar et al. O Empreendimento da Azaléia em Itapetinga. Não publicado. 21 p.
203
1997 137 9
1998 167 20
1999 146 8
2000 179 19
2001 24 4
Uma parte dos fluxos, a mais qualificada, vem principalmente do Rio Grande
origina na Região Sudeste do país; pessoas que, para lá, haviam imigrado e agora
para serem absorvidas pelas fábricas e ficam pela cidade à procura de serviços
e familiares”. 147
nessas regiões torna -se muito difícil, se não impossível, controlar as conseqüências
retirar a força do antigo centro que, cada vez mais sobrecarregado, começa a dar
147
RIBEIRO, Ana Clara Torres. Urbanidade e Vida Metropolitana. Rio de Janeiro: JOBRAN – Livraria
e Editora, 1996. p.21.
148
COSTA, Heloísa Soares de Moura e MONTE -MOR, Roberto Luis de Melo. Cidades industriais
planejadas e a exclusão da força de trabalho In: Anais do Encontro Nacional da ANPUR 6.
FARRET, Ricardo L. (Org.).Brasília: IPPUR/UFRJ, 1995.p. 420-430.
206
aquisitivo, existe ainda uma grande oferta de áreas desocupadas nos loteamentos
localizados a Oeste da cidade ( ver mapa temático 10). Entretanto, a grande pressão
nas demandas para as populações de baixa renda não encontra ainda uma oferta
satisfatória, uma vez que a maioria dos loteamentos foram planejados com vista a
mão-de-obra assalariada urbana. Dessa forma, uma forte pressão eleva os preços
renda.
após um longo período de estabilidade houve uma variação média de 100% nos
valores do solo, no período compreendido entre 1997 e 2002, como pode ser visto
desta média nas áreas centrais e nas de menor valor, e abaixo desta média nos
loteamentos mais afastados do centro com valores medianos, como é o caso dos
Vila Isabel, Clerolândia, Vila Aurora e adjacências 5,00 a 10,00 10,00 a 20,00
FONTE: Valores médios estimados pela autora a partir de entrevistas com agentes do mercado
imobiliário.
a bela cidade modernista das décadas de 1950, 1960 e 1970 ou com o “projeto de
149
SAMPAIO, Antônio Heliodório Lima. Formas Urbanas: Cidade Real e Cidade Ideal; contribuição ao
estudo urbanístico de Salvador. Salvador: Quarteto Editora/PPG/AU, Faculdade de Arquitetura da
UFBA,1999. 432 p.
208
inerente à produção.
de que, vencidos os dez anos de isenção fiscal, estas empresas saiam de Itapetinga
para instalar-se em outros centros que ofereçam melhores condições, deixando uma
150
TEIXEIRA, Francisco e GUERRA, Osvaldo. 50 Anos da Industrialização Baiana: do enigma a uma
dinâmica exógena e espasmódica .In: Bahia Análise e Dados, V. 1. Salvador: Superintendência de
Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, 2000. p. 87-98.
209
vez vencidas as vantagens obtidas a partir dos incentivos oferecidos pelo Estado.
Dessa forma, torna -se fundamental o preenchimento das lacunas e uma série
de cuidados com as demandas urbanas para que a solução encontrada para a crise
151
BAHIA. Secretaria do Planejamento, Ciência e tecnologia - SEPLANTEC. Superintendência de
Planejamento Estratégico. A indústria Calçadista na Bahia. Salvador: Superintendência de
Planejamento Estratégico, 2000.
PAINEL16
DISTRITO INDUSTRIAL. ITAPETINGA-BA
70
71
Fotos: Dom Fontinelli (2000)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Itapetinga, BA, a complexidade, na qual está inserida a questão urbana nos seus
aspectos mais substantivos, não pode deixar de ser considerada. Tentando remeter,
contemporânea.
este meio século compreendido entre 1952 e 2002. Para os habitantes da cidade,
organização do espaço.
214
econômico ao longo da história não nega essa situação, pelo contrário, só a deixa
mais evidente. Capazes de definir o poder político à medida que detinham o capital,
a configuração espacial da cidade. Dessa forma, cada grupo que assumia o poder
mais tarde, viria a ser um dos grandes determinantes da crise do próprio sistema de
produção.
públicos e privados, foram conduzidos de modo a construir, nas áreas centrais, uma
absoluto controle sobre os problemas urbanos. Isto se deu devido aos investimentos
municipal.
a Azaléia do Nordeste S/A., como solução encontrada pelo poder público para a
crise da economia regional, surgiriam novos agentes com poder econômico e político
serviços.
empregado.
que diz respeito ao solo rural, como em relação ao solo urbano loteado, retido
apenas na mão de 13 proprietários dos quais apenas três detêm 67,12% das terras
loteadas.
Prefeitura Municipal de Itapetinga, que não chegou a ser apreciado pela Câmara de
efetivamente implementado.
aos interesses dos proprietários do solo urbano e, nos poucos casos em que ia de
cidade real, embora incorporando aqui e ali alguns traços das cidades idealizadas
nos planos diretores, na prática tem sua estrutura concreta materializada em função
sua realização.
utilizadas por seus proprietários tem sido diferentes conforme a situação. Se por um
lado, parcelam o solo dentro dos parâmetros legais quando a situação é conveniente
ilustrar esta situação, alguns casos podem ser citados: o processo a ser cumprido
para obtenção de licença de parcelamento do solo não tem obedecido aos requisitos
152
ITAPETINGA. Lei Municipal N.º 362 de 1982. Dispõe sobre o parcelamento do solo da Cidade de
Itapetinga e dá outras providências. Itapetinga, 1982.
220
espaços públicos pela iniciativa privada com a total conivência do poder público
municipal.
na época em que foi instituído, o que veio a beneficiar a expansão das áreas
dessa lei. Mesmo 20 anos depois, a área delimitada como urbana ainda possui
grandes espaços vazios ou com ocupação rarefeita. Esta situação, que provoca a
definido.
153
BRASIL Lei 6.766 de 19 de Dezembro de 1979 que dispõe sobre o parcelamento do solo e dá
outras providências.
154
SAMPAIO, Antônio Heliodório Lima. Parecer Técnico sobre a área afetada pelo decreto n.o 1.229
de 02/03/1983, da Prefeitura Municipal de Itapetinga.
221
internacionais.
coordenado pela CAR, com 65 % dos recursos financiados pelo Banco Internacional
155
JANNUZZI, R. C. e KEINERT, P. M. Distribuição espacial da população, desenvolvimento regional
e as novas demandas públicas no interior paulista. In: Anais do Encontro Nacional da ANPUR 6.
FARRET, R. (Org.).Brasília: IPPUR/UFRJ, 1995.
222
estabelecido.
institucionalização de Planos sem uma efetiva participação não tem sido suficiente
para assegurar a sua implementação pelo poder público municipal e, muito menos,
comunidade em relação aos benefícios que poderão advir como conseqüência deste
cegueira provocada por esse processo de euforia, não se pode deixar de estar
atento aos riscos que as conseqüências desse processo podem representar para o
Itapetinga.
223
da mão de obra. Esta situação tende a provocar intensos fluxos migratórios para a
região e principalmente para a cidade de Itapetinga. Por outro lado, devido a este
horizontes de tempo.
causando uma maior independência desta cidade em relação aos principais pólos
urbanos que atendam a estas demandas. Mais uma vez, estes investimentos têm
sido canalizados apenas para atender às exigências dos donos do capital, no caso
investimento migre para outras regiões, diante das tentativas de organização sindical
dos trabalhadores, uma vez que , as principais vantagens locacionais que motivaram
de que, uma vez esgotados os benefícios fiscais e creditícios, estas empresas saiam
na Bahia ao final dos benefícios fiscais e creditícios, caso não sejam preenchidos
vieram para a Bahia em virtude de outros fatores, que não os relacionados com
cuidadosa atenção às demandas urbanas para que o “sonho de pólo calçadista” não
sem precedentes, não só para a cidade de Itapetinga, mas para toda a sua Região.
necessário a clareza de que eficácia econômica e justiça social não podem andar
separadas, e que só a atitude da sociedade local poderá definir pela não reprodução
Industrialização da Europa no século XIX, tão bem descritos por Engels 157 e Hall158
da pesquisa sistemática.
156
BAHIA. Secretaria do Planejamento, Ciência e tecnologia – SEPLANTEC. Superintendência de
Planejamento Estratégico. A indústria Calçadista na Bahia. Salvador: Superintendência de
Planejamento Estratégico, 2000.
157
ENGELS, Frederick. A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra, Lisboa: Ed. Presença,
1975. Cap. 1 As Grandes Cidades. Pp 43-110.
158
HALL, Peter. A Cidade da Noite Apavorante. In: Cidades do Amanhã. S. Paulo: Perspectiva, 1988.
159
RIBEIRO, Ana Clara Torres. Urbanidade e Vida Metropolitana. Rio de Janeiro: JOBRAN – Livraria
e Editora, 1996.
226
partida para outros estudos, na tentativa de compreender os impactos que podem vir
cidade de Itapetinga e outras de sua Região, como também outras cidades baianas
industrial do Brasil.
227
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto de Lei n.º 5.452 de 1.º de maio de 1943. Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT).
FAINSTEIN, Susan. The Changing World Economy and Urban Restructuring. In:
FAINSTEIN, S. & CAMPBELL, S. Reading in Urban Theory, Malden, Mass.:
Blackwell Publishers, 1996, pp. 170-186.
HARVEY, David. A Condição Pós-Moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992. 351p.
ITAPETINGA. Lei Municipal N.º 360 de 1982. Aprova o Plano Diretor Urbano da
Cidade de Itapetinga e dá outras providências. Itapetinga, 1982.
ITAPETINGA. Lei Municipal N.º 361 de 1982. Dispõe sobre o ordenamento do uso e
ocupação do solo da área de atuação do Plano Diretor Urbano da Cidade de
Itapetinga. Itapetinga, 1982.
ITAPETINGA. Lei Municipal N.º 362 de 1982. Dispõe sobre o parcelamento do solo
da Cidade de Itapetinga e dá outras providências. Itapetinga, 1982.
LEFEBVRE, Henri. O Direito à Cidade . São Paulo: Editora Moraes Ltda, 1991. 145p.
NERY, Antônio da Silva . Juvino Oliveira: Vida e Obra. Itapetinga: Dimensão, 1995.
OLIVEIRA, Juvino. Itapetinga é isso. In: NERY, Antônio da Silva. Juvino Oliveira:
Vida e Obra. Itapetinga: Dimensão, 1995.
PIORE, Michel e SABEL, Charles. The second industrial divide. New York: Basic
Books, 1984.
232
SAMPAIO, Antônio Heliodório Lima. Parecer Técnico sobre a área afetada pelo
decreto n.o 1.229 de 02/03/1983, da Prefeitura Municipal de Itapetinga.
SAMPAIO, Antônio Heliodório Lima. Formas Urbanas: Cidade Real e Cidade Ideal;
contribuição ao estudo urbanístico de Salvador. Salvador: Quarteto Editora/PPG/AU,
Faculdade de Arquitetura da UFBA,1999. 432 p.
SANTOS, Milton. Espaço e Método. 3.ª Ed. São Paulo: Nobel, 1992. 88p.
SANTOS, Milton. Guerra dos Lugares. In Jornal Folha de São Paulo, 08 de set. de
1999. Caderno Mais.
SCHWARZ, Roberto. As Idéias fora do lugar. São Paulo, Estudos CEBRAP, n.3,
(1973).
ANEXOS
235
Fabricas e Localização
Principais produtos
Número de Empregados
13.809
Informações financeiras
Volume de Vendas
160
CALÇADOS AZALÉIA S/A. Gerência Setorial de Bens e Consumos não Duráveis. O Caso da
Azaléia do Nordeste: Uma Experiência de Benefícios Sociais Gerados em Projetos Privados. [S.l],
Maio de 2001.p.3.
236
Sinval Nunes – produtor rural, atual proprietário do Hotel Goitacaz e atuante nos