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Colao PSICOLOGIA E EDUCAGAO robles Angel le 7 «+ Sichminhe do emaginano ~ © processo de are-erar ALEXANDRA DUCHASTEL O CAMINHO DO IMAGINARIO O proceso de arte-terapia Dightalzado com CamScanner Tin onaina ta Voie de Fimaginsire— Ls proce (8 ts Eons Gnbecor Mona reece oan ‘nic Oncriealarmnon tomer Dwr admit Zlerino enon mal SSL Mt romee ce fe A teas ga ear Sg Secioeenes awe Beir es onesonton maid, old pt diag Se ey blotter fee ahs Gar tee ore es a ee i Ta ot een tare ani Che bl cig Sa Pl Fin can Cue 2 uta Paso Bid Si she Sa ‘epaain conto salngoasan cmt ‘seworeassinaze1 Digltalzado com Camscanner AGRADECIMENTOS: Esta obra provavelmente nio teria nascido sem a patcpaio voluntéia oa inconsciente de viras pessoos En primeio lugar, deseo expressar minha gratidao ato das 3s pessoas que permitiram que eu as atompanhasse "0 camino da transformagio, Sinto-me partcularmente Bada de eso tetera de fun metanoroe Sus pei no Conk ima me fr a Tenho de sublinhar 9 pacitncia a generosidade de ‘meus guas em arteterapia, Lorraine Dumont, Johanne Hane! Denise Tanguay, cujasupervisio bondosa muitas ‘emf de rande jada Eu no fl sempre uma als ro hsuittequentemente critica, algumas vezes rebelde, mas, foal das cont eu hes sou muito grata sar poe aS? 2 Daniele Laberge, que me encorajou a ou" sissbno spel minha experiencia ea mergulhst itil de Ein, ado omic? jaa i Pathe Luise Pou Seuscomen® Pensamen,@@entemente me permitiram precisar me¥ sim, condi exter 8 maturidade PREFACIO iets ati Sma ae a si ge at ere ode Se race Eimportante nots lis, que os exemplos eosestudos dos caso citados neste livo so trados de minha experi éncia pessoal ou das de meus clientes na prtica privada. Devido&naturezaextremamente pessoal Gessas histras, certos exemplos foram modificados a fim de preservar 2 confidencialidade e o caritersagrado das sessdes de Ateterapia, Pela mesma razio, os nomes utlizados nes- Ses exemploss80 paeuddnimos, Natralmente, eu obtive autorizagio esecitadesss pessons para contar sua histria este ito Dightalzado com Camscanner INTRODUGAO Aarte éum caminto recomendado ‘em dinegio lumina; religa €otr, Joseph Campbell! © Caminto do imaginério 6 uma abordagem multidisc- plinar em arte-terapia, centrada sobre um processo que me foiprimeiramenteinspirado pela minha propria experiéncia Foon a arc endmendspicoogicos. Etoresseem $ (See mitiosdaalma, jignorando-se aexisténcia do 5 Hvelecuidrndose apenas oncomportanen- range ese nrsrdves Enea a vere cade tas vee ca de sentido,» ama humana no SUSRr Seca alent lds, imprevitel, la nos Segue demado mas equenieeruranivenoinst6 ‘Spence ueament pl i oan na senda mead do sul XIX ua pcr Ozma ) Miata avec ho apres Senne eiosoen dada O psiguiateaefildsofo Carl Jung, pelo seu conceito de /iconsient coetivo,ivearéapsiologia freudiana de seu ‘mundomecanict’erigdo pretendend que oimaginseio "as coloca em conato com o que, em ns, € maior do que ts, Ele colocaré no ent de sua conduta terapéulie 0 der da ate e dos sonhas, da vsualizagio do jogo. Ele ag ING © Gra tne den de, tibet, Pa SSS cnt % fark seus palentes deverhar's aordardoimaginiio de tina manetaansloga do cerebro det. Enlai, seria recta espera sda lgun anos tts de armen em ‘everapia como tl. [AARTE A SERVICO DA EXPLORACAO INTERIOR ©) Como nascimento do movimento automatista, no 1) Inicio dos anos 1940, a arte © -imagindrio encontram {Riss letras de robreza na grande aventura de exploragso do mundo interior. Tomando consciéneia da importante infuencia do inconsciente em todo projeto artistico, 0 pintor quebequense Borduas e seu grupo preconizam a >¥ todo tipo de exercicios Jo autor es mente infuitivs, que visam deixar ojogo ao inconsciente Diversaspriticas de arte-terapia foram inspiradas em seus experiments, 'Namesma époc, os profissionais da side comegaram adesenvolvero conceit de arte-terapla ou de terapas peas ies Diversos programas univestiios de formacio pro- {\ iso ém ina muscoterpia nos anos 94, aterapia Pela arte visual ea danga no fintdos anos 1960, a teapia \L/ pela arte dramtiea nos nos 1870, Cada vez mas nos meios Univesitériose hospitalares, comega-se a reconhecr ese mittee mem Em Quebec, desde uma quinzena de anos asistese a um formidvel entusiamo por essa abordagem trapeuticn evese sun tilizagtosemultplicar nas institu pagal Treas comunitias. © pedo do pablo ea, te cada vex mais urgent. As pessoas que vivem States dts devo a ua tristeza mato rane, a ‘wma Separagto, uma doenga ou a uma teasigao de vida y Dightalzado com Camscannee escobrem, asim, os beneficios da experiencia criadora ¢ ‘Sun importincia no processo de cura. DIFERENTES ESCOLAS DE PENSAMENTO ‘Apattr do momento em que se reconheceu a are- -ecap como uma disciplina, tts grandes escola foram delineadas. ~ 1) Apsicoterapia pela ate “A. Margaret Naumburg! uma educadora ¢ uma psico- terapeutaformada na escola psicanalitica de Freud, depois de Jung, Ela reconhece que a vivéncia inconsciente se ‘xprime, com frequéncia, mais naturalmente em imagens ‘la queem palavrasecomeca a integraraarteem seu ta- batho de psicoterapia dinamica, Segundo ela, a“colocagto tem Imagens” dos confltos inconscientes curto-cireuitamn| © censof interior e estimula a producdo de associac®es| tivres, permitindo assim estabelecer uma comunicagso simbdllea dieta entre o paciente eo terapeuta. A relaglo transferencal permite que o processo terapéutico se de- servo A riagdo asta € um mao deestabelcer ume » Tigagao entre o terapeuta e seu cliente, mas a comunicacso verbal écolocada em prioridade, Como na psicandise, \ O clienie € encorajado a refleti sobre a imagem que ele ttiou edescobrir ele mesmo seu significado inconsciente- Segundo essa abordagem,o terapeutaé, antes de tudo, u psicoerapeuta, ea psicoterapia pela arte ¢ considerade omo uma psicoterapia completa em si ont *NAUMBURG Mange, Dynal reed A Thr Pie Prat Novalanuebandies Crane nd Strain 106 2) Aarte como terapia Diferentemente, Edith Kramer? artista e professora de arte, propde a ideia de que a arte-terapia ¢ uma terapia —— aque aoia pkoeapa, mas no a ub, lefensores dessa abordagem consideram que a cia arta teraptutca mete clesalrbuem mals importance | produgiartistca do que a comunicacio verbal. O cliente ‘nfo €istematicamente convidado a dar um sentido a suas imagens. Segundo essa abordagem, 0 conceito da sublima- lo € central a arte permite transformar pulsdes e emoqbes primérias, consideradas como assocais, em atividades mais produtivas socialmente, O arte-terapeuta, antes de tudo, deve ser um artist, Fala-se entdo de arte como terapia. 3) Aarte-terapia centrada sobre 0 processo ior Uiman, asta epscanalist, eta recon as posgbes extromas de Neuburg e de Kramer dizendo."A Pricoterapia pela art ea arte como terapin poem coexist eno da mesma Sala, 2 mesmo tempo, ou no tbalho de urn mesmo terapeut,em momentos eifeentes Tao Aepende daquele que comandia a situacio. : linchart e Engelhon’ se preocupam menos cot simblco das images produzdas na cose de ua ea de at-terapin do que com o process pl ua eso fesenvolvidas.’A atengio é voltada A pré-imagem, ou sea, BARRE PAPAS t jpg matt At yt A ing in i ULLMAN, Bor "Vain na Feud Thee Te At Ty he BREF em RUBIN, 7A, Apps t rt hy Nova ogo ‘runner Mac _ RHINENAE L, ENCELNORN, emacs 8 her Go Fa Psa ew ty a Sa at, 4 % » Dightalzado com CamScanner ) 2 forma e cor que comptem a Imagem. Em sey 31 Inari Ga it xeric ieee eres pg aera vivid au eagora 8 decorr do processes eae nsprando na Gestl-rapa, 7 que euromeeo Camino doinagindri seinscreve na linha desa terest excolrde pensamentounficadors, dis “entrada sobre o proceso”. Ela integra a visio jungiana doimagindrio os postlados de bse da Gestalt leaia, tniversosimbalce das imagens e do processo de eciec plore verbalmentepeoientee pelo terapéuts, que ae ‘Sctades om pores pals no athe de occ any | sso,a busca de sentido ndo consti sempre o objetcg iro do Camino do inngindrio, i. que a sublinagie, pormeio do jogo do prazer da criago artistic, € tanta ito valorizada “Meso se seu modo de intervencio principal perma- rece no campo da artes vsuas, © Camo do ingiede¢ uma abordagem muliiscplnar que utiliza diversse melos de express, como aarte visual, a dango, o trabalho vocal, | masca ow 0 jogo dramsico,passando com frequenct > / deum 20 outo para aprofundaro sentido de une mesma 7 ‘SSE premise ce AD SI Ak ‘RUMO A UMA DEFINICAO UNIFICADA Ointeressecrescente pelo potencial terapéutico da arte do imaginsrio€ uma coisa formidavel! Entretanto, de um Ponto de vista ético e deontol6gico, esse ganho de popu Jaridade nos obriga a melhor circunscrever o dominio ¢ a profissio do arte-erapeuta,O que éojusto? O que diferencia SRHYNE J, The Goat laste biker, De 30 40 Experi pate tt conn, Ching Mag a arte-terapia da criatividade ou do ensino das artes? Fazer arte, olhar, escutar ou apreciar arte, € sempre umn balsarso, ‘para aalma, Mas isso € suficiente para falar de ale-terapia? (© Caminko do imaginério prope as grandes linhas de uma definigio unificadora da arte-terapia: ne ( Avordagem psicoterapeutica onde a experincia dca ecriadora em arte visual, msica, teat ou dare 6a constitu o principal modo de comunicagao ent Oterapeuta e seu cliente. A arte-erapia permite uma expresso de si ndo verbal esimbdica no plano pro. tegido e assegurador de uma relagdoterapéutica Seem ‘Uma abordagem psicoterapéutica ‘Todos aqueles que tentaram reconhecem os beneticios Aconsciéncia éa ponta do iceberg Exist no fundo eons um de nés uma parte de inconscente inf sitamente maior e mas Poderosa do que podemes perceber > D imapinério €alinguagem da alma. Os diversos treiosdeexpresstoartstica nos colocamem conato Com nossn essncia diving, nosasabedoria interior tu simplesmente nosso processo natural de cur. > Aimagem é uma realfdade autdnoma. Os jungui ros considera que imagem ea obra arta sio ‘vas equ eas fem uma existncia propria, para dovalmente independente da pessoa que ascot, las possuem suas prprias esruturas © so sep das por suas propris leis, Para compreendé lay € preaofrequentemente aolhélas como uma alle Fidadecapas de nos responder > O imaginiio sempre precede o consciente, Todo conteido inconscente se expresso antes sobre @ forma metaérica, em nosso sonhos, nossa ima gens, nososdesenios ot nosso corp, Por mei do Imaginéio, a pique” amaneia, proving age Neepretaio ativa mata o poder da imagem. © ima ua ngs oid, eee mente postica, metas, que rsste interpre, Lago tradicional eno pode ser compendia 58 pela letligenca raciona. A compreerode profune "Oat nome dade at 39 Dightalzado com CamScanner o um compromisso total © ung Sas prova. E preciso, 3S vere, yo mer no desconheckdo e hone dadainaen eieeeata ‘en nist da imagem. or maginaro co corpo sfo ferramentas dq > Ante imagantes: A ager 86 tansormy Swede ACONSCIENCIA £ A PONTA DO ICEBERG ntendimento vem soment gute que conhece si mesmo, ° usa que fem a percep da totlidade dese proprio process psicolégin KRISHNAMURTH Exitenofundo de cada um denés uma parte do incons- cienteinfntamente maior e mais potente do que podemos perceber. Nossas agdes, nossas reagbes, nossa maneira de apreender a vida ou perceber a realidade sio determinadas pelo que se vive na sombra. A maioria de nés reconhece {que nossos dramas pessoais, nossos ferimentos © nossas legris de crianca, os conftos que nos rasgam, as pequenas 35 grandes vitérias que nos honram, explicam em parle Pessoa que nds somos e a forma como nés administramos ‘oss vida. Mas oinconsciente contém muito mais que iss Nés caregamos também em nés.otrago das experiéncias de Goes Pais € das geracées passadas, a impressdo cultural di Sociedade na qual nds evoluimos e as imagens fund ‘mentals, ou arquetipicas, da humanidade. "RRSHNAMURT Dé Pat Ed, Delachan Nt, 8H 9 40 videntomente,6difcil apreender toda a amplitude do {quenos compe. Mas nfo ¢ porque n6s ndo percebemos tide ‘que se passa sobre o leito da consciéncia que isso niowxste ‘equ 0s fendmenos dindmicos que nela se desenrolam nie {em incidéncia em nossa vida. Quantoaisso, Carl Jungesere. ve: “Lo quando alguma coisa escapa de nossa conseiénca, essa coisa no deixa de existr”* Pelo contrério. A faseinante aventura sobre o Camino do imagindrio nos permite entrever, ‘entire controlara poténcia do inconsciente. Os que tomam o risco de mergulhar no inconsciente descobrem que nosso potencial de vida e criagdo ¢ mil vezes superior ao que nos podemos imaginar! OIMAGINARIO E A LINGUAGEM DA ALMA EExiste em nds uma fote de informa considersoe! que nos vem apenas por ingen, ELIE HUMBERT Potencia misteriosa einvisivel,a alma ni é vista, nfo medida; ela se manifesta apenas pelos seus atos e plas ‘imagens que ela cra. Falar da alma, afirmar sua existencia, Provoca sempre reagdes opostas e apaixonadas, pois ela yemete a diferentes crengas e experidncias em matéria de “spiritualidadee religito. Mas fora de todo dogma relighso, {alma tem pelo menos um valor simbslico fundamental « Universal Eo principio em toro do qual se organiza todas 8 coisas, 0 nicleo central do ser. Bessa “alguna coisa” TUNG, C:G. said explration de inconscint, Pa jneeLrnd LUMBER ena de ane Can sage a oa a a Digltalzado com Camscanner cans quem ular que nto 6 Acting pind putin alma nee a0 prnspi waldo gree ERE Seen cans em it gues Spec Riccar lndesem atte, onome dado atm me ‘Spurn coma flava i que designa vent Aas poeta panto osopm de via a FORE ital gue rama. Entrgar a alma ¢entrgar seu tino sop ‘O ease de alma aparece desde © Paleo, com «os primeines nits funeririas desenvolvides pelo ho seen ee ret eras 7ae hone {alma um pvr de ligagio que faz, em algum sentite tum intemadidro entre as ealidades terrestes ees, materia eespsituais humanasedivinas. Plato falta almacomo de uma realdacedstnta do corpo que la anny ‘gue “representa.a parte imortal do homem, detentora de verdade e que os deuses posem inspira”? Em psicologia profunda, considera-se a alma como ‘ums totaldade psiguica compreendendo o consciente eo ‘nconsciente. Os junguianos pensam que alma contém um ‘nconsciente coletivo do qual ela procede simultaneamente. Paracies oinconsciente coletivo, com frequéncia associado 3 alma do mundo”, constitu a parte herdada da alma hur sana. Ele esruturado por arquétipos ou imagens funds ‘mentais que se expressam por meio dos mitos, as grandes cosmogonias e o imagindrio em geral, asim como polos {fendmenos de sincroniae as coincidéncias. Em sua obra autobiogréfica* C. G, Jung afirma que ° limagindrio €linguagem da alma e que ele nos coloca et ‘oniato com Deus ou mesmo que ele permite um dislogo FER sn Fang ive de Poche, 196 p24 tigen ede Poche 196 9 7 ae NG E.G. enn ree pees Fane Cant Fol 2 com Deu Educa em um universe mult religous = seu caer paso ae como Peon fang usoito tos Jung desenvolvet ledescreve 1 com aquilo que émaior queer, aginsrio constitu Hossa Tigagio mais lrctacom a esnciadivina, a Sabedoria, a parte de i que Sabre que pode cura, Por sta vez, Thomas Moore diz." jes do mundo ¢ os somhos nos Essa idela de que 0 imaginsrio é uma expressio do dlivino & comum a todas as grandes tradighes culturais © rligiosas. Os deuses sempre expressaram suas vontades fou seus conselhos por intermédio dos sonhos. “Se hi um profeta dentre vs, Eu, o Senhor, me farsi conhecera ele por luma visio, eu The falarei em sono."® Segundo a tradicho islimica, uma religido & essencialmente profética: Maomé foiiniciado nos mistérios do cosmos por meio de um soho. Também o culto de Asclépios, deus grego da mevicina, com porta uma das utilizagdes terapeuticas do imaginiio das ‘mais estruturadas e mais difundidas de toda a antiguidade. No século I, contava-se mais de 300 templos de vocagio Puramente médica, onde os pervgrinos se apressavam etn tomo deles em busca de uma visio de cura. ARSacferenda, osacrificio de um boi, de um carneino, eapss tet passad ‘noite inteira merguthaclo em uma proce esttica para pest 30 deus que thes concecla um sono, os peregrines adr ‘meciam sabre as poles dos animais sacrifcados, no meio de pag MOORE Thos Leder Aen Pa ta ol il CORKEADD, HILAR St fama gS Pe MAAR Se i dtm Pa 6 Dightalzado com CamScannee serpents, sino vivo de Apis: ste aparea eng Se an dere com un dagnstic Um alam SEuRTeita mings ees psec do imagingio ey Serupuloamente spt. "R patvras “pans” “psclogia sigan, sepetvamentesandioeacienca dal Apsieoeapy Cae gege Bere cara) prcede mals da Cura qu soraporrdsimedo queda compreensio que dela pe etnarThemas Moore noe diz "Como a alum, ara Gaaimacua rte podese expen apenas com imagens pects E porque steep pela res contr una endadia medina dala: els permite expr si. Eetcament oy sepredos mais profundos dasa ‘Aseuinte ned oe rr colossal poten da alae nas ensina forma de car, ‘Aalma é como um girassol | Ader jr Gos de sentir era mos mews des | pte dates te eens, r= tent ager mest, grandes kes a. | me pu ain de ce, tino hit de pa terrains. Des els oes marl, ses res ors amino reer de mines ¢ {onstiins m grande plod argo no bare A at to itd azn encontrar yaelmete telor de mine forest de gras par se surpreener Cam omg Po guano pnsamts em, se te = Seermente dun mgr! ou 4“ HORE Thoma. Lac dtc Aver eit Pc ab, se oi inn de gat is aes, seguiam a evo- aero 45 Digltalzado com Camscanner 1 0 nto potest! Aflor € muito | mim eet Eten, sede arene est eto ds flores, ASIN @ wee ee Recon igi i» “sim, pode estar! E magica! mtr cera sa da boca das criangas, dase. ‘conclu Amélie, com “oda fsa de vida est contida em germe no interior do ove pede apenas para desabrochar. Existe, assim, no fondo de cada um dends, um potencial de vida ede criagdo infnitamente maior do que podemos perceber. Contemos ‘emnés mesmos alguma cosa muito maior que n6s, capaz denos contr mil vezes "A alma €contida pelo inconscien- tee a0 mesmo tempo, provém de si mesma, E misterios0, “igi, mas € assim! Como o trabalho do jardinero, o trabalho do te- rapeuta € um ato que exige uma presenga sincera, uma ‘cinca infnitae muta humildade. Nao podemos puxar ‘aul da for para que ela cresga mais répido. Ela esper® fasenemene 0 Dom momento para desabrochar Pate ® a mesma coisa, N3o podemos forcar seu process Seino e decir, Sobre o Cami do nao ‘espeitaseo ritmo natural da alma, Espera-se que ela 5° ice er et na vocab teapot Porm ade SE eng ose ss iemes en a pag ec? ede ar lle vec one lacuad dearer © «OM Seon nod manda ini Ei > Scam ries apcdae do rapt do cet a Seep neem cou ts de in sine van pg Deon hie 46 revele por meio da criagio. O girasol precisa de um pouco de gua e sol; a alma pede simplesmente muito amor e consciéncia ‘OIMAGINARIO £ UMA REALIDADE AUTONOMA, Lao Ts sora com uma borboletavoand de wa flor aout, “Ao cra, ele se prgunta: "Sou eu Lao Tsao com ua borbleaou sme borbolela sonar com Lan Td?” Por serem essas manifestagbesintangivels,o imaginsrio 6 com frequéncia, percebido como alguma coisa real, que ‘do existe de verdade”, Todas as criancas e todos aqueles quejé fizeram a experiencia do poder do imaginériosabem, portanto, queo que existe no imagindrio existe realmente no ‘mundo invisivel e que, se nfo se tomar cuidado, ele pode nos aplicar boas pegas. Nao € porque nio vemos certas coisas, nfo podemos pegi-las ou apreendé-las no mundo exterior, que elas nio existem. Os junguianos consideram ‘ psique como uma realidade auténoma, no mesmo grat que 0 mundo fisico exterior. Gaston Bachelard diz, a esse propésito: “A realidade é uma poténcia desonho, e0sonho 6 uma realidade”. [Em seu Comentiro sobre a flor de our, Jung, explica “8 uma caracteristica do homem ocidental, para fins de conhecimento, ter separado ofisico eo espiritual Na alma, todavia, esses opostos coexistem. Eis um fato que a psico- logia deve reconhecer: Uma ralidade psiquicaé, ao mesmo tempo, fsicaeespritual.Essas concepades se move todas ‘nesse mundo intermedistio que nos aparece como inguieto ‘e confuso, pois em nésa ideia de uma realidad fica m0 & WACUILARD, Gann Lede rg Yrs 8S. ” Dightalzado com CamScanner corrente no momento, se bem que ela expressa nossa Verda, deira esfera vital. Sem alma, o espirito est morto, o mesiny a matéra [ul "Apsique se revela de mar material, pela in. _guagem metarica do imaginrio, mas essas manifestagiey ‘iosio menos reais, Jung, convencido de que "Sob o umbral da consciéncia, tudo € vivo"® constata que certas imagens io feitas pelo eu e que outras se fazem delas mesmas. (Os junguianos consideram que as imagens so vives ce que clas tém uma existéncia propria, independente da [pessoa que as criou. Elas possuem sua propria estrutura ¢ ‘sho regidas por suas proprias leis. A imagem se transforma e transforma a pessoa que a imagina, a desena, a sonha oua danca. ‘A arte-terapia permite tomar visivel os movimentos da psique eformece, assim, a ocasido de entrar em um dié- Jogo com suas imagens intimas e de melhor compreender ‘0 que se passa no mais profundo de si Sobre o Camino do imagindrio, somos convidados a encontrar 0 Outro-emsi considera-sea imagem, odesenho,aescultura,omovimento, ‘opersonagem ou simplesmente a sensacio fisica como uma alteridade capaz de nos responder e de nos surpreender;nés ‘nos aproximamos da imagem vagarosamente, bem devagat. como acolherfamos um novo amigo vindo de longe € 4¥° teria muito a nos ensinar. ‘Todos os grandes criadores falam desse estado de es Pirito particular, dessa abertura necesséria para acolher # inspiracSo. Os artistas de renome reconhecem a autonomia JUNG CG, etd i de yn Fran ied JUNG, C.G, Meee, fs pees, Pari Galina a 2% cde suas obras, O escultor diré que a peda jé contém a es- {tua e que basta um bom golpe de cinzel para liberé-a; 0 ‘bmanelsta se considera com frequencia d merce deseus per- Tonagens, que levam a intriga aseu devido lugar; misc Sind que ele capta a masica como se ee fosse um canal © Caminto do imagindrio ¢ um movimento que exige muita humildade, pois ele desenvolve, antes de tudo, a bertura ao Outro-em-si..e, de modo eventual, certamente, ‘0 outro fora des ‘Thomas Moore escreve: "Nos devemos, certamente, ceuidar de nossa alma, mas ¢ igualmente verdadeiro que a alma cuida de nds. [.-] Mesmo em sua patologia ~etalvez sobretudo dentro de sua patologia ~ a alma cuida de nds nos forgando a sair da estreiteza do profano”." (Os monstros existem de verdade scale tem oito anos tem psadelos recorentes. Um ‘monstoimagindrio, mas no menos aterorizate, oer roriaa hd meses, tanto ¢ que em cada fim de da toa fra conn de drama far dos mas penos. NBO Somente Pascale se recs ir se det com ea fi ex Inemamente itd ta vez que se tents fla entrar em se quart, Sut mae, uma amiga minha de inna, | etd mito nga. “Pascal sempre ama rans i razodel”, ela me explica, “mas, desde algumas semanas, | fae torn ii. Se proour medic ue Consegue masse concentar que mga em tar E la pedeu peso” Eu const deft, que armenian std | pe wiMOORE thomas ese so Ate te a Pa 188 A Dightalzado com Camscannee 50 amas delga que oondndrio equ ses bls ols even {sido com lis tees ‘Gx de Pcl tata no domo da informa tin ends dtaes de pens inte gir racing sen. Ec as em sar ez ocpam deacons a meni de sug Fr Fis no aon ws onset, on tb camonces Pasede que oS nab it. Eu props Thine amign deme dear a crane pra wr fia dese. tran ole. "Eu tena fickle entender a 7220" ey tren Eu sei muita bers que os mottos existe ‘Quadocupedia Pascale pare medscrver seu mons tro cle fou turd: "Vac creda em min?” ela me dine nnd. "Meus paisizem que Capen inoe- ho pc ext dentro de a cabs Diga, uso lnc?” "Afr de nego a realiadeimagindria de Pascal, seus pis nam consepuidoinsinuar una dia perm. ios no exit de sua fla. Dando de sua pia ‘spent consterna por um sentient de Snponia ede tro, nd somente iia de eft a Inst, mas deer consideada como luca Eu propus a Pascale desenar seu monsto. Assim, ie demos una fora tage, iste, transfor 15 he vias dado una exstncia que ninguém ma poder ner. Depo, ped para Pascaefilar como mots tro de papel: “Diga-the tudo 0 que voc® tem no cori. Digetie aque pono eet asssta eo quanto voc? es ita. Porque le vem te ver tod as nites? No fi Peguntetheo que ee quer” ‘Nis inectiames 0 monstro durante pelo meas maha a ele dior chega, “Diga Te que clog 03 Poder ase seria" eu ser a Pace, Ceram Choramas der quando a esta pigant ur lida Penuena Pascale episos pesados seespaaram,poucoapouce.as | {coi tran oem. Agadc psn erg ‘ahs ge ctf com Pace me ae seen sos empleo respond: Es? Nada Dee seroar deg Ignorar a ealidade do imagindrio pode constituir uma ameaga grave, pos as forcas que ele contém podem entio sevollar contra nds, (© IMAGINARIO SEMPRE PRECEDE © CONSCIENTE, As imagens 0 snbolos,o mitos no crises isponsicis ‘da psqur les respondem awa necessdade¢ preven rat ung: depres mas sertas moles dr MIRCEA ELIADE” Sobre o Camino domain imagem sempre pre de oconeiete Asim por mei dos sol das ingens ‘eins dedesehos de inagens de corpo” sues rates acl previne ¢ age Now pevedos de grants dees dens emotvas a vnpera de scontcemene invents cuem memenios de trasiio de vida sss nethe es tis coe nossas produgier atts tabordam de imagens simblcas ou, en ¢ searee {ue fala por mio de seus males seus pequonon dine & alma prepara o terreno da eonscigne sina ps ‘da conscidncia enviando imagens Certos cones : Incnsents etd prfundameate “enterrados no fundo de Bee . laalmasimplesmente ponque nds aio ADI Me acta Par Cala 19 1, st a Dightalzado com Camscanner estamos prontos para recebé-los. Essas imagens s30 muito dolorosas ou muito vastas para serem apreendidas por ym, feu fragil ou imaturo, A clandestinidade dessas imagens nos protege como nés protegemos 103505 filhos de ceras ralidades, pois les no sfo ainda suficientemente maduros, para apreender plenamente seu sentido. Os sfmbotos do {magindrio servem de agente de ligagdo entre a conscincia ‘© que nos anima subterraneamente. Estar escuta do imagindrio e honré-lo € criar um es paco seguro e protegido para alimentar suavemente suas Tealidades inconscientes, as vezes ameacadoras, 35 vezes pletamente compreendida pelo pensamento6gico,raconal, {Go cérebro esquerde. ‘Se fato de dssecar ma flor permite estudé-a sist _matiamente sobreo microscdpoe aprender coisas ascinan tes sobre os mistrios da botinicy, iso no é de nenhuma ilidade para expicaro poder de sua beeza sobre a alma. ‘Do mesmo modo, poderiamos estudar metodicamente un pooma de amor, analiss-lo sobre todas as suas costars para fazer sair dele as partcularidades lingufsticas fs0 980 nos fomeceria a essncia das palaras empregadas. Para compreender verdadeiramente a extensio do imagine, 6 preciso se deixar tocar no coraglo, se deixar transportar 8 tm lugar que ndo ¢conhecido ems. Lembremos aqui que o simbolo ¢ vivo, Ble é mk tidimensional e pode ter diversos signficados, pessois tu coletivos, segundo o contexto no qual cle aparece, Sbordagem junguiana atibui aos eventos simbelics w™ origem coletiva,vvidaindividvalmente & qual sesoma w™ " FILLMAN, ames Lee et, Monten Ed, eons 39.7 54 profundo significado espritua. inconscent coletivo se prime por meio do inconsciente pessoal. Compreendemos facimente que a imagem de uma vaca ndo terd 0 mesmo significado para um criador do oeste canadense, para um jovem da cidade que nunca viu uma em carne eossoe para ‘im hindu que venera esse animal sagrado desde ainfancia, ‘asa imagem remeterda roferéncis socioculturastotalmen- te diferentes nas trés pessoas, e ela provocaré em cada um eles sentimentos, emogbes, lembrangas e outras imagens, segundo sa experiencia com esse mamifero. Sobre o Caminho do imaginari, evitamse as interpre- tagbesintelectuais prematurase reducionstas, que fecham ‘imagem, a aprisionam em uma ideia parada e, assim, a ‘matam, Contrariamente a0 que muitas pessoas pensam, 0 papel principal do arte-terapeuta nio 60 de interpretar as Imagens de sous clientes, mas de ajudé-los a cuidar delas. um papel de apoio, de acompanhamento, que favorece conta verdadero dslago da pessoa com seu mndo As vezes, 6 preciso ampli iso amplificar a imagem para vé-la rethor ou, 0 contréio,estreté-la para estarem medida de aproximarse dela, }—— —— Aserpente de Ginete, coucomo compreender sinbolo | Quod Ginette me tlc, sav eae o pic Note aps noite cla soma com serpent qs tere 20am El ae dsr, sua apenscm ated conseguir dorm san cite tna her soutien 4 cin esc pra seman i prt divers raps de eng ps i 55 Dightalzado com Camscanner | | 56 dccam a melhor se conhecer €a colt. Ela considerava 0 simbolo da serpente como uma chave importante de sew processo de cura, ese deseo de compreendéto era, sem ‘uits meses ante, ela inh ido um de mets ate. Tid: A arte eos sonhos.O atelié se estenia por diversas Semanas, no dearer das usu tinh encorajado 0 par ticipants desea seus sonhos, mas também a thes dar Alves formas artistas por diversas mees de expresso, ‘como a esultura intura a dang ‘Eu me feign paticularente aos exericos de pine tur mura sabre um suport de forma grande, ois ches obrigam as pessoas a entrar em seu corpo ¢ mobilizar oda a sua energi para o proveito do proceso de crag, “Apis ter asim aplifead sono eto sentido em seu ‘oro, € mais ide entrar em diflogo com ele para dele fier sara mensogemexistncial. ‘A fim de compreender seu sonho, Ginette tna ten- (ado todos os exercios que tinhaexperimentada no ate- Jit. Entre outros ea tn pintado sua perseguidora sobre tuna enorme fla de papel. Depis disso, ela no ousaea mas descr na adega, onde few seu atelié. “Me da arve- ‘is, ela dia. “Eu sntoarepos cada vez que eu passo tu frente deporte do atl!” Ew a acnselhei a retomar o deseno de sua serper- te sabe ua flka menor, wilizando um meio que oer cess mais controle, giz de cera, por exemplo, Na semana seguint, ela me telefono, completamente desencorajada. Ela sonhaca com esa “madi serpente” fdas as notes ¢ no obtinka dela nenurna respasta que asatifzsse. NO fom de sua ve, eu sentia que Seu pnico havi amentado de repent. Eu decidi encontrar Ginete sobre uma bse ns regular, em sees indvidaais, sna iment ea me expiono imo sono gue ‘Mas ew tnkadifculdade em oe ois afl dang slr 0 otis da pobre mer, que te- ‘i de med. Ela este I assonbrada pores imagem rquetipica gu no era de surpreender que odio jose {mpostel! Ex props a Cinete coloce o deseno sobre a meses stancar 0 muxino poste, alé ue sua respira. {ose tonace mats regular Depo, ns flames de otros Speci desu i, sm mais es ccupar da serpent. ‘Nasemana seguinte, Ginette me diz que ainda tnha sono com a serpent, mas somente dus veces. Eram pesados muito desaradévs, mas pelo mencs ela pide Aesanser nas euras nots! Eu Thesiger ent desenhar lum de seus somos nmin preseg, mis, para minim Zar oimpacto des imagens e The dei wna fla peuena¢ lips de maiira. A medida que a ingen toma forma, tu obseroza seus dees se contatem sobre os lp, sua repairer fin lec de se Sor ge a fica brilar 0 medo ea irritgtoreaparecam. Eircom “Elan tnd pon ed Exleno vonaie de rasg6le og fora Eu conve Ginette «encontrar um meio de tornar spent ines sem, tod, desta, Fo eno ue ea pensou na aiza. A caiza do pequeno principe iinet docnanintr de snesRemne xa de recuperaio, eu enconte um recipient de istic transparent gue nos permit, ao mesmo tempo, Imanternosaserpente em lugar seguro e obser, fi. Stans red o stb tinadimeno acne pr Ginette pues apreene, en won Odie prc, dese prendre wa preniemes.O digo Ginete: “Malta! Voe me fez ter medo. Eu estou lsu, ming ‘assustar, mas ew nio tive escotha! ae Ginette: “Como muah “Como assim nto tve escola?! Voct tem Digltalzado com Camscanner 37 Serpent: “Era preciso que ew me defendesse contra seu deseo de me elimina” Tinamos tabaadoosimbelico da serpente durante ais de un ano, & relagdo amor-raita que tinha se estas belecdo entre Ginette e sun serpente nos tinha reservada tas surpresas! Mas, o fim das contas, a imagen se mos. | trow uma compariia fle preciosa no processo de ins tua. —EEE Osparticipantes no alts de arte terapia so convida- dosametitar sobre seus desenhos, ou sea, contempliios por longo tempo e observes sob diversas angulos, de fora a Thes deinar tempo de desvelar suas miltplas facetas. 0 fato de entiras imagens de bincar com elas, de dani, de cantélas, de mimé-las, stimula a emergéncia de urn sentido, Para domar uma imagem, é preciso se aproximar dela em um movimento lento e circular ou rotacional. Ou ‘a. € preciso dar voltas em volta, ‘As associagoes espontineas que a pessoa faz olhando sua imagem nos coloca sobre a pista de que pode representa, para ela, ta ou tal simbolo. O dislogo com a obra constitu assim um elemento muito importante do “trabalho” s0bt © Camino do imagindrio. A pessoa € convidada a fazer per {unas sua imagem ou a uma parte dela (uma linha, a forma 1uma cor, um personagem desonho etc) ea escutar® _esposta que surgenela, Mutas vezes, érecomendadoesct™ ‘ver uma carta par a imagem para solicitar um encont© Johanne Hamel, diretora da formacio profissional Psicoterapia pea arte da Universidade de Sherbrooke, "08 dizia com frequéncia que a mensagem exstencal ™me"8 espontaneamente quando trabalhamos a imagem, 08 «quando nos detxamoslevar por la. A imagem revel, asi" 58 seu significado quando cla €aceita como uma projet au {noma que fala de si mesma, De fato, a imagem simiblica {poral mesma, sua melhor explicaio. "asemogBewe as sensacbesfsicas que a pessoa experi smenta duranteo process decriagSo so também de uma ut- Tidade fundamental na compreensio da imagem. O sucesso dinterpretagio passa necessariamente pela compreensioe pelsexperiéncia conjunta dodlienteedoterapeuta.£ preciso {ue esta tenha um sentido para eles dois. Toda a rgqueza do trabalho com oimaginsrio se encon- trasobreocaminho, De ato, qual seria ointeresse de efetuar uma longa viagem se nossa obsessdo de chegar répido ao destino nos impede de apreciar as sutileas da paisagem? E tas existem algumas vezes em que no chegamos aonde gesarfamos..e muitobom, pois sempre chegamos aonde devemas estar. Em suas notas de curso, Lorraine Dumont escreveu “O imaginsrio é uma forga criadora materna, e- radora do espirito humano. Oeleto que segue o camiaho dasimagens alcanca, no fundo, uma sabedoriajainserita na Proprinestrutura de sua alma” E peo anbtm saber hoa omitrio da imagem ¢ acetar que no podemos tudo compreender € preciso, 28 ‘ezs se aardonar a vont do agin. eles ae {ua prépriaexperiénca, Jung diz: “Ew abandonei[}eone- Gepismenteosimpulsosdoinconsciente Para encereat nas que me agitavam de mancira subterranea, me Preciso, por assim dizer, me deixar cair sobre eles” "DUMONT Len mn ORR en Nea ecu, ni wma NS seni, pnt Tai Clini 291, 59 Dightaleado com CamScannet a SOBRE O PASSO DA GESTALT Sempre nb quisemos buscar o eterno emt outro lugar ue 180 aoy ‘empre nds lianas oolhar do espirtoem diregdo a outa cea quedo a presente situaio ou né esperamos mor ‘camo Se fodo instante ndofosse morrere rear, ANDRE MAUROIS, CLIMATS Nas péginas anteriores, eu abordei a toriajungutana ¢ fale da maneira de abordar as imagens simbdlicas pare incité-1as anos entregar os segredos da alma. Entretanto, 0 Camino doimagindro ate a mesma importincia, muitos vezes mais, o proceso de criago do que ao proprio pro- Auto aristco e,nesse sentido, ela reine um dos prinetpios ‘mais importantes da terapia Gestalt. DDesenvolvida por Frederick Perl, a terapia gestltsa Se Interesa mais no como do que no porqué das coisas € 0 poder do instante presente: Muito jovern, por meio de meus sonhos, eu descobrio poder da ima- gem no que ela tem de simbolicamente didatico ¢ deiinfinitamente sabia, Como dizoditado popular: “Uma imagem vale mais que mil palavras”. Hoje, 0 «que me parece mais potente ainda & 0 processo de crlagio pelo qual a imagem é levada a termo. Afre- side osegredo alquimico da transformagéo interior. ‘© caminho reside no que se passa aqui e agora. > A importincia da experiéneia a experincia vivie daduranteacriagio de umaimagem em umsonho, uma imagem mental ou uma produgio artstica — ‘que revela mais coisas. A imagem final éinteressan- te apenas pelo que ela me faz viver ao criéla ¢ 20 observé-la, Eu sempre resist as interpretagdessim- boticas prontas,reduconistas. Mesmo quando elas se mostram exatas, elas nao coincidem sempre com aexperiéncia do momento eent80 elas nfo podem ser integradas ce maneira proveitosa. Nessec3s0, a transformagao profunda nfo pode ter lugar. > As situagdes inacabadas: Enquanto uma situagso rio for acaba, ela terd tendéncia ase reproduzir monopolizars' uma parte de nossa energa vital A doenga 6, frequentemente, a melhor solugio que nosso organismo encontra para sobreviver a um conflto psfquico. ta ABEL Johanne, “Luteaton dex conse thos al gest nacttieope Rene queued Ga na 2 81 1. 61 Dightalzado com Camscanner > A mensagem esti na superficie da imagem: A no. cessidade mais pertinente, a informasio incons téente mais importante a reter no instante corres. ponde & linha, & forma ou & cor predominante da bra. Dito de outra forma, o que éevidente na ima. gem, o que salta 20s olhos, representa a situaci inacabada mais preocupante. > Uma terapia de contato e de acio: A satide de uma pessoa depende da relagio que ela mantém com Tou meio. Eo que se passa na fronteira entre are alidade interior ea realidade exterior que determi- naré suas reagdes. Os mecanismos de defesa que 0 mental utiliza para evitar 0 contato com 0 real, ou ‘ej, com 0 que esté aqui e agora, se tornam visiveis cemarte-terapia. A projecdo, a introjesio e a retrofle do aparecem de maneira evidente na obra de arte podem ser trabalhadas facilmente. > A responsabilidade da pessoa no processo de ‘cura: Porque a pessoa age ativamente sobre 0s ma teriais de arte, porque é ela que desenha, model ddanga ou joga, ela percebe mais facilmente seu pro prio poder de transformacio. Ela sente que ela €* iniciadora de seu processo ce mudanca. ‘A observasio do processo criador, 0s conceitos de tuagbesinacabadas, de projeglo e presenca asi (arene) ‘sempre estiveram no centro de minha conduta res spiritual; elas constituem a peda angular de meu ti" Iho de arte-terapeuta. Eu era, sem o saber, uma “gestalt junguiana” (PODER DO INSTANTE PRESENTE Se construssemos a case da flicidade, ‘O maior cbmodo seri asa de expoa. JULES RENARD ‘Um dos postulados de base da terapia Gestalt & 0 de reconhecer que 0 verdadeiro poder de transformagio reside tho presente. Nao hé nada além do que existe aqui e agora Emscu best-seller Le poweoir du moment présent, Eckhart Tole? cexplica, com uma clareza saborosa, aarmadilha na qual nos fecha nosso mental, ue tena sempre nos convencer de que 1 verdadeira vida esté em algum outro lugar. A sociedade ‘ocidental ésubmetida a essa crenga louca de que afelicidade io éacessvel agora e que ela serda recompensa, no futuro, deum duro trabalho, ‘Segundo os autores Polster ePolster, nds somos “enter- rados em uma sociedade onde nos preparamos para eventos que ou nunca acontecem, ou demoram tanto a acontecer ue ficamos, nesse interim, usados e desapontados com antecedéncia”° Nos economizamos para uma aposentadoria de sonho, sofremos em um emprego ilusério por causa de seus beneficios marginais asseguradores, nos mantemos em situagdes desconfortaveis, mesmo desvalorizantes, por treo de mudange, Por exemplo,acrecitamos gut enfin, "mos felizes quando tivermos renovado nosso Iuxt0s0 Guts quando tvermas encontrado oprncipe encantado © awandlo ele nos tiver feito belas criangas..Depois acre- Aitamos que a vendita Rade sos iver fo campo hac, Le youd met pts, Otero, Asie, 20, vig ¢ Mra, La Col wiles opie tarps et Museo, Notre BL se 8 eS. rots ‘to ne Dightalzado com CamScanner 10s iss0, mais aquilo... Mas cen mesma nic Se recusamos obstinadamentereconhecer que o poder de trans. formar deco reidene presente Coit om fequtniy ‘em mudar pequenas coisas, a tomar tempo de responder a rnecessidades to simples quanto a de respirar. ‘mithares de anos, Buda disse: “Se vocé quer conhecer ‘opassado (a causa), conhesao presente (oresultado). Se voce quer conhece futuro (o resultado), conhega o presente (a usa)’, Certamente, oque nos tomamos €determinado pelo {que vives. Nossa histéria pessoal, nossas relagOes com nosios pais, nosasalgrias edecepebes, nosso terrores in- fantsifluenciaram einfluenciaro sempre nossas reacGes’s diferentes situagdes da vida. Os anais familiares nos revelam ostraumas que nossosancestraisnas transmitem de geracio «em geragio enos permitem melhor compreender as dini- micas que nds carregamos sobre a superficie da consciéncia, Para cetas pessoas, o fardo é muito pesado para carregat, ‘aso poder delberasdo reside sempre no presente, © que «canta 60 que fazemos dessa heranga, aqui eagora Emarte-terapia, como em qualquer outra psicoterapia, ‘osinteessamos pela anamnese da pessoa, pela dindmica familiar, mas nos esforgamos, sobretudo, em ajudé-la a ‘tomar conto com 0 que, vindo de seu passado, ainda tena, Com o que parece essa crianga abandonada oo Pa utzade que grita ainda por ajuda? Qual 6anecessidade ‘its qual podemos cuidar imediatamente? O que deve set jarrelt,Wberado, realizado, aqui e agora? © Camino i? "atinro € uma terapia de contao e de ago. eng" mre ht pc desig dese cs 'Nés passamos nosso tempo fugindo do instante presen- te,recusando a realidade do que é.As pessoas vem 3 terapia com desejo ilus6rio de se tornar outra pessoa, deestar em ‘outro lugar. O introvertido gostaria de falar alto e forte, {que procede com reflexao se impacienta com a lentidio de ‘seu processo de decisio, ajovem vitiva se atormenta de sua falta de alegria, a pessoa dependenteafetivamentese esforga para viver em autarquia. Arnaud Desjardins, ao transmitir ‘ensinamento de Swami Prajnanpad, escreve: "Nao existe nada além do que voce € hoje [..] Seno lugar de ser reeusa- do, negado e esquivado, o sofrimento é plenamente aceito, ele deixa de ser doloroso” > Muito ocupacos sonhando com um lugar diferente ‘melhor ou chorando um paraiso perdido, nés perdemos o contato com ainica realidade sobre qual nés temos poder ‘Oque acontece no estuidio de arte-terapia € tipico do que se ppassa na vida do cliente. A maneira na qual a imagem toma lugar sobre o quadro, a forma na qual aeseultura se constr, '@ quantidade de espaco utilizado, a qualidade dos tragos, 8 intensidade da pressio exercida pela mio, 0s sons ou os ‘movimentos involuntatios do corpo revelam o que se passa 1a psique do cliente aqui e agora, Esses s80 fatos imediatos gue © mental nao pode negar. A observagio do processo Ae criagio, o jogo das linhas, das formas ou das cores, a Ploraggo vocal ou o movimento sio oportunidades para Ocliente retornar ao instante presente e ce tomar conscién- Cia do que ele sente, Sua reagho diante do que se desenrola Ra Processo de criagdo, as emogdes que ela suscita nele, as ‘stratégiasprivilegiadas para resolver um problema tnico, 1.25 BSVARDINS, Arnaud rane mt pre, Fa aT Rel 963, 6 Dightalzado com CamScanner tains) NT 66 wva ou de cot, permitem melhor compreene, se pe oii ia “A verdadeira vida estd no presente em me consular em sess individual apés um ce deca Ee me con geo pu exert de qu ina propast ao grupo te proporcionaca ta Te angen sjudila a rencontrar wm pouco de sua criatividade e de sew lan de vida. ‘No decorter dos iimos 25 anos, Rosalie frequen- tow diversas terapias de estilo psicadindmico no plano do programa de ajuda aos empregados de sua empresa ou no CLSC de seu bro, Ela sempre consultou pelas mesmas ies sea problemas de adaplago no trabalho, de esgota- mento e depress. Infelzmente, esses programas de ajuda so com fre uénciaHiniados a ura dezena de encontrose, cada vez ue ea mudzon de terapeuta, Rosalie devia recomecar a conta toa a suahstri, O que ela fez uma vez mais para __ Rosalie foi abandonada muito joven pelo seu pai de- ois sua mde moreusubitamente. Ela fo jogada de wn Fania de aclhimento a outra até a sua maioridade. Ela Sof maus-ratos composi e abuso sexual dos quais elt ‘unc fo tatada Eas casoujovem, com a espera de «te ese amor duraria para sempre, e teve quatro filhos dos suis malo erguiosa. Mas sex mardo acaba de arg por outra mulher, mais jovem, mais “viva”, ela diz, ¢ EP Mate secon (Cente eal de seer ci no consegue aceitar a separagio, Tendo consciéncia de seu | mea ple ee fame fares reco ee ee em he ae | Seen ei | ee ast rae caer ry pets orbit gee ‘Qualquer coisa, tudo o que sua mao deseja fazer”. Nbs innate PO Aue desenvotea wna imagem a partir das Jechaudos, Para sua grande surpresa, aparece o retrato de o Dightalzado com Camscanner sob um bate. Rosalie comegaento a chorar. Comovid, tu coloco uma mio sobre seus omibres. Brandament, nt: “Do que essa peuena rian precisa?”,Espoy. Tanenmente ls respond: “De ser lone crite Dizeno iss, ela passa ternament seus dedos sobre ning. gem, epalhando op do giz de crm seo, Para citar jug a destrussea fil imagem, eu a convidei ent a ua, ‘ar aquarta fla para desenootver una corde cura (gue a {rz bom) e para sentra levee do giz em seus des. 'No fm da sssto, Rosalie me conia que ela nunca tink se sentido to cama e serena durante meses. O pre ‘xr provcado pelo carinho sobre o papel faz briliar seus cols. Nés das sabemes que as feria ndo esto cures, mas gue, a0 relornar ao momento presente, ela permite 1 lideragio de ua conga enctiva importante. Ela feve a ‘experiincia de seu poder de mudar as coisas e compreen dew que sso residia no presente e no na narragio de seus ifort. AIMPORTANCIA DA EXPERIENCIA, ee eae ice cette we en de NEALE DONALD WALSCH Seo imagindrio nos entrega as mensagens existencis8 que nos colocam sobre a via da cura, é somente rea da experiencia imediata que nés podemos transformar coisas. Essa verdade constitui um outro grande prin da terapia Gestalt. fas top NAISCH, Nee, Cnet ee Di, Otemont Ae ry fail falar, se fazer uma ideia sobre todas as coisas, ver, nomear 0 que nfo vai bem ou @ que falta em nossa ‘ida, mas resistimos quando se trata verdadeiramente de texperimentar. Assim, buscamos tespostas, olugdes, pana- teas miraculosas para evitar realmente fazer aexperiéncia, smentos mais profundos so frequentemente es mais Srduos de orem colocados em pti, porque cles ‘os parecem muito simple, Imagine a reagso de Amaud Desjardins quando seu ctlebre mestre, Swami Prajnanpad, desvela, enim, apés longos meses de meditagio © de discplina espritual, a chave de sua conduta pessoal "Be happy, Aenaual” (ej feliz Arnaud)” fil de fala, mas permite experimenta eis a grande sabedora! és todos sabemos que a respiaco € 0 ato mals im portante da vida e que uma boa oxigenacSo ¢essencial a0 ‘om funcionamento do corpo e do espito. Mas quando tomamos o tempo de respirar profundamente? A maioia dle meus clientes, mesmo sendo conscentes dos benefcos relaxants da respiragio profundla, resistem furiosamente iia de respira profundamente durante as horas da terapia. Elesafirmam: "Eu no quero perder tempo, eu tenho muita coisa ate dizer. Alguns recusamseigualmente a tomar © tempo de olhar sua imagem porque confiam apenas na Pelavra Entretanto, minha experiéncia de terapeuta me demonstrou amide que a fala, bs vezes corta tao bem 0 onfato com o que foi sentido, que as palavras an ses com quefosentde,queaspalavias je quetem no ccetossabem quea verdade eas respostas se enconteam, ‘centro desi. Mas tomamos verdadeiramenteo tempo de "pes aa ARES, Amn iri am Par La Tale @ Dightalzado com Camscanner escutar 0 que nos diz nossa natureza profunda? De miniy parte, quando sonho, evo admitir que PaSS0 8 maior pare Ge meu tempo a combate, "oct devera faze sno isso ao inwés daquilo”, “Eu mesino tristee angustiada, ma, no serviré de nada deixar minhas ligrimas correrem, ‘mpossivel que voc! ainda esteja cansada, voc® acaba ge chegar de frias” et. Eisso continua Por tanto tempo qu ‘ea nto consigo frear esse blé-bé-bl&interior que me mantém, Jonge de minha experncia ou a recusa. "A maioria das pessoas que assistem &s minhas con. fertncias sobre arte, sobre sonhos ou sobre 0 imaginiti, cesperam que eu entregue a chave de suas imagens intimas, las imaginam que eu ei ler seu profundo interior ou que «eu possuo um saber infalivel na arte de interpretar obras de arte. Alguns ficam até mesmo decepcionados de me o dizer que eu no sei 0 que quer dizer seu desenho ou seu sori. Entretanto, como minhas conversas se acompanhain sempre de exericios eu convidoos partcipantes aencontat a qualidade de presenca para si necesséria para cles mesos scederem 3 sua sabedoria. ‘A necessidade de encontrar um sentido, uma caust 4 cada uma de nossas experiéncias ¢ t50 profundamente enraizadaem nossa cultura, que nés suprimimos a proprit ‘experitncia em proveito de uma interpretacio exterios consideradasibia,PolsterePolster constatam assim qUE* Famidecompuivadeenconar um signa vs juentemente a propria experiencia, "A expeiénc® acaba por significa sea maisou menos do que ela sigh realmente eno pode entéo ser aceita enquanto tal” ' ROLSTER Eng Mic, La Gel vine ans OTS La Go: nl poi Merri ct Moe Biz 8 f3 7 Meus participantes ficam frequentementesurpresos quando eu retorno sua questo: “E voeé, 0 que voc! sente diante de sua imagem ou de seu sonho?". Ele fiamm muitas ‘vezes mesmo sem jeito, pois esqueceram como sentir Apri, sionados na ilusio do mental, eles perderam consctncia de sua realidade profunda, Todos os seus sentidos foram obliterados a proveito de um mental todo-poderoso. Como ‘lembra Amaud Desjardins, “omental um enganador que tenta congelar a realidade de maneira iluséria’ or odo tipo de azo, a abordagem mais dfundidaem arte-terapia€inspirada na psicandlise freudiana. Rhinehart ¢eEngelhorn,” Janie Rhyne e Johanne Hame!" demonstram como os prinefpios da Gestalt se apicam em arteterapia as vezes, fazem parte dela. Aoinvés dese contentar em com. preendero simblico das imagens, esses arte-terapeutas se fnteressam, antes, pelo que eles chamam de “pré-imagem: ‘useaaslinhas, as formas, a cores, apressaoexercida pelo lépis sobre o papel, a mancha de tintaimprevista a imper- feisho de perspectiva...O objeto da experiéncia repousa tanto sobre a imagem terminada quanto sobre aquele quea compde e sobre a forma na qual ela foi criada. Além disso, ‘© que aparece realmente sobre papel conta muitas vezes mais do que aimagem representa, © Camino do imaginirio prope diversos exercicios Prticos que podem, muitas vezes,suapreender o client, mas que permitem fazer a experitncia mais total possivel aque que dagele que busca se expres endo ake: Sa rear peacna ay agg": The arts in Paycoeapy: vol 9p S-0 Ankh Inernational atin de concept ET mth eve gr n Dightalzado com Camscanner ira, Na criagfo artistca e no j sia dizer de outra maneit t go, ee pnt tudo permite, Desenher CO 05 oho, rae sceoa com a mo néo dominant andar na piney Gos psec eslremdivess materi PsP 6 omae come integrante da escltur,gritarforcando pregoy Gmruma placa de madeira fazer pequenas figuras de aryl, Fee Or enericios so infinits. Oterapeuta © 0 cliente og Imoginam em fungio da necessidade do momento. Nada ‘langjado com antecedéncia, é que 0 objetivo & melhorara {qualidade de sua presenga a si mesmo e & imagem. Coma eremos mais tarde, o camino a seguir se encontra, com FRequénca na superticie da imagem. Mas, para compreen. deramensagem existencial 6 preciso antes aprender aolhar imagem, a experimentéla, ee ( Compor a experéncia da imagem | Nicates¢um intelectual aposentad, muito escolarizado, | eeu amps em ti po de aici | formas. Ao se inscever no grupo de arte-terapa, cle | inka perch que no se tratava de uma formaglo | tradicional, mas de wm ali onde ele seria conidado erga no proceso de erigio, Superano sua St Presa er 0s materas disposes sobre a mes, ee o- ‘ees inleressarvioamente pelo meu método. Ele me fe diversas perguntes, toma nota. Ele est, sobretudo, |_ stone ntrigud pel isto jumguiana do simbélico des imagens ‘Mesa gue, como bom auno, ee uo como bom ano, ele aciasse voi ‘ent dsniarev soube desde o primero encot 0 I eae emf sir de sua eabegn, Ca del ao her rate pense tem para cle um signif n eee oat rican tome oe ree seven hen ioaieha ate ST ee eee ena etme A cate ee eel ie a a raed ea ee ee ee eee ria erie aes ake eee epee eee er Sse Spee ns “ene ee cee Shar Ethos a eae fare ee coerce re eee ee senapel ainsi tee ae ges acim resect iae e pet terme aba ie itogo ‘ch cee ee ea rg ap a ee tm alts de grant lure dab Oc crn ee te teacher senile nro ee acd ( erie ain ees onienae | 73 Dightalzado com Camscanner "as SITUAGOES INACABADAS Seno nl guerra comEnts enguat sing credit qu 0 ontasnas 0 fr apis sin yo vet Kaige Apalava lem Gestalt nos vem do estudo da pe «#0 visual. Ela ndo tem equivalente em francés nem em #3 masostermosquea define melhor sio:configuray forma organizada estruture, tudo. Quando uma imagem ¢ incompleta octrebro tena naturalmente lgar os lemenvs aque a compe para tentar formar uma Gestalt complet ‘Assim, no esbogo abaixo, pequenos pontos dispostos en iru sero perebidos como um ctculo, jf que o crea prencheré os spasosvazios para fazer ressurgir uma fom acabada. Do mesmo modo, aguas manchas sabiamente

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