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51 3. CALAGEM, NUTRIGAO E ADUBAGAO Luiz Alberto Staut’ Carlos Hissao Kurihara® 3.1. Andlise de solo © conhecimento da disponibilidade de nutrientes da presenca do olementos téxicos as plantas, através da andlise quimica do solo, ¢ essencial para o uso racional de corretivos e adubos. © sucesso das agbes definidas com base nos resultados de endlise do solo depende da correta amostragem, pois os valores analiticos determinades expressam 0 nivel de fertilidade da amostra portanto, n8o corrigem erros cometides no processo de obtencéo da Dessa forma, a amostra analiseda deve representar fielmente a area a ser trabalhada. Para tanto, a rea a ser amostrada deve ser dividids em glebas homogéneas quanto & topogratia, cor e textura do solo, cobertura vegetal, concigdes e histérico de uso e drenagem. Definidas as glebas, deve-se, em cada uma, percorrer toda a drea caminhando em ziguezague, coletando quinze a 20 porgdes de terra ou subamostras de mesma quantidade, Deve-se evitar a coleta nas linhas de cultiv anterior, bem como préxima a formigueiro, cupinzeiro ou depésitos de materiais que podem mascarar os resultados da analise. As subamostras devem ser depositadas em um racipiente limpo @, aps serem bem misturadas, retira-se uma porgio de cerca de 500g, que é chamada emostra composta. Esta, antes de ser enviada ao laboratério, deve ser seca & sombra, acondicionada em saco de pléstico limpo identiticada, Em érea sob manejo do solo tradicional, as amostras de terra deve ser coletadas a profundidade de 0-20 © 20-40cm, utilizando-se pa de corte ou trado. Em éreas sob manejo no Sistema Plantio Direto, fecomenda-se amostrar 0 solo em quatro profundidades: 0:5, 6-10, 10- 20 @ 20-80cm. Para um bom monitoramento das condigdes de Eng. Agr., , M.Se., CREA n® 1175/0-MS, Embrapa Agropecusrie Oeste, Caixa Postal 661, 79804-970 ~ Dourados-MS, E-mail: staut@cpao.embrapa.br * Eng. Agr., M.Se., CREA n? 4128/0-MS, Embrapa Agropecuérie Oeste. E-mail: kurihara@epao.embrapa.br 52 fertilidade, deve'se realizar a andlise do solo no minimo a cada dois anos. Para a recomendagéo de adubacio, deve-se considerar, também, © histérico de érea (calagem e adubacdes anteriores, manejo do solo, rotegdo de cultures @ produtividade obtida). 3.2. Diagnose foliar A anélise de tecido foliar é uma importante ferramenta para a avaliag3o do estado nutricional das plantas e da disponibilidade de nutrientes ne solo. As informacées fornecidas pela andlise foliar néo permitem a indicagéo de doses de fertilizantes, quando avaliadas isoladamente. Porém, associadas aos resultados de andlise de solo e ao histérico da 4rea, possibilitam recomendacéo mais criteriosa, pois permitem. detectar a ocorréncia de desbalangos nutricionais entre os nutrientes. Como exemplo, as plantas podem apresentar deficiéncia induzida de potéssio mesmo com boa disponibilidade desse nutriente no solo, em fungao do excesso de magnésio. Relagdes antagdnicas também podem ‘ocorrer entre outros nutrientes, como Ca x Mg, P x Zn @ Mg x Mn. A colete de amostras de folhas deve seguir uma padronizacio, visto que a concentragao de nutrientes pode variar em fungéo de fatores externos, que determinam a sua disponibilidade no solo, 0 também por fatores internos, da propria planta, como seu estédio de desenvolvimento e a idade fisiolégica da parte a ser amostrada, A diggnose foliar do algodoeiro deve ser feita no florescimento (80 @ 90 cias apés a emergéncia), devendo-se coletar 30 folhas por res considerada homogénea. Colete-se a quinta folha totalmente formada a partir do dpice da haste principal, e interprete-se os resultados segundo os dados da Tabela 1. 53 TABELA 1. Teores adequados de nutrientes na matéria seca de folhas de algodoeiro, no perfodo de florescimento. Mocronutientos 88% ——ieronutreontes ——(F*Ot05 N 36-43 B ° 2.64.0 cu x 15.28 fe cs 20.38 Mn mo 38 2h $ ae Fonte: Silva et al. (1995), 3.3. Correcdo da acidez © algodoeiro & extremamente sensivel a presenca de aluminio no solo e, portanto, a pratica da calagem 6 imprescindivel para que se consiga sucesso com a cultura em solos Acidos. Em solo com pH (em agua) inferior a 5,5 0 algodoeiro sofre uma série de problemas nutricionais, que limitam sua produtividade, sendo que abaixo do indice 6,2 tendem aparecer deficiéncias de tésforo, nitrogénio, enxofre, magnésio @ potdssio. As plantas apresentam desenvolvimento reduzido tanto das raizes quanto da parte aérea, as hastes ficam finas, pouco ramificadas, de coloracéo avermeinaca, Internédios curtos @ superbrotamento, As folhas apresentam-se pequenas, com pontos avermelhados e@ limbos, as vezes encarquilhados. O florescimento é deficiente ‘A quantidade do calcério a ser aplicada (NC) pode ser estimada pelo método que visa 2 neutralizago do aluminio trocdvel, contorme a expressao: NC (tinal = AI? x 2 Quando 0 teor de Ca*"+ Mg?" for inferior 2 2 cmok/dm?, a quantidade de calcério pode ser calculada pela formula: NC (tina) = AP? x 2 + (2 - (Ca? + Mg?)T 54 Outro método que pode ser utilizado é 0 que visa elevar a soturagao por bases no solo (Vi) até o valor desejado (V:!, de acordo com as exigéncias da cultura. Rosolem et al. (1997), em experimento conduzido em vasos com latossolo vermelho-escuro de textura média, concluiu que, para um crescimente de raiz adequado, bom dosenvolvimento da parte aéraa © aumento de produce, a aplicacdo de calcério deve visar uma saturacdo por bases de 50 a 60%. A novessidade de calcério ¢ calculada pels express’ vi) xT 100 Sendo: S= soma de bases rocéveis (Ca? + Mg? +K"), em cmole/dm®, T = capacidade de troca de cétions do solo a pH 7,0=18 + (H+ AP*H], em emolefdm*: Va= percentagem de saturagao por bases recomendada: V-= percentagem de saturac8o por base atual de solo, calculada pola t6rmula: (100 x S) /T As doses obtidas pelos diferentes critérios citados referem-se a caledrio com PRNT de 100%. Quando o PRNT do caledrio disponivel for diferente de 100%, deve-se cortigir a dose recomendada, utilizando-se a férmula: dose racomendada x 100 Dose a ser aplicada (t/ha) = RANT aocalaats 4 eficiéncia da calagem nio é afetada pelo uso de um calcério calcitico ou dolomitico, desde que a dose recomendade seja aplicada (Brags, 19911. Porém, a escolha correta 6 importante para suprir as necessidades da planta, bem como para restabelecer o equilfbrio catiénico no solo, eventualmente desajustado por cultivos sucessivos. Do maneira geral, recomenda-se o uso de calcério dolomitico ou magnesiana quande 0 teor trocével de Mg no solo for inferior a 1,0 emolcidm? e/ou quando a saturaco desse nutriente na CTC for menor do que 13%. A aplicago do tipo © da quantidade de caledrio indicada pela anélise de solo evita que a produgio seja limitada por desbalancos Autrigionais provocados pela ocorréncia de antagonismo entre os nutrientes. 55 Como exemplo, a disponibilidade muito alta de Mg no solo pode induzir & deficiéncia de potéssio na planta, em fun¢o desses nutrientes competirem entre sine absorcao pela raiz. 0 excesso de calcério pode induzir a deficiéncia de manganés e zinco, principalmente devido & indisponibilidade desses nutrientes no solo, © uso de corretivo abaixo da quantidade necesséria reduz a resposta da cultura a adubagdo, principalmente com f6sforo, enxofre e boro Considerando que os corretivos demandam certo tempo para sua solubilizagao, 0 calcdrio deve ser incorporado com, na minimo, dois meses de antecedéncia ao plantio, lembrando que sua aco depende da disponibilidade de 4gua no solo e da granulamotria do calcério utilizado. No sistema convencional, para melhor incorporacao do produto, quando a dose de calcério for superior a 5 tha, aplicar metade da dose, arar, aplicar 0 restante e gradear. A quantidade de calcério calculada por qualquer dos métodos anteriormente citados é recomendada para a incorporagao na camada de O a 20cm. A incorperagao da dose recomendada a profundicades inferiores a 20cm pode induzir 8 reducdo da disponibilidade de micronutrientes. Por outro lado, caso se pretenda proceder uma incorperagdo mais profunda, deve-se aumentar a quantidade a ser aplicada, de forma proporcional a0 volume de solo a ser corrigido. No Sistoma Plantio Direto jd estabelecido, resultados de pesquisa ‘obtides no Parand tém demonstrado a eficdcia da aplicacdo superficial {sem incorporar) de calcarios. Esse procecimento permite que o teor de aluminio trocével_no solo seja mantido em nivel néo detectével pela anélise quimica, na camada de 0-5cm de profundidade e em niveis ndo prejudiciais na camada de 5-10om. Segundo Sé (1996), a aco do corretivo aplicado em superficie pode ocorrer pelas sequintes formas: a) deslocamento de particulas fines de calcério através do movimento descandente de agua pelos canaliculos de raizes de culturas anteriores @ galerias de organismos (micro, meso © macrofauna); b) deslocamento de célcio no perfil, acompanhado pelos anions nitrato e sulfato, liberados pele minoralizagdo da matéria ‘organica; e ©) transporte de residuos cultursis com particulas de caledrio pela ado da fauna do solo, formando “sitios de matéria ‘organica”. A recomendac3o de calagem superficial adotada no Parana consiste da aplicagdo, em solos argilosos, de 1/3 a 1/2 da dose 56 calcuiada pelo método de saturacdo por bases para a profundidade de amostragem de 0 a 20cm, até o limite de 2,5 wha. Em solos argilo- arenosos @ arenosos, aplicar metade da dose estimada pelo mesmo critério até 0 limite de 1,5 a 2,0 t/ha. Em éreas onde antes da adogio do sistema a acidez foi devidamente corrigida, a aplicagao do calcério deve voltar a ser feita apés 0 quarto ano ou quando se detectar problemas de acidez. 0 crescimento radicular do algodoeiro em profundidade pode ser limitado pele acidez subsuperficial. Esta limitagéo no crescimento radicular € potencialmente importante em regides caracterizadas pela istribuigac irregular de chuva e baixa capacidade de reten¢ao de agua dos solos. A incorporago de caledrio @ profundidades superiores a 30cm 6 limitada por dificuldades operacionais @ econdmicas. Pelas suas caracteristicas quimicas, o gesso apresenta a capacidade de reduzir a saturagao ce aluminio nas camades mais profundas e elevar os teores, Ge calcio, magnésio @ potdssio. Com isso, criam-se condigbes para o aprofundamento do sistema radicular das plantas @ o aproveitamento com maior eficiéncia da égua disponivel, minimizando os efeitos de veranicos. Além disso, permite que as raizes explorem um volume maior de solo e, conseqtentemente, aproveitem methor os nutrientes. Deve ficar claro, no entanto, que 0 gesso nao neutraliza a acidez do solo. A aplicagao de gesso é indicada quando se detectar, na camada subsuperficial (30 a 50cm de profundidade), saturacdo de Al maior que 20% e/ou saturagao de célcio menor que 60% (célculo feito com base na capacidade de troca de cations efetiva). Nessas condigdes, aplicar gesso nas doses de 700, 1.200, 2.200 « 2.300 kg/ha para os solos de textura arenosa (> 15% de argila), média (15 3 35% de argilal, argilosa (36 2 60% de argila) © muito ergiiosa (>60% de argila), respectivemente. © eteito residual esperado 6 de, no minimo, cinco anes. Como fonte de céicio e enxofre, a aplicagio de gesso deve-se restringir as doses em torno de 200 kgiha/ano 3.4. Nutrigao A oxigéncia nutricional de qualquer planta 6 determinada pela quantidade de nutrientes que ela extrsi durante © seu ciclo para a 87 ‘obtengfo de producdes econdmicas. Para se fazer uma adubacio ‘equilibrads, entre outros parimetros a ser considerados, 6 de fundamental importancia conhecer a extraggo tots! de nutrientes, a quantidade exportads (carogo) eo quo fica nos restos de cultura e rerorna ao solo (Tabele 2). TABELA 2. Quantidades de nutrientes extraidos, exportados retornados a0 solo pelo algodosiro com uma populacao de 88,800 plantas e produtividade de 2.500 kg/ha. _N Prd: 0 Ca_Mg SMa Cu fo Zn kai 8 Bas SDDS SO at moneda 182 21088 BOT 2 22 18 «111 Rotornado = «61 310819 ta Fonte: Staut (1996). 3.4.1. Nitrogénio © nitrogénio ¢ © nutriante que 0 algodoeiro retira do solo em maior proporgéo. € fundamental no desenvolvimento da planta, principaimente dos érgios vegetativos. Quando em doses adequadas, estimula o crescimento o florescimento, regulariza o ciclo da planta, aumenta a produtividade e melhora 0 comprimento @ a resisténcia da fibra. Em doses elevadas, verifica-se elevado desenvolvimento vegetetivo de planta em detrimento da produgao e a formagao tardia da carga do elgodoeiro. A resposta da cultura ao nitrogénio esta estreitamente ligada 3 presenca de potéssio no solo. Em ensaios conduzidos em solos deficientes em potéssio, utilizando doses de 30 e 60 kg/ha de nitrogénio, Silva et al. (1974) observaram efeitos apenas sobre o peso de capulhos, que apresentaram aumento de 5%; j em solos bem supridos de potéssio, verificaram aumentos médios significativos de 7, 4 e 3%, respectivamente para peso de capulho, de sementes e porcentagem de fibras. © parcelamento da adubaco nitrogenada, de uma maneira geral 4 a forma mais adequada para aumentar a eficiéncia do uso de nitrogénio pelas culturas e aumentar a produtividade. O momento mais 58 adequedo para proceder a adubag6o nitrogenada em cobertura é varidvel em funcao de fatores como cultura, tipo de solo, quantidade € intensidade de chuves. Segundo Lopes (1996), deve-se parcelar a aplicagdo do nitrogénio om tres @ quatro vazes, principalmente quando 8 aplica doses elevadas (120 150 kg/ha de N}, em solos do toxture arenosa imenos da 16% de argila), em dreas com grande intensidade de chuvas ou quando se cvitiva variedades de ciclo longo. Por outro lado, pode-se parcelar em uma ou duas vezes quando se aplice pequenas doses {40 a 80 kg/hal, em solos de texture média (15 @ 35% de argila) cu argilosa imais de 35% de argila}, em dreas com menor intensicade de chuvas ou se utiliza variedades de ciclo curto. Geralmente. a aparéncia da foihagem fornece boa indicacso sobre o estado nutricional da planta no que se refere a0 nitrogénio, uma vez que a falta deste se traduz em clorose e menor desenvolvimento da parte aérea. Em plantas deficientes em nitrogénio, ocorre ainda diminuiggo de nomero de sementes por capulho. Os sintomas ce ceréncia de nitrogénio s80; clorose uniforme, acentuando gradativamente nas folhas mais velhas, que secam ¢ provocam @ queda prematura das mesmas: menor numero de folhas com limbo © peciolos reduzidos; plantas de menor porte com internédios curtos; numero reduzido ou auséncia completa de ramos vegetativos Iaterais; ramos produtivos curtos e escassos: queda anormal de botdes fiorais, de fiores e de frutos novos; pequeno numero de flores; magas esparsas, posicionadas nos primeiros ramos frutiferos inferiores © maturacao precipitada dos frutos. A anomalia pode atingir Grandes reas, sendo mais frequente em solos intensamente cultivados ou arenosos. 3.4.2, Fésforo 0 féstoro se concentra principalmente nas flores e frutos, sendo considerado 0 principal responsdvel pela boa polinizagao e frutificagao, as plantas. Ac contrério do nitrogénio, que prolonga a fase vegetativa, © fésforo regulsriza a mature¢éo e a abertura dos frutos. Tem como fungo proporcionar bom desenvolvimento do sistema radicular, estimulando a formagao e o crescimento das ralzes, especialmente das secundarias, que tém importante jungdo na absorgéo de agua e Putrientes, Quantidades adequadas de fésforo em forma disponivel no solo aceleram a formago e a maturacdo dos frutos e proporcionam 59 maior resisténcia 8s doengas, por contribuir para a melhor constituigso da célula, Possui relacées importantes com outros nutrientes, contribuindo para methorar o aproveitamento do potés: 0 uso de fésforo na adubacdo, freqlentemente, beneficia o tamanho do fruto do algodoeiro, uma vez que a concentracdo do nutriente nas sementes é quase trs vezes superior aquela encontrada nas folhas, em termos de peso de féstoro por 100 gramas de matéria seca, A maioria das transformages energéticas dos processos vitais, des plantas ¢ realizada custa da interferéncia do fésforo. Este nutriente é rapidamente mobilizado nas plantes e, quando ha deficiéncia, o mesmo se transioca dos tecidos mais velhos para as regides meristemsticas ativas. © féstoro é requerido em maiores proporgdes nos estadios iniciais e 2 absorgao maxima desse nutriente ocorre entre 30 e 50 dias apés a emergéncia, com o pique de absorcao se concentrando aos 40 dias: dai em diente © até 120 dias é absorvido em proporcdes moderadas, reduzindo-se a exigéncia da planta somente depois de 130 dias de ciclo Para 0 algodoeiro, a necessidade quantitativa de fésforo ¢ menor que a necessidade de nitrogénio (Tabela 2). Entretanto, as quantidades de P:0» utilizadas na cultura s8o geraimente mais elevadas que as de itrogénio, em decorréncia da alts capacidade de fixagéo de fostatos nos solos, especialmente os de cerrado e, de maneira geral, os solos argilosos (Lopes, 1984), resultanda, assim, em baixa recuperagao pela planta do fésforo aplicado ao solo. No algodoeiro, a deficiéncia de {éstoro atrasa o desenvolvimento © a5 plantas crescem pouco; reduzem a frutificacdo, retardando a colheita, 0 que ateta a qualidade da fibra; as folhas mostram-se mais escuras @ menores do que as normais ea produtividade ¢ reduzida. Podem aparecer manchas ferruginosas nos bordos foliares, que evoluem para crestamento em casos severos de deficiéncia (Silva et al. 1995). Como tonte de féstoro podem ser utilizados os adubos soliveis fom Agua (superfosfatos @ fosfatos de aménio) ou em Acido citrico (termofostatos e fostato natural reativo). A escola por uma dessas fontes deve levar em consideragéo a necessidade de outros nutrientes (nitrogénio, enxotre, calcio, magnésio ou micronutrientes) @ a relagéo custo/beneficio, tendo em vista o prego do produto @ a diferenca na qualidade da aplicagao entre um adubo cujos nutrientes sdo formulados Fo préprio granulo de fésforo e ums mistura de adubos. Em geral, 0 60 fosfato natural reativo tem demonstrado eficiéncia agrondmica semelhante a0 superfosfato triplo, em éreas com média a alta disponibilidade de f6sforo. Nessas condigdes, 0 uso dessa fonte torna- se interessante pelo seu menor custo por ponto de fésforo total no ‘adubo. Em éreas de baixa disponibilidade de fésforo, 0 fostato natural reativo pode ser usado na adubagdo de correcao, desde que se use uma fonte mais soltivel na adubagéo de manutencdo, 3.4.3, Potéssio A fungao do potéssio na planta parece ser de natureza cataltica, mas 6, também, considerado essencial para diversas funcdes vitals da planta. Participa direta ou indiretamente da fotossintese © da respiragSo. A sua ago caracteriza-so por ser ativador de um grande numero de onzimas; regula a turgidez do tecido, 3 abertura, 0 fechamento dos estématos ¢ o transporte de carboidratos: contere maior resisténcia as pragas @ doengas © ao acamamento e produtos de melhor qualidade. © uso de doses adequadas de K20 ne adubagéo do elgadoeiro aumenta 0 niimero de mags com maior didmetro, 0 peso de capulhos @ 0 peso de 100 sementes e reduz 0 némero de macs atacadas por progas © doengas; conseguentemente, observa-se_ aumento considerével_na produtividade (Staut, 1996) Com relago & qualidade da fibra, © potdssio, por proporcionar a manutengéo da folhagem € regularizar 0 ciclo do algodosiro, dando condigdes para maior deposi¢so de celulose nas paredes internas da fibra,melhora acentuadamente 0 indice Micronaira {finura + maturidade). © comprimento médio de fibras 4, no geral, menos beneficiado. No entanto, 0 némero de fibras mais curtas (uniformidade de comprimento) diminui, formendo fibras de melhor qualidade, dando origem a fios mais resistentes (Silva et al., 1994). Segundo Silva & Carvalho 11998), em solos com bom teor de f6sforo © algodosiro responde mais positivamente 4 adubacdo potéssica, se estiver bem nutrido de célcio e magnésio. A resposta a adubagdo potéssica depende estreitamente da relacdo entre 0 teor de calcio mais magnésio e de potdssio existente no solo. Quando a relago (Ca+Mgl/k for igual a 10, 2 planta néo responderd as ‘adubagdes com potéssio, Quando esta relacdo for igual ou maiar que 61 36, haverd maior probabilidade de resposta & adubagao potdssica om presenca de teores adequados de outros nutrientes, inclusive o fésforo. © potdssio 6 requerido em maiores proporcdes em dois periodos: do ciclo do algodosiro: © primeiro entre os 30 a 50 dias apos a emergéncie e 0 segundo por volta dos 90 dis; no final do ciclo, a absorcao redurida @ aumanta-se a translocagio do mesmo para as sementes, Plantas deficientes em potdssio ndo conseguem usar 4gua ou outros nutrientes de solos eficientemento © so menos tolerantes a ostresses ambientais, tais como secas, excesso de Agua, vento @ temperaturas altes e baixat No algodvsiro, @ deticiéncia de potéssic ¢ caracterizada pela clorose entre as nervuras das folhas do “baixeiro” que evolui para o bronzeamento. Com o desenvolvimento dos frutos, os sintomas se deslocam para os “ponteiros”, enquanto as folhas mais velhas comegam a secar € a cair. As plantas carentas apresentam ciclo curto fe queda de praticamente todas as folhas, sendo que a maturacSo dos frutos 4 antecipada e muitas magas ndo se abrem. Em casos severos, & seca ¢ to intensa que es plantas parecem ter sido queimadas pelo fogo {Silva et al., 1995). 3.4.4. Célcio ‘Tem papel importante no metabolismo do nitroganio e no poder germinativo das sementes. Elemento constitutivo da estrutura vegetal, 2 qual empresta solidez, Relativamente imével, nao se redistribui com facilidade no vegetal; por isso, a caréncia desse nutriente no solo pode provocar na planta anomalias que se manifesta principalmente nos 6rgaos mais novos. Apesar de ser um nutriente bastante exigido pelo algodosiro, 3 deticiéncia de célcio no & muito comum, mesmo em solos dcidos ou arenosos, Merece destaque especial a importancia que o célcio desempenha no crescimento radicular, através do seu papel na divisdo 8 slongagao celviar Sintomas de deficiéncia de célcio esto asscciados a solos extremamente pobres @ Acidos; am condigdes de campo, raramente so observados. Nessas condicées, no entanto, as plantas paralisam 0 crescimenta, seguido de murchamento das folhas, curvatura e colapso de pectolos, fato que resulta om olevada destolha. As poucas folhas 62 remanescentes tornam-se avermelhadas. O desenvolvimento radicular prejudicado, podendo ocorrer apodrecimento, O ndmero de flores também 4 reduzido @ a queda de magas é muito intensa. 3.4.5. Magnésio © mognésio 6 pouco exigido pelas plantas. Consideranda que 3 disponibilidade de magnésio é satisfatoria na maioria dos solos, a deficiéncia desse nutriente ndo 6 muito comum. Entretanto, podem surgit problemas com 0 suprimento de magnésio nas situacdes: 8} em solos Acids altamente intemperizado: b}_ em solos arenosos: ¢) em solos cuja acidez vem sendo corrigida com calcério calettico: € d)_ om cultivo com adubacées pesadas de potdssio Até o florescimento, 0 algodoeiro absorve relativamente pouco magnésio; posteriormente ele retira do solo cerca de 75% da quantidade total removida, sendo que 65%, aproximadamente, 6 absorvido apds a formagao das magas. Da mesma forma que o céicio, disturbios nutricionais com magnésio ocorrom com frequéncia em solos dcidos. As plantas dosenvolvem-se lentamente, surgindo nas folhas do “baixeiro” uma clorose internerval que, de modo rapido, evolui para um vermetho. purpura, que contrasts nitidamente com o verde normal das nervuras. Os sintomas evaluem para as folhas mais novas, enquanto as mais velhas afetadas caem rapidamente. Resultam em plantas pequenas e pouce produtivas. Confunde-se muito com 0 problema do “vermelhio”, doenga causado por virus @ transmitida pelo pulglo. Nesse caso, 4 coloragao avermelhada das folhas é desuniforme (manchada) © n3o corre de modo obrigatério no “baixeiro” das plantas; a doenca, que muito freqlente, induz a deficiéncia de magnésio. Qutro tipo de amareiscimento e vermelhao, que pode se confundir com a deficiéncia de magnésio, ¢ causado pelo ataque de broca-da-raiz. Esta anomalia & acompanhada por murchamento das folhas @ pela prosenca de galerios feitas pelas lagartinhas do besauro na regido do coleto que, freqiientemente, provoca a quebra do caule e o tombamento da planta atetada. Outro vermeth3o semelhante, que ocorre em reboleiras na lavoure, & devido ao dcaro rajado, que so inicia entre as nervuras @ proximo a elas, em reboleiras na lavoura, sendo que a presenga da 63 praga pode ser observada no verso da folha atacada (Silva et al., 1996). A principal fonte ce magnésio € 0 calcério magnesiano ou dolemitico. Contude, em éreas sem limitagdes por problemas relacionados & acidez de solo, o nutriente pode ser suprido na forma de 6xido ou pela aplicagao de termofostatos. 3.4.8. Enxofre © algodoeiro requer um suprimento continuo de enxofre e em solos de baixa fertilidade responde bem & aplicag8o desse nutriente, Apés alguns anos de cultivo, com calagem e adubagdo com NPK, podem surgir sintomes de deficiéncia dese elemento, uma vez que no solo 0 mesmo forma pares iOnicos com célcio, magnésio e potassio e tende a movimentar-se para camadas subsuperficiais.. © maximo de absoredo de enxofre pelo algodoeiro ocorre em torno de 50 dias apés a emergéncia, quando se concentra o aparecimento dos botdes florais das plantas; apés esse periodo, 2 absorcao ¢ diminuida, voitando @ subir aos 80 dias. As plantas deticientes apresentam crescimento prejudicado, com poucos ramos vegetatives e com clorose uniforme em folhas novas. Diterencia-se da caréncia de nitrogénio pelo fato de 0 amarelecimento ser restrite, no inicio, a8 partes jovens (ponteiros) das plantas, onde pequenas folnas séo verde-ciaras, brilhantes, com aspecto semelhante a0 das folhas novas dos citros (verde-limao). Hé queda excessiva prematura de formagdes jovens e de foihas, diminuindo o ciclo da planta: 3.4.7. Boro Dos micronutrientes exigidos pela cultura do algodoeiro, o boro um dos mais importantes. & de absorcdo répida, porém com translocacgo lent, Quando aplicado as folhas, tende a se scumular, podende atingir niveis t6xicos. O limite entre a toxidez @ a deficiéncia 6 muito estreito. Geralmente, © boro ndo ocorre em altas concentragdes na solugdo dos solos cultivados, a menos que tenham sido realizadas. adubagdes pesadas. Portanto, deve-se ter 0 cuidado com aplicagées foliares excessivas. 64 Sua deficiéncia é aumentada em presenca de calagem excessiva 2 em solos pobres em matéria organica, principalmente em regides sujeitas a periodos de chuves intensas @ solos arenosos. Nessas condigdes, torna-se interessante o uso de adubos de menor solubilidade, como a ulexita (8% de B), pois o uso de fontes soliveis, como 0 bérax {11% de B) 04 0 dcido bérico (17% de B) podem suprir planta no estédio inicial do seu desenvolvimento, mas resultar em deficiéncias na floracao. Em condicdes de baixa disponibilidade no solo, deve-se preterir as aplicagdes por ocasio da semeadura, uma vez que as plantas se ressentem da falta de boro jé nas primeiras fases de desenvolvimento. Em solos pobres em boro, os sintomas de deficiéncia podem aparecer no inicio do florescimento do algodoeiro, manifestando-se como manchas isoladas na lavoura, plantas com ponteiros clordticos & folhas novas disformes © com limbos enrugados. Os botdes florals apresentam-se levemente detormados, as bricteas so clordticas podem envolver totalmente @ corola atrofiada. As pétalas crescem menos, dobram as extremidades para dentro e apresentam manchas pardas na face interna. O “baixeiro” das plantas, no entanto, tem coloragdo verde normal em contraste nitido com a clorose do “ponteiro” Qs frutos geraimente s30 menores, disformes e com trequiéncia apresentam descoloracao (mancha escurecida) interna em sua base. Ocorre quede excessiva de botdes fiorais, de flores @ até mesmo de frutos novos. As plantas afetadas costumam apresentar crescimento do caule principal em zigue-zague, internddios curtos e nimero anormal de brotos novos (superbrotamento}. Em caréncias mais severas, corre rachadura do caule nos nés, com exudagdo de liquido e morte do “ponteiro". Em pleno periodo de frutificagdo podem aparecer anéis concéntrices, mais escuros e pilosos, nos peciolos de folhas maduras, com correspondente escurecimento interno da medula. As plantas tebrotadas tém o ciclo prolongade, o que prejudica a operagdo de colheita mecénica. Quando a enomalia ocorre no inicio do desenvolvimento, surgem plantas bilurcadas pelo dano causado aos “ponteiros”, aspectos semelhantes ao proporcionado por ataque de tripes. O superbrotamento devido @ deficiéncia de boro difere da conhecida ramulose, uma vez que essa doenca pode aparecer cedo na lavoura e ¢ acompanhada de manchas pardas, estreladas, nas folhas novas que, ao secarem, deixam 05 limbos perfurados. 65 3.4.8, Mangands Sob condigdes de campo, a deficiéncia de manganés aparece quando 0 solo originalmente apresenta baixo conteido deste micronutriente ou apds adicao de quantidades muito elevadas de corretives de acidez do solo. Os sintomas aparecem primeiro nas folhas novas do “ponteiro”, como ume clorose internerval e dobramento do limbe foliar, com as nervuras permanecendo bem verde. Como a disponibilidade de manganés esté bastante relacionada com o pH do solo, em condicao de alta acider pode-se tornar téxico. Os sintomas de toxicidade nas plantas ceracterizam-se por clorose mosqueada no limbo, com pontos necréticos entre as norvuras, © as folhas apresentam-se enrugadas e distorcidas. 3.4.9. Zinco Segundo Hinkle & Brown, citados por Quaggio et al. (1991), os sintomas de deficiéncia de zinco no algodoeiro ocorrem mais freqientemente nas folhas, que se apresentam menores do que as normais, com clorose internerval espessa e com bordos dobrados para cima. Os I6bulos das folhas novas podem se alongar, tomando aspectos de dedos, Plantes afetadas precocemente apresentam internédios curtos, tornando-se enfezadas, atrofiadas; quando a deficiéncia ocorre tardiamente, 0 porte é normal, mas as folhas revelam clorase @ os frutos ndo se desenvolvem a contento. Embora nem sempre 0 uso de elevadas doses de calcério conduzam a problemas com zinco, a utilizagao de solos de pH elevado a prética da calagem em solos acidos tém sido relacionadas como influentes fatores de disponibilidade do micronutriente. Em solos écidos corrigidos por calagem e adubagdo mineral, a omissio do micranutriente chegou a deprimir em 28% a produce do algodoeiro {Mcclung et al., 1961) 3.5. AdubagSo de manutencio 0 fésforo @ 0 potéssio devem ser recomendados em fungio da andlise do solo. As Tabelas 3 e 4 indicam as doses a ser usadas na adubagao de manuten¢éo pare Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, 66 respectivamente, visando produtividade ao redor de duas toneladas de algodo em carogo por hectare. TABELA 3, Doses de fdsforo @ de potéssio usadas na adubagao de manutengo do algodoeiro em Mato Grosso do Sul. Prresina POs K CTC ou T (emolidm) 38 K20 (kgihal 100 0-0,07 60 60" 80 0,08-0,75 60 60 60” 60 0,16-0,30 40 60 60 40 0,31-0,60 20 40 60 20 >0.60 20 20 40 (1995). *Complementar com cobertura de 26 kg de K:O/ha. CTC ou T = capacidade de troca de cations a pH 7,0. Nota: mgidm? = ppm; emolc/dm? = meq/l00 em*. TABELA 4. Doses de féstoro @ de potdssio usadas na adubacdo de manutencéo do algodoeiro em Mato Grosso. K 1 Monit pH (em gual femokidm’) CTC ou T lernok/den) magia 88 5, ~~ ~~ Pas tkg/hal K20 (kg/ha: <5 70-80 60-70 50-60 <0,10 40.50 50-60 60-80 610 60-70 50:80 40:50 0,10:0,20 30-40 40-50 50-60 11-20 60-60 40-60 30-40 0,20-0,30 20-30 30-40 40-50 >20 40.50 30-80 20-30 50,30 20 20-30 30-40 Fonte: EMPAER-MT (7991) CTC ou T = Capacidade de troca de cétions @ pH 7.0. Nota: mg/dm? = ppm; cmok/dm? = meq/i00 cm?. © nitrogénio deve participar em dose minima (10 a 15 kg de Nina} na adubagdo bésica, Com relado ao enxofre, por falta de informagées experimentais quanto as snélises de solo e de planta, é conveniente uma aplicago em dose minima (20 a 30 kg de S/ha), no 67 plontio; para tanto, hé nacessidade de uso de adubos nitrogenado e/ou fosfatado que 0 contenham. Na impossibilidade de ser aplicado na base, 0 enxofre poders so” aplicado em cobertura, juntemente com o ritrogénio, através do use de sulfato de aménio. A adubaglo de manuteng4o representa, no caso dos micronutrientes boro # zinco, a forma mais eficiente de fornecimento. ‘As doses de boro, zinco o enxofre usadas na adubacdo do algodosiro fencontram-se na Tabele 5. TABELA 5. Doses de boro, zinco @ enxolre usadas na adubagio do nigodoeiro Faratanns Nutrionte Modo de nei Fonte tkg/ha) toieecto Me Boro Suleo de olaniio 9.51.2" 4.5.10 Borax Zinco ——Suleode plano. 45-5, 20-24 Sulfaw de Znco Sate seein 35-30 104-128 Sulfate de Améoio Fonte: EMPAER-MT (1981); "Silva ot al. (1998), * As maiores doses reterem-s0 20s golos de Cerrado. As recomandacées da pesquisa devem ser consideradas como orientagées, mas nBo como quantidades rigidas © imutéveis. A do técnico que atua na regido, 0 histérico da area e 0 conhecimento da cultura @ ser implantada, a disponibilidade de capital do agricultor, entre outros fatores, deverao ser considerados, antes da tomada de deciséo sobre as doses de calcério ¢ adubos a serem aplicadas sobre uma determinada érea. A andlise de solo ¢ um instrumento valido nas tomadas de decisées, mas é apenas um componente de um complexo sistema (Lopes, 1984) 3.6. Adubagso de cobertura Grande nimero de resultados experimentais de campo tam demonstrado @ possibilidade de se relacionar a resposta do algodoeiro 3 nitrogénio com a intensidade do uso da terra. Desse modo, Silva et al. (1995) recomenda complementar a adubagao basica com a aplicagao ‘em cobertura de: 68 a} 30 a 80 kg de N/ha, em solos intensamente cultivedos © adubados, ou desgastados e erodidos; b) 20 a 40 kg de N/ha, em solos dcidos ou em vias de corregao, moderadamonte adubados; & ¢) 15 a 25 kg de N/ha, em solos de derrubada recente, ou em pousio prolongade ou, sinda, apés rotacao com leguminosas. A época mais adequada para a cobertura é entre 30 2 40 dias ‘ands @ emergéncia das plantas. Quando a dose requorida for maior que 20 kg de N/ha, am solos arenosos, e maior que 30 kg/ha em solos argilosos, @ adubagéo deve ser parcelada. Nesse caso, aplicer 2/3 da qusntidade na primeira cobertura e o restante apés 0 intervalo de 20 dias. Doses mais elavadas de nitrogénio podem ser usadas em solos arenosos, em anos ou locais muito chuvosos quando as plantas crescem pouco. Adubscées tardias tentem a prolongar o ciclo do dificultando © controle de pragss tardias e atrapeihando 4 dos trutos. Na primeira cobertura, deve-se aplicar o adubo nitrogenado em filete ao lado das plantas, distante cerca de 10 a 20cm. Na segunda, no hd necessidade de precisar 2 colocagéo do fertiizante, uma vez que o sistema radicular das plantas jé esté bem dasenvolvido. Dor preferéncia, em qualquer dos casos, a solos Gmidos, evitando, no entanto, ocasides muito chuvosas, devido a0 risco de perda do nutriente por lixiviagao. Em solos arenosos, com baixe CTC etetiva, muito permedvels ou intensamente cultivados, 0 potéssio pode ser colocado de forma parcelada, principalmente quando as doses recomendadas forem superiores a 60 kg/ha; nessa situo¢do, efetuar a aplicagdo em cobertura, conjugada a de nitroganio. 3.6.1. Pulverizagéo foliar © boro & prontamente assimilado pelas folnas do algodoerro, devendo ficar claro, porém, que esse tipo de adubagio no tem a mesma cficiéncia que os métodos tradicionais. Recomenda-so 3 oulverizacdo foliar spenas como medida corretiva de deficiéncias, caso estas aparecam durante 0 desenvolvimento do algodosiro, Borax @ Acido bérico so os produtos mais comuns no mercado, para fornacerem boro, cuja concentragdo néo deve exceder 0,2 kg de Byha, por aplicacdo, Os adubos boratados dovem ser aplicados @ baixo 69 volume, em pelo menos trés vezes, espacadas de cinco a sete dias, durante o florescimento (Silva et al. 1995). 3.7. Referéncias bibliogréficas BRAGA, J.M. Aspectos qualitativos do calcario. Informe Agropecustio, Belo Horizonte, v.15, 0.170, p.5-11, 1991 EMPAER-MT (Cuiabé, MT). Dirotrizes técnicas do slgod8o: regio Cerrados, Cuisbé, 1991. 45p. (EMPAER-MT. Diretrizes Técnicas. Algodéo, 2) LOPES, A.S. Guia das melhores técnicas agricolas. Séo Paulo: ANDA, 1996. 27p. 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