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2 gloria dos sistemas econdmicos no capitaistas. In: GRAZIANO da ; ‘Aquestio agritia.. Sao Paulo: Brasifense, 1981, p. 123163, Geografia Agraria |~ Profa. Dra, Valeria de Marcos Texto 16 ~ item 4.2 (2) aula 8 SILVA, J. @ STOLCKE, V. CHAYANOV, A.V. 5 Weber, Engels, Lenin, Kautsky, Chayanoy, Stalin A QUESTAO AGRARIA Organizadores; José Graziano da Silva, Verena Stolcke Tredusso: ‘Eégard Afonso Malagodl ~ Sandra Brzola Jost Bonificio de S. Amaral Filho brasiliense p. Sobre a teoria dos sistemas econémicos n&o capitalistas* Alexanider V. Chayanov Na moderea teoria da economia nacionel tornou-se costume ‘penser sedor os fonSmenos econ rego © outras categories — formaramse dentro do nora buseada no trabelho assalarindo, que busca oe (ou se & quantidade méxiioa da parcela de rende de produgto eos pos (nto capitalists) de vida eso as quesides bésices da economia ‘modems eno spreseniam, portant, interesse tric. No que dis tespitod inegavel deminknta do capital ficelicetro < ‘ercantil no coméreio mundial ¢ a0 inegtvel papel que desempetha ‘8 organizepto atual da economia mundial, temos que scsiar esta Altima tese. Mas de mencira nenbuma deveros estender su aplcayao 8 todos os featmencs de nossa vide econdmica, Nio eonseguiremon rogredir no pensemento econfmico unieamente com as calegoras ‘caplialistas, pols uma hgea muita vasta da vida econtmlca (a maloe si prlot Seni deS, Amara Fo «pct eto dts 27 ¢fPatantEeonag, Rita Divi ia Thom, Bude Keay FSi Duran sobre le Suton wer, EL | CR pa Rn a Na ae aC ee ae a we KK eC ae a ALEXANDER V. CHAYANOV arte da esters de producto agririz) battia-se, no em uma forma | capitalist, mas nama forma intsiramente diferente, de unidade eco. snfmica familiar nto asalarieda, Esta unidade tem me ‘specifics para a atiidade econdmics, bem como uma ‘economia nscional, se quisermos realizar uma anise teérica de nceso ppassado econtmico. Os recentes sistemas de servidio na Russia e escraviddo nos Es tados Unidos colocam a questto da aplicsbilidade do pensameato coo. ‘shmico contemporineo (capita, juras, renda econtmics, salaries) Saldsis, como categoria ecoabaaica no sentido moderno da pal sido claramente ausentes dos sistemas scima menecionados; ¢ 0 cone \eiido tebcieo costumeiro de outras eategorias de n sémisos desaparece juntamente ests observagto: oma ‘ora categoria, interamente desconhecida para a tcorla moderne: ‘oprepo dos escravos, Encontramo-nos numa posiglo ainda meis diffe no que diz ‘espeito aos sistemas eeontmicos dos poves primitives. Neses sh luma categoria bésica como o prego de mercado (fundame ‘20480 pensamento tebrico)freqQentemente ato existe. Aq) ‘urs ecantmica do colonato romano, bem emo a da econst smo em relagho h Idade Média, teriamos difieul- dade de analisar a formagio dos pregos com aossos conhecimentor stuais. Como, por exemplo, atribuir um prego ace Produtos que 0 seabor feudal exige como pagamento em espécie, e que exporta para ‘serem vendidos em mercades remotos? (1) As expres unidade conte asin, wsdadeeontica de wablho, sida conic batho lanier uninde ecb foam emt rigs, mexine quando ea cae ‘canbe de ala angenesa on are ‘tl apa tatho de ees propo AQUESTAOAGRLAIA bs ‘A escola histbrica alert tem sem ddvida o enorme mérito de ter it sado econtmico (sobretedo o romano-germl- deter revelado detathadamente sua morto- righ tho completa ¢ exata como essa é se nos proporeionar uma teoria dos fatos econdmiens desori No entento, a cineia econtimica necesita urgentemnente de uma anklsetebrica de nosso passado exondmico; pare ceda um dot pos ! econdimices que em parte descrevemos deve ser construldo um sistema econtmico correspondents a sues caracteratices peculiares, Creio gue ‘ pesquiss neste sentido, ainda que pareea uma coleta amadorfatica de antighidades, podet i ‘pars os objetivos puramente priticos da politica eeondmica. Pois nto 80 tipo de unidade econtmica de trabalho familiar (que iremos ei mais adiante de maneirs detalhada) buiria mais para a pot ‘entrada da econcmia do Zambeze no le evontmicas da moderna escola de Manchester, Lamentamos que nem Aristbteles nem outros eseritores antigos tenbam i como entendemos idade econtmica que o& rodeava. Os emportineos do regime feudal, freqlentemente «dos nos problemas econtmicos; mas, como sa- lcaram toda a sua aten¢o 20 aspecto étco da vida econd onesa ¢ chinesa, ndo podemos julzar 0 estado de suas tea ‘ebricas de expicar formas passadas da vida ecormi @pocas passadas nko desenvolveram teorias ace ‘econ6micos vemo-nes compelidos a tentar constr meat, retrospective: 16 ALEXANDER V. CHAYANOW Categorias econdmieas e economia natural Sabemos que a chave para entender vida econdmisa ia €w seguinte formula, para caloular a lusraide nsiderads Tucratva se sua iceita brute | RB, apbs deduce capital ceulane adiantado (ou sj, a8 spe fas aiais com materials DM, ea dspesas com sli DS), proper | ‘Zona uma soma S igual ou toe que todo o capital C(eonaante Suos,eleulada segundo taxa (a), pred tnnnte no pur nse mane | RB—(DM+D8)>C. * 100 “odor o tiuls da economia ‘erie partem, expla o tas cama dst formula, Os ements desea ormula oval de woes frog de mereao) da Fcela brats eds despess materia o sls, [eSllcos sobre o capital — alo slo neste ego guaisquer magaitades ‘Silt deur evnomaprvada, as feadoeor fondamertals de tine srdem soul eeconnic, © coteodoe a arta da eraomia 4 txptongo cnc deste festmonoe fundamen, ‘Ceol econ du sociedad expt dea um som | leno tera Ge entegoran economics nseparavelmente vncladas Ewe a proe cptc sli, jor, remy detrminanse ans $0 | guow, eo fi Mepeadeica Se um erento cst | Sitema €reteado, todo eielo dtaba. Na susecia de qualquer Genta ceepias econbmicas, tolst 48 derais perdem seu caster ficoe seu contéude conceitual, ¢ nem sequer podem ser definidas | nko se pode aplicar em seu significado he orias esontmicas acima mencionadss a uma gue no possua a categoria preco (todo sistema de ‘dudes baseadas na economia natural que serve exclusivamente pare lisfazer as necessidade das familias ou grupos trabathadores), Num ia pele [AQUESTKO AGRARIA ‘Aqui s6se pode calcula (medie) a quantidede considerandosse & | exionsto de cada necessidade nica: 6 suflciente,€ insoiciente, fata fal ou gual quintidade; é este 0 cflculo que se fsz agul. Devido & flexi | bilidade das proprias necessidades, este célculo nko necessita ser muito dxate, Portanto ado se coloca a questio da lucratvidade corparada jversos dispndios: por exemplo, se seré exais lucratird ox Yanta- | ‘canhamo ov pastagem. Pols estes produtos vegetal nfo cafes a nao posem sibstair um ao out, to s¢ pote | tplicar uma norma comum a eles. Assim, toda a ciéncia evandmica da economia natu, sia con: cepgto de que € econdmico e Iueratvo, assim como as estan “eis” que dominam sua vida social, sBo, como demonstraremos mais aint, ‘lito diferentes em cardter dak {déias e principips blsicos de nossa Ciencia econbmaice habitual, como costumam ser apresentadas not Ghanuels de economia. Somente com o desenvolvimento ds wma eco- fhomia de troca e monetésia a diecKo perde seu carkter qualitaiv. va quantidade ovupa o primeiro plano: € & ‘guantidede, que pode adquiris ama | preccupacto por ober forma qualitative qualquer, stravés da troce. A medida que se desen- jagto do cinbeiro (naturera mercantil da eoo- jade vai-se tornando casa vex mais independence da (Qualidade, Comesa a adquirro valor abstrato de ser independente de gorias, se tinioolevado em consideragho pela ‘Um desting semethante ameaga a economia tebrien, © qualquer ) cutee categoria & ‘aploragho agricola familiar, a familia, equipada com meios ‘emprepa sua forsa de trabalho no cultivo da terra, ¢ resultado de um ano de trabalho certa quantidade de ples observagdo de estratura interna da unidade de tre 1 & salisiente para compreender que € impossive, sem & Bs ALEXANDER V. CHAYANOY i AQUESTAO AGRARIA ae ‘categoria salérios, impor a esta esiratura a lucto Kquido, a renda © 0 [2 < \ de suto-exploragto € determinado por um peculiar equilibrio entre & Jaro do capital, come categorias econtmicas reals, no sentido capita: | setstsio da demands familiar ¢ a propria penosidade do tre , lista ds pal Cada ruble adicional do erescente produto do trabalho familiar ‘Com efeito, 0 camponés ou artesto que dirige sua empresa se pode ser considerado de duas maneiras: em primero lugar, do ponto trabalho page reeebe, como resultado de um ano de trabalho, um e vista de sua importincia para o consumo, pars satisfazer 28 oeces Guantldade de produtos que, depols de trseada na meresda, representa sidades dn familia; em segundo lugar, Co ponta de vista da penosidade © produto ‘bruto de sua wnidade econtmica, Deste produto bruto cum gus fol cbtido, Cevidente que com o aumento de producas chtida ddevemos dedurir uma soma correspondente ao dispendio material por trabatho &rduo diminui a avaliagto subjetiva do significado de cada ‘ecessirio no transcurso do ano; resta-nos ent 0 scréscime em valor ‘ovo rublo para a consumo: mas a penosidade do irubalho pare ganhé- dos bens materiais que a familia adquiriu com seu wabalho durante 0 lo, que exigirh uma quantidade cade ver malor de auto-exploragto, ano ou, para diztlo de outra maneits, o produto de se trabatho, Este sumenterd, Enguanto nko se atlngir 0 equilirio entre os dois elemer produto do trabalho familiar € a dnica categoria de tends poss tos que estto sendo avaliador (ou seis, enquanto a pencsidade do para uma unidade de trabsiho familiar camponess ov artesanal, pois tuabalho for subjetivamente estimada como inferior & importincia das Ifo existe mancirs de decompt-ta analitice ou objetivamente, Dado necessidades que o trabalho suportado satisfaz), a famifia que irabalha que nto existe 0 fendmeno socal dos salérics, a fend sem utilizar trabalho pago tem todo tipo de motives para prosseguir em “Tero guide também est ausente, Ass sua atividade econdmica, Quando atinge este posto de equilibrio, ‘apltaista do iuero. iavat trabathando, j4 que todo ‘Naturalmente, deve-se acresoantar que ese indivsivel produto do ‘de suportar, trabalho nem sempre serd 0 mesmo pars todas as unidades econémieas familiares, Variacd segundo a situsgdo do mercado, 2 loelizagho da unidade relativamente aos mereadee, a ¢i rodueto, o tamanhoe a compesiglo da fa ‘otras consdigtes de producto da Unidade eco mas, sev, N. P. Makaroy e B, D. Brutskus, demonstrou que este ponto de cequiltbrio bastante varidvel. Ealcangado da seguinte maneira: de um lado, pelas con: situagto de mercado, e pel mereados (que determina o gr ‘temanho e composigdo da familis a preménci que determinam a avaliagto do consumo, Assim, por exem seréscimo de prod tengo da mesma quantidade de progutos com menos trabs permite unidade econtmics aumentar sua predugto © plenamente a demanda familiar. Por outrolado, numa economia fam a impor. a para o consumo, Isto faz com que o-de-obra familiar, de modo que © ‘qualidade de terra e iea. Mas, como vere- ‘produgio, nfo & por sua natureza ou quantidade idéatico & ren \errs ou 20 juro sobre o capital da economi ‘A quantidade do produto do trabalho ‘ments pelo amanho e« composigdo da familia trabalhadora, o msmero ‘de seus membros capuzes de trabalhar, e, além disso, pela produtivi ‘dade da unidade de trabalho e — isto & especialmente importante — pelograu de esforgo do trabalho, o grau de auto-exploraglo através Jo {qual os membros rabalhadoresrealjzam certa quantidade de nidedes de trabalho durante o ano, feterminada principal: Partindo da natureza da consideragto fundamental acima des- ‘exploragdc familiar tem que utlizar a situagdo de mercado e as ‘condigtes naturas, de maneira ta que the permitam proporcionar wm quill juntamente com 0 mais levado nivel de bem-estar possvel, Isto se consegue latroduzingo na estrutura orgh: Grau de exploragio © equillbrio incerno Exaustivos estudos emptricos das explorastes camponesas na Risa e outros pafses nos permitem estabelecer a seguinte tse: o grau. 1 ALEXANDER V. CHAYANOY nica da granje uma aplicarto de trabalho que prometa o mais elevado rendimento possfel par unidade de trabalho. Assim, o cileulo aritmético objetivo do méxime luero liquide Possivel numa dada situacto de mercado no determina se se eceiterd (94 alo uma acio ecandmica, nem a atividade tote! da unidade econ’. rice familar; isso se realize através da comparagho econtmmicainteraa de avalasbes subjetves. & vetdade que se concede uma certaatengio | fa condigbes objetivas pardculares da uuldade econDinice, ‘Uma unidade econtmice que opera com os priaepios esbocadoe, cima ndo é necessariamente extravagante em sua conduta econbmi pois geralmente os objetivos que proporsionam o mais elevado rea ‘mento do trabatho por unidade de trabalho aplicads, ¢ 0s que garet- fem 0 mézimo iucro Uquido possivel a uma unidade eapitalsta, 340 sproximadamente os mesmos. Mas alguns estudos empiricos demons. team que, em inimeros casos, as peculiasidades estruturals da explo- rapho familiar camponese abandonam a conduta ditada pela formule costumeita de efleulo capitalista do ucro, exemple, fem de pagar o aumento do pr uma diminuigto do rendimente por © professor E. Laur, por exer ‘com pouca terra, Estas gran tum grande prejutzo do rendimento por unidsde de trabalho, mas ‘inham a oportunidade de utilizar plenamente sua capacidade de tra batho, mesmo oas parcelas menores,e de sustentar suas familias, Do mesmo nas granjas do Norte e do Oeste da Rissia soment, de batata e de cénhamo, que costumam set ‘sumentam assim o produto bruto da familia exploradora. AQUESTAO AGRARIA Dito de outta maneira: ume emprese captalstas6 pode wumen. | tar sua intensidade além do limite de sua cepacidade Gtima sta propria ' situaglo elterads de mercado ‘mesmo sem esta alterato na situaco de mercado, simplesmente pela |. bressto das fogs intenas da unidade, qoase sempre devido wo tata tho da fanlin yer desfavoravelmente proporcloual & extousho de terre ‘culuvads, As ceracteristices peculiares de unidade eamponesa de tra: ‘alo familar, acima menclonada, se lazem seni inevitarelmente ‘obtida apts deduzir do rendimento bruto os custos matriais de pr duglo, 05 salirios © 0 juro costumeico sobre o capital, nto pods ‘ausentes. NBo obstante, os fatores usuals de formasto da rena, como ‘um melhor solo e umd melhor localizagko em relagdo #0 mercado, certamente também existem para 8s unldades econtmicas de trabatho liar que produzem artigos para o mercado, Seu eleito tem de ser 0 Segundo os protessores A. N. Chelintsey e N. P, Makstov, exte | {tor renda, que se expressa como um aive! de prosperidade um ry ALEXANDER V. CHAYANOY 0 prego da terra Se o arrendamento de terra € um mercado Hite de terta se snstineas, naturalimente a capitalnagto da inar os pregos da terra, jd que a propria cate- fora de renda (al como 4 enlendemos aualmente)n8o existe. NBO ban‘, mim mercado moneldsio de terra as propriedades ato mue dam de mos sem paghmento, Assim, deparamo-nos com o problema | de tabalhior © que determina o prego ds trea? Quanto a granja camporesa pode page? | pela tera? Por quanto venderd? uunidade familiar de trabalho, Este mos! ‘campras de terra s6sBo claramente va "As exploragdes camponeses que possuem uma considersvel ‘quantidade de terra, ¢ por isso estdo em condigtes de utilizar toda a) forga de trabalho feraiar num grau timo de intensidade de cultivo, lo necessitam arrendar nem comprar terra. Qui terra thes parece irracional, jf que no aumenta a prosperidade da! familia, mas diminui seus recursos. Se uma familia 6 pode dispor ‘uma pequena parcela, que Ihe permite utilizar apenas parte da capaci ddade de trabalho existente, a aquisio de uma nova parcela para utilizar a forga de trabalho nfo empregeds 6 extremamente im lante, porque the permite aproximar de éiimo a intensidade da uni dade, ¢ utilaar as horas de trabalho anteriormente perdidas vidade forgada. Em ambos os casos, o aumento do uunidasle de trabalto, com a conseqiente elevacte do nivel de prospe- Fidade, pode ser fo importante que leve a unidade faraliae a pagar 0} arendamento, ou compra, com uma boa parcela do produto bruto | btido na drea recém-adquirida. \ odemos mesmo afirmar, a despeito do aparente paradoxo, que ‘quanto mais a granja eamponesa estiver disposta a pager pela terra, ‘menos ela jf possul e, portanto, mais pobre é, Coneluindo, devemos | considerar que o prego da terra, como categoria objetiva, depende da situagho existente no mereado de terra, ou seja, de extensto e urvéacia dda demanda por terras entre camponeses com pouca terra, e do ni- merode ofertas de trrasdisponiveis por uma outra raz. AQUESTAOAGRARIA 18 No sistema de exploragio familia, o nivel do prego da terra no depende epenss da situaclo do mercado para a produedo agricola e da remuneratividade do cutivo ds terra que dal resulta, mas depende ex: mslor grau do aumento de : preges que excedem substanci esses dados podem servir como substantivaglo emplrica de nossa pro posigdo tebriea A taxe de juros na unidade de trebetho familiar E extremamente interessante que outras categorias econ mumamente dependentes, como a taxa de juros de mercado sobre 0 capital, se comporiem de maneira andloga, no sistema de economia de trabalho familiar. E evidente que « unidade de trabalho far considera vantajoss 0 investimento de c 50 este possi tbvel de bem-esiar mais elevado; de outro mode, restabelece 0 e3) brio entre penosidade do trabalho ¢satisfagto da demands, Em todos os casos em que o now dispendio prospectivo dec , mas exerce ums influgneia importante sobre ‘0 produto do trabalho e, atsim, sobre o nivel de produto do wabstho indivsfel,e sobre 0 momento crltico de equilrio econtrmico interno. (© nivel normal ds taxa de juro de mercado no & determinado pelo ‘movimento global do capital produto no pais (0 que, evidenteme ilo esth de acordo com a fbrmula elissica DM —D + 448 dd RE BR ea ee ee he ee cy ALEXANDER V. CHAYANOV apenas pel sitarto de mercado, da demanda s oferta, sobre a parcela o capital da nagto no sistema de crédito, ‘A ezculato interna de capital ¢ também muito peculiar para s | uunidade de trabatho familiar, Se a familia solicita um crédito de | ‘empréstimo a uma pessoa externa, lerk sempte que considerar nto 56 gus cada dispéndio de capita ¢ vantajoso para a unidade econdmi adicional e renovugto de capital exstente, vaflia devers ser expar de obter o montante !ecesstrio para essa despese « partir dos rendimentos de seu tabatho, isto, naturalmente, aexpensas de seu consumo imediato. E claro que 80 59 ser6 possivel se 0 valor, em termos de consumo, do montante destinado & produglo, resuitar aos olhos da familia menor que seu Valor para a produto, 7 Ey juanto maior seu produto anual, mais fii 6, pa- meios para a formagto dec m tempos fu situagde desvantajase de mercado, seth de seu pequeso rendimento ume parcela ‘empregi-la na formarto de novo capital, ‘ou simplesmente para a mera substitugda dacapital circulante, Estratura econémica dos sistemas copitaistas Assim, podem ser definidas as seguintes categorias para o sis. tema econdmico da unidade de trabalho familiar ov, dit maneira, pars a estrutura econdmies de uma sociedade na qual a pro. usto revesie forma de unidades camponesas ¢ de artesanato, ¢ onde nfoexistea instituigdo de trabalho assalariado: onratar da tte, AQUESTAO AGRARLA 6% 2) os progos das mercadoriss; 3) areprodugto des meios de produgio (lormagto de capital, no ‘mais amplo sentido da palavs '4) os prepos docapita 5) 0s prepos da te Obtemos um quadro ainda mais peculiar se vomplicermes « forma da unidede econdrmica familar equi examinads, suponide que ‘io existe a eutegoria prego de mercado, oa sea, que no existe ofator troce mercantil. A primeira vista, parece que's explerapde fariiar Puramente natural nlo apresentaria qualsquerfendmenos e tipo eco: lag de eréito; tura econb mica privads imema de cada famitiares natucais € a mesma que a das explo agSes com troca mereenti com excegdo de algumss pecutiardades no | cielo da lsratvidad, que indicaros noise dente arto, pr | pia nogdo de lucratvidade € 0 fatordecerminante;tornarse ainda mais | claro que & impossvel aplicar a fSrmula de Wucrstividade de uma empresa capitalista. O equilibrio econdmico entre satstagte da de- manda e penosidade do trabalho também € determinsdo desta ma- Outro tanto se pode dizer sobre a formagto e reporigo dos Y utilizagho da terra tormamese assim fatores soc inam fundamentalmente Outro fatorsceia! menos importante, mas fundamental, 6 prdrho-de 1ado pelo costume e hibito, que determin «| deconsumoe, ens ere te | aa ttabalho, eee 146 ALEXANDER V, CHAYANOV (Ou seis, se pensamos ouma regito de economia natu samos esse bloeo sociale econdmico, vemos gut Interrelaciooamento e da dissociaglo econdmica entre as unidades ‘condmicasindividuais, desenvolvem-se nessa regide indmeros proces +08 econmiens eomplexos,cujo principal fator & demogrifico — dens dade populaclonalemixragdo. Bsts detertyinam a utlizagho da ter ‘anivel de prosperidade e, assim, o sempre yurdvel montante de acu rmiullagho de capital e de tributhre da populsgdo; esta dltima constitui a base para a orgunizagto do Estado ¢ cultura nacionais, Independentemente dos fatores deme; regites econtmlcas Fenda — qualidade superior do solo, ex, importante, sob a forma de controle administratvo da utilizaga0 da terra e as vezes sob a forme de "assentamento militar" da migraglo opulacional, ial, podemos encontrar as seguintes categorias 5 econtimicas, que determinam # estrutura das unidades econdmicas | individu ‘o poder de solo das condigtes climaticas migragko do pov. Sistema escravista Em pleno contraste com o sistema econémico femilir existe ‘utr tipo de economia que tampouco poseui a cetegori salério: 0st tema econtiicoescravsta. A diferenga torma-s bastante clara quando ‘comperamos as estruturas destas duas unidades econBmicas no que diz ‘espeito a sua morfologia ecosémica privada, O camponés ¢ 0 artesto ‘AQUESTAO AGRARIA 1 © escravo tubulha numa produgto dominadu pela vontade de vmestranho; é apenas um instrumento cegoe nio tem dirite a dispor do produto de seu trabalho, Leva-o a trabalbar apenes a ameaca de ‘Punigho, e satistaz suas necessidades segundo a voniade de seu proprie- lario, apenas na medide necessiria para manter sus capacidade de vo mercado, este produto d4 um rendimento pesitiva pela posse de eseraves, Niebuhr abservou que a instituigto da escravidto s6 surgiu no ‘momento em que a capacidade produtiva do trabalho humano sdimento, ap6s deduzie do de sun empresa os custos materiais de produclo © os agestos com a manutengto dos escravos, Quand Insbitua, caleulado sobre o capital fix ecirul ‘amo, pelo fato de ser proprietdrio dot mesmot; assim, ela se torma um aA aac ue ALEXANDER V. CHAYANOY novo tipo de rendimento nko retribuido, que constitu a razko de ser da Esse rendimento, que nto € mais ume simples no como por exemplo custo de manutensto dos escravos, € por uma complexa estrutur de toda uuna série de « econdmjcas, F uma categoria econémica, ¢ con vista, que 0 proprietitio recede em virtude de seu direito de proprie~ dade. Se + unidade econtmica escravista for agricela, 0 rendimenta ‘alo retribulde, decorrente da posse de escravos, aumentark A medida ‘que se progride de condigbes menos vantajosas de produto © t porte pera outras proporcionalmente mais va «eravo como fendmeno objetivo de mercado. © montante quantitativo da rend es produtividade na utlizagto dos escrav os salirios pela produtividade do tr tallasda do escravo marginal. De esrta mat demsnda, enquanto por ovtro lado 0 custo primério da “produglo cescraviste” constitu opreco da oferta, Dentro deste contexto, devemos dole sistemas de economia eseravista: m sistema no qual a oferta de materitt eseravo ovorre na guerra com pores estrangeiras, de es slo do seu trabalho € completa eleva « ‘AQUESTAO AGRARIA 2) um sistema no qual a oferta se dé de maneira naturel, través da reprodugho do material eseravo dentro da propria familia escrave; haturalmente, isto reguer gastos com a criaglo da nove gersgto, bern como menor grau de enploracto da forgu de trabalho eserave, sobre sudo da parcela feminina. No primeiro caso, o custo custo da captura; no segundo, ocustorde clare eduear, que etm geral & ‘muito malor. Nos perfodas historicos que favoresiam a txptara de oem guerra — como em Roma antigt, nos Bstados do Oriente Médio da Antiquidade, e mesmo durante as prsmeiras décadas faa Arnérica Espanhola — 0 custo da produglo de escraves era m iad vltrapassave-o em muitss que concediam licenga para a capture durante o primeizo perfodo de importagko de negros para a América ‘O material humono era barato, ¢ isto permite sumentar a ex tensia da propriedade e fazia com que se empregussem 6 Cabatho cescravos com ma produtvidade cada vez menor, até pont nat mente, em que a renda dos eseravos, continuamente decrescente, s¢ foroave idéntice 40 custo prinfcio de sua aquisigho. Este fator deter. © preco de mercado do escravo e a amplitude da economia cde eservos em guerrh ‘que um importante ator de declisio do de que, para garantir a oferta ce mde ser abandonadas em favor da joa antiga Comecaram aaleangar a rendaescravista capitalizada, ‘De qualquer modo, o prego dos eseravos, feadmeno sueito as tes uma categoria objetise que determina a produto de do. & evidente que & unidade eeonémico privad, +6 pode rodugto de eseraves propor” rena escraviste este M0- ( ALESAN ER, CHAVANOY 0 objetivo, # que ateavés do mercado se fee = ‘que a escrevidno, ou para dizé-t bbsmang, enguania fendmeno ex ib in ras vuriedades muito diferentes umas das ou- eet tus agricola fai ‘exploragin escrava, apresenta extraordinirio vy } C2 ClGaCaG aquustto se uantidade de prodvty € deter: A granja de trabalho familar, entre 0 montante iradas do raters, portant, s39 muito nis cugte camponess live, Conseqdenrmente, © i ides & germs exarinut 0 us que purtit de sue nluresa prticular. O ay ido atrurds da cooeeto ‘ voutade do senior. Seu intarsse € bo periga de que « yranja cer Privada du sua eapucidade de pugat, © snontante do censo pode $24 co pays as eustas de malor lume redugda de seu con secessiria renovagto do exp Impede a renovaydo de capital da e omnes a desir as petpriasraizes. [As exploragbes submetides a0 pagante Se & pressto para pagar 0 ce1s0 loragdo, © sistame de emo 32 ALEXANDER V. CHAYANOV ‘uabalho fumano, mas 40 solo, ¢ consttui uma renda diferencial Numi mercado livre de terra ¢ de servos, & parte do censo ats buida ao Soloe a constituipdo de renda decorrente do solo so expita. lUzades ¢ determinam o prevo da tera; o restante, atribufdo ao tru -balho serv, que constitu a reada de seridto, ¢ capitalizado ¢ cone. ‘ital o prego de mercado do servo, Parese destecesshrio demonstrat que a renda de serviddo ¢ doterminads pela capacidade do cunpunts ‘marginal, que produz em condigbes desfavordveis, pagar censo, en. quanto. rends diferencia! determinada, sob taisciunstancias, pe diferenga entre pacidade de pagamento do camponts marginal ¢ ra exploragio eamponesa. Contidetando & grande no mode pelo qual a censo e a renda escravista sto ‘onstituldos pagos, bem como a diferenga entre » rganizasto da pro- ducho ra unidade ecoutmica escrava de grande escala e'& unidade serva de pequenseseala, As diferengas sio ainda maiores no procesio de formaso de rego dos servos, eum lado, e das eseraves, de autro. JA mencionamos | custo primirio de aquisigto de esctavos desenipenha um pape! | ¢ determinado pele equiibri envze 0 produto marginal dos serves e & custo primério marginal, como ocorre na unidade econdmica exerava; © aumento etravés da procringto, assim o nimeto de serves, & pro. ‘blema destes, Por conseguinte a cepacidade de pagamento, ¢ portanta . do servo marginal é determinada pelo nimero real de servos exisiantes em determinada regito cum certo moniento, © que dissemos acima € suficiente para uma deserigto mort ‘pica da exploragto agricole de censo. Comparando est ss © tipo econtinico de exploragto egriecla escr sm comple- ic © que em suas relagtes econtmicas sto delimitados por ele. objetives muito distintos, apesar de algumas semelhengas jurt- exten sta comparselo toma claras as difereucas fundamentais nos ois tipos de econom smbos os sistemas so também (oteimente diferentes em sua concepgto de lucratividade ¢ caleulo econtmizo, [AQUESTAO AGRARIA, 183 modifcads no que diz respeito as ‘empresa. Na conta de saldas, uo invés de saldtioe ele langa 0 custo Ulenice ¢ fisilogicamente determinado de manutenglo dor esctnvos. ‘Ele divide seu produto Uquido em trés partes: juro sobre ¢-cxpital, nda erenda escravist, Nx uuidade econdmmica serva que paga censo & cumpléwinente diferente, Uma eacacterstce bastante peculiar desta usidale 6 ama | ‘erta divisto do motivo econdmico, na qual 0 conceito de lverativid 4a familia camponesa encontra-se sob a forma que encontrammor na (CATEGORIAS ECONOMICAS NOS SISTENASESCRAVISTA EDECENSO. | | | Seiemaccantmie seni decane Stem consmioeerovo | 5. Renda sei cet pete ! j ; i 154 ALEXANDER V.CHAYANOY lunidade de trabatho familiar; além disto,oeéleulo daquele que possu ‘emprestrio de unidade econdmica escravs, nto ddusto propria. Este fato se torna ie fatores demogréfices, enquanto @ renda na unidade econdmica eseravad independente dos mesos, ‘Além isso, na organizaglo da unidade ec escrave, 0 nimero de escravos pode ser, &, adaptaco A necestidade Gtima de miode-obra de unidade, ou sea, ogreu brimo de intensidade que pro- ‘mete a méxima renda éseravista, A relusto entre forga de trabalho isponivel e quanlidade de terra cultiads, entretanto, ado 6 th fei e ser levad a um 6timo pelo done da terra e ocamponés, na unidade ‘condmica serva, porque, afora raras excesbes, © movimento demo sréfico neste regime € de cardter puramente natural ¢ elementar. Por a gue, anilise da unidade econtmica de ri batho familiar, leva 2 intensifieagdo mais alémt do timo ¢ rebaixa © nivel de vida da populagio, bem como sus capacidade de pagar tributes. Em conseqiéncia, temoso peculiar fenémeno da renda ne por superpopulacdo, que consome uma boa parte do censo. A siniea ‘aida deste estado de coisas & transferir parle da populagda serva da superpoveads ¢ utilzé-la pera colonizar Areas pouco povoadas.. Neste caso, abviamente, obtemos um crescimente significativo na ronda de servidio proporcionada pela populagto transferi¢a, que atin iu agora uma proporgto étima com a ters. O prego do servo, res tante da capitalizag20 dos acréscimos de renda, eleva-se juntames com esta. Isto toma todo movimento de povoamento e colonizesto bastante vantajoso, tanto para o proprietiio de uma drea econ de censo, como para os eamponeses envalvidos, CConeluindo nossa comparapto entre as unidades econdmicas es- ‘crava eservi, gostarfamos de enfatizar que, dadas a mesma ttuagto de ‘mercado as mestas condigbes naturaise histbrieas, as rendas obtides| fem ambos os easos (a de escravos e a de servas) nem sempre so da mesma magnitude; pelo contrhrio, © nivel das mesinas pode diferie AQUESTAOAGRARIA de um extenso mater acordo eden ienitcar reer com uma ferme ecntnicepredaninan- 42 organizagHo eseravisle ia. Com o fempo, esas regiSes mudaram sua configurayto devido & pressto de diversos fatores. Ora aqui, ore acoll, a renda excravista ficava respectivamente acima ou sbaixo do censo dos servos; adaptando-se a estas modificagbes, os proprietiriostransferiam seus camponcses, segundo a "situaplo do mercado", da renda em tr: balho pata acenso, e vice-versa, A imposigdo de um sistema de feudos a ut agefria natural, c4s0 frequente ns historia, &e gr fanklise dori: E ume forma especial de eeonomi strato bdsico de produtorespeimarios ~ os cemponesestributirios — continue numa economia totalmente naturale pega tributos em especie fe senbor feudal, enquanto os recebedores dos tributes — duques, condes, mosteiros, ets, — realizam em mercados longinquos, 30d « forma de mercadoras, 8 ronda econdmica e « renda de servidao extrai- dasem especie [Neste sistema, que acsbamos de investigar, com uma esirutura econtmica geal correspondente 40 ipo de economia servl de c2as0, 1 lormago do prego para os produtos recebides pelo senor feudal, sob ‘forma de pagamento em espécie, e realizados em mercades lovgin- quos, & especialmente interessante, Evidentervente, 0 elemento custo de produgio nlo pode desermpenhar aqui nenkum papel, a menos que sonsideremos com um custo primfrio a manutengto de uim aparato de coerpBo (extra-econb mica), para recolher os tributes e reprimir as rebeits Subemnos que o dono de um servo que paga censo € de ume ropriedade feudal intervém muito pouco na erganizacio real da pro ugh, © montante da producto que constitu sua renda feudal & pare elo uma determinada quantidade em espécle, limitada pela cepacidade tributdria da populace dependente do dominio, ¢ esta nto pode ser violads impunemente. Entretanto, o se onto, iniciar modificacbes na composicd regido de economia A situagto do mereado. Mas, consid ‘explorastes cemponesss, existem também ba jas importantes que se 18 ALEXANDER V. CHAYANOV optem « esta forma das atividades econtmices do seahor feudal, Por ‘tanto, as aividades eoondmicas do senhor feudal ¢ sue intervensio no vase sempre condenadss & passvidade. Os preos de lapdo com sua producto, es80 inteltamente deer. ptivdude de certs mereadarias, Dads esta particular orientagio moneda € pare a toca, a {ue osenhor feudal recebe em virtude de sua propriedade feudal devende nfo apenss do montante de pagamento em especie, mas ‘ambém da situagto de mercado para a vende tuagdo de mereado podem, ‘idade constante de pagamtento em espécie, destavoravetmente 2 renda e, assim, o preg idade econdmica possie! de vim senhor feud distinguir entre a exploragko agricola imiliar que utiliza trabalho pago, além ‘mas no em extensto tal que dE & ter capitalise, O estudo teérco deste caso mostra 4¥¢a presence da categoria salirios modifice um poucoo conteddo Gas categorias usuais da exploracdo familiar, mas ndo chega 4 subs ategorias de uma explorapdo capitalista, Indubitavelmente, devemos hha Epoca seril, nk Russi, ndo signifcou escravigto no ssoravidde negra da América, nem tampouco a do mundo muito embora possa ter-se assemelhado a ela, apesar de fsonSmicas que regulam a renda em trabalho nio mais coin com as que assicalamos para a gra de censo, Nao pi também enquadrar a economia di A trustifcagas da indistia cep desenvolve, bem como as formas de ‘bservdveis no infsio do séetlo XX, 0 certamente ndo se adsplarto » exigindo uma revisto de O sistema de cooperativas agriolas, que se esté des vendo rapidamente ante nosso olhos,teré como conseqdéncia compli. eS | AQUESTAOACRARIA ‘cagdes muito interessantes pars a teoria econmice, Mes préferimos nos limitar 20 que anise dos cinco diferentes tipos econdmicosé suficiente para esclatecer inapicabilidade das catego as usuais da Economia « todas us ¢4808 da vide ecottica. A tarela deste breve artigo nau pode set 0 fornecimento de uma veoria completa es formas econbenicus ne capltalistas, os traiados de seus tease de realizilo, que ocorreram em viris épocas, a historia humana, cliamente, em sua ertica da sociedade capitalista Marx ¢ 08 seus adeptos mais importantes nto desenvolveram integralmente, em parte alguma, os fundamentos positives da estrutura organizanional de preservada e mesmo aperteigoado, Na cordem econdmice comunista que deve desempeninar essa tarefa, » economia nacional & concebida como uma Guica e enorme lunidade econémica de todo 0 pova. A vontade popular dirige através dos Grgos estatals — seus instrumentos — e o Estado adminis unidade econdmica segundo um plano unitieado, que utliza pl todas as condigbes naturals Dado que a economia é concebiza con vunidade, a troea € © prego enquanto fenBmenos socials objetivos estto fora 40 4 i 3 awe a we us ALEKANDER V, CHAYANOY sistema? Os produtor manulaturados deixam de set valores sigaifice- tives mim sentido monetério ou de troct; permanecem ‘quanto bens, dstribuldos de ecordo com umn planoesta ‘Toda a peculiaridade econtmics deste egime se ceduz a tragar planos extalas para a concumo e a prosiugdo, e a estabelecer um equiibrio entre ambos. Cioviamente, a apllcagto da forca de trabalho social, tal comona unidade familiar, €levada até 0 ponto onde o equilib entre 8 pene tho e #satistueto da demands social é atingido. Este poato, obviamente #fixado pelos organisms de Estado que ela e produgt e consumo e tem que tanter es ia, Coma o padrio de vida de cada cperitio, determi- rado pelo Estado, nko tem em si relagdo com o rendimento de seu ‘vabalbo(o montanie de produgdo que ele obiém), ele tem de ser ind ido a wabalhar através de sua consciéac as sangdes do Estado, e talvez, além disto, por um sistema de prémics ou recom pensas. Em contraste com todos os sistemas econbmicos exerinados até agora, gue posem existir de forma puramente automitica ¢ elementat, ‘uma order ezonBmica comunista exge, para sua manutengdo e cont ‘nuidade de eeordo com o plano estatal, uma pressio social continua e, para impedir o aparecimenta de alguma atividade econ mica no pre- ‘vista no plane eslatal, certo mimero de sangbes econdmicas e mio eco- nimisas, Assim, nfo tems no sistema do comunismo estatal nenhuma ‘das eategorias econdmicas expostas na andlise do sistemas econtmicos ‘que consideramos anteriormente, O processo puramente técnico de produce e reprodugio dos melas de produgdo constitul uma exceglo. NNosta apresentacdo, que revela a morfologia do sistema, pouco contribui part u compreensto de sua dindmica, mas provaveimente isto seja impossivel antes de observaro regime ¢ ver como funciona, e sntes ‘que seus ideblogose tearizadores fornegaim uma teoria da oxganizagto ‘oma sje de que més « eacrda com gue penpo, oa de aplcsto e abate vc, ee guanldae Gera pra nate da eran, bem e279 © ‘sire eqns ene ov dol, serto cetermirados oo te ubeecere plane, fsinais de proisstseeonsumot AQUESTAO AGRARA “9 Resumnindo os resultados de nossa labela que nos diz, pare cada um dos diversos sguiestudades, guaiscategorias esto presentese quais faltam. "Ao resumais nessa tela as eategorias econbmices dos apresentador, estamos em condicbes de extrait de nossa ant ‘conehusbestebrcas. Para ume teoriaecondmlca universal?” [Em primeira lugas, temes como fato inquestionsvel que nos Jorma capitalista atusl de econotaia representa apenas wm caso pai culer de vida eccndmlca, ¢ que a validade da disciplina cientifica Economia, como a entendemos hoje, fundamentada na forma cap Tstae detinadad investigecdo cientlica desta, nfo pode nem dever ser fstendida a outras formas de organizagto da vida econdmica, Tal ‘generalizagio da teria econémica moderna, praticada por alguns dautores contemporinens, cria ficgdes ¢ dificulta 0 entendimento do cariter das formagdes no capitalstas ¢ da vida econbmics passada, ‘Alguns circulos cientfics sbviamente se conscieatizaram desses fatos, eultimamente re tem dito com freqiéncia que € necessirio esta- belecer uma teoria econémica universel, cujos conceitos ¢ leis wbarca- am todas as poslvels formas de vidu econfmica humans. Tentaremos tsclarecer a questdo de se ¢ possivel construr ta toria universal e se fla € necesshria enguanta instrumento para x comprecnsdo cientifica, Primero, vames comparat 08 diversos tipos de formagao ecend- nica que investigamos anteriormente, ¢ extzairemos os principios € fendmenos comuns a todos. Obteremas cinco: 1) a necessidade de equ! liversos meios de produplo, com a finalidade de organizer a produto, fede destinar uma parte do produto anval pare formagdo ® reposieto dos meios de producto; sociedade Fagen de pratt, 0 ptien de aphede case, ue poder Set ued progte acer gue prvarar ado oreine de exs lead ies orginal ‘Sem rela dee gs sshocedoam stn orogens rege du ecenomls sail $8 pov se ALEXANDER V. CHAVANOY + AQUESTAD AGRARIA ws ildade a idade de exert a agricultura com diterates yraus jeagdo de trabalho e com diferenter graus de concentra;ao de sucios de produto por unidade de rea de terreno, 6 xumentar, pela ieagto de atividede agricola, o montante praduzida por unidade 4e terreno e por unidade de trabatho, Deve-se lear em coasi> Wwe 0 produto nBo aumen‘a tHe rapidamente quanto oF insu batho, e do montante a de tereno, decorrente da melhor qoali- ho de superticie condigdes timatieas produside por unidade e solo ¢ da con jade de qualquer desenvolvimento social exta- Observando com atengto esses cineo princ nheiro perdeu a qualidede de uma expressto Os cinco principios que expusemos nko coatém um elemento para avalige as coisas, Se esta avaliago surgisse eo fenmeno social & sim diver. Blas © processo de produgto adguirvia, slém da 8 nova express4o fr valre. 45 categorias econtiicas a0 se egrupasiam segundo a estratura sociale jurtdice da AQUESTAO AGRARIA a ALEXANDER V. CHAYANOV socedade, em vim dos paticolares sistemas econdmivos ée valor que Se ee ees ae fenalisamos, O sisteme “valoristico", com suas eategoras, apodera-se do anterior processo natural de produto, esubmete tude a seu ellevo seeandimicg caracteristicn em termes de Cada um desses sistemas €, quanto A sua natureca, bast particular. Tentativas de abarch-los através de qualquer teria ui caracterstice € a substituipo da reads em Sie ences Paro pe eke penetrate tone) pee lo main pho I a ne te ee tccoatne coe Atnerram mage mas eaten on Ee eet an Cave eo fsmaios eties eesn Le tic eect end Economia terica esta: ‘Ainda hoje, significativos blocos de un balhe familiar estto disseminadas ne economia cap Ggbéncia, pode-se dizer constantemente, com essa coewsténca, as vezes Ge inicio do capitalism juntamente com osistema feudal ou sen, 3s ‘exes de economia eserava junto com a serviddo e a economia de tre- “dado gue cada sistema era um sistema fechado, ele se comuniceria com os outros através dos elementos econ8micos obje- tivos que tivessem ea comum, como esié mostrado em nosto quadro de Sistemas econBmicot, Este contato geralmente ocorreu sob 0 aspesto - os proges de mercado das mercadorias e du terra. Ass plo, desde 2 emancipacto dos eampones ) atk a revoluc 1917, « explorapio agrcsla camponesa fami Ri jontamente com a empresa capitalista em grande escal reates de nna agriculture cepitalsta, grandes reas de terra aos eamponeses. da terra obtida pela grande granja ca do stculo XVIM, espoliou os arrendamentos cai joneses, que Ake

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