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Psiquiatria Forense

Dr. Thiago Fernando da Silva


Aula 12
Autonomia e avaliação da
capacidade de consentir ao
tratamento – Parte 3
Casos clínicos

Metodologia de avaliação
Caso Clínico 1

Equipe da Psiquiatria é chamada para avaliar paciente que está


internada na enfermaria da Cirurgia Geral de um hospital

Maria do Carmo, 90 anos, quadro depressivo tratado com sertralina


200mg, eutímica no momento. Portadora de diabetes mellitus tipo 2
e doença vascular periférica. Admitida com uma úlcera gangrenosa
no seu pé esquerdo. Indicação da cirurgia é de amputação no nível
do joelho

Paciente recusa o procedimento, argumenta que já viveu por muito


tempo e gostaria de morrer com seu corpo intacto

Pedido da interconsulta: “Ao colega psiquiatra, paciente deprimida.


Convencer paciente da importância do tratamento.”
Caso Clínico 2

Equipe da Psiquiatria é chamada para avaliar paciente que está


internada na enfermaria de otorrinolaringologia de um hospital

Joana, 32 anos, portadora de esquizofrenia paranóide, em uso de


clozapina 400mg ao dia. Admitida com um abscesso reatroauricular
importante. Paciente nega-se a fazer procedimento cirúrgico de
drenagem. Diz que é uma conspiração para implantar um novo chip
em sua cabeça. Sua única cuidadora é sua mãe, que está em casa
com outros 6 filhos, e diz que não consegue vir ao hospital.

Pedido da interconsulta: “Paciente de alta da nossa clínica por não


colaborar com o tratamento. Solicito ao colega que faça receita de
clozapina (e ajuste se necessário (medicação psiquiátrica).”
Como avaliar?

Características da capacidade

Específica para cada decisão

Específica no tempo
Como avaliar?

Não existe um algoritmo único

Avaliação clínica é soberana

Regra jurídica e bioética: paciente é


considerado capaz até que se prove o
contrário
Como avaliar ?
Como avaliar ?
Como avaliar ?
Como avaliar ?
Como avaliar ?
Como avaliar ?
Como avaliar ?
Referências bibliográficas

KIM, S. Y. H. Evaluation of Capacity to Consent to Treatment and Research. 1. ed. [s.l.]


Oxford University Press, 2009.

Shulman KI, Cohen CA, Kirsh FC, Hull IM, Champine PR. Assessment of Testamentary
Capacity and Vulnerability to Undue Influence. AJP. 1o de maio de 2007;164(5):722–7.

Chow GV, Czarny MJ, Hughes MT, Carrese JA. CURVES: A Mnemonic for Determining
Medical Decision-Making Capacity and Providing Emergency Treatment in the Acute Setting.
Chest. 1o de fevereiro de 2010;137(2):421–7.
Referências bibliográficas

Burton CZ, Twamley EW, Lee LC, Palmer BW, Jeste DV, Dunn LB, et al. Undetected cognitive
impairment and decision-making capacity in patients receiving hospice care. Am J Geriatr
Psychiatry. abril de 2012;20(4):306–16.

Consent in Psychiatric Emergencies: What Clinicians Need to Know. Disponível em:


<https://www.psychiatrictimes.com/view/consent-psychiatric-emergencies-what-clinicians-
need-know>. Acesso em: 10 maio. 2021.

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