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174 ‘Algebra Linear com Aplicagbes 18. Os vetores v,,¥» © da paste (a) da figura dada slo linearmente independentes? Eos da part (6)? Explique s 6 , @ ©) Figura B18 19, Utilize identidades apropriadas, onde necessrio, para determinar qusis dos seguintes conjuntas de vetores em F (-s, ) so Hinearmente ‘dependentes. (@) 6, 38en°x, 2cosx (0) x, cose (@) cos2x, set? x, cox (0) G— HF, 8-6, 5 20, (Para leitores que estudaram Céleulo.) Use 0 wronskiano para mostrar que os seguintes conjuntos de vetores so linearmente independents, Ola Ocx ve Olas 21. Use a parte (a) do Teorema 5.3.1 para provar a pate (b) 22. Prove a parte (b) do Teorema 5.32. (©) A, senx, sen2x (8) 0, cos? x, sen® xx () senx, cos, xsenx Discussio e Descoberta 23, Decida sea afirmago dada € sempre verdadeira ous vezes false. Justifique sua resposta dando um argumento lgico ou um coatra-exempo (a) O conjunto das matrizes 2% 2 que contém exatamente dois Ie dois 0 € um conjunto linearmente independente em M » (b) Se vj, ¥z} € um conjunto linearmente dependente, entio cada vetor€ um miéltplo escalar do outro. (6) Se (vy, ¥> ¥5) um conjunto linesrmente independente,entSo também o & 0 conjunto {kv,,¥, k¥s), para cada escalr nio-nulo k (© A reciproca do Teorema 5.3.2a também vale. 24. Se (¥),. ¥p¥5) 6 um conjunto linearmente dependente de vetores nfo-nulos, entio cada vetor no conjunto pode ser obtido como uma combi- agi linear dos outros dois. 25, 0 Teorema 5.3.3 implica que quatro vetoresnio-nulos em B® devem ser linearmente dependentes. DE um argumento geomético informal para explicar este resultado, 26. (a) No Exemplo 3 nés mostramos que 0 vetores mutuamenteortogonas i,j ek formam um conjunto linearmente independente de vetorss com R°, Voo8 aeredita que qualquer conjunto de ts vetores no nulos © mutuamente ortogonais em R° ¢linearmente independents? Justifique sua conclusio com um argumento geometric. (©) Jostifique sua conclusio com um argumento algébrico. [Sugestdo. Use produtos escalares.] NES 5.4 BASES EDIMENSAO Em geral nds pensamos numa reta como sendo unidimensional, rum plano como sendo bidimersionale no espago @ nossa volta como sencdo tridimensional. O principal objetivo desta sogHo & tornar mais precisa esta noséo intuitiva de “dimensdo.” Sistemas de Coordenadas Nao-retangulares [Na Geometria Analitica plana nés aprendemos a associar um pponto P no plano a um par de coordenadas (a, 6) projetando P sobre um par de eixos coordenades perpendiculares (Figura 5.4.14). Com este processo, é associado um tnico conjunto de ‘eoordenadas a cada ponto do plano e, reciprocamente, a cada par de coordenadas esti associado um tinico ponto no plano. Nés descrevemos isto dizendo que 0 sistema de coordenadas ‘estabclece uma correspondéncia biunivoca entre 0s pontos do plano e os pares ordenados de niimeros reais. Embora os eixos coordenados perpendiculares sejam os mais comuns, podemos usar quaisquer duas retas nio-paralelas para definir um sistema de coordenadas no plano. Por exemplo, na Figura 5.4.16 nis associamos um par de coordenadas (a, b) ao ponto P projetan- do-o paralelamente 20s cixos coordenados néo-paralelos. ‘Analogamente, no espago tridimensional, podemos defini ums sistema de coordenadas utilizando quaisquer trés retas ndo- coplanares. 'Nosso primeiro objetivo nesta segdo € estender 0 conceito de sistema de coordenadas a espacos vetorias arbitrérios. Para ccomegar,ser4 til reformular a nogao de sistema de coordenadas. ‘nos espagos bie tridimensionais usando vetoresem vez de eixos ‘coordenados para especificar o sistema de coordenadas. to pode ser feito substituindo cada eixo coordenado por um vetor ‘de comprimento 1 que aponta na diregdo € no sextido positive do eixo. Na Figura 5.4.24, por exemplo, v, ¢ ¥, so tais vetors. ‘Como ilustramos na figura, se P € um ponto qualquer no plano, podemos projetar P paralelamente av, € v2 para ter OP como 1 diagonal do paralelogramo determinado por av, ¢ by, € por- tanto escrever 0 vetor OP como uma combinagao linear de ¥, evs: OB aay tive (@) Ascoordenadss de P num (b) As coordenadas de P num | sistema de coordenadas sistema de coordenadas | etangulares no espago ‘o-etangulares n0 | bidimensional espago bidimensional (©) As coordenadas de P num sis- tema de coordenadas nio- retangulares no espago tridimensional Figura 5.4.1 Eevidente que os ntimeros a ¢ b desta férmula vetorial sio pre- cisamente as coordenadas de P no sistema de coordenadas da Figura 5.4.1b, Analogamente, as coordenadas (a, b, ¢) do ponto P da Figura 5.4.l¢ podem ser obtidas escrovendo OP como ‘uma combinagio linear dos vetores indicados na Figura 5.4.26, PCa) © Figura 5.4.2 Enunciado informalmente, dizemos que os vetores que cspecificam um sistema de coordenadas so os “vetores de base” do sistema, Mesmo tendo usado vetores de base de com- Capitulo 5 - Espagos Vetoriais Arbitrérios # © © 175 primento 1 acima, veremos daqui a pouco que isto nfo & essen- cial—vetores nio-nulos de qualquer comprimento sao sufi- cientes. ‘Um ingrediente essencial de qualquer sistema de. coorde- ‘nada € a escala da medida de comprimento a0 longo dos eixos coordenados. Em geral, tente-se utilizar @ mesma escala em cada eixo e espagamos 0s pontos inteiros por uma unidade de distancia. No entanto, isto nem sempre & prético ov adequado: Escalas diferentes, ou escalas em que os pontos inteiros esto & ‘mais ou @ menos do que uma unidade de distincia, podem ser necessérias para encaixar um gréfico numa pégina impressa ou para representar quantidades fisicas com unidedes diferentes ‘num mesmo sistema de coordenadas (por exemplo, tempo em segundos em um dos eixos ¢ temperatura em centenas de graus no outro). Quando um sistema de coordenadas & especificado or um conjunto de vetores de base, entio os comprimentes destes vetores correspondem 2s distancias entre pontos inteiros sucessivos nos eixos coordenados (Figura 5.4.3). Assim, € 0 sentido dos vetores de base que define o sentido positivo nos eixos coordenados e 0 comprimento dos vetores de base € que estabelece a escala de medida, 4 a}. ba 4 (@) Bscalasidéotcas. Eixos () Escalas diferentes. Eixos pespendiculares, perpendiculares. (©) Bscalas idénticas. Eixos obliquos. 176 «+ Aigeor Linear com Aplicagies (d) Bscalas diferentes. Eixos obliques Figura 5.4.3 A seguinte definigio-chave vai tomar estas idéias mais pre- cisas e permitir estender o conceito de sistema de coordenadas ‘a espagos vetoriais arbitrrios. Dineen: Se Vé um espaco vetorial qualquer © $= {¥), Vay-n Va) € uum conjunto de vetores em V, dizemos que S é uma base de Vse valerem as seguintes condigdes: (a) S ¢ linearmente independente (b) S gera V. A base € a generalizago para espagos vetoriais arbitrérios do sistema de coordenadas em espacos bi e tridimensionais. 0 teorema a seguir ajuda a elucidar esta afirmacao. TEIEERSE Unicidade da epresentacto.em 1 Yq} & uma base de um espaco vetorial V, entio cada vetor em V pode ser expresso da forma v = ¢,¥, FON, +--+ GN, de uma tinica maneira. Prova. Como S gera V, segue da definigao de conjunto gerador ‘que cada velor de V pode ser expresso como uma combinacao Tinear dos vetores em S. Para ver por que $6 existe wna maneira de expressar um vetor como uma combinagio linear dos vetores em S, suponha que um certo vetor possa ser escrito como, e também como verkiny bhava oot hae Subtraindo a segunda equaco da primeira, obtemos OC —h)i tbe Hehe Como o lado direito desta equacio é uma combinacdo linear dos vetores em S, a independéncia linear de S implica eh 0, be Osenee Gem by O ‘ou seja, cre, a haces Ge he Assim, as duas expresses para v so a mesma. . Coordenadas em Relagao a uma Base sc 5 = (¥4, Vanes Va] € uma base de urn espago vetorial Ve se WebeMttete € a expresso de um vetor v em termos desta base 5, ento os cescalares ¢), Cex» Gy $90 chamados as coordenadas de v em relagio & base 5. 0 vetor (c), Cx... €,) em R" construfdo destas ‘coordenadas € chamado vetor de coordenadas de v er relacio aS eé denotado por eR Cy 0-6) ‘OBSERVACAO. Deve ser notado que os vetores de coordenadas dependem ndo s6 da base $ mas também da ordem na qual ‘escrevemos os vetores da base; uma mudanga na ordem dos vetores da base resulta numa mudanga correspondente da ordem das entradas nos vetores de coordenadas. No Exemplo 3 da segio precedente nés mostramos que se 1.0.0), §=(,1,0) € K= 0,00) entdo $ =(i, j, k} € um conjunto linearmente independente em #8, Este conjunto também gera R°, pois qualquer vetor v = (a, 6, c) em R® pode ser escrito como (4.2.6) = a1, 0.0) +60, 1,0) +600, 0,0 Assim, $6 uma base de °, denominada base candnica de R. Othando para os coeficientes de i, j e k em (1), segue que as coordenadas de v em relaco & base candnica sio a, b € ¢, de ‘modo que sid) +ek (1) M2 @bd Comparando este resultado com (1), vemos que vas Esta equago diz.que os componentes de um vetor v em relagéo ‘a um sistema de coordenadas retangulares xyz coincide com as ‘coordenadas de ¥ em relacio & base candnica; assim, tanto 0 sis- tema de coordenadas quanto a base produzem exatamente & ‘mesma correspondéneia biunivoca entre os pontos do espago tridimensional e os temos ordenados de nimeros reais (Figura 544), ’ Figura 5.4.4 s resultados do exemplo acima constituem um caso par- ticular dos resultados do préximo exemplo. No Exemplo 3 da secdo precedente nés mostramos que se (1,0,0,.0200% = O10 De 6 = 0.0,0.0.50) ee) ‘€um conjunto linearmente independente em R*, Além disto, este ‘conjunto também gera R°, pois qualquer vetor V = (Vj, Vaws ¥,) em R" pode ser escrito como Vane treet to 2 Assim, $ € uma base de R*, denominada base candnica de R°. Segue de (2) que as coordenadas de ¥ = (U), Uy ¥y) em relagio & base canOnica $80 vt... Yj de modo que 220% tan) ‘Como no Exemplo 1, nds temos ¥ = (v),, de modo que sio igi um veto ese vetor de coordends em regi bse ‘candnica de R OBSERVACAO. Nés veremos num exemplo posterior que um vetor iio ¢ igual ao seu vetor de coordenadas: a igualdade que obser- ‘vamos nos dois exemplos acima uma situagdo especial que ‘corre somente com a base candnica de R*. ‘OBSERVAGAO. Em R® ¢ RY, os vetores da base candnica costumam ser denotados por i, je K em vez de e,, €, ¢ e,. NOs utilizaremos ambas notagdes, dependendo da situagio. 1,2, 1), ¥,= (2,9, 0) € vy =(3, 3, 4). Mostre que 0 v4, va, Val € uma base de R?, Solugao. Para mostrar que 0 conjunto S gera R°, nés devemos mostrar que tum vetor b = (b, bs, 63) qualquer pode ser expresso como uma ‘combinagio linear beepitentars dos vetores em S. Expressando esta equacio em termos de com- pponentes, temos 1b2.b) = 01.2.9 462.9.) +00.3.4) ou (bast) = (oy #209 30, 201 +9ea 4 Ses +463) ou, igualando componentes correspondentes, 642 tes by 2o4 #86, +3ea be 8 ct dea by ‘Assim, para mostrar que S gera R?, nds devemos mostrar que © sistema (3) tem solugdo para qualquer escolha de b = (b,, bb). Para mostrar que $ ¢ linearmente independente, nds deve- ‘mos mostrar que a tinica solugso de emtarton=0 o Capitulo 5 - Bspagos Vetorials Arbitrérios © © © UIT bya ). Como acima, se (4) expresso em termos de componentes, a verficago da independEnciareduz-se a mostrar ‘que o sistema homogéneo tea Bey 2ey +96 + 3a a +4e=0 tem somente a slugio trivial. Observe que os sistemas (3) ¢ (5) tém a mesma matiz de coordenadas. Assim, pelas partes (0), () © (2) do Teorema 4.3.4, nés podemos provar simultaneamente que S 6 linearmente independente e que gera X° demonstrando due matriz de coeficientes dos sistemas (3) ¢ (5) tem detecmi- nante nfo-zero, Eserevendo ° So 12g jag 29 3] nés obtemos de(a)=|2 9 3 104 1 o4| portanto S é uma base de R? . ‘Seja $= {v,, vay vq} a base de R° do exemplo precedente. (@) Encontre 0 vetor de coordenadas de v = (5, ~ 1, 9) em relaglo a S, (b) Encontre 0 vetor ¥ em R° cujo vetor de coordenadas em relagio & base S € (¥)s=(- 1, 3,2). Solwedo (a). N6s devernos encontrar escalares 1, ¢,¢ tais que VE qWitGNat Ny ‘ou, em termos de componentes, 6,-1.9) Seal 2.1) + 2.9,04 08.3.8) Igualando componentes correspondentes, obtemos eHatia= 5 Resolvendo este sistema, obtemos ¢y = 1, cy fique). Portanto 1, ¢5=2 Weri- ()5=(,-1,2) Soluedo (b). Usando a definigo de vetor de coordenadas (W).s, obtemos (e430 4285 (00,2, -+3@.9,0) 420.34) . (@) Mostre que $= (1, x, 2.02") € uma base para o espago vetoral P, dos polindmios da forma ay + apt-+--- + age" (©) Bncontreo vetor de coordenadas do polinémio p= a + ay ++ ax? em relagdo & base S = (1,x,2) de Py ‘Solugdo (a). No Exemplo 11 da Segao 5.2.n6s mostramos que $ zgera P, e no Exemplo 5 da Seelio 5:3 nés mostramos que S é um 178 «6 « Algebra Linear com Aplicagies ‘conjunto linearmente independente. Assim, 5 ¢ uma base de P,; esta base é chamada a base candnica de P,, Solugdo (b). As coordenadas de p = dy + a,x + a3t? sio 0s coe- ficientes escalares dos vetores 1, x ¢ 3? da base, de modo que @)s= dy a2). * weld: ofa bf] (© conjunto $= (Mj, Mz, Mz, Mg) € uma base do espaco vetori- ‘al M,, das matrizes'2 2. Para ver que S gera My, observe que ‘um vetor (uma mattiz) EY cdl atbitrério pode ser escrito como E Jee Jef Jee 9 E deeb deb deft deb 3] molt +i +l +a ara ver que S € linearmente independente, suponha que AM, + BM, + cs + dle =O aon ef dtl oll -Lo a) Segue-se que Ed-b Assim, a= = 0¢ portanto S ¢ linearmente indepen- dente. A base S deste exemplo € chamada a base candnica de Mzz. Mais geralmente, a base canénica de M,., consiste das mn ‘matrizes distintas com uma nica entrada 1 © todas as demais entradas iguais a zero. + Se $= (My Vo ‘em um espago vetorial V, entto 5 € uma base do subespao ge- rad ge (S) pos © conjonto gen ger() por deiio de ger (S). . ¥,) €um conjunto linearmente independente OE iun ‘Um espago vetorial nio-nulo V é chamado de dimensaio ‘finita se contém um conjunto finito (Vy. Varesy Ya) de ‘vetores que constitui uma base de V. Se nao existir um tal conjunto, dizemos que V € de dimensao infinita. Além isto, consideramos 0 espago vetorial nulo como sendo de dimensio finita Pelos Exemplos 2, 5 e 6, os espagos vetoriais R", Py € My, 0 de dimensao finita. Os espagos F(-e, =), C(- n. Nds queremos mostrar que 5" éi- rnearmente dependent, Como S = (¥, Vay---,¥q) € uma base, cada w, pode ser expresso como uma combinagéo linear dos vetores em S, digamos. + auavy wis anys + am tek date © Wa dint # days Ho dane ara mostrar que 5" € linearmente dependente, nds devenos encontrar escalares ky Ky» yy Ro todos Zero, tis que + hatin = 0 o Usando as equagbes de (6), podemos reescrever (7) como (hoa) + hang Ft hyia + yan + ha +t hetae 2 ‘yw fama (hig than Ho ha = ‘Assim, pela independéncia linear de S, 0 problema de provar {gue S° é um conjunto linearmente independente reduz-se a ‘mostrar que existem escalares ky, Ky. ky 80 todos zero, que satisfazem o sistema anki baa + aah hanks = + Atak = + dake ® ° ah + aah +400 No entanto, (8) om mais incégnitas do que equagses, de mato {que a prova esté completa, pois 0 Teorema 1.2.1 garante & existéncia de solugées ndo-tiviais. Prova (b). Seja S' = (Wy, Wa.) Wa) um conjunto qualquer de 1m vetores em V, onde m

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