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FICHA CATALOGRAFICA ELABORADA Prig SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNICAMp DIRETORIA DE TRATAMENTO DA INFORMA, Bibliotecdria: Maria Lucia Nery Dutra de Castro ~ cry. Cho Daniel Tie2za Tapi ‘Audio musical: uma introdugao / Daniel Tap; Editora da Unicamp, 2021. Campinas, sp, 1. Registros sonoros. 2. Produgao musical. 3, Est Nidios de som, 4. Muisica e tecnologia. I. Titulo. DD - 780.265 ~ 780.149 ~ 621.3893 ~ 781.0; ISBN 978-65-86253-95-5 1285 Copyright © 2021 by Daniel Tapia Copyright © 2021 by Editora da Unicamp Opinides, hipdteses ¢ conclusdes ou recomendagées expressas neste livro so de responsabilidade do autor e nao necessariamente refletem a visio da Editora da Unicamp. Direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19.2.1998, E proibida a reprodusao total ou parcial sem autorizagao, por escrito, dos detentores dos direitos, Impresso no Brasil. Foi feito o depésito legal. 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Mas, afinal, o que faz quem mixa? Bem, j4 entendemos um Pou, 0 di r sobre o Audio baseado em canal ou baseado no objeto, i quem mixa interage com cada canal (ou objeto) de uma ae 8 *8icamen o comportamento de cada som e compondo a mistura que ae Ajustan, i oduto final, sintetizado em poucos canais (mais as ° ao fala: Sons fara. nte i ais do sistema estéreo, L-R). pee ar de uma etapa de finaliza¢ao e de tomada de decisg, mente na composicao da referéncia musical que a pe P em um Pp’ nos dois can: Por se trats mixa atua direta: + quem ey i roducs, r essa razdo, € comum que mixadores se especialj Oducag alize, vai apresentar. Po! criando e recriando com base em ref fer determinados géneros musicais, aprofundadas daquele universo. E quais as principais ferramentas para fazer isso? Os periféricos ( (ou _ins, como sao chamados no Audio digital) e as outras formas de con como o bom e velho “volume” (que, como vimos, 0 posicionamento na plataforma estéreq), ebamos que se trata de uma reconstrucég ™ em TeNncias Plug. efetivamente, controla a intensidadgy panorama (que controla, £0 £ bastante importante que perc dos sons como eles foram concebidos. Isso porque as plataformas de escuta imposigées. Aquilo que acontece resentam suas proprias caracteristicas € ap: por exemplo, pode nao ter © mesmo éxito quando acusticamente muito bem, gravado. Mas as vezes perdemos de vista essa distingao no processo. Quando estou sendo obrigado a interferir por imposi¢ao do dudio como meio € quando estou sendo obrig: Vamos a um exemplo. mente, as combinagées instrumentais, suas possibilidades ado a interferir por uma questo que esta fora do dudio? A orquestra¢ao e 0 arranjo sao as areas da mtisica que estudam, basicai e restrigdes e suas relacées de equilibrio. Como é comum que a referéncia seja aactistica de ambientes, o orquestrador aprende a equilibrar as intensidades pela escrita, Mas esse exercicio esta longe de ser simples, pois envolve, além de um conhecimento mais profundo da instrumentag¢ao, uma escuta direcionada eum referencial musical igualmente aprofundado. Isso porque as escolhas do 184 ” GRAVANDO EI M CASA OU EM ESTUDIO PROFISsioy NAL __ gor muitas vezes incorrem em di sad nto apenas por sua proj diferencas estilisticas, Afin; 1, jnstrume Ps 'a projecao e sua intensidad. ‘al, uv ambém poi ii le? Nao! jgcolhemos ti Por seu timbre e sua insereao ni Ne e 0 ° Spalhamos- género, oI E como sabemos, por exemplo, nde da escrita musical ou dos p de estudo e experiéncia music; escolhemos lormalmente musical que S€ 0 resultado sonoro de uma mi sen rocessos da mixagem? Notmalmeneenn eio 7 cais, que afetam diretamente nos, fa jainda que 1550 possa ser resolvido intuitivamente em grande part dea! pegligenciar & consciéncia desse processo pode ocasionar a de! elie vos elementos expressivos de uma criacao musical. Isso porque, eee mesmo que permita possibilidades infinitas de recriacdo, 0 audio indi iis relagoes com as mesmas regras que se impdem sobre o som quando ea apenas acusticamente, sem o meio eletroacistico. sontece Como um processo essencialmente artistico, a mixagem nao necessariamente regras (apesar de ter parametros objetivos), mas coms convengoes- Vocé ja se atentou as convengées existentes no einer jue Aa cecuta? E jé se perguntou quais as razdes musicais para que seja as ie lift Quando falamos dessas convengées, naturalmente percebemos que a totalidade das mixagens se utiliza de equalizadores, scaipiesered e reve as ferramentas que apresentei como basicas. No entanto, é preciso que nok esgarremos da ideia de que os procedimentos vém de uma ordem necesséria e funcional. Conveng6es sao importantes para entendermos como os materiais artisticos se compdem, mas sempre podem ser revistas, recriadas. AS FIGURAS DO PROCESSO DE PRODUGAO MUSICAL Antes de prosseguirmos para tratar da masterizagao, quero diferenciar as fungdes dentro do processo de produgao musical, uma vez que todas elas se entremeiam nas etapas que compoem 0 audio musical. Figuras como ofa) engenheiro(a) de som (ou, como prefiro, o(a) éudio-musicista), o(@) arranjador(a), ofa) produtor(a) musical e o(a) instrumentista frequentemente se confundem. Nao apenas porque uma mesma pessoa possa realizar tudo ~ como, alias, € a tendéncia atual -, mas porque as fronteiras entre algumas fungdes nao s0 sempre nitidas, estando as atuagdes entremeadas. AUDIO MUSICAL Se essa espécie de organizacao (as = hierdrquica) € mais este definida em outros paises, como é ae a ane no Brasil el, ¢ "ae fluida e reflete nossos proprios jeitos . produzir. E, novamente, Nao hatte Sra, mas combinacoes possiveis. De qualquer forma, vaya. reg fece das fronteiras entre cada figura. eNte, ae de haver um(a) engenheiro(a) de som remete Pringi Ai gudio a algo “funcional”. Afinal, ai est a ideia oral iderar solucdes para problemas de diferentes can "4! das a associaga0 do engenharias ee légico e funcional, frequentemente como base um pens vol i i ino’ a eee que trabalhao 4udio musicalmente, também chamada de tony de som, foi formada inicialmente a partir dessa relagao, Provavelmente ae sfanidade com as necessidades objetivas de funcionamento dos equipamen, cn que formam um conjunto bastante complexo. Se essa relacdo de complex, ae hoje é menor ~ com a criacdo de formas mais amigaveis de uso ~, ela ja fo, bastante mais arida em décadas anteriores. Mas, se pensarmos bem, a ideia de “fungado” na musica, ainda que | sivel, é bastante relativa, pois, afinal, tudo o que fazemos esta relacionadg ag pensamento musical e a criatividade. E, acima de tudo, para interagir com - necessidades da mtisica, é preciso estar mergulhado nela e conhecer seus pré, prios cédigos criativos. Em outras palavras, como alguém pode ser responsive por usar um equipamento para fazer muisica se nao estiver envolvido com as necessidades que a propria muisica apresenta? Nao quero dizer que nao seja possivel ser engenheiro e atuar maravilhosamente com musica. Longe disso. E também nao é minha intengio desqualificar outros pensamentos acerca da questao, mas apenas apresentar minha visao e iniciar uma reflexao que considero necessdria. O que quero dizer é que qualquer individuo que trabalhe com aparatos feitos para produzir musica, interagindo com a criagao mesmo que intuitivamente, esta fazendo miisica e é, port anto, a meu ver, mais um musico. Ai esta o(a) dudio-musicista. Os equipamentos de Audio sao seus instrumentos musicais; a sonoridade do Audio, sua criagdo. Essa é a designagao que gosto de usar, sem, no entanto, querer invalidar outras formas de se referir aos profissionais do som. E essa nogao pode se estender: se o(a) 4udio-mu ista também puder realizar seu trabalho tendo conhecimento musical aprofundado, sua percep¢ao em relacao ao audio também se aprofundara muito. 186 GRAVANDO EM c, 71 nN, “ASA OU EM ps, ODIO PR ‘OF ISSt0) AL portanto, nao faz tanto Sentid masica baseado apenas nos p, a uipamentos de audio, Afing| ed earcionais” como outro engenhe; eNOS € sist, scan ' ema @ preciso diferenciar o engenheirs eletrOniene, trabalha desenvolvendo equipamenter not le | utiliza Seus aparatos para pr, - duzi i roduzir arte sonora 0 dos proce a Pensemos. Por exemplo,na atuacdo desea ren eosessO® Esse do &o e cantores conhesam seus aparethos vocais dos pontos de vista médicoe fonoaudiologico, ‘ais profundamente e também i Pois precisam int todo com seus préprios corpos ¢ isso os ajud: ‘eragir o tempo ‘@ em sua pratica, Utilizam-se de ‘Lago com a voz. Isso. : nem necessariamente representa para eles a possibilidade de “cantar bem”. 0 bom uso do aparelho vocal nao é necessariamente expressivo, 0 cantor, podendo usar esse conhecimento para melhorar sua performance, ainda se concentra em seus objetivos musicais como sua principal intenco. Alias, alguns dos recursos utilizados por cantores, com intengGes musicais, nem sempre so 14 muito saudaveis. E dai ja vemos como a fungao do(a) dudio-musicista apresenta uma fronteira com a do produtor musical, pois ele podera atuar tanto como um instrumentista — que oferece seus préprios recursos expressivos para que 0 produtor musical decida em relagao 8 unidade que deseja - quanto como um criador, que determina diretamente partes da unidade musical que sera criada. E isso vai variar de acordo com os arranjos estabelecidos em cada produgao. 187 AUDIO MUSICAL © produtor musical, por sua vez, € também muitas vere, -musicista, combinando as duas atuagées. Por estar sempre SS umiay sua produgao, a concep¢ao ¢ a finaliza¢ao das criacées, é Muito co, wis © Ste profissional se aprofunde ao menos um pouco no éudio musical, ee % das relacées mais poderosas para a musica feita em estudi por conhecer ao menos um pouco de dudio, interage muito bem tor i : Com o(q) We, _musicista, efetivo especialista, ao saber lhe pedir certas Solugées (a) dy, a Artist, conforme seu desejo criativo, como faria com qualquer outro instrumeng O arranjador e o instrumentista, por fim, também tém suas Ntista, i icista e com o produtor musical. I fronte; com o(a) audio-musicista e P + 1880 porque gta Stany = suas aty, prevendo possibilidades de construgao baseadas no som criativo, Is comum que, estando ligados ao dudio musical, concebam ACSeg 80 Oconee por exemplo, quando o arranjador escreve um arranjo cujo equilib; © nig necessariamente funcionaria no ambito actistico, mas que poderé fan, : : ae ion, lindamente com a intervengao do audio. ar Eos instrumentistas, hoje j4 também em sua maioria mais Conscientes g, lo lerandy Tregam € Bosto”, A gama de possibilidades criativas ¢ enorme e maravilhosa. Ao entrarma, 4udio musical, frequentemente constroem suas performances jé consid © Audio como um elemento. £ 0 caso, por exemplo, daqueles que ca consigo seus préprios microfones, que deixam 0 som “daquele jeito qu no estudio para produzir musica, portanto, é importante conhecermos ¢ observarmos as nuances do processo a fim de podermos interagir com as questdes que a musica gravada apresenta. Isso certamente nos tornaré misicos mais atentos! A MASTERIZAGAO, Por fim, vamos tratar da masteriza¢do, ultima etapa de uma producio musical. A ideia por tras desse processo é a de existir uma instancia em que se que possa avaliar o material produzido e, dentro de suas possibilidades, tornd- -lo adequado a escuta em diferentes plataformas, além da responsabilidade de produzir a matriz utilizada para sua replicacao. As ferramentas utilizadas para masterizar sao bastante semelhantes 4s utilizadas para mixar. No entanto, como se trata de um material ja sintetizado 188

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