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Bibliologia

Instituto Bíblico da Assembleia de Deus – Ministério Marituba  Bibliologia

1. INTRODUÇÃO

A Bíblia seria somente mais um livro se não fosse pelo seu conteúdo. E mostra Jesus Cristo de
Gênesis a Apocalipse. As palavras contidas nas Escrituras a diferem de todos os livros que existem e
que existiram no decorrer da história. Suas palavras são diversificadas em todos os sentidos. Lemos
histórias, ficções (em suas parábolas), poesias, biografias, ensinamento cultural (em especial, sobre a
nação de Israel).
“Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens divinamente inspirados, e é um tesouro
perfeito de instrução celestial; que tem Deus por seu autor, salvação por sua finalidade, e verdade sem
qualquer mistura de erro em seu conteúdo; que ela revela os princípios pelos quais Deus nos julgará;
e, portanto, é e permanecerá até o fim do mundo, o verdadeiro centro de união cristã, sendo o padrão
supremo pelo qual toda conduta, e todos os credos e opiniões humanas devem ser julgados”. (Confissão
Batista de New Hampshire, em 1833).

2. ORIGEM/DATA

Não há como saber com exatidão a origem da Bíblia. Porém, acredita-se que foi no monte
Sinai que Moisés recebeu a ordem de Deus para começar a escrever a Bíblia (Êxodo 17.14).
Aproximadamente de 1.500 a.C. a 97 d.C. quando o Apóstolo João escreveu o seu evangelho.
A primeira pessoa a aplicar o nome “Bíblia” foi João Crisóstomo, grande reformador e patriarca
de Constantinopla, 398 - 404 d.C. O termo “Bíblia ou Coleção de Livros” originou-se do grego “biblos
pipAoa” (folhas de papiro preparada para a escrita), e “biblion” (rolo pequeno de papiro) que em que
em nossa língua foi traduzido como “Bíblia”.
Os primeiros materiais originais foram o pergaminho (“quando vieres, trazei a capa que deixe
em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos” - 2 Timóteo 4.13), que era
pele de animal curtida e preparada para a escrita, superior ao papiro, e o papiro propriamente dito,
originário de uma planta aquática (junco), que originou a palavra papel.

3. TERMINOLOGIA DA BÍBLIA
A palavra “Bíblia” não é encontrada nas escrituras. Este nome, que vem do grego “Biblos Bt.oa”
que significa livros, foi usado pela primeira vez no século IV por João Crisóstomo (345 - 407), um dos
pais da igreja.
Bíblia. Derivado de biblion do grego Bi.pA.iov que quer dizer “rolo” ou “livro” (Lc 4.17).
Escritura(s). Termo usado no Novo Testamento para os livros sagrados do Antigo Testamento,
que eram considerados inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no Novo
Testamento com referência a outras porções deste (2Pe 3.16; Jo 10.35; Hb 4.12).

3.1. A Introdução de Capítulos e Versículos na Bíblia


Atualmente, encontramos a Bíblia dividida em capítulos e versículos. Porém, os textos originais
não foram divididos assim. Moisés, ao escrever o Pentateuco não se preocupou em dividi-lo.
Nenhum dos escritores se dera ao trabalho.
A divisão da Bíblia em capítulos e versículos se deve ao fato de facilitar a tarefa de citar as
escrituras. Houve vários homens que trabalharam nas divisões dos capítulos e versículos. Como em
capítulos foi feita em 1250 d.C. pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano.
Isto devemos a Stephen Langton, professor da Universidade de Paris que dividiu em capítulos
no ano de 1227 e a Robert Stephanus, impressor parisiense que lhe acrescentou a divisão em

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versículos no ano de 1551, melhorando assim, o trabalho do Cardeal Caro, ano 1236.

3.2. Divisões da Bíblia


A Bíblia se divide em duas grandes partes. Velho e Novo Testamento. Sendo 39 livros no Antigo
Testamento e 27 no Novo Testamento, perfazendo um total de 66 Livros.
A Bíblia tem 1.189 capítulos, sendo 929 no Antigo e 260 no Novo Testamento.
Também tem 31.143 versículos, sendo 23.214 no Antigo e 7.929 no Novo Testamento.
O capítulo mais longo é o Salmo 119. O mais curto é o Salmo 117, que também é o capítulo
central da Bíblia.
O versículo mais longo é o de Ester 8.9. O mais breve é o de Êxodo 20.13, que contém uma
letra a menos que João 11.35.

3.3. Atitudes em Relação à Bíblia


Racionalismo. A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou
final. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural. Em sua forma
moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo final
da razão humana.
Misticismo. A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.
Neo-ortodoxia. A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo.
Seitas. A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada seita possuem igual autoridade.
Ortodoxia. A Bíblia é a nossa única base de autoridade.

3.4. A Primeira Bíblia vem do Velho ou Antigo Testamento.


Antigo Testamento do hebraico Torá. Nevivm e vechetuvym” contêm exatamente os mesmos
livros do Antigo Testamento contidos na Bíblia em português, porém em ordem diferente: Lei ou
“Torah Torah”: é nosso Pentateuco, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio; Os Profetas
ou “Neviyn Neviyn”: Os 4 Primeiros Profetas Anteriores: Josué, Juízes, Samuel, Reis. E Os 4 Profetas
Posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores. Os Escritos “Kethuvym Kethuvym”
ou Hagiógrafos: Três Poéticos: Salmos, Provérbios, Jó; Cinco Rolos: “Megilloth Megilloth”: Cânticos:
na Páscoa, em alusão ao Êxodo. Rute: na celebração da colheita. Lamentações: no mês Abibe,
relembrando a destruição de Jerusalém pelos babilônicos. Eclesiastes: na festa dos Tabernáculo.
Ester: na festa do Purim, comemorando o livramento de Israel da mão do mau Hamã; Livros
Históricos: Daniel, Esdras - Neemias, Crônicas.
Somando estes livros, teremos a mesma quantidade de livros que nossa Bíblia possui, ou seja,
39 livros. No nosso caso, o Antigo Testamento, a divisão é feita da seguinte maneira: 17 Livros
Históricos: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel,
1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester. Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios,
Eclesiastes, Cânticos. 17 Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel,
Amos, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

3.5. A Formação do Novo Testamento


Segundo a tradição, o Novo Testamento está dividido da seguinte maneira: Evangelhos:
Mateus. Marcos. Lucas. João;
Histórico / Atos: Atos dos Apóstolos;
21 Epístolas: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1
Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo. Tito. Filemom, Hebreus, Tiago, 1 Pedro. 2

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Pedro. 1 João. 2 João. 3 João. Judas.


Profético: Apocalipse.

3.6. Os Primeiros Idiomas da Bíblia:


Graças a Deus, hoje a Bíblia é editada em vários idiomas. Porém, ela teve sua origem nos três
primeiros idiomas de origem. Hebraico, Aramaico, Grego e posterior na formação da Igreja, o Latim.
Estes foram os idiomas que deram origem a nossa Bíblia atual.

4. AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
a) Aramaico - Semítico
O Aramaico origem Semítica foi o idioma falado há 2000 anos a.C. em Arã ou Síria pelos Judeus
durante e após o cativeiro (Dn 2.4; a 7.28; Ed 4.8; a 6.18, e 7.12-16; Jr 10.11).
Era a língua falada por Jesus e seus discípulos. Originalmente falado pelos Arameus XII a.C. que
se estabeleceram com grande número na região da Mesopotâmia, onde hoje está atualmente o
Iraque, Síria e a região da Turquia Oriental. Onde por volta de 626 a.C. Nebololassar proclama-se rei
da Babilônia e uniram-se aos povos Medas e Cintas para derrotar a Assíria.

b) Hebraico - Idioma Judaico


A língua Hebraica foi falada pelos israelitas durante a sua independência, de origem semítica
do ramo norte ocidental. Sendo por eles considerada pelos Hebreus a “língua sagrada”.
No Antigo Testamento é chamada “a língua de Canaã”, ou a dos Judeus (Is 19.18, 36.13; 2Rs
18.26-28). Há quem afirme que o Hebraico é o idioma original de toda a humanidade (língua falada
após o cativeiro babilônico).
O idioma Hebraico era escrito somente com consoantes sem vogal, mas por volta do século V
a.C. começaram a aparecer ajudas para a leitura, que vários eruditos atualmente chamavam de
Matres Lectiones.
O alfabeto tem vinte e duas letras consoantes e posteriormente a letra “S” foi incluída. Três
letras Semíticas eram ocasionalmente inseridas indicando os fonemas a, e, i, ou então o, u.

c) Grego - Idioma Helênico


Idioma falado pelos Gregos, o “Koiné” este abrange o período de 330 a.C. até cerca de 330 d.C.
neste período a língua grega se tomou universal, sendo livremente usada em todo o mundo
civilizado.
Os Judeus do Antigo Testamento (Zc 9.13, Dn 8.21, 10.20, 11.2) e do Novo Testamento (At 20.2,
Rm 1.14, 1Co 1.24). E todos os povos do mediterrâneo.
O Novo Testamento foi escrito em Grego. Esse idioma serviu fortemente na propagação do
evangelho na era apostólica.

d) Latim - Idioma Romano


Até a época de Jerônimo no quarto século, a maioria dos cristãos usava a bíblia em grego, o
Novo Testamento e Velho Testamento já havia sido traduzido em grego.
Apesar de existirem algumas traduções da bíblia em Latim, elas não eram boas, Jerônimo
começou o seu trabalho de tradução da bíblia em Roma, depois de ter sido comissionado para esse
trabalho pelo papa Damaso em 382 ou 383. Ele provocou o seu sucesso ao permanecer como a
bíblia oficial da igreja católica por mais de 1500anos.
Desse ponto em diante, ao que parece, em lugar de confiar no texto grego da septuaginta, ele

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traduziu os livros do Antigo Testamento diretamente do Hebraico.

5. AUTORIA
Na realidade os direitos autorais da Bíblia pertencem a Deus. Não foi uma única pessoa, que
Deus usou para escrever a Bíblia. Foram 40 homens que serviram de instrumentos para escrever as
escrituras.
Esses homens eram pessoas diferentes em muitos aspectos: Moisés, Paulo, Esdras e Lucas
possuíam uma cultura elevada em relação a Pedro, João e Tiago. Davi, que escreveu vários Salmos,
foi um grande rei. Neemias escreveu o livro que possui o seu nome, foi copeiro do rei da Pérsia.
É importante observar que, todos os escritores usados por Deus, deixaram suas características
pessoais nos livros que escreveram.

6. INSPIRAÇÃO
É a operação divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a
mensagem divina, e que os moveu a transcrevê-la com exatidão, impedindo-os de cometerem erros
e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata transferência
da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível (1Co 10.13; 2Tm 3.16; 2Pe 1.
20,21).
Sabemos que Deus usou 40 homens para escrever as escrituras. Deus inspirou estes homens
(2Tm 3.16). A palavra, inspiração deriva-se de “inspiro” que significa: “Soprar para dentro, insuflar.”
Deus escolhe alguns homens e “sopra sobre eles” a sua vontade, suas ideias e forma de como
Ele queria que fosse escrita as palavras contidas nas escrituras.

7. TEORIAS DA INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS

7.1. “Autoria Dual”


Este termo indica dois fatos:
a) Autoria Divina
Do lado divino as Escrituras são a Palavra de Deus no sentido de que se originaram nEle e são
a expressão de Sua mente. Em 2Tm 3.16 encontramos a referência a Deus: "Toda Escritura é
divinamente inspirada" (theopneustos; xrieo7rvGUCTxoCT = soprada ou expirada por Deus). A
referência aqui é ao escrito.

b) Autoria Humana
Do lado humano, certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de
receber a Palavra e passá-la para a forma escrita. Em 2Pe 1.21 encontramos a referência aos homens:
"Homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (“pherô 7tT]ep |” = movidos ou
conduzidos). A referência aqui é ao escritor.

7.2. Inspiração ou Expiração?


A palavra inspiração vem do latim, e significa respirar para dentro. Ela é usada pela Almeida
Revista e Corrigida (ARC) somente duas vezes no Novo Testamento (2Tm 3.16; 2Pe 1.21).
Este vocábulo, embora consagrado pelo uso, e, portanto, pela teologia, não é um termo
adequado, pois pode parecer que Deus tenha soprado alguma espécie de vida divina em palavras
humanas.
Em 2Tm 3.16 encontramos o vocábulo grego theopneustos que significa soprado por Deus.

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Portanto podemos afirmar que toda a Escritura é soprada ou expirada por Deus, e não inspirada
como expressa a ARC.
As Escrituras são o próprio sopro de Deus, é o próprio Deus falando (2Sm 23.2). Em 2Pe 1.21
este vocábulo se toma mais inadequado ainda, pois a tradução da ARC transmite a ideia de que os
homens santos foram inspirados pelo Espírito Santo. O fato é que o homem não é inspirado, mas a
Palavra de Deus é que é expirada (Compare Jó 32.8; 33.4; com Ez 36.27;37.
A Almeida Revista e Atualizada (ARA), porém, apesar de utilizar o termo inspiração em 2Tm
3.16, usa, com acerto, o verbo mover em 2Pe 1. 21. Como tradução do vocábulo grego “pherô 7rr|Ep
|”, que significa exatamente mover ou conduzir.
Considerada esta ressalva, não devemos pender para o extremo, excluindo a autoria humana
da compilação das Escrituras. Ela própria reconhece a autoria dual no registro bíblico. Em Mt 15.4
está escrito que Deus ordenou enquanto em Mc 7.10 diz que foi Moisés quem ordenou.
Em muitas outras passagens semelhantes a esta (Compare Sl 110.1 com Mc 12.36; Ex 3.6,15
com Mt 22.31; Lc 20.37 com Mc 12.26; Is 6.9,10; At 28.25 com Jo 12.39-41; Mt 1.22; 2.15; At 1.16; 4.25;
Hb 3.7-11; Hb 9.8; 10.15) Deus opera de modo misterioso usando e não anulando a vontade humana,
sem que o homem perceba que está sendo divinamente conduzido, sendo que neste fenômeno, o
homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv. 16:1; 19:21; Sl 33.15; 105.25; Ap 17.17).
Desse mesmo modo Deus também usa Satanás (Compare 1Cr 21.1 com 2Sm 24.1; 1Rs 22.20-
23), mas não retira a responsabilidade do homem (At 5.3,4), como também o faz na obra da salvação
(Dt 30.19; Sl 65.4; Jo 6.44).

7.3. O Termo Logos - ‘Aoyocr - Grego’


Este termo grego foi utilizado no N.T. cerca de 200 vezes para indicar a Palavra de Deus Escrita,
e 7 vezes para indicar o Filho de Deus (Jo 1.1,14; 1Jo 1.1; 5.7; Ap 19.13). Eles são para Deus o que a
expressão é para o pensamento e o que a fala é para a razão, portanto o Logos de Deus é a expressão
de Deus, quer seja na forma escrita ou viva (Compare Jo 14.6 com Jo 17.17).
Cristo é a Palavra Viva: Cristo é o Logos, isto é, a fala, a expressão de Deus.
A Bíblia é a Palavra Escrita: A Bíblia também é o Logos de Deus, e assim como em Cristo há
dois elementos (duas naturezas), divino e humano, igualmente na Palavra de Deus estes dois
elementos aparecem unidos sobrenaturalmente.

7.4. Provas da Inspiração


Somos acusados de provar a inspiração pela Bíblia e de provar a verdade da Bíblia pela
inspiração, e, assim, de argumentar num círculo vicioso. Mas o processo parte de uma prova que
todos aceitam: a evidência.
Esta, por primeiro, prova a veracidade ou credibilidade da testemunha, e então aceita o seu
testemunho. A veracidade das Escrituras é estabelecida de vários modos, e, tendo constatado a sua
veracidade, ou a validade do seu testemunho, bem podemos aceitar o que elas dizem de si mesmas.
As Escrituras afirmam que são inspiradas, e elas ou devem ser cridas neste particular ou rejeitadas
em tudo mais:
O Antigo Testamento afirma sua Inspiração (Dt 4.2,5; 2Sm 23.2; Is 1.10; Jr 1.2,9; Ez 3.1,4; Os 1.1;
Jl 1.1; Am 1.3; 3.1; Ob 1.1; Mq 1.1).
O Novo Testamento afirma sua Inspiração (Mt 10.19; Jo 14.26; 15.26,27; Jo 16.13; At 2.33; 15.28;
1Ts 1.5; 1Co 2.13; 2Co 13.3; 2Pe 3.16; 1Ts 2.13; 1Co 14.37).
O Novo Testamento afirma a Inspiração do Antigo Testamento (Lc. 1.70; At 4.25; Hb 1.1, 2Tm
3.16; 1Pe 1.11; 2Pe 1.21).

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A Bíblia faz declarações científicas de descobertas posteriormente: (Jó 26.7; Sl 135.7; Ec 1.7; Is
40.22).

7.5. Teorias da Inspiração


Podemos ter revelação sem inspiração (Ap 10.3,4), e podemos ter inspiração sem revelação,
como quando os escritores registram o que viram com seus próprios olhos e descobriram pela
pesquisa (1Jo 1.1-4; Lc 1.1-4).
Aqui nós temos a forma e o resultado da inspiração. A forma é o método que Deus empregou
na inspiração, enquanto o resultado indica a consequência da inspiração.
Portanto, as chamadas teorias da intuição, da iluminação, a dinâmica e a do ditado, todas
descrevem a forma de inspiração, enquanto a teoria verbal plenária indica o resultado.

7.6. Teoria da Inspiração Dinâmica


Afirma que Deus forneceu a capacidade necessária para a confiável transmissão da verdade
que os escritores das Escrituras receberam ordem de comunicar. Isto os tomou infalíveis em questões
de fé e prática, mas não nas coisas que não são de natureza imediatamente religiosa, isto é, a
inspiração atinge apenas os ensinamentos e preceitos doutrinários, as verdades desconhecidas dos
autores humanos.
Esta teoria tem muitas falhas. Ela não explica como os escritores bíblicos poderiam mesclar
seus conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentença, e serem rebaixados a um nível
inferior ao relatarem um fato de modo natural.
Ela não fornece a psicologia daquele estado de espírito que deveria envolver os escritores
bíblicos ao se pronunciarem infalivelmente sobre matérias de doutrina, enquanto se desviam a
respeito dos fatos mais simples da história.
Ela não analisa a relação existente entre as mentes divina e humana, que produz tais resultados.
Ela não distingue entre coisas que são essenciais à fé e à prática e àquelas que não são. Erasmo,
Grotius, Baxter, Paley, Doellingèr e Strong compartilham desta teoria.

7.7. Teoria do Ditado ou Mecânica


Afirma que os escritores bíblicos foram meros instrumentos (amanuenses), são seres cujas
personalidades foram preservadas. Se Deus tivesse ditado as Escrituras, o seu estilo seria uniforme.
Teria a dicção e o vocabulário do divino Autor, livre das peculiaridades dos homens (Rm 9.1-3; 2Pe
3.15,16).
Na verdade, o autor humano recebeu plena liberdade de ação para a sua autoria, escrevendo
com seus próprios sentimentos, estilo e vocabulário, mas garantiu a exatidão da mensagem suprema
com tanta perfeição como se ela tivesse sido ditada por Deus.
Não há nenhuma insinuação de que Deus tenha ditado qualquer mensagem a um homem
além daquela que Moisés transcreveu no monte santo, pois Deus usa e não anuía as suas vontades.
Esta teoria, portanto, enfatiza sobremaneira a autoria divina ao ponto de excluir a autoria humana.

7.8. Teoria da Inspiração Natural ou Intuição


Afirma que a inspiração é simplesmente um discernimento superior das verdades moral e
religiosa por parte do homem natural. Assim como tem havido artistas, músicos e poetas
excepcionais, que produziram obras de arte que nunca foram superadas, também em relação as
Escrituras houve homens excepcionais com visão espiritual que, por causa de seus dons naturais,
foram capazes de escrever as Escrituras.

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Esta é a noção mais baixa de inspiração, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a
autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos e unitarianos.

7.9. Teoria da Inspiração Mística ou Iluminação


Afirma que inspiração é simplesmente uma intensificação e elevação das percepções religiosas
do crente. Cada crente tem sua iluminação até certo ponto, mas alguns tem mais do que outros.
Se esta teoria fosse verdadeira, qualquer cristão em qualquer tempo, através da energia divina
especial, poderia escrever as Escrituras.
Schleiermacher foi quem disseminou esta teoria. Para ele inspiração é "um despertamento e
excitamento da consciência religiosa, diferente em grau e não em espécie da inspiração piedosa ou
sentimentos intuitivos dos homens santos".
Lutero, Neander, Tholuck, Cremer, F.W.Robertson, J.F.Clarke e G.T.Ladd defendiam esta teoria,
segundo Strong.

7.10. Inspiração dos Conceitos e não das Palavras


Esta teoria pressupõe pensamentos à parte das palavras, através da qual Deus teria transmitido
ideias, mas deixou o autor humano livre para expressá-las em sua própria linguagem. Mas ideias não
são transferíveis por nenhum outro modo além das palavras.
Esta teoria ignora a importância das palavras em qualquer mensagem. Muitas passagens
bíblicas dependem de uma das palavras usadas para a sua força e valor.
O estudo exegético das Escrituras nas línguas originais é um estuda de palavras, para que o
conceito possa ser alcançado através das palavras, e não para que palavras sem importância
representem um conceito. A Bíblia sempre enfatiza suas palavras e não um simples conceito (1Co
2.13; Jo 6.63; 17.8; Ex 20.1; Gl 3.16).

7.11. Graus de Inspiração


Afirma que há inspiração em três graus. Sugestão, direção, elevação, superintendência,
orientação e revelação direta, são palavras usadas para classificar estes graus.
Esta teoria alega que algumas partes da Bíblia são mais inspiradas do que outras. Embora ela
reconheça as duas autorias, dá margem a especulação fantasiosa.

7.12. Teoria Correta Quanto a Inspiração (Verbal Plenária)


É o poder inexplicado do Espírito Santo agindo sobre os escritores das Sagradas Escrituras,
para orientá-los (conduzi-los) na transcrição do registro bíblico, quer seja através de observações
pessoais, fontes orais ou verbais, ou através de revelação divina direta, preservando-os de erros e
omissões, abrangendo as palavras em gênero, número, tempo, modo e voz, preservando, desse
modo, a inerrância das Escrituras, e dando a ela autoridade divina.
a) Observação Pessoal: (1Jo 1.1-4).
b) Fonte Oral: (Lc 1.1-4).
c) Fonte Verbal: (At 17.18; Tt 1.12; Hb 1.1).
d) Revelação Divina Direta: (Ap 1.1-11; Gl 1.12).
e) Gênero: (Gn 3.15): Em Gn 3.15 o pronome hebraico está no gênero masculino, pois se
refere exclusivamente a Cristo (Ele te ferirá a cabeça...).
f) Número: (G1 3.16). Em Gl 3.16 Paulo faz citação de um substantivo hebraico que está no
singular, fazendo, também, referência exclusiva a Cristo.
g) Tempo e modo: (Ef 4.30; Cl 3.13). Em Ef 4.30 e Cl 3.13 o verbo perdoar encontra-se, no

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grego, no modo particípio e no tempo presente, o que significa que o perdão judicial
de Deus realizado no passado, quando aceitamos a Cristo, estende-se por toda a nossa
vida, abrangendo o perdão dos pecados do passado, do presente, e do futuro (1Jo 1.9 -
trata do perdão do pecado doméstico e não do judicial).
h) Voz: (Ef 5.18). Jesus Cristo reconheceu a inspiração verbal plenária quando declarou que
nem um til (a menor letra do alfabeto hebraico) seria omitido da lei (Mt 5.18 e Lc 16.17).

8. PROVAS DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA


Alguns fatores nos levam a crer na inspiração bíblica. Destacaremos os fatores principais:

a) Jesus assim testificou


Jesus lia com frequência as escrituras, o Velho Testamento (Lc 4.16 - 21). Profetizou a inspiração
do Novo Testamento (João 14.26).

b) O cumprimento das Profecias


Diversas profecias já se cumpriram total ou parcial. Isto comprova que as profecias bíblicas
foram inspiradas por Deus em sua totalidade. Veja o episódio de Satanás contra Jesus Cristo (Gn
3.15; Lc 22.53). A vitória de Jesus sobre Satanás (Gn 3.15, Hb 2.14; 1Jo 3.8). Os gentios são abençoados
por meio de Cristo como a semente de Abraão (Gn 12.3; At 3.25; Gl 3.8)

c) A Perenidade das Escrituras


Mesmo sendo um livro tão antigo, é ao mesmo tempo tão atual. Somente Deus com sua
onisciência poderia inspirar palavras que serve para todos os tempos e todas as culturas.

9. INERRÂNCIA OU INFALIBILIDADE
Inerrância significa que a verdade é transmitida em palavras que, entendidas no sentido em
que foram empregadas, entendidas no sentido que realmente se destinavam a ter, não expressam
erro algum.
A inspiração garante a inerrância da Bíblia. Inerrância não significa que os escritores não tinham
faltas na vida, mas que foram preservados de erros os seus ensinos. Eles podem ter tido concepções
errôneas acerca de muitas coisas, mas não as ensinaram; por exemplo, quanto à terra, às estrelas, às
leis naturais, à geografia, à vida política e social etc.
Também não significa que não se possa interpretar erroneamente o texto ou que ele não possa
ser mal compreendido.
A inerrância não nega a flexibilidade da linguagem como veículo de comunicação. E’ muitas
vezes difícil transmitir com exatidão um pensamento por causa desta flexibilidade de linguagem ou
por causa de possível variação no sentido das palavras.
A Bíblia vem de Deus. Será que Deus nos deu um livro de instrução religiosa repleto de erros?
Se ele possui erros sob a forma de uma pretensa revelação, perpetua os erros e as trevas que professa
remover. Pode-se admitir que um Deus Santo adicione a sanção do seu nome a algo que não seja a
expressão exata da verdade?
Diz-se que a Bíblia é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Se é parcialmente falsa,
como se explica que Deus tenha posto o seu selo sobre toda ela? Se ela é parcialmente verdadeira
e parcialmente falsa, então a vida e a morte estão a depender de um processo de separação entre o
certo e o errado, que o homem não pode realizar.
Cristo declara que a incredulidade é ofensa digna de castigo. Isto implica na veracidade daquilo

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que tem de ser crido, porque Deus não pode castigar o homem por descrer no que não é verdadeiro
(Sl 119.140,142; Mt 5.18; Jo 10. 35; Jo 17.17). Aqueles que negam a infalibilidade da Bíblia, geralmente
estão prontos a confiar na falibilidade de suas próprias opiniões.
Como exemplo de opinião falível encontramos aqueles que atribuem erro à passagem de 1Rs
7.23 onde lemos que o mar de fundição tinha dez côvados de diâmetro de uma borda até a outra,
ao passo que um cordão de trinta côvados o cingia em redor.
Sendo assim, tem-se dito que a Bíblia faz o valor do “Pi” ser 3 em vez de 3,1416. Mas, uma vez
que não sabemos se a linha em redor era na extremidade da borda ou debaixo da mesma, como
parece sugerir o versículo seguinte (v.24) não podemos chegar a uma conclusão definitiva, e
devemos ser cautelosos ao atribuir erro ao escritor.
Outro exemplo utilizado para contrariar a inerrância da Bíblia, encontra-se em 1Co 10.8 onde
lemos que 23.000 homens morreram no deserto, enquanto em Nm 25.9 diz que morreram 24.000.
Acontece que no Livro de Números nós temos o número total dos mortos, ao passo que em
1ª aos Coríntios nós temos o número parcial que somado ao restante dos homens relacionados nos
versículos 9 e 10, deverá contabilizar o total de 24.000.
A inerrância não abrange as cópias dos manuscritos, mas atinge somente os autógrafos, isto
é, os originais. Desse modo encontramos os seguintes tipos de erros nos manuscritos:

a) Erros Involuntários
Cometidos pelos escribas do Novo Testamento, devido a sua falta ou defeito de visão, defeitos
de audição ou falhas mentais.

b) Falhas de Visão
Em Romanos 6.5 muitos manuscritos (MSS) tem ama (juntos), mas há alguns que trazem alia
(porém). Os dois lambdas juntos deram ao copista a ideia de um “mi”.
Em Atos dos Apóstolos 15.40 onde há eplexamenoc (tendo escolhido) aparece no Códice Beza
epdcxamenoc (tendo recebido) onde o lambda maiúsculo é confundido com um delta maiúsculo.
Há também confusão de sílabas, como é o caso de 1ª de Timóteo 3.16 onde o manuscrito “D“
traz homologoumen ôs (nós confessamos que) em vez de homologoumenôs (sem dúvida).
O erro visual chamado parablopse (um olhar ao lado) é facilitado pelo homoioteleuton, que é
o final igual de duas linhas, levando o escriba a saltar uma delas, ou pelo homoioarchon, que são
duas linhas com o mesmo início.
O Códice Vaticano, em João 17.15, não contém as palavras entre parênteses: “Não rogo que
os tires do (mundo, mas que os guardes do) maligno”. Consultando o Novo Testamento grego
veremos que as duas linhas terminavam de maneira idêntica, em autos ek tou, no manuscrito que o
escriba de “B” copiava.
Os escritos de Lucas 18.39 não aparecem nos manuscritos 33, 57, 103 e b, devido a um final de
frase igual na sentença anterior no manuscrito do qual eles se derivam.
O Códice Laudiano tem um exemplo no versículo 4 do Capítulo 2 do livro de Atos: “Et repleti
sunt et repleti sunt omnes spiritu sancto”, sendo este em caso de adição, chamado ditografia, que é
a repetição de uma letra, sílaba ou palavras.

c) Falhas de Audição
Era costume muitos escribas se reunirem numa sala enquanto um leitor lhes ditava o texto
sagrado. Desse modo o ouvido traía o escriba até mesmo quando o copista solitário ditava a si
próprio.

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Em Romanos 5.1, encontramos um destes casos, onde as variantes “echômen s ri I |J.sv e


“echomen 8xt|0|08v” foram confundidas.
1Pe 2.3 também apresenta um caso semelhante com as variantes “cristos xpicrcocr” (Cristo) e
“crestos XPECTTOÍT” (gentil), esta última encontrada nos manuscritos K e L.
No grego koinê as vogais e ditongos pronunciavam-se de modo igual dentro das respectivas
classes. É o caso de 1Co 15.54 onde o termo “nikos vikoa” (vitória), foi confundido por “neikos veiKoa”
(conflito), sendo que aparece em P46 e B como “tragada foi a morte no conflito”.
Em Apocalipse 15.6 onde se lê “vestidos de linho puro” a palavra grega “linon Aivov” é
substituída por “lithon Xirrçov” nos manuscritos A e C “vestidos de pedra pura”. Desse modo uma só
letra que o ouvido menos apurado não entendeu direito e que produziu completa mudança de
sentido, torna-se erro grosseiro e hilariante.

d) Falhas da Mente
Quando a mente do escriba o traía, chegava a cometer erros que variavam desde a substituição
de sinônimos, como o caso da preposição “ek sk” por “apo arco”, até a transposição de letras dentro
de uma palavra, como o caso de João 5.39, onde Jesus disse “porque elas dão testemunho de mim”
(ai marturousai) e o escriba do manuscrito D escreveu “porque elas pecam a respeito de mim”
(hamartanousai).

e) Erros Intencionais
Erros que não se originaram de negligência ou distração dos escribas, mas antes de suspeita
de alteração, principalmente doutrinária.

f) Harmonização
Ao copiar os sinópticos, o escriba era levado a harmonizar passagens paralelas. É o caso de
Mateus 12.13 onde se lê “estende a tua mão. E ele estendeu; e ela foi restaurada como a outra”.
Em alguns manuscritos de Marcos o texto para em “restaurada”, sendo que em outros o escriba
acrescentou as palavras “como a outra” para harmonizá-lo com Mateus.
Outro tipo de harmonização ocorre quando os escribas faziam o texto do Novo Testamento
conformar-se com o Antigo Testamento, como por exemplo, em Marcos 1.1 os escribas do “W” e
Bizantinos mudaram “no profeta Isaias” para “nos profetas” porque verificaram que a citação não é
só de Isaias.

g) Correções Doutrinárias
Certo escriba, copiando Mateus 24.36 omitiu as palavras “nem o Filho”, pois o escriba sabia
que Jesus era onisciente, e deduziu que alguém havia cometido erro (Alefe, W, Bizantino).
Os manuscritos da Velha Latina e da Versão Gótica apresentam como acréscimo, em Lucas 1.3,
a frase “e ao Espírito Santo” como “empréstimo” de Atos 15.28.

h) Correções Exegéticas
Passagens de difícil interpretação eram alvo dos escribas que tentavam completar o seu
sentido através de interpolação e supressões.
Um caso de interpolação encontra-se em Mateus 26.15 onde as palavras “trinta moedas de
prata” foram alteradas para “trinta estateres” nos MSS D, a e b, afim de definir o tipo de moeda
mencionada. Mais tarde outros escribas (dos manuscritos 1, 209 e h) que conheciam os dois textos,
juntaram-no produzindo a frase “trinta estateres de prata”.

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i) Acréscimos Naturais ou de Notas Marginais


Determinado leitor do Códice 1518 anotou nas margens de Tiago 1.5 a expressão “êgeumatikês
kai ouk anthrôpines” (espiritual e não humana). Quando este Códice foi copiado, o escriba dos
manuscritos 603 incluiu esta expressão no texto: “Se alguém de vós tem falta de sabedoria espiritual
e não humana, peça-a a Deus...”.

10. AUTENTICIDADE OU GENUINIDADE


Dizemos que um livro é genuíno ou autêntico quando ele é escrito pela pessoa também
pessoas cujo nome ele leva ou se é anônimo, a quem a tradição antiga o atribui, ou, se não for
atribuído a algum autor ou autores específicos, à época que a tradição lhe atribui.
O Credo Apostólico não é genuíno porque não foi composto pelos apóstolos. As Viagens de
Gulliver é genuíno, tendo sido escrito por Dean Swift, embora seus relatos sejam fictícios.
Atos de Paulo não é genuíno, pois foi escrito por um sacerdote contemporâneo de Tertuliano.
Desse modo a autenticidade relaciona-se ao autor e à época do livro, e todos os livros da Bíblia
possuem autenticidade comprovada pela tradição histórica e pela arqueologia (G1 6.11; Cl 4.18).

11. A CANON DAS SAGRADAS ESCRITURAS


A Palavra Canon tem sua raiz, do hebraico “Kannesh; Kannesh” ou “Qanesh; Qanesh” que
significa: Peso, norma, vara de medir ou medida correta do grego “Kavov Kanon” e do latim Cânon,
com o mesmo significado do tremo hebraico.
Referindo-se, a Bíblia trata-se da coleção de livros considerados inspirados por Deus.
Não podemos aceitar a ideia de que em uma época do passado, houve-se uma espécie de
“convenção”, onde algumas pessoas determinaram se este ou aquele livro poderia fazer parte dos
livros canônicos.
Com certeza, ao inspirar um escritor, Deus já o havia selecionado como sendo verdadeiramente
um instrumento de Sua vontade. Portanto o livro escrito por este homem por si próprio já se incluía
entre os livros inspirados divinamente.
Alguns eruditos afirmam que os livros canônicos do Antigo Testamento, foi colecionado e
reconhecido por Esdras em meados do século V a.C. Em relatos feitos pelo historiador judeu Flávio
Josefo (ano 95 d.C.) e outros de sua época, está indicado que o Cânon do Antigo Testamento
compreende exatamente os 39 livros que conhecemos hoje.
O Mestre Jesus aprovou a coleção destes livros, ao afirmar que os legalistas mataram todos os
profetas de Abel até Zacarias. Note que Abel é mencionado no livro de Gênesis, a morte de Zacarias
é mencionada no livro de 2º Crônicas, o último livro da Escritura Hebraica.
O Critério usado para se saber se um texto era ou não inspirado, estava principalmente em
seu conteúdo. Todavia, algumas questões eram levantadas para se provar à inspiração divina
do texto. A saber:
Foi este livro usado pelos pais da Igreja?
Que atitude estes escritores primitivos tinham para com a inspiração do livro?
O livro era apostólico na sua origem?
O livro era usado e reconhecido pela igreja?
O livro ensina doutrina sadia?

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12. O CÂNON DO VELHO TESTAMENTO


A palavra Canon significa "Régua de medir", ou Padrão aferidor. Deste modo a Bíblia é o padrão
aferidor que deve nortear a vida de todos os homens. Portanto, quando dizemos o Cânon do Velho
Testamento estamos nos referindo ao conjunto dos livros do Velho Testamento. Como se formou?

a) A fixação da lei
Houve anotações (Ex 24.4-7 e Dt 31.9-13 e 24). Não se sabe quando o Pentateuco foi
completado. Porém há duas observações necessárias: 1) Não tratavam os escritos como nós. Há
adições aos pontos fundamentais. Houve tradição oral. Cremos na mão de Deus. Assim, tudo foi
testado e aprovado; 2) Duas vezes a nação declarou "obedeceremos ao livro desta lei". Com Josias
(II Rs 23.1 - 3 e II Cr 34. 29 - 31) e com Esdras (Ne 8 a 10 - a primeira leitura durou 6 horas conforme
Ne 8.3). O povo reconheceu vir de Deus.

b) A fixação dos profetas


O reconhecimento dos profetas anteriores (Josué, Juízes, Samuel e Reis). Três fatores
contribuíram: 1) Descrevem o trato de Iavé com o povo escolhido; 2) Seguem o mesmo sentido da
Lei; 3) A autoridade dos escritores foi aceita (Dt 31. 24 e Js 24. 26).
O reconhecimento dos profetas posteriores, tidos como autoritativos desde o início da
circulação. Predições se cumpriram, como o desastre do exílio. Alguns profetas citam outros, dando-
lhes autoridade (Dn 9. 2).

c) A fixação dos escritos


Sem problemas. Alguns salmos eram usados nos cultos, outros eram proféticos. Os livros de
sabedoria foram aceitos como sendo Dom de Deus (1Rs 3.28).
Por que Crônicas e não "As Guerras do Senhor" (Nm 21.14)? E o "Livro dos Justos" (Js 10.13)?
Hoje, perdidos. Na época, foram utilizados como referência, contudo não foram incluídos no Cânon
por algum motivo que desconhecemos.

d) O estabelecimento final do cânon


Segundo o historiador Josefo, na época de Esdras, tudo, desde a criação do mundo até
Artaxerxes I (465 - 425 a.C.) já estava anotado (em Contra Apião).
Talmude: Os escribas de Ezequias escreveram Isaias, Provérbios, Cânticos e Eclesiastes. Os
homens da grande congregação escreveram Os Doze, Daniel e Ester. Esdras escreveu seu livro e as
genealogias de Crônicas. Neemias completou o livro de Esdras.
O livro de "IV Esdras", um apocalipse judaico escrito no ano 100 d.C., portanto 30 anos depois
da queda de Jerusalém que se verificou em 70 d.C., cujos relatos antigos dizia que Esdras estava na
Babilônia e reclamou da queima dos livros da Lei. Conta-se então que Esdras divinamente inspirado
pelo Espírito Santo, ditou, em 40 dias, 70 livros a 5 escribas. Contudo, este livro não mereceu crédito
e não foi incluído no Cânon bíblico.
Realmente, o ano de sua edição seria 557 a.C. e Esdras é de 458 (conforme. Esdras 7), mas
mostra a visão dos judeus em ter Esdras como o compilador do cânon. Ele é mostrado como o novo
Moisés.

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13. O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO

Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com "padrões" determinados
e fixos, os livros incluídos nelas são considerados partes integrantes de uma revelação completa e
divina, a qual, portanto, é autorizada e obrigatória em relação à fé e à prática.
A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir (Ap
21.15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl 6.16; Fp 3.16).

a) A fonte da Canonização
A Canonização de um livro da Bíblia não significa que a nação judaica ou a igreja tenha dado
a esse livro a sua autoridade canônica; antes significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida
em outras bases suficientes, foi consequentemente reconhecida como pertencente ao cânon e assim
declarado pela nação judaica e pela igreja cristã.

b) O Critério Canônico (do Novo Testamento)


Adotou-se 5 critérios canônicos:
Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apóstolos ou por autor que tivesse
relacionamento com um dos apóstolos (imprimatur apostólico).
Universalidade: Quando era impossível demonstrar a autenticidade apostólica, o critério de
uso e circulação do livro na comunidade cristã universal era considerado para sua aferição canônica.
O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja para dela receber o seu imprimatur.
Conteúdo do Livro: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer ficção que nele
fosse encontrada tomava o escrito inaceitável.
Inspiração: O livro deveria possuir evidências de inspiração.
Leitura em Público: Nenhum livro seria admitido para leitura pública na igreja se não
possuísse características próprias. Muitos livros eram bons e agradáveis para leitura particular, mas
não podiam ser lidos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga.
E a esta leitura que Paulo exorta Timóteo a praticar (1Tm 4.13).

c) Conclusão da Canonização do (Novo Testamento)

c.1.) Concílio Damasino de Roma em 382 d.C.


Conclusão da Canonização (do Novo Testamento) A canonização dos livros do Novo
Testamento foi concluída pelos Concilio Damasino de Roma em 382 d.C.

c.2) Concilio de Cartago em 397 d.C.


No ano de 397 d.C. no Concílio de Cartago, realizado na África, surgiu à lista dos 27 livros que
compõe o Novo Testamento. Porém, bem antes disto, livros soltos no Novo Testamento já eram
usados pela igreja, que já os consideravam inspirados.

14. A DECLARAÇÃO DE CHICAGO SOBRE A INERRÂNCIA DA BÍBLIA


A autoridade das Escrituras é um tema-chave para a igreja cristã, tanto desta como de qualquer
outra época. Aqueles que professam fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador são chamados a
demonstrar a realidade de seu discipulado cristão mediante obediência humilde e fiel à Palavra
escrita de Deus.
Afastar-se das Escrituras, tanto em questões de fé quanto de conduta, é deslealdade para com

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nosso Mestre. Para que haja uma compreensão plena e uma confissão correta da autoridade das
Sagradas Escrituras é essencial um reconhecimento da sua total veracidade e confiabilidade.
A Declaração a seguir afirma sob nova forma essa inerrância das Escrituras, esclarecendo nosso
entendimento a respeito dela e advertindo contra sua negação. Estamos convencidos de que negá-
la é ignorar o testemunho dado por Jesus Cristo e pelo Espírito Santo e rejeitar aquela submissão às
alegações da própria Palavra de Deus, submissão esta que caracteriza a verdadeira fé cristã.
Entendemos que é nosso dever nesta hora fazer esta afirmação diante dos atuais desvios da verdade
da inerrância entre nossos irmãos em Cristo e diante do entendimento errôneo que esta doutrina
tem tido no mundo em geral.
Esta Declaração consiste em três partes: uma Declaração Resumida, Artigos de Afirmação e
Negação e uma Explanação.
Preparou-se a Declaração durante uma consulta de três dias de duração, realizada em Chicago,
nos Estados Unidos. Aqueles que subscreveram a Declaração Resumida e os Artigos desejam
expressar suas próprias convicções quanto à inerrância das Escrituras e estimular e desafiar uns aos
outros e a todos os cristãos a uma compreensão e entendimento cada vez maiores desta doutrina.
Reconhecemos as limitações de um documento preparado numa conferência rápida e
intensiva e não propomos que esta Declaração receba o valor de um credo. Regozijamo-nos, no
entanto, com o aprofundamento de nossas próprias convicções através dos debates que tivemos
juntos e oramos para que esta Declaração que assinamos seja usada para a glória de nosso Deus
com vistas a uma nova reforma da igreja no que tange à sua fé, vida e missão.
Apresentamos esta Declaração não num espírito de contenda, mas de humildade e amor, que,
com a graça de Deus, pretendemos manter em qualquer diálogo que, no futuro, surja daquilo que
dissemos. Reconhecemos, com satisfação, que muitos que negam a inerrância das Escrituras não
apresentam em suas crenças e comportamento as consequências dessa negação, e estamos
conscientes de que nós, que confessamos essa doutrina, frequentemente a negamos em nossas
vidas, por deixarmos de colocar nossos pensamentos e orações, tradições e costumes, em verdadeira
sujeição à Palavra divina.
Qualquer pessoa que veja razões, à luz das Escrituras, para fazer emendas às afirmações desta
Declaração sobre as próprias Escrituras (sob cuja autoridade infalível estamos, enquanto falamos), é
convidada a fazê-lo. Não alegamos nenhuma infalibilidade pessoal para o testemunho que damos e
seremos gratos por qualquer ajuda que nos possibilite fortalecer esse testemunho acerca da Palavra
de Deus.

Uma Breve Declaração


Deus, sendo ele próprio a Verdade e falando somente a verdade, inspirou as Sagradas
Escrituras a fim de, desse modo, revelar-se à humanidade perdida, através de Jesus Cristo, como
Criador e Senhor, Redentor e Juiz. As Escrituras Sagradas são o testemunho de Deus sobre si mesmo.
As Sagradas Escrituras, sendo a própria Palavra de Deus, escritas por homens preparados e
supervisionados por seu Espírito, possuem autoridade divina infalível em todos os assuntos que
abordam: devem ser cridas, como mandamento divino, em tudo o que determinam; aceitas, como
penhor divino, em tudo que prometem.
O Espírito Santo, seu divino Autor, ao mesmo tempo no-las confirma através de seu
testemunho interior e abre nossas mentes para compreender seu significado.
Tendo sido na sua totalidade e verbalmente dadas por Deus, as Escrituras não possuem erro
ou falha em tudo o que ensinam, quer naquilo que afirmam a respeito dos atos de Deus na criação
e dos acontecimentos da história mundial, quer no testemunho que dão sobre a graça salvadora de

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Deus na vida das pessoas.


A autoridade das Escrituras fica inevitavelmente prejudicada, caso essa inerrância divina
absoluta seja de alguma forma limitada ou desconsiderada, ou caso dependa de um ponto de vista
acerca da verdade que seja contrário ao próprio ponto de vista da Bíblia; e tais desvios provocam
sérias perdas tanto para o indivíduo quanto para a igreja.

15. AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA.


Se a Bíblia é de fato a Palavra de Deus, então ela não poderia ficar restrita aos idiomas originais
(Hebraico, Aramaico, Grego e Latim). Com o passar dos anos a Bíblia foi sendo traduzida para
diversos idiomas diferentes. O Antigo Testamento, após ser canonizado, teve seu papel importante
no ministério de Jesus e dos apóstolos, e, provavelmente usavam cópias em Hebraico feitas pelos
escribas dos escritos originais que ficavam nas sinagogas.

a) Manuscritos
Ouve-se falar dos manuscritos da Bíblia. Todavia, em nenhuma parte do mundo foi encontrado
os manuscritos originais, nem do Antigo nem do Novo Testamento. Acredita-se que ao copiar novos
manuscritos, os escribas queimavam ou enterravam os originais do Antigo Testamento quando estes
se estragavam ou ficavam muito velhos.
Possivelmente, estes manuscritos originais desapareceram por uma providência de Deus.
Imagine quanta idolatria não seria feita, a um manuscrito original com a letra do escritor original.
Existe em todo o mundo milhares de manuscritos copiados dos originais, em grego e em hebraico.
Quando as primeiras Bíblias foram impressas, havia mais de 2.000 destes manuscritos.
Os mais antigos manuscritos gregos são escritos em letras maiúsculas e quadradas, e na
mesma linha, todas as palavras estavam ligadas para poupar espaço. Foi encontrado um exemplo na
versão de Almeida citando Isaías 53.11 da seguinte maneira:
“Porque as suas iniquidades levará sobre si; IIop0uea<7croa.<Tivi0] i8a8scrA,eüjap(<TOppscri -

b) Grego Koine”
A Septuaginta, a tradução mais antiga que se tem notícia é a Septuaginta. Alguns eruditos não
demonstram muita confiança a esta versão traduzida dos originais hebraicos para o grego.
Esta obra recebeu este nome porque, segundo a tradição, foram Setenta homens a pedido de
Ptolomeu Filadelfo (rei do Egito), que deram início a traduções do Antigo Testamento no ano de 285
a.C. Sendo concluída cem anos após. Sendo em grego, possivelmente, existia nos dias de Jesus. E até
os dias de hoje se discute se o Mestre usou ou não esta tradução.

c) A Vulgata
A Igreja usava traduções da Bíblia em latim. No ano de 383 S. Jerônimo, um dos homens mais
sábios dos seus dias, recebeu do Bispo de Roma, Damasus, um convite para melhorar a Bíblia latina.
Jerônimo conclui a revisão de todo o Novo Testamento, e anos depois, muda-se para Belém onde
fundou um mosteiro.
No mosteiro, aos oitenta anos de idade, S. Jerônimo começa uma nova tradução do Antigo
Testamento, do hebraico para o latim. Esta tradução é conhecida como a Vulgata, e inclui muitos
dos apócrifos. A Vulgata foi à base de todas as traduções por mais de mil anos.

d) Latim Antigo
Foi produzida no fim do século II d.C. Provavelmente na África. Existe a forma africana e

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europeia. A europeia, ou itálica, serviu como uma das bases da Vulgata de Jerônimo, quanto ao Novo
Testamento. A africana foi usada por Cipriano. A versão em Latim Antigo é importante testemunho
do tipo de texto anterior ao Textus Receptus

e) A Renascença
Com o declínio do Feudalismo e o surgimento do período renascentista, a mentalidade do
homem medieval sofre sérias alterações. Novas ideias surgiram, novo conceito é apresentado em
relação ao evangelho de Cristo.
A igreja dominante começa perder o monopólio político e econômico centralizado nela
(Senhores feudais). Com a queda de Constantinopla em 1453, os sábios gregos, fogem para a Itália
levando com eles suas ciências e letras. Este acontecimento incentiva a que cidades Italianas como
Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras, cresçam culturalmente e economicamente.
Com o crescimento, a Itália começa a investir na cultura e no valor humano. Escolas foram
estabelecidas, e o povo italiano passa a um interesse maior pelos manuscritos orientais.
Com a mentalidade mais aberta, e um interesse pelos manuscritos antigos, as pessoas
começam a questionar a Vulgata. Sem dúvida, a Renascença, abriu, um período importante para o
cristianismo.
A teologia mística da Idade Média foi confrontada com uma nova realidade teológica. O Novo
Testamento em grego, pelo erudito Erasmo, em 1516, desafia a tradição e declina a Vulgata. Para
Erasmo, a Bíblia deveria estar ao alcance de todas as pessoas.
O novo Testamento de Erasmo serviu de base para muitas outras traduções na Inglaterra e por
toda a Europa. Dez anos após ter traduzido o Novo Testamento, Erasmo conclui a tradução de toda
a Bíblia. Exemplares desta tradução foram enviados secretamente para a Inglaterra.
Um outro fator importante na Renascença foi o desenvolvimento do processo de impressão
com tipos móveis de metal, a Imprensa.
O alemão J. Gutenberg, com seu engenhoso mecanismo, começa a imprimir trechos da Bíblia,
que foi o primeiro livro a ser impresso. Isto tomou a Bíblia muito mais barata que antes, que só podia
ser comprada com o acúmulo de 12 meses de trabalho.
Em Washington, existe um dos exemplares impresso por Gutenberg, afirma-se que foi pago
por esta Bíblia o valor de 350.000 dólares.

16. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS


Antes de observarmos como a Bíblia chegou no Brasil, é interessante sabermos primeiro, como
ela foi traduzida para o português.

a) Período das traduções incompletas


Até o final do século XVI, não havia nenhuma obra completa da Bíblia em português. Antes,
porém, já havia trechos da Bíblia em português. Sempre “tementes” a igreja, os monarcas se
preocupavam com a Bíblia Sagrada, D. João I, por exemplo, traduziu pessoalmente da Vulgata latina
o livro de Salmos. Já D. João II, em demonstração de como os soberanos portugueses reverenciavam
a Bíblia, ordenou que o final do versículo 31 de Romanos capítulo 8, fosse gravado em seu cetro.
Em 1505, a rainha D. Leonor (Leonora?), esposa de D. João II, manda imprimir em português
alguns livros do Novo Testamento (Atos dos Apóstolos; 1, 2 Pedro; 1, 2, 3 João; Tiago; Judas), que
foram traduzidos do latim alguns anos antes pelo frei Bernardo de Brinega.
Vinte anos após, morre a rainha e o clero católico faz com que estas obras desapareçam. No
ano de 1554, é publicada uma segunda edição biográfica sobre a vida de Cristo; que teve o mesmo

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fim das obras anteriores, simplesmente desapareceu.

b) Período das traduções completas


João Ferreira de Almeida foi o primeiro homem que teve disposição e ousadia em traduzir para
o português a Bíblia inteira. A versão de Almeida não foi a única, mais duas foram importantes na
história da tradução da Bíblia para o português, Rahmeyer e Figueiredo.

c) A versão de Almeida
De família católica, João Ferreira de Almeida nasceu em Lisboa no ano de 1628. Quando ainda
era adolescente, Almeida muda-se para Ásia, e aos quatorze anos de idade, sua família muda para
Malásia.
Lá, João curiosamente lê um folheto explicativo em espanhol sobre as diferenças entre
católicos e evangélicos, se convertendo à igreja Reformada no ano de 1642. Após sua conversão,
Almeida mostrou seu interesse pelo estudo eclesiástico e em pregar o evangelho por onde andava.
Com um pouco mais de dezesseis anos, João Ferreira de Almeida começa a traduzir a Bíblia
para seu idioma natural. Como era conhecedor do hebraico e do grego, pôde utilizar as cópias
originais no seu trabalho.
Em 1648, João teve que recomeçar o trabalho, visto que perdera seus manuscritos. Vinte e oito
anos depois, é concluído todo o Novo Testamento. Porém, somente no ano de 1681 é que surge o
primeiro volume do Novo Testamento em português traduzido por Almeida com a seguinte
apresentação:
“O Novo Testamento, isto e, Todos os Sacros Sanctos Livros e Escritos Evangélicos e Apostólicos
do Novo Concerto de Nosso Fiel Salvador e Redentor Jesus Cristo, agora traduzido em português por
João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Sancto Evangelho”. Com todas as licenças necessárias.
Em Amsterdam, por Viúva de J. V. Someren. “Ano 1681.”
Uma revisão foi feita nesta tradução, o próprio Almeida encontrou mais de dois mil erros.
Ribeiro dos Santos, que também revisou o texto, afirmou ter encontrado um número bem acima
disto.
Com a publicação do Novo Testamento, foi necessário que se tivesse também o Antigo
Testamento. Almeida começa a tradução do Antigo Testamento, e em 06 de Agosto de 1691, ao
falecer, João já tinha traduzido até Ezequiel 41.21.
Anos após, no ano de 1748, o pastor Jacobus op den Akker, reinicia o trabalho de Almeida, e
cinco anos mais tarde estava concluído o trabalho.
Em 1753, após muitas lutas, foi impressa a primeira Bíblia completa em português.

d) A Bíblia de Rahmeyer
Tradução completa da Bíblia, ainda inédita nos dias atuais. Pedro Rahmeyer, um comerciante
hamburguês que residiu em Lisboa durante trinta anos. Uma data mais provável para essa tradução
foi em meados do século XVIII. O manuscrito desta Bíblia se encontra na biblioteca do senado em
Hamburgo, Alemanha.

e) A tradução de Figueiredo
O padre Antônio Pereira de Figueiredo, nascido em 1745, Tomar, não muito longe de Lisboa;
inspirado na Vulgata latina traduz integralmente os dois Testamentos da Bíblia em dezoito anos. No
ano de 1819, é impressa em sete volumes a Bíblia de Figueiredo. Dois anos depois, é publicada em
um volume único.

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Como não conhecia a língua original, e baseado somente na Vulgata, a versão de Figueiredo
não foi tão aceita como a de Almeida.
E importante observamos que Figueiredo inclui em sua tradução todos os apócrifos da Vulgata.
Isto agradou muito a igreja católica romana em Portugal, e até os dias atuais é a versão em português
preferida do catolicismo, nos países cujo idioma é o português.

17. A BÍBLIA NO BRASIL


Os historiadores interessados não conseguem dar uma data precisa sobre a chegada da Bíblia
em nosso país. Sabe-se que, durante os três primeiros séculos após a descoberta de nosso país, a
Bíblia não era um livro autorizado pela corte portuguesa para circular no Brasil. Somente no início
do século XIX que os brasileiros puderam ter acesso à Palavra de Deus.
É importante observar que o Brasil foi colonizado por um país extremamente católico. E isto,
no que se refere a divulgação da Bíblia não era um fator positivo, pois o clero católico não tinha o
menor interesse em ver a população brasileira lendo a Bíblia.
Os exemplares da Bíblia existentes no Brasil eram poucos, e para complicar mais as coisas, não
estavam em português, mas em latim (aliás, na época, até as missas católicas eram “rezadas” em
latim).

a) Traduções parciais
Traduções parciais da Bíblia foram feitas a partir do ano de 1847. Neste ano, publicou-se em
São Luís do Maranhão, o Novo Testamento traduzido por frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré,
baseado na Vulgata. Sendo este, o primeiro texto bíblico traduzido no Brasil.

b) Traduções completas
Em 1902, sociedades bíblicas internacionais interessadas na divulgação da Bíblia no Brasil,
patrocinaram uma nova tradução para o português. Formou-se uma comissão de homens eruditos
nas línguas originais e na língua lusitana. No ano de 1917, é publicado o primeiro trabalho completo
de uma tradução da Palavra de Deus feita em nosso país, que ficou conhecido como Tradução
Brasileira.

c) As Sociedades Bíblicas.
Temos que ser gratos ao grande Deus pela existência de duas Sociedades Bíblicas
internacionais, a Britânica e a Americana. Graças a estas sociedades, aos poucos, Bíblias foram
infiltradas no Brasil, antes mesmo da chegada dos primeiros missionários protestantes no ano de
1855.
Estas sociedades enviavam exemplares da Bíblia em português e em latim, a comerciantes
estrangeiros que rapidamente distribuíam os poucos livros santos.
Algumas pessoas recebiam exemplares da Bíblia enviados pelas sociedades bíblicas
internacionais, até que as próprias sociedades se estabeleceram no Brasil.

d) Sociedade Britânica e Americana


No ano de 1856, a Sociedade Bíblica Britânica estabelece uma agência no Estado do Rio de
Janeiro. Com esta subsede no Brasil, fica muito mais fácil a distribuição da Bíblia no país.
Vinte anos após, os americanos resolvem implantar uma filial no Brasil, é organizada também
no estado do Rio, a Sociedade Bíblica Americana.
Até os dias atuais somos beneficiados pelo trabalho que aqueles irmãos fizeram. Deus seja

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louvado!

e) Imprensa Bíblica Brasileira


Em 02 de Julho de 1940, o quadro evangélico do Brasil é transformado pela criação da
Imprensa Bíblica Brasileira (I.B.B). Em assembleia anual, a Missão Batista do Sul do Brasil, resolve criar
uma entidade com a finalidade de imprimir e distribuir a Bíblia no Brasil.
Os missionários evangélicos sentiam falta de Bíblias, eles achavam que poderiam distribuir
muito mais se tivessem em estoque.
No dia 25 de Junho de 1943 foi que se começou a imprimir a Bíblia dentro do Brasil. A segunda
guerra mundial de uma certa forma “ajudou”, pois com a guerra, muitos navios que transportavam
Bíblias para o Brasil foram a pique, diminuindo assim o número de Bíblias no país.
Já no final de 1977, a I.B.B. tinha completado um número de 35 impressões diferentes da Bíblia,
num total de 2.573.504 exemplares, fora os Novos Testamentos e milhões de evangelhos avulsos.

f) Sociedade Bíblica do Brasil


As sociedades Bíblicas internacionais foram de grande importância na divulgação da Palavra
de Deus. Porém seria de extrema importância ter uma sociedade totalmente brasileira.
Em 10 de Junho de 1948 é organizada a Sociedade Bíblica Brasileira (S.B.B) com o objetivo de
“Dar a Bíblia, a Pátria”. E em pouco tempo, são extintas as sociedades estrangeiras.
A S.B.B. fez duas revisões na versão de Almeida. A edição Revista e Atualizada no Brasil, uma
revisão bem aprofundada. A segunda foi a Corrigida, uma revisão mais superficial que conservou o
antigo nome.

18. VERSÕES ATUAIS DA BÍBLIA NO BRASIL


Na atualidade existem diversas versões de Bíblias no mercado brasileiro. Pode-se encontrar
desde um simples modelo popular a um CD-ROM/pendrive para computador. Existe também várias
traduções diferentes que facilitam a vida de pastores e líderes eclesiásticos.
Observaremos as versões mais comuns e usadas pelos cristãos Brasileiros.

a) Modelo popular
O modelo popular é o modelo mais vendido no mercado brasileiro. Geralmente é de capa dura
e de acabamento simples; variando de acordo com a editora responsável. Existe em no mínimo dois
tamanhos grande e de bolso. O conteúdo é bem básico, contendo geralmente o texto bíblico com
algumas referências e poucos mapas geográficos.

b) Modelo de luxo
O modelo de luxo é bem variado. Pode ser um pouco mais simples com beira vermelha, índice,
capa de couro sintético ou ser totalmente luxuosa com beira dourada, índice, capa de couro legítimo,
mapas coloridos, etc.
Existe alguns modelos que são tão luxuosos, que são comprados somente para ornamento em
prateleiras e estantes. É muito comum se ver também Bíblias com capas coloridas e enfeitadas que
possuem uma estética maravilhosa.

c) Bíblias de estudos
O estudioso da Palavra não pode deixar de ter no mínimo dois modelos diferentes de Bíblia
de estudo. Estes modelos têm ajudado aos pastores e líderes nas igrejas evangélicas de hoje. Serão

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citados aqui os principais modelos.

d) Bíblia de referências Thompson


Editada pela editora Vida, é uma Bíblia completamente voltada a dar referências temáticas
interligando muitos versículos, levando o leitor a tirar suas próprias conclusões doutrinárias. Além
das muitas referências, a Bíblia Thompson também é repleta de estudos de personagens, um
excelente suplemento arqueológico com ricas informações, mapas coloridos, concordância bíblica,
harmonia dos evangelhos etc. Esta é uma das Bíblias de estudo mais recomendadas nos seminários
teológicos.

e) A Bíblia Anotada
Editada pela editora Mundo Cristão de São Paulo, contêm várias informações úteis ao leitor da
Bíblia. A editora Mundo Cristão levou sete anos para preparar esta versão brasileira da Bíblia
Anotada. O conteúdo desta Bíblia é bem variado, contendo: Introdução a cada livro, referências,
concordância, Atlas, esboço de estudo etc. O grande problema desta Bíblia é justamente o
comentário de rodapé, onde pequenos pontos são questionados por alguns teólogos, que
discordam de pontos doutrinários. Mais no geral é uma boa Bíblia de estudo.

f) Bíblia Vida Nova


Edições Vida Nova e S.B.B. são as duas editoras responsáveis pela publicação desta Bíblia no
Brasil. Devido a qualidade do material e o bom preço, o mercado tem recebido muito bem esta
Bíblia. O conteúdo é ótimo, possuindo uma cadeia de referência tão boa quanto a Thompson. Além
disso, a enciclopédia de assuntos existente na Bíblia Vida Nova, ajuda muitos aos leitores, pois
contém 4218 temas diferentes.
O comentário de rodapé, é muito mais confiável que as demais Bíblias de estudos. E, sem
dúvida, a versão de estudo preferida dos pastores e teólogos; principalmente os que fazem partes
de igrejas históricas (Batista, Presbiteriana e outras).

g) A Bíblia Explicada
A Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) é a editora responsável em publicar esta
Bíblia. O conteúdo e limitado a comentários, não possuindo o texto bíblico. Esta versão bíblica é
praticamente restrita aos membros da Assembleia de Deus, pois seus comentários são voltados à
doutrina desta igreja. É uma boa Bíblia.

h) Bíblia Concordância e dicionário


Editada pela JUERP, não é hoje tão aceita como fora em tempos passados. E a única versão de
estudo que vem acompanhada de dicionário bíblico e concordância ao mesmo tempo.
Para que fosse mais aceita no mercado, seria importante que a JUERP fizesse algumas
modificações complementando esta Bíblia.

i) Outras
Existe hoje muitas Bíblias de estudo que não dá para comentarmos sobre todas.
Algumas devem serem destacadas, como:
- A Bíblia Vida, com as palavras de Jesus destacadas em vermelho, Editora Vida.
- Bíblia e concordância, editada em muitas versões pela JUERP e Editora Vida.
- A Bíblia Viva, editada numa linguagem muito moderna pela Editora Mundo Cristão.

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- Bíblia do Ministro, Edição voltada a pastores e líderes em geral, Editora Vida.


- Bíblia de Estudo Pentecostal, dizem ser uma ótima versão para estudos, da editora CPAD.
- Bíblia de Jerusalém, Apesar de ser uma Bíblia católica, é recomendada por vários pastores
evangélicos por causa do conteúdo histórico/arqueológico, Edições Paulinas.
- Bíblia Sagrada Scofield, distribuída principalmente pela editora Bom pastor, todavia, não é
publicada no Brasil. Seu conteúdo apresenta comentários que levam muitos teólogos a discordarem,
não sendo muito recomendada nos seminários. Sua maior aceitação está nos leitores pentecostais
modernos (os chamados Neopentecostais).

j) Bíblias para crianças


Sem dúvida, tiveram uma ótima ideia quando começaram a publicar Bíblias adaptadas para as
crianças. Fica muito mais fácil para uma criança assimilar o conteúdo bíblico, em uma linguagem
mais a seu nível. O conteúdo das Bíblias infantis, não é o mesmo de uma comum; as histórias
selecionadas, adaptadas e ilustradas, essas coisas, ajudam a criança a compreender a história bíblica.
Como o mercado aceitou bem estas Bíblias, muitas editoras começaram a publicar Bíblias
(inclusive editoras que não se restringem a publicar livros cristãos e Bíblias). Eis o nome das principais
Bíblias infantis encontradas no mercado:
Minha Bíblia, da Editora Mundo Cristão; Minha Primeira Bíblia Ilustrada, da Editora Luz para o
Caminho; A Bíblia da Criança, da Editora Vida; A Bíblia da Garotada, da Editora Cristã Unida; Minha
Primeira Bíblia, da Editora Melhoramentos.

k) Outros modelos de Bíblias


Muitos não sabem, porém, existe no mercado brasileiro, além das Bíblias convencionais, alguns
modelos interessantes de Bíblias que têm ajudado muito na propagação do Evangelho.
- Bíblia em Áudio: Ideal para quem não sabe ler ou quem sofre alguma espécie de limitação
ou deficiência na visão. Pode ser encontrada nas grandes livrarias.
- Bíblia em CD Rom: Com o crescimento da informática, seria muito natural e necessário, o
surgimento de uma Bíblia assim. O computador tem muita utilidade na igreja, na elaboração de
apostilas de estudos, cartazes, cartas, etc. Com esta Bíblia, é muito fácil preparar estudos bíblicos
apostilados. 0 grande problema desta Bíblia é o alto custo.
- Bíblia em braile: Não é muito comum encontrar este tipo de Bíblia, porém existe. Este
modelo de Bíblia é feito para que pessoas com baixa ou nenhuma visão possam ler com o tato das
mãos.

l) Revista e Atualizada no Brasil


Em 1948, com a organização da SBB, foi feita uma revisão aprofundada na tradução original
de Almeida dando origem a versão Revista e Atualizada no Brasil. Esta é a versão mais usada pelos
evangélicos no Brasil.

m) Revista e Corrigida
Também teve sua origem em 1948. Com o surgimento da versão Revista e Atualizada no Brasil,
uma revisão mais superficial foi feita, mantendo o nome original, “Corrigida”. E muito comum
também esta versão atualmente.

n) Revisada de Almeida
Em 1967, a Imprensa Bíblica Brasileira, criada em 1940, publicou a sua Edição Revisada de

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Almeida. Posteriormente, esta edição e reeditada com pequenas modificações. Esta versão e muito
usada pelas igrejas evangélicas históricas.

o) Linguagem de Hoje
A Sociedade Bíblica do Brasil, em 1988, traduz para uma linguagem atual, a versão “Na
Linguagem de Hoje”. Muitos não concordam muito com esta tradução, todavia os simpatizantes são
em maior número. Algumas igrejas adotaram a versão na Linguagem de Hoje como oficial nos cultos.
Este tipo de Bíblia vem acompanhado com um vocabulário excelente, que toma a compreensão
de algumas palavras muito mais fácil para o leitor.

p) Edição Contemporânea
Em 1990, A Editora Vida publicou a Edição Contemporânea de Almeida, eliminando arcaísmos,
mas mantendo, dentro do possível, a excelência do original que lhe serviu de base. Todas as Bíblias
editadas pela editora Vida é nesta edição.

q) O Novo Testamento, Nova Versão Internacional (NVI)


Em 1993, com o patrocínio da Sociedade Bíblica Internacional, o Rev. Luiz Sayão, liderando um
grupo de tradutores, conclui a tradução mais recente (até o momento) do Novo Testamento. Este
Novo Testamento está sendo muito bem aceito pelas igrejas evangélicas, pois a linguagem é de fácil
compreensão e atual.

19. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Bibliologia é uma doutrina pouco discutida nas igrejas, muita coisa ainda poderia ser escrita
sobre a história da Bíblia, porém o que estudamos, já é uma boa base de informação. Mesmo assim,
se você tem interesse maior; procure outras fontes de informações, converse com pastores, leia livros
que tratam do assunto, faça comparações deste estudo com outros etc. Sempre se aprende algo
novo e de maneira mais clara.
Não é suficiente conhecer bem a história da Bíblia. Muito melhor é conhecer o Deus da Bíblia.
E quando se conhece esse Deus, automaticamente, existe um interesse pela Bíblia.
Portanto, (talvez alguém não concorde comigo) se alguém afirma crer de coração que Deus
enviou Jesus ao mundo para remissão do pecado do homem, e ter aceitado Jesus em seu coração
como Senhor e Salvador, e por outro lado, não tem o hábito de ler a Bíblia no mínimo uma vez por
dia, um tremendo ponto de? Deve ser colocado na vida cristã desta pessoa.
Se você é um tipo de cristão assim, peça perdão ao Senhor. Dê maior valor a Palavra de Deus.
Não pise em cima de um trabalho tão bem planejado como é As Escrituras Sagradas.

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REFERÊNCIAS

- HALLEY, H. H. Manual Bíblico - Edições Vida Nova.

- MEIN, John. A Bíblia e como chegou até nós - JUERP.

- OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia - CPAD.

- BOYER, O. S. Pequena Enciclopédia Bíblica - Editora Vida.

- BUCKLAND, A. R. Dicionário Bíblico Universal - Editora Vida.

- THOMPSON, Bíblia Thompson - Editora Vida.

- MILLER, Stephen M.; HUBER, Robert V. A Bíblia e sua história - SBB.

- RYRIE, Charles Caldwel, Th.D, Ph.D, Bíblia Anotada - Editora Mundo Cristão.

- SOUZA, Nicodemos de. Coleção Ensino Teológico - CPAD.

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