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1. INTRODUÇÃO
A Bíblia seria somente mais um livro se não fosse pelo seu conteúdo. E mostra Jesus Cristo de
Gênesis a Apocalipse. As palavras contidas nas Escrituras a diferem de todos os livros que existem e
que existiram no decorrer da história. Suas palavras são diversificadas em todos os sentidos. Lemos
histórias, ficções (em suas parábolas), poesias, biografias, ensinamento cultural (em especial, sobre a
nação de Israel).
“Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens divinamente inspirados, e é um tesouro
perfeito de instrução celestial; que tem Deus por seu autor, salvação por sua finalidade, e verdade sem
qualquer mistura de erro em seu conteúdo; que ela revela os princípios pelos quais Deus nos julgará;
e, portanto, é e permanecerá até o fim do mundo, o verdadeiro centro de união cristã, sendo o padrão
supremo pelo qual toda conduta, e todos os credos e opiniões humanas devem ser julgados”. (Confissão
Batista de New Hampshire, em 1833).
2. ORIGEM/DATA
Não há como saber com exatidão a origem da Bíblia. Porém, acredita-se que foi no monte
Sinai que Moisés recebeu a ordem de Deus para começar a escrever a Bíblia (Êxodo 17.14).
Aproximadamente de 1.500 a.C. a 97 d.C. quando o Apóstolo João escreveu o seu evangelho.
A primeira pessoa a aplicar o nome “Bíblia” foi João Crisóstomo, grande reformador e patriarca
de Constantinopla, 398 - 404 d.C. O termo “Bíblia ou Coleção de Livros” originou-se do grego “biblos
pipAoa” (folhas de papiro preparada para a escrita), e “biblion” (rolo pequeno de papiro) que em que
em nossa língua foi traduzido como “Bíblia”.
Os primeiros materiais originais foram o pergaminho (“quando vieres, trazei a capa que deixe
em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos” - 2 Timóteo 4.13), que era
pele de animal curtida e preparada para a escrita, superior ao papiro, e o papiro propriamente dito,
originário de uma planta aquática (junco), que originou a palavra papel.
3. TERMINOLOGIA DA BÍBLIA
A palavra “Bíblia” não é encontrada nas escrituras. Este nome, que vem do grego “Biblos Bt.oa”
que significa livros, foi usado pela primeira vez no século IV por João Crisóstomo (345 - 407), um dos
pais da igreja.
Bíblia. Derivado de biblion do grego Bi.pA.iov que quer dizer “rolo” ou “livro” (Lc 4.17).
Escritura(s). Termo usado no Novo Testamento para os livros sagrados do Antigo Testamento,
que eram considerados inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no Novo
Testamento com referência a outras porções deste (2Pe 3.16; Jo 10.35; Hb 4.12).
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versículos no ano de 1551, melhorando assim, o trabalho do Cardeal Caro, ano 1236.
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4. AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
a) Aramaico - Semítico
O Aramaico origem Semítica foi o idioma falado há 2000 anos a.C. em Arã ou Síria pelos Judeus
durante e após o cativeiro (Dn 2.4; a 7.28; Ed 4.8; a 6.18, e 7.12-16; Jr 10.11).
Era a língua falada por Jesus e seus discípulos. Originalmente falado pelos Arameus XII a.C. que
se estabeleceram com grande número na região da Mesopotâmia, onde hoje está atualmente o
Iraque, Síria e a região da Turquia Oriental. Onde por volta de 626 a.C. Nebololassar proclama-se rei
da Babilônia e uniram-se aos povos Medas e Cintas para derrotar a Assíria.
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5. AUTORIA
Na realidade os direitos autorais da Bíblia pertencem a Deus. Não foi uma única pessoa, que
Deus usou para escrever a Bíblia. Foram 40 homens que serviram de instrumentos para escrever as
escrituras.
Esses homens eram pessoas diferentes em muitos aspectos: Moisés, Paulo, Esdras e Lucas
possuíam uma cultura elevada em relação a Pedro, João e Tiago. Davi, que escreveu vários Salmos,
foi um grande rei. Neemias escreveu o livro que possui o seu nome, foi copeiro do rei da Pérsia.
É importante observar que, todos os escritores usados por Deus, deixaram suas características
pessoais nos livros que escreveram.
6. INSPIRAÇÃO
É a operação divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a
mensagem divina, e que os moveu a transcrevê-la com exatidão, impedindo-os de cometerem erros
e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata transferência
da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível (1Co 10.13; 2Tm 3.16; 2Pe 1.
20,21).
Sabemos que Deus usou 40 homens para escrever as escrituras. Deus inspirou estes homens
(2Tm 3.16). A palavra, inspiração deriva-se de “inspiro” que significa: “Soprar para dentro, insuflar.”
Deus escolhe alguns homens e “sopra sobre eles” a sua vontade, suas ideias e forma de como
Ele queria que fosse escrita as palavras contidas nas escrituras.
b) Autoria Humana
Do lado humano, certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de
receber a Palavra e passá-la para a forma escrita. Em 2Pe 1.21 encontramos a referência aos homens:
"Homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (“pherô 7tT]ep |” = movidos ou
conduzidos). A referência aqui é ao escritor.
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Portanto podemos afirmar que toda a Escritura é soprada ou expirada por Deus, e não inspirada
como expressa a ARC.
As Escrituras são o próprio sopro de Deus, é o próprio Deus falando (2Sm 23.2). Em 2Pe 1.21
este vocábulo se toma mais inadequado ainda, pois a tradução da ARC transmite a ideia de que os
homens santos foram inspirados pelo Espírito Santo. O fato é que o homem não é inspirado, mas a
Palavra de Deus é que é expirada (Compare Jó 32.8; 33.4; com Ez 36.27;37.
A Almeida Revista e Atualizada (ARA), porém, apesar de utilizar o termo inspiração em 2Tm
3.16, usa, com acerto, o verbo mover em 2Pe 1. 21. Como tradução do vocábulo grego “pherô 7rr|Ep
|”, que significa exatamente mover ou conduzir.
Considerada esta ressalva, não devemos pender para o extremo, excluindo a autoria humana
da compilação das Escrituras. Ela própria reconhece a autoria dual no registro bíblico. Em Mt 15.4
está escrito que Deus ordenou enquanto em Mc 7.10 diz que foi Moisés quem ordenou.
Em muitas outras passagens semelhantes a esta (Compare Sl 110.1 com Mc 12.36; Ex 3.6,15
com Mt 22.31; Lc 20.37 com Mc 12.26; Is 6.9,10; At 28.25 com Jo 12.39-41; Mt 1.22; 2.15; At 1.16; 4.25;
Hb 3.7-11; Hb 9.8; 10.15) Deus opera de modo misterioso usando e não anulando a vontade humana,
sem que o homem perceba que está sendo divinamente conduzido, sendo que neste fenômeno, o
homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv. 16:1; 19:21; Sl 33.15; 105.25; Ap 17.17).
Desse mesmo modo Deus também usa Satanás (Compare 1Cr 21.1 com 2Sm 24.1; 1Rs 22.20-
23), mas não retira a responsabilidade do homem (At 5.3,4), como também o faz na obra da salvação
(Dt 30.19; Sl 65.4; Jo 6.44).
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A Bíblia faz declarações científicas de descobertas posteriormente: (Jó 26.7; Sl 135.7; Ec 1.7; Is
40.22).
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Esta é a noção mais baixa de inspiração, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a
autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos e unitarianos.
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grego, no modo particípio e no tempo presente, o que significa que o perdão judicial
de Deus realizado no passado, quando aceitamos a Cristo, estende-se por toda a nossa
vida, abrangendo o perdão dos pecados do passado, do presente, e do futuro (1Jo 1.9 -
trata do perdão do pecado doméstico e não do judicial).
h) Voz: (Ef 5.18). Jesus Cristo reconheceu a inspiração verbal plenária quando declarou que
nem um til (a menor letra do alfabeto hebraico) seria omitido da lei (Mt 5.18 e Lc 16.17).
9. INERRÂNCIA OU INFALIBILIDADE
Inerrância significa que a verdade é transmitida em palavras que, entendidas no sentido em
que foram empregadas, entendidas no sentido que realmente se destinavam a ter, não expressam
erro algum.
A inspiração garante a inerrância da Bíblia. Inerrância não significa que os escritores não tinham
faltas na vida, mas que foram preservados de erros os seus ensinos. Eles podem ter tido concepções
errôneas acerca de muitas coisas, mas não as ensinaram; por exemplo, quanto à terra, às estrelas, às
leis naturais, à geografia, à vida política e social etc.
Também não significa que não se possa interpretar erroneamente o texto ou que ele não possa
ser mal compreendido.
A inerrância não nega a flexibilidade da linguagem como veículo de comunicação. E’ muitas
vezes difícil transmitir com exatidão um pensamento por causa desta flexibilidade de linguagem ou
por causa de possível variação no sentido das palavras.
A Bíblia vem de Deus. Será que Deus nos deu um livro de instrução religiosa repleto de erros?
Se ele possui erros sob a forma de uma pretensa revelação, perpetua os erros e as trevas que professa
remover. Pode-se admitir que um Deus Santo adicione a sanção do seu nome a algo que não seja a
expressão exata da verdade?
Diz-se que a Bíblia é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Se é parcialmente falsa,
como se explica que Deus tenha posto o seu selo sobre toda ela? Se ela é parcialmente verdadeira
e parcialmente falsa, então a vida e a morte estão a depender de um processo de separação entre o
certo e o errado, que o homem não pode realizar.
Cristo declara que a incredulidade é ofensa digna de castigo. Isto implica na veracidade daquilo
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que tem de ser crido, porque Deus não pode castigar o homem por descrer no que não é verdadeiro
(Sl 119.140,142; Mt 5.18; Jo 10. 35; Jo 17.17). Aqueles que negam a infalibilidade da Bíblia, geralmente
estão prontos a confiar na falibilidade de suas próprias opiniões.
Como exemplo de opinião falível encontramos aqueles que atribuem erro à passagem de 1Rs
7.23 onde lemos que o mar de fundição tinha dez côvados de diâmetro de uma borda até a outra,
ao passo que um cordão de trinta côvados o cingia em redor.
Sendo assim, tem-se dito que a Bíblia faz o valor do “Pi” ser 3 em vez de 3,1416. Mas, uma vez
que não sabemos se a linha em redor era na extremidade da borda ou debaixo da mesma, como
parece sugerir o versículo seguinte (v.24) não podemos chegar a uma conclusão definitiva, e
devemos ser cautelosos ao atribuir erro ao escritor.
Outro exemplo utilizado para contrariar a inerrância da Bíblia, encontra-se em 1Co 10.8 onde
lemos que 23.000 homens morreram no deserto, enquanto em Nm 25.9 diz que morreram 24.000.
Acontece que no Livro de Números nós temos o número total dos mortos, ao passo que em
1ª aos Coríntios nós temos o número parcial que somado ao restante dos homens relacionados nos
versículos 9 e 10, deverá contabilizar o total de 24.000.
A inerrância não abrange as cópias dos manuscritos, mas atinge somente os autógrafos, isto
é, os originais. Desse modo encontramos os seguintes tipos de erros nos manuscritos:
a) Erros Involuntários
Cometidos pelos escribas do Novo Testamento, devido a sua falta ou defeito de visão, defeitos
de audição ou falhas mentais.
b) Falhas de Visão
Em Romanos 6.5 muitos manuscritos (MSS) tem ama (juntos), mas há alguns que trazem alia
(porém). Os dois lambdas juntos deram ao copista a ideia de um “mi”.
Em Atos dos Apóstolos 15.40 onde há eplexamenoc (tendo escolhido) aparece no Códice Beza
epdcxamenoc (tendo recebido) onde o lambda maiúsculo é confundido com um delta maiúsculo.
Há também confusão de sílabas, como é o caso de 1ª de Timóteo 3.16 onde o manuscrito “D“
traz homologoumen ôs (nós confessamos que) em vez de homologoumenôs (sem dúvida).
O erro visual chamado parablopse (um olhar ao lado) é facilitado pelo homoioteleuton, que é
o final igual de duas linhas, levando o escriba a saltar uma delas, ou pelo homoioarchon, que são
duas linhas com o mesmo início.
O Códice Vaticano, em João 17.15, não contém as palavras entre parênteses: “Não rogo que
os tires do (mundo, mas que os guardes do) maligno”. Consultando o Novo Testamento grego
veremos que as duas linhas terminavam de maneira idêntica, em autos ek tou, no manuscrito que o
escriba de “B” copiava.
Os escritos de Lucas 18.39 não aparecem nos manuscritos 33, 57, 103 e b, devido a um final de
frase igual na sentença anterior no manuscrito do qual eles se derivam.
O Códice Laudiano tem um exemplo no versículo 4 do Capítulo 2 do livro de Atos: “Et repleti
sunt et repleti sunt omnes spiritu sancto”, sendo este em caso de adição, chamado ditografia, que é
a repetição de uma letra, sílaba ou palavras.
c) Falhas de Audição
Era costume muitos escribas se reunirem numa sala enquanto um leitor lhes ditava o texto
sagrado. Desse modo o ouvido traía o escriba até mesmo quando o copista solitário ditava a si
próprio.
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d) Falhas da Mente
Quando a mente do escriba o traía, chegava a cometer erros que variavam desde a substituição
de sinônimos, como o caso da preposição “ek sk” por “apo arco”, até a transposição de letras dentro
de uma palavra, como o caso de João 5.39, onde Jesus disse “porque elas dão testemunho de mim”
(ai marturousai) e o escriba do manuscrito D escreveu “porque elas pecam a respeito de mim”
(hamartanousai).
e) Erros Intencionais
Erros que não se originaram de negligência ou distração dos escribas, mas antes de suspeita
de alteração, principalmente doutrinária.
f) Harmonização
Ao copiar os sinópticos, o escriba era levado a harmonizar passagens paralelas. É o caso de
Mateus 12.13 onde se lê “estende a tua mão. E ele estendeu; e ela foi restaurada como a outra”.
Em alguns manuscritos de Marcos o texto para em “restaurada”, sendo que em outros o escriba
acrescentou as palavras “como a outra” para harmonizá-lo com Mateus.
Outro tipo de harmonização ocorre quando os escribas faziam o texto do Novo Testamento
conformar-se com o Antigo Testamento, como por exemplo, em Marcos 1.1 os escribas do “W” e
Bizantinos mudaram “no profeta Isaias” para “nos profetas” porque verificaram que a citação não é
só de Isaias.
g) Correções Doutrinárias
Certo escriba, copiando Mateus 24.36 omitiu as palavras “nem o Filho”, pois o escriba sabia
que Jesus era onisciente, e deduziu que alguém havia cometido erro (Alefe, W, Bizantino).
Os manuscritos da Velha Latina e da Versão Gótica apresentam como acréscimo, em Lucas 1.3,
a frase “e ao Espírito Santo” como “empréstimo” de Atos 15.28.
h) Correções Exegéticas
Passagens de difícil interpretação eram alvo dos escribas que tentavam completar o seu
sentido através de interpolação e supressões.
Um caso de interpolação encontra-se em Mateus 26.15 onde as palavras “trinta moedas de
prata” foram alteradas para “trinta estateres” nos MSS D, a e b, afim de definir o tipo de moeda
mencionada. Mais tarde outros escribas (dos manuscritos 1, 209 e h) que conheciam os dois textos,
juntaram-no produzindo a frase “trinta estateres de prata”.
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a) A fixação da lei
Houve anotações (Ex 24.4-7 e Dt 31.9-13 e 24). Não se sabe quando o Pentateuco foi
completado. Porém há duas observações necessárias: 1) Não tratavam os escritos como nós. Há
adições aos pontos fundamentais. Houve tradição oral. Cremos na mão de Deus. Assim, tudo foi
testado e aprovado; 2) Duas vezes a nação declarou "obedeceremos ao livro desta lei". Com Josias
(II Rs 23.1 - 3 e II Cr 34. 29 - 31) e com Esdras (Ne 8 a 10 - a primeira leitura durou 6 horas conforme
Ne 8.3). O povo reconheceu vir de Deus.
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Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com "padrões" determinados
e fixos, os livros incluídos nelas são considerados partes integrantes de uma revelação completa e
divina, a qual, portanto, é autorizada e obrigatória em relação à fé e à prática.
A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir (Ap
21.15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl 6.16; Fp 3.16).
a) A fonte da Canonização
A Canonização de um livro da Bíblia não significa que a nação judaica ou a igreja tenha dado
a esse livro a sua autoridade canônica; antes significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida
em outras bases suficientes, foi consequentemente reconhecida como pertencente ao cânon e assim
declarado pela nação judaica e pela igreja cristã.
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nosso Mestre. Para que haja uma compreensão plena e uma confissão correta da autoridade das
Sagradas Escrituras é essencial um reconhecimento da sua total veracidade e confiabilidade.
A Declaração a seguir afirma sob nova forma essa inerrância das Escrituras, esclarecendo nosso
entendimento a respeito dela e advertindo contra sua negação. Estamos convencidos de que negá-
la é ignorar o testemunho dado por Jesus Cristo e pelo Espírito Santo e rejeitar aquela submissão às
alegações da própria Palavra de Deus, submissão esta que caracteriza a verdadeira fé cristã.
Entendemos que é nosso dever nesta hora fazer esta afirmação diante dos atuais desvios da verdade
da inerrância entre nossos irmãos em Cristo e diante do entendimento errôneo que esta doutrina
tem tido no mundo em geral.
Esta Declaração consiste em três partes: uma Declaração Resumida, Artigos de Afirmação e
Negação e uma Explanação.
Preparou-se a Declaração durante uma consulta de três dias de duração, realizada em Chicago,
nos Estados Unidos. Aqueles que subscreveram a Declaração Resumida e os Artigos desejam
expressar suas próprias convicções quanto à inerrância das Escrituras e estimular e desafiar uns aos
outros e a todos os cristãos a uma compreensão e entendimento cada vez maiores desta doutrina.
Reconhecemos as limitações de um documento preparado numa conferência rápida e
intensiva e não propomos que esta Declaração receba o valor de um credo. Regozijamo-nos, no
entanto, com o aprofundamento de nossas próprias convicções através dos debates que tivemos
juntos e oramos para que esta Declaração que assinamos seja usada para a glória de nosso Deus
com vistas a uma nova reforma da igreja no que tange à sua fé, vida e missão.
Apresentamos esta Declaração não num espírito de contenda, mas de humildade e amor, que,
com a graça de Deus, pretendemos manter em qualquer diálogo que, no futuro, surja daquilo que
dissemos. Reconhecemos, com satisfação, que muitos que negam a inerrância das Escrituras não
apresentam em suas crenças e comportamento as consequências dessa negação, e estamos
conscientes de que nós, que confessamos essa doutrina, frequentemente a negamos em nossas
vidas, por deixarmos de colocar nossos pensamentos e orações, tradições e costumes, em verdadeira
sujeição à Palavra divina.
Qualquer pessoa que veja razões, à luz das Escrituras, para fazer emendas às afirmações desta
Declaração sobre as próprias Escrituras (sob cuja autoridade infalível estamos, enquanto falamos), é
convidada a fazê-lo. Não alegamos nenhuma infalibilidade pessoal para o testemunho que damos e
seremos gratos por qualquer ajuda que nos possibilite fortalecer esse testemunho acerca da Palavra
de Deus.
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a) Manuscritos
Ouve-se falar dos manuscritos da Bíblia. Todavia, em nenhuma parte do mundo foi encontrado
os manuscritos originais, nem do Antigo nem do Novo Testamento. Acredita-se que ao copiar novos
manuscritos, os escribas queimavam ou enterravam os originais do Antigo Testamento quando estes
se estragavam ou ficavam muito velhos.
Possivelmente, estes manuscritos originais desapareceram por uma providência de Deus.
Imagine quanta idolatria não seria feita, a um manuscrito original com a letra do escritor original.
Existe em todo o mundo milhares de manuscritos copiados dos originais, em grego e em hebraico.
Quando as primeiras Bíblias foram impressas, havia mais de 2.000 destes manuscritos.
Os mais antigos manuscritos gregos são escritos em letras maiúsculas e quadradas, e na
mesma linha, todas as palavras estavam ligadas para poupar espaço. Foi encontrado um exemplo na
versão de Almeida citando Isaías 53.11 da seguinte maneira:
“Porque as suas iniquidades levará sobre si; IIop0uea<7croa.<Tivi0] i8a8scrA,eüjap(<TOppscri -
b) Grego Koine”
A Septuaginta, a tradução mais antiga que se tem notícia é a Septuaginta. Alguns eruditos não
demonstram muita confiança a esta versão traduzida dos originais hebraicos para o grego.
Esta obra recebeu este nome porque, segundo a tradição, foram Setenta homens a pedido de
Ptolomeu Filadelfo (rei do Egito), que deram início a traduções do Antigo Testamento no ano de 285
a.C. Sendo concluída cem anos após. Sendo em grego, possivelmente, existia nos dias de Jesus. E até
os dias de hoje se discute se o Mestre usou ou não esta tradução.
c) A Vulgata
A Igreja usava traduções da Bíblia em latim. No ano de 383 S. Jerônimo, um dos homens mais
sábios dos seus dias, recebeu do Bispo de Roma, Damasus, um convite para melhorar a Bíblia latina.
Jerônimo conclui a revisão de todo o Novo Testamento, e anos depois, muda-se para Belém onde
fundou um mosteiro.
No mosteiro, aos oitenta anos de idade, S. Jerônimo começa uma nova tradução do Antigo
Testamento, do hebraico para o latim. Esta tradução é conhecida como a Vulgata, e inclui muitos
dos apócrifos. A Vulgata foi à base de todas as traduções por mais de mil anos.
d) Latim Antigo
Foi produzida no fim do século II d.C. Provavelmente na África. Existe a forma africana e
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europeia. A europeia, ou itálica, serviu como uma das bases da Vulgata de Jerônimo, quanto ao Novo
Testamento. A africana foi usada por Cipriano. A versão em Latim Antigo é importante testemunho
do tipo de texto anterior ao Textus Receptus
e) A Renascença
Com o declínio do Feudalismo e o surgimento do período renascentista, a mentalidade do
homem medieval sofre sérias alterações. Novas ideias surgiram, novo conceito é apresentado em
relação ao evangelho de Cristo.
A igreja dominante começa perder o monopólio político e econômico centralizado nela
(Senhores feudais). Com a queda de Constantinopla em 1453, os sábios gregos, fogem para a Itália
levando com eles suas ciências e letras. Este acontecimento incentiva a que cidades Italianas como
Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras, cresçam culturalmente e economicamente.
Com o crescimento, a Itália começa a investir na cultura e no valor humano. Escolas foram
estabelecidas, e o povo italiano passa a um interesse maior pelos manuscritos orientais.
Com a mentalidade mais aberta, e um interesse pelos manuscritos antigos, as pessoas
começam a questionar a Vulgata. Sem dúvida, a Renascença, abriu, um período importante para o
cristianismo.
A teologia mística da Idade Média foi confrontada com uma nova realidade teológica. O Novo
Testamento em grego, pelo erudito Erasmo, em 1516, desafia a tradição e declina a Vulgata. Para
Erasmo, a Bíblia deveria estar ao alcance de todas as pessoas.
O novo Testamento de Erasmo serviu de base para muitas outras traduções na Inglaterra e por
toda a Europa. Dez anos após ter traduzido o Novo Testamento, Erasmo conclui a tradução de toda
a Bíblia. Exemplares desta tradução foram enviados secretamente para a Inglaterra.
Um outro fator importante na Renascença foi o desenvolvimento do processo de impressão
com tipos móveis de metal, a Imprensa.
O alemão J. Gutenberg, com seu engenhoso mecanismo, começa a imprimir trechos da Bíblia,
que foi o primeiro livro a ser impresso. Isto tomou a Bíblia muito mais barata que antes, que só podia
ser comprada com o acúmulo de 12 meses de trabalho.
Em Washington, existe um dos exemplares impresso por Gutenberg, afirma-se que foi pago
por esta Bíblia o valor de 350.000 dólares.
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c) A versão de Almeida
De família católica, João Ferreira de Almeida nasceu em Lisboa no ano de 1628. Quando ainda
era adolescente, Almeida muda-se para Ásia, e aos quatorze anos de idade, sua família muda para
Malásia.
Lá, João curiosamente lê um folheto explicativo em espanhol sobre as diferenças entre
católicos e evangélicos, se convertendo à igreja Reformada no ano de 1642. Após sua conversão,
Almeida mostrou seu interesse pelo estudo eclesiástico e em pregar o evangelho por onde andava.
Com um pouco mais de dezesseis anos, João Ferreira de Almeida começa a traduzir a Bíblia
para seu idioma natural. Como era conhecedor do hebraico e do grego, pôde utilizar as cópias
originais no seu trabalho.
Em 1648, João teve que recomeçar o trabalho, visto que perdera seus manuscritos. Vinte e oito
anos depois, é concluído todo o Novo Testamento. Porém, somente no ano de 1681 é que surge o
primeiro volume do Novo Testamento em português traduzido por Almeida com a seguinte
apresentação:
“O Novo Testamento, isto e, Todos os Sacros Sanctos Livros e Escritos Evangélicos e Apostólicos
do Novo Concerto de Nosso Fiel Salvador e Redentor Jesus Cristo, agora traduzido em português por
João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Sancto Evangelho”. Com todas as licenças necessárias.
Em Amsterdam, por Viúva de J. V. Someren. “Ano 1681.”
Uma revisão foi feita nesta tradução, o próprio Almeida encontrou mais de dois mil erros.
Ribeiro dos Santos, que também revisou o texto, afirmou ter encontrado um número bem acima
disto.
Com a publicação do Novo Testamento, foi necessário que se tivesse também o Antigo
Testamento. Almeida começa a tradução do Antigo Testamento, e em 06 de Agosto de 1691, ao
falecer, João já tinha traduzido até Ezequiel 41.21.
Anos após, no ano de 1748, o pastor Jacobus op den Akker, reinicia o trabalho de Almeida, e
cinco anos mais tarde estava concluído o trabalho.
Em 1753, após muitas lutas, foi impressa a primeira Bíblia completa em português.
d) A Bíblia de Rahmeyer
Tradução completa da Bíblia, ainda inédita nos dias atuais. Pedro Rahmeyer, um comerciante
hamburguês que residiu em Lisboa durante trinta anos. Uma data mais provável para essa tradução
foi em meados do século XVIII. O manuscrito desta Bíblia se encontra na biblioteca do senado em
Hamburgo, Alemanha.
e) A tradução de Figueiredo
O padre Antônio Pereira de Figueiredo, nascido em 1745, Tomar, não muito longe de Lisboa;
inspirado na Vulgata latina traduz integralmente os dois Testamentos da Bíblia em dezoito anos. No
ano de 1819, é impressa em sete volumes a Bíblia de Figueiredo. Dois anos depois, é publicada em
um volume único.
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Como não conhecia a língua original, e baseado somente na Vulgata, a versão de Figueiredo
não foi tão aceita como a de Almeida.
E importante observamos que Figueiredo inclui em sua tradução todos os apócrifos da Vulgata.
Isto agradou muito a igreja católica romana em Portugal, e até os dias atuais é a versão em português
preferida do catolicismo, nos países cujo idioma é o português.
a) Traduções parciais
Traduções parciais da Bíblia foram feitas a partir do ano de 1847. Neste ano, publicou-se em
São Luís do Maranhão, o Novo Testamento traduzido por frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré,
baseado na Vulgata. Sendo este, o primeiro texto bíblico traduzido no Brasil.
b) Traduções completas
Em 1902, sociedades bíblicas internacionais interessadas na divulgação da Bíblia no Brasil,
patrocinaram uma nova tradução para o português. Formou-se uma comissão de homens eruditos
nas línguas originais e na língua lusitana. No ano de 1917, é publicado o primeiro trabalho completo
de uma tradução da Palavra de Deus feita em nosso país, que ficou conhecido como Tradução
Brasileira.
c) As Sociedades Bíblicas.
Temos que ser gratos ao grande Deus pela existência de duas Sociedades Bíblicas
internacionais, a Britânica e a Americana. Graças a estas sociedades, aos poucos, Bíblias foram
infiltradas no Brasil, antes mesmo da chegada dos primeiros missionários protestantes no ano de
1855.
Estas sociedades enviavam exemplares da Bíblia em português e em latim, a comerciantes
estrangeiros que rapidamente distribuíam os poucos livros santos.
Algumas pessoas recebiam exemplares da Bíblia enviados pelas sociedades bíblicas
internacionais, até que as próprias sociedades se estabeleceram no Brasil.
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louvado!
a) Modelo popular
O modelo popular é o modelo mais vendido no mercado brasileiro. Geralmente é de capa dura
e de acabamento simples; variando de acordo com a editora responsável. Existe em no mínimo dois
tamanhos grande e de bolso. O conteúdo é bem básico, contendo geralmente o texto bíblico com
algumas referências e poucos mapas geográficos.
b) Modelo de luxo
O modelo de luxo é bem variado. Pode ser um pouco mais simples com beira vermelha, índice,
capa de couro sintético ou ser totalmente luxuosa com beira dourada, índice, capa de couro legítimo,
mapas coloridos, etc.
Existe alguns modelos que são tão luxuosos, que são comprados somente para ornamento em
prateleiras e estantes. É muito comum se ver também Bíblias com capas coloridas e enfeitadas que
possuem uma estética maravilhosa.
c) Bíblias de estudos
O estudioso da Palavra não pode deixar de ter no mínimo dois modelos diferentes de Bíblia
de estudo. Estes modelos têm ajudado aos pastores e líderes nas igrejas evangélicas de hoje. Serão
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e) A Bíblia Anotada
Editada pela editora Mundo Cristão de São Paulo, contêm várias informações úteis ao leitor da
Bíblia. A editora Mundo Cristão levou sete anos para preparar esta versão brasileira da Bíblia
Anotada. O conteúdo desta Bíblia é bem variado, contendo: Introdução a cada livro, referências,
concordância, Atlas, esboço de estudo etc. O grande problema desta Bíblia é justamente o
comentário de rodapé, onde pequenos pontos são questionados por alguns teólogos, que
discordam de pontos doutrinários. Mais no geral é uma boa Bíblia de estudo.
g) A Bíblia Explicada
A Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) é a editora responsável em publicar esta
Bíblia. O conteúdo e limitado a comentários, não possuindo o texto bíblico. Esta versão bíblica é
praticamente restrita aos membros da Assembleia de Deus, pois seus comentários são voltados à
doutrina desta igreja. É uma boa Bíblia.
i) Outras
Existe hoje muitas Bíblias de estudo que não dá para comentarmos sobre todas.
Algumas devem serem destacadas, como:
- A Bíblia Vida, com as palavras de Jesus destacadas em vermelho, Editora Vida.
- Bíblia e concordância, editada em muitas versões pela JUERP e Editora Vida.
- A Bíblia Viva, editada numa linguagem muito moderna pela Editora Mundo Cristão.
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m) Revista e Corrigida
Também teve sua origem em 1948. Com o surgimento da versão Revista e Atualizada no Brasil,
uma revisão mais superficial foi feita, mantendo o nome original, “Corrigida”. E muito comum
também esta versão atualmente.
n) Revisada de Almeida
Em 1967, a Imprensa Bíblica Brasileira, criada em 1940, publicou a sua Edição Revisada de
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Almeida. Posteriormente, esta edição e reeditada com pequenas modificações. Esta versão e muito
usada pelas igrejas evangélicas históricas.
o) Linguagem de Hoje
A Sociedade Bíblica do Brasil, em 1988, traduz para uma linguagem atual, a versão “Na
Linguagem de Hoje”. Muitos não concordam muito com esta tradução, todavia os simpatizantes são
em maior número. Algumas igrejas adotaram a versão na Linguagem de Hoje como oficial nos cultos.
Este tipo de Bíblia vem acompanhado com um vocabulário excelente, que toma a compreensão
de algumas palavras muito mais fácil para o leitor.
p) Edição Contemporânea
Em 1990, A Editora Vida publicou a Edição Contemporânea de Almeida, eliminando arcaísmos,
mas mantendo, dentro do possível, a excelência do original que lhe serviu de base. Todas as Bíblias
editadas pela editora Vida é nesta edição.
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REFERÊNCIAS
- RYRIE, Charles Caldwel, Th.D, Ph.D, Bíblia Anotada - Editora Mundo Cristão.
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