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© studocu Direito Penal | - Pratica {A Studocu néo 6 patrocinada ou endossada por alguma faculdade ou universidade Des om) Direito Penal I~ Pratica © CRIME ‘Agente —> Autor do crime O crime para ser crime tem que ter determinados elementos, tais como: - tipicidade (facto tipico) sé é crime o facto que esteja previsto na lei como tal, para haver crime é necessério que haja uma norma que defina o comportamento humano um crime; -ilictude (facto ilicito) facto que contraria a ordem juri considera inqualificével; - culpa (facto culposo) facto que assenta na culpa do agente, a culpa é do agente nao do facto. a, facto que a ordem juridica Quando alguém comete um crime com estes elementos 0 direito penal tem uma forma de reagio pessoal (sancdes) que sdo as penas que podem ser de prisdo, multa ‘ou ambos. A.culpa é um pressuposto da aplicacdo de uma pena, se no houver culpa néo ha pena. As penas podem ser aplicadas aos agentes imputdveis, a imputabilidade consiste em se poder formular um juizo de censura ao agente por ele ter atuado de uma determinada maneira quando ele podia e devia ter-se comportado de maneira diferente. A imputabilidade consiste na suscetibilidade de ao agente se poder formular um juizo de censura ético juridico. Art? 19 CP ~ para efeitos criminais nao é suscetivel de juizo de culpa aquele que no tenha 16 anos completos (até aos 16 anos os crimes cometidos so inimputaveis, no cometeram o crime, s6 culpamos as pessoas a partir de 16 anos). Se cometer 0 facto entre os 12 e os 16 anos incompletos vai ser responsabilizado nao pelo direito penal pois séo inimputaveis, mas sim pela lei tutelar educativa, lei n® 66/99. As sances, nestes casos, sdo as medidas tutelares educativas que estdo previstas no art? 4 da lei tutelar educativa, sd medidas que visam a reeducacao do menor e visam preparar o menor para o futuro viver em sociedade de maneira responsdvel O regime para jovens entre os 16 e 21 incompletos (jovens imputaveis) trata-se do regime especial para jovens delinquentes, est previsto num diploma aprovado logo a seguir ao cédigo penal. Um crime cometido entre os 16 e 21 pode beneficiar da atenuago especial da pena prevista no art? 4 do regime especial para jovens delinquentes se o tribunal entender que aquele agente retine condigées para fazer a sua reintegraco na social nos termos de art? 73 CP. Descarregado por Sofia Basto (sofiabasto4@amail.com) © FINS NAS lus puniendi (direito penal em sentido subjetivo): Direito de punir, o estado é quem tem o direito de punir e de fazer justica através dos seus érgios de soberania. Os tribunais ager em nome do povo. lus poenale (direito penal em sentido objetivo) estado aplica penas para repor a paz juridica que foi violada, para fazer justica e para mostrar a comunidade que pode viver com um sentimento de tranquilidade porque através da aplicacdo das penas revela a vigéncia das normas e reforca a vigéncia das mesmas. Ao longo dos tempos as penas nao foram previstas sempre com as mesmas finalidades. (VER ESQUEMA) arregado por Sofia Basto (sofabastoa@amallcom) © CASO PRATIC EDI SEGURANGA 1 A, praticou um facto ilicito critico previsto no artigo 1312 do cédigo penal. 0 tribunal declarou 0 agente inimputavel em razdo da anomalia psfquica. Mais declarou que se tratava de um agente perigoso verificando-se fundado receio de que venha a cometer, no futuro, novos factos da mesma espécie. Pelo que carece de tratamento. Tratamento esse cujo objetivo ndo consegue ser cumprido em meio aberto. 1, Em face destas circunstancias diga qual a sangdo que o tribunal deve aplicar. A sangao aplicada é relativamente & medida de seguranga de internamento justificado com o artigo 202 n21 conjugado com o artigo 912 n21 , ambos do cédigo penal. 2. Qual a duracdo minima e maxima desta san¢3o? De acordo com o artigo 1312 a pena maxima é de 16 anos. E de aplicagéo minima de 3 anos de acordo com 0 artigo 91 n°2 do cédigo penal. O tempo que este individuo vai ter que estar internado vai depender da sua situagao devido ao artigo 93° n?2 do c6digo penal apés 2 anos iniciado 0 tratamento. De 2 em 2 anos, a situagao é revista. 0 internamento iré cessar quando o tribunal verificar que o individuo jé nao é perigoso como presente no artigo 92° n21 CP. 3. Uma vez atingido o limite maximo aplicado pelo tribunal esta medida é suscetivel a prerrogaco? Artigo 302 n22 CRP conjugado com o artigo 922 n°3, u A, praticou um facto ilicito critico previsto no artigo 1432 do cédigo penal. O tribunal declarou 0 agente inimputavel em razdo da anomalia psfquica. Mais declarou que se tratava de um agente perigoso verificando-se fundado receio de que venha a cometer, no futuro, novos factos da mesma espécie. Pelo que carece de tratamento. Tratamento esse cujo objetivo ndo consegue ser cumprido em meio aberto. 1. Qual a sangdo aplicada ? No presente artigo 143 indicado no enunciado, a sancdo aplicada é uma pena de prisio até 3 anos, sendo 0 minimo o més (artigo 412 do cédigo penal) ou pena de multa Neste caso ser aplicada uma medida de seguranca presente no artigo 912 n® 1. 2. Qual a duracao minima e maxima desta sancao? 0 maximo, relativamente as medidas de seguranca (artigo 92° n®2) 0 internamento no pode exceder o limite maximo da pena correspondente (artigo 1432 CP) ou seja, 3 anos. O limite maximo quando estamos perante o crime contra pessoas so no minimo 3 anos. Ent&o o tribunal no considera um tempo minimo s6 0 maximo e realiza uma revisio ao internado ao fim de 2 anos. Se jé nao for perigoso é libertado e se for é libertado mesma porque nao preenche os requisitos do artigo 922 n23 CP, devido a este artigo sé se aplica as penas superiores a 8 anos (ndo hé prerrogacao) Descarregado por Sofa Basto (sofiabasto4@g Estas medidas de seguranga foram aplicadas em 2018, entretanto a decisao transitou em julgado. o agente perigoso passou a estar em paradeiro incerto. na passada semana as autoridades conseguiram localizar e vio cumprir 0 mandato de conducao a ala psiquidtrica o hospital de psiquiatra. 1. Poderé esta gente ser obrigada agora a este internamento que foi decretado em 2018. 0 facto de ter sido dado como perigoso em 2018 nio significa que agora ainda esteja perigoso. Este sujeito carece de uma nova avaliagdo como estd previsto no artigo 962 n° CP. Ainda pode, de acordo com o artigo 96° n?°2 o tribunal confirmar, suspender ou revogar a medida de seguranga tratada. wv. O tribunal de 12 instancia de vila nova de gaia aplicado @ A uma medida de seguranca de internamento em deciséo de data de fevereiro de 2019 a decisio transitou em julgado s6 agora é que A foi encontrado para comprimento da medida. 1, Neste momento A pode ser sujeito ao internamento ? 0 facto de ter sido dado como perigoso em 2019 néo significa que agora ainda esteja perigoso. Como decorreram mais de 2 anos este sujeito carece de uma nova avaliagso como esté previsto no artigo 962 n° CP. Ainda pode, de acordo com o artigo 962 n°2 0 tribunal confirmar, suspender ou revogar a medida de seguranca tratada. v. Suponha que entrou em vigor uma norma incriminadora que pune com pena de priso de 1 a 5 anos todo aquele que com a sua conduta proceda ao abatimento de aves em perigo de extingdo. Esta norma foi aprovada na assembleia da repiblica, uma semana mais tarde é publica e entra em vigor uma portaria do ministério do ambiente que vern enunciar quais as aves que se encontram em perigo de extincao. 1. Em face, do exposto pronuncie-se sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade destes dois diplomas em sede de matéria criminal. Principio da reserva da lei penal, o governo no uso da autorizacao legislativa e a assembleia da repiblica podem legislar sobre matéria criminal como esté previsto no art.2 165° alinea c). A portaria seria inconstitucional se estivesse a definir um crime, mas esta apenas vem explicitar por um tempo tempordrio aquilo que esta definido ‘como conduta proibida na lei, ou seja, ndo vem acrescentar nada, como tal a portaria é constitucional. A lei é constitucional e a portaria é apenas complementar. vi. A, cleptomaniaca furta a carteira que B deixou em cima do balcdo de um café. Depois quando se prepara para sair do local na posse da referida carteira A apercebesse que C, seguranca, vem atras de si insistindo que a carteira Ihe ndo pertence e que por isso tem que a devolver. € nesse momento que A tira uma faca que traz no bolso e dé um golpe na perna de C que fica de imediato imobilizado. Descarregado por Sofa Basto (sofiabasto4@g 1. Em face destes factos diga qual ou quais as sancdes a que A estard sujeita vindo a ser julgada. Crimes contra 0 patriménio e contra a integridade fisica. Quando A se apropria de uma carteira de que nao Ihe pertence estamos perante um furto previsto no art? 2032 CP. Para estarmos perante um furto qualificado & necessario que se verifica uma das alineas do art? 204 CP a no ser que no caso pratico estiver o valor da carteira e 0 valor que a carteira continha no seu interior. O critério est definido no art? 202 CP, uma unidade de conta so 102€. Quando A, dé um golpe a C estamos perante um crime contra a integridade fisica previsto no art? 1432 CP. Em fungao do facto cometido e da gravidade da sua anomalia ha um receio que venha a cometer os mesmos factos, como tal seria aplicada uma medida de seguranca de internamento. Devido ao golpe seria aplicada uma pena pois é suscetivel de culpa pois é imputavel. O tribunal iria aplicar uma pena e uma medida de seguranca. 2. Suponha que A foi julgada e condenada, o tribunal entendeu que A devia cumprir 2 anos de prisdo pelas ofensas a integridade fisica produzidas em Ce 1 ano de internamento pelo furto. Diga qual o modo de cumprimento destas sanges por parte de A. Justifique a resposta em funcdo da classificago do nosso sistema quanto ao relacionamento das penas com as medidas de seguranga. Estamos perante um caso de aplicacdo do art? 992 do disposto no n21, segundo este normativo quando estd em causa a execucgo de uma pena e de uma medida de seguranca, ambas privativas da liberdade aplicadas a um agente pela pratica de factos distintos dispdem 0 n21 do art? 992 que a medida de seguranga de internamento é executada em primeiro lugar. Sendo que, o tempo cumprido em medida de seguranca vai ser descontado no perfodo da pena. Neste caso, como A executou 1 ano de internamento, este ano vai ser descontado nos dois de priséo que o tribunal Ihe aplicou sobrando 1 ano. Segundo 0 art? 99 n22, descontando 0 ano dos 2 anos fica com 1 sendo assim é possivel a sua libertaco por s6 Ihe faltar o cumprimento de metade da pena desde que a sua liberta¢o nao ponha em causa a seguranga da comunidade. Poderd ser colocada em liberdade condicional. Estamos perante o sistema monista pratico ou tendencialmente monista, quer dizer que a0 mesmo agente pela pratica de factos diversos pode o tribunal aplicar-Ihe uma pena privativa da liberdade, ou seja a prisdo, e também uma medida de seguranca privativa da liberdade, ou seja o internamento. Descarregado por Sofa Basto (sofiabasto4@g

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